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Campo Grande – MS
2021
Resenhar: Capítulos 13 e 15 de Keynes: A teoria geral da taxa de juros; Os incentivos
psicológicos e empresariais para a liquidez
Resenha: Capitulo 13
O capitulo 13 aborda a teoria geral da taxa de juros, durante o livro o autor vem
tentando explicar o que define o nível de empregos e para isso utiliza-se da observação
de vários fatores. O nível de emprego se explica através da demanda efetiva, sendo o
principal a observação do investimento. Investimento é definido pela eficiência marginal
do capital e a taxa de juros de mercado (abordada no capitulo atual).
Keynes inicia sua abordagem sobre a taxa de juros olhando para o consumo da
renda através da propensão marginal a consumir, sendo essa propensão responsável por
analisar a quantidade da renda do indivíduo que tem a maior tendência de se tornar
consumo. Além do consumo a outra variável que compõe a renda é a renda, e para essa
variável Keynes que a utilização dela irá depender da preferência pela liquidez.
Quando as pessoas optam por manterem sua poupança em formas que não seja a
moeda elas, segundo Keynes, investem e escolhem abrir mão da liquidez. Com isso, a
recompensa que se gera ao optar abrir mão da liquidez se dá pela taxa de juros. A taxa
de juros pode ser entendida como o prêmio por abrir mão da liquidez, ou seja, por não
entesourar a moeda.
O autor diz que por enfrentar a incerteza recebe-se um prêmio conhecido como
taxa de juros. O mecanismo que determina a taxa de juros isso é, quando ela assume
determinado valor se dá pela convergência de inúmeras preferencias pela liquidez, sendo
esse mecanismo superficialmente citado, explicado no capitulo 15. Abrir mão da
liquidez, em detrimento do entesouramento há incerteza nesse processo, fato que faz
com que haja o pagamento de um prêmio ao se emprestar a moeda para outras
instituições sociais.
CAPITULO 15
Keynes aponta três principais motivos para que as pessoas demandem pela
preferência pela liquidez. O primeiro motivo é a transação que se refere ao papel da
moeda como meio de troca. O segundo motivo é a precaução que se refere ao papel da
moeda como maneira de atender possíveis adversidades em momentos posteriores ao
atual. O terceiro e último motivo se refere a especulação que é a crença de saber/ tentar
especular as tendências futuras para tentar ganhar uma maior quantidade de moeda nesse
período de tempo.
A relação entre moeda para transação com a renda se dá pela velocidade renda da
moeda, que é explicada por Keynes como o giro da moeda dada determinada renda. Y
(renda) / Mt (Moeda para transação), do mesmo modo Mt = Y (Renda) / V (velocidade
renda da moeda). Desse modo, podemos observar que quanto maior a velocidade, menor
será a necessidade de manter moeda na mão para realizar a transação.
Keynes observa que para a moeda com fins especulativos, quanto menor a taxa,
menor as pessoas optam por especular/ aplicar financeiramente seu dinheiro. Isso se dá
pelos riscos envolvidos, uma vez que se leva em conta para se aplicar: Juros,
expectativas quanto juros ao futuro, risco de inflação, etc. Com isso, Keynes observa a
tendência dos juros a terem limites mínimos positivos, sendo que os juros de mercado de
maturidade mais longa sempre serão positivos.