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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA-CCT


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
DISCIPLINA: FISICA EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: VERA TURMA: 01 TERÇA/SEXTA

COEFICIENTE DE
ELASTICIDADE DE MOLAS
3° Relatório

CAMPINA GRANDE
27 de MARÇO de 2006
1. INTRODUÇÃO

O objetivo do seguinte experimento é determinar a elongação de uma mola


suspensa em função do peso pendurado em sua extremidade livre. Sendo utilizado um
corpo básico, armadores, escala milimetrada complementar, bandeja, conjunto de
massas padronizadas e 2 molas.
2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

Inicialmente foi pendurada a primeira mola (E) no gancho central da Lingüenta


e, na outra extremidade, foi colocada a bandeja. Como a mola não sofreu uma
deformação desejável, foi colocado um peso inicial (50 gf) sobre a bandeja. Foram
anotados o peso inicial e, com auxilio da escala complementar, a posição inicial l0 do
ponto de conexão mola/bandeja.
Foi adicionado um peso de 15 gf à bandeja e anotado, na tabela I-A, a nova
posição l do ponto de conexão e o correspondente peso total sobre a bandeja. Repetindo
esse passo oito vezes, até preenche a tabela I-A.
Substituiu a Mola 1 (E) pela Mola 2 (K) e refez-se todos os passos anteriores e
anotando os novos valores na tabela I-B.

MEDIDAS/TABELAS

MOLA 1 (identificada pela letra E)


Peso inicial sobre a Bandeja P0 = 50gf
Posição inicial do ponto de conexão l0 = 15,8cm

TABELA I-A
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 65,0 80,0 95,0 110,0 125,0 140,0 155,0 170,0
L (cm) 18,5 21,5 24,5 27,6 30,4 33,4 36,4 39,6

MOLA 2 (identificada pela letra K)


Peso inicial sobre a Bandeja P0 = 50gf
Posição inicial do ponto de conexão l0 = 11,1cm

TABELA I-B
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 65,0 80,0 95,0 110,0 125,0 140,0 155,0 170,0
L (cm) 12,7 14,5 16,4 18,1 19,9 21,7 23,4 25,3

Observamos que, para cada peso total adicionado a partir de P0, dado por (P-P0), a
elongação l da Mola é a diferença entre a posição l e a inicial, l0. Com isso, a partir das
tabelas I-A e I-B, obtenha novas tabelas (II-A e II-B) que dão a elongação l em função da
força F aplicada, dada por F=P-P0. Por simplicidade, chame a elongação l de x.

TABELA II-A
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 120,0
L (cm) 2,7 5,7 8,7 11,8 14,6 17,6 20,6 23,8
TABELA II-B
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 120,0
L (cm) 1,6 3,4 5,3 7,0 8,8 10,6 12,3 14,2

Baseado nos gráficos realizados em papel milimetrado (ver em anexo), temos que
a função descreve uma reta, do tipo:

X=aF + b

De acordo com os gráficos, é possível que as retas passem pela origem, levando
em conta os erros sistemáticos, visto que a elongação da mola (X) é diretamente
proporcional a força aplicada na sua extremidade (P); obedecendo a seguinte equação:

X = IF

Obedecendo a Lei de Hooke, temos que: K = 1/I

Para a Mola 1 (E) Para a Mola 2 (K)

P1  (0,0) P1  (0,0)
P2  (125,24,4) P2  (122,5;14,5)

Temos : Temos :
X  IF X  IF
24,4  0 14,5  0
I  I 
125  0 122,5  0
I  0,20cm / gf I  0,12cm / gf
K  5 gf / cm K  8,333 gf / cm
K  0,049 N / cm K  0,082 N / cm

Determinando os coeficientes temos que:

O acréscimo realizado da massa inicial, foi necessária para que a mola pudesse
trabalhar dentro de seu limite elástico. De forma que comparando o peso da mola com o
peso inicial, temos uma relação desprezível para que altere alguns resultados da
experiência. Demonstrando o seu diagrama de corpo livre temos que:

F
F

L0

P P
Diagrama de corpo livre da Mola Diagrama de corpo livre da Bandeja
L0 elongação x F Força da Mola
F Força da Mola P Peso da Bandeja (força gravitacional)
P Peso da Bandeja

4. CONCLUSÃO

O objetivo do experimento foi alcançado, visto que conseguimos determinar a


elongação de uma mola suspensa em função do peso pendurado em sua extremidade
livre.
De acordo com o experimento realizado, temos que a recomendação do acréscimo
de um peso inicial é mais necessária para a mola de menor coeficiente elástico K, de
forma a garantir logo uma elongação inicial. Tendo o seu trabalho elementar dW
realizado por uma força F ao deslocar um corpo pela quantidade dl, sendo dado por:
dw  Fxdl
Então, o trabalho realizado pela bandeja ao deslocar o ponto inferior da mola da
posição l0 até l, produzindo uma elongação x = l- l0, sendo dado por:
x
W   Fdx
0

Sendo a integral a área sob a curva do gráfico de F versus X. Este trabalho fica
armazenado na mola sob a forma de energia potencial elástica.

5. ANEXOS

Cálculos para o gráfico da mola 1 (E)

TABELA II-A
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 120,0
L (cm) 2,7 5,7 8,7 11,8 14,6 17,6 20,6 23,8

PARA “x”

 Cálculo do Modulo de “x”


Lx
mx 
23,8  0
160
mx 
23,8
m x  6,72  m x  5mm / cm

 Degrau e Passo

l x  m x x
20mm  5mm / cmXx
x  4cm

 Equação da Escala

l x  m x ( x  xo )
l x1  5(2,7  0)  13,5mm
l x 2  5(5,7  0)  28,5mm
l x 3  5(8,7  0)  43,5mm
l x 4  5(11,8  0)  59,0mm
l x 5  5(14,6  0)  73,0mm
l x 6  5(17,6  0)  88,0mm
l x 7  5(20,6  0)  103,0mm
l x 8  5(23,8  0)  119 mm

PARA “F”

 Cálculo do Modulo de “F”

LF
mF 
120  0
160
mF 
120
m F  2,166  m F  2mm / gf

 Degrau e Passo

l F  m F F
20mm  2mm / gfXF
F  10 gf
 Equação da Escala

l F  m F ( F  Fo )
l F 1  2(15  0)  30mm
l F 2  2(30  0)  60mm
l F 3  2(45  0)  90mm
l F 4  2(60  0)  120mm
l F 5  2(75  0)  150mm
l F 6  2(90  0)  180mm
l F 7  2(105  0)  210mm
l F 8  2(120  0)  240mm

 Equação da Reta

P1  (0,0)
P2  (125,24,4)

Temos :
24,4  0
a
125  0
a  0,20

Logo:
X  0,20 F

Cálculos para o gráfico da mola 2 (K)

TABELA II-B
1 2 3 4 5 6 7 8
P (gf) 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 120,0
X (cm) 1,6 3,4 5,3 7,0 8,8 10,6 12,3 14,2

PARA “x”

 Cálculo do Modulo de “x”


Lx
mx 
14,2  0
160
mx 
14,2
m x  11,27  m x  10mm / cm

 Degrau e Passo

l x  m x x
20mm  10mm / cmXx
x  2cm

 Equação da Escala

l x  m x ( x  xo )
l x1  10(1,6  0)  16,0mm
l x 2  10(3,4  0)  34,0mm
l x 3  10(5,3  0)  53,0mm
l x 4  10(7,0  0)  70,0mm
l x 5  10(8,8  0)  88,0mm
l x 6  10(10,6  0)  106,0mm
l x 7  10(12,3  0)  123,0mm
l x 8  10(14,2  0)  142,0mm

PARA “F”

 Cálculo do Modulo de “F”

LF
mF 
120  0
160
mF 
120
m F  2,166  m F  2mm / gf

 Degrau e Passo

l F  m F F
20mm  2mm / gfXF
F  10 gf

 Equação da Escala
l F  m F ( F  Fo )
l F 1  2(15  0)  30mm
l F 2  2(30  0)  60mm
l F 3  2(45  0)  90mm
l F 4  2(60  0)  120mm
l F 5  2(75  0)  150mm
l F 6  2(90  0)  180mm
l F 7  2(105  0)  210mm
l F 8  2(120  0)  240mm

 Equação da Reta

P1  (0,0)
P2  (122,5;14,5)

Temos :
14,5  0
a
122,5  0
a  0,12

Logo:
X  0,12 F

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