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ARQUITETURA E URBANISMO
Jundiaí
2021
UNIANCHIETA - CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
ARQUITETURA E URBANISMO
Jundiaí
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................5
1.1 Objetivo........................................................................................................5
2 LEVANTAMENTO....................................................................................... 6
2.1 Região de Planejamento – Vetor Oeste......................................................6
2.2 Formação da Área de Trabalho...................................................................6
2.3 Consolidação do Vetor Oeste......................................................................7
3 LEGISLAÇÃO.............................................................................................. 8
3.1 Lei nº 9.321, de 11 de novembro de 2019 – Plano Diretor Jundiaí.............8
3.2 Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006...............................................12
3.3 Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.......................................................12
3.4 Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981......................................................12
3.5 Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981..........................................................12
3.6 Decreto nº 18.148, de 07 de fevereiro de 2001.........................................13
3.7 Decreto Estadual nº 43.284, de 3 de julho de 1998..................................13
4 ANALISE SINTÉTICA DOS CONDICIONANTES..................................... 14
4.1 Uso do Solo Urbano Real..........................................................................14
4.2 Equipamentos Comunitários......................................................................15
4.3 Locais de Interesse Ambiental e Restrições Ambientais...........................16
4.3.1 Área de Proteção Ambiental......................................................................16
4.4 Zoneamento...............................................................................................16
4.4.1 Zona Especial de Proteção Ambiental - ZEPAM.......................................17
4.4.1.1 Artigos que qualificam a área de estudo como ZEPAM............................17
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
2 LEVANTAMENTO
Até os anos 2.000, a região Oeste de Jundiaí foi composta por uma grande
área rural, pequenas áreas com parcelamento urbano sem ocupação, e algumas
pequenas partes espalhadas e isoladas com ocupação residencial. Essa região da
cidade inclui também o parque industrial, localizado estrategicamente próximo a
duas Rodovias, Anhanguera e Bandeirantes, que são importantes eixos de ligação
do interior com a capital.
Esse Vetor representou para a cidade a única área livre e extensa que
proporcionava o crescimento de mancha urbana de Jundiaí, e ainda hoje tem um
grande potencial para esse crescimento. No ano de 2004, essa região foi setorizada
no plano de zoneamento do município, onde teve incorporado parte da área rural ao
seu perímetro urbano.
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O Vetor Oeste teve sua primeira ocupação com as fazendas de café e uva,
que trouxeram um grande desenvolvimento econômico da cidade. Porém com a
decadência do café no início da década de 1960 e do auge da indústria Vinícola no
final da década de 1960, as antigas fazendas foram pouco a pouco cedendo suas
terras a outros usos não agrícolas.
Em 1980 o Bairro Eloy Chaves se consolidou em antigas terras da Fazenda
Ermida, que foi uma grande produtora de café da região, sendo um bairro isolado da
cidade, com ligação apenas pela Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto.
Em 1970 o Distrito Industrial de Jundiaí teve seu estudo de implantação, e
foram definidas duas grandes áreas do lado oeste da cidade, estrategicamente
próximas aos principais fluxos de transporte da época que eram a estrada de ferro
Sorocabana, que ligava Santos a Jundiaí, a Rodovia Anhanguera que ligava São
Paulo a Campinas, a Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, que ligava Jundiaí
a Itú e o projeto da Rodovia dos Bandeirantes, paralela à Rodovia Anhanguera.
Apesar da decadência da estrada de ferro após a Revolução Industrial, a
área designada para Distrito Industrial se manteve apta pelas importantes rodovias
que a cruzam, inclusive após a construção da Rodovia dos Bandeirantes na década
de 1980. A formação do Distrito Industrial como área especializada se deu pela
necessidade de interação entre as indústrias para o seu desenvolvimento, pois
apenas pequenas indústrias não atrairiam outros industriais.
Em meados dos anos oitenta o núcleo de sub moradia Varjão, hoje Novo
Horizonte, teve o seu início ocupando a área da extinta Estrada de Ferro
Sorocabana e áreas da Fazenda Grande, se tornando uma extensa região.
Em 1893 os bairros do Poste e Traviú foram consolidados para apoio à
produção rural que acontece até os dias de hoje, com a produção de frutas,
principalmente de uvas, e são bairros que atraem moradores do núcleo de
submoradia devido ao seu comércio e serviços.
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3 LEGISLAÇÃO
Ao longo deste relatório ficou claro a importância das políticas de leis que se
fazem necessárias nos aspectos analisados em relação ao território, sendo assim,
serão citadas leis que são compreendidas como relevantes para a qualidade de vida
de toda comunidade, essas diretrizes e normativas são importantes para a proteção
e o desenvolvimento sustentável local e dignidade de habitação.
4.4 Zoneamento
Art. 215. São permitidos na ZEPAM os seguintes usos, desde que não
impliquem a supressão de vegetação em estágio médio ou avançado de
regeneração, ressalvadas as hipóteses legais, e sem prejuízo das restrições
previstas em legislação federal e estadual específicas:
Art. 281. O parcelamento do solo para fins urbanos somente será permitido
na Macrozona Urbana na forma definida pelo Plano Diretor.
VI. Reserva de faixa não edificante com largura mínima de 15m (quinze
metros) ao longo de cada lado de talvegue ou eixo de vales secos,
cuja encosta tenha declividade superior a 40% (quarenta por cento);
VII. Destinação de faixa não edificante ou de avenida marginal com
largura mínima de 15m (quinze metros) acrescida das áreas para
taludes, quando necessário, a partir do limite da faixa de domínio das
rodovias e ferrovias, e ao longo das faixas de transmissão.
Art. 287. Não poderá ser alterado, retificado ou desviado nenhum corpo
d’água (córregos, nascentes, lagos e brejos) sem anuência da Unidade de Gestão
de Planejamento Urbano e Meio Ambiente - UGPUMA e autorização do órgão
ambiental estadual competente.
4.7 Hidrografia
Mapa 8 - Mapa Síntese das Áreas de Interesse e Restrição Ambiental. Fonte: Autores (2021).
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Mapa 11 - Diretrizes Viárias Incidentes na Área Analisada. Fonte: Portal GeoJundiaí (2021).
6.1.1 Abairramento
6.1.4 Parklets
Figura 2 - Caçambas Contentores em Buenos Aires. Fonte: Google Street View (2021).
como Vias de proteção e circulação, com eixos comerciais categorizados com Vias
de Indução e Concentração.
As vias de proteção e circulação passariam a ser fechadas, próximo à áreas
comunitárias e públicas, visando a valorização da escala humana no local, essa
redução de trafego no local, é essencial para que a população local tenha acesso a
via pública e sinta-se segura para explorá-la. (GEHL & SVARRE, A VIDA NA
CIDADE: COMO ESTUDAR).
A análise inicial, determinou as vias com maior fluxo de veículos na região,
incluindo vias categorizadas como Concentração, Estruturais e de Indução, sendo
essas vias com porte e capacidade para receber o transporte público municipal, sem
que seja prejudicado a classificação de vias menores, barulho e fluxo de veículos em
locais onde a ideia principal é valorizar a escala humana. Sendo assim, o projeto
implanta alguns conceitos, sendo eles:
1. Via Expressa: Vias onde o fluxo de veículos é maior, com linhas de
ônibus que priorizem o acesso direto a outros terminais da cidade,
rodovias ou outros marcos.;
2. Via de Alimentação: São vias que visam atender a população do
bairro no que diz respeito ao transporte público municipal, sendo
nelas a implantação de diretrizes e ferramentas, assim como pontos
de parada.
Mapa 15 - Classificação de vias para acesso de Transporte Público. Fonte: Autores (2021).
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8 CONCLUSÃO
Após todas as análises, foi possível observar que os bairros estudados, até
antes de 2000 representavam para a cidade de Jundiaí as únicas áreas livres de
grande extensão que permitia o crescimento da mancha urbana, porém esse
crescimento foi ocorrendo e gerando problemas como, habitações em situações de
risco, uma defasagem de equipamentos comunitários e de serviços, que acabam
fazendo com que os moradores desses bairros tenham que se deslocar para o
centro da cidade ou outros bairros melhor equipados, que representam distâncias
consideráveis, para suprir suas necessidades.
Foi observado também uma grande Zona Especial de Interesse Social com a
implantação de várias habitações sociais, o que torna a área ocupada por uma
parcela maior de pessoas de baixa renda, assim aumentando a demanda por
equipamentos públicos e transporte.
Por conta dessas demandas, e a necessidade de deslocamentos, percebe-
se um considerável problema na mobilidade do local de análise, tendo pouca
disponibilidade de ônibus, linhas e a falta de conforto oferecido para os usuários que
utilizam esse modal, e a falta de acessibilidade para os pedestres, e de ciclovias.
Por fim, observamos a importância do conhecimento sobre as leis que
regem o meio ambiente, devido a área possuir grandes manchas de Ambiente de
Preservação Permanente, assim como nascentes e corpos hídricos.
Em relação ao processo de intervenção, as ferramentas apresentadas são
usadas em grandes planos ao redor do Brasil, recomendadas por grandes
Urbanistas, como soluções essenciais para que se construa uma cidade inclusiva a
toda a população. O projeto visou atender a demanda da população por espaços
públicos e familiares, devolvendo a malha urbana espaços onde o pedestre tenha
uma opção de convívio. A inserção de novos caminhos da Ciclovia demonstra a
preocupação em facilitar o acesso ao bairro por modal mais próximo a escala do
pedestre.
Todo o sistema viário passa a fortalecer o compromisso do projeto em
devolver espaços ao pedestre, determinando eixos viários e de transporte público,
dificultando o acesso de veículos ao restante das vias de acesso ao lote.
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9 REFERÊNCIAS