Você está na página 1de 28

PROFESSOR: RONALDO MOURA LEAL

A ARTE CONTEMPORÂNEA
• A arte contemporânea se estabeleceu como uma ruptura com os

modelos artísticos e estéticos da arte moderna, gerando


questionamentos, por parte do público e dos próprios artistas, sobre
o papel da arte na sociedade.
• Aspectos:

1. Propostas e experiências que mobilizam todos os sentidos


humanos.
2. Uma arte que convive com diferentes culturas – cultura popular,
cultura erudita, cultura jovem etc.
3. Incorporam formas de expressão tidas como não arte: Grafite.
4. Provoca sensações ou apresenta diferentes formas de ver o
mundo.
CONTEXTO HISTÓRICO
• Os anos 80 marcam a transição da era moderna para a pós-moderna:

1. A queda do Muro de Berlim.


É desse contexto que
2. A queda da União Soviética. emergiu e se
espalhou a Arte
3. A reforma econômica da China. Contemporânea.
4. O fim da Ditadura Militar no Brasil.
A GERAÇÃO 80
• Jovens artistas da geração 80, foram influenciados por conta da

enorme força exercida pelos meios de comunicação.


• A produção da Geração 80 ficou marcada pelas grandes obras e

pela retomada da pintura. Tendo o intuito de ter uma


comunicação direta com o espectador, chamando assim a sua
atenção e que voltam a se integrarem ao sistema mercadológico.
• No Rio de Janeiro, a exposição Como vai você, Geração 80?,
realizada em 1984 por Marcus Lontra na Escola de Artes Visuais
do Parque Lage, revelou: Daniel Senise, Beatriz Milhazes, Luiz
Pizarro, Karin Lambrecht, Alex Vallauri, Leonilson, Luiz Zerbini,
Leda Catunda e Sergio Romagnolo.
GERAÇÃO 80
• Aspectos:

1. Marcada pela libertação da censura militar e contra a


arte conceitual de cunho politizado.
2. Retomada de obras como forma de expressão, ou seja,
uma reaproximação de questões subjetivas.
3. Trabalhos de grandes dimensões
4. Uso de cores tradicionalmente incompatíveis, pesquisa e
uso de novos materiais e o acabamento bruto, traçando
certo informalismo.
Uso de linhas assimétricas
• Grupo Casa 7, formado por Nuno Ramos, Carlito
Carvalhosa, Fabio Miguez, Paulo Monteiro e Rodrigo
Andrade.
• Aspectos:

1. Obras sendo criações coletivas.


2. As grandes dimensões.
3. Sendo as obras produzidas com tinta industrial sobre
grandes folhas de papel, geralmente papel kraft.
OS ANOS 1990
• Marcados por várias mudanças políticas, econômicas,
sociais e culturais, que causaram profundas transformações
como:
1. Consumo desenfreado.
2. A busca pela fama.
3. A importância excessiva dada à moda e à aparência.
4. O crescimento de poluentes.
5. O máximo de informação em um mínimo tempo.
6. Globalização, internet.
• Todos esses eventos amarra-se à produção dos artistas da

geração dos anos 1990.


OS ANOS 1990
• Nesse contexto, os artistas se
engajaram em tentativas de:
1. restabelecer na arte uma
mensagem, uma conexão com o
observador, incitando o observador
a se engajar numa causa, seja ela
política, econômica, ambiental.
• Assim, a arte contemporânea, em vez

de apenas refletir a vida, apresenta


uma visão mais crítica do mundo.
TENDÊNCIAS NA VIRADA DO MILÊNIO
• O fim do século XX e início do século XXI foram marcados

pela mistura de linguagens.


1. Com trabalhos dominados pela pintura: Adriana Varejão.
2. Sendo trabalhos em que a pintura se insinua: Thiago
Rocha Pitta.
3. Onde se utilizou de diversas linguagens, mas se destacou
na escultura: Ernesto Neto, Efrain Almeida e Felipe
Barbosa.
4. O uso da fotografia como ponto de partida: Rosangela
Rennó, Matheus Rocha Pitta, Vicente de Mello e Marcos
Chaves.
MULHERES ARTISTAS NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
• Adriana Varejão: suas pinturas estão

relacionadas à história do período


colonial brasileiro, como azulejos e
mapas, as vezes com aspecto de carne.
Obras que se situam entre a pintura e o
relevo. Evoca o barroco por associar
pintura, escultura e arquitetura.
• Beatriz Milhazes: Pinturas com caráter

decorativo, sob influência do fauvismo,


da ornamentação barroca, dos ritmos
arabescos, e dos ornamentos de
Guignard. Geralmente produz formas
circulares.
MULHERES ARTISTAS NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
• Leda Catunda: suas obras se
destacam no uso de diferentes
materiais, pintando em diversos tipos
de suportes, aproveitando até imagens
preexistentes.
• Mônica Nador: telas de grandes
dimensões, nas quais apresenta listras
que se justapõem umas às outras
sobre o campo da tela, empregando
constantemente tons rebaixados. A
partir de 1999, destaque para
desenhos feitos nas paredes de casas
em comunidades.
MULHERES ARTISTAS NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
• Rivane Neuenschwander: realizou
diversas exposições artísticas e um
tema recorrente é a memória.
Vasculha em suas memórias
pessoais, sendo assim um serviço
contra a apatia e a amnésia geradas
por um panorama de excessos
visuais.
• Rosana Palazyan: Destaque para
suas obras fruto de sua interação
com crianças cariocas e obras de
denúncia sobre a violência no país.
MULHERES ARTISTAS NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
• Rosana Paulino: Produz objetos e
instalações com o intuito de abordar temas
como violência, racismo, sexo e
feminilidade. Em uma série de obras
utilizou a técnica de costura para retratar a
violência enfrentadas pelas mulheres. Em
outra série utiliza imagens de mulheres e
crianças negras fazendo uma reflexão
sobre o universo negro e feminino.
• Rosangela Rennó: A sua obra tem como

base o uso da fotografia, trabalha com


conceitos como memória, sujeito e
identidade, oferecendo novas
possibilidades de leituras sobre histórias
esquecidas, ou realizando novas leituras.
ARTE POVERA – “Arte Pobre”
• Foi uma expressão criada pelo crítico e curador italiano

Germano Celant, para referir-se ao movimento artístico que


se desenvolveu originalmente na segunda metade da
década de 1960 na Itália.
• Sua ideia era, de fato, propor uma nova reflexão estética

sobre o produto artístico ao “empobrecer a arte” e trazer à


tona sua efemeridade através da utilização de materiais
simples e naturais. Revelando a sua critica ao
empobrecimento de uma sociedade guiada pelo acúmulo de
riquezas materiais.
• Objetivos:

1. Fugir da comercialização do objeto artístico, ocupando


um espaço e exigindo a participação do público.
2. Os trabalhos queriam provocar uma reflexão sobre o
objeto e sua forma, por meio da manipulação do material
e da observação de sua qualidade.
• Expoentes: Germano Celant e Mario Merz.
A LAND ART – “Arte da Terra”
• Propunha uma visão mais ampla

da arte, redefinindo suas


fronteiras e confrontando-se com
a paisagem.
• Onde o terreno natural, em vez de

prover o ambiente para uma obra


de arte, é ele próprio trabalhado
de modo a se integrar com a obra
• Os trabalhos artísticos são
efêmeros.
• Expoente: Robert Smithson.
ARTE DE AÇÃO OU HAPPENINGS
• Em 1958, Allan Kaprow realizou os

primeiros happenings
(acontecimentos).
• Sendo uma forma de arte que

combina artes visuais e um teatro,


sem texto nem representação.
• Aspectos:

1. Obras onde o público é


convidado a participar, a fim de
dar vida à ideia do artista,
transformando-se em objeto
artístico também.
• Objetivo: Integrar a participação

do espectador à obra.
ARQUITETURA HIGH-TECH
• Expoentes: Renzo Piano, Richard
Rogers e Norman Foster.
• Aspectos:

1. Uso de elementos relacionados com

a tecnologia e a indústria.
2. Deixam à mostra elementos
pertencentes a estrutura da obra,
como elevadores, calefação,
refrigeração e o sistema hidráulico.
3. Construções geralmente revestidos

por vidros ou metais reluzentes,


para deixar à mostra os materiais.
4. Preocupação com a
sustentabilidade.
POPULISMO, TENDENZA E A PÓS-MODERNIDADE
• Robert Venturi foi um arquiteto que propôs o estilo POPULISMO,

assim:
1. Repúdio a decoração, sendo assim crítico a meios enraizados.
2. Propôs o uso deliberado de elementos arquitetônicos históricos e
ornamentativo.
• Aldo Rossi foi um arquiteto que propôs o estilo TENDENZA, assim:

1. Também se interessou pela recuperação histórica nas


construções.
2. Propôs melhorias à técnica do funcionalismo, onde prédios
públicos de fato demonstrassem seus aspectos funcionais.
• Tais tendências arquitetônicas deram corpo a arquitetura dita Pós-

Moderna, ganhando destaque também Michel Graves, Philip Johnson


e Álvaro Siza.
CONSEQUÊNCIAS DA PÓS-MODERNIDADE
1. Emprego irônico dos motivos históricos, mas

dissociados da história e das proporções do


passado.
2. Uso da decoração excessiva para singularizar os

edifícios.
3. Aplicação de cores e formas provocadoras.

4. Tratamento escultórico do volume e a utilização

fragmentada dos elementos que constituem o


edifício, que aparecem superpostos.
DESCONSTRUÇÃO • Tendo como expoente o
arquiteto Frank Gehry, que
propôs:
1. O questionamento da
lógica geométrica dos
espaços e volumes
arquitetônicos na tradição
moderna.
2. Faz uso das novas
tecnologias, como
programas de
computadores para propor
as formas inovadoras.
3. Valorizam superfícies
curvas, ângulos muito
agudos.
O ROCK DO BRASIL A PARTIR DOS ANOS 1980
• Muitas bandas de rock no Brasil surgiram ao mesmo tempo na década

de 80, possuindo em comum querer expressar a liberdade recém-


alcançada, e usando o deboche como forma de renegar um mundo
que consideravam estranho.
• Histórico: O rock no Brasil foi ouvido pela primeira vez na voz de Nora

Ney, 1955, interpretando “Rock around the clock”, sucesso norte


americano de Bill Harley.
• Nos anos de 1960, o iê-iê-iê da Jovem Guarda, sendo um dos mais

fiéis do estilo rock Erasmo Carlos.


• Rita Lee, com a banda os Mutantes apareceu em 1966. Outro

precursor foi Raul Seixas, 1973. e a partir dos anos 80 o rock


despontou principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo
Horizonte e Porto Alegre.
O ROCK DO BRASIL A PARTIR DOS ANOS 1980
• Circo Carioca: O rock inicia-se no Rio de Janeiro, com

intensidade a partir da BANDA VÍMANA, que destacou cantores


como Lulu Santos, Lobão e Ritchie.
• Mas foi com a inauguração do CIRCO VOADOR, 1982, na praia

do Arpoador, que o rock ganhou um local fixo para mostrar os


seus trabalhos.
• Destaques: Blitz e Barão Vermelho.

• Garagens Paulistas: Em São Paulo o rock ganhou visibilidade a

partir de 1982, com Ira!, Ratos de Porão, RPM, Titãs, Ultraje a


Rigor.
• Sons de Brasília: Surgiram Legião Urbana e Paralamas do

Sucesso.

Você também pode gostar