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rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
26 de junho de 2021
2
Sumário
3
4 SUMÁRIO
Capítulo 1
Esse texto ainda não se encontra na sua versão final, sendo, por enquanto, consti-
tuído apenas de anotações informais. Sugestões para melhoria do texto, correções da
parte matemática ou gramatical eu agradeceria que fossem enviadas para meu Email
rodrigo.uff.math@gmail.com.
Se houver alguma solução errada, se quiser contribuir com uma solução diferente
ou ajudar com uma solução que não consta no texto, também peço que ajude enviando
a solução ou sugestão para o email acima, colocarei no texto o nome da pessoa que
tenha ajudado com alguma solução. Espero que esse texto possa ajudar alguns alunos
que estudam análise pelo livro do Elon.
1.1 Notações
Denotamos (xn ) uma sequência (x1 , x2 , ∙ ∙ ∙ ). Uma n upla (x1 , x2 , ∙ ∙ ∙ , xn ) podemos
denotar como (xk )n
1 .
O conjunto de valores de aderência de uma sequência (xn ) iremos denotar como
A[xn ].
Usaremos a abreviação PBO para princípio da boa ordenação.
Denotamos f(x + 1) − f(x) = Δf(x).
Usando a notação Qxn = xxn+ n
1
.
Ac para o complementar do conjunto A.
• A ⊂ X, B ⊂ X.
5
6 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
• Se A ⊂ Y e B ⊂ Y então X ⊂ Y.
Questões 2,3 e 4
b Propriedade 2 A ∩ B é o menor subconjunto de A e B.
Seja X com
• X ⊂ AeX ⊂ B
• Se Y ⊂ A e Y ⊂ B então Y ⊂ X.
Nessas condições X = A ∩ B.
A∩B⊂X
A ∩ B = ∅ ⇔ A ⊂ Bc .
$ Corolário 2 Sejam A, B ⊂ E. A ⊂ B ⇔ A ∩ Bc = ∅.
Sabemos que A ∩ W = ∅ ⇔ A ⊂ W c por resultado que já mostramos, tomando
W = Bc temos o resultado que desejamos.
Questão 5
Z Exemplo 1 Dê exemplo de conjuntos A, B, C tais que
(A ∪ B) ∩ C 6= A ∪ (B ∩ C).
(A ∪ B) ∩ C = A ∩ C = ∅ 6= A ∪ (B ∩ C) = A ∪ ∅ = A.
Questão 6
b Propriedade 4 Se A, X ⊂ E tais que A ∩ X = ∅ e A ∪ X = E então X = Ac .
Questão 7
b Propriedade 5 Se A ⊂ B então B ∩ (A ∪ C) = (B ∩ C) ∪ A ∀ C.
Se existe C tal que B ∩ (A ∪ C) = (B ∩ C) ∪ A então A ⊂ B.
Questão 8
8 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
⇐). Se (A ∩ Bc ) ∪ (Ac ∩ B) = ∅ então A ∩ Bc = ∅ e Ac ∩ B = ∅, logo por
resultados que já provamos A ⊂ B da primeira relação e B ⊂ A da segunda, portanto
A = B.
⇒). Se A = B então A ∩ Bc = Ac ∩ B = ∅.
Questão 9
b Propriedade 7 Vale que (A \ B) ∪ (B \ A) = (A ∪ B) \ (A ∩ B).
Questão 10
b Propriedade 8 Se
(A ∪ B) \ (A ∩ B) = (A ∪ C) \ (A ∩ C)
Questão 11
b Propriedade 9 Valem as seguintes propriedades do produto cartesiano .
1. (A ∪ B) × C = (A × C) ∪ (B × C).
2. (A ∩ B) × C = (A × C) ∩ (B × C).
3. (A \ B) × C = (A × C) \ (B × C).
4. Se A ⊂ A 0 e B ⊂ B 0 então A × B ⊂ A 0 × B 0 .
1.2. CAPÍTULO 1-CONJUNTOS E FUNÇÕES 9
ê Demonstração.
Questão 12
b Propriedade 10 Seja f : A → B , então valem
1.
f(X) \ f(Y) ⊂ f(X \ Y)
X, Y subconjuntos de A.
ê Demonstração.
1. Seja z ∈ f(X) \ f(Y) então z = f(x) e não existe y ∈ Y tal que z = f(y) então
z ∈ f(X \ Y) pois é imagem de um elemento x ∈ X \ Y.
2. Já sabemos que vale a inclusão f(X) \ f(Y) ⊂ f(X \ Y). Vamos provar agora a
outra inclusão f(X \ Y) ⊂ f(X) \ f(Y). Seja z ∈ f(X \ Y) então existe x ∈ X \ Y
portanto x ∈ X e x ∈ / Y tal que f(x) = z. Se z ∈ f(Y) então existiria y ∈ Y tal
que f(y) = z mas como f é injetora x = y o que contraria x ∈ X \ Y, logo vale a
outra inclusão e o resultado fica provado .
Questão 13
10 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
⇒). Já fizemos na propriedade anterior.
⇐). Suponha por absurdo que f não é injetiva então existem a 6= x tais que f(x) =
f(a), seja X = {x}, vale que f(a) ∈ f(A \ X) pois a ∈ A, a ∈ / X = {x} porém
/ f(A) \ f(X) então não vale a igualdade, o que é absurdo.
f(a) ∈
Questão 14
b Propriedade 12 Dada f : A → B então
ê Demonstração.
1. f−1 (f(X)) é o conjunto dos elementos x ∈ A tal que f(x) ∈ f(X) então vale
claramente que X ⊂ f−1 (f(X)), pois dado a ∈ X tem-se que f(a) ∈ f(X).
2. ⇒). Suponha f injetora, já sabemos que X ⊂ f−1 (f(X)) pelo item anterior, va-
mos provar agora que f−1 (f(X)) ⊂ X suponha por absurdo que exista y ∈ / X
tal que f(y) ∈ f(X), f(y) = f(x) para y ∈ / X e x ∈ X, então f não é injetora
o que contraria a hipótese então deve valer a inclusão que queríamos mostrar e
portanto a igualdade dos conjuntos.
Questão 15
b Propriedade 13 Seja f : A → B, então vale que
ê Demonstração.
1. f−1 (Z) é subconjunto de A que leva elemento em Z por f, então é claro que a
imagem de tal conjunto por f está contida em Z.
2. ⇒ ) Suponha que f seja sobrejetiva. Já sabemos que para qualquer função f vale
que f(f−1 (Z)) ⊂ Z, em especial vale para f sobrejetiva, temos que provar que se
f é sobrejetiva, vale a outra inclusão Z ⊂ f(f−1 (Z)).
1.3. CAPÍTULO 2-CONJUNTOS FINITOS, ENUMERÁVEIS E NÃO-ENUMERÁVEIS 11
Axioma 2 Existe um único número natural que não é sucessor de nenhum outro natural, esse
número simbolizamos por 1.
ê Demonstração.
⇒). Supondo o axioma (3) válido. Suponha por absurdo que exista A 6= ∅, A ⊂ N
tal que A \ S(A) = ∅ então A ⊂ S(A), isto é, ∀ x ∈ A existe y ∈ A tal que
x = s(y). Sabemos que 1 ∈ / A, pois se não 1 ∈ A \ S(A). Se n ∈ / A, vamos mostrar
que s(n) ∈/ A. Se fosse s(n) ∈ A, chegaríamos em uma contradição com A ⊂ S(A),
pois deveria haver y ∈ A tal que s(y) = s(n) e por injetividade seguiria y = n ∈ A, o
que contraria a hipótese, logo S(n) ∈/ A, A é vazio pois não contém nenhum número
natural, mas consideramos que A não é vazio como hipótese, absurdo!.
⇐).
Pelo axioma 2 temos que 1 é o único elemento de N \ S(N), pelo axioma 1 temos
que S(N) ⊂ N daí temos N = {1} ∪ S(N) o que implica 1 ∈ A, ∀ n ∈ N s(n) ∈ A ⇔
A = N.
12 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 2
b Propriedade 15 Dados m e n naturais então existe x natural tal que
x.n > m.
Questão 3
b Propriedade 16 Seja n0 ∈ N. Se A ⊂ N tal que n0 ∈ A e n ∈ A ⇒ n + 1 ∈ A
então todo x ∈ N com x > a pertence à A.
Questão 5
b Propriedade 17 1 não possui antecessor e qualquer outro número natural possui an-
tecessor.
ê Demonstração. Não vale m < 1 para algum natural m, logo 1 não possui ante-
cessor. Agora para todo outro n ∈ N vale n > 1 logo existe p ∈ N tal que p + 1 = n,
vamos mostrar que p = m é o antecessor de n. Vale p < p + 1, logo a primeira con-
dição é satisfeita, a segunda condição também é satisfeita pois não existe c ∈ N tal
que p < c < p + 1. Vamos mostrar agora que existe um único antecessor. Suponha
existência de dois antecessores m e m 0 distintos então existe um deles que é o maior,
digamos m 0 , daí m < m 0 e m 0 < n por transitividade segue m < m 0 < n o que
contraria a definição de antecessor, então existe um único.
Questão 6
Questão 6 a)
b Propriedade 18 Mostrar que
n
X n(n + 1)
k= .
2
k=1
1.3. CAPÍTULO 2-CONJUNTOS FINITOS, ENUMERÁVEIS E NÃO-ENUMERÁVEIS 13
Questão 6 b)
b Propriedade 19 Mostrar que
n
X
( 2k − 1 ) = n 2 .
k=1
Questão 6 c)
14 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Para n = 1 temos
1
X
(a − 1) ak = (a − 1)(a + 1) = a2 − 1.
k=0
P n+1
P 1 k
Supondo que (a − 1) n k
k=0 a = a − 1 vamos provar que (a − 1) n+
k=0 a =
an+2 − 1. Por definição de somatório e pela hipótese da indução temos
X1
n+ n
X
(a−1) ak = (a−1)an+1 +(a−1) ak = an+2 −an+1 +an+1 −1 = an+2 −1.
k=0 k=0
Questão 6 d)
Z Exemplo 3 Mostre que se n > 4 então n! > 2n.
Para n = 4 vale 4! = 24 > 24 = 16. Suponha validade para n , n! > 2n , vamos
provar para n + 1, (n + 1)! > 2n+1 . Multiplicando n! > 2n por n + 1 de ambos lados
segue que
(n + 1)! > (n + 1) 2n > 2.2n = 2n+1 .
| {z }
>2
Questão 7
b Propriedade
Q 20 (Unicidade da fatoração em primos) Seja n ∈ N, n > 1. Se
Q
n= m k=1 pk =
s
k=1 qk onde cada pk e qk são primos, não necessariamente distintos
então m = s e pk = qk ∀ k , após, se necessário, uma renomeação dos termos.
Y1
m− s−1
Y
n = pm pk = qs qk
k=1 k=1
Q
pm divide o produto sk=1 qk então deve dividir um dos fatores, por exemplo qs (se
não, renomeamos os termos), como pm |qs então pm = qs
Y1
m− s−1
Y Y1
m− s−1
Y
pm pk = pm qk ⇒ pk = q k = n0 < n
k=1 k=1 k=1 k=1
questão 8
b Propriedade 21 Sejam A e B conjuntos com n elementos, então o número de bijeções
de f : A → B é n!
ê Demonstração.
Por indução sobre n, para n = 1, tem-se uma função A = {a1 } e B = {b1 }, f : A →
B tal que f(a1 ) = b1 . Supondo a validade para conjuntos com n elementos, vamos
provar que vale para conjuntos com n + 1 elementos. Tomando A = {ak , k ∈ In+1 }
e B = {bk , ∈ In + 1}, dado s ∈ In+1 , fixamos as bijeções f com f(a1 ) = bs daí a
quantidade dessas funções é dada pela quantidade de bijeções de A \ {a1 } em B \ {bs },
que é n! para cada s variando de 1 até n + 1, o total então é (n + 1)n! = (n + 1)!.
Questão 9
Questão a)
b Propriedade 22 Se A e B são finitos e disjuntos com |A| = n e |B| = m então A∪B
é finito com |A ∪ B| = m + n.
ê Demonstração. Existem bijeções f : In → A, g : Im → B. Definimos h :
Im+n → A ∪ B como h(x) = f(x) se 1 6 x 6 n e h(x) = g(x − n) se 1 + n 6 x 6
m + n (1 6 x − n 6 m), como h é bijeção segue o resultado.
Questão b)
$ Corolário 5 Podemos deduzir a identidade para três conjuntos
|A ∪ B ∪ C|,
|A ∪ B ∪ C| = |A| + |B ∪ C| − |A ∩ [B ∪ C]| =
= |A|+|B|+|C|−|B∩C|−|[A∩B]∪[A∩C]| = |A|+|B|+|C|−|B∩C|−|A∩B|−|A∩C|+|A∩B∩C|
logo
Questão c)
b Propriedade 25 (Princípio da inclusão- exclusão) Sejam n conjuntos finitos (Ak )1n ,
seja I o multiconjunto das combinações das interseções desses n conjuntos, então
n
[ X
| Ak | = |K|(−1)nk
k=1 K∈I
Questão 10
b Propriedade 26 Seja A finito. Existe uma bijeção g : In → A para algum n, pois
A é finito, a função f : A → A é injetiva ou sobrejetiva ⇔ g−1 ◦ f ◦ g : In → In é
injetiva ou sobrejetiva, respectivamente.
ê Demonstração.
⇒). Se f é injetiva ou sobrejetiva então g−1 ◦ f ◦ g : In → In é injetiva ou sobre-
jetiva, por ser composição de funções com essas propriedades.
⇐). Seja g−1 ◦ f ◦ g : In → In sobrejetiva vamos mostrar que f também é sobreje-
tiva. Dado y ∈ A vamos mostrar que existe x ∈ A tal que f(x) = y. Como g : In → A
é sobrejetiva então existe x1 ∈ In tal que g(x1 ) = y e pelo fato de g−1 ◦ f ◦ g ser sobre-
jetiva então existe x2 ∈ In tal que g−1 (f(g(x2 ))) = x1 = g−1 (y) como g−1 é injetiva
segue que f(g(x2 )) = y logo f é sobrejetiva.
Se g−1 ◦ f ◦ g é injetiva então f é injetiva. Sejam x, y quaisquer em A, existem
x1 , x2 ∈ In tais que g(x1 ) = x, g(x2 ) = y. Vamos mostrar que se f(x) = f(y) então
x = y.
Se f(x) = f(y) então f(g(x1 )) = f(g(x2 )) e g−1 (f(g(x1 ))) = g−1 (f(g(x2 ))) com
−1
g ◦ f ◦ g segue que x1 = x2 que implica g(x1 ) = g(x2 ), isto é, x = y.
1.3. CAPÍTULO 2-CONJUNTOS FINITOS, ENUMERÁVEIS E NÃO-ENUMERÁVEIS 17
ê Demonstração.
⇒).
Consideramos o caso f : In → In , se f for injetiva então f : In → f(In ) é uma
bijeção com f(In ) ⊂ In . fn não pode ser parte própria de In pois se não f−1 (In ) → In
seria bijeção de um conjunto com sua parte própria, logo f(In ) = In e f : In → In é
bijeção.
⇐). Se f for sobrejetiva então para cada y ∈ In (imagem) podemos escolher x ∈
In (domínio) tal que f(x) = y e daí definir g : In → In tal que g(y) = x, g é injetiva,
pois f é função, logo pelo resultado já mostrado g é bijetora, implicando que f também
é.
Questão 11
b Propriedade 28 (Princípio das gavetas de Dirichlet- POun
princípio da casas dos pombos.)
Se temos m conjuntos (Ak )m 1 e n elementos n > m, com k=1 |Ak | = n então existe
At em (Ak )m 1 tal que |At | > 1.
Esse resultado diz que se temos n elementos e m conjuntos tais que n > m então deve
haver um conjunto com pelo menos 2 elementos.
P
ê Demonstração. Supondo que |Ak | 6 1 ∀ k então aplicando a soma n k=1 em
ambos lados dessa desigualdade temos
n
X
n= |Ak | 6 m ⇒ n 6 m
k=1
o que contraria a hipótese de n > m ,portanto deve valer |At | > 1 para algum t ∈ In .
Questão 12
b Propriedade 29 Q Seja A um conjunto com n elementos, então o número de funções
1
injetivas f : Ip → A é p−k=0 (n − k).
Questão 13
b Propriedade 30 Se X possui n elementos então tal conjunto possui n
p subconjuntos
com p elementos.
Questão 14
b Propriedade 31 Seja |A| = n então |P(A)| = 2n .
Questão 15
Z Exemplo 4 Existe g : N → N sobrejetiva tal que g−1 (n) é infinito para cada
n ∈ N.
Seja f : N → N definida como f(n) = k se n é da forma n = pα k onde pk é o k-
k
Questão 16
b Propriedade 32 Pn = {A ⊂ N | |A| = n} é enumerável.
Questão 17
b Propriedade 33 X é finito ⇔ existe f : X → X que só admite subconjuntos estáveis
∅ e X.
Questão 18
b Propriedade 34 Seja f : A → A injetiva, tal que f(A) 6= A, tomando x ∈ A \
f(A) então os elementos fk (x) de O(x) = {fk (x), k ∈ N} são todos distintos. Estamos
denotando fk (x) pela k-ésima composição de f com ela mesma.
Questão 19
b Propriedade 35 Se A é infinito então existe função injetiva f : N → A.
Questão 20
Questão 20-a)
b Propriedade 37 O produto cartesiano finito de conjuntos enumeráveis é enumerável.
Q
ê Demonstração. Seja sk=1 Ak o produto cartesiano dos conjuntos Ak enume-
ráveis, então para cada k existe
Q uma função fk : N → Ak que é sobrejetiva, então
definimos a função f : Ns → sk=1 Ak dada por
f(xk )1s = (fk (xk ))1s
,isto é,
f(x1 , ∙ ∙ ∙ , xs ) = (f1 (x1 ), ∙ ∙ ∙ , fs (xs ))
Q
como tal função é sobrejetiva e Ns é enumerável segue que sk=1 Ak é enumerável.
1.3. CAPÍTULO 2-CONJUNTOS FINITOS, ENUMERÁVEIS E NÃO-ENUMERÁVEIS 21
Questão 20-b)
b Propriedade 38 Para cada f : N → N seja Af = {n ∈ N | f(n) 6= 1}. O
conjunto M das funções, f : N → N tais que Af é finito é um conjunto enumerável.
Questão 21
Z Exemplo 5 Exprimir N = S∞k= Nk onde os conjuntos são infinitos e dois a dois
1
disjuntos.
αk
S∞Tome Nk+1 = {pk , αk ∈ N onde pk ok − simoprimo} e N1 = N \
k=2 Nk , cada um deles é infinito, são disjuntos e sua união dá N.
Questão 22
Z Exemplo 6 f : N × N → N definida como f(m, n) = 2m− (2n − 1) é uma 1
bijeção. Dado um número natural n qualquer, podemos escrever esse número como produto
dos seus fatores primos
Yn n
Y
n= pα
k
k
= 2 α1
. pα
k
k
k=1 k=2
como os primos maiores que 2 são ímpares e o produto de ímpares é um número ímpar então
n = 2m (2n − 1). Agora vamos mostrar que a função é injetora seja f(m, n) = f(p, q)
2 m ( 2n − 1) = 2 p ( 2q − 1)
22 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 23
b Propriedade 39 Todo conjunto A ⊂ N é enumerável.
pois se existisse x ∈ A tal que x 6= xk daí teríamos x > xk para todo k que é ab-
surdo, pois nenhum conjunto infinito de números naturais é limitado superiormente.
A função x definida é injetora e sobrejetora. Vamos mostrar agora que ela é a única
bijeção crescente entre A e N. Suponha outra bijeção crescente f : N → A. Deve
valer f(1) = x1 , pois se fosse f(1) > x1 então f não seria crescente. Supondo que vale
f(k) = xk ∀ k 6 n ∈ N vamos mostrar que f(n + 1) = xn+1 , não pode valer
f(n + 1) < xn+1 com f(n + 1) ∈ A pois a função é injetora e os possíveis termos já
foram usados em f(k) com k < n + 1, não pode valer f(n + 1) > xn+1 pois se não a
função não seria crescente, ela teria que assumir para algum valor x > n + 1 o valor
de xn+1 , a única possibilidade restante é f(n + 1) = xn+1 o que implica por indução
que xn = f(n) ∀ n ∈ N.
Questão 24
b Propriedade 40 Todo conjunto infinito se decompõe como união de uma infinidade
enumerável de conjuntos infinitos, dois a dois disjuntos.
Questão 25
1.3. CAPÍTULO 2-CONJUNTOS FINITOS, ENUMERÁVEIS E NÃO-ENUMERÁVEIS 23
• Cx∩y = Cx Cy
• Cx∪y = Cx + Cy − Cx∩y e Cx∩y = 0 ⇔ X ∩ Y = ∅.
• Se X ⊂ Y ⇔ Cx 6 Cy .
• CA\X = 1 − Cx .
ê Demonstração.
se t ∈
/ X ∩ Y podemos supor t ∈
/ Yentão
1. t ∈
/ Yet ∈ / x e vale Cx (t) = 0Cy (t).
/ Y daí t ∈
/ x então Cx (t) = 0 6 Cy (t) = 1.
2. Se t ∈ Y e t ∈
3. Se t ∈ Y tem-se t ∈ Y daí Cx (t) = 1 6 1 = Cy (t).
24 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
• CA\X = 1 − Cx .
Analisamos dois casos
Questão 26
b Propriedade 42 O conjunto das sequências crescentes de números naturais não é enu-
merável.
s = (y(1,1) +1 , y(2,2) +y(1,1) +1 , y(3,3) +y(2,2) +y(1,1) +1, y(4,4) +y(3,3) +y(2,2) +y(1,1) +1 , ∙ ∙ ∙ )
P
denotando y(0,0) = 1 o t-ésimo termo da sequência acima é st = tk=0 y(k,k) , tal
sequência é crescente e ela difere de cada xt na t-ésima coordenada, portanto ela não
pertence a enumeração, o que é absurdo, portanto o conjunto das sequências crescen-
tes é não enumerável.
Questão 27
b Propriedade 43 Sejam (N, s) e (N 0 , s 0 ) dois pares formados por um conjunto e uma
função em que ambos cumprem os axiomas de Peano. Então existe uma única bijeção f :
N → N 0 tal que f(1) = 1 0 , f(n + 1) = f(n) + 1 0 e vale ainda que
Então para todo n ∈ N fica provado que f(n) = n 0 , f é única por construção, sendo
também sobrejetora.
• Vale que f(m)+f(n) = f(m+n), vamos provar por indução sobre n. Para n = 1
ela vale por definição da função, supondo a validade para n, vamos provar para
n+1
• f(m.n) = f(m)f(n). Por indução sobre n, para n = 1 ela vale. Suponha vali-
dade para n, vamos provar para n + 1
• m < n ⇔ f(m) < f(n). ⇒). Se vale m < n então existe p ∈ N tal que
m + p = n e daí aplicando f tem-se m 0 + p 0 = n 0 o que implica n 0 > m 0 , isto
é, f(n) > f(m).
⇐) Da mesma forma se f(m) < f(n) então m 0 < n 0 e daí existe p 0 tal que
m 0 + p 0 = n 0 ⇒ f(m + p) = f(n) que por injetividade segue m + p = n,
portanto n > m.
b Propriedade 44
a c a+c
+ = .
d d d
26 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
a c a+c
+ = d−1 a + d−1 c = d−1 (a + c) =
d d d
por distributividade do produto em relaθoasoma.
b Propriedade 45
a c ad + bc
+ = .
b d bd
ê Demonstração.
a c ad cb ad cb ad + bc
+ = + = + = .
b d bd db bd db bd
Questão 1-2◦
b Propriedade 46
a c ac
. = .
b d bd
ê Demonstração.
a c ac
. = a.b−1 .c.d−1 = ac.b−1 .d−1 = ac.(bd)−1 = .
b d bd
Questão 2
Questão 2-1◦
b Propriedade 47 Para todo m inteiro vale
am .a = am+1 .
a − 1 a = a −1+1 = a 0 = 1 .
b Propriedade 48
am .an = am+n .
am a−n = (a−m )−1 (an )−1 = (a−m an )−1 = (a−m+n )−1 = am−n .
Questão 2-2◦
b Propriedade 49
(am )n = amn
para m e n inteiros.
Questão 3
Z Exemplo 7 Se yx k
k
= xs
ys para todos k, s ∈ In , num corpo K, prove que dados,
P
n
ak ∈ K, k ∈ In tais que ak yk 6= 0 tem-se
k=1
P
n
ak xk
k=1 x1
= .
Pn
y1
ak y k
k=1
Chamando x1
y1 = p temos xk
yk = p logo xk = pyk e a soma
n
X n
X
ak x k = p ak y k
k=1 k=1
28 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
logo
P
n
a k xk
k=1 x1
=p= .
Pn
y1
ak yk
k=1
Questão 4
m Definição 3 (Homomorfismo de corpos) Sejam A, B corpos. Uma funθof:A→
B chama-se um homomorfismo quando se tem
f(x.y) = f(x).f(y)
f(1A ) = 1B
para quaisquer x, y ∈ A. Denotaremos nesse caso as unidades 1A e 1B pelos mesmos sím-
bolos e escrevemos f(1) = 1.
$ Corolário 9
f(a − b) = f(a) + f(−b) = f(a) − f(b).
b Propriedade 53 f é injetora.
ê Demonstração. Sejam x, y tais que f(x) = f(y), logo f(x) − f(y) = 0, f(x −
y) = 0, se x 6= y então x − y seria invertível logo f(x − y) não seria nulo, então segue
que x = y.
Questão 5
b Propriedade 55 Se f : Q → Q é um homomorfismo então f(x) = x ∀ x ∈ Q.
ê Demonstração. Vale que f(x + y) = f(x) + f(y), tomando x = kh e y = h
fixo, tem-se
f((k + 1)h) − f(kh) = f(h)
Pn−1
aplicamos a soma k=0 de ambos lados, a soma é telescópica e resulta em
f(nh) = nf(h)
tomando h = 1 segue que f(n) = n, tomando h = p
n segue
p p p p
f(n ) = f(p) = p = nf( ) ⇒ f( ) = .
n n n n
Questão 6
Questão 7
Questão 8
b Propriedade 56 Seja K um conjunto onde valem todos os axiomas de corpo, exceto a
existência de inverso multiplicativo. Seja a 6= 0. f : K → K com f(x) = ax é bijeção
⇔ ∃ a−1 ∈ K.
ê Demonstração. ⇒). A função é sobrejetora logo existe x tal que f(x) = 1 = ax
portanto a é invertível com a−1 = x ∈ K.
⇐). Dado qualquer y ∈ K tomamos x = ya−1 daí f(x) = aa−1 y = y e a função
é sobrejetiva. f também é injetiva, pois se f(x1 ) = f(x2 ), ax1 = ax2 implica por lei do
corte que x1 = x2 .. Em geral f é injetiva ⇔ vale a lei do corte por essa observação.
b Propriedade 57 Seja K finito. Vale a lei do corte em A ⇔ existe inverso para cada
elemento não nulo de K,
ê Demonstração. ⇒). Se vale a lei do corte, pela propriedade anterior tem-se que
para qualquer a 6= 0 em K, f : K → K com f(x) = ax é injetiva, como f é injetiva de
K em K que é um conjunto finito, então f é bijetiva, o que implica a ser invertível.
⇐). A volta é trivial pois existência de inverso implica lei do corte.
30 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 9
Z Exemplo 8 O conjunto dos polinômios de coeficiente racionais Q[t] não é umPcorpo,
pois por exemplo
Pn o elemento possui inverso multiplicativo, se houvesse haveria n
x nãoP k=0 ak x
k
k+1
tal que x k=0 ak x = 1 = Pk=0 ak x
k n
o que não é possível pois o coeficiente do
termo independente x0 é zero em n a
k=0 k x k+1
e deveria ser 1.
O conjunto dos inteiros Z não é um corpo, pois não possui inverso multiplicativo para
todo elementos, por exemplo não temos o inverso de 2.
Questão 10
b Propriedade 58 Dados x, y ∈ R, x2 + y2 = 0 ⇔ x = y = 0.
Questão 11
Z Exemplo 9 A função f : K+ → K+Qcom f(x) =Qxn , n ∈ N é crescente. Sejam
x > y > 0 então x > y pois x = k=1 x > k=1 y = y , por propriedade
n n n n n n
Questão 12
b Propriedade 59 Sejam X um conjunto qualquer e K um corpo, então o conjunto F(X, K)
munido de adição e multiplicação de funções é um anel comutativo com unidade, não exis-
tindo inverso para todo elemento. Lembrando que em um anel comutativo com unidade te-
mos as propriedades, associativa, comutativa, elemento neutro e existência de inverso adi-
tivo, para adição. valendo também a comutatividade, associatividade, existência de uni-
dade 1 para o produto e distributividade que relaciona as duas operações.
ê Demonstração.
• Comutatividade da adição
(f + g)(x) = f(x) + g(x) = g(x) + f(x) = (g + f)(x)
• Existe a função simétrica, dado g(x), temos f com f(x) = −g(x) e daí
(g + f)(x) = g(x) − g(x) = 0.
Questão 13
b Propriedade 60 Sejam x, y > 0 . x < y ⇔ x−1 > y−1 .
ê Demonstração. ⇒). Como y > x e x−1 e y−1 sθopositivos, multiplicamosadesigualdadeporx−1 y−1
em ambos lados x−1 y−1 y > x−1 y−1 x implicando x−1 > y−1 , entθosey>xtemos1 x> 1 .
y
Questão 14
b Propriedade 61 Sejam a > 0 em K e f : Z → K com f(n) = an . Nessas condições
f é crescente se a > 1, decrescente se a < 1 e constante se a = 1.
ê Demonstração. Para qualquer n ∈ Z vale f(n + 1) − f(n) = an+1 − an =
a (a − 1), an é sempre positivo, então o sinal da diferença depende do sinal de a − 1.
n
Questão 15
Z Exemplo 10 Para todo x 6= 0 real, prove que (1 + x) n > 1 + 2nx.
2
Questão 16
Z Exemplo 11 Se n ∈ N e x < 1 então (1 − x)n > 1 − nx, pois de x < 1 segue que
−x > −1 e daí aplicamos a desigualdade de Bernoulli (1 + y) > 1 + ny com y = −x.
n
Questão 17
$ Corolário 10 Se a e a + x são positivos, então vale
(a + x)n > an + nan−1 x.
Questão 18
b Propriedade 62 Sejam sequências (ak ) , (bk ) em um corpo ordenado K onde cada
bk é positivo, sendo a
b1 o mínimo e bn o máximo dos termos da sequência de termo bk
1 an ak
então vale
Pn
ak
a1 1 an
6 k= 6 .
b1 Pn
bn
bk
k=1
b1 6 bk 6 bn ⇒ bk b1 6 ak 6 bk bn pois
ê Demonstração. Para todo k vale a 1 ak an a1 an
Pn
bk > 0, aplicamos a soma k=1 em ambos lados, de onde segue
n
X nX n
X an
a1
bk 6 ak 6 bk
b1 bn
k=1 k=1 k=1
1.4. CAPÍTULO 3 -NÚMEROS REAIS 33
Pn
dividindo por k=1 bk que é positivo, temos finalmente
P
n
ak
a1 k=1 an
6 n 6 .
b1 P bn
bk
k=1
Questão 19
b Propriedade 63 (Multiplicatividade)
|a||b| = |a.b|
b Propriedade 64 Se x 6= 0 então | x1 | = 1
|x| .
Questão 20
b Propriedade 65
n
Y n
Y
|ak | = | ak |
k=1 k=1
que implica
b
X b
X b
X
| g(k)| 6 | |g(k)|| = |g(k)|
k=a k=a k=a
pois os termos |g(k)| somados sθonθonegativos, logoasomadessestermosnθo−
negativaeomdulodasomaigualasoma.
b Propriedade 67 A identidade que provamos acima vale para números reais, vamos
provar agora por indução que se vale |z + w| 6 |z| + |w| para quaisquer z, w então vale
n
X n
X
| zk | 6 |zk |
k=1 k=1
de maneira que possa ser usada para números complexos , normas e outras estruturas que
satisfazem a desigualdade triangular.
ê Demonstração.[2] Por indução sobre n, para n = 1 tem-se
1
X 1
X
| zk | = |z1 | 6 |zk | = |z1 |
k=1 k=1
Questão 22
Vamos resolver um caso mais geral do problema.
m Definição 4 (Mediana) Dada uma sequência finita (yk )n 1 seus termos podem ser
rearranjados para forma uma sequência não-decrescente (xk )n e
1 A mediana X é definida
.
da seguinte maneira
e = x n+1 .
• Se n é ímpar X
2
x n +1 +x n
e=
• Se n é par X 2 2
.
2
Z Exemplo 12 Seja (xk)n uma sequência crescente f : R → R com f(x) = Pnk= |x−
1 1
xk |. Se x < x1 então
n
X
f(x) = −nx + xk
k=1
t
X n
X t
X n
X
f(x) = (x − xk ) − (x − xk ) = (2t − n)x + xk − xk
k=1 k=t+1 k=1 k=t+1
n
X n
X n
X
= (n − k) + (k) = n = n.n = n2 .
k=1 k=1 k=1
P 2n 2
portanto o mínimo de k=1 |x − k| é n .
• min{|x − 1| + |x − 2|} = 1
• min{|x − 1| + |x − 2| + |x − 3| + |x − 4|} = 4
• min{|x − 1| + |x − 2| + |x − 3| + |x − 4| + |x − 5| + |x − 6|} = 9
• min{|x− 1|+|x− 2|+|x− 3|+|x− 4|+|x− 5|+|x− 6|+|x− 7|+|x− 8|} = 16.
n
X n
X n
X
= (n + 1 − k) + k= (n + 1) = n(n + 1).
k=1 k=1 k=1
• min{|x − 1| + |x − 2| + |x − 3|} = 2
• min{|x − 1| + |x − 2| + |x − 3| + |x − 4| + |x − 5|} = 6
• min{|x − 1| + |x − 2| + |x − 3| + |x − 4| + |x − 5| + |x − 6| + |x − 7|} = 12
• min{|x−1|+|x−2|+|x−3|+|x−4|+|x−5|+|x−6|+|x−7|+|x−8|+|x−9|} =
20.
Questão 23
b Propriedade 68 |a − b| < ε ⇒ |a| < |b| + ε.
daí segue
|a| 6 ε + |b|.
Da mesma forma vale se |a − b| < ε então |b| 6 ε + |a| ⇒ |b| − ε 6 |a| e com
|a| 6 ε + |b|. temos
|b| − ε 6 |a| 6 ε + |b|.
Vimos que |a − b| < ε implica |a| < |b| + ε, mas como a 6 |a| segue a < |b| + ε.
Questão 24
b Propriedade 69 Dado um corpo ordenado K , são equivalentes
1. K é arquimediano.
ê Demonstração.
Questão 25
b Propriedade 70 Seja K um corpo ordenado. K é arquimediado ⇔ ∀ ε > 0 em K
existe n ∈ N tal que 21n < ε.
ê Demonstração.
⇒). Como K é arquimediano, então ∀ ε > 0 existe n ∈ N tal que n > ε1 ⇒
n + 1 > n > ε1 por desigualdade de Bernoulli temos 2n > n + 1 > ε1 ⇒ 21n < ε.
⇐). Se ∀ ε > 0 em K existe n ∈ N tal que 21n < ε, tomamos ε = x1 , x > 0
arbitrário então x < 2n , com 2n = m ∈ N então K é arquimediano, N não é limitado
superiormente.
Questão 26
b Propriedade 71 Seja a > 1, K corpo arquimediano, f : Z → K com f(n) = an ,
então
38 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
• 0 é cota inferior de f(Z) pois vale 0 < an ∀ n ∈ Z. Suponha que exista x tal
que 0 < x < am ∀ m ∈ Z, sabemos que existe n ∈ N tal que an > x1 daí
x > a1n = a−n , absurdo, então 0 deve ser o ínfimo.
Questão 27
b Propriedade 72 Se s é irracional e u 6= 0 é racional então u.s é irracional.
p.v
s=
j.q
Questão 28
b Propriedade 74 Sejam a, b, c, d racionais então
√ √
a + b 2 = c + d 2 ⇔ a = c e b = d.
ê Demonstração. √ √
⇐). Se a = c e b = d a temos a + b 2 = c + d 2.
1.4. CAPÍTULO 3 -NÚMEROS REAIS 39
√ √ √
⇒). Suponha a + b 2 = c + d 2 então a − c = 2(d − b), se d = b então
a = c e terminamos, se não vale que
a−c √
= 2
d−b
√
o que é absurdo pois 2 é irracional.
Questão 29
Z Exemplo 15 O conjunto da forma {x + y√p} onde x e y são racionais é subcorpo
dos números reais.
√
• O elemento neutro da adição 0 pertence ao conjunto. Pois 0 = 0 + 0 p
√
• O elemento neutro da multiplicação 1 pertence ao conjunto. Pois 1 = 1 + 0 p
√ √ √
• A adição é fechada. Pois x + y p + z + w p = x + z + (y + w) p.
√ √ √ √
• O produto é fechado. Pois (x+y p)(z+w p) = xz+xw p+yz p+y.wp.
√ √
• Dado x ∈ A implica −x ∈ A. Pois dado x + y p temos o simétrico −x − y p.
√
• Dado x 6= 0 ∈ A tem-se x−1 ∈ A. Pois dado x + y p temos inverso
√
x−y p
x2 − y 2 p
corpo pois o produto não é fechado, vamos mostrar que α não pertence ao conjunto.
Suponha que α2 = a + bα então α3 = aα + bα2 = 2 substituindo a primeira na
segunda temos que
se b2 + a 6= 0 então α = 2b−ab
2 +a o que é absurdo pois α é irracional, então devemos ter
Questão 30
√ √ √ √
b Propriedade 75 Sejam a, b ∈ Q+ . a+ b é racional ⇔ a e b são racionais.
ê Demonstração.
⇒). √ √ √
Se a = b então 2 a ∈ Q o que implica a = b ∈ Q. Agora o caso de a√6= b.√
√ √ a− b
Suponha que a+ b é racional então seu inverso também racional , que é a−b ,
√ √ √ √ √ √ √ √
daí a− b ∈ Q , a soma ( a+ b)+( a− b) = 2 a ∈√Q logo √ a ∈√Q, a dife-
√
rença de números
√ √ racionais também é um número racional ( a + b) − a = b,
portanto a e b são racionais.
⇐). A volta vale pois a soma de racionais é um racional.
Questão 31
b Propriedade 76 Sejam A ⊂ R não vazio limitado e c ∈ R, então
ê Demonstração.
1. ⇒). Para todo ε > 0 vale que c − ε < sup(A). Dado ε > 0 fixo, se não existisse
x ∈ A tal que c − ε < x então c − ε seria cota superior menor que o supremo,
o que é absurdo, contraria o fato do supremo ser a menor das cotas superiores.
⇐). Suponha por absurdo que fosse c > sup(A), poderíamos tomar c−sup(A) =
ε daí c − c + sup(A) = sup(A) < x o que é absurdo.
2. ⇒). Para todo ε > 0 vale que c + ε < inf(A). Dado ε > 0 fixo, se não existisse
x ∈ A tal que c + ε > x então c + ε seria cota superior menor que o ínfimo, o
que é absurdo, contraria o fato do ínfimo ser a menor das cotas inferiores.
⇐). Suponha por absurdo que fosse c < inf(A), poderíamos tomar inf(A) −
c = ε daí x < c + inf(A) − c = inf(A) o que é absurdo.
Questão 32
Z Exemplo 17 Seja A = { n 1
| n ∈ N} . Mostre que inf A = 0. Sabemos que 0 é
uma cota inferior, agora vamos mostrar que 0 é a menor delas. Dado 0 < x, x não pode
ser cota inferior, pois existe n natural tal que n1 < x, logo 0 é o ínfimo.
Questão 33
b Propriedade 77 Se A é limitado inferiormente e B ⊂ A entθoinf (A)6 inf(B).
Questão 34
b Propriedade 79 Sejam A, B ⊂ R tais que para todo x ∈ A e todo y ∈ B se tenha
x 6 y. Entθosup A 6 inf B.
Questão 35 e 36
b Propriedade 81 Se c > 0 entθosup(c.A) = c. sup A.
ê Demonstração.
Seja a = inf A, entθovalea6 x para todo x, multiplicando por c segue ca 6 cx de
onde concluímos que ca é cota inferior de cA. Seja d tal que ca < d, entθoa<d c , im-
plicando que dc nθocotainferiordeAassimexistex ∈ A tal que x < dc ⇒ cx < d,
logo d nθocotainferiordecA, implicandoquec.aamaiorcotainferior, logoonfimodoconjunto.
Questão 37
Item I
Sejam A, B ⊂ R, conjuntos limitados .
Item II
b Propriedade 86 (Propriedade aditiva) Vale sup(A + B) = sup(A) + sup(B).
a+b<x+y+ε
que mostra que a+b é a menor cota superior, logo o supremo, fica valendo entθosup(A+
B) = sup(A) + sup(B).
Item III
b Propriedade 87 inf (A + B) = inf A + inf B.
Questão 38
m Definição 6
sup f := sup f(V) = sup{f(x) | x ∈ V}
m Definição 7
inf f := inf f(V) = inf {f(x) | x ∈ V}
portando a função soma f + g de duas funções limitadas é também uma função limi-
tada.
Sejam f, g : V → R fun→ eslimitadasec ∈ R.
b Propriedade 89
sup(f + g) 6 sup f + sup g.
44 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
Sejam
A = {f(x) | x ∈ V}, B = {g(y) | y ∈ V}, C = {g(x) + f(x) | x ∈ V}
temos que C ⊂ A + B, pois basta tomar x = y nos conjuntos, logo
sup(A + B) > sup(f + g)
sup(A) + sup(B) = sup f + sup g > sup(f + g)
b Propriedade 90
inf (f + g) > inf (f) + inf (g).
Questão 39
m Definição 8 Sejam A e B conjuntos não vazios, definimos A.B = {x.y | x ∈
A, y ∈ B}.
supremo do conjunto.
1.4. CAPÍTULO 3 -NÚMEROS REAIS 45
ê Demonstração. Sejam a = inf (A) e b = inf (B) então valem x > a e y >
b, ∀ x ∈ A, y ∈ B daí x.y > a.b, logo a.b é cota inferior de A.B. Tomando t > a.b
segue que at > b logo existe y ∈ B tal que at > y daí yt > a logo existe x ∈ A tal que
y > x logo t < x.y então t não pode ser uma cota inferior, implicando que a.b é o
t
ínfimo do conjunto.
Questão 40
b Propriedade 93 Sejam f, g : A → R funções limitadas então f.g : A → R é
limitada.
ê Demonstração. Vale que |f(x)| < M1 e |g(x)| < M2 então |f(x)g(x)| <
M1 M2 = M ∀ x ∈ A , portanto f.g : A → R é limitada.
ê Demonstração. Seja a = inf f tem-se f(x) > a ∀ x daí f(x)2 > a√2 então
a é cota inferior de f2 , e é a√maior cota inferior pois se a2 < c então a < c logo
2
existe x tal que a < f(x) < c e daí a2 < f(x)2 < c logo a2 é a maior cota inferior
inf (f2 ) = inf (f)2 .
Questão 42
F Teorema 1 (Teorema das raízes racionais) Se o polinômio
n
X
f(x) = ak xk
k=0
n
X
ak rk .sn−k = 0
k=0
P
n
como s|0 então s| ak rk .sn−k , na soma s nθoaparececomofatorapenasquandon-
k=0
P1
n−
k=0,n=k, logoabrindoolimitesuperiordosomatriotemos ak rk .sn−k +an rn .sn−n =
k=0
P1
n−
ak rk .sn−k + an rn = 0dasdevedividiran rn , como s é primo com r implica que
k=0
também é primo com rn , portanto s deve dividir an . Pelo mesmo argumento, temos
P
n
que r|0 logo r deve dividir ak rk .sn−k , como o único fator onde r nθoaparecequandok=0, abrimosolimite
k=0
1.4. CAPÍTULO 3 -NÚMEROS REAIS 47
P
n P
n
ak rk .sn−k = a0 .sn + ak rk .sn−k = 0logordevedividira0 .sn , mas como r
k=1 k=1
é primo com sn , ele deve dividir a0 .
P
n
$ Corolário 13 Se o polinômio de coeficientes inteiros ak xk possui raízes raci-
k=0
onais então elas devem pertencer ao conjunto
p
A={ | p|a0 q|an }.
q
P
n
$ Corolário 14 Se an = 1 em um polinômio de coeficientes inteiros P(x) = a k xk
k=0
então suas raízes racionais devem ser inteiras, pois
p
A={ | p|a0 q|1}
q
então q = 1 ou q = −1, e de qualquer forma implica que as soluções são da forma
x = p para algum p ∈ Z. Então , nessas condições, as raízes do polinômio P(x) são
inteiras ou irracionais.
Questão 43
b Propriedade 99 Sejam I um intervalo não degenerado e k > 1 natural. O conjunto
A = { kmn ∈ I | m, n ∈ Z} é denso em I.
Questão 44
b Propriedade 100 O conjunto dos polinômios com coeficientes racionais é enumerá-
vel.
48 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
é uma bijeção. Como Qn+1 é enumerável por ser produto cartesiano finito de conjun-
tos enumeráveis, segue que Pn é enumerável.
Sendo A o conjunto dos polinômios de coeficientes racionais, vale que
∞
[
A= Pk
k=1
como cada Bk é finito B fica sendo união enumerável de conjuntos finitos, então B é
enumerável.
ê Demonstração.[2] Seja B o conjunto dos algébricos e A o conjunto dos polinô-
mios com coeficientes inteiros. Para cada algébrico x escolhemos um polinômio Px
tal que Px (x) = 0.
Definimos a função f : B → A tal que F(x) = Px . Dado Px ∈ F(B), temos que
o conjunto g−1 (Px ) dos valores x ∈ B tal que f(x) = Px é finito pois Px possui um
|{z}
=y
número finito de raízes e daí tem-se
[
B= g−1 (y)
y∈f(B)
$ Corolário 15 Existem números reais que não são algébricos, pois se todos fossem
algébricos R seria enumerável.
1.4. CAPÍTULO 3 -NÚMEROS REAIS 49
b Propriedade 102 O conjunto dos números algébricos é denso em R, pois todo racional
é algébrico, o racional a
b
é raiz do polinômio com coeficientes inteiros
ax − b = P(x)
ax − b = 0 ⇔ ax = b ⇔ x = a . E Q é denso em R.
b
Questão 45
b Propriedade 103 Seja A enumerável e B = R\A, então para cada intervalo (a, b),
(a, b) ∩ B é não enumerável, em especial B é denso em R.
Com esse resultado garantimos que o complementar de um conjunto enumerável é denso
em R.
Z Exemplo 20 Um conjunto pode não ser enumerável e também não ser denso em R,
como (a, b).
Questão 46
$ Corolário 16 O conjunto T dos números transcedentais é não enumerável e denso
em R. Pois A o conjunto dos números algébricos é enumerável, T = R \ A, como
complementar dos números algébricos T é não enumerável e denso em R.
Questão 47
b Propriedade 104 Seja L|K uma extensθodecorpo.Seα, ∈L sθoalgbricossobreK, entθoα±
,α.eα ˉ
ˉ ˉ com6=0sθoalgbricossobreK, Dessemodo{α ∈ L|α algbricosobreK}umsubcorpodeLquecontmK.
ˉ
ê Demonstração. Seja δ ∈ {α ± , α. α
ˉ ˉ
6=0}entoδ ∈ K(α, ) e K ⊂ K(δ) ⊂ K(α, )). Vamos mostrar que [K(α, ) : K] < ∞.
ˉ
Sejam ˉ polinômios mínimos
f, g ∈ K[x] os ˉ de α e sobreK, comgrausmenrespectivamentetemosque[K(α)
ˉ :
K] = m, [K() : K] = n. ˉ
ˉ ⊂ K()[x] é tal que f(α) = 0, logo α é algébrico sobre K(), sendo P
f(x) ∈ k(x)
ˉ s 6 m,
o polinômio mínimo deˉ α sobre K() de grau s, ele divide f(x) em K()[x] logo
ˉ ˉ
50 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 48
Z Exemplo 21 Sendo Ak = [k, ∞) temos uma sequência de intervalos que são con-
juntos fechados porém a interseção
∞
\
Ak = A
k=1
B é vazio, pois se houvesse um elemento nele x > 0, conseguimos k tal que k1 < x daí x
não pertence ao intervalo (0, k1 ) = Bk portanto não pode pertencer a interseção.
Questão 49
b Propriedade 105 Sejam B ⊂ A não vazios, A limitado superiormente, se ∀ x ∈ A
existe y ∈ B tal que y > x então sup(B) = sup(A).
inf(B), então tomando ε = inf(B) − inf(A) > 0, existe x ∈ A tal que x < c + ε =
inf(A) − sup(A) + inf(B) = inf(B), por hipótese existe y 6 x < inf(B) com
y ∈ B, o que é absurdo, pois não pode existir um elemento menor que o ínfimo.
Questão 50
m Definição 12 (Corte de Dedekind) Um corte de Dedekind é um par ordenado (A, B)
onde A, B ∈ Q não vazios, tais que A não possui máximo, A∪B = Q e ∀ x ∈ A, y ∈ B
vale x < y.
Seja C o conjunto dos cortes de Dedekind.
Questão 53
52 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
a+b √
> a.b.
2
ê Demonstração.
√ √ √ √ √ √ a+b √
( a − b)2 > 0 ⇒ a − 2 a b + b > 0 ⇒ a + b > 2 a b ⇒ > ab.
2
Questão 57
Z Exemplo 22 A função f : R → (−1, 1) com f(x) = √ x+x 1 2
é bijetora.
Ela está bem definida em R, pois o único problema possível seria o termo dentro da
raíz no denominador ser não positivo, o que não acontece pois x2 + 1 > 1, ela é injetora
pois √ x1 2 = √x2 2 ⇒ x1 = x2 , sua imagem está contida no intervalo (−1, 1) pois
1+x1
√ √ 1+x2
1 + x2 > x2 = |x| logo | √1x+x2 | < 1 sendo também sobrejetora, pois dado y ∈
q
y2
(−1, 1) temos |y| < 1 ⇒ y2 < 1 ⇒ 0 < 1 − y2 , podemos tomar x = 1−y 2 se x > 0
q
y2
e x = − 1−y2 caso x < 0 e daí vale f(x) = y (Podemos perceber pela definição que
x > 0 ⇔ y > 0 e x 6 0 ⇔ y 6 0 ).
Questão 58
b Propriedade 110 Seja G 6= {0} um grupo aditivo de R, então vale uma das possibi-
lidades
2. G é denso em R.
ê Demonstração.
G 6= {0} possui elemento positivo, pois dado a 6= 0 ∈ G, −a ∈ G, por ser grupo ,
e temos que a ou −a é positivo. Sejam G+ = {x ∈ G | x > 0} e t = inf G+ .
1. Se t > 0 vamos mostrar que vale t ∈ G. Suponha por absurdo que não. Existe
y ∈ G tal que
t < y < 2t,
pois 2t não é a maior cota inferior, por isso existe y entre t e 2t, subtraindo t de
ambos lados nessa desigualdade tem-se
0 < y − t < t.
0 < y − z < t,
porém temos a desigualdade ||xn |−|a|| 6 |xn −a| logo ||xn |−|a|| < ε e lim |xn | = |a|.
Z Exemplo 23 lim |xn | pode existir porém lim xn pode não existir, por exemplo to-
mamos xn = (−1)n , ela não converge porém |(−1)n | = 1 é constante logo convergente.
Questão 2
54 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 3
b Propriedade 112 Se lim x2n = a e lim x2n−1 = a entθolim xn = a.
Questão 4
Sp
b Propriedade 113 Se N = k=1 Nk e limn∈Nk xn = a então lim xn = a.
ê Demonstração.
Dado ε > 0 fixo e arbitrário existe nk ∈ Nk tal que ∀ n > nk , n ∈ Nk vale
xn ∈ (a − ε, a + ε) pelo fato de limn∈Nk xn = a. Tomamos n0 = max{n1 , ∙ ∙ ∙ , np },
daí vale para n > n0 , xn ∈ (a − ε, a + ε) para todo n ∈ Nk com todo k, com isso
uniformizamos o valor do índice para o qual os termos da sequência estão no mesmo
intervalo (a − ε, a + ε). Como todo n ∈ N pertence a algum Nk então para n ∈ N
suficientemente grande vale xn em (a − ε, a + ε) . Vamos tentar deixar mais clara a
última proposição.
Seja n00 = min{n > n0 |xn ∈ (a − ε, a + ε) ∀ n ∈ Nk , ∀ k}, tal conjunto é não
vazio logo possui mínimo. Para todo n ∈ N, n > n00 vale xn ∈ (a − ε, a + ε), pois
dado n > n00 > n0 xn pertence à algum Nk e nas condições colocadas na construção
do conjunto para Nk vale xn ∈ (a − ε, a + ε).
Questão 5
Z Exemplo 25 Pode valer N = S∞k= Nk com limn∈Nn1 k
xn = a e lim xn 6= a.
Como por exemplo, definimos N2 = {2, 22 , 23 , ∙ ∙ ∙ , 2 , ∙ ∙ ∙ } em geral
Nk+1 = S {p1k , pk2 , ∙ ∙ ∙ , pn
k , ∙ ∙ ∙ } onde pk é o k-ésimo primo, definindo N1 como o comple-
mento de ∞ k=2 Nk em N. Definimos em N2 , x2 = 2, xn = 0 para os outros valores, da
mesma forma em Nk+1 definimos xpk = pk e xn = 0 para os outros valores. Em N1
definimos xn = 0 para todo n. A sequência xn não converge possui uma subsequência
que tende a infinito. x2 = 2, x3 = 3, x5 = 5, ∙ ∙ ∙ , xpk = pk , ∙ ∙ ∙ a subsequência dos
primos.
Questão 6
Questão 7
$ Corolário 18 Seja a 6= 0. Se lim yan = 1 então lim yn = a, pois usando
1
linearidade do limite lim yan = a lim yn = 1 portanto lim yn = a.
Questão 8
$ Corolário 19 Se lim xn = a e lim yxnn = b 6= 0 então lim yn = b,
a
pois
yn 1
lim xn = b e daí por limite do produto
yn a
lim xn = lim yn = .
xn b
Questão 9
$ Corolário 20 Se lim xn = a 6= 0 e lim xn yn = b então lim yn = ab .
Vale que lim x1n = a, daí lim xn yn lim x1n = lim xn yn x1n = lim yn = a.
b
Questão 10
b Propriedade 114 Se existem ε > 0 e p ∈ N tais que ε 6 xn 6 np para n >
1
n0 ∈ N então lim(xn ) n .
Questão 11
Z Exemplo 26 Usando que a média aritmética é maior ou igual a média geométrica,
na sequência de n+ 1 números com n números iguais à (1 + nt ) e um deles sendo a unidade
1, com isso temos
Pn
1+ (1 + nt ) n
Y
k=1 > ( (1 + t )) n+ 1
1
n+1 n
k=1
n n+
1 n+1 n
n+1+t t t 1
t t
= 1+ > 1+ ⇒ 1+ > 1+
n+1 n+1 n n+1 n
56 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
1 n
com t > −1 real. Em especial a sequência de termo xn = (1 − n) é crescente e para
n = 2 temos
1
x2 =
4
1
daí xn > 4
para n > 1.
Questão 11a.
Z Exemplo 27 Vale que
1 n 1
lim(1 − ) (1 + )n = lim 1n = 1
n n
1 n
daí lim(1 − n) = e −1 .
Questão 12
b Propriedade 115 Sejam a > 0, b > 0 então
1 1 1
|a n − b n | 6 |a − b| n
1 1
ê Demonstração. Supondo a > b , definindo c = a n e d = b n , então c − d > 0
por expansão binomial tem-se
n
X n
cn = ((c − d) + d)n = (c − d)k dn−k > dn + (c − d)n > 0
k
k=0
e daí
1 1 1
|a n − b n | 6 |a − b| n .
ê Demonstração.
p
Escrevemos m = q , daí
1 1
lim xnq = a q
usando propriedade do produto segue
p p
lim xnq = a q .
Questão 14
√
b Propriedade 118 Seja a, b > 0 e então lim n
an + bn = max{a, b}.
c n 6 a n + b n 6 2c n
√ √
c 6 an + b n 6 2 c
n n
P
m
k 6 c , tomando a soma, tem-se
ê Demonstração. Vale an k 6 m.c , tem-
n
an n
k=1
P
m
se também cn 6 k então vale
an
k=1
m
X
cn 6 k 6 m.c
an n
k=1
tomando a raiz v
um
uX √
c6 t
n
k 6
an n
m.c
k=1
Questão 15
ê Demonstração.
Seja A ⊂ N o conjunto dos índices s da sequência (xn ), tais que xs é destacado,
existem dois casos a serem analisados
• Se A é infinito, então podemos tomar uma subsequência (xn1 , xn2 , ∙ ∙ ∙ ) de ter-
mos destacados formada pelos elementos com índices em A que é não-crescente
com n1 < n2 < n3 < ∙ ∙ ∙ e com xn1 > xn2 > ∙ ∙ ∙ .
• Se A é finito, tomamos um n1 maior que todos elementos de A daí xn1 não é
destacado, existindo xn2 > xn1 com n2 > n1 , por sua vez xn2 não é destacado
logo existe n3 > n2 tal que xn3 > xn2 , assim construímos uma subsequência
não-decrescente .
Questão 18
Generalizamos o exercício em dois resultados.
ê Demonstração. Escrevemos
an .zn +bn .tn = an .zn −a.an +a. an +bn .tn = an (zn −a)+a(1−bn )+bn .tn =
|{z}
=1−bn
P
p
ê Demonstração. Vale x1 (n) = vn − xk (n).
k=2
p
X p
X
xk (n)zk (n) = x1 (n)z1 (n) + xk (n)zk (n) =
k=1 k=2
1.5. CAPÍTULO 4-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 59
p
X p
X
= z1 (n)vn − xk (n)z1 (n) + xk (n)zk (n) =
k=2 k=2
p
X
= z1 (n)vn + xk (n) (zk (n) − z1 (n)) → a.b.
| {z } | {z }
k=2
→a.b →0
Questão 19
m Definição 14 (Sequência de variação limitada) Uma sequência (xn ) tem varia-
ção limitada quando a sequência (vn ) com
n
X
vn = |Δxk | limitada.
k=1
logo xn é convergente.
como o segundo termo converge por ser série geométrica segue que (xn ) é de variação limi-
tada, logo converge.
60 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
⇐).
Seja xn = yn − zn onde (yn ) e (zn ) são sequências não-decrescentes limitadas,
então xn tem variação limitada.
n
X n
X n
X n
X n
X n
X
vn = |Δxk | = |Δyk − Δzk | 6 |Δyk | + |Δzk | 6 | Δyk | + | Δzk |
k=1 k=1 k=1 k=1 k=1 k=1
X1
n−
x n − x1 = Δxk
k=1
P 1
Para cada n definimos Pn o conjunto dos k da soma n−k=1 Δxk tais que Δxk > 0 e
Nn o conjunto dos k da mesma soma tais que Δxk < 0, com isso temos uma partição
do conjunto dos índices e vale
X1
n− X X
x n − x1 = Δxk = Δxk − (−Δxk )
k=1 k∈Pn k∈Nn
| {z } | {z }
yn zn
(yn ) é não decrescente, pois yn+1 = yn caso não seja adicionado índice a Pn+1 em
relação a Pn e yn+1 > yn caso seja adicionado um índice a Pn+1 , pois adicionamos
um termo da forma Δxk > 0 o mesmo para (zn ).
(yn ) é limitada pois
X X1
n− X X X X
Δxk 6 |Δxk | = |Δxk |+ |Δxk | = Δxk + (−Δxk ) < M
k∈Pn k=1 k∈Pn k∈Nn k∈Pn k∈Nn
Questão 20
Z Exemplo 30 Seja (xn) definida como x 1 = 1, xn+1 = 1 + 1
xn , então vale que
1
|Δxn+1 | 6 |Δxn |.
2
• Primeiro vale que xn > 1 para todo n pois vale para n = 1, supondo validade para
n, então vale para n + 1, pois xn+1 = 1 + x1n .
• Vale que |xn+1 xn | > 2 para todo n, pois, substituindo xn+1 = 1 + x1n isso implica
que xn+1 xn > xn + 1 > 2.
• De |xn+1 xn | > 2 segue que | xn+11 xn | 6 1
2
, multiplicando por |xn+1 − xn | em
ambos lados segue que
xn − xn+1 |xn+1 − xn |
| |6
xn+1 xn 2
1 1 1 1 |xn+1 − xn |
| − | = | (1 + ) − (1 + )| 6
xn+1 xn xn+1 xn 2
| {z } | {z }
xn+2 xn+1
Questão 21
Z Exemplo 31 Estudar a convergência da sequência xn+ 1
√
= 1 + xn com x1 = 1.
A sequência é crescente , pois x2 = 2 > x1 , supondo xn+1 > xn temos
√ √ √ √
xn+1 > xn ⇒ 1 + xn+1 > 1 + xn ⇒ xn+2 > xn+1 .
A sequência é limitada superiormente, por 3, por exemplo, pois x1 < 3, supondo xn <
3 < 4 tem-se
√ √
xn < 2 ⇒ 1 + xn < 3 ⇒ xn+1 < 3.
Agora calculamos o limite da sequência
√
a = 1 + a ⇒ (a − 1)2 = a ⇒ a2 − 3a + 1 = 0
√ √ √
3± 5
cujas raízes são 2
, não podendo ser 3−2 5 que é menor que 1 logo o limite é 3+ 5
2
.
62 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 22
b Propriedade 126 (xn ) não possui subsequência convergente ⇔ lim |xn | = ∞.
ê Demonstração.
⇒).
Se (xn ) não possui subsequência convergente então lim |xn | = ∞.
Se não fosse lim |xn | = ∞, existiria A > 0 tal que ∀ n0 , existe n1 > n0 tal
que |xn1 | < A, aplicando o resultado com n1 no lugar de n0 , existe n2 > n1 tal que
|xn2 | < A e assim construímos uma subsequência (xn1 , xn2 , ∙ ∙ ∙ ) limitada , que possui
uma subsequência convergente , o que é absurdo.
⇐).
Suponha por absurdo que lim |xn | = ∞ e (xn ) possui subsequência convergente,
convergindo para a. Por definição de limite infinito, sabemos que existe n0 tal que
n > n0 implica |xn | > |a| + 10, por (xn ) ter subsequência que converge para a, existe
n1 tal que n > n1 e n índice da subsequência, implica |xn −a| < 10 ⇒ |xn | < |a|+ 10,
podemos tomar índice da subsequência tal que n > n1 e n > n2 , logo valeria |xn | <
|a|+ 10 e |xn | > |a|+ 10 o que é absurdo, portanto (xn ) não pode possuir subsequência
convergente.
Questão 24
b Propriedade 127 Seja z : N → N com lim zn = ∞ e lim xn = a. Então dada
yn := xzn , vale que lim yn = a.
ê Demonstração.
1. De lim xn = a segue que ∀ ε > 0 existe n0 ∈ N tal que se n > n0 implica
|xn − a| < ε.
2. Como lim zn = ∞ então existe n1 tal que se n > n1 implica que zn > n0 , daí
pelo ponto 1, tem-se |xzn − a| < ε para n > n1 e daí lim xzn = a = lim yn ,
como queríamos demonstrar.
Questão 25
b Propriedade 128 (Teste da razão para sequências.) Se xn > 0 ∀ n ∈ N e
xn+1
xn 6 c < 1 para n suficientemente grande então lim xn = 0.
$ Corolário 21 Dada uma sequência de termos não nulos (xn ), então (|xn |) é uma
sequência de termos positivos, se ela satisfaz a propriedade anterior então lim |xn | = 0
o que implica lim xn = 0.
x n 0 +1 n
xn+1 > c
cn 0
como lim cn = ∞ segue que lim xn = ∞.
b Propriedade 130
n!
lim = 0.
nn
ê Demonstração. Definimos xn = n!
nn e vale xn > 0, aplicamos a regra da razão
n
xn+1 (n + 1)! nn n 1
= = =
xn (n + 1)n+1 n! n+1 (1 + n1 )n
an+1 n!
xn = (n+1).n!an = n+1 e temos lim xn = 0, logo lim xn = 0.
xn+1 a xn+1
$ Corolário 25 lim an!n = ∞, pois lim an! = 0, isso significa que ∀ A > 0 ∃ n0 ∈
n
N tal que n > n0 ⇒ an!n > A, em especial para A = 1, tem-se n! > an para n
suficientemente grande.
np
lim = 0.
an
da razão
p
xn+1 (n + 1)p an n+1 1 1
= = ⇒ lim xn+1 xn = <1
xn an+1 np n a a
|{z}
0<
Tal propriedade mostra que a exponencial an cresce muito mais rápido que np
para n grande.
Questão 27
Questão 27
Feita no outro gabarito.
Questão 28
Feita no outro gabarito.
Questão 31
Z Exemplo 33 Mostrar que
P
n
kp
k=1 1
lim = .
np+1 p+1
1.5. CAPÍTULO 4-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 65
P1
p−
p+1
p+1 p+1
[ nk ] + (p + 1)np
(n + 1) −n k=0
k
lim = lim
(n + 1)p (n + 1)p
P1
p−
p+1
nk
k=0
k
(p + 1)np
= lim + lim =p+1
(n + 1) p (n + 1)p
| {z } | {z }
→0 →p+1
daí
P
n
kp
k=1 1
lim = .
np+1 p+1
Questão 32
A segunda solução é a pedida no livro.
então
∞ 2X
n−1 ∞
X (−1)k (−1)k X (−1)k
e −1 = = + ⇒
k! k! k!
k=0 k=0 k=2n
2X
n−1 ∞
(−1)k X (−1)k 1 1
e −1 − = = − + ∙∙∙ > 0
k! k! (2n)! (2n + 1)!
k=0 k=2n
1
pois todos termos somados e subtraídos são menores que (2n)! e como temos termos
sendo subtraídos tem-se
2X
n−1
(−1)k 1
0 6 e −1 − 6 ⇒
k! (2n)!
k=0
2X
n−1
(−1)k 1 1
0 < (2n − 1)!(e−1 − )6 6
k! 2n 2
k=0
66 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
P2n−1 (−1)k
para n suficientemente grande se e−1 é racional, temos que (2n−1)!(e−1 − k= 0 k! )
é inteiro, entre 0 e 21 , absurdo, então e−1 é irracional e daí também seu inverso e.
ê Demonstração.[2] Pela série de taylor, temos que
P
ex = ∞ xk
k=0 k!
assim tomando x = 1 temos
∞ ∞
X 1k X 1
e1 = e = =
k! k!
k=0 k=0
q ∞
p X 1 X 1
e= = +
q k! k!
k=0 k=q+1
logo
q ∞ ∞ k
p X 1 X 1 1 XY 1
− = =
q k! k! q! q+s
k=0 k=q+1 k=1 s=1
implicando
q
X 1 X 1 q
p 1
0 < q! − q! = (q − 1)!p − q! <
q k! k! q
k=0 k=0
onde o número do meio das desigualdades é inteiro , e por não existir inteiro entre
0 e 1/q para q > 1, chegamos num absurdo.
Questão 33
Questão digitada errada
Qn 1
b Propriedade 133 Se lim xn = ∞ , com xn > 0 então lim( k=1 xkn ) = ∞
1.5. CAPÍTULO 4-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 67
n 1
1
Y 1 n
ê Demonstração. Se lim xn = ∞ então lim xn = 0 daí lim ( ) = 0 que
xk
k=1
| {z }
=yn
implica
n
1 Y 1
lim = ∞ = lim( xkn ).
yn
k=1
q
Z Exemplo 34 Provar que lim n (2n)!
n! = ∞. Tomamos xn = (2n)!
daí temos
q n!
(2n+2)(2n+1)(2n)! n! (2n+2)(2n+1)
xn+1
xn = (n+1)n! (2n)! = (n+1) = 2(2n+1) → ∞ logo lim n (2n!
n)!
=
∞.
q
Z Exemplo 35 Mostrar que lim n (2n)! 4
n!nn = e .
(2n)!
Tomamos xn = xn+1
n!nn , daí xn = 2(n+
2n+1) 1
1 ( 1+ n1 n
)
→ e4 .
Questão 34
p
Usamos o critério: Se lim |x|xn+
n|
1|
= L então lim n
|xn | = L
q
Z Exemplo 36 Mostrar que lim n (2n)! 4
n!nn = e .
(2n)!
Tomamos xn = xn+1
n!nn , daí xn = 2(n+
2n+1) 1
1 ( 1+ n1 n
)
→ e4 .
n n e
68 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
nn e
Questão 35
P
∞ P
∞ P
∞
b Propriedade 134 Sejam an e bn séries de termos positivos. Se bn =
n=u n=s n=s
P
∞
∞ e existe n0 ∈ N tal que an+1
an > bn+1
bn para todo n > n0 entθo an = ∞.
n=u
ê Demonstração. aan+ n
1
> bbn+n
1
, Qak > Qbk tomando o produtório com k
variando de k = n0 + 1 até n − 1 na desigualdade em ambos lados segue
Y1
n−
an Y1
n−
bn a n 0 +1
Qak = > Qbk = , an > bn
a n 0 +1 b n0 +1 b n 0 +1
k=n0 +1 k=n0 +1
Questão 36
P P
b Propriedade 135 1. Sejam
P duas séries Pak e bk de termos positivos, se existe
lim abk = a 6= 0 então ak converge ⇔ bk converge .
k
P P
2. Se lim abk = 0 então a convergência de bk implica convergência de ak .
k
ê Demonstração.
n
X n
X n
X
t1 bk < ak < t 2 bk
k=n0 +1 k=n0 +1 k=n0 +1
P
usando essa desigualdade
P P temos por comparação
P que se bk converge então
ak converge e se ak converge então bk converge.
1.5. CAPÍTULO 4-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 69
1
P
lim k = 0 e ak converge, logo a recíproca do item 2 da propriedade anterior não vale.
Questão 37
b Propriedade 136 Se P(x) é um polinômio de grau n > 2 sem raízes nos naturais,
então
X 1
converge.
P(x)
P
ê Demonstração. Já sabemos que x x1n converge se n > 2, por exemplo por cri-
P
tério de condensação de Cauchy, ou por comparação com a série convergente x x12
para x suficientemente grande. Tomando um polinômio de grau n, temos que an 6= 0
e
a0 an−1 a0
|an xn + . . . + a0 x0 | = xn |an + . . . + n | > xn | |an | − | + . . . + n | |,
x x x
onde usamos que |x + y| > | |x| − |y| |. Com x suficientemente grande temos que
an−1 a0 |an | |an | an−1 a0
| + ... + n| 6 ⇒− 6 −| + ... + n|
x x 2 2 x x
|an |
daí 2
6 |an | − | an−
x + ... +
1
xn |, por isso
a0
|an | a0
xn 6 xn |an + . . . + n |, paraxsuficientementegrande,
2 x
daí,
1 X X 2
6 ,
x
|P(x)| |an |xn
P 1
que converge, logo temos a convergência absoluta para x P(x) e por isso a série con-
verge.
70 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 38
Z Exemplo 39
Se |x| < 1 então
m n
lim x = 0.
n→∞ n
Q1
n−
(z − k)
z k=0
Aqui usamos a definição = que faz sentido inclusive quando z é um
n n!
número real, não precisando estar
limitado
aos naturais. Perceba também que se z é um
z
número natural e n > z então = 0, pois irá aparecer o termo z − z no produtório
n
e portanto a sequência an será nula para n suficientemente grande. Considere então m ∈ /
N.
Aplicamos o critério da razão de sequências para an = m n x , que garante que se
n
Questão 40
Z Exemplo 40 A série ∞
X a2
( 1 + a2 ) k
k=0
1
converge com qualquer a ∈ R. Vale que 1 6 a2 + 1 ∀ a ∈ R logo 0 < 1+a 2 6
P∞ 1
1, portanto a série converge por ser série geométrica. Sabemos que k=0 b = 1−b
k
,
1
substituindo b = a2 +1 , chegamos no resultado
∞ ∞
X 1 a2 + 1 X a2
= ⇒ = a2 + 1.
(1 + a )
2 k a 2 (1 + a2 ) k
k=0 k=0
Questão 41
1.5. CAPÍTULO 4-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 71
Z Exemplo 41 Calcule
X1
n−
1
.
k(k + 1) . . . (k + p)
k=1
Escrevemos
1 k+p−k
=
k(k + 1) . . . (k + p) pk(k + 1) . . . (k + p)
f(k) f(k+1)
z }| { z }| {
1 1 1 −Δf(k)
= ( − )=
p k(k + 1) . . . (k + p − 1) (k + 1) . . . (k + p − 1) p
logo calculamos a soma telescópica
X1
n−
1
n−1
X −Δf(k) −1
= = (f(n) − f(1))
k(k + 1) . . . (k + p) p p
k=1 k=1
1
com lim f(n) = 0 e f(1) = p! segue que
∞
X 1 1
= .
k(k + 1) . . . (k + p) p!p
k=1
Questão 42
P P P P
b Propriedade 137 Sejam as séries ak e ak
1+ak
. ak converge ⇔ ak
1+ak
converge.
P
ê Demonstração. ⇒. ak converge e vale
1 ak
0 6 ak ⇒ 1 6 1 + ak ⇒ 61 ⇒ 6 ak
1 + ak 1 + ak
P ak
pelo critério de comparação segue que 1+ak
converge.
P ak
⇐. 1+ak
converge então
ak 1 1
lim = 0 ⇒ lim 1 − = 0 ⇒ lim =1
1 + ak ak + 1 ak + 1
daí por propriedade de limite lim ak + 1 = 1 ⇒ lim ak = 0 então existe n0 tal que
para k > n0 tem-se ak 6 1
1 1 ak ak
ak + 1 6 2 ⇒ 6 ⇒ 6
2 ak + 1 2 ak + 1
P
logo por comparação ak converge .
72 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Pb Propriedade 138 Seja P (xk ) uma sequência de números não negativos com a série
xk convergente então xk2 é convergente.
P
ê Demonstração.[1] Como ak é convergente, vale P lim ak = 0 e daí para k >
n0 vale xk < 1 que implica xk2 6 xk logo por comparação xk2 converge.
P
n
ê Demonstração.[2] Como temos xk > 0 segue também xk2 > 0, sendo entθos(n)= xk2
k=b
Questão 43
P P √ak
b Propriedade 139 Se ak , ak > 0 converge então a série k também con-
verge .
1 √
com yk = k e xk = ak tem-se
n √ n n
X ak X X 1
( )2 6 ( ak )( )
k k2
k=1 k=1 k=1
e tem-se também
n √ n √ n n
X ak X ak X X 1
6( )2 6 ( ak )( )
k k k2
k=1 k=1 k=1 k=1
Questão 44
b Propriedade
P 140 Seja (an ) uma sequência não-crescente de números reais positi-
vos. Se ak converge então lim nan = 0.
logo lim 2na2n = 0. Agora mostramos que a subsequência dos ímpares também
tende a zero. Vale a2n+1 6 a2n daí 0 < (2n + 1)a2n+1 6 2na2n + a2n por te-
orema do sanduíche segue o resultado. Como as subsequências pares e ímpares de
(nan ) tendem a zero, então a sequência tende a zero.
P 1
$ Corolário 28 A série harmônica k diverge, pois ( n1 ) é decrescente e vale lim n
n =
1 6= 0.
Questão 46
b Propriedade 141 (Critério de condensaçãoP de Cauchy)
P Seja (xn ) uma sequên-
cia não-crescente de termos positivos então xk converge ⇔ 2k .x2k converge.
⇒). P P
Vamos provar que se xk converge então 2k .x2k converge, P kusando a contra-
positiva,
P que é equivalente logicamente, vamos mostrar que se 2 .x2k diverge en-
tão xk diverge.
Como xk é não-crescente então vale
1 1
2s+
X−1 2s+
X−1
2 x2s+1 =
s
x2s+1 6 xk
k=2s k=2s
Pn−1
aplicando 2 s=0 segue
X1 2X −1
n
n−
s+1
2 x2s+1 6 xk
s=0 k=1
P P
logo se 2s x2s diverge então xk diverge.
⇐). P P
Vamos provar que se 2k .x2k converge então então xk converge, de maneira
direta. Usando que
1 1
2s+
X−1 2s+
X−1
xk 6 x 2 s = 2 s x 2s
k=2s k=2s
Pn−1
aplicando s=0 segue que
2X
n
−1 X1
n−
xk 6 2 s x 2s
k=1 s=0
P P
daí se 2s x2s converge então xk converge .
74 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Questão 48
√
√
b Propriedade 142 Sejam a, b > 0 ∈ R, x1 = ab, y1 = a+b 2
, xn+1 =
xn .yn , yn+1 = xn +y
2
n
. Então (x n ) e (y n ) convergem para o mesmo limite.
xn + y n
yn+1 =
2
tomando o limite
x+y
y= ⇒ x = y.
2
∃n0 ∈ N | n > n0 ⇒ xn ∈ A
ê Demonstração. ⇒).
Suponha A aberto, com a ∈ A logo existe ε > 0 tal que (a − ε, a + ε) ⊂ A e por
lim xn = a existe n0 ∈ N tal que n > n0 implica xn ∈ (a − ε, a + ε) logo xn ∈ A.
⇐). Vamos usar a contrapositiva que no caso diz: Se A não é aberto então existe
(xn ) com lim xn = a ∈ A e xn ∈ / A. Lembrando que a contrapositiva de p ⇒ q é
v q ⇒v p, (onde v é o símbolo para negação da proposição) sendo proposições equi-
valentes, as vezes é muito mais simples provar a contrapositiva do que a proposição
diretamente.
Se A não é aberto, existe a ∈ A tal que a não é ponto interior de A, assim ∀ ε > 0
, (a − ε, a + ε) ∩ (R \ A) 6= ∅, então podemos tomar uma sequência (xn ) em R \ A
que converge para a ∈ A.
1.6. CAPÍTULO 5-TOPOLOGIA DA RETA 75
Questão 2
b Propriedade 144 (Caracterização de sequências por meio de abertos) lim xn =
a ⇔ ∀ aberto A com a ∈ A existe n0 ∈ N tal que n > n0 implica xn ∈ A.
ê Demonstração.
⇒).
Seja A um aberto com a ∈ A, então existe ε > 0 tal que (a − ε, a + ε) ⊂ A e por
lim xn = a existe n0 ∈ N | n > n0 tem-se xn ∈ (a − ε, a + ε), logo xn ∈ A.
⇐).
Supondo que ∀ aberto A com a ∈ A existe n0 ∈ N tal que n > n0 implica
xn ∈ A, então em especial para todo ε > 0 podemos tomar o aberto A = (a−ε, a+ε)
e tem-se lim xn = a pela definição de limite.
Questão 3
b Propriedade 145 Se A é aberto e x ∈ R então x + A = {x + a , a ∈ A} é aberto .
ê Demonstração.[1-Critério de sequências] Seja (xn ) tal que lim xn = x + a ∈
x + A , vamos mostrar que xn ∈ x + A para todo n suficientemente grande, daí x + A
é aberto.
xn = x + yn com yn → a, daí como A é aberto, segue que yn ∈ A para n
suficientemente grande, o que implica xn = x + yn ∈ A para os mesmos valores de
n, logo x + A é aberto.
ê Demonstração.[2]
• Primeiro observamos que w ∈ x + A ⇔ w − x ∈ A.
⇒). Se w ∈ x + A então w = x + a para algum a ∈ A, logo w − x = a ∈ A.
⇐). Se w − x ∈ A existe a ∈ A tal que w − x = a logo w = x + a, daí segue
w ∈ x + A.
• Tomamos y ∈ x + A , vamos mostrar que y é ponto interior . Sabemos que
existe a ∈ A tal que y = x + a e a é ponto interior de A, logo existe ε > 0 tal
que
a − ε < t < a + ε ⇒ t ∈ A.
Seja w arbitrário tal que y − ε < w < y + ε , isto é, w ∈ (y − ε, y + ε),
substituindo y = x + a temos x + a − ε < w < x + a + ε, subtraindo x de
ambos lados
a − ε < w − x < a + ε,
daí w − x ∈ A de onde segue w ∈ x + A, logo (y − ε, y + ε) ⊂ x + A.
questão 4
b Propriedade 147 Definimos A + B = {a + b, a ∈ A , b ∈ B}. Se B é aberto
então A + B é aberto .
ê Demonstração.
Escrevemos [
A+B= (a + B)
a∈A
ê Demonstração. Escrevemos
[
A.B = a.B
a∈A
Questão 5
intA ∪ intB ⊂ int(A ∪ B).
b Propriedade 149 Vale
Questão 6
b Propriedade 151 Seja A um aberto e F um fechado, então A \ F é aberto.
F \ A = (R \ A) ∩ F
A \ F = (R \ F) ∩ A
logo A \ F é aberto.
ê Demonstração.
⇒). Supondo f : A → f(A) contínua. Como A é aberto f(A) possui um conjunto
aberto pelo T VI, pois a imagem de um intervalo de A é um intervalo de f(A).
Tomamos A 0 ⊂ f(A) aberto. Dado a ∈ f−1 (A 0 ) arbitrário tem-se f(a) ∈ A 0 ,
como A 0 é aberto existe ε > 0 tal que (f(a) − ε, f(a) + ε) ⊂ A 0 , por f ser contínua,
existe δ > 0 tal que x ∈ (a − δ, a + δ) ∩ A ⇒ f(x) ∈ (f(a) − ε, f(a) + ε), por A ser
aberto o δ pode ser escolhido de maneira tal que (a − δ, a + δ) ∩ A = (a − δ, a + δ),
logo
f((a − δ, a + δ)) ⊂ (f(a) − ε, f(a) + ε) ⊂ A 0
disso concluímos que (a − δ, a + δ) ⊂ f−1 (A 0 ), logo o conjunto é aberto.
⇐). Supondo que ∀ A 0 aberto f−1 (A 0 ) é aberto vamos mostrar que f : A → f(A)
é contínua.
Dado a ∈ A 0 arbitrário tomamos f(a) e (f(a) − ε, f(a) + ε) = A 0 . Vale que
a ∈ f−1 (A 0 )
f−1 (A 0 ) é aberto por hipótese, logo existe δ > 0 tal que x ∈ (a − δ, a + δ) ⊂
−1
f (A 0 ) ⇒ f(x) ∈ (f(a) − ε, f(a) + ε) daí f é contínua em a.
ê Demonstração.
⇒). Suponha A aberto, considere a função g : B → A, inversa de f, vale que
g−1 (A) = B por g ser bijeção, então por continuidade B é aberto.
⇐). Suponha B aberto. f−1 (B) = A por ser bijeção e por resultado anterior A é
então aberto.
Com isso concluímos que um homeomorfismo leva abertos em abertos.
Z Exemplo 44 Dadas f e h do exemplo anterior elas são bijeções com inversas contí-
nuas portanto levam abertos em abertos, dado A aberto vale que f(A) e h(A) são abertos.
Existe A aberto tal que g(A) não é aberto, como por exemplo A = (−1, 1) que possui
imagem [0, 1).
Questão 9
b Propriedade 155 Toda coleção de intervalos não degenerados dois a dois disjuntos é
enumerável.
Questão 10
b Propriedade 156 O conjunto A dos valores de aderência de uma sequência (xn ) é
fechado.
Questão 11
b Propriedade 157 Seja F é fechado e A ⊂ F então A ⊂ F.
ê Demonstração. Seja a ∈ A
a∈A⇒a∈F
/ A, daexiste (xn ) em A( logo (xn ) em F) talque lim xn = a, logo a ∈ F pois F fechado .
a∈
Questão 12
b Propriedade 158 Dada uma sequência (xn ) o fecho de X = {xn , n ∈ N} é X =
X ∪ A onde A é o conjunto dos valores de aderência de (xn ).
Questão 13
b Propriedade 159 Os elementos do conjunto de Cantor são os números no intervalo
[0, 1] cuja representação na base 3 só contém algarismos 0 e 2, não possuindo algarismo 1
(Com exceção para números que tem representação finita e possuem 1 no último algarismo,
porém tal número pode ser substituído por uma sequência infinita de algarismos 2)
80 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Z Exemplo 45 1
4
pertence ao conjunto de cantor pois temos sua representação como
∞ ∞
X 2 X 2 2 1 1
0, 02 = = = =
32 k 9k 91− 1
9
4
k=1 k=1
lembrando que um traço em cima da parte decimal significa que tal parte se repete na re-
presentação.
Questão 20
b Propriedade 160 Vale que
A ∪ B = A ∪ B.
Sim, basta tomar X = (a, b) e Y = (b, c), temos que X = [a, b] , Y = [b, c] , X ∩ Y =
{b} e X ∩ Y = ∅ de onde X ∩ Y = ∅ , logo sθodiferentes.
Questão 22
Z Exemplo 47 Sendo Ak = [k, ∞) (fechados não limitados) temos uma sequência de
intervalos que são conjuntos fechados porém a interseção
∞
\
Ak = A
k=1
B é vazio, pois se houvesse um elemento nele x > 0, conseguimos k tal que k1 < x daí x
não pertence ao intervalo (0, k1 ) = Bk portanto não pode pertencer a interseção.
Questão 23
b Propriedade 162 Um conjunto I ⊂ R é um intervalo ⇔ a 0 < x < b 0 com a 0 , b 0 ∈
I implica x ∈ I.
ê Demonstração.
⇒). Se I é um intervalo então ele satisfaz a propriedade descrita.
⇐). Se a definição tomada de intervalo for: dados a 0 , b 0 elementos de I se para
todo x tal que a 0 < x < b 0 então x ∈ I, logo o conjunto I deve ser um dos nove tipos
de intervalos.
Caso I seja limitado, inf I = a e sup I = b, se a < x < b, existem a 0 , b 0 tais que
a < x < b 0 logo x ∈ I, isto é, os elementos entre o supremo e o ínfimo do conjunto
0
• a∈
/ I, b ∈ I, o intervalo é do tipo (a, b].
• a ∈ Ieb ∈
/ I, o intervalo é do tipo [a, b).
• a∈/ Ieb ∈ / I tem-se o intervalo (a, b). Com isso terminamos os tipos finitos de
intervalos.
• a∈
/ I, tem-se o intervalo (a, ∞).
Se I é limitado superiormente porém não inferiormente.
• b∈
/ I, tem-se o intervalo (−∞, b).
O último caso, I não é limitado
I = (−∞, ∞)
Questão 25
82 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
ê Demonstração.
⇒). Vale que A = int(A) ∪ ∂A = R e R = intA ∪ ∂A ∪ int(R \ A) como a união
é disjunta, segue que int(R \ A) = ∅.
⇒).
Se int(R \ A) é vazio então
. Se num ponto a ∈ X∩X 0 tem-se f(a) = h(a) e existem f 0 (a) = h 0 (a) entθoexisteg’(a)=f’(a).
tem-se também
pois f(a) = h(a) = g(a), como as derivadas f 0 (a) e h 0 (a) existem, entθotambmexistemasderivadaslatera
0
f− (a) = f 0 (a) = g 0 (a) = h+ 0 0
(a) = h− (a)dividindoaltimadesigualdadeporh>0etomandoolimiteadir
limh→0 +
g(a+h)−g(a)
h 6 f (a)edividindoporh<0etomandoolimiteaesquerdaf 0 (a) >
0
limh→0− g(a+h)−g(a)
h > f 0 (a)assimlimh→0− g(a+h)−g(a)
h = limh→0+ g(a+h)−g(a)
h =
0 0
f (a) = g (a).
Questão 2
Se f é derivável à direita no ponto a e f(a) é máximo local então f+0
(a) 6 0. Se fosse
f+ (a) > 0 existiria δ > 0 tal que a < x < a + δ ⇒ f(a) < f(x) então f(a) não
0
f(h) −|h|
lim = lim+ = −1
h→0+ h h→0 h
f(h) −|h|
lim = lim+ =1
h→0− h h→0 h
pois no primeiro caso |h| = h, pois h → 0+ e no segundo |h| = −h , pois h → 0− .
Questão 3
b Propriedade 165 Seja p : R → R um polinômio de grau ímpar e t um número par.
Existe c ∈ R tal que
Dt p(c) = 0.
basta saber a t-ésima derivada de xn o termo de mais alto grau, como vale Dt xn =
t! nt xn−t , n ímpar e t é par implicam que n − t é ímpar, daí Dt p(x) é polinômio de
grau ímpar e existe c ∈ R tal que Dt p(c) = 0. No caso de t > n tem-se Dt p(x) =
0 ∀ ; x.
Questão 4
b Propriedade 166 Se f : A → R é derivável em a ∈ int(A) então
f(a + h) − f(a − h)
lim = f 0 (a).
h→0 2h
f(a + h) − f(a − h)
lim = f 0 (a).
h→0 2h
f(h) − f(−h) 1
lim = lim+ =0
h→0+ 2h h→0 2h
e pela esquerda
f(h) − f(−h) −1
lim = lim+ = 0.
h→0− 2h h→0 2h
Questão 5
b Propriedade 167 (Caracterização de Carathéodory) f é derivável em a ⇔ existe
g : A → R contínua em a tal que f(x) = f(a) + g(x)(x − a) ∀ x ∈ A.
f(x) − f(a)
= g(x)
x−a
como existe limx→a g(x) por g ser contínua em a, então existe limx→a f(x)−f(a)
x−a =
f 0 (a) = g(a), logo f é derivável.
⇒). Supondo que f seja derivável, então podemos escrever f(a + h) = f(a) +
f 0 (a)h + r(h), se h 6= 0, definimos g(a + h) = f 0 (a) + r(h)
h , se h = 0 definimos
g(a) = f 0 (a), então vale que
Questão 8
Veremos um lema que ajudará na próximo resultado.
♣ Lema 1 Sejam (an ) e (bn ) sequências limitada tais que an + bn = 1 ∀ n ∈ N, (zn ) e
(tn ) com o mesmo limite a, então lim an .zn + bn .tn = a.
ê Demonstração. Escrevemos
an .zn +bn .tn = an .zn −a.an +a. an +bn .tn = an (zn −a)+a(1−bn )+bn .tn =
|{z}
=1−bn
Questão 9
Questão 10
Z Exemplo 50 Seja f : R → R dada por f(x) = x sen( x ) se x 6= 0 e f(0) = 0,
2 1
1 1
tomamos xn = nπ e yn = nπ+ π , daí vale lim xn = lim yn = 0
2
1
f(xn ) = sen(nπ) = 0
(nπ)2
1 π (−1)n
f(yn ) = π 2 sen(nπ + )=
(nπ + 2
) 2 (nπ + π2 )2
pois sen(nπ + π2 ) = sen(nπ) cos( π2 ) + sen( π2 )cos(nπ) = (−1)n , daí
| {z }
=0
1 1 nπ − nπ − π2 − π2
y n − xn = π − = =
nπ + 2
nπ (nπ + π2 )(nπ) (nπ + π2 )(nπ)
x2 sen( x1 ) − 0 1
lim = lim xsen( ) = 0
x→0 x x→0 x
em outros pontos distintos de 0 a função também é derivável por ser produto de funções
deriváveis.
Portanto tal função é derivável no ponto x = 0 porém o limite f(yynn)−f(x
−xn
n)
não con-
verge quando lim xn = lim yn = 0. A função derivada de f satisfaz
0 2xsen( x1 ) − cos( x1 ) se x 6= 0
f (x) =
0 se x = 0
que não é contínua em x = 0, daí a função f é derivável em toda a reta porém possui
derivada descontínua.
Questão 13
1.8. CAPÍTULO 8-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE FUNÇÕES 87
b Propriedade 169 Se f : I → R satisfaz |f(y) − f(x)| 6 c|y − x|α com α > 1, c >
0, x, y ∈ R arbitrários então f é constante.
Questão 15
b Propriedade 170 Se f é derivável em I e f 0 é contínua em a então ∀ xn 6= yn com
lim xn = lim yn = a então
f(yn ) − f(xn )
lim = f 0 (a).
y n − xn
ê Demonstração. Pelo T VM, para cada yn , xn existe zn entre eles tal que
f(yn ) − f(xn )
= f 0 (zn )
y n − xn
daí lim zn = a por sanduiche e lim f 0 (zn ) = f 0 (a) por continuidade, logo
f(yn ) − f(xn )
lim = lim f 0 (zn ) = f 0 (a).
y n − xn
Questão 2
Z Exemplo 52 A sequência de funções fn : [0, 1] → R, fn(x) = nx(1 − x)n con-
verge, porém não uniformemente. Apesar disso vale
88 CAPÍTULO 1. SOLUÇÕES-CURSO DE ANÁLISE VOL.1
Z1 Z1
lim fn (x)dx = lim fn (x)dx.
0 0
1
|fnk (xk )| >
3
pois isso equivale à
1 1 1 1
n (1 − )n = ( 1 − ) n →
n n n e
como e < 3 temos 31 < e1 para n grande suficientemente grande, conseguimos colocar
1
3
< (1 − n1 )n < e1 , por isso não temos a convergência uniforme . Agora calculamos a
R1
integral 0 fn (x)dx, fazendo a mudança y = 1 − x, ficamos com a integral
Z1 Z1
n n
nx(1 − x) dx =
n
n(1 − y)yn dy = − →0
0 0 n+1 n+2
a outra integral também é nula, logo temos a igualdade de troca de limite com integral .
Questão 6
Z Exemplo 53 Sabemos que se fn →p f e gn →p g então fn + gn →p f + g e
gn fn → fg (convergência pontual ou simples) e se f(x) 6= 0∀ x no domínio e fn (x) 6=
0, tais propriedades valem, pois se fixamos x temos sequências de números reais das quais
sabemos que valem tais propriedades.
Questão 7
b Propriedade 172 (Produto de uniformemente convergentes) Se fn →u f , gn →u
g, com f e g limitadas em A então fn .gn →u f.g
para n grande podemos tomar |gn (x) − g(x)| < 2εK e |fn (x) − f(x)| < ε
2K 1
, tomando
a desigualdade triangular aplicada na expressão acima
ê Demonstração.
1
Como |g(x)| > c ∀ x então |g(x)| 6 c1 , logo para n > n0 vale |gn1(x)| 6 K ⇒
1
|g(x)||gn (x)| 6 c , por convergência uniforme, podemos tomar |gn (x) − g(x)| 6 K
K cε
logo
questões 9 e 10
BC(E) = {f : E → R | f contnuaelimitada}.
pois temos ||f||∞ 6 ||f − g||∞ + ||g||∞ e ||g||∞ 6 ||f − g||∞ + ||f||∞ por
desigualdade triangular.
Questão 15
b Propriedade 177 (Convergência uniforme e continuidade uniforme) Seja (fn )
uma sequência de funções uniformemente contínuas de T em R convergindo uniformemente
para uma função f : T → R, então f é uniformemente contínua em T .
contínua , existe r > 0 tal que se |x − y| < r implica |fm (x) − fm (y)| < ε3 e pela con-
vergência pontual de fm para f temos |fm (y))−f(y)| < ε3 , somando as desigualdades
segue
Questão 20
b Propriedade 178 Sejam g : Y → R uniformemente contínua, fn : X → R, fn →u
f, f(X) ⊂ Y e fn (X) ⊂ Y ∀ n, então g ◦ fn →u g ◦ f.
Como g é uniformemente contínua dado ε > 0 existe δ > 0 tal que |x 0 − y 0 | <
δ ⇒ |g(x) − g(y)| < ε, como fn →u f então existe n0 ∈ N | n > n0 implica
| fn (x) − f( x) | < δ ∀ x logo por g ser uniformemente contínua temos
| {z } |{z}
x0 y0
Questão 26
P∞
b Propriedade 179 Se k=1 fk →u f em A então fn →u 0 em A.
ê Demonstração.
Aplicamos o critério de Cauchy, ∀ ε > 0 existe n0 ∈ N tal que n, n − 1 > n0
implica
n
X X1
n−
| fk (x) − fk (x)| 6 ε, ∀ x
k=1 k=1
|fn (x)| 6 ε, ∀ x
o que implica a convergência uniforme fn →u 0.
Questão 28
1.8. CAPÍTULO 8-SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE FUNÇÕES 93
P
b Propriedade 180 Se |gn | converge uniformemente
P em A e existe M > 0 tal que
|fn (x)| 6 M para todo n ∈ N, x ∈ A então gn fn converge absolutamente e unifor-
memente.
Questão 29
b Propriedade 181 (Critério de Dirichlet) Sejam (fn ), (gn ) definidas em E tais que
n
X
( fk (x)) seja uniformemente limitada, gn →u 0,
k=1
| {z }
sn (x)
m+1 m
X
= |sk−1 (x)gk (x) + sk (x) Δ − gk (x) | 6
n+1 | {z }
k=n+1
>0
m
X
|sm (x)gm+1 (x) − sn (x)gn+1 (x)| + |sk (x)| Δ − gk (x) 6
| {z }
k=n+1
6M