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Das revoluções emergem a necessidade de dar limites ao absolutismo, assim como surge o
nacionalismo;
- “no período de 1880 a 1914, o
nacionalismo avançou dramaticamente e seu conteúdo ideológico e político transformou-se. Seu
próprio vocabulário indica a significação desses anos. A própria palavra "nacionalismo" apareceu
pela primeira vez em fins do século XIX, para descrever grupos de ideólogos de direita na
França e na Itália, que brandiam entusiasticamente a bandeira nacional contra os estrangeiros, os
liberais e os socialistas, e a favor daquela expansão agressiva de seus próprios Estados, que viria a
ser tão característica de tais movimentos.” “traidores. O fenômeno era novo; durante a maior parte
do século XIX, o nacionalismo fora
identificado com movimentos liberais e radicais, bem como com a tradição da Revolução
Francesa” Eric Hobsbawn , A Era dos Impérios.
B. A Europa constrói seu sistema gerador de paz, baseado no equilíbrio de poder. As elites se unem
por medo das massas.
- “Na política democrática, o "patrão"
não chegava a desaparecer, mas neste caso era crescentemente o partido que fazia o notável ou
que, pelo menos, o salvava do isolamento e da impotência política — e não o contrário. Elites
mais antigas, que se transformavam a fim de adaptar-se à democracia, desenvolviam várias
combinações entre a política da influência e do clientelismo local e aquela da democracia. Na
realidade, as últimas décadas do velho século e as primeiras do novo foram repletas de
complicados conflitos entre as "notabilidades" ao velho estilo e os novos operadores da política, os
patrões locais e outros elementos chaves que controlavam os partidos locais”. Eric Hobsbawn , A
Era dos imperios.
C. O equilíbrio de poder é sustentado economicamente pelo imperialismo sobre Ásia e África.
- “O número de pessoas que ganhavam a vida por meio de trabalho manual, em troca de um
salário, aumentava sensivelmente em todos os países inundados ou apenas banhados pela maré
montante do capitalismo ocidental — e isso desde as fazendas da Patagônia até as minas de
nitrato do Chile e as geladas minas de ouro do nordeste da Sibéria, cenário de uma greve
espetacular e de um massacre, às vésperas da Grande Guerra. Aquelas pessoas eram
encontradas onde quer que as cidades modernas necessitassem de trabalhos de construção ou
onde houvesse serviços municipais de utilidade pública — já indispensáveis no século XIX, como
os de gás, água e esgotos — e onde quer que se estendesse a rede portuária ou a de estradas de
ferro e telégrafos, que interligavam, economicamente, o globo. Minas eram encontradas mesmo
em lugares remotos e em todos os cinco continentes. Em 1914, mesmo os campos petrolíferos
eram explorados em escala significativa, na América do Norte, na América Central, na Europa
Oriental e no Sudeste da Ásia, bem como no Oriente Médio. Mais expressivo é o fato de, mesmo
em países predominantemente agrícolas, os mercados urbanos serem providos de alimentos
manufaturados, bebidas, estimulantes e têxteis elementares, por mão-de-obra barata, trabalhando
numa espécie de estabelecimento industrial, em alguns dos quais — a Índia é um exemplo —
desenvolviam-se indústrias razoavelmente significativas, de têxteis e até de ferro e aço. Todavia,
o número dos assalariados multiplicava-se de modo espetacular, formando neste caráter classes
reconhecidas, especialmente nos países em que a industrialização havia sido estabelecida desde
longa data; e no crescente número de países que, conforme já vimos, entravam em seu período
de revolução industrial entre 1870 e 1914, ou seja, sobretudo na Europa, na América do Norte, no
Japão e em algumas áreas de maciça colonização branca, no além-mar.” Eric Hobsbawn, A Era dos
Impérios