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Hoje teremos uma aula sobre fadiga de parafuso, e não é insignificante que no

título temos "a utilidade de linhas de carregamento". Esta aula será diferente
porquê focaremos no quê uma linha de carregamento representa, pois é importante
para entender a análise de fadiga de parafuso é um pouco diferente das outras
coisas nas quais estudamos a fadiga.
Teremos um problema que nada tem a ver com parafuso, mas o ponto deste problema é
mostrar outro exemplo de onde linhas de carregamento trabalham juntos e te dão
ferramentas adicionais para saber o quão próximo se está da falha de uma parte ou
de um sistema.

O quê uma linha de carregamento representa?


Quando desejamos descobrir o quão próximos estamos da falha de um componente,
existe mais de um parâmetro de tensão que é utilizado para se saber o quão próximo
estamos da fratura ou do escoamento do material. Existem dois exemplos que serão
trazidos com os quais você já estão familiarizados, e o primeiro é o caso estático.
Nesta situação olhamos para casos de tensão plana. Dois parâmetros de tensão
normalmente determinam o quão próximo da falha o componente está. No caso estático,
as duas tensões principais.
No caso de fadiga: tensão média e alternante.

Curvas de falha que representam a resistência do material podem ser colocados num
gráfico que representem estes dois fatores. Um ponto de carregamento representa os
dois parâmetros de tensão para um dado cenário.

OK

Conforme os níveis de carga (ou parâmetros relacionados com os níveis de carga)


mudam, múltiplos pontos de carga podem ser graficados. Quando os pontos graficados
formam uma linha, ela é chamada de linha de carregamento. Algo que veremos é que
nem sempre essas linhas vão cruzar a origem; e que nem sempre esses pontos vão
formar uma linha: às vezes podem formar uma curva. Quando isso aconte-se torna-se
difícil utilizar uma das ferramentas sobre a qual falaremos hoje.

OK

Fator de segurança é o comprimento da linha a partir do carregamento zero para a


interseção com a curva de falha dividido pelo comprimento da linha a partir da
origem até o ponto de carga. E este conceito parte do pressuposto que tudo possui
comportamento linear. Ele assume que se você dobrar um determinado carregamento
sobre a sua estrutura, a tensão neste carregamento também dobra; e isso teria o
efeito de cortar pela metade o valor do coeficiente de segurança.

OK

EXEMPLO NO PAPEL DE DOBRAR A CARGA E REDUZIR O FATOR DE SEGURANÇA PELA METADE

Se você multiplicar a carga pelo valor do coeficiente de segurança, você vai chegar
no LIMITE para a falha e encontrar um fator de segurança igual à unidade. E isso
acontece por causa do comportamento linear da solução. Isso vale tanto para o
coeficiente de segurança estático quanto para o dinâmico. Em suma, o quê o
coeficiente de segurança nos informa é a magnitude da força máxima que pode ser
aplicada à estrutura.

Fator de segurança é definido como o valor da tensão que causa falha dividido pelo
valor da tensão que está sendo efetivamente aplicado.

Enquanto todas as relações ao longo da solução sejam diretamente proporcionais à


carga aplicada, o fator de segurança pode ser multiplicado pelo carregamento
utilizado para se calculá-lo para se determinar a carga máxima esperada antes da
falha (escoamento ou vida não-infinita).

Quando existem não-linearidades ou descontinuidades, é sempre salutar definir


cálculos alternativos para se verificar o quão próximo da falha uma parte ou o
sistema está.

Um exemplo é a tensão no parafuso, que utilizamos para calcular o fator de


segurança em relação à carga de prova. Uma das coisas que não faz com que isso seja
completamente linear é o fato que, nos problemas de parafuso, aplica-se um
carregamento externo depois de se aplicar uma pré-carga, esta com finalidade de
simplesmente montar e manter o conjunto unido. E essa é uma das razões do porquê
temos diversos fatores de segurança (na verdade somente um deles é, de facto, um
fator de segurança a rigor).

A fadiga de contato possui uma não-linearidade intrínseca porquê a área de contato


aumenta conforme o carregamento aumenta. E por causa disso existem duas maneiras de
se calcular o fator de segurança (fator de projeto ou de desenho, como o livro
chama). Um deles foca na tensão, e o outro foca no carregamento.

"Utilidade Multiplicativa" é a ideia de quê pode-se pegar o resultado de um fator


de segurança e multiplicar pelo carregamento original para encontrar o limite de
onde se encontra a falha.

Na fadiga de parafuso tem algumas equações que fornecem a tensão média e a tensão
alternante; e a tensão média inclui o efeito da pré-carga separado do carregamento
externo; e na tensão alternante o efeito da pré-carga - obviamente - não aparece.

OK

A figura 8-20 mostra como uma linha de carregamento poderia ser. O quê se mostra é
o que se caso se remova todo o carregamento externo ainda teremos um valor de
tensão, oriundo da pré-carga. Ainda vemos a curva de falha, segundo Goodman, que é
uma linha reta.

OK

Na Tabela 8-17 também é dado o limite de endurança completamente corrigido para


parafusos de porca e sem porca, com roscas laminadas, segundo sua classe. As
chances são de quê, quando você compre um parafuso, as suas roscas sejam laminadas
pois é o jeito que a maioria delas é fabricada, elas são mais resistentes desta
maneira. Assim nosso foco será em fadiga de parafuso de roscas laminadas.

OK

A grande novidade é a LINHA DE CARREGAMENTO. Verificar equação para Sa no papel.


Esta é a equação utilizada nos casos gerais. Independe do quê aconteça pode-se
utilizar esta equação para se estabelecer a linha de carregamento.

Nós veremos algumas outras equações que possuem restrições. O quê se faz é
verificar onde a linha dada por Sa vai cruzar a superfície de falha, e com base
nisso calcula-se o fator de segurança.

OK

O livro traz mais algumas equações (8-45, 8-46 e 8-47) que são aplicáveis somente
para carregamentos repetidos. Carregamento repetido é aquele que se coloca um
carregamento, e então se remove completamente. Ele oscila entre um máximo e zero.
Mas todos os carregamentos de parafusos se encaixam neste critério? Não! Se isso
não é o caso, estas equações não se aplicam.
Se o carregamento é repetido, a linha de carregamento vai ter um ângulo de 45°.
Isso ocorre pq cada acréscimo de carga aumenta na mesma proporção a tensão média e
a tensão alternante. Ou seja, elas só podem ser utilizada se a tensão média e a
tensão alternante forem iguais!!!

Cuidado também com a separação da junção; pois quando isso ocorre não existe mais
compartilhamento de carga entre o parafuso e o corpo da junção!

No exemplo o pino de localização serve para, além de localizar, impedir o


carregamento em cisalhamento do parafuso; enquanto o parafuso impede que a caixa
rotacione e vire de ponta cabeça.

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