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Livro Proprietario - Sistema de Informacao em Marketing
Livro Proprietario - Sistema de Informacao em Marketing
EM MARKETING
autor
JULIO CESAR PIMENTEL
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2016
Conselho editorial luis claudio dallier saldanha; roberto paes; gladis linhares;
karen bortoloti; jessâmine thaize sartorello salvini
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016.
isbn: 978-85-5548-205-2
cdd 658.8
Prefácio 7
OBJETIVOS 116
5.1 Tomada de decisão e sistemas de informação. 117
5.1.1 Níveis de envolvimento do consumidor 117
5.1.2 Reconhecimento das necessidades de consumo 121
5.1.3 Tipos de decisão de compra 123
5.2 Sistemas de apoio à decisão. 127
5.3 Sistemas inteligentes de apoio à decisão. 128
5.3.1 Sistemas Inteligentes de Apoio à Decisão 129
5.3.2 Sistemas Especialistas 130
5.3.2.1 Raciocínio baseado em casos 131
5.4 Sistemas de gestão do conhecimento. 133
5.4.1 Tecnologias de Inteligência Artificial 133
5.4.2 Uma visão geral de Inteligência Artificial 135
5.4.3 Domínios de Inteligência Artificial 135
5.4.4 Conceitos básicos de Sistemas especialistas 137
Prefácio
Prezados(as) alunos(as),
7
dos estudos dessa disciplina, desejamos que você compreenda a importância da
gestão de um sistema de informações e inteligência de marketing, contribuindo
para a sua formação e o seu desempenho profissional.
Bons estudos!
1
Os Sistemas
de Informação
Empresariais
na sua Carreira
Quando um médico analisa uma apendicite e como solução ele recomenda
uma operação para extraí-la, ele está agindo de forma cartesiana, ou seja, está
atribuindo ao fato uma causa geradora, que pode ser provada como verdade se
colocada em dúvida.
O pensamento cartesiano ajudou muito a ciência, colocando de lado filo-
sofias escolásticas e/ou gregas antigas (que acreditavam que as coisas existem
por uma necessidade de existir) eenfatizando a necessidade de se provar tudo
aquilo sobre o qual se pode duvidar.
Contudo, falando de empresas, não podemos agir de forma cartesiana.
Isso porque a empresa é um emaranhado de componentes que se relacionam
entre si gerando um todo muito maior do que a soma das partes, ou seja, um
todo sinérgico.
Então, para modelar uma empresa, é necessário lançar uso do modelo sistê-
mico que leva em consideração o trabalho mútuo entre várias partes, a inter-re-
lação dessas partes com o mundo externo e, também, a existência de uma força
adicional que surge no momento em que essas partes do sistema começam a
trabalhar juntas.
Em sistemas de informação não é diferente. Como o próprio nome sugere, a
única forma de compreendê-los e utilizá-los de forma adequada é utilizar o olhar
sistêmico para entender as diferentes partes e componentes que os compõem.
Neste capítulo, entenderemos melhor o que são sistemas e o que são empre-
sas e como podemos construir sistemas de informação, que não são sistemas
que necessariamente fazem uso de tecnologia da informação, mas são siste-
mas construídos para o gerenciamento de informações.
OBJETIVOS
• Compreender o que é tecnologia da informação e do que ela é formada.
• Entender a diferença entre dado e informação.
• Contextualizar a tecnologia da informação nas empresas.
• Discutir alguns conceitos de teoria de sistemas, relacionando-os com as empresas e com
os sistemas de informação.
• Compreender os diferentes tipos de sistemas de informação e como eles podem ser apli-
cados nos diferentes níveis empresariais.
• Relacionar a TI e os sistemas de informação no que diz respeito aos impactos e vantagens
oferecidas as empresas.
10 • capítulo 1
1.1 O papel dos sistemas de informação no
ambiente de negócios.
O termo Sistema e todo o seu significado fazem parte do nosso cotidiano, seja
pessoal ou profissional.
Observe atentamente ao seu redor e analise o ambiente em que você vive ou
trabalha. Você já parou para pensar em quantos “sistemas” você está inserido,
seja de forma direta ou indireta?
Devido à imensidão de sistemas com o quais nos relacionamos, antes de
nos aprofundar no objeto de nossa disciplina, vamos tratar apenas do senti-
do do termo Sistema e de todo os impacto que ele causa na administração de
uma empresa.
Para tanto, vamos começar definindo qual o significado do termo Sistema.
capítulo 1 • 11
A figura a seguir ilustra o conceito de Sistema que acabamos de apresentar.
Objetivos
Processamento
Entradas Saídas
Feedback
e Controle
12 • capítulo 1
Envolve a transferência de elementos produzidos em um
SAÍDA processo de transformação até seu destino final.
Diante de tudo isso, podemos dizer que os exemplos a seguir, entre vários
outros, são casos típicos de sistemas.
SISTEMA EXEMPLO
TRANSPORTE
COLETIVO
RODOVIÁRIO
BANCÁRIO
$ $
capítulo 1 • 13
SISTEMA EXEMPLO
AÉREO
CIRCULATÓRIO,
DIGESTIVO,
RESPIRATÓRIO
DE NORMAS
DA ISO OU DO
IMETRO
14 • capítulo 1
Analise e compare o conceito de Empresa que acabamos de apresentar com
o conceito de Sistema, que vimos anteriormente.
Você percebe alguma semelhança entre uma Empresa e um Sistema?
Podemos afirmar que uma Empresa é um exemplo típico de um Sistema.
Visualize em sua mente uma empresa com as seguintes “partes” ou “elementos”:
1. áreas (setores, departamentos);
2. processos (atividades, tarefas);
3. profissionais (pessoas);
4. recursos (materiais, financeiros, humanos e tecnológicos).
Figura 1.3 – Visão sistêmica de uma empresa. Fonte: Adaptado de (MIGLIOLI ,2007, a par-
tir de ALBUQUERQUE e ROCHA, 2007).
capítulo 1 • 15
Para finalizar nossa discussão sobre a importância da Visão Sistêmica,
vamos identificar algumas das vantagens de aplicá-la na Administração
das Empresas:
• maior sincronismo entre todas as partes (subsistemas) da empresa com
os seus objetivos estratégicos;
• possibilidade de reação mais rápida e eficaz no que diz respeito às ações
impostas (ameaças e oportunidades), tanto externas quanto internas;
• identificação mais rápida das causas dos problemas, para assim focar na
resolução e nas melhorias localizadas;
• melhor sintonia e fluência entre os processos de negócios;
• minimização do retrabalho e daquelas atividades que não agregam valor;
• aumento da qualidade e, por conseguinte, da produtividade da empresa;
• aumento na competitividade e na lucratividade empresarial.
16 • capítulo 1
• aumentar a produtividade;
• reduzir custos;
• melhorar a tomada de decisões;
• aprimorar os relacionamentos com os clientes;
• desenvolver novas estratégias.
capítulo 1 • 17
De maneira geral, podemos dizer que todas as empresas, sejam com ou sem
fins lucrativos, públicas ou privadas, operam atualmente na chamada econo-
mia digital.
Mas, o que é essa tal de economia digital?
Segurança 17%
RH 17%
Operações de TI 39%
Finanças 51%
18 • capítulo 1
FAZER COMPRAS EM UM SUPERMERCADO DO “FUTURO”
Alguns supermercados estão se reformulando para permitir que você leve seus itens a um
quiosque de autoatendimento, onde você passa o código de barras de cada item em uma
leitora. Depois de ter passado todos os seus itens, o quiosque oferece instruções sobre
como pagar, seja em dinheiro, cartão de crédito ou de débito. Nesse cenário, a espera na fila
do caixa tende a ser bastante reduzida (adaptado de TURBAN, RAINER e POTTER, 2005).
Você entra on-line no site da editora ou loja que comercializa os produtos que deseja.
Através do site dessas empresas, você pode comprar os itens diretamente e pedir que
sejam enviados à sua residência. Ou então, você entra on-line em sites como o Sho-
ppingUol.com.br e solicita aos sistemas de busca do site que localizem as empresas
que vendem o produto da sua escolha. Pronto! Em alguns instantes, você recebe a
informação na tela de seu computador sobre os sites encontrados que vendem o seu
produto, bem como os valores, condições de pagamento e prazos de entrega de cada
um deles. (adaptado de TURBAN, RAINER e POTTER, 2005).
capítulo 1 • 19
Para finalizar nossa discussão sobre a empresa baseada na TI, vamos anali-
sar alguns novos modelos de negócios (métodos para realizar negócios) surgidos
e desenvolvidos graças à economia digital (TURBAN, RAINER e POTTER, 2005).
20 • capítulo 1
indivíduos e empresas de pequeno/médio porte que desejam
COMPRAS comprar o mesmo produto, agregam seus pequenos pedidos
EM GRUPO e depois negociam (ou realizam um lance) para obter o melhor
negócio.
capítulo 1 • 21
Veja na figura a seguir o que acabamos de apresentar.
Nível Gerentes
gerencial médios
Nível de Trabalhadores do
conhecimento conhecimento
e de dados
Nível Gerentes
operacional seniores
Áreas Vendas e
Funcionais Fabricação Finanças Contabilidades Recursos
marketing humanos
22 • capítulo 1
• Podemos citar como exemplos de SI para o nível operacional aqueles sis-
temas que registram o apontamento das horas trabalhadas pelos funcionários
da produção de uma fábrica.
Você deve ter percebido que, para cada nível organizacional da empresa,
existe uma categoria específica de sistema de informação, com objetivos e
questões diferentes, os quais, obviamente, se enquadram nas necessidades de
cada nível.
Se não percebeu, veja novamente a figura anterior, pois agora vamos des-
cer “um nível” em nossa análise e explorar quais são os tipos específicos de
Sistemas de Informação que atendem aos diferentes níveis organizacionais de
uma empresa.
capítulo 1 • 23
Novamente com o auxílio de Laudon e Laundon (2007), vamos analisar, se-
paradamente, cada tipo de SI:
24 • capítulo 1
ATENÇÃO
Embora vários autores argumentem que o SIG atenda apenas ao nível gerencial, é fato no
ambiente atual das empresas que vários funcionários do nível operacional também utilizam
esses sistemas, a fim de consultar informações sobre o andamento de suas áreas ou pro-
cessos de negócios.
Esse fato se deve, predominantemente, em função das habilidades multidisciplinares dos
colaboradores e da descentralização na tomada de decisões. (MIGLIOLI, 2007)
capítulo 1 • 25
• Eles são desenvolvidos com base no que há de melhor e mais avançado
em softwares gráficos, o que permite a entrega instantânea de diagramas e ou-
tras fontes diretamente nas mesas e salas de reuniões de seus diretores.
• Várias questões são resolvidas através dos SAEs, como análise de merca-
do, concorrentes, estratégias e oscilações dos negócios.
ATENÇÃO
Um SAE, hoje em dia, é praticamente sinônimo de um SAD, pois ambos têm evoluído em
suas funcionalidades, fornecendo os mesmos recursos (MIGLIOLI, 2007).
Como tanto o SAE como o SAD são normalmente utilizados por gerentes e
diretores, que geralmente têm pouco conhecimento em TI, esses sistemas são
incorporados com interfaces gráficas e amigáveis, de fácil utilização.
FUNÇÃO BÁSICA
26 • capítulo 1
FUNÇÃO BÁSICA
COMPONENTES ADICIONAIS
capítulo 1 • 27
• Permitir a comunicação e a colaboração entre pessoas, em qualquer lu-
gar, a qualquer hora - o que inclusive aumenta a eficácia e a eficiência de pes-
soas trabalhando em grupo;
• Viabilizar a comunicação rápida, precisa e pouco dispendiosa dentro e
entre as organizações;
• Dar acesso rápido e barato a grandes quantidades de informações do
mundo inteiro.
1.5.1 Contabilidade
28 • capítulo 1
contábeis precisam da Tecnologia de Informação para calcular e analisar este
investimento, prevendo receitas e determinando melhor a utilização dos recur-
sos, além de permitir a realização de auditorias para que o investimento man-
tenha-se mais seguro e os cálculos mais exatos!
1.5.2 Administração
capítulo 1 • 29
1.5.3 Turismo
30 • capítulo 1
1.5.5 Marketing
capítulo 1 • 31
as necessidades tecnológicas do negócio e traduzi-las em necessidades de equi-
pamentos, softwares e processos de trabalho apoiados pela TI;
• conhecimentos sólidos em redes de computadores, softwares, banco de
dados, sistemas integrados etc.
• caso o profissional desta área seja um desenvolver ou engenheiro de siste-
mas, precisará de habilidades como:
• capacidade de compreender problemas e traduzi-los em ferramentas de
hardware e software que automatizem a solução destes problemas;
• capacidade de desenvolver tecnologias que facilitem o cotidiano das pes-
soas, seja nas empresas, em casa, no lazer;
• capacidade de aprimorar conhecimento e tecnologias existentes usando
recursos computacionais;
• necessidade de aprendizagem de ferramentas que possibilitam odesen-
volvimento de software;
• entender profundamente sobre redes de computadores e telecomunica-
ção, bancos de dados, arquitetura de computadores e sistemas operacionais,
segurança da informação etc.
ATIVIDADES
01. Há necessidade da existência de softwares e hardwares para a existência de sistemas
de informação?
02. Faça uma dissertação sobre como os sistemas de informação, com o apoio da TI, podem
ajudar uma empresa a atingir os seus objetivos.
03. Quais tipos de sistemas de informação você conhece e como eles podem se relacionar
entre si?
REFLEXÃO
Neste capítulo estudamos sobre sistemas, sistemas de informações, sistemas de informa-
ções baseados em TI e tipos de sistemas de informações.
32 • capítulo 1
Mas depois de falarmos sobre tudo isso, você consegue entender a importância do que
acabou de estudar? Como a TI influencia sua vida, sua carreira, seu lazer, enfim, qual o rela-
cionamento entre a TI e toda a sua rede social e de convivência.
Controlar todos os processos, gerenciar e distribuir todas as informações, processar to-
dos os dados sem uma ferramenta de apoio seria um trabalho no mínimo penoso para qual-
quer pessoa, e é aí que entram os sistemas de informações baseados em TI.
LEITURA
Artigo – O papel da informação no processo de capacitação tecnológica das micro e peque-
nas empresas. Escrito por Paulo César Rezende de Carvalho Alvim. Disponível em: http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651998000100004
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. São Paulo:
Editora Saraiva. 2004.
CÔRTES, P. L. Administração de sistemas de informação. São Paulo: Saraiva. 2008.
ALBUQUERQUE, A. M. M.; ROCHA, P. (2007). Sincronismo organizacional: como alinhar a
estratégia, os processos e as pessoas, um guia prático para redesenhar a organização e seus
processos. São Paulo: Saraiva.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. (2007). Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 7. ed.
MIGLIOLI, A. M. (2006). Tomada de decisão na pequena empresa: estudo multicaso sobre a
utilização de ferramentas informatizadas de apoio à decisão. Dissertação (mestrado). Escola de
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.
MIGLIOLI, A. M. (2007). Material de aula da disciplina Tecnologias da Administração, do Prof. Me.
Afrânio Maia Miglioli. Primeiro semestre de 2007.
capítulo 1 • 33
REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. (2003). Tecnologia da informação aplicada a sistemas de
informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas
empresas. São Paulo: Atlas.
PORTER, M. E. (1985). Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio
de Janeiro: Elsevier.
TURBAN, E., RAINER, R. K.; POTTER, R. E. (2005). Administração de tecnologia da informação:
teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier.
34 • capítulo 1
2
e-Business: como
as Empresas usam
os Sistemas de
Informação
Vimos que empresas utilizam de estratégias fundamenta nos dados e nas infor-
mações que fluem para que seja desenvolvido um planejamento que a prepara-
rá para o futuro, preferencialmente de forma competitiva.
Nesta unidade, trataremos de E-Business, com sistema de informação, que
tanto recebe dados e informações do ambiente de negócios, como faz circular
internamente as informações necessárias à qualidade de funcionamento da or-
ganização. São os dados transformados em informações que vão orientar mui-
tas decisões administrativas no âmbito das empresas. Por isso, ter um sistema
de informação eficiente contribui para tornar a empresa segura, rápida e com
atitudes profissionais.
OBJETIVOS
• Conhecer sistema de modo geral, como está estruturado e como funciona um sistema
de informação.
• Saberá que um processo eficiente de informação possui vários recursos indispensáveis à
qualidade do processamento dos dados e, portanto, das informações.
• Entenderá que um sistema de informação destina-se a capturar dados e informações do
ambiente de negócios visando às suas decisõe se escolhas, e, também, de levar ao ambiente
suas decisões e caminhoses colhidos para suas ações.
• Conhecer um sistema de informação chamado ERP – Enterprise Resource Planning (Pla-
nejamento dos Recursos da Empresa), um software que gerencia o fluxo das operações
internas, gerando informações para controle e tomada de decisões em três grandes áreas da
empresa: operações, finanças e pessoas
36 • capítulo 2
2.1 Componentes de uma empresa.
Compreender o que é uma empresa, seus componentes, objetivos, processos,
funcionários, clientes, e fornecedores, é essencial para uma avaliação de suas
demandas de sistemas de informação.
Dentro de uma organização existem diferentes níveis de interesses, e es-
pecializações, e para cada área, é essencial uma análise para identificar qual o
tipo de sistemas de informação é o mais adequado.
Princípios da Administração
capítulo 2 • 37
Presidente
Nível Diretor
Institucional
Superintendente
Nível
Gerente
Intermediário
departamento
Chefe
Nível
Operacional Operações ou tarefas
Figura 2.1 – Os três níveis administrativos e a cadeia escalar de autoridade. Fonte: Chiave-
nato (2000, p. 59).
E-business e a empresa
38 • capítulo 2
compra, venda, transferência ou troca de produtos, serviços ou informação via
redes de computador, incluindo a internet. Logo podemos simplificar:
COMÉRCIO ELETRÔNICO
E-BUSINESS
Segundo Turban, Rainer e Potter (2005) o comércio eletrônico pode ser rea-
lizado de formas diferentes. Segue abaixo alguns modelos de transações de
e-commerce:
TRANSAÇÕES DESCRIÇÃO
BUSINESS-TO-BUSINESS (B2B) Vendedores e compradores são empresas.
Parceiros de negócios colaboram, ao invés de comprar e
COMÉRCIO COLABORATIVO (C-COMMERCE) vender eletronicamente. Ex.: Colaborações ao longo da
cadeia de fornecimento.
BUSINESS-TO-CONSUMER (B2C) Vendedores são empresas e compradores são indivíduos.
CONSUMER-TO-CONSUMER (C2C) Vendedores e compradores são indivíduos.
Os consumidores tornam conhecida uma necessidade
específica por um produto ou serviço e fornecedores
CONSUMER-TO-BUSINESS (C2B) competem para oferecerem produtos e serviços aos
consumidores. Ex.: Priceline.com.
Uma organização utiliza CE internamente para melhorar
COMÉRCIO INTRAORGANIZACIONAL suas operação. Ex.: negócios B2E (business-to-emplo-
yees), onde a empresa vende para seus funcionários.
Uma entidade do governo oferece serviços aos cidadãos
GOVERNMENT-TO-CITIZENS (G2C) via tecnologia de CE.
E-commerce em ambientes sem fio, como pelo uso de
COMÉRCIO MÓVEL (M-COMMERCE) telefone celular.
Tabela 2.1 – Formas de comércio eletrônico. Fonte: TURBAN; RAINER; POTTER, 2005. p.
154. Adaptado.
capítulo 2 • 39
Segue abaixo alguns modelos de negócios de comércio eletrônico:
Tabela 2.2 – Modelos de negócios. Fonte: TURBAN; RAINER; POTTER, 2005. p. 156. Adaptado.
INOVAÇÕES DESCRIÇÃO
ANÚNCIO ONLINE
INOVAÇÕES
Sites de anúncio digital facilitadores de vendas
DESCRIÇÃO
MARKETING VIRAL Técnica que induz site ou usuário a passar informação a outros sites ou usuários.
Produção em massa de bens e serviços que atendam aos anseios específi-
CUSTOMIZAÇÃO EM cos de cada cliente, produtos únicos, baixo custos e com prazo de entrega
MASSA relativamente curto.
O termo significa um “diário de rede”, sendo um site onde ocorre a atuali-
BLOG zação rápida a com acréscimos dos chamados posts ou artigos. Ambiente
com interatividade de texto, imagem e links.
40 • capítulo 2
INOVAÇÕES DESCRIÇÃO
REAL
SIMPLESYNDICATIONS Família de formatos de feed para distribuição de programas e conteúdo na web.
(RSS)
Distribuição de arquivos de áudio e vídeo, para dispositivos móveis ou
computadores pessoais. É para o público que quer ouvi-lo onde e como
PODCASTING quiser. Assinar feed de entrega de conteúdo é o que distingue o podcast
de um download.
OTIMIZAÇÃO DE
MECANISMOS DE Conjunto de métodos destinados a melhorar a classificação em mecanis-
BUSCA (SEO - SEAR- mos de busca.
CHENGENIOPTIMIZATION)
Tabela 2.3 – Inovações de e-business. Fonte: TURBAN; RAINER; POTTER, 2005. p. 159.
Adaptado.
E-commerce
capítulo 2 • 41
Os benefícios para os consumidores: A Web está disponível todo ano, 24h
por dia. Oferece mais opção, pois há muitos fornecedores. Pela possibilidade de
comparação, o CE deve oferecer produtos e serviços mais baratos. Para produtos
digitais, agiliza a entrega. Informações relevantes e detalhadas podem ser obti-
das em segundos. Permite leilões virtuais, facilitando a obtenção de melhores
preços. Permite a formação de comunidades que trocam ideias e compartilham
experiências. Facilita a competição entre empresas, resultando em descontos.
42 • capítulo 2
Aplicações B2C
Propaganda On-line
MÉTODOS DE ANÚNCIO
capítulo 2 • 43
MÉTODOS DE ANÚNCIO
Inteligência
SAE
SIG/SAD
Informação SPT
Dados Banco de dados
Fatos
44 • capítulo 2
Apoio às decisões de e-business
capítulo 2 • 45
SISTEMA DE SUPORTE DE APOIO À DECISÃO
Decisões estruturadas
Este tipo de decisão abrange problemas estruturados, que são aqueles que po-
dem ser definidos e delimitados perfeitamente, com variáveis conhecidas e
bem definidas, sendo possível mapear diretamente uma metodologia para che-
gar à decisão desses problemas.
Essas decisões são facilmente automatizadas e todos os dados relevantes
estão disponíveis, necessitando pouco julgamento ou avaliação da situação.
Geralmente são suportadas pelo SIG em apoio aos coordenadores e geren-
tes de nível operacional.
A principal característica desse tipo de decisão é a facilidade de reprodução.
Como exemplo, podemos citar a decisão de repor estoque sem que determi-
nado produto atinja o nível mínimo estabelecido de 50 unidades.
Decisões semiestruturadas
46 • capítulo 2
Geralmente são suportadas pelos SAD em apoio à gerencia média.
Têm como principal característica não poder ser completamente auto-
matizadas, mas não o suficiente para recomendação da decisão definitiva.
Geralmente são decompostas em problemas menos complexos, que separada-
mente auxiliam o processo decisório. Logo, essa decisão não pode ser mapeada
diretamente em sistemas, por não ser de reprodução direta.
Como exemplo, podemos citar a escolha da melhor aplicação financeira
para o faturamento da empresa, uma vez que depende de diversas variáveis in-
ternas e externas, por exemplo a necessidade de uso dos recursos e variações de
mercado, necessitando de análises individualizadas em cada situação.
Este tipo de decisão abrange problemas não estruturados, que são aqueles que
não podem ser claramente definidos, já que uma ou mais variáveis são desco-
nhecidas ou não se pode determinar o grau de confiabilidade. Propõe sempre
uma novidade, não apresentando problemas rotineiros e não possuindo méto-
dos ou procedimento definidos para sua resolução.
Geralmente essas decisões são suportadas pelos SIE em apoio aos executivos.
Têm como principal característica não ter todos os dados necessários dis-
poníveis e necessitar de julgamento humano (subjetividade e criatividade),
sendo de difícil e, em muito casos, impossível automação.
Como exemplo, podemos citar a decisão de abrir uma filial em uma nova
cidade. Essa decisão depende de diversas informações externas em que não
é possível se ter certeza dos retornos e desafios encontrados, dependendo da
análise subjetiva dos executivos da empresa.
capítulo 2 • 47
no ambiente virtual de abrangência não antes imaginada, podendo atingir o
mundo todo. Assim, pode-se concluir que, estrategicamente, a empresa precisa
investir nesse posicionamento para manter sua competitividade no mercado.
Neste cenário, a TI exerce papel fundamental nessa forma de negócios, per-
mitindo às organizações:
• estruturar os seus sistemas web com informações de divulgação, propa-
ganda e marketing;
• venderem seus produtos e serviços com maior abrangência, de forma se-
gura e rápida;
• relacionar-se de forma mais efetiva com clientes e fornecedores através
de serviços e integrações diretas das bases de dados das organizações.
• Como tendências dessa realidade, podemos destacar:
• a revolução do e-commerce, formato de e-business, impulsionada pelo
desenvolvimento e expansão da Internet, está ampliando o uso e as necessida-
des de apoio à decisão e à informação de todos envolvidos no processo, direta
e indiretamente;
• o avanço das tecnologias de hardware de computadores pessoais, de
pacotes de software, de infraestruturas de redes e as diversas versões de PCs
interconectados com software de apoio à decisão e Sistemas de Informações
Executivas (SIE ou SAE) tornaram o apoio à decisão acessível e disponível a to-
dos os níveis hierárquicos da empresa;
• as características de utilização dos SAD no contexto empresarial estão
mudando. O crescimento das intranets e extranets corporativas e de outras
tecnologias de rede aumentou a demanda por uma multiplicidade de técnicas
preventivas e personalizadas que operam em rede para apoiar os sistemas de
apoio à decisão.
48 • capítulo 2
Uma intranet deve ser protegida por medidas de segurança, como firewalls,
mecanismos para autenticação e controle de acesso, permitindo apenas que
usuários autorizados possam fazer uso dos recursos disponíveis.
As principais diferenças entre a Internet e a intranet são relacionadas ao
conteúdo (que é restrito na intranet e liberado na Internet).
Já a extranet pode ser considerada um ponto de conexão externo a uma in-
tranet, ou seja, um ponto onde a intranet fica passível de acesso ao público ex-
terno (como clientes, fornecedores, parceiros comerciais etc.). O acesso da ex-
tranet também deve ser controlado. Afinal, se não fosse assim e o acesso fosse
público, estaríamos falando da Internet!
As extranets fornecem recursos até parecidos com os das intranets, como
troca de informações, ensino eletrônico, transmissão de dados, comunicação
instantânea, dentre outros.
Quando uma empresa conecta sua intranet à intranet de outra empresa, po-
demos dizer que há a formação de uma extranet (claro, se a conexão for com o
fim de prover os recursos citados e, ainda, com a devida proteção – se for públi-
ca, não faz sentido chamá-la de extranet).
A figura a seguir apresenta a relação entre intranet, extranet e internet.
Internet da filial
Internet
Extranet
Internet da matriz Internet do cliente ou fornecedor
capítulo 2 • 49
2.2.1 Sistemas de informação gerencial (SIG)
SIOs
Produtos Produtos
Vendas Despesas
(custos) (modificações)
Arquivo do Sig
50 • capítulo 2
2.2.2 Processamento analítico on-line (OLAP)
capítulo 2 • 51
esta operação possui direção inversa
à anterior, desagregando os dados
para exibir o detalhamento dos itens
que foram consolidados, mostrando
os detalhes. Por exemplo, imagine que
na consolidação o gestor agregou os
DRILL-DOWN dados por região e identificou uma
região-problema que deseja analisar
com mais detalhes. Realiza, então, o dril-
l-down dessa região podendo identificar
as cidades dessa região que estão com
resultados piores para nelas atuar.
52 • capítulo 2
• A saída normalmente consiste de relatórios especiais, análises de deci-
sões e respostas para consultas.
• Os usuários consistem de gerentes e diretores.
Rotas e distâncias
Figura 2.4 – Um sistema de apoio à decisão. Fonte: Adaptada de (LAUDON e LAUDON, 2007).
capítulo 2 • 53
vários tipos de cargas, etc. Nos detalhes técnicos temos as distâncias, consumo
de combustível, etc.
Com tais informações, este sistema pode responder perguntas do tipo: “Dada
a programação de entrega de um cliente e a taxa de frete, qual navio deverá ser
destinado ao transporte e qual taxa maximizaria os lucros? Qual a melhor rota
com melhor velocidade/tempo de entrega que pode maximizar os lucros? Etc
54 • capítulo 2
SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
capítulo 2 • 55
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
56 • capítulo 2
da empresa, para a implementação de um SIG é necessário uma pessoa com
habilidade de comunicação.
O objetivo maior é deixar a empresa preparada para utilizar os recursos tec-
nológicos disponíveis de forma eficiente. Para conseguir atender as demandas
do mercado de clientes atual, as empresas estão buscando soluções para se di-
ferenciarem das outras e ganharem assim competitividade no seu tipo de ne-
gócio. Conseguir tomar decisões rapidamente e de maneira efetiva é ideal para
atingir os resultados esperados.
ATIVIDADES
01. Qual a importância de um sistema de informação para as decisões da empresa?
03. Por que é fundamental que as informações que entram nas empresas sejam submetidas
a um processo de tratamento até a saída, que é o produto da informação?
REFLEXÃO
Nesse capítulo, vimos alguns tipos de sistemas da informação que buscam auxiliar os pro-
cessos de gestão das empresas, através do auxílio na tomada de decisões mais assertivas
e precisas. O uso de sistemas de inteligência de negócios ajuda as empresas a abrirem a
perspectiva de negócios baseados em fatos que estão dentro da própria empresa, porém
estão ocultos para a gerência.
É interessante que esses tipos de sistemas sejam os mais simples possíveis de serem
usados, devendo estar ao alcance dos que tomam decisões de uma maneira rápida e intuitiva.
Assim, são repletos de gráficos e cores que sinalizam possíveis tendências nos negócios.
A Internet aumenta ainda mais as possibilidades de cruzamento de dados para a aju-
da na tomada de decisões. Existem várias formas de se fazer isso, como foi visto, usando
as técnicas de web mining. Tente pensar em uma empresa que use todos os conceitos
aprendidos. Você conseguiria dar um exemplo de uma empresa que possui todos esses
sistemas integrados?
capítulo 2 • 57
LEITURA
O link a seguir mostra um artigo que explica com um pouco mais de detalhes os sistemas
de informações para executivos.
<http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad26/Revista_26_part_1.pdf>.
O link a seguir mostra a evolução dos sistemas de informações para executivos até os
conceitos atuais de Business Intelligence. É um artigo muito interessante.
<http://www.aom.com.br/downloads/Do%20EIS%20ao%20Business%20Intelli-
gence%20%28Chu%29.pdf>.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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coin? Communications of the ACM, v.35, n.12, December, 1992 . p.29.
BRUSILOVSKY, P. Adaptative hypermedia. User modeling and user adapted interaction, v.11, 2001.
P.87-110.
DE-BRA, P. et al. Making general-purpose adaptive hypermedia work. in: webnet. 2000. p. 117-
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KOBSA, A. User modeling and user-adapted interaction. CHI’94 Tutorial Notes. 1994.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. (2007). Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 7. ed.
MURUGESAN, S. e RAMANATHAN, A. Web personalization – an overview. in: active media
technology: 6th International computer science conference. Proceedings Berlim: 2001. P. 65-76.
Disponível em: <www.springerlink.com/index/Q21JW2E815B26CNX.pdf>. Acesso em:10 abr. 2011.
REATEGUI, E. B.; CAZELLA, S. C. e OSÓRIO, F. S. Personalização de páginas web através dos
sistemas de recomendação. In: Tópico em sistemas interativos e colaborativos. São Carlos, 2006.
RESNICK, P. e VARIAN, H. R. Recommender systems. Communications of the ACM, v.40, March,
1997.p.55-58.
58 • capítulo 2
SHARDANAND, U. e MAES, P. Social information filtering: algorithms for automating “word of
mouth”. In: CHI95 – conference on human factors in computing systems. 1995. P. 210-217. Disponível
em: <http://citeseer.Ist.Psu.Edu/shardanand95social.Html>. Acesso em: 10 abr. 2011.
SAE-TANG, S. e ESICHAIKUL, V. Web personalization techniques for e-commerce. In: Active
media technology: 6th international computer science conference. Proceedings Berlim: 2001. Pág.
36-44. Disponível em: <http://www.springerlink.com/content/vfcqn5ky0p0g- me5a/>.Acesso em: 10
abr. 2011.
capítulo 2 • 59
60 • capítulo 2
3
Conquistando
Vantagem
Competitiva com os
Sistemas
de Informação
Em 1995, o ex-investidor de Wall Street, Jeff Bezos, decidiu montar um site para
vender livros diretamente ao consumidor final, aproveitando as oportunidades
que a Internet promovia. Abriu a Amazon.com e chegou a se tornar a maior va-
rejista pela Internet. A Amazon.com oferecia sinopses on-line e na época tinha
3 milhões de títulos disponíveis. Como não precisa manter estoque próprio,
podia vender mais barato que as livrarias tradicionais.
Em 1998, a Amazon.com
começou a vender CDs e vídeos, revendo sua estratégia, buscando oferecer mais
produtos e comodidades aos clientes. Depois, começou a vender brinquedos,
eletrônicos, games e até vestuários.
A grande questão era como ganhar dinhei-
ro com a Internet, fazendo vendas on-line. Ao aumentar sua linha de produtos,
a Amazon também aumentou os custos, pois precisou de depósitos maiores
e mais funcionários, mas ganhou presença na Internet. Para reorganizar seu
negócio, passaram a oferecer outros serviços, inclusive a outras empresas que
quisessem automatizar vendas, usando como base o sistema da Amazon.
Em
quase todos os setores vemos empresas que saem-se melhor que outras. Quase
sempre existem ícones que se destacam. No varejo on-line temos a Amazon,
no off-line o Wal-Mart, se pensarmos em busca e propaganda on-line, vislum-
bramos o Google e assim por diante. Quando uma empresa se sai melhor que
outra dizemos que elas possuem vantagem competitiva. Mas, por que algumas
empresas estão à frente de outras? Qual o motivo que lhes proporciona tal van-
tagem competitiva?
Nesta terceira unidade, iniciaremos o processo de como conquistar vantagem
competitiva com os sistemas de informação. No Diagnóstico Estratégico (ou
Insumos Estratégicos) estudaremos as características e o que analisar no am-
biente externo e no ambiente interno, e osinstrumentos de análise estratégica,
que são a análise SWOT, as matrizes BCG e GE.
62 • capítulo 3
OBJETIVOS
• Identificar as oportunidades e as ameaças que o ambiente externo proporciona às empresas.
• Entender a empresa por dentro, destacando suas potencialidades e suas fragilidades.
Organizacional Estratégicos
Missão organizacional
Diretriz
Visão organizacional
Valores e objetivos
Formulação de
Ações Estratégicas
estratégias
Implementação de
estratégias
Estratégicos
Resultados
Controle
estratégico
Feedback
capítulo 3 • 63
3.1 Como usar os sistemas de informação
para conquistar vantagem competitiva.
64 • capítulo 3
produzir de forma mais eficiente é a chave para
a obtenção de vantagem competitiva. A eficiência
pode se dar por expertise, excelência, treinamen-
to de pessoas ou materiais e/ou equipamentos
melhores.
Segundo (LAUDON e LAUDON, 2007),
EFICIÊNCIA DE o modelo mais usado para entender sobre vanta-
PROCESSOS gem competitiva é o modelo das cinco forças com-
petitivas de Michael Porter. Este modelo, baseia-se,
fundamentalmente, no ambiente geral de negócios
que a empresa está inserida.
Neste modelo, as
cinco forças competitivas determinam o destino da
empresa, como mostra a figura logo a seguir.
A empresa Concorrentes
Fornecedores Clientes
capítulo 3 • 65
fornecedores tiver uma empresa menos restrita ao aumento de preços ela esta-
rá e mais competitiva será.
A seguir, vamos abordar alguns aspectos que as empresas podem “atacar”,
visando a utilização destas cinco forças.
A customização tem sido cada vez mais utilizada pelas empresas para atrair a
atenção dos clientes. A Dell, por exemplo, investe no seus sistema de vendas
on-line, permitindo que o cliente configure o produto que melhor atende suas
necessidades. Além disto, através de um Call Center, oferece suporte àqueles
que não possuem conhecimentos muito técnicos.
Como exemplo, o Google sempre introduz novos serviços ao seu site de bus-
cas, como Google Maps, Google Docs, Gmail, entre outros.
Outro exemplo, A Dell vende computadores diretamente para pessoas físi-
cas ou jurídicas, na quantidade e configuração desejada, sem que isso repre-
sente queda de qualidade ou custos elevados, pois o SI consegue detectar o
comportamento dos clientes e preparar os produtos semelhantes com econo-
mia de escala se valendo do conceito de Fábrica Dentro e Fábrica (FDF) e com-
pra e logística eficiente – SCM, chamada de customização em massa.
66 • capítulo 3
Nem sempre as barreiras de entrada impedem a inserção de organizações
em mercado saturados ou dominados por organizações monopolistas.
É im-
portante o descobrimento de padrões em grandes depósitos de dados. Os SI
produzem dados que permitem técnicas de venda e de marketing alinhadas
por meio da informação, como exemplo os Sistemas de Gerenciamento de
Relacionamento com o Cliente (CRM).
capítulo 3 • 67
3.1.5 Diagnóstico estratégico
Informações
Internas
(Empresa)
Informações
Gerenciais
68 • capítulo 3
Oliveira (2011, p. 63) afirma que as projeções completam o diagnóstico. O
autor continua trazendo que ambos combinados, projeções e diagnóstico, “ob-
tém-se a projeção-base, que corresponde a uma estimativa futura decorrente da
situação atual”. Nesse raciocínio, enquanto as projeções proporcionam estima-
tivas do futuro, o planejamento estratégico age efetivamente para acompanhar
as projeções e/ou alterar os estados futuros de acordo com a realidade atual
da empresa.
As premissas do diagnóstico ou análise estratégica, segundo Oliveira (2011,
p. 64), são:
• considerar o ambiente externo e as suas variáveis ou fatores indispensá-
veis à empresa;
• o ambiente externo proporciona à empresa oportunidades que podem ser
aproveitadas, e ameaças, que devem ser evitadas;
• para agir no ambiente externo, a empresa requer conhecer-se, identifi-
cando seus pontos fortes e seus pontos fracos;
• esse processo de análise dos ambientes deve ser realista, integrado, sus-
tentado, contínuo e acumulativo.
• Entendendo mais, Oliveira (2011, p. 68) explica:
• Oportunidades são as variáveis externas e não controláveis pela empresa,
criando condições favoráveis à empresa, desde que a mesma tenha condições
e/ou interesse em aproveitá-las;
• Ameaças são as variáveis externas e não controláveis pela empresa, crian-
do condições desfavoráveis para a mesma;
• Pontos fortes são as variáveis internas e controláveis, propiciando condi-
ções favoráveis para a empresa em suas relações com seu ambiente;
• Pontos fracos são as variáveis internas e controláveis, criando condições
desfavoráveis para a empresa em suas relações com seu ambiente.
A análise dos ambientes possui três níveis:
• Externo I: Macroambiente ou Ambiente Geral e suas variáveis ou for-
ças macroambientais.
• Externo II: Ambiente Setorial ou Ambiente Competitivo e suas variáveis
ou forças setoriais.
• Interno: com seus componentes.
capítulo 3 • 69
Ilustrando os ambientes, conforme quadro
AMBIENTE EXTERNO
MACROAMBIENTE OU AMBIENTE GERAL AMBIENTE SETORIAL OU AMBIENTE COMPETITIVO
Oportunidades
Ameaças
AMBIENTE INTERNO
COMPONENTES DA ORGANIZAÇÃO
Oportunidades
Ameaças
Tabela 3.1 – Resumo dos níveis de ambientes para análise
Econômico
Ambiente setorial
ou competitivo
Demográfico Sociocultural
Entrantes
Empresa
(Ambiente interno)
Componentes:
Fornecedores • Pessoas Compradores
• Recursos
• Organizacionais
• Recursos físicos
Concorrentes
Político-legal Global
Produtos substitutos
Figura 3.3 – Níveis de ambientes e suas forças (ou variáveis) e componentes. Fonte: Elabo-
rado pelo autor. Baseado em Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 50).
70 • capítulo 3
Um dos instrumentos administrativos que auxiliam o processo de diagnós-
tico estratégico é o benchmarking.
CONEXÃO
O benchmarking é cada vez mais utilizado pelas empresas em face à crescente concorrência
e, portanto, pela busca da vantagem competitiva. Recomendamos que você leia o artigo do
link a seguir, escrito por WS, para entender mais sobre esse tema. http://www.administrado-
res.com.br/informe-se/artigos/o-que-e-benchmarking/10083/.
Conforme Oliveira (2011, p. 64), benchmarking “é um processo contínuo e interativo de
investigação e análise das estratégias de sucesso das empresas líderes ou de referência e
excelência administrativa, procurando conhecer, adaptar e aprimorar estas estratégias para a
realidade da empresa considerada”.
capítulo 3 • 71
3.1.6.1 Macroambiente ou ambiente geral
72 • capítulo 3
VARIÁVEIS ASPECTOS DE ANÁLISE
• Eventos políticos importantes
GLOBAL • Mercadis globalizados críticos
(FATOS INTERNACIONAIS) • Países recém-industrializados
• Atributos culturais e institucionais diferentes
• Inovações de produto
• Aplicações dos conhecimentos
TECNOLÓGICO • Enfoque das despesas em pesquisa e desenvolvimento do
(MELHORIAS E INOVAÇÕES) governo e da iniciativa privada
• Automação de processos
Tabela 3.2 – Variáveis do Ambiente Geral e seus aspectos de análise. Fonte: Adaptado pelo
autor. Baseado em Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 50), Barney e Hesterly (2007, p. 29-
31), Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 48-55), Certo et al (2005, p. 27).
capítulo 3 • 73
Ambiente setorial
ou competitivo
Entrantes
Empresas
Poder de Poder de
Industriais
barganha barganha
Fornecedores Compradores
Rivalidades entre as
empresas concorrentes
Concorrentes
Riscos de produtos e
serviços substitutos
Substitutos
Figura 3.4 – Principais fatores de competitividade que afetam as indústrias. Fonte: Adaptado
pelo autor. Baseado em Porter (1986, p. 23) e Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 50).
Vamos citar na tabela 3.3 alguns aspectos de análise de cada variável do am-
biente setorial:
74 • capítulo 3
VARIÁVEIS ASPECTOS DE ANÁLISE
• Número pequeno de compradores
• Os produtos vendidos são indiferenciados e padronizados
• Os produtos comprados representam altos custos para o
COMPRADORES (AMEÇA – PODER DE produto final do comprador
BARGANHA) • Os compradores podem não estar tendo lucros efetivos
com a revenda de produtos comprados
• Se além de comprar, o comprador também é concorrente
da empresa que lhe fornece
• Número reduzido de fornecedores do setor
• Fornecedores de produtos exclusivos ou mui-
to diferenciados
• Se o fornecedor não é ameaçado por produ-
FORNECEDORES (AMEAÇA – PODER DE tos substitutos
BARGANHA) • Se além de fornecer, o fornecedor também é concorrente
da empresa que lhe compra
• Se os compradores não importantes ou não estratégicos
para o fornecedor
• Empresa atraída por setor altamente lucrativo aumenta a
rivalidade do setor já estabelecido
• Se os custos de entrada forem menores que os inves-
timentos de entrada, então há ameaça de entrada, caso
contrário, não há entrante.
• Barreiras de entrada:
ENTRANTES* (AMEAÇA – RISCOS DE – Economias de Escala – o entrante não consegue volume
NOVOS CONCORRENTES) de produção (e vendas) para pagar os custos da empresa
– Diferenciação de produtos – o entrante não é conhecido
no setor que pretende entrar
– Vantagens de custos independentes da escala – as
empresas já estabelecidas dominam seus custos
• Regulamentações governamentais para entrada – o
governo controla determinado setor e impede entrantes
• São produtos ou serviços que têm a mesma função dos
produtos existentes no mercado, porém, com vantagem
competitiva de preço, qualidade, precisão, peso etc.
• Os substitutos podem ser levados a um setor por entran-
SUBSTITUTOS** (AMEAÇAS – RISCOS DE tes ou pelas próprias ja estabelecidas no setor
PRODUTO E SERVIÇOS SUBSTITUTOS) • Exemplos: textos digitalizados substituindo livros
impressos, jornais, noticiários de televisão (Globo News,
CNN) substituindo revistas semanais, TV a cabo tende a
substituir a TV aberta.
* Entrantes são empresas que pretendem entrar num setor já estabelecido ou são novas no setor.
** Substitutos são produtos que substituem os produtos já existentes ou tendem a ocupar o seu lugar definitivamente
no setor.
Tabela 3.3 – Variáveis do Ambiente Setorial e seus aspectos de análise. Fonte: Adaptado
pelo autor. Baseado em Barney e Hesterly (2007, p. 34-43).
capítulo 3 • 75
3.1.7 Ambiente interno
As empresas possuem recursos, isto é, tudo aquilo de que ela necessita a fim
de operacionalizar a sua organização.
Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 87) relacionam os pontos fortes e fracos da
empresa à constituição de seus recursos. Isso quer dizer que tudo que a empre-
sa possui em termos de pontos fortes, os recursos correspondentes estão forta-
lecidos, por outro lado, seus pontos fracos indicam recursos fragilizados. Eles
continuam o raciocínio de que todos os recursos da empresa agrupados podem
levar a empresa à vantagem competitiva sustentada, ilustrada na figura 3.5:
76 • capítulo 3
Recursos
humanos
(Pessoas)
Vantagem
Recursos
competitiva
organizacionais
sustentada
Recursos
fisicos
Figura 3.5 – Caminho para a vantagem competitiva sustentada. Fonte: Wright, Kroll e Par-
nell (2000, p. 87).
capítulo 3 • 77
Para entender mais, vamos detalhar os aspectos de cada grupo de recurso
na tabela 3.4 com perguntas-chaves:
Tabela 3.4 – Recursos do Ambiente Interno e seus aspectos de análise. Fonte: Elaborado
pelo autor. Baseado em Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 87-92), Certo et al (2005, p. 31),
Oliveira (2011, p. 91-92).
Análise S.W.O.T.
78 • capítulo 3
Chamamos esta análise ambiental conjunta de S.W.O.T., sigla com as ini-
ciais em inglês que significam:
S → Strenghts ou Forças ou Pontos Fortes
W → Weaknesses ou Fraquezas ou Pontos Fracos
O → Opportunities ou Oportunidades
T → Threats ou Ameaças
capítulo 3 • 79
Decisões que orientam as estratégias a partir da matriz SWOT:
80 • capítulo 3
Matriz BCG
?
Crescimento do mercado
Alto
Estrela Em questionamento
10%
Baixo
capítulo 3 • 81
Onde, segundo Certo et al (2005, p. 77), cada quadrante possui as seguin-
tes características:
a) Em questionamento ou incógnita ou ponto de interrogação
• alto crescimento do mercado e baixa participação relativa
de mercado;
• necessita de investimentos para aumentar a sua participação
de mercado;
• tem fluxo de caixa negativo;
• há grande chance de migrar para estrela, pois o mercado é crescente.
b) Estrela
• alto crescimento do mercado e alta participação relativa de mercado;
• necessita de altos investimentos de marketing para se manter nessa
posição, pois pode ser líder no segmento;
• de uma forma geral tem fluxo de caixa neutro;
• por ser um mercado crescente, a empresa faz muitos investimentos
para acompanhar.
c) Vaca leiteira
• baixo crescimento do mercado e alta participação relativa
de mercado;
• não necessita de grandes investimentos para se manter, pois pode
ser líder no segmento;
• com fluxo de caixa positivo, seus lucros podem ser utilizados por ou-
tras unidades
d) Abacaxi ou vira-lata
• baixo crescimento de mercado e baixa participação relativa
de mercado;
• tem fluxo de caixa neutro ou prejuízo;
• requer decisão gerencial para manter a unidade ou encerrá-la.
Matriz GE
82 • capítulo 3
Foi desenvolvida pela General Electric com auxílio de uma empresa de con-
sultoria, a McKinseyandCompany.
A matriz GE classifica as unidades de negócio de acordo com o poder de
atratividade de seu setor (baixa, média ou alta) e com a força da unidade de ne-
gócio (fraca ou baixa, média ou forte ou alta), conforme Wright, Kroll e Parnell
(2000). O ideal é que a unidade seja forte em relação aos seus concorrentes,
atuando num setor altamente atrativo.
A figura 3.8 nos traz a estrutura da matriz GE.
Força competitiva
Alta Média Baixa
Atividade do mercado
Alta
Média
Baixa
Cadeia de Valor
capítulo 3 • 83
Ao receber o produto ou o serviço o cliente gera um fluxo de informações,
que agregam valor aos processos da empresa. Informações que indicam nível
de satisfação, recebimento do produto, reposição de estoque, pertencem a um
novo conceito, ainda pouco utilizado pelas empresas, a chamada cadeia de va-
lor virtual.
Limites da Empresa
Consumi- Cadeia
Fornece- Distribui-
Fontes Empresa Varejista dores Produtiva
dores dores
finais Completa
Atividades internas
Logística Serviços
Logística Vendas/ Cadeia de
PeD Compras Interna Produção pós-
Externa marketing Valor
venda
84 • capítulo 3
3.3 Competindo em qualidade e design.
Conceitualmente, qualidade pode ser definida pela perspectiva do produtor e
pela perspectiva do cliente.
Pela perspectiva do produtor, qualidade significa conformidade com as
especificações.
Na visão dos clientes, qualidade é durabilidade, segurança, facilidade de
uso, instalação, precisão e veracidade de propaganda, garantias, suporte con-
tínuo do produto, conhecimento pela empresas de seus produtos, cortesia e
sensibilidade do pessoal de vendas e de suporte e reputação do produto.
Em relação a simplificação do produto ou do processo de produção ocorre
quanto menos etapas num processo, menos tempo e menos erros ocorrerão.
Empresas executam mapeamentos, modelagem e diagnósticos dos seus pro-
cessos de negócios para elaborar a cadeia de valor e obter melhoria da qualida-
de e maior satisfação dos clientes.
capítulo 3 • 85
PLANEJAR (TOPLAN) Planejar a mudança.
REALIZAR (TO DO) Executar o plano.
CONTROLAR (TOCHECK) Verificar os resultados.
Se gerou resultado desejado repita, caso contrá-
AGIR (TOACT) rio tente melhorar.
Plan Do
Check
Act
ATIVIDADES
01. Tente modelar um sistema de vendas pela internet. Desenhe as telas de cadastro con-
tendo as informações que você gostaria de obter do usuário para poder conhecer um pouco
melhor qual o perfil de usuários do seu site. Como você faria para melhorar o relacionamento
com ele e oferecer novas oportunidades de negócio?
04. Descreva de várias maneiras pelas quais os sistemas de informação podem aumentar
a qualidade.
05. Mencione alguns dos aspectos que devemos considerar se quisermos determinar se a
internet trará à nossa empresa uma vantagem competitiva.
86 • capítulo 3
REFLEXÃO
Integrar sistemas não é uma tarefa fácil como parece. Tente imaginar a quantidade de infor-
mações que devem estar corretas e as formas de fazer com que fiquem corretas no dia a dia
de uma empresa.
O trabalho da equipe de informática não é apenas técnico, principalmente do gestor de
informática. Ele deve saber qual a necessidade de cada setor para poder promover a integra-
ção entre os departamentos e estabelecer um bom fluxo de informações para que a empresa
tenha um melhor desempenho. Porém, é um trabalho árduo e meticuloso.
LEITURA
Como utilizamos como exemplo o site do Submarino para mostrar alguns tópicos, sugiro dois
links que também tratam do site de outras formas. Dê uma olhada e boa leitura!
• http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_097_Enanpad.pdf
• http://www.fam2010.com.br/site/revista/pdf/ed3/art2.pdf
Nestas leituras você verá um pouco mais sobre vantagem competitiva. Para isto acesse o
site a seguir e veja um artigo que trata do uso de sistemas de informação de marketing como
ferramenta na obtenção de vantagem competitiva:
• http://www.consultoriacorporativa.com.br/academico/zaidan/Artigo%205%20Contec-
si%20-%20%20Zaidan.pdf e http://www.rae.com.br/ artigos/1059.pdf, este artigo trata da
TI como apoio na obtenção de vantagem competitiva.
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Pearson Prentice Hall, 2007.
CERTO, S. C. et al. Administração Estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2ª ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.
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HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração estratégica. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
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LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2007.
MARAKAS, G. M.; O’BRIEN, J. A. Administração de Sistemas de Informação. McGraw Hill –
Artmed, 2007.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 29ª ed. São Paulo:
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PORTER, M. R. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 17ª ed.
Rio de Janeiro: Campus, 1986.
WRIGHT, P., KROLL, M. J., PARNELL, J. Administração Estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas,
2000.
88 • capítulo 3
4
Conquistando
Excelência
Operacional e
Intimidade com o
Cliente: Aplicativos
Integrados
Uma empresa pode ser definida pelo conjunto de pessoas e recursos que bus-
cam a geração de receitas através da venda de seus produtos e serviços. Obvia-
mente, para que esta empresa se mantenha, a soma das receitas deve ser maior
que as despesas para produção e gerenciamento das atividades da empresa. A
diferença entre todas as receitas e os pagamentos de todos os custos envolvidos
resulta no tão esperado lucro!
Podemos coordenar todas as atividades da empresa manualmente, como
muitas empresas fazem, mas nos dias atuais, o que resulta em diferencial es-
tratégico e aumento de competitividade são os sistemas de gestão. Feitos para
controlar tais atividades e apoiar as tarefas envolvidas, tais sistemas podem
abranger as diversas áreas da empresa, facilitando e muito a vida das pessoas
envolvidas nos “processos de negócio”. (HABERKORN, 1999)
Entretanto, não basta apenas gerir as informações e integrá-las. É preciso ge-
renciar o processo do início do pedido até sua entrega em tempo real. E aqui
trataremos das diferenças entre este processo, o ERP e sua integração.
OBJETIVOS
• Neste capítulo procuramos diferenciar os conceitos de SCM (Supply Chain Management)
e ERP, bem como compreender a importância em conhecê-los e estudá-los, envolvendo os
principais assuntos do tema e verificar com um caso prático a aplicabilidade do nosso estudo
90 • capítulo 4
4.1 Sistemas integrados.
Os sistemas empresariais integrados (SIGEs – Sistemas Integrados de Gestão
Empresarial, como já vimos) envolvem sistemas ou processos da empresa toda
ou suas principais partes. São diferentes de sistemas funcionais restritos a de-
partamentos ou áreas.
Na prática, os SIGEs são conhecidos como ERPs (Enterprise Resource
Planning) que tratam da cadeia de fornecimento interna e externa (parceiros
comerciais). Os sistemas de CRM (Customer Relationship Management) geren-
ciam o atendimento ao cliente e pode ser integrado ao ERP ou mesmo como
um sub-sistema. Existem também os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) e os
para gerenciamento do conhecimento (KM – Knowledge Management), todos,
como o CRM, podem (e devem) integrar-se ao ERP da empresa.
capítulo 4 • 91
4.2 Sistemas de gerenciamento da cadeia de
suprimentos.
Os pagamentos, transferências de
dinheiro, autorizações de pagamento
FLUXOS FINANCEIROS com cartão de crédito, transferências
eletrônicas (TED), etc.
Cabe ressaltar que no setor de serviços, por exemplo, pode não haver os flu-
xos de materiais, mas há fluxos de documentos (físicos ou virtuais). De fato,
todo conteúdo digital como músicas e softwares pode não representar fluxos
físicos, pois não é necessário a impressão num cd por exemplo.
A figura 4.1 mostra um exemplo de uma cadeia de suprimentos que liga a
empresa aos seus fornecedores e clientes.
92 • capítulo 4
Segmento de saída
Consumidores
Laticínios embalados
Distribuidores externos
Mercadorias de varejo
de laticínios
Em e pl
pe ns
ba ásti
d
pa ge
lão
to
lag co
de bala
Rótulos
bru
en
Em
te
s
Lei
Madeira Matéria-prima
Fornecedores
externos Madeireira Indústria de
Camada 3
extração
química
Fluxo de material
Fluxo de informações
Figura 4.1 – Exemplo de uma cadeia de fornecimento. Fonte: D. Reid e N. R. Sanders, Ope-
rations Management. New York; Wiley, 2002, p. 80. apud (TURBAN, R. KELLY RAINER e
POTTER, 2005) página 292 (Reproduzido).
Eu sei o que você pensou: “Lembro deste formato de algum lugar!”. É a mes-
ma divisão de um sistema de informação, como já definimos! A cadeia de for-
necimento representa um fluxo, um processo, e tem tudo a ver com a definição
de um sistema.
capítulo 4 • 93
Uma cadeia de fornecimento possui os fluxos que já mencionamos ante-
riormente, pois é mais que um simples movimento de entradas (inclui movi-
mento de capital e os procedimentos de auxílio na avaliação do fluxo).
Estas cadeias podem ser simples ou complexas como mostra a figura 4.2,
uma cadeia de fornecimento automobilística bem complexa.
Na figura 4.2 a cadeia não é estritamente linear, pois há repetições
no processo.
Atacadistas
Concessionárias
organizacionais
Carros Carros
Distribuidoras
Peças Peças
Fabricação Liberação de
(57 fábricas) cargas e mudanças
Estamparia
de engenharia
Motores Transmissão Fundições Requisição
de compra
Dispositivos de Grupo de Componentes
tratamento elétrico componentes eletrônicos Compra
e de combustível Requisição
de compra
Produtos Controles
Vidros
plásticos/forrações climáticos
Materiais Fornecedores
(centenas)
94 • capítulo 4
O princípio básico de funcionamento do SCM é medir o desempenho em toda a
cadeia para avaliar o sucesso coletivo no que tange ao atendimento eficaz ao usuário
final. Ou seja, um software que esteja aplicado ao SCM de uma empresa deve ser
capaz de apresentar para os usuários estes relatórios de monitoramento e acompa-
nhamento com frequência e eficiência. Deste modo será possível entender o que está
acontecendo em cada etapa do processo produtivo e tomar as decisões no momento
necessário. O pleno uso do software traz várias vantagens para a empresa, entre elas:
melhoria na eficiência de vendas, retenção de clientes, administração de estoque,
sincronização na produção e reorganização de armazéns.
capítulo 4 • 95
Alguns problemas sérios nas cadeias de fornecimento podem provocar a fa-
lência de uma empresa.
Existe um caso militar interessante relacionado ao problema na cadeia de
fornecimento do exército alemão que estava em território russo durante a se-
gunda guerra mundial. Tais dificuldades culminaram em deficiências que aju-
daram na reviravolta russa e na derrota dos alemães. Nas guerras mais recentes
são usados complexos sistemas de gerenciamento da cadeia de fornecimento
apoiados por SADs.
Os problemas na cadeia de suprimentos, basicamente, podem ocorrer devi-
do a duas situações: inconstâncias e necessidade de coordenar diversas tarefas
internas ou parceiros comerciais.
Diversos fatores podem causar a inconstância da cadeia de fornecimento
como preços, concorrências, fatores meteorológicos. O tempo de entrega pode
ser influenciado pelo trânsito nas rodovias que, por sua vez, foi alterado pelas
condições de tempo.
O chamado efeito chicote é um dos maiores problemas para ajuste correto
dos níveis de estoque de uma empresa. Este efeito ocorre quando mudanças
bruscas (para cima ou para baixo) acontecem nos pedidos, sem que tenha ocor-
rido uma previsão disto. Por exemplo, uma empresa pode parecer ter um nível
estável de vendas de seus produtos nas suas lojas e, devido a uma má previsão
de demanda, as vendas poderiam cair de uma hora para outra, gerando um es-
toque desnecessário e até prejuízo.
Problemas na cadeia de fornecimento custam muito caro para as empresas.
Uma solução por vezes adotada pelas empresas é a integração vertical. Nesta in-
tegração a empresa geralmente compra fornecedores de entrada para garantir
disponibilidade imediata de suprimentos.
Outra solução é a utilização de estoques. Obviamente é a mais comum ado-
tada pelas empresas. O problema é gerenciar o estoque, determinando os seus
níveis corretos. Estoques muito grandes demandam alto custo de manutenção
e possíveis perdas (se os produtos forem perecíveis, se o mercado financeiro
mudar, etc.).
Estoques muito pequenos podem gerar falta de produção e não atendimen-
to da demanda, além de má reputação por isto. (TURBAN, R. KELLY RAINER e
POTTER, 2005)
96 • capítulo 4
Através do compartilhamento de informações ao longo da cadeia de supri-
mentos é possível ajudar na resolução dos problemas apresentados.
É uma das estratégias que o Wal-Mart adotou para reduzir e controlar seus
estoques. A cada venda efetuada registrada, a informação flui para fornecedo-
res que podem fazer a reposição imediata ou planejada. Isto é chamado de VMI
(Vendor-ManagedInventory – Estoque controlado pelo fornecedor).
A tabela a seguir apresenta algumas soluções de TI para problemas na ca-
deia de fornecimento. (Fonte: Adaptado de (TURBAN, R. KELLY RAINER e
POTTER, 2005)
PROBLEMA SOLUÇÃO
usar dispositivo para monitorar veículos. Dispositi-
Comunicação lenta
vos sem fio para comunicação interna.
Difícil configuração de produto Usar SADs e sistemas inteligentes para análises.
Seleção e coordenação de fornecedores Usar SADs e sistemas inteligentes para análises.
Usar Just-in-time e colaboração com
Chegada de suprimento quando necessário
fornecedores.
Adquirir terceiros. Realizar análises com SAD
Demandas de pico
para determinar quem comprar.
Redução de tempo de espera para comprar e
Ferramenas de e-commerce e BI
vender
Fabricar após receber o pedido. Usar VMI e Servi-
Controle dos níveis de estoque ços Web (usando em transações B2B – Business
to Business)
capítulo 4 • 97
Podemos citar alguns benefícios da aplicação de sistemas de informação na
cadeia de suprimentos.
• Racionalização dos processos internos e externos da empresa.
• Oferece à administração informações mais precisas sobre o que produzir,
estocar e transportar.
• Sintonização de oferta e demanda, redução dos níveis de estoque, melho-
ra do serviço de entrega, menor tempo até o produto chegar ao mercado.
• Uso mais eficiente de ativos.
• Redução de custos da cadeia de suprimentos leva a aumento
da lucratividade.
• Aumento das vendas.
98 • capítulo 4
A área funcional da empresa que tem a responsabilidade de criar os canais
de interação com o mercado é a de marketing.
Vamos lembrar dois conceitos fundamentais para nossos estudos: marke-
ting e Administração de marketing.
Conforme a American Marketing Association – AMA (2004) in Kotler e
Keller (2006, p. 4), “marketing é o processo de planejar e executar a concepção
[de produtos], a determinação de preço (pricing), a promoção e a distribuição
de ideias, bens e serviços [produtos] para criar trocas que satisfaçam metas
individuais e organizacionais”. E, para Kotler e Keller, “marketing é um pro-
cesso social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam
por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor
com outros”. Administração de marketing “é a arte e ciência da escolha de
mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio
da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior ao cliente”.
Então, temos que administração de marketing é ‘ciência’ porque pes-
quisa, modifica, melhora, investiga, evolui nas relações com o mercado, e
é ‘arte’ porque transforma as pesquisas em ação, resultado, ganhos para
a organização.
Assim, pode-se concluir que administrar marketing é manter e atrair
clientes por meio das ferramentas de marketing, as quais são baseadas no de-
senvolvimento de produtos, com preços alinhados à qualidade dos produtos,
que são disponibilizados e entregues aos clientes, os quais tomam ciência da
sua existência por meio de um processo de comunicação.
Com as frequentes mudanças sociais, o marketing tem sido exigido em
novas práticas para atuar em seus negócios e no relacionamento com os par-
ceiros e clientes. Kotler e Keller (2006) nos apresentam o marketing holístico
, que é “o desenvolvimento, o projeto e a implementação de programas, pro-
cessos e atividades de marketing, com o relacionamento da amplitude e das
interdependências de seus efeitos”. A abordagem do marketing holístico1 é
reconhecer que ‘tudo é importante’: o consumidor, os funcionários, outras
empresas, a concorrência e a sociedade como um todo. O marketing holístico
possui quatro temas que caracteriza a abrangência das atividades e a comple-
xidade do marketing (figura 4.3):
1 Holístico (holismo), segundo o dicionário online Priberam, é a “concepção, nas ciências humanas e sociais,
que defende a importância da compreensão integral dos fenômenos e não a análise isolada dos seus constituintes.
capítulo 4 • 99
Quatro Ps
Áreas funcionais • Bens e serviços
• Departamento de marketing • Canais
• Ouros departamentos • Comunicações
Marketing Marketing
Interno Integrado
Marketing de
Holístico
Marketing
Marketing de
Socialmente
Relacionamento
Responsável
100 • capítulo 4
relacionamento, criando uma rede de marketing (marketing network). Rede de
marketing “consiste na empresa e naqueles que a apoiam (clientes, funcioná-
rios, fornecedores, distribuidores, revendedores, agências de propaganda, aca-
dêmicos, entre outros), com quem ela construiu relacionamentos profissionais
mutuamente compensadores” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 16).
capítulo 4 • 101
do cliente e, ao mesmo tempo, edificar fidelidade no relacionamento. O trata-
mento individualizado ao cliente ou marketing one-to-one é fundamentado na
customização em massa, isto é, através de softwares gerenciam os clientes nas
mais variadas caracterizações a partir de seu database marketing.
O marketing de relacionamento, como vimos, é uma orientação de postura
de marketing, quer dizer, é utilizada com fins específicos de aproximação com
os clientes. No entanto, fazemos um comentário. Marketing de relacionamento
não pode ser confundido com programas de relacionamento (ou programa de
fidelização). De acordo com Madruga (2004, p. 22), “a diferença é simples: o
programa de relacionamento é um esforço específico e concentrado, geralmen-
te com um objetivo definido [...]; já as funções do marketing de relacionamento
são muito mais numerosas [...]”. O programa de relacionamento (ou fideliza-
ção) pode ser uma das estratégias do marketing de relacionamento da empresa.
Mencionamos antes as ‘funções’ do marketing de relacionamento, então,
vamos parafrasear o que Madruga (2004) nos traz a fim de que as mesmas de-
vam ser desenvolvidas pela empresa para explorar plenamente o que essa ativi-
dade de marketing oferece:
a) Elaboração conjunta de uma nova visão e cultura empresarial voltada
para os clientes e parceiros. A empresa deseja e age de forma integrada na bus-
ca do melhor do relacionamento interno e externo.
b) Construção de objetivos de marketing de relacionamento conectados
à visão e claros. Os objetivos são entendidos, negociados e acompanhados por
toda a organização.
c) Estabelecimento das estratégias de marketing de relacionamento vol-
tadas para a criação de valores em conjunto com os clientes. As trocas relacio-
nais de sucesso e as estratégias são inúmeras, claras e focadas.
d) Implementação de ações táticas com foco no relacionamento colabora-
tivo com clientes. Elas são apoiadas por uma infraestrutura que traz segurança
e precisão para os funcionários que têm contato direto com o cliente.
e) Obtenção de benefícios mútuos, onde empresas e clientes tiram provei-
to da cooperação ocorrida em vários momentos de contato. A empresa entende
melhor as necessidades do cliente, que fornece informações valiosas a seu res-
peito, produtos e serviços.
f) Direção da ação, capacitação e envolvimento dos funcionários da
empresa para relacionamentos superiores. A maior contribuição para gerar
102 • capítulo 4
diferenciais competitivos no contato com o cliente sempre é dada pelos funcio-
nários, desde capacitados, encorajados e motivados.
capítulo 4 • 103
Segundo Kotler e Armstrong (2003), “os principais avanços no marketing
de hoje podem ser resumidos em um único termo: conectividade”. As pessoas
estão conectadas entre si e a coisas, independente da distância que as separa.
Fatos, eventos, pesquisas, julgamento de réus, reunião empresarial são exem-
plos de conexões que inserem as pessoas nos mais variados contextos quase
de forma instantânea. Telefone, vídeo conferência, comunicadores instantâ-
neos de imagem e voz e satélites são alguns dos instrumentos que facilitam
as conexões.
As mudanças intensas nas tecnologias de conexão estão conduzindo “os
profissionais de marketing a redefinir a maneira como se conectam com o
mercado, ou seja, com seus consumidores, com os parceiros de marketing
internos e externos da empresa e com o próprio mundo ao redor” (KOTLER;
ARMSTRONG, 2003, p. 16).
Ilustrando o posicionamento de Kotler e Armstrong (figura 4.5):
Conexões globais
Conectando-se com valores e
responsabilidades
Conexões ampliadas
104 • capítulo 4
Onde,
Tecnologias de conexão
• É a grande força da conectividade.
• Avanços na área computacional, telecomunicações, informação, trans-
porte, redes sociais e outras tecnologias de conexão impactaram na forma
como as empresas entregam valor aos seus clientes.
• Cria facilidade para conhecer os clientes, rastreá-los, desenvolver produ-
tos equilibrados às exigências do cliente, disponibilizá-los para compra e co-
municação mais efetiva e focada.
• Banco de dados inteligentes que facilitam o gerenciamento de cada clien-
te conforme suas características e expectativa de consumo.
• Infraestrutura de conexões com os clientes: internet, telefonia celular, TV
interativa, comércio eletrônico (e-commerce), videoconferências, encomen-
das expressas.
capítulo 4 • 105
c) Conexões com o entorno
• Ampliar a conexão para o entorno da empresa diz respeito à crescente glo-
balização, as preocupações com as responsabilidades ambiental e social e à uti-
lização do marketing pelas organizações sem fins lucrativos e do setor público.
• A conexão com o mercado global está encurtando as distâncias
do relacionamento.
• É cada vez maior a busca por relacionamentos comerciais com outros paí-
ses, tanto para comprar insumos e componentes como para vender produtos.
• A conexão global fortalece as bases concorrenciais e cria novas oportuni-
dades para as empresas locais.
• Aumenta a pressão sobre as empresas em relação às questões do meio
ambiente e da sociedade como um todo.
• As conexões com todos os públicos têm se pautado pela ética corporativa
e responsabilidade social.
• Organizações sem fins lucrativos, como hospitais, faculdades, museus,
orquestras sinfônicas, igrejas e órgãos públicos também buscam diferentes
formas de conexões com seus consumidores ou usuários; por exemplo, facul-
dades têm buscado alternativas para atrair estudantes, organizações artísti-
cas têm buscado patrocínios para suas apresentações, prefeituras promovem
hábitos saudáveis de vida, uso racional da água e da energia, preservação do
meio ambiente.
106 • capítulo 4
a falta de relacionamento entre as informações de diferentes sistemas dentro
da mesma empresa.
Por exemplo, enquanto um sistema controlava os materiais gastos na pro-
dução de um determinado produto a informação que o material foi usado e
precisa ser “baixado” do estoque deveria ser incluída manualmente num ou-
tro sistema que controlava estoque e não produção. Daí surgiu a necessidade
de adaptação.
A integração gera dois tipos de benefícios: tangíveis e intangíveis.
capítulo 4 • 107
Existem diversas soluções de ERP no mercado. Um exemplo muito fa-
moso é a empresa SAP, que vem desenvolvendo softwares para gestão de ne-
gócios desde a década de 1970. O nome SAP é uma abreviação de Systeme,
Anwendungenund Produkte in der Datenverarbeitung (em alemão Sistemas,
Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados). O AG é a abreviação de
Aktiengesellschaft (sociedade anônima em alemão).
Os sistemas ERP, após devidamente implantados e maduros dentro de uma
empresa possuem vantagens. Entre elas podemos citar algumas:
• Integração de dados: introdução/alteração de dados em um módulo (fun-
ção) é automaticamente refletida nos outros módulos.
• Redução de dados redundantes, evita a reintrodução de dados
• Melhora a comunicação entre funções pela automação da transferência
de dados.
• Acesso em tempo real à dados operacionais.
• Reforça um funcionamento fluído dos processos de negócio.
• Os sistemas integrados dão valor a eficiência operacional e fornece infor-
mações sobre a empresa como um todo, as quais ajudam os gestores a tomar
melhores decisões.
• Grandes empresas são as mais agraciadas com os benefícios dos siste-
mas integrados.
• Resposta rápida a pedidos de clientes por informações e produtos.
• Análise dos dados para avaliar o desempenho organizacional geral.
• Incluem ferramentas analíticas para avaliar o desempenho geral.
108 • capítulo 4
Como já foi visto, muitas vezes o controle de uma grande empresa com mui-
tos bancos de dados em diferentes setores, e estes situados distantes geogra-
ficamente dificulta a gestão e tomada de decisão pois o sistema da empresa é
dividido em vários sistemas incompatíveis entre si.
Os sistemas integrados baseiam-se em módulos de software integrados e
em um banco de dados central comum. Cada setor da empresa terá um com-
ponente de software específico para si, ou um componente modificável. Desta
forma, o sistema acessará um banco de dados central, assim podendo trazer
informações da empresa como um todo em tempo real, ou quase.
A primeira geração dos sistemas ERP era mais focada às atividades internas da
empresa, repetitivas e rotineiras. Visava controlar as atividades transacionais
de empresa e registrar os fluxos de informação, diferente dos sistemas SCM
que respondem em tempo real às mudanças de fornecimento, demanda, capa-
cidade, etc.
CONEXÃO
O processo de implantação de sistemas de informação talvez seja encarado por várias em-
presas como muito dispendioso e caro. Existem algumas alternativas de softwares de código
aberto disponíveis na internet. Um deles é o Adempiere, um software que reúne os conceitos
de ERP, CRM e SCM. Vale a pena dar uma olhada: http:// adempiere.org/home/.
Outro software que segue a mesma linha é o Open Bravo (http://www.openbravo.com/).
Iremos estudar este software com mais detalhes na última Unidade.
Sistemas com código aberto (ou open source) são sistemas que são distribuídos com a
possibilidade de mudar o seu código fonte, fazendo as modificações que o desenvol-
vedor achar necessário para que o sistema se adapte às suas necessidades. Existem
outras definições de código aberto entre elas, a livre distribuição do produto sem a
necessidade de comprar a licença do seu uso.
capítulo 4 • 109
Na segunda geração do ERP incorporaram softwares para auxiliar no pro-
cesso de tomada de decisão. Os relatórios dos ERPs de primeira geração ofe-
reciam estatísticas sobre as transações empresariais, custos e desempenho fi-
nanceiro. Mas, estas informações eram “estáticas”, não acompanhavam o fluxo
dos processos, não eram dinâmicas.
O software de SCM é projetado para melhoria na tomada de decisão em seg-
mentos da cadeia de fornecimento, diferente do ERP que visa melhoria no fluxo
de informações.
O uso de ERP e SCM não é uma decisão mutuamente exclusiva. Os dois po-
dem ser combinados e usados em conjunto. Por exemplo, no processamento
de pedidos o ERP tenta melhorar o recebimento ou atendimento do pedido en-
quanto controla as funções envolvidas. No SCM, a questão é se o pedido será ou
não atendido, pois pode influenciar na produção, por exemplo. Como você vê,
o SCM cuida de tomadas de decisões na cadeia de suprimentos, enquanto faz o
planejamento e otimização da mesma.
Os sistemas SCM mais modernos, chamados analíticos, surgiram como
complemento ao ERP, visando tomadas de decisão nas cadeias de fornecimen-
to e melhorias destes processos.
ESTUDO DE CASO
Como o software de gerenciamento da cadeia de fornecimento de
400 milhões da Nike falhou.
Extraído do livro (TURBAN, JR. e POTTER, 2005).
Em algumas lojas, os fãs do tênis de corrida Air Terra Humara2 da Nike tiraram a sorte gran-
de. Vendido normalmente por mais de US$100, eles escavam sendo vendidos por menos de
US$50 no outono de 2001. O preço baixo era o resultado do colapso na cadeia de forneci-
mento da Nike, que foi atribuído a um problema de software.
A aplicação de previsão de demanda da Nike deveria prever a demanda e planejar su-
primentos de matéria-prima e produtos acabados. Mas a aplicação aparentemente superes-
timou a demanda para certos tênis em alguns locais e subestimou a demanda em outros.
Como resultado, algumas matérias-primas foram compradas em excesso e os níveis de es-
toque de outros materiais foram insuficientes.
Certos modelos de tênis (como o Air Terras) foram fabricados em excesso, enquanto os
mais procurados tiveram sua produção insuficiente. Para acelerar a colocação dos últimos
110 • capítulo 4
no mercado, a Nike teve que gastar cerca de US$5 por par em custos de frete aéreo, com-
parados com o custo normal de 75 centavos pelo frete marítimo. No total, a Nike atribuiu
cerca de US$ 100 milhões em vendas perdidas no terceiro trimestre de 2001 apenas como
resultado deste problema.
A Nike havia decidido comprar o software de aplicação da i2, um grande fornecedor de
software de cadeia de suprimento. Mas a empresa insistiu em modificar o software i2 padrão
Perguntas e personalizá-lo para as suas necessidades. Especificamente, a Nike queria uma
previsão por modelo (várias centenas de modelos), por cor e por tamanho. Isso gerou uma
necessidade de realizar milhares de previsões, muito rapidamente, para responder em tempo
hábil às mutantes condições de mercado e preferências de consumidores. O que aconteceu
de errado?
Para atender à necessidade da Nike, foi necessário fazer mudanças significativas no
software padrão. A Nike queria utilizar o software rapidamente. Aparentemente, a reprogra-
mação foi feita rápido demais. O software tinha “bugs” quando foi desenvolvido – quase todo
novo software contém bugs que precisam ser corrigidos; um trabalho de teste apropriado é
fundamental e é uma tarefa demorada. A Nike e a i2 aparentemente falharam em reconhecer
o que era exeqüível.
Personalizar software padrão requer um processo sistemático, deve ser feito apenas
quando absolutamente necessário e precisa ser corretamente planejado. Nenhum desses
requisitos foi atendido. Além disso, a Nike poderia ter descoberto o problema a tempo, se
tivesse usado os procedimentos de implementação apropriados
Para evitar desastres como o da Nike, as empresas precisam entender completamente
o que elas estão procurando obter e por quê. Elas precisam usar indicadores de nível de
desempenho para medir corretamente o sistema durante os testes. Lamentavelmente, a Nike
corrigiu o problema apenas após gastar uma quantidade não revelada de tempo e de dinheiro
em 2002.
ATIVIDADES
01. O que deu errado na cadeia de suprimentos da Nike?
capítulo 4 • 111
04. Explique o papel do CRM nas empresas.
REFLEXÃO
Mais uma vez vimos que a integração entre os sistemas em uma empresa é uma peça funda-
mental para o pleno funcionamento e a aquisição da vantagem competitiva. O maior desafio
como você deve ter percebido é aplicar na prática os conceitos aprendidos e estabelecer os
pontos de ligação entre os sistemas para alcançar a desejada integração.
A cadeia de suprimentos é fundamental. E a ajuda de sistemas de informação monitoran-
do e controlando os pontos da cadeia é necessária e indispensável. O pleno entendimento
de uma cadeia de suprimentos da empresa ajuda o desenvolvimento e a implantação correta
do sistema de informação.
LEITURA
Na internet, um bom texto sobre SCM e que complementa o que estudamos nesta Unidade
está localizado em http://pt.kioskea.net/contents/entreprise/scm.php3. Confira!
Um livro que pode te dar um maior aprofundamento no assunto é o do Prof Silvio R. I.
Pires, Gestão da Cadeia de Suprimentos: Estratégias, Práticas e Casos (Editora Atlas, 2004).
Artigo sobre a adoção ou não de um ERP: http://www.chaus.com. br/artigo.chaus?id=13.
Quais as dificuldades de se criar um ERP? Veja um pouco mais sobre estas questões no
artigo do link http://www.e-tinet.com/erp/porque-todifcil-criar-um-sistema-erp_9903html/.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, S. A. CRM – Customer Relationship Management: uma ferramenta estratégica para o
mundo e- business. São Paulo: Makron Books, 2001.
DICIONÁRIO online Michaelis. Conectividade. Disponível em http://michaelis.uol.com.br/moderno/
portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=conectividade. Acesso em 04.ago.2011.
DICIONÁRIO online Priberam. Holismo. Disponível em http://www.priberam.pt/dlpo/default.
aspx?pal=holismo. Acesso em 03.ago.2011.
HABERKORN, E. Teoria do ERP – Enterprise Resource Planning. São Paulo: Makron Books Ltda.
1999.
112 • capítulo 4
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
KOTLER, P.; KELLER K. L. Administração de marketing. 12ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2006.
MADRUGA, R. Guia de implementação de marketing de relacionamento e CRM. São Paulo:
Atlas, 2004.
TURBAN, E.; R. KELLY RAINER, J. e POTTER, R. E. Adminstração de Tecnologia da Informação –
Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier Ltda. 2005.
capítulo 4 • 113
114 • capítulo 4
5
Como Melhorar a
Tomada de Decisão
e a Gestão do
Conhecimento
Uma das mais importantes contribuições dos SIs (talvez a mais importante)
tem sido a melhoria na tomada de decisão nas empresas. Com o grande volume
de dados e as análises que os SIs provêm, decisões importantes são tomadas
baseando-se em intuições, principalmente nos níveis mais altos da empresa.
Nesta unidade, falaremos sobre sistemas inteligentes de apoio à decisão. En-
tão, iremos ao longo desta unidade aprender sobre o processo de tomada de
decisão nas empresas, conhecer técnicas, ferramentas e tecnologias que auxi-
liam este processo e apresentar um caso real de estudo.
OBJETIVOS
• Entender sobre a tomada de decisão;
• Analisar técnicas necessárias para auxiliar este processo;
• Avaliar os benefícios nas empresas ao usar técnicas inteligentes na tomada de decisão.
116 • capítulo 5
5.1 Tomada de decisão e sistemas de
informação.
Você já ouviu expressões como: “tal pessoa não pode viver sem tomar tal refrige-
rante no almoço”, “eu não gosto de maquiagens de tal marca” ou “aquela pes-
soa conhece cada detalhe do novo carro que acabou de ser lançado”. São frases
que expressam o envolvimento de uma pessoa com determinado produto ou
categoria de produtos e representam o valor que lhe atribui. Este valor modifi-
ca vários comportamentos da pessoa em relação à compra. Ela provavelmente
busca mais informações sobre este produto, está mais atenta à sua presença ou
aos itens relacionados a ele em seu cotidiano. Podemos dizer então que o nível
de atenção desta pessoa e a frequência com que busca informações sobre de-
terminada categoria de produtos é mais elevada, e este nível é determinado por
todos os diversos fatores de influências pessoais. Com isso, podemos começar
a entender melhor porque muitas vezes observamos em um shopping center
homens entediados sentados nos bancos dos corredores enquanto suas espo-
capítulo 5 • 117
sas ou namoradas se divertem experimentando produtos em lojas. Naquele
ambiente, existem mais produtos de interesse feminino, o que faz com que elas
aumentem a busca de informações e procurem uma variedade maior de opções
olhando tantos objetos em tantas lojas. E estes mesmos produtos são de cate-
gorias com as quais os homens têm baixo ou nenhum nível de envolvimento,
e por isso, muitas vezes, não são bons companheiros nesse tipo de programa.
O nível de envolvimento pode ser descrito como o grau de preocupação e cui-
dado que o consumidor emprega na decisão de compra (SAMARA ; MORSCH,
2005). Para a determinação de diferentes níveis de envolvimento do consumi-
dor, entre outros fatores, temos que levar em consideração principalmente a
complexidade da compra, a frequência com que se compra e a finalidade de
uso. Alguns produtos têm maior valor utilitário por serem de uso corriqueiro ou
por possuírem baixo custo; outros têm maior valor emocional por sua compra
ou uso terem um significado importante para aquela pessoa; e ainda encontra-
remos produtos de maior valor social, quando sua compra ou uso representam
um posicionamento ou projeção da imagem da pessoa em um grupo social.
As pessoas podem também se envolver de maneiras muito diferentes para um
mesmo tipo de produto, de acordo com a motivação específica que tiverem.
Neste sentido, o nível de envolvimento e a busca de informação para decisão
de compra estão direta e proporcionalmente relacionados, como descrito por
Samara (2005), com base em Semenik e Bamossy (1996). Estes autores dividi-
ram os tipos de comportamentos de compra dos consumidores a partir de uma
análise que aborda o cruzamento de seus fatores de envolvimento e busca de
informação. Lembrando sempre que, como estamos considerando as informa-
ções, motivações e experiências individuais, os tipos de compra ou produtos e,
por consequência, o tipo de comportamento de compra em que se enquadra-
rão estão altamente relacionados às características pessoais dos compradores
e podem ter diversos níveis de apresentação. Estas descrições nos permitem
entender o que acontece com muitos compradores e seus processos decisó-
rios até que o comportamento seja efetivado, porém são apenas modelos ex-
plicativos do que os compradores fazem e não de como o fazem. Você também
perceberá que podemos enquadrar a compra de um produto em mais de uma
categoria, ou pelo menos predominantemente em alguma, de acordo com a si-
tuação e o indivíduo. Conheça os seis perfis de compradores definidos a partir
de seu comportamento:
118 • capítulo 5
RACIONAL (BUSCA DE INFORMAÇÃO EXTENSA E ALTO
ENVOLVIMENTO)
Tipo de decisão que envolve produtos de preço elevado comprados em baixa frequên-
cia. Um tipo comportamento que envolve maior risco ao comprador. Exemplos: com-
pras de imóveis, investimentos financeiros, viagem de lua de mel. Podem ser também
produtos que têm alto valor simbólico para quem compra ou têm grande representati-
vidade para sua autoimagem.
Este é o tipo de decisão de compra que muitas vezes é tomada no próprio ponto de
venda. O comportamento do consumidor neste caso é relacionado às compras mais
frequentes e com baixo risco. A troca frequente de marcas é característica e motivada
pela busca de variedade muito mais do que pela insatisfação. Exemplos: combustíveis,
salgadinhos industrializados, alguns produtos de limpeza.
capítulo 5 • 119
INÉRCIA (BUSCA DE INFORMAÇÃO ESCASSA E BAIXO ENVOLVIMENTO)
Embora esse tipo de comportamento se defina pela aquisição de uma mesma marca
sempre, não é considerado um tipo de lealdade, mas uma percepção do consumidor de
que o tipo de compra não vale o investimento pessoal na busca por novas informações
ou troca da marca do produto. As consequências de uma compra insatisfatória não
representam riscos relevantes aos consumidores. Exemplos: caixas de fósforos ou is-
queiros, guardanapos, toalhas de papel ou produtos de uso habitual ou troca frequente.
120 • capítulo 5
A tabela a seguir apresenta as características que descrevem os comporta-
mentos típicos dos consumidores a partir do cruzamento das informações so-
bre o envolvimento e busca de informação, como vimos até agora.
BUSCA DE INFORMAÇÃO
Extensa Escassa Mediana
Alto Racional Lealdade Curiosidade
ENVOLVIMENTO Baixo Desinteresse Inércia Inexpressivo
A maioria das pessoas possui um aparelho celular. Basta observar nas ruas ou
nas empresas que você notará um grande número de aparelhos dos mais diver-
sos tipos. Este é um fenômeno atual e que tende a se consolidar por vários moti-
vos. A concorrência entre as diversas operadoras em atividade no Brasil permite
que, em determinadas promoções, muitos possam obter um aparelho de celu-
lar gratuitamente quando aderem aos serviços daquela empresa. Os diversos
capítulo 5 • 121
planos de pagamento com limitações de uso, as linhas com utilização pré-paga
e a enorme diversidade de modelos permite que pessoas de praticamente to-
das as camadas socioeconômicas possam usufruir de um telefone celular. Ini-
cialmente, os aparelhos se diferenciavam pelo tamanho e tipo de tecnologia
de transmissão utilizada. Depois vieram inúmeras e sucessivas inovações: os
ringtones (toques de telefone diferenciados); agendas de compromissos; telas
maiores e com resolução mais alta; o serviço de troca de mensagens SMS (abre-
viação do termo em inglês Short Messaging Service, aqui também conhecido
apenas como “mensagens de texto”); teclados de diferentes modelos para faci-
litar a digitação; câmeras digitais de alta definição; gravadores de voz; capaci-
dade de armazenamento e reprodução de músicas e vídeos; sistemas GPS (sigla
para Global Positioning System – Sistema de geo-posicionamento por satélite),
que permitem a navegação por satélite no próprio aparelho; acesso à Internet;
recepção de sinal de rádio e TV; entre tantos outros. Esta adição de recursos
sempre foi acompanhada por um processo de miniaturização dos componen-
tes, o que torna os aparelhos cada vez menores e mais finos. Além da tecnologia
interna do aparelho, o mercado apresenta outras variações, como design e cor
de modelos já lançados, novas tecnologias de transmissão de voz e dados, além
dos múltiplos recursos que a terceira geração de celulares, os famosos 3G, ofe-
rece por meio de aplicativos com os mais variados usos, como a verificação de
preços na Internet pela leitura de código de barras dos produtos, reserva de pas-
sagens aéreas on-line, criação textos e planilhas eletrônicas e monitoramento
das funções vitais do seu corpo, entre inúmeras outras.
A pergunta que muitas vezes nos fazemos é: para que tantos recursos quan-
do precisamos, na maioria das vezes, simplesmente falar com alguém? Para
esta resposta, precisamos observar duas tendências atuais: a chamada conver-
gência digital, que busca unificar diversos produtos e serviços em aparelhos
de telefonia móvel, o que aumenta a utilidade e frequência de utilização dos
equipamentos. E o fato é que estas pessoas que costumam trocar de aparelhos
celulares com maior frequência por terem o comportamento típico de compor-
tamento de consumo por curiosidade, como vimos anteriormente.
A velocidade com que são lançadas as tecnologias e os tipos de equipamen-
tos eletrônicos faz com que boa parte das pessoas encontre razões das mais
diversas, além de seu comportamento de compra típico, para que façam no-
vas aquisições praticamente todo ano, seja para terem o modelo mais recente,
como os colegas de trabalho do mesmo patamar hierárquico ou por estímulo
122 • capítulo 5
da oferta comercial de outras operadoras para que mude de prestadora de servi-
ços. Entre tantos motivos, este conjunto de fatores faz com que muitos tenham
em casa diversos aparelhos, a maioria em bom estado de funcionamento ou
praticamente novos e com tecnologias atuais, mas absolutamente inúteis, pois
simplesmente não são mais utilizados. Uma das consequências mais preocu-
pantes, pelas proporções mundiais deste fenômeno, é o acúmulo de lixo não
reciclável ou em locais sem recursos para seu processamento, o que ocorre na
maioria das vezes em relação a equipamentos eletrônicos, o que tem gerado
problemas de acúmulo de lixo altamente poluente com suas consequências
para a saúde, em países mais pobres.
capítulo 5 • 123
Monthersbaugh e Best (2007), a decisão de compra pode ser tornar muito mais
complexa. Vamos acrescentar a esta situação que acabamos de imaginar mais
algumas informações: o automóvel é antigo; um crescente sentimento de inade-
quação ou baixa autoestima do proprietário está presente; a necessidade de com-
prar gasolina mais barata por questões financeiras; evitar uma ou mais marcas
por causa de seus problemas ambientais; uma necessidade de alimentar-se, que
faz com o posto a ser escolhido também tenha uma loja de conveniência; a for-
ma de pagamento desejada, o que implica a escolha de um estabelecimento que
aceite o seu tipo de cartão de crédito e ainda; que tenha alguma promoção que
ofereça uma lavagem grátis já que o carro está sujo. A decisão se tornou um pro-
cesso muito mais com plexo e talvez até impossível de ser resolvido com a satisfa-
ção de todas as necessidades ou desejos do comprador. Na maioria destes casos,
o tipo de decisão possível satisfará apenas alguns dos itens propostos e o consu-
midor acaba escolhendo aquele posto que tenha os itens prioritários para ele.
Por exemplo, ele pode escolher um posto com preço mais alto de gasolina, mas
que oferece uma promoção de lavagem grátis e tenha uma loja de conveniência;
como também poder escolher um posto onde não fosse visto em seu carro velho
e tivesse combustível barato, apesar da empresa distribuidora de combustíveis
ser das mais poluentes, ou ainda; ele pode decidir escolher simplesmente o posto
mais próximo, se o nível do tanque de combustível for baixo demais.
Como é possível perceber, existem diferentes processos de tomada de de-
cisão por parte do consumidor, também relacionados ao nível de envolvimen-
to que ele tem com a compra. Quanto maior o nível de envolvimento, maior
a complexidade, explicam os autores (HAWKINGS, MOTHERSBAUGH et al.,
2007). Com base nestes conhecimentos, foi criada uma descrição geral dos pro-
cessos de decisão do consumidor, divididos em três tipos: tomada de decisão
nominal, limitada ou estendida. Vamos conhecê-los.
Este tipo também é muitas vezes conhecido como Compra Habitual, pois, na ver-
dade, não envolve nenhuma decisão em si. Quando o envolvimento com a com-
pra é muito baixo, típico de um comportamento de Inércia do consumidor (como
vimos anteriormente), a tomada de decisão se processa numa sequência pratica-
mente automática. O problema é reconhecido (exemplo: acabaram os guardana-
pos de papel), o comprador busca automaticamente em sua memória de longo pra-
zo a última marca comprada, se dirige a um estabelecimento comercial e adquire
124 • capítulo 5
exatamente aquele produto da última experiência. Uma avaliação só ocorrerá se o
desempenho final do produto não for obtido, ocasionando uma quebra de expecta-
tiva (os guardanapos se rasgam agora com mais facilidade). As decisões nominais
podem ser divididas em duas categorias distintas: fidelidade à marca ou recompra.
Muitas vezes, este processo pode ocorrer por uma questão de tradição: nos al-
moços de domingo de sua família você se recorda de que sempre utilizaram
aquela marca de guardanapos e isso pode provocar uma boa sensação no mo-
mento da aquisição – portanto, a construção desta decisão foi anterior e de for-
te cunho emocional. Ou então, ela pode ser resultado de um extenso processo
de procura por uma marca de guardanapos até a seleção daquela em específico.
Nas duas situações, você tem um envolvimento maior no primeiro momento
de compra. Nas decisões de compra seguintes, sempre busca a mesma marca.
Você não considera a hipótese de trocar de marca, ainda que outra comece a
se apresentar no mercado com ótimos produtos, porque você acredita que a
escolhida atende melhor suas necessidades gerais e nas duas situações tem um
vínculo emocional criado com ela. Você gosta da marca, você é fiel à marca, é
muito difícil que você compre um produto concorrente. Neste tipo de decisão
temos um alto envolvimento com a marca ou produto e um baixo envolvimento
com a compra, resultado de sua fidelidade. Uma mudança pode ocorrer se esta
confiança for abalada por algum fato grave ou notícia envolvendo aquele pro-
duto ocorrer, talvez você entre em conflito e volte a realizar um novo processo
extenso de busca de marcas e produtos para a escolha de uma nova opção.
O outro tipo de tomada de decisão que você vai ver agora é diferente no sentido de
que o consumidor tem um baixo envolvimento com a marca e alto envolvimento
com a compra. São aquelas situações em que os produtos guardam características
muito semelhantes. Vamos utilizar como exemplo a compra de um pacote de açú-
car. Você vai experimentar um produto e se o considerar satisfatório, você com-
prará sempre esta mesma marca de açúcar quando precisar, mas não está com-
prometido com ele. Se em algum momento sua decisão for questionada ou até
mesmo houver a falta daquele produto na gôndola, você talvez simplesmente exa-
mine os concorrentes de maneira limitada e imediatamente escolha outra marca.
capítulo 5 • 125
Tomada de decisão limitada
126 • capítulo 5
tos do produto. São também compras cuja avaliação posterior costuma ser bas-
tante subjetiva. Bons exemplos deste tipo de compra são itens como uma casa,
computadores pessoais, itens de uso pessoal ou recreativo como uma bota para
caminhadas ou cordas para prática de alpinismo. E mesmo compras desse
tipo, que envolvem um alto envolvimento emocional, também exigem substan-
cial esforço cognitivo no processo de escolha dos atributos que estão ligados às
expectativas de satisfação. Uma pessoa pode ficar muito angustiada diante da
necessidade de escolher entre uma viagem para a praia com os amigos ou para
sua cidade natal onde reverá a família. Ou seja, menos informações externas es-
tão disponíveis ou podem influenciar as escolhas, mesmo que as necessidades
a serem satisfeitas e os critérios avaliados sejam em grande parte emocionais e
não ligadas aos atributos de um produto ou outro.
Cada tipo de sistema de informação auxilia a empresa em um determinado
nível e tipo de decisão, que por sua vez corresponde à solução de determinados
tipos de problemas com características em comum.
capítulo 5 • 127
5.3 Sistemas inteligentes de apoio à decisão.
A tomada de decisão consiste num processo com diferentes atividades. Os qua-
tro passos propostos por (LAUDON e LAUDON, 2007 apud SIMON, 1960) eluci-
dam bem este processo. Nestes passos, temos:
1. A descoberta, identificação e entendimento dos problemas que es-
tão ocorrendo;
2. A identificação e investigação das possíveis soluções;
3. A escolha das alternativas e
4. A implementação (realização da alternativa escolhida).
128 • capítulo 5
para apresentar painéis de informações agrupadas e sumarizadas chamados de
dashboards. O sistema também possui uma característica chamada drill-down que
permite que as informações sumarizadas possam ser detalhadas até um determi-
nado nível a fim de a informação poder ser melhor analisada e ajudar nas análi-
ses executivas.
Os SAEs ajudam os executivos a controlar o desempenho organizacional, monitorar
as atividades da concorrência, identificar as alterações de mercado, detectar pro-
blemas e oportunidades, bem como prever o desempenho dos negócios nas áreas
relacionadas.
capítulo 5 • 129
• Análise de base de clientes
• Análise de risco
• Previsão de cotações de ações nas Bolsas
• Administração de projetos de investimentos
• Previsão de comportamentos de preços
• Previsão de mercado
• Previsão de produção e consumo
130 • capítulo 5
regras estão em linguagem natural, mas devem ser convertidas em linguagem
de software (programação).
Perceba que é possível inferir rapidamente que se a pessoa não tem uma ren-
da anual maior que 50.000, o sistema nem continua a análise e nega o crédito.
Agora eu entendo por que várias vezes eu tentei aumentar o limite do meu
cartão de crédito e sempre me diziam que não era possível e eu deveria retornar
a ligação em 2 meses. Nunca me deram o motivo. Agora eu sei. Era um sistema
especialista que falava por eles!
A B
Se renda > 50.000
Perguntar sobre
pagamentos de carro
Senão, SAÍDA B C
Se pagamento do carro < 10% da renda
Perguntar sobre pagamento de prestação
Senão, SAÍDA
C D
Se pagamento de hipoteca < 20% da renda D
conceder crédito Conceder linha
Senão, SAÍDA de crédito
D E E F
Se o D perguntar Se anos > 4 F
sobre o tempo Conceder linha de 10.000 Limite de 10.000
de trabalho Senão executar G
H F
Se outras dívidas < 5% da renda I
Executar F Limite de 3.000
Senão, executar I
capítulo 5 • 131
Os Sistemas Baseados em Conhecimento podem adaptar velhas soluções
para encontrar novas, usar velhos casos para explicar novas situações e criticar
novas soluções, e usar raciocínios anteriores para interpretar uma nova situa-
ção ou criar uma solução apropriada para um novo problema.
Por exemplo, quando pedimos uma refeição em um restaurante nos basea-
mos em outras experiências que tivemos para tomar decisões sobre o que deve
ser bom. Quando planejamos nossas atividades domésticas, nos lembramos o
que funcionou e o que falhou, e usamos isso para criar nossos planos.
Como o próprio nome diz, sistemas especialistas tentam “imitar” ou subs-
tituir especialistas reais (pessoas) em suas áreas. Eles fazem isto adquirindo
o conhecimento destas pessoas e transformando isto em códigos de máquina
(software). Mas, com o passar do tempo as organizações também adquirem co-
nhecimentos em diversas áreas. Essas aquisições de conhecimento podem ser
organizadas em casos, ou experiências passadas,feitas por especialistas. Isto é
chamado de raciocínio baseado em casos (RBC ou case-based reasoning – CBR).
Enquanto os sistemas especialistas traduzem o conhecimento em regras
do tipo se-então-senão, o RBC representa uma séria de casos de sucesso e
de fracasso.
Grosso modo, poderíamos comparar da seguinte forma: “Você conheceu
uma mulher muito bonita. Ela era loira. Namoraram, casaram, tiveram 4 filhos
e ela te abandonou. Agora, toda vez que o seu sistema encontrar uma mulher
muito bonita e loira vai fazer você induzir que não será uma boa escolha, pois
ela pode te abandonar”!
Apesar de o exemplo ser engraçado, nós podemos perceber que os sistemas
baseados em casos também erram. Isto ocorre porque são programados por
seres humanos e nós, seres humanos, também erramos. Por isto, um cuidado
muito grande na utilização dos mesmos deve ser tomado.
Agora vamos a um exemplo um pouco mais concreto. Na figura a seguir po-
demos ver o algoritmo do sistema baseado em casos em ação.
132 • capítulo 5
O usuário descreve
o problema
Bem-
NÃO sucedida? SIM
capítulo 5 • 133
A IA consiste em hardware e software (principalmente software) que visam simu-
lar o comportamento e os padrões humanos ou naturais, ambientais, etc.
Vamos ver alguns sistemas citados por (LAUDON e LAUDON, 2007) para au-
xílio na tomada de decisões.
Os sistemas inteligentes têm uma grande aplicabilidade na construção de
soluções inovadoras e em desafios nos mais variados tipos de empresas. Seu
enfoque é a resolução de problemas complexos e uma visão “inteligente” no
tratamento de problemas, sejam eles de produção ou de gerenciamento.
Dentre as várias aplicações podemos citar, por exemplo:
• Desenvolvimento de data mining
• Desenvolvimento de sistemas gerenciais avançados
• Administração de Projetos
• Sistema de previsão de qualidade
• Sistema de previsão de falhas
• Controle “em avanço” de plantas
• Sistemas de diagnóstico antecipado
• Sequenciamento de produção
• Controle de acessos e autorizações
• Análise de base de clientes
• Análise de risco
• Previsão de cotações de ações nas Bolsas
• Administração de projetos de investimentos
• Previsão de comportamentos de preços
• Previsão de mercado
• Previsão de produção e consumo
134 • capítulo 5
5.4.2 Uma visão geral de Inteligência Artificial
capítulo 5 • 135
baseada em ciências biológicas, psicológicas e matemá-
tica, essas aplicações tentam reproduzir a forma como
o cérebro humano funciona, reproduzindo sua forma de
pensamento e aprendizado. Dentro dessas aplicações,
APLICAÇÕES podemos destacar:
DE CIÊNCIAS • sistemas especialistas
COGNITIVA • redes neurais
• algoritmos genéticos
• lógica difusa
• agentes inteligentes
136 • capítulo 5
Inteligência artificial
Aplicações de Aplicações de
Aplicações de
Ciências Interfaces
Robótica
Cognitivas Naturais
capítulo 5 • 137
A B
Se renda > 50.000
Perguntar sobre
pagamentos de carro
Senão, SAÍDA
B C
Se pagamento do carro < 10% da renda
Perguntar sobre pagamento de prestação
Senão, SAÍDA
C D
Se pagamento de hipoteca < 20% da renda D
conceder crédito Conceder linha
Senão, SAÍDA de crédito
D E E F
Se o D perguntar Se anos > 4 F
sobre o tempo Conceder linha de 10.000 Limite de 10.000
de trabalho Senão executar G
H F
Se outras dívidas < 5% da renda I
Executar F Limite de 3.000
Senão, executar I
ATIVIDADES
01. Que tipo de compra envolveria um comportamento racional (busca de informação exten-
sa e alto envolvimento)? Relacione pelo menos 3 exemplos de produtos que se encaixariam
nesta categoria de comportamentos.
138 • capítulo 5
REFLEXÃO
Neste capítulo, vimos que é possível usar inteligência artificial (IA), e aplicá-la aos sistemas
de informação para ajudar na tomada de decisão.
Existem várias técnicas para isso, como foi visto, e por meio da Internet é possível des-
cobrir inúmeras aplicações da IA em várias áreas do conhecimento. As técnicas inteligentes
ajudam os tomadores de decisão por meio da captura do conhecimento coletivo e individual,
descobrindo padrões e comportamentos em grandes quantidades de dados. Além disso, ge-
ram soluções para problemas complexos de difícil solução pelos seres humanos.
LEITURA
Philip Kotler. Marketing de A a Z. Campus, (2003)
Fred Tavares. Gestão da marca: estratégia e marketing. E-papares, (2003)
Al Ries e Jack Trout. Posicionamento: a batalha por sua mente. Makron, (2002)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAWKINGS, D. I.; MOTHERSBAUGH, D. L.; BEST, R. J. Comportamento do consumidor:
construindo a estratégia de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
KOTLER, P. Marketing de A a Z. São Paulo: CAMPUS, 2003.
LAUDON, K. C. e LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2007.
MOWEN, J. C.; MINOR, M. S. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
O BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de sistemas de informação: uma introdução. São
Paulo: McGraw-Hill, 2007.
SAMARA, B. S.; MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo:
Prentice Hall, 2005.
SEMENIK, R.; BAMOSSY, G. J. Princípios de marketing: uma perspectiva global. São Paulo: Makron
Books, 1996.
TAVARES, F. Gestão da Marca: Estratégia e marketing. Editora E-papers, 2003.
TROUT, J.; RIES, A. L. Posicionamento: a batalha por sua mente. São Paulo: MAKRON, 2002.
capítulo 5 • 139
GABARITO
Capítulo 1
01. Não, pois um sistema de informação que manipula dados e gera informação, usando ou
não recursos de tecnologia em computadores, pode ser genericamente considerado como
um sistema de informação.
02. Dissertação de caráter pessoal, mas deve ser levado em conta que um sistema de in-
formação manipula dados e gera informação, já a tecnologia de informação reúne métodos
e técnicas que se tornaram automáticos em sua maioria e que servem para manipulação
da informação
Capítulo 2
01. Os gerentes e executivos das empresas necessitam cada vez mais de informações es-
pecíficas, de acordo com seu nível na hierarquia, para que possam tomar decisões no seu
dia a dia. Para que tenham as informações adequadas, cada vez mais é necessário que os
sistemas da organização tenham capacidade e agilidade em oferecer as informações neces-
sárias. Ao utilizar sistemas eficazes de informação, possibilitará à organização a capacidade
de reagir rapidamente às mudanças de mercado; ser competitiva no meio em que está inse-
rida; satisfazer às necessidades de seus clientes nas mais diversas formas; tomar decisões
fundamentadas e que agreguem valor.
02. As entradas normalmente são dados de transações sumarizadas, dados de alto volume
de processamento, modelos simples de dados e decisões. O processamento consiste em
relatórios de rotina, de modelos simples de decisão e análises de baixo nível (sem muitos
detalhes). A saída são relatórios de sumário e exceções.
03. Em função das várias opções de entrada de dados é necessário uma padronização dos
dados para a interpretação futura.
140 • capítulo 5
Capítulo 3
02. Citar pelo menos um do tópicos: barreiras de entrada que restringem a oferta, controle
da demanda, economias de escala, eficiência de processos.
03. Questão de caráter pessoal, porém levantar onde os sistemas de informação aumentam
a vantagem competitiva da empresa.
04. Questão de caráter pessoal, porém um exemplo é a questão da proximidade com o clien-
te, através da análise de seus padrões de consumo e ofertas de produtos personalizadas.
Capítulo 4
01. A falta de planejamento ao usar um software novo, com modificações geradas pela em-
presa, sendo não realizado os apropriados testes
02. Questão de caráter pessoal, as duas possibilidades são interessantes desde que no
contexto correto, uma traz a possibilidade de customização enquanto a outra a rapidez de um
produto já testado no mercado.
03. Uma cadeia de fornecimento trata do fluxo de materiais, informações, pagamentos, ser-
viços e etc, desde o fornecimento do material até o consumidor final. Ela inclui as organiza-
ções e processos que realizam todas as atividades para criar e entregar os produtos (servi-
ços ou informações) aos consumidores finais. Na cadeia de fornecimento existem diversas
tarefas como compras, pagamentos, controle e manuseio de materiais, planejar e controlar a
produção, controlar o estoque, a logística (distribuição e entregas), etc.
04. O processo de informação que as empresas devem ter com os seus ambientes, sobre-
tudo o ambiente externo, pois dele a empresa recebe fatos, eventos, inovações, mudanças
que a levam a manter-se atuante e até competitiva no ambiente de negócios em forma de
ações mercadológicas.
05. Questão de caráter pessoal, mas levar em conta que CRM é uma abordagem que coloca
o cliente como principal foco dos processos de negócio, com o intuito de perceber e anteci-
par suas necessidades, para então atendê-los da melhor forma. Cada vez mais as organiza-
ções estão descobrindo que precisam diversificar seus métodos e usar canais de diferentes
propagandas para alcançar seus diferentes segmentos de clientes.
capítulo 5 • 141
Capítulo 5
02. Decisões estruturadas: Este tipo de decisão abrange problemas estruturados, que são
aqueles que podem ser definidos e delimitados perfeitamente, com variáveis conhecidas e
bem definidas, sendo possível mapear diretamente uma metodologia para chegar à decisão
desses problemas.
Decisões semiestruturadas: Essas decisões abranges problemas semiestruturados, que
são aqueles em que parte da solução tem suas variáveis conhecidas e bem definidas e outra
parte que necessita de uma análise mais aprofundada da situação para identificação.
Decisões não estruturadas: Este tipo de decisão abrange problemas não estruturados,
que são aqueles que não podem ser claramente definidos, já que uma ou mais variáveis são
desconhecidas ou não se pode determinar o grau de confiabilidade. Propõe sempre uma no-
vidade, não apresentando problemas rotineiros e não possuindo métodos ou procedimento
definidos para sua resolução
03. Questão de caráter pessoal, mas levar em conta todos os benefícios da IA.
142 • capítulo 5
ANOTAÇÕES
capítulo 5 • 143
ANOTAÇÕES
144 • capítulo 5