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CENTRO UNIVERSITÁRIO ARNALDO HORÁCIO FERREIRA

CURSO DE PSICOLOGIA
Emily Caroline de Oliveira Saraiva
Nara Adriely Freitas de Alcântara
Suzana Aparecida de Ferreira Alkmim

Desenvolvimento Tumoral e sua relação com a Psicossomática


e Psiconeuroimunologia

Luís Eduardo Magalhães – BA


2021
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ARNALDO HORÁCIO FERREIRA


CURSO DE PSICOLOGIA
Emily Caroline de Oliveira Saraiva
Nara Adriely Freitas de Alcântara
Suzana Aparecida de Ferreira Alkmim

Desenvolvimento Tumoral e sua relação com a Psicossomática e


Psiconeuroimunologia

Atividade avaliativa submetida ao


curso de psicologia da Faculdade
Arnaldo Horácio Ferreira como
requisito parcial para aprovação.

Professora: Anizia Rette Pareja

Luís Eduardo Magalhães – BA


2021
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Sumário

1. RESUMO............................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
3. DOENÇA PSICOSSOMÁTICA........................................................................................4
3.1 PSICONEUROIMUNOLOGIA................................................................................5
3.2 DESENVOLVIMENTO TUMORAL DEVIDO ESTRESSE.......................................6

4. CONCLUSÃO....................................................................................................................7
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................8
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1. RESUMO

Esse artigo tem como intuito analisar de forma bibliográfica a relação existente
entre a mente e o corpo com a Psiconeuroimunologia, e como pode afetar a vida do
sujeito em diferentes âmbitos. Foram mapeados e descritos os conceitos gerais de
Psiconeuroimunologia e o seu desenvolvimento e agravamento perante a questões de
stress, doenças físicas e outros transtornos psicológicos. A análise foi realizada de modo
a abranger implicações comportamentais, emocionais, físicas e psicológicas mediante
ao estudo da Psiconeuroimunologia. Por fim, foi feita uma relação com a Tuberculose e
a psicossomática e os seus efeitos em pessoas com a imunidade baixa e transtornos
psicológicos.

Palavras chaves: Psiconeuroimunologia, transtornos psicológicos, Tuberculose


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2. INTRODUÇÃO

Para compreender os processos do nosso corpo é necessário compreendermos


que nosso psíquico tem grande poder sobre o mesmo. A mente e o corpo estão em
sintonia inclusive no adoecimento, quando nosso emocional não está bem, pode
responder no corpo e até mesmo gerar alguma doença diante o emocional abalado.
(Maia 2007).
No presente trabalho iremos estar falando será tratado sobre a tuberculose, como
surgiu a doença no Brasil e a relação da doença com a Psiconeuroimunologia, buscando
desse modo compreender como se dar dá o processo de adoecimento e como continua
atingindo o sujeito diante aos processos medicinais, podendo assim dar a compreensão
de que doenças se desenvolvem a partir da mente.
Para psicanálise diante na visão psicossomática, a tuberculose vem a partir das
paixões do sujeito, possibilitando influências psíquicas na patologia, nas dando a
compreensão que mente e corpo não se segregam, ambos estão em constante influência
e interação, buscando sempre um equilíbrio. Para a psiconeuroimunologia o stress pode
diminuir as defesas do corpo tornando-o mais suscetível ao adoecimento. Teixeira
(1991).
A tuberculose (TB) é uma doença muito antiga. Segundo (Oliveira 2014), foram
encontradas evidências da doença no Egito, onde as múmias apresentavam alterações
vertebrais e alterações no DNA, apresentando Mycobacterium tuberculosis. O primeiro
caso confirmado no continente americano foi 1.100 anos a. C., dando indícios que tenha
sido uma doença pandêmica. No Brasil muitas doenças foram acometidas após a
chegada dos europeus, e entre as várias doenças que levaram muitos índios a morte foi a
tuberculose. Maciel, Mendes, Gomes e Batista (2012).
3. DOENÇA PSICOSSOMÁTICA
Psicossomática é a ciência que estuda as patologias que pertencem tanto ao
físico quanto ao psíquico. Ou seja, estuda a relação dos fatores sociais e psicológicos
com os processos orgânicos do corpo e como eles podem influenciar na saúde e bem-
estar das pessoas. Pode-se dizer então que os sintomas físicos, por sua vez, são
consequência do emocionai e psicológico do indivíduo (Taquette, 2006).

O termo “psicossomática” foi utilizado pela primeira vez por um psiquiatra


alemão chamado Heinroth, em 1808, quando realizou seus estudos sobre insônia;
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mais tarde, em 1823, ele introduziu o termo “somato-psíquico” para abordar a


influência dos fatores orgânicos que afetam os emocionais (Silva & Muller, 2007).

Sendo assim, existem as Doenças psicossomáticas, que com base no que foi
mencionado acima são causadas por complicações emocionais do indivíduo, e
representam uma ligação direta entre a saúde emocional e a física. Ou seja, ocorre
quando o sofrimento psicológico acaba ocasionando ou intensificando uma doença
física.

Em seu artigo publicado em 2006, Taquette descreve como geralmente ocorre o


processo de entender que a doença física é uma manifestação de um adoecimento
emocional e que muitos não conseguem aceitar:

Quando se identifica um componente psicológico importante que agrava a


doença, o profissional de saúde encaminha o paciente a um psiquiatra ou psicólogo.
Frequentemente, entretanto, a pessoa não aceita ou finge aceitar tal orientação e não
procura o psicoterapeuta. Quando o profissional de saúde dá ouvidos às questões
emocionais, identifica algumas causas e permite ao paciente compreender que há
sentimentos vinculados a seus sintomas, essa atitude torna mais provável a aceitação
da necessidade de se submeter à psicoterapia (p.24).

Indivíduos que vivem em um ambiente estressante e não encontram maneiras de


canalizar este estresse geralmente alcançam o esgotamento psicológico, viver em um
ambiente tóxico, seja familiar ou profissional, são fatores que enfraquecem a saúde
mental.  Se não modificam o seu modo de vida desfavorável o corpo começa a sentir os
efeitos da sobrecarga emocional e passa a manifestar sintomas aparentemente sem
explicação. Sendo assim, entende-se que pode ser uma doença psicossomática (Castro,
Andrade e Muller, 2006).

3.1 PSICONEUROIMUNOLOGIA
De acordo com Maia, 2002 a Psiconeuroimunologia é uma área de estudo que
investiga as ligações entre o cérebro, o comportamento e o sistema imunológico do
indivíduo, bem como as consequências para a saúde física. O estresse compromete o
equilíbrio do corpo como um todo, incluído o sistema imunológico levando ao aumento
de probabilidade de doenças relacionadas ao sistema imunológico principalmente.
Mello Filho (1993) aponte o sistema imunologia como o grande elo que
explica as interações entre os fenômenos psicossociais em importantes terrenos da
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patologia humana, como as doenças de hipersensibilidade, autoimunes, infecciosas e


neoplásticas.
O sistema imunológico condiz a uma teia formada de tecidos, células e
moléculas espalhadas pelo corpo, que têm a função de proteger o hospedeiro da invasão
de parasita e entre outros
Dentro dos vários estudos realizados na área da psiconeuroimunologia, foi possível
comprovar que a exposição a antigênicos era capaz de alterar a atividade noradrenérgica
cerebral e evidenciar que não só certas citocinas atuavam indiretamente no cérebro, como
também diretamente, ao atravessarem a barreira hematoencefálica (Guimarães, 2018, p.5).
3.2 CANCER E ESTRESSE

De acordo com Alminhana e Noé, (2010):


O câncer tem sido uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos,
sendo que, nos Estados Unidos, é a segunda. É atualmente responsável por aproximadamente
quatro milhões de mortes por ano. No Brasil, atualmente, as doenças do aparelho
cardiovascular e as neoplasias são as que mais contribuem para o aumento da taxa de
mortalidade do país. (p.266).
O estresse pode ser definido como um agente que produz estresse ao sujeito,
tanto de natureza intrínseca quanto extrínseca. Essa fase de estresse pode ser
considerada uma exaustão onde o corpo se encontra no seu limite e de residência tanto
física e emocional. (Barbosa & Santos, 2011). Pode se dizer que o estresse classificado
como uma alteração no organismo para as modificações constantes quanto fisiológica,
psicológica e comportamental, acredita-se que o estresse tem reservas utilidades
adaptativas podendo ter momentos de decisões pode se encontrar sistemas imunes
enfraquecidos devido ao estresse emocional (Lipp & Malagris, 1998).
O crescimento celular depende de diversos fatores como estímulo hormonal e
imunológico, mas a anormalidade no crescimento celular depende de algum desequilíbrio ou
estresse no organismo onde as células normais deixam de desempenhar suas principais funções
e se dividem repetidamente e invasivamente, tornando-se insensíveis aos estímulos e gerando
células anômalas e defeituosas que podem invadir tecidos e causar metástase (Ramos, 2017, p.
6.).
Deve ser levado em consideração que o estresse não é o único causador do
desenvolvimento tumoral, mas sim o enfraquecimento do sistema imunológico que
consequentemente abre espaço para o crescimento e surgimento de células
cancerígenas, sendo assim é importante que ao diagnosticar um paciente com câncer
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deve-se considerar o mesmo em sua totalidade enfatizando a influência das emoções no


desenvolvimento do câncer (Ramos, 2017).
Importante levar em conta que ao receber a notícia, o paciente vivencia
sentimentos negativos, desequilíbrios e conflitos internos que podem ocasionar o
surgimento sintomas depressivos e estressores onde vai haver espaço para evolução do
quadro do paciente ou outras complicações ( Silva, Aquino & Santos, 2008).
4. CONCLUSÃO

Diante a pesquisa realizada, nota-se que o stress é um agravante para que o


sistema imunológico fique mais propenso a infecções e desenvolvimento de outras
doenças. Segundo Marques (2004) a relação de mente e corpo, emoções e doenças vem
sido discutida ao longo dos séculos, desde Hipócrates tal discussão já estava sendo
introduzida no meio da medicina, trazendo uma relação entre Sistema Nervoso Central
(SNC) e Sistema Imunológico. É importante compreender que quando o emocional do
sujeito não está bem de algum modo, é liberado hormônios e citocinas que podem
desencadear algo no organismo.
De acordo com Capitão e Carvalho (2006) a psicossomática mostra que quando
a mente chega em situações que não consegue mais suporta, o organismo começa a
responder, como se o corpo fosse uma grande válvula de escape para o psíquico que está
perto de se romper, quando o corpo responde por mais que seja incomodo, o emocional
do sujeito consegue suporta seu lugar de existência.
Para a Psicanálise diante a visão psicossomática, a tuberculose vem a partir das
paixões do sujeito, possibilitando influências psíquicas na patologia, nas dando a
compreensão que mente e corpo não se segregam, ambos estão em constante influência
e interação, buscando sempre um equilíbrio. Para a Psiconeuroimunologia o stress pode
diminuir as defesas do corpo tornando-o mais suscetível ao adoecimento. Teixeira
(1991).
Relacionando com a psicossomática, a tuberculose pode ser mais associada em
pessoas com ansiedade e depressão, pois essas pessoas tem uma baixa capacidade em
resistir a infecções, apesar de ainda não existir um estudo muito aprofundado sobre
essas questões, sabe-se que pode existir uma relação entre a tuberculose com pessoas
que possuem transtornos psicológicos e com imunidade baixa.
Diante a pesquisa podemos concluir que todas as doenças orgânicas podem ter
um fundo emocional, tendo como a explicação se um psíquico adoecido, adoece o
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corpo, nos levando a pensar que a tuberculose tem um fundo emocional, nos remetendo
ao que Freud mostra que a cura está no falar, mas quando engolido o desejo, isto irá
responder em algo. Fonsêca (2013).
REFERÊNCIAS
Silva, J. D. T. D., & Müller, M. C. (2007). Uma integração teórica entre
psicossomática, stress e doenças crônicas de pele. Estudos de Psicologia
(Campinas), 24(2), 247-256.

Taquette, S. R. (2006). Doenças psicossomáticas na adolescência. Adolescência


e Saúde, 3(1), 22-26.

Castro, M. D. G. D., Andrade, T. M. R., & Muller, M. C. (2006). Conceito


mente e corpo através da história. Psicologia em estudo, 11(1), 39-43.

Maia, Â. (2002). Emoções e sistema imunológico: um olhar sobre a


psiconeuroimunologia. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática, (2), 207-225.

Reiche, E. M. V., Zaha, M. M., & Pontello, I. R. (1991). Visão atual: a


psiconeuroimunologia. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 12(2), 91-94.

Ramos, I. R. (2017). Abordagem psiconeuroimunológica sobre o câncer: relação


entre o estresse e o desenvolvimento tumoral. Monografia (Graduação) – Faculdade de
Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília.

Barbosa, M. R., & Santos, F. U. D. (2012). Fontes estressoras no paciente com


diagnóstico de neoplasia mamária maligna. Revista Brasileira de Terapias
Cognitivas, 8(1), 10-18.

Lipp, M. E. N., & Malagris, L. N. (1998). Manejo de estresse. In B. Rangé (Ed.),


Psicoterapia comportamental e cognitiva (pp. 279-292).

Alminhana, L. O., & Noé, S. V. (2010). Saúde e espiritualidade: contribuições


da psiconeuroimunologia e das técnicas mente-corpo para o tratamento do
câncer. Estudos Teológicos, 50(2), 260-272.

Silva, S. S, Aquino, T A. A, Santos, R. M. (2008). O paciente com câncer:


cognições e emoções a partir do diagnóstico. Revista brasileira de terapias cognitivas,
São Paulo, v.4, n.2. P.73-88.
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Guimarães, M. C. M. (2018). Psiconeuroimunologia da ansiedade. Mestrado -


Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto.

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