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Caso clínico 1:
Essa microscópica ameba unicelular pode infectar os seres humanos, ao entrar pelo nariz, causando
meningoencefalite amebiana primária. O último é de uma criança de 6 anos que morreu após contrair o
parasita em um parque aquático público no estado americano do Texas. O óbito aconteceu seis dias após o
menino dar entrada no hospital. Ameba nomeada cientificamente como Naegleria fowleri infecta as pessoas
quando a água que contém esse protozoário entra no corpo pelo nariz. Isso geralmente ocorre quando as
pessoas vão nadar ou mergulhar em lagos, rios e fontes termais, já que o micro-organismo vive em águas
quentes não tratadas. Existem poucos casos da infecção no mundo todo, cerca de 200 confirmados. A maioria
é dos EUA e poucos da América do Sul. Foram dois registros na Venezuela e um na Argentina. Já no Brasil, há
apenas o registro de 5 casos de infecção por amebas de vida livre, porém, só um teve a confirmação de que a
doença foi causada pela espécie Naegleria fowleri.
SINTOMAS: Inicialmente, a pessoa sente forte dor de cabeça frontal, febre, náuseas e vômitos. No
estágio dois da doença, é comum o infectado apresentar torcicolo, convulsões, estado mental alterado
e alucinações.
TRATAMENTO: não há tratamento específico para esse parasita, entretanto medicamentos como o
Miltefosina e a Anfotericina B são eficazes no combate à essa ameba, podendo ser recomendado pelo
médico em caso de suspeita.
AUTOINFECÇÃO: mais comum em águas contaminadas como lagos onde tem muita sujeira e lixo, rios
infestados de fezes entre outros.
COMPORTAMENTO INTESTINAL: as amebas se alimentam de bactérias (por isso vivem em locais onde
há muitas delas, como lagos de água quente e piscinas sujas). Só que, no cérebro humano, não
existem bactérias a entrada delas é bloqueadas por uma barreira de hematoencefálica que são camadas
de células que protegem o órgão. Como não encontra bactérias, a N. fowleri passa a comer massa
encefálica. O sistema imunológico percebe, e envia leucócitos (células de defesa) para atacar a
invasora. Só que isso piora as coisas. A ação dos leucócitos e a liberação de algumas toxinas lesam o
órgão, causando micro hemorragias. O cérebro incha, e a pressão interrompe a conexão dele com a
medula espinhal, responsável por transmitr os impulsos nervosos para o organismo. Isso provoca um
colapso de funções vitais, como a respiração, e a pessoa morre em cinco dias, assassinada não pela
ameba, mas pelo próprio sistema imunológico.
A morbidade e a mortalidade associadas à diarreia ainda são um problema de Saúde Pública nos países em
desenvolvimento.1-3 No Brasil, entre 2000 e 2011, foram notificados 33 milhões de casos de diarreia, a maioria
em menores de 1 ano de idade.4 As doenças diarreicas são a segunda causa de morte entre as crianças
menores de 5 anos, sendo responsáveis pela perda da vida de cerca de 1,5 milhão de crianças no mundo. No
Brasil, no ano de 2010, mais de 850 crianças dessa faixa etária morreram em decorrência da diarreia. A
ocorrência da diarreia é determinada pela suscetibilidade do organismo infantil e pelo grau de exposição aos
enteropatógenos, essencialmente condicionados pelo acesso a água tratada, saneamento ambiental e estado
nutricional da criança, sendo de especial relevância a prática do aleitamento materno. Destaca-se que o
acesso ao saneamento e a adoção de práticas alimentares saudáveis são condicionados pela renda familiar e
escolaridade materna.
Diversos agentes etiológicos podem ser responsáveis pelo surgimento do quadro de gastroenterite, sendo o
rotavírus o principal deles. No Distrito Federal (DF), de 1986 a 1990, foi identificada uma positividade de 20%
para rotavírus em amostras fecais de crianças menores de 6 anos. Desde 2006, o Brasil imuniza as crianças
contra esse agente por meio de uma vacina oral atenuada, que promove significante e sustentada proteção nos
dois primeiros anos de vida. No DF, as coberturas vacinais têm alcançado taxas próximas à meta de 90%,
desde a implantação da vacinação. Há uma carência de estudos reveladores do perfil de morbimortalidade da
diarreia no DF. Pesquisas realizadas nas principais bases de dados bibliográficas identificaram quatro artigos
sobre o tema da epidemiologia das doenças diarreicas no DF, três deles datados da década de 1990 do século
passado. O conhecimento decorrente de pesquisas como essas é imprescindível no sentido de subsidiar a
elaboração de políticas públicas visando à melhoria dos indicadores desse agravo e de qualidade de vida da
população geral.
a) Construa um quadro comparativo das doenças diarreicas infantis (viral, bacteriana, protozoários e
verminoses).