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Fanzine

a FERRO E FOGO
ANO I NO 01 – R$ 6,00

Jan-fev 2014 - Bebedouro-sp


Editor: paulão atitude
100% de apoio ao metal rock brasil
PREZADOS AMIGOS

Estamos retomando um projeto antigo: voltar a Constant, 862, Jd Paraiso, Bebedouro-SP a/c Paulão
publicar fanzines. Nos anos 80 editamos o SEITA que Atitude.
chegou a ter quatro edições entrevistando bandas da Nosso objetivo é único e exclusivamente APOIAR A
época, resenhando demos, LPs e comentando PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DO METAL NACIONAL,
shows. Com os recursos da internet, a grande adesão por isso procuramos realizar entrevistas com pessoas que
ao Blog A FERRO E FOGO (atualmente sem marcaram nossa história, apresentar demo-tapes do
atividades) e os grupos no face book (Histórias do passado e sempre reviver os grandes momentos dessa
Metal Rock paulista e Demo-tapes Brasil) decidimos trajetória, mas também estamos antenados com o presente
que era a ora de voltar. Selecionamos diversas e cd e shows recentes sempre terão o seu espaço.
matérias e estamos lançando esse piloto ainda de Esse foi um número piloto, em breve estaremos
forma amadora, mas em breve estaremos contando disponibilizando fisicamente o fanzine A FERRO E FOGO e
com uma equipe para podermos apoiar ainda mais o nossa meta é transformá-lo numa revista bimestral.
metal rock nacional. Se desejar ter sua banda em Esperamos que todos possam curtir. Deixe sua opinião
nosso zine mande material para Rua Benjamin em nosso email paulaoatitudedistro@gmail.com

VALEU!

PAULÃO ATITUDE

NESSE NÚMERO CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE:


CELSO BARBIERI
LEANDRO T. BONE
SAMUEL OUTSIDER

Nossos agradecimentos ao amigos CELSO BARBIERI, FLAWIO LARA, CESAR ACHON, BILLY,ROGÉRIO VILELA,
RHADAS, BRAÚLIO ASSUNÇÃO, RENATO ORSI, CÉSAR CAÇADOR, NILTON CACHORRÃO, RICARDO RAVACHE,
VALMIR RUFF, WAGNER ANARCA, SIDINEI SLAUGHTERMAN, ARI SABBATHM FRED MIKA, MAICON DURIGATTI,
SAMUEL OUTSIDER, LEANDRO T. BONEE , SUNROAD, DEADLINESS, VINCULUM, CENTÚRIAS, HATE HANDLES,
LEONARDO CUNHA, HIODERMAN E ANAITES RECORDS, MASTURBATOR, RIDER E TODOS QUE DE ALGUMAS
MANEIRA COLABORARAM PARA A REALIZAÇÃO DESSA PROPOSTA.

BEBEDOURO, FEV DE 2014


MEMÓRIA DO ROCK NACIONAL 1) Produzi no Teatro Lira Paulistana em SP
Antonio celso Barbieri o primeiro show da banda Viper ainda com André
Matos no vocal em 85. Nesta noite a banda abriu para
a banda Platina (com Daril Parisi e os irmãos Busic)
que, também fazia o seu primeiro show. O Viper
cresceria à ponto de fazer turnê pelo Japão onde
chegou ao topo das paradas de sucessos
incrivelmente passando naquele país até por cima da
banda Judaz Priest.

2) Produzi em 92 o show da banda Korzus


no The Marquee Club em Londres. Eu cheguei na
Europa em 87 portanto levou 5 anos para estar no
lugar certo e na hora certa para poder realizar este
sonho que foi difícil, dolorido e enfrentando todo
tipo dificuldades. The Marquee Club foi um templo
sagrado do rock mundial!

FF - Que bandas que você conheceu e


A FERRO E FOGO ZINE TEM O ORGULHO DE produziu shows não tiveram o devido
RECEBER O MESTRE BARBIERI, sem ele muita coisa reconhecimento? Quais razões você aponta?
não teria acontecido na cena metal rock paulista,
atualmente reside em Londres e de lá já realizou um
Barbieri: Você está brincando? Todas as bandas
especial em nossa rádio e sempre colabora quando
solicitado. Desde já agradecemos sua disposição! que trabalhei não receberam o devido
reconhecimento! O Rock Brasileiro e
FF - O que os anos 80 representaram para a cena principalmente o Rock Paulista nunca recebeu o
metal rock paulista? devido reconhecimento. Algumas poucas bandas
Barbieri: O começo dos anos 80 significou o começo tiveram alguma experiência internacional mas não
e a consolidação do Heavy Metal em São Paulo. Mostrou reconhecimento em casa e muito menos dinheiro.
também que o mundo tinha ficado menor e estávamos A única banda que conseguiu alguma coisa foi o
mais conectados com o que estava acontecendo lá fora e, Sepultura que no tempo do Max, ele literalmente
quase que ao mesmo tempo incorporamos ao Rock fechou as portas internacionais para qualquer
Brasileiro as novas tendências do New Wave of British banda brasileira. Por outro lado, o Sepultura do
Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.) que surgia. Acho importante Andreas já na escolha do novo vocalista mostrou
salientar que, numa visão mais abrangente, o Heavy Metal onde se encontrava o seu nacionalismo e devoção
significou uma renascença do rock no Brasil porque o o rock nacional. É muito curioso comparar a
Brasil já possuía uma longa história ligada ao rock. A comunidade do rock com a comunidade sertaneja.
primeira fase, aconteceu nos anos 60 com a Jovem Na comunidade sertaneja existe muita ajuda entre
Guarda, a segunda fase aconteceu em 1970 com bandas as bandas mas na do rock, não importa o que
como Mutantes, Terço, Peso, Made in Brasil, Patrulha do digam, o fato real é que até pode existir um certo
Espaço, Som Nosso de Cada Dia, Joelho de Porco, Casa coleguismo mas na hora "H" parecem "um bando
das Máquinas e mais algumas dezenas bandas. No final de gaviotas brigando por restos de comida" numa
dos anos 70 a discoteque e o movimento Punk colocaram típica reação terceiro mundista. O público de rock
o velho rock do período em cheque. Foi então que, nos brasileiro infelizmente, na sua maioria, não é fiel,
anos 80, quase como uma reação ao "status quo" vigente paga um sapo para o rock internacional onde o
surgiu na Inglaterra o Heavy Metal feito por garotos de Brasil, juntamente com o Japão são conhecidos
classe média provenientes das áreas industriais daquele como os grandes cemitérios do rock. Brasileiro
país. É lógico que o Heavy Metal não surgiu do nada e paga tudo para ver qualquer banda coco que vem
provando que o Rock é verdadeiramente um camaleão, de fora. Tem banda acabada que se reforma só
mostrou-se ser um processo onde bandas como Black para fazer uma graninha fácil no Brasil!
Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin tenham sido talvez Desculpem-me mas o último show que assisti em
algumas das bandas inspiradoras mais importantes. Londres do Iron Maiden foi ruim de mais! O
Voltando a pergunta inicial, os anos 80 dispararam uma problema de ser fã é que ele deixa as pessoas
poderosa revolução chamada Heavy Metal que 30 anos cegas para o fato de que algumas bandas já
depois ainda continua reverberando! deveriam ter pendurados as chuteiras à muito
tempo.

FF - Qual foi o show mais marcante e qual a razão


da escolha?

Barbieri: Sinto muito mas tenho que enumerar FF - Como anda seu trabalho atual? Qual
dois: seu envolvimento com a música?
Barbieri: Primeiro quero deixar claro que, o
fato de morar em Londres não quer dizer que sou
rico. Acreditem-me que neste momento a briga
pela sobrevivência não está fácil. Então, eu estou
aqui checando meus e-mails todo dia. Geralmente
alguém me manda um e-mail, geralmente é um
total desconhecido, como foi o caso da banda
Verdade Soturna de Ubatuba. Eu escuto o demo
da banda, faço minha crítica e dependendo da
resposta começamos uma amizade e obviamente
ajudo, dentro das minhas possibilidades
econômicas, do jeito que posso. Não escondo que
comecei produzindo shows porque na verdade
gostaria de participar de uma banda de rock.
Então, aqui em Londres, consegui montar um
estúdio e comprar vários instrumentos. De vagar FF - O que te encanta na cena musical atual?
tenho me aperfeiçoado na guitarra, piano e voz. Barbieri: O fato de ter muitas gente das antigas ainda
Se o tempo e a vida me permitir gostaria de gravar tocando. O fato de que a qualidade das bandas
muito, cantando minhas próprias composições que melhorou muito e está de nível internacional. O fato
sempre tem algo de político e existencial para de todo mundo tem acesso à melhor equipamento, de
dizer. Enquanto isto vou emprestando minhas ter uma garotada nova curiosa sobre a História do
habilidades como design gráfico fazendo capas de Rock Brasileiro e finalmente porque a Internet existe!
disco e assessorando aquelas bandas brasileiras GOD SAVE THE INTERNET!
que conseguem chegar aqui. No momento
comecei um trabalho colaborativo com Ruy Sarno FF-Três discos que considera essenciais para
o vocalista e guitarrista da banda Jao Galego do entender o movimento metal rock paulista!
Rio de Janeiro, banda que à 6 meses atrás nunca Barbieri: Para mim seriam as coletâneas SP Metal I,
tinha ouvido falar. Ele interessou-se por uma de SP Metal II e São Power (independentemente da
minhas poesias, resolveu musicá-la e eu estou qualidade de gravação). Agora em termos de álbum:
produzindo e mixando aqui no meu estúdio. Além O álbum Sweet Revenge da banda Karisma (o
disso, este ano, meu site Barbieri - Memórias do primeiro álbum lançado de Metal cantado em inglês),
Rock Brasileiro (www.celsobarbieri.co.uk) O álbum 7 da banda Harppia e o álbum Pay For Your
completa 10 anos de atividade, lembrando que em Lies da banda Korzus. De qualquer forma acho esta
2013 completou a fantástica marca de 1 milhão de pergunta injusta porque tem muita coisa boa como o
visitantes. álbum Patrulha da banda Patrulha do Espaço, o
compacto da Chave do Sol, etc. Preciso lembrar que
o grande trabalho do próprio Paulão de resgatar muita
coisa rara em 12 coletâneas mais o meu próprio de
preservar muita gravação de shows postando na
Internet ajuda manter a chama acesa dos anos 80.

FF Uma história de bastidores que pode revelar


sobre a cena dos anos 80?
Barbieri - O meu website está cheio de histórias mas
eu destaco esta aqui: Vulcano Projeto SP Metal
(1985). Eu não conhecia o som do Vulcano. Eu sabia
que esta banda assim como uma outra chamada
Santuário eram originárias da cidade de Santos. Eu
sabia também que tratava-se de uma banda do tipo
extrema e imaginava que o som era mais ou menos
na linha do Korzus. Naturalmente estava curioso. No
dia do show os músicos chegaram meio calados,
sinistros. Eu me comunicava apenas com Zhema que,
além de ser o líder da banda, era um tipo bem
profissional e organizado. Portanto, naturalmente, não
dei muita atenção aos outros músicos da banda.
Minha memória é meio vaga mas, lembro-me desta
pessoa, antes do show, à meia luz, andando pelo
palco. Ele era um tipo escuro, meio arcado, parecia
corcunda, sem camisa e com grandes cicatrizes
parecendo queimaduras pelo corpo. Carregava um
saco nas costas, parecia que carregava ossos e, de
repente espalhou-os pelo chão… coisa bem macabra.
Nesta noite o teatro Lira Paulistana pela primeira vez
estava com um clima bem carregado, pesado
mesmo. Quando a banda entrou no palco o guitarrista
usava um traje vermelho com capuz parecendo um
monge diabólico e o vocalista tinha o microfone
preso num grande osso velho e amarelado parecendo
um fêmur humano. Curiosamente o instrumental da
banda variava de Hard Rock com pitadas de Heavy
Metal à Black Metal com o vocal gritado o tempo todo.
Muito embora o som tivesse variação em estilo, ele foi
brutal e extremo do começo ao fim do show. A
guitarra foi bem pronunciada com distorções que se
fundiam com microfonias intermináveis. Confesso que
fiquei mais preocupado foi com a possibilidade da
presença surpresa da polícia. Até explicar de onde
tinham aparecido aqueles ossos, eu como
responsável pelo projeto, já até podia imaginar ver o
Sol nascendo quadrado.
RARIDADES DO SITE DO BARBIERI
FF - Uma mensagem final para os amigos do
grupo!
Evitem detonar uma banda brasileira. Se não gostam
apenas ignorem e evitem comentar. Vocês não tem
ideia do prejuízo que causam ao Rock Nacional. Não
se trata de impedir vossa liberdade de expressão mas
sim mostrar um pouco de patriotismo com as nossas
bandas. Esta atitude não lhes custará nada e ajudará
muito o rock nacional pois em vez de destruir uma
banda que está apenas começando vocês darão
chance para que ela possa continuar tocando e
assim, possa aprimorar cada vez mais o seu som.
Lembrem-se que uma banda não é feita apenas de
ensaios. Ela precisa enfrentar o público para poder
crescer!

http://www.celsobarbieri.co.uk/
Recebemos hoje um dos maiores guitarristas do Brasil, tocou em bandas como Zero Hora, Gozo metal e tribal,
vivendo o início da cena paulista de modo intenso. É Emocionante tê-lo como um amigo sempre disposto a
colaborar

Flawio Lara

FF -. Flawio Lara é um nome que nos remete vinha com uma palhêta meia boca e duas cordas G (3ª)
diretamente ao inicio da cena metal rock paulista. lisa e encapada. Os instrumentos eram guitarras e
Nos conte sobre o inicio de sua carreira. amplificadores Giannini. Na luthieria tinha o Sr. Vitório (o
grande precursor), o Dema (na Vila Maria), o guitarrista
FL - Na segunda metade dos anos 70 e comecinho dos Emílio Russo e poucos outros. O que realmente era
80, os garotos como eu que gostavam do Heavy Metal muito legal, eram as bandas famosas da época que
Rock tinham poucas opções. Embora houvessem muitas tinham discos gravados e reuniam rockeiros de toda
lojas de discos, pouquíssimas eram especializadas. Sem parte tocando nos clubes e em festivais. Me refiro ao
contar que os discos eram lançados com muito atraso, "Made In Brazil", "Mutantes", "Casa das Máquinas", "O
às vezes de anos. Rock era uma música maldita que não Terço", "Patrulha do Espaço" e muitas outras fantásticas!
tocava nas rádios. Porém, havia um raro programa de Porém, essas bandas não tocavam rock pauleira (ou
rádio dum cara chamado "Jackes Kaleidoscópio". A rock pesado). A única que tocava Heavy Metal autoral,
vinheta do programa era um belíssimo progressivo do era o "Rock Da Mortalha" ! Essa era uma banda
P.F.M. Neste programa (sensacional), de vez em quando poderosa ao vivo, e já era lendária naquela própria
éramos brindados com um Purple, Sabbath ou Zeppelin. época por causa dos comentários que rolavam a respeito
Na Rede Globo, uma vez por semana tinha o programa de suas macumbas ao vivo com sacrifício de galinhas,
"Rock in Concert", que depois virou "Sábado Som". No as letras sobre magia, o sobrenatural, reencarnação...e
Viaduto do Chá tinha uma banca de jornal que distribuía um som que lembrava os primeiros discos do Sabbath.
a revista "Rock, a História e a Glória", super disputada Esta era a cena que presenciei quando estava
entre os "malucos". Mas o que realmente mantinha começando a aprender a tocar e que me inspirou a
acesa a chama deste novo público eram os salões de montar uma banda em 79, o Loucura ao Cubo (L³).
rock ! Estou falando da "Casa do Rock" (na Teodoro
Sampaio), e no "Templo do Rock", "Esberoc" , FF - Zero Hora, Gozo metal e banda Tribal são
"Construção", "Fofinho" e "Led Slay". Nestes "bailes", nomes de extrema importância na cena. Nos conte
rockeiros de toda parte tinham a oportunidade de curtir sobre sua participação nessas bandas.
discos importados e conhecer as novidades sobre
bandas pesadas. O mais importante é que reunia os FL - O Zero Hora já era uma banda muito atuante na
jovens com as mesmas afinidades. Nós criávamos o cena quando eu entrei em 80. Foi uma alegria, uma
nosso próprio visual, pintávamos nossas camisetas, vitória entrar pra aquela banda que eu já tinha assistido
escrevíamos os nomes das bandas favoritas, e tudo o varias vezes ao vivo. Eu era um garoto que ia em tudo
mais que pudesse nos identificar como rockeiros e nos quanto é show, que realmente frequentava os points, e
diferenciar da sociedade careta. Outros grandes pontos eu era muito fã de dois baixistas: do Orlando Lui (do
de encontro das tribos, eram a Estação São Bento do Rock da Mortalha) e do Ivan Freire (do Zero Hora).
Metrô (com shows ao vivo todo domingo) e os botecos Felizmente meu sonho se realizou com os dois, com
"Bar do Dinho" em Santana e o "Sujinho" na Consolação. quem trabalhei em épocas diferentes. Ter gravado com o
Quem tinha muito dinheiro pra comprar cordas e Zero Hora foi uma felicidade. Tínhamos muito material
instrumentos importados encontrava na loja "Leimar" quando éramos um quinteto, porém, a oportunidade de
(Travessa da Av. Tiradentes). Os outros 99% se gravar veio na época da formação power trio, quando a
satisfaziam com o encordoamento "São Gonçalo" (que banda já estava cansada de tanto tocar power chords e
buscava o virtuosismo instrumental. O Gozo Metal foi 2º; Quando os colarinhos brancos perderam a disputa
muito atuante no período de 84 a 87 e tinha uma legalmente na justiça e os rockeiros paulistas ganharam
proposta que chocava os rockeiros radicais, pois éramos a guerra, podendo ter de volta a Praça (só que no
radicalmente patriotas. Já éramos mais maduros que distante Parque da Agua Funda). Faltou o espírito de
antes, nos inspirávamos no Kardecismo, misturávamos união que existia no início. Muitos representantes de
elementos da mpb vocal com os do instrumental heavy bandas pararam de comparecer nas reuniões. Havia
metal, algumas letras eram de protesto político, outras muito o que fazer, e se fosse dividido entre todos, o fardo
falavam de amor, alertas contra as armas nucleares e seria leve e todas as bandas se beneficiariam. Claro que
outros assuntos sérios . rsrsrss . A banda se manteve houve nobres exceções, mas faltou altruísmo na Agua
um trio mais um quarto elemento de doze bateristas Funda. O espaço era tão grande, que mesmo que
sucessivos. tivessem 15.000 pessoas, pareceria vazio. Impuseram
A banda Tribal foi um caso à parte. Éramos um grupo uma dependência de infraestrutura, financeira,
que trabalhava em bares noturnos tocando de tudo e tecnológica e publicitária. Isso, sem contar que aquele
tínhamos o trabalho autoral de rock paralelamente. distante lugar não era caminho habitual do público fiel,
Definíamos o nosso som como "Rock-Fusão". A banda que não entendia o que estava acontecendo. Faltou
também tinha um lado espiritualista, e misturar sem aquele companheirismo da época da Aclimação, pois
preconceitos eram as palavras de ordem. A banda teve estava cada um cuidando da sua banda e o bonde da
quatro formações sendo que as duas ultimas mesclou história passou... e isso era tudo o que as grandes
muitos covers de rock internacional no repertório, se gravadoras e mídias do sistema queriam pra enfraquecer
desviando dos objetivos da proposta inicial. o rock espontâneo de São Paulo. Brasília e Rio de
Janeiro eram as bólas da vez a nível de investimentos
FF - Qual a importância da Praça do Rock na comerciais com rock brasileiro.
divulgação da cena paulista?

FL -Pra mim, foi o que houve de mais importante no rock


artístico dos anos 80 ! As bandas de São Paulo eram
extremamente criativas. Fantásticas!!! Era um
movimento autentico, espontâneo de camaradagem
entre as bandas. A divulgação era feita no boca-a-boca e
tinha o apoio do Jornal do Cambucí. A Praça do Rock
assustou o sistema comercial da época, pois poderia
derrubar muita gente grande e mudar o rumo dos
negócios. O Orlando Lui tentou incansavelmente colocar
ao menos uma única banda da "Praça do Rock" no
"Rock In Rio". Ele sabia que qualquer uma das principais
bandas da Praça que tivesse a oportunidade de tocar
nas noites que tocaram Queen, AC/DC, Whitesnake, Iron
Maiden e outros...ele sabia que o Brasil iria estar muito
bem representado, e que isso traria Luz para todas as
outras bandas criativas de São Paulo a nível nacional e
internacional. A Praça foi importante, porém, pecou pela
falta maturidade das bandas nos dois momentos mais
decisivos da sua história: 1º; Quando a agencia
promotora do Rock In Rio (a Art-Plan) vestida de
cordeiro negociou através da venda do patrocínio a
"Praça do Rock" com autorização da Paulistur (que na
época apoiava a "Praça do Rock" com verba de apoio
comunitário), dissolvendo a comissão organizadora,
levando o evento para o Parque do Carmo, mudando o
logotipo original. Essas ações foram de um autoritarismo
vulgar, pois a Praça do Rock já era um sucesso
consagrado na Concha Acústica da Aclimação.
FF. Qual foi o show mais marcante dessa fase Minhas preferências sempre foram o Heavy Metal, a
mais pesada de sua carreira? E a participação boa MPB e o Blues.
no Perdidos na Noite do Faustão?
FF - O que acha de nosso grupo HISTÓRIAS DO
METAL ROCK PAULISTA NO FACEBOOK?
FL - Acho que essa pergunta está interligada, pois FL - Fantástico!!! Recuperar a memória do
talvez tenha sido o último show do Gozo Metal ao ar underground no nosso estado é uma tarefa árdua e
livre, na Concha acústica da Aclimação. Devia ter que exige coragem. Existiram e existem muito mais
umas 15.000 pessoas! Eu não entendia a presença bandas boas do que as panelinhas dos formadores
da Skol, que vendeu muita cerveja naquele de opinião resolveram apadrinhar em suas
domingo. A TV Bandeirantes também estava por lá publicações. Parabéns Paulão!!!
e ficaram impressionados com a performance do
Gozo Metal. Nós nos vestimos com as cores da FF - Há possibilidades de reunir uma dessas
bandeira do Brasil e isso chocou parte do público grandes bandas em que tocou para um show?
nas primeiras músicas, mas o som rolou forte e foi FL - Tudo é possível enquanto ainda estamos vivos,
um sucesso. A equipe do Perdidos na Noite mas não temos mais as mesmas crenças e
(Faustão na Tv Bandeirantes) nos convidou para objetivos. Teria que ter um algo a mais pra
gravarmos o programa ao vivo no teatro Zácaro. conseguir juntar os mesmos antigos elementos para
Chegamos bem cedo, arrumamos os equipamentos, ensaiar naquele nível e apresentar um show.
passamos o som, nos aprontamos pra filmagem Infelizmente perdi o contato com alguns, mas de vez
mas aí a produção falou pra banda desmontar tudo, em quando eu me encontro com a maioria deles
liberar o palco e ficar à vontade pois só iriam nos pois ficou a amizade. Isso é o mais importante! A
filmar duas horas depois, nos deixando pra fechar o gente se vê esporadicamente, faz algum trampo
programa. Ok, trocamos de roupa e fomos para uma free lance ou simplesmente faz uma jam sem
padaria nos alimentar pois estávamos famintos. pretensões, que só tem valor recreativo, nada de
Quinze minutos depois um roadie da banda veio ensaio ou regras.
ofegante, desesperado nos avisar que o Faustão já
estava a muito tempo no ar anunciando a banda e FF - Nos revele uma história curiosa de
que não sabiam mais que piada contar, e o que bastidores? se puder é claro rsrsrs
fazer pra enrolar a platéia. Voltamos numa baita FL - Sei lá... o que me vem à mente não é
correria, putos da vida com a sacanagem da engraçado, mas talvez seja curioso para alguns.
produção. Todos se vestindo correndo, conferindo a O Orlando Lui do Rock da Mortalha costumava dizer
afinação com os instrumentos desligados (não que ele era um copo de água suja com uma torneira
tínhamos afinador eletrônico), recolocando os de água limpa aberta ininterruptamente. Nos anos
amplificadores no palco, montando bateria...foi uma 80 ele estava em franca regeneração, estava
brincadeira de muito mal gosto, mas não deixamos tentando viver os valores morais do Kardecismo, ser
a petéca cair. O público já estava cansado de um bom pai e marido (tinha 4 filhos) e trabalhar
esperar, mas quando começamos a tocar o público apenas com música. Tudo isso, pois ele queria
curtiu e foi um sucesso! corrigir sua trajetória de loucuras dos anos 70.
Naqueles tempos ele mexeu com tudo quanto é tipo
FF - Você teve contato com a lendária ROCK DA de Magia Negra, mexeu com coisas muito barra
MORTALHA, qual sua principal lembrança desse pesadas e o Rock da Mortalha realmente era
fato? assustador para os empresários que morriam de
mêdo das macumbas, bruxarias e fenômenos
FL - A minha principal lembrança foi o Show que estranhos que se manifestavam quando a banda se
eles fizeram no Metrô São Bento, creio que em apresentava.
1978. Foi impressionante! Quando eles acabaram, a
multidão invadiu o espaço para abraça-los, pegar FF - Que conselho dá ai aos inúmeros jovens
autógrafo, foi uma loucura! Não havia camarins e que fazem parte de nosso grupo e que desejam
eles ficaram numa roubada, apertados no meio da viver da música?
multidão. O guitarrista Marcos Baccas tinha um
timbre poderoso nos power chords e o Orlando Lui FL - Estudar teoria, estudar o instrumento, praticar
cantava agudo tipo Ozzy, fazendo frases velozes, técnicas individualmente, ensaiar em grupo,
super pesadas num baixo sem trastes. Era muuito apreciar música...viver isso! Dizem que o Steve Vai
som pra época, eles já tinham que ter gravado falou que tudo é apenas uma questão de 15.000
muitos anos antes deste show. horas! Então, muita paciência, persistência e
determinação no dia-a-dia.
FF - Hoje, o que Flawio Lara tem realizado em
termos musicais? e o que tem escutado? FF - Seus 3 discos nacionais de rock preferidos.
FL - Continuo compondo e trabalhando com aulas Uma banda que gostaria de ter realizado uma
personalizadas de guitarra. Optei por tocar pouco ao jam?
vivo pois toquei muito na noite. Estou numa fase FL - Eu gosto de discos que evidenciam a guitarra:
mais seletiva, meditando sobre os próximos passos. "Mutantes ao Vivo", da fase progressiva, não tem
O Rock Pesado é a minha Raiz! Mas eu continuo uma qualidade de áudio impecável, mas tem grande
ouvindo de tudo, eu gosto de música boa, nunca qualidade artística. O Sergio Dias é um guitarrista
tive preconceitos e isso até já me causou problemas genial! Gosto também do "1º Cd do Dr. SIN", o
na convivência com pessoas intolerantes. rsrsrss. Edúzinho é fantástico! Gosto também do "Caia na
estrada e perigas ver" dos Novos Baianos, por
causa do rock "Barra Lúcifer". O Pepeu é raçudo!
um baita exemplo de Guitar Hero. Uma Jam? ...
seria uma mágica, um sonho poder participar de
uma Jam com os meus Heróis do Deep Purple. Se
não for nessa vida, talvez ainda fique valendo pra
uma próxima... Kkkkk

FF - Uma mensagem final aos nossos leitores.


O mundo está passando por grandes
transformações e é fundamental que nos
concentremos no poder construtivo da música. É
hora de ampliarmos a nossa consciência sobre
como fazer a diferença, cada um no seu meio. Não
adianta esperar que a sociedade mude, as coisas
não mudam de fóra pra dentro. As mudanças
devem vir individualmente de cada um de nós.
Lembremos as palavras de Gandhi: "Seja a
mudança que você quer ver no mundo".

AO LADO ESQUERDO FOTO DA LENDÁRIA


ZERO HORA - CONHEÇA MAIS SOBRE FLAWIO
LARA
http://flawiolara.blogspot.com.br

MOMENTO HISTÓRIA – NA PALM, SONS OF WAR E UNICÓRNIO NEGRO (BEBEDOURO-1987)


RHADAS CAMPONATO
Rhadas é uma das pessoas mais importante para o registro da História do metal rock paulista. Suas fotos,
generosamente distribuídas em seu facebook garantem a memória visual que tanto apreciamos. Hoje iremos
conhecer um pouco mais de sua história.

Rhadas e Sandro da Fates Prophecy

FF - Rhadas, como surgiu a idéia e os meios para


realização do histórico festival que organizou nos FF - Quando surgiu o gosto pela fotografia?
anos 80? Rhadas - Surgiu muito cedo, na minha infância e
sempre estava com uma maquininha em mãos
Rhadas - A idéia do Rhadas Festival realizado em
fotografando principalmente pessoas, amigos,
1987 surgiu entre um grupo de amigos próximos a colegas de escola e tudo que eu achava que pudesse
mim e membros de bandas e era um projeto contar uma história. Daí fui estudando, observando e
ambicioso porque teríamos 10 bandas, grande parte aprendendo o universo da fotografia e fui sendo
delas conhecidas e tocando em um mesmo dia e levado por este caminho. Tudo a minha volta
local, num colégio estadual. Começamos a conversar, conspirava para estar nesse meio e conheci muita
fazer planos e tudo foi acontecendo de uma maneira gente, muitos fotógrafos e tive grandes oportunidades
de fotografar em diversos segmentos da fotografia. É
fantástica, com participação de todos, equipe, bandas
meu trabalho e principalmente minha vida e
e pessoas do meio, incluindo patrocínios. Foi satisfação pessoal.
organizado com todos os detalhes que precisava e
muito planejamento e correria para dar tudo certo em FF - Qual você considera o momento mais
uma época onde tudo era muito difícil. Foi a grande emocionante que deixou registrado em fotos?
aposta de todos para que algo maior pudesse Rhadas - Tenho muitos momentos e cada um deles é
acontecer dali pra frente. Felizmente foi um sucesso e único, a fotografia é isso, o olhar de cada fotógrafo e
o que ela vai passar para as pessoas, a sua
conseguimos pagar tudo, não houve lucro e nunca foi
mensagem. Isso independe de ser profissional ou
a nossa intenção. Era uma questão de fazer amador, de equipamento, ou técnica. Vou citar dois
acontecer e mostrar que era possível sim! Ainda irei momentos distintos pois seria o teor da pergunta e
publicar um texto sobre todo esse assunto. nenhuma delas foi algo que fiz com remuneração. 1 –
Uma série de fotos sobre refugiados na África para a
FF - O que mais te emociona ao lembrar do Unesco e outro ensaio sobre criancas orfãs no Leste
festival? Europeu para a Human Rights Watch. 2 - No campo
da música, apesar de nunca me considerar um
Rhadas - O que me emociona foi saber que esse fotógrafo de shows, foram as fotos de um show do
festival deu certo e sempre será lembrado e citado Thin Lizzy com o saudoso Phil Lynott que é uma das
por todos e que ele foi feito por cada um daqueles bandas que eu mais amo. Assistir este show já seria
que participaram, um momento mágico e verdadeiro o maior dos presentes e ter a oportunidade de
de união e amizade. Até mesmo as novas gerações fotografar quando me ofereceram uma câmera, foi
sabem da existência do Rhadas Festival e o que ele mágico. Daí nasceu uma conexão com um grande
ajudou nos projetos seguintes. Agradeço a cada um amigo fotógrafo inglês.
sempre!!
Rhadas - Continuo curtindo sim e apoiando, indo aos
shows nacionais principalmente! Comprando cds!! A
cena atual está bem complicada, por mais que
acreditamos e tentamos fazer o melhor. Existem muitos
motivos para isso e não daria para citar todos, mas o
principal é grande parte destas pessoas envolvidas no
meio não o enxergarem como um todo, saber
exatamente tudo que faz parte e como funciona a cena!
Nisso incluo, público, bandas e toda a estrutura
comercial, financeira e mídia.
FF - Como você avalia a herança do movimento
paulista para o Metal Rock nacional? FF - Que banda atual mantém, para você, o espírito
Rhadas - Independente de ser um paulistano, considero metal 80
essa herança do movimento rock/metal paulista algo vital Rhadas - Diria que muitas daquelas que ainda estão na
naquela época em que tudo estava começando, não vou ativa ou que retornaram e que são dos anos 80. Mesmo
dizer nem tanto pelas bandas, pois ao meu ver não era com trabalhos recentes lançados, ainda tem aquele
esse o trunfo maior, mas sim a posição que São Paulo espírito. Tanto de hard, metal, rock e thrash. De bandas
representava como grande centro geográfico e novas citaria o Fire Strike num lance bem próximo de
econômico. O pouco que tínhamos estava concentrado anos 80.
aqui, lojas, gravadoras, rádios e locais de encontro e
casas de shows. Estou falando de FF - Recentemente perdemos um grande nome da
cena paulista, Helcio Aguirra , gostaria que fizesse
anos 80, início!! Todo o país dependia de uma certa um breve comentário sobre a importância desse
forma dessa engrenagem funcionar e daí poder se mestre das 6 cordas para o rock paulista.
espalhar para todos os cantos. Existiam rockeiros no Rhadas - Eu conhecia o Hélcio pessoalmente e
Brasil todo, mas espalhados e lutando sozinhos. conversamos muitas vezes sobre diversos assuntos.
Precisavam de alguém que criasse um movimento forte e Mas nem vou dizer da importância dele como músico, ele
organizado e rompesse barreiras. E isso felizmente foi foi muito além disso. Se tornou uma pessoa que tinha
acontecendo e a troca de informações, contatos, uma grande história fora dos palcos, que conseguiu
negócios, divulgação se deu. Por favor não me chegar nos grandes meios de comunicação, nos
interpretem de uma maneira equivocada sobre empresários, naqueles que estão bem acima daquilo que
regionalismos, preconceitos ou distinções, somos achamos ser o mundo do rock. Conseguiu um respeito
brasileiros. Vamos entender toda nossa história e assim incrível por parte dessa gente que muitas vezes nem
podemos nos situar em cada momento dela. Então sabia que ele era um músico. Acho que foi sua maneira
começou a grande força em Minas Gerais, Rio de de agir, abordar e ter uma visão muito além do tempo
Janeiro, Nordeste, Norte e um tanto na região Sul. Em que o transformou nessa figura e lenda. Esse cara é que
1985 tivemos o Rock In Rio e assim foi o divisor de eu vou me lembrar mais que o guitarrista. São pessoas
águas. assim que fazem acontecer. Perdemos uma peça-chave!

FF - Quais eram as bandas que você mais admirava


naquela época? Qual o disco preferido das bandas
paulista e o show inesquecível? FF - A de sempre: uma mensagem para os amigos do
Rhadas - Sempre gostei de muitas e eram as grandes e grupo.
também as pequenas, muitas até desconhecidas. Para Rhadas - Bom, gostaria muito de agradecer a
mim tudo tinha uma ligação, pois nunca via isto somente oportunidade de estar aqui contando um pouco da minha
no âmbito musical. A amizade, contatos e apoio eram o história, do metal paulista, do rock/metal brasileiro e
principal. Ninguém vivia de rock e até hoje isso é raro. principalmente saber que existem muitas pessoas e
Vou citar as que eu mais acompanhava em shows, maneiras de dar continuidade a toda esta história,
Chave do Sol, Harppia, Centúrias, Salário Mínimo e através da antigas e novas gerações. Muito do que
Jaguar. Anos depois foram surgindo as bandas de thrash aprendi e ter entrado nesse meio veio do apoio e
e todo o movimento mais pesado. O disco preferido e por ensinamentos dos caras que já estavam por lá! E
muitos motivos foi o A Ferro e Fogo do Harppia. Algo que continuo aprendendo com essa garotada de agora.
ficou eternizado e sempre será atual. Show inesquecível Este grupo como tantos outros sérios tem uma grande
é complicado, pergunta das mais difíceis, rsss Mas missão e importância, vamos aproveitar para ajudar e
vamos lá, falando de metal nacional e em São Paulo, foi unir mais ainda! Participar, compartilhar e viver passado,
o Metal 4 no Ginásio do Palmeiras com as bandas presente e futuro! Obrigado a todos vocês!! Grande
Centúrias, Salário Mínimo, Abutre e A Chave do Sol, abraço! Thanks meu amigo Paulão!! Muito obrigado! e
inesquecível, lotado!! aqui duas opções de fotos para a pergunta 8. Foram
feitas no Super Peso Brasil, é o público, num show com
FF - E hoje, continua curtindo? como avalia a cena bandas nacionais, numa grande casa de shows e com
atual? bandas cantando em português!!
RHADAS FESTIVAL DE 1987
CESAR ACHON
Um dos principais nomes da cena 80. Cesar esteve a frente de bandas como MAMMOTH, PERFORMANCES,
TARKUS E APOCALIPSE. Conheça um pouco de sua trajetória!

FF- Cesar, o que te motivou a curtir rock e a iniciar CA - Sou um curioso, na verdade música pra mim veio
os estudos musicais ligados a guitarra? antes da minha profissão que é Engenheiro Elétrico,
CA- Um disco dos Beatles , e o fato do meu pai ser estudei na Fundação das Artes de São Caetano do Sul
musico me levaram rapidamente ao violão e depois a cheguei a cantar no coral, hoje encaro como um passa
guitarra. tempo muito agradável e talvez por isso até hoje toco
minha guitarrinha.
FF - Quais as recordações de suas primeiras
bandas? Quais eram as principais dificuldades? FF- Que discos você gravou com as bandas ou
CA - Primeira banda! Não lembro bem, rsssss, mas a participou como convidado?
primeira dificuldade era instrumentos, locais para
ensaiar, o que tocar, e não ter absolutamente publico CA - Oficiais apenas 2, com o Mammoth, um compacto
rsssssss. Apocalipse, e a coletânea São Power, CDs virtuais
vários, por iniciativa de Cesar Heavy e Luis Carlos
FF - Hoje, a distância, que análise faz daquele Barata com quem tenho parceria no CD Ponto de Fuga.
momento musical? Quem se destacava no mundo
rock brasileiro e quem eram as pessoas que
investiam na cena? FF - Qual considera o mais significativo? por quê?
CA- De cara Made In Brazil, depois, O Terço, CA - Justamente o CD virtual ponto de fuga pois são
Bacamarte, A Bolha, Bicho da seda este adoro. criações fora do conceito de banda, é bem intimista
Cornélius com quem trabalhei no Made posteriormente
era o icone do cantor de Rock. FF - Qual é para você o mais importante guitarrista
do rock brasileiro?
FF - Existia união entre as bandas? Que shows dos CA - Faiska é o mais autêntico, embora não o conheça
anos 80 você classificaria como memoráveis (apenas pessoalmente, Robertinho do Recife foi bem próximo
de bandas brasileiras) quase toquei com ele. Helcio Aguirra foi fantástico mas
CA - Até certo ponto existia união e amizade, tenho não tive quase contato com ele.
algumas delas até hoje como por exemplo o pessoal da
Chave do Sol, alem de fã de carteirinha sou amigo do FF - Cite 3 discos que mudaram sua concepção
Rubens Gioia até hoje, é claro que também haviam musical.
bandas que nem chegávamos perto, não pela CA - Qualquer um dos Beatles e qualquer um do Led,
competência mas pelo estrelismo que imperava. Black Sabbath eu indico Sabotage.

FF - Como você se define como músico?


FF - Hoje, como anda o trabalho musical de Cesar Achon?

CA - Estou retornando com nova banda com ideia de fazer musica sem rotulo e sem essa de cover, tocamos musicas
de varias bandas incluindo nacionais e as minhas composições, e damos uma roupagem de acordo com o que sentimos
em cada uma delas, será um trabalho longo e demorado pois só vou sair tocando quando me sentir pronto, hoje só se
fala em cover, eu toquei por 5 anos em banda cover e não aguento nem falar sobre isso, minha ideia é mudar este
conceito e aproveitar a exemplo de Gov´t Mule apresentar as versões de acordo com o sentimento que cada musica nos
transmitir, e é claro incluir trabalho próprio nisso.

FF - Ainda frequenta shows? Quais bandas da atualidade lhe fazem acreditar que o rock não morreu.?
CA - Atualmente não vou a shows, o ultimo que fui ver é da nova banda do Rubens Gioia com o Percy e gostei muito se
chama 6L6, eles mantem a pegada fiel do rock com qualidade, bem diferente das bandas de molecada que as vezes
aparecem.

FF - Cinco discos essenciais para discografia ROCK BRASILEIRO?


CA - Casa das maquinas qualquer um, Made In Brazil idem, Bicho da Seda, A bolha, Karisma Sweet revenge.

FF -Pense em sua banda ideal: quem seria o segundo guitarrista, batera, vocal e baixista?
CA - Eu adoraria dividir miinha guitarra com Rubens Gioia pois foi ele o divisor de águas no meu conceito musical, pois
ver a banda a Chave do Sol tão de perto como vi me mostrou um caminho bem diferente do que eu trilhava, o baixista o
Luis da Chave, o Baterista o Junior do Patrulha e o vocal seria o Cornélius com quem ja trabalhei mas ele se foi.

FF - Praça do Rock e Rainbow Bar, o que esses nomes significam para você? CA - Praça do Rock foi a
oportunidade para o Performance´s, pois acabei de sair desta banda e fiquei enfrente ao publico com a banda Mammoth
que pra mim foi uma resposta aos irmãos Moreno (Performance´s) sobre minha saída da banda, e o Rainbow Bar foi
uma sequencia, eu recebia chamadas a noite de pessoas que viram os shows e queriam saber mais sobre o Mammoth,
até uma caixa postal nos correios nós tínhamos para receber cartas , tempo bom.

FF - O Grupo histórias do metal rock paulista tem CA - Um espelho do que os anos 70 foram pra mim.
cumprido sua proposta de recuperar a memória de
artistas e bandas? o que sugere para melhorarmos? FF - Uma mensagem para os políticos.
CA - Eu não mexeria em nada , da forma que esta acho CA - Políticos, trabalhem como se estivessem em uma
que atinge que gosta do movimento de bandas nacionais, empresa, organizados, com metas, com
esta perfeito para o que entendo como grupo voltado a responsabilidades, com deveres a cumprir e com o espirito
esta ideia. Vcs estão de Parabéns. voltado a realmente executar alguma coisa, se
trabalharem realmente eu acho que a coisa funciona.
FF - Projetos futuros, pinta algum cd por ai?
CA - Eu penso da seguinte forma, para criar um novo FF - Agradecemos sua disposição e pedimos que
projeto: 1º Motivação, 2º Inspiração. A motivação esta indique uma música para postarmos acompanhando
ligada ao publico, hoje em dia esta muito complicado falar essa entrevista e principalmente que deixe um recado
em trabalho próprio no Brasil, eu tenho meu trabalho muito para nossos leitores.
bem reconhecido fora do Brasil por incrível que pareça. Ja CA - Eu peço coloquem a minha musica Gran Solo, e eu
a inspiração ela vem quando menos se espera, eu tenho diria aos colegas façam o que der na telha, pois é
na manga alguns sons que desenvolvo até hoje mas não exatamente o que eu nos meus 50 anos faço
sinto estarem prontos, mas se os concluir claro vou hahahahahahahahahahahahahhahahahaha
mostrar de qualquer forma seja por disco oficial ou
informal. Rssssss PARA OUVIR:
https://www.youtube.com/watch?v=6iwSvtke1Is
FF - uma frase sobre os anos 80.
RÁDIO A FERRO E FOGO – TOTAL APOIO A CENA BRASILEIRA!

SUNROAD - CARVED IN TIME (2013) Resenha por Paulão Atitude

Produzido pelo batera Fred Mika e o conduz o ritmo com mastria. Para retomar o som rápido e
Guitarrista Netto Mello, o cd já impressiona pela capa e pesado a banda nos brinda com Five Years Wasted,
encarte, um profissionalismo que todas as bandas que mergulho num som que me faz lembrar Yngwie Malmsteen ,
querem alçar voos mais altos deveriam ter. Mas essa Netto Mello está infernal nesse solo, Akasio Angels faz
apresentação fabulosa se torna um detalhe frente ao que umas passagens superinteressantes e Mika judia de sua
realmente interessa – SOM DA BANDA! E ai a SUNROAD pobre batera, solta o braço, sinta o peso com técnica, um
se apresenta com maestria ainda maior, perfeito dos melhores do Brasil. Mission traz um teclado sinistro ao
entrosamento entre os instrumentistas e um vocalista fundo (Vences Fernandes) e Mello vive o momento guitar
(Harion Vex) que está entre os melhores do país. O Cd abre hero, ótimo instrumental. No need fantasy é aquele som
com Carved Time, uma introdução ala Uriah Heep, puro para mexer o corpo, muito ritmo, contagiante realmente e
hardrock seguro por uma cozinha precisa, baixo e bateria olha Ian Astbury esta encarnado em nosso amigo Harion,
parecem ter feito um pacto com os deuses do Hard, dão o esse tipo de riff fica na cabeça... Echo of your loving bem ao
peso certo ao som, as paradinhas liberam Harion para estilo das bandas oitentistas, balada e peso, alguns riffs
demonstrar seu potencial, em alguns momentos parece que revivem plenamente aquele momento importante do rock,
ele encarna Ian Astbury, o som vai rolando e envolvendo os sinto aqui em Fred Mika aquele toque Cozy Powell, com
amantes do estilo, Master of Disaster, além de ter uma letra batidas fortes, pesadas, precisas, aumento o volume e o
consistente tem um riff arrasador em sua introdução, gosto grave, o som realmente é muito bom!! Que pena chego ao
muito da forma como Mello manda ver em suas bases e o último som, backing Again, puro hardão mesmo,
refrão totalmente 70, isso é hard rock! Into the city light sinceramente, me senti ouvindo SAXON, esse SUNROAD
começa com um riff que me fez voltar aos anos 80 em surpreende! Momento de abrir aquela cerva para
algum disco da Girlschool, depois as influências seguem comemorar o fato de ter tido o privilégio de ouvir mais um
como a do Def Leppard, som com melodias sem ser grande disco nacional, por isso que sempre digo – O
pegajosas, isso é importante. The Only ones é um dos METAL HARD ROCK BRASILEIRO É O MELHOR DO
momentos mais calmos do disco, dá para viajar legal. Disco MUNDO! SUNROAD ESTÁ AI PARA NÃO ME DEIXAR
de hard rock sem balada, não é disco de hard rock, nessa MENTIR!
faixa Harion Vex tem a parceria de Olivia Bayer em
Commomplace heat, muito legal as passagens de vocais e NOTA 10,00
mais uma vez menciono as baquetas de Fred Mika que
VINCULUM - PÁSSARO SEM DOMÍNIO sinto aos 15 anos curtindo shows no Rainbow e no Lira
PAULÃO ATITUDE Paulistana, é um convite para agitar, o solo me lembra
muito o harpia da fase A FERRO E FOGO. A faixa título,
PÁSSARO SEM DOMÍNIO é um convite a liberdade, o
RIFF matador (como esses caras tocam) aliado a coesão
da batera e baixo fazem o palco perfeito para o Moises
exibir um vocal que muito me fez lembrar Percy Weiss
pelo modo de entoar as palavras, uma tremenda
influência. Segue o cd e vou cantando VOE LIVRE SEM
PENSAR NO AMANHÃ. Olhos e alma é simplesmente
arrasadora, o RIFF inicial lembra muito o disco da
Patrulha com Pappo Blues, um hardheavy de primeira.
Infelizmente chega o último som – Tolo, aquele toque da
batera que todos sabem que chama o peso e ai é um
som que caberia em qualquer disco da NWOBHM. Estou
ajudando a distribuir esse EP que marcará época. Quem
apoia o metal nacional não pode ficar sem. NOTA 10!
PARA ADQUIRIR ESSE CD MANDE UM
EMAIL PARA Paulaoatitudedistro@gmail.com

Grata revelação do ano de 2013, a


Vinculum é formada por Moisés Lima (vocal), Eduardo
barbosa e Ari Sabbath (Guitarras), jacob Wild (bateria) e
Lucimario Nascimento (Baixo). O Ep se apresenta
impecável, desde a concepção da capa do nosso amigo
Joheel Rodrigues. São cinco pérolas com pé, mãos,
cabeça e corpo nos anos 80. Heavy Rock da melhor
qualidade. As bases das guitarras são perfeitas misturas
de peso e técnica, típica das bandas da NWOBHM, as
letras conseguem transmitir mensagens reflexivas, como
em indecifrável mundo, onde se pergunta – Como
entender o mundo? Como viver no mundo?. Ser humano
possui uma levada que faz a cabeça começar bater, me

ARI SABBATH

“ A receptividade alcançada pelo nosso cd foi bem satisfatória, a banda está satisfeita com o
alcance. A primeira edição se esgotou em pouco mais de um mês e enviamos o EP para todos os cantos do
Brasil. O único problema é local pra tocar, pois não temos muitas opções na nossa região. A banda já está
focada em um novo material, que deve ficar pronto logo breve. Três composições já estão prontas, na mesma
linha do primeiro registro. Aos que curtiram o EP, aguardem que vem coisa boa por ai.
CENTÚRIAS – ROMPENDO O SILÊNCIO
PAULÃO ATITUDE

QUE PENA! Apenas dois


sons, mas e que sons! Isso
COM A PALAVRA NILTON
éCENTÚRIAS, uma das mais importantes
bandas da história do metal rock brasileiro. CACHORRÃO
Nos anos 80 a banda nos brindou com
dois discos essências, fora a fantástica
participação no SP METAL. Mas voltando
ao rompendo ao silêncio os infernais
CACHORRÃO E RAVACHE montaram
uma banda que prima pela qualidade dos
músicos, ROGER E JULIO PRINCIPE já
são nomes consagrados na cena e deram
continuidade ao som característico da
banda. RUPTURA NECESSÁRIA E
SOBREVIVER já estão entre as minhas
favoritas. É o tipo da resenha que o melhor
é ficar quieto e ouvindo, tudo perfeito. A
Gravação primorosa, dá para ouvir cada
detalhe de todos os instrumentos e esse
NILTON CACHORRÃO está cada vez
melhor! Sem maiores delongas o mínimo
que podemos fazer é dar 1000 e cantar
junto com a banda – EU VOU
SOBREVIVER......EU VOU SOBREVIVER
PARA ADQUIRIR ESSE FF - Como tem sido a recepção do público
CD MANDE UM EMAIL PARA frente ao novo single e aos shows?
Paulaoatitudedistro@gmail.com
A recepção tem sido ótima, as pessoas que
PARABENS CENTÚRIAS, encontro ou escrevem, fazem muitos elogios ao single.
ESTAMOS LUTANDO PARA TER UM Isso significa que estamos no caminho certo. Quanto aos
SHOW DA BANDA POR AQUI shows digo o mesmo. Temos também agora uma faixa
etária mais jovem de público que nos acompanha o que é
excelente, sinal de que o legado da Centúrias está mais relação aos anos 80. Antes as bandas se encontravam
forte do que nunca. mais, trocavam mais ideias e o público era maior nos
shows. Talvez as pessoas saiam menos de casa hoje em
FF- Quais são os planos para o futuro da dia, sei lá. Muitos também confirmam presença nos shows
Centúrias? pelo facebook, mas acabam não aparecendo... rsrs. Não
tenho nada contra as redes sociais, pelo contrário, muitos
Bom, estamos no processo de composição dos shows da Centúrias foram fechados por contatos
para o próximo CD da Centúrias e em paralelo temos uma iniciados no facebook. Acho que as casas também
agenda de shows com várias datas pelo interior de São poderiam investir um pouco mais na infra, pois com um
Paulo e também em Minas Gerais. Nossa ideia é tocar bom som e uma boa iluminação, com certeza a banda
mais no interior e em outros estados, pois muita gente soará melhor no palco e consequentemente atrairá mais
conhece a Centúrias, mas não tem a oportunidade de nos público.
ver ao vivo quando tocamos em São Paulo, além da
receptividade ser sempre muito boa. FF- Como comprar o single e contratar shows
da Centúrias? Para comprar o Single "Rompendo o
FF- É possível estabelecer comparação entre Silêncio" e contratar shows da Centúrias escreva para
a cena dos 80 e a atual ou por serem épocas diferentes contato@centurias.com.br. Se quiser conhecer e dar um
não há como se comparar? curtir no facebook do Centúrias, digite:
www.facebook.com/centuriasheavymetal
Olha, eu brinco que antes existia três ou
quatro lugares para tocar em São Paulo e hoje eu vejo que FF - Uma mensagem para os leitores do
também continuam existindo três ou quatro lugares para fanzine a Ferro e Fogo! Quero mandar um grande abraço
tocar... rsrs A grande vantagem é que hoje é mais fácil para todos os leitores do fanzine a Ferro e Fogo e espero
comprar instrumentos de qualidade, já que até 1990 a vê-los em algum show da Centúrias por aí. Podem
importação desses itens era complicada no Brasil. Sobre a aparecer para bater papo e tomar uma cerveja também...
cena atual, infelizmente vejo ela um pouco dispersa em Rsrs. Valeu!
Fiquei realmente emocionado quando o amigo Braúlio
Assunção disse que iria me mandar uma cópia desse
CD que com certeza estará entre os clássicos da cena
nacional. A formação atual da banda - DEADLINESS:
DEADLINESS Roberto Antunes - Vocal e guitarra ; Ígor Antunes –
guitarra ; Ícaro Antunes – baixo e Braulio Assunção –
bateria esbanja técnica, peso e o sangue metal que
tanto alegre aqueles que gostam de qualidade. A opção
pela língua mãe é um fato que conta muito a favor e as
temáticas são muito bem desenvolvidas. É aquele Cd
que quando começa já nos ordena a banguear, um
comando metal de verdade! Overdose , Terra dos anjos
caídos e Guerreiros do metal são um mergulho no
melhor que os anos 80 produziram, deixando claro que
as influências não estão acima da capacidade criativa
da banda. Esse CD é um prêmio a esses batalhadores
mineiros que há anos estão na luta e merecem o título
que escolheram para o albúm – GUERREIROS DO
METAL! VALEU GALERA POR NOS
PROPORCIONAR MOMENTOS DE SATISFAÇÃO EM
MEIO AO CAOS QUE ESTÁ NOSSO PAÍS!

Deadliness – guerreiros NOTA 10 COM LOUVOR E COM O O SOM NO


MÁXIMO VOLUME!

do metal PAULAO ATITUDE

APROVEITAMOS A OPORTUNIDADE PARA


CONVERSAR COM BRAÚLIO ASSUNÇÃO LHE
FAZENDO DUAS PERGUNTAS:

FF - Como está sendo a receptividade do novo cd?


A receptividade do cd esta muito boa, o pessoal tem
procurado bastante e as criticas de quem já teve
conhecimento do mesmo foram ótimas.

FF - Como a galera deve proceder para adquirir o cd e


contratar shows da banda?
Quem tiver interesse no CD e no Show
pode entrar em contato pelo e-mail
deadliness@gmail.com.

Valeu Paulão, pela força !


ROGÉRIO VILELA - SILENT HALL
O ano de 2013 me proporcionou várias surpresas, uma delas foi conhecer esse batalhador chamado Rogério
vilela e sua excelente banda Silent Hall. Estou distribuindo o CD da banda que tem uma qualidade incrível,
altamente recomendada para quem curte som heavy metal com técnica sem cair na mesmice de muitos que se
arriscam no estilo. Vamos conhecer um pouco mais dessa banda em um bate-papo com o Rogério.
PARA ADQUIRIR ESSE CD MANDE UM EMAIL PARA Paulaoatitudedistro@gmail.com

PARA CONHECER O SOM DA BANDA ACESSE;


https://www.youtube.com/watch?v=aJ2zM7Gxy5M

FF - Como está sendo a recepção para o novo cd da Silent hall?

Rogerio Vilela – Silent Hall: Está sendo muito positiva e estamos muito felizes com isso. Na verdade lançamos uma
demo em 2009 e agora lançamos nosso primeiro EP, com uma produção bem melhor que a demo e muitas pessoas
que já compraram e ouviram o ep disseram que gostaram bastante e as resenhas que saíram até agora também
falaram muito bem do trabalho. Esperamos que as próximas resenhas também sejam positivas, para consolidar a
aceitação desse ep e que possamos alcançar o maior número de pessoas com esse trabalho.

FF - Como você classifica o som da Silent Hall?


Como foi o processo de gravação? Rogerio Vilela – Silent Hall: Nosso EP, Gates of
Conscience, contem 4 faixas que ao meu ver é uma boa
Rogerio Vilela – Silent Hall: Podemos dizer que nosso amostra do que será nosso primeiro cd full.
som é mais voltado para o Heavy Metal e algumas de São músicas que mostram um pouco da diversidade de
suas vertentes mais próximas, mas não nos prendemos influencias de que falei acima.
a rótulos. Fazemos nosso som de acordo com nossas A faixa que abre o ep é a You Can que é uma música mais
influencias e inspiração, então pode acontecer de sair direta, mais pancada, e traz em sua letra uma reflexão
coisas bastantes variadas no nosso som. O processo de sobre a luta diária entre os homens. A próxima faixa é a
gravação está sendo todo orientado por nosso produtor Prisoners of Fear que traz um clima mais sombrio e conta
musical, o Marco Diniz. Estamos gravando em seu home com a participação de Junior Morbidoom fazendo vocais
studio e contando, principalmente, com toda bagagem e guturais. Sua letra fala sobre a nossa relação com o medo e
experiência dele para agregar mais qualidade a nossa como somos influenciados com isso. A terceira faixa é
musica. Sweet Dreams que é um som mais cadenciado e rápido e
sua letra trata de sentimentos e fatores que nos afastam da
FF- E shows? Como contratar a Silent hall? nossa verdadeira essência. Fechando o ep temos a Father
que é uma balada (isso mesmo, uma balada... hehehehe)
Rogerio Vilela – Silent Hall: Para contratar a Silent Hall interpretada apenas com voz e violão e sua letra é sobre
é muito fácil... (risos), basta entrar em contato alguns sentimentos que temos, ou podemos ter, em relação
diretamente conosco através de nosso e-mail ao nosso pai.
(thesilenthall@hotmail.com) ou nossos canais no Bom, acho que é isso... sou muito suspeito pra falar disso...
Facebook, no nosso perfil rsrsrsrsrsrsrs...
(https://www.facebook.com/silenthallmetal) ou na nossa
Fan Page (https://www.facebook.com/silenthall?ref=hl).
Deixe um recado ou nos mande um e-mail que entramos FF - Planos futuros?
em contato para acertar os detalhes. Estamos
começando a agendar datas para esse ano e estamos Rogerio Vilela – Silent Hall: Nosso próximo passo, agora,
muito afim de tocar. é divulgar o máximo que pudermos nosso ep e fazermos
Por hora estamos com alguns contatos feitos, mas shows, muitos shows... rsrsrsrsrsrs...
dependendo de confirmações. Certo mesmo é nossa Em paralelo a isso estaremos concluindo a gravação de
participação no 2º Carna Rock de Juiz de Fora-MG no nosso cd e assim que estiver tudo pronto partimos para o
dia 01/03/14. Quem estiver por lá, compareçam!!! Será lançamento do cd.
um evento muito legal, com muita banda legal, sem Esperamos que no segundo semestre o cd seja lançado.
contar que vamos curtir um bom rock/metal em pleno
carnaval, ne.... (risos)

FF - Poderia comentar as faixas do cd?


FF - Uma mensagem para os leitores do zine a Ferro e estamos tendo até agora mostra que estamos em um bom
Fogo. caminho, por isso digo a todos para buscarem conhecer
nosso trabalho, para adquirir nosso ep basta entrar em
Rogerio Vilela – Silent Hall: Paulão, primeiramente quero contato conosco, pelos canais que falei acima, ou até
lhe agradecer pela força que você tem nos dado na mesmo através da Paulão Atitude Distro. Estamos iniciando
divulgação de nosso trabalho, na net e pela distro, e muito o agendamento de datas para esse ano e esperamos
obrigado pelo espaço que nos cedeu aqui. Para os leitores encontrar todos por ai....
do A Ferro e Fogo quero dizer que estamos nos esforçando Metal Forever!!!
bastante para fazermos um trabalho honesto e que valha a Welcome to the Silent Hall!!!
pena ser conferido pelos amantes do metal. O retorno que

IMMINENT ATTACK - Couch Potato (7” Compacto, 2014)


Thirteen Records - Nac.

Em 2004, a região extrema da zona oeste de São Paulo revelava mais uma banda de Crossover para o cenário
nacional, o Imminent Attack. De lá para cá, o grupo vem lançando ou participando de constantes lançamentos. Porém, foi
no ano de 2012 que mídia e público o recebeu de braços abertos, quando soltou no mercado o seu aclamado debut,
“Deliver Us From Ourselves”. Não se dando por satisfeito, o quinteto formado por Dinho Guimarães (vocal), Ivan Skully e
Erick Velles (guitarras), Alan Magno (baixo) e André A.Lien (bateria), marcou presença em um split e uma coletânea no ano
seguinte e para 2014, os músicos anunciam o lançamento do próximo álbum, para o segundo semestre. Como ficar parado
não é o negócio da banda, os “mamutes” (como são conhecidos) inovaram e em parceria com o selo Thirteen Records,
lançam agora esse EP em formato vinil (belíssimo, em amarelo), de sete polegadas - o conhecido, “compacto”. Como “em
time que está ganhando, não se mexe”, o grupo contou novamente com o produtor Rafael Augusto Lopes (Eternal
Malediction, Non Aeturnus, Torture Squad e Fanttasma) no Estúdio Casanegra e com o artista da capa, Carlos Cananea,
que trabalharam também em “Deliver Us From Ourselves” e ambos voltaram a se destacar em suas funções. Falando do
material em si, são apenas quatro faixas diretas e rasteiras, onde influências de Suicidal Tendencies (mais do que óbvio),
The Accüsed, Beowülf e Excel se encontram ao vocal de Dinho que segue uma linha estilo Steve “Zetro” Souza (Hatriot,
Death Dublin Patrol, ex-Exodus, Tenet, Legacy, AC/DZ etc). Apesar de que em “Nobody Cares”, a veia Punk fala mais alto,
assim como em “Dirty, Noise & Fun”, com o baixo destacado de Alan Magno. Um belo lançamento que precede o novo
petardo do Imminent Attack. Aos que não estiverem acostumados a manusear um compacto, devem se atentar em mudar a
rotação do aparelho para 45 rpm. Novamente a diversão está garantida.

Leandro Nogueira Coppi

Tracklist: Alan Magno – baixo


Lado A Ivan Skully – guitarra
1- United By Fear Erick Velles – guitarra
2- Nobody Cares André A.Lien - bateria

Lado B Sites Relacionados:


1- Couch Potato www.imminentattack.com.br
2- Dirty, Noise & Fun www.facebook.com/imminentattack
www.myspace.com/imminentattack
Line Up: www.reverbnation.com/imminentattack
Dinho Guimarães – vocal www.twitter.com/imminentattack

PRECISANDO DE ARTE PARA SEU CD? FANZINE/ RFEVISTA? AQUI TEM A SOLUÇÃO! MÁRCIO BLASPHEMATOR
EMAIL - marcioblasphemator@hotmail.com
SINAYA - Obscure Raids (EP, 2013)
Independente - Nac.

De tempos em tempos, ótimas bandas de Death Metal surgem em cada canto do país. Da mesma forma, as mulheres
vêm conquistando o seu espaço, com algumas bandas de altíssimo nível. É o caso do Sinaya. Formado em meados de
2010 pela guitarrista Mylena Mônaco, o grupo enfrentou os mesmos problemas pelos quais outras sempre passam: as
constantes mudanças de formação. Após fechar o line up com, Ya Amaral (também guitarrista), Taty Kanazawa (vocal,
ex-Ariel N‟ Caliban), Tamy Leopoldo (baixo, ex-Sethy) e a baterista Isabela Moraes (ex-Lethal Storm), o quinteto lança
agora o seu “cartão de visitas”, o EP “Obscure Raids”. Contando com a boa produção de Caio Angelotti (guitarrista do
Degolate), as garotas despejam em poucas faixas, muito peso e agressividade. É espantoso o que canta Taty
Kanazawa, devido ao seu vocal gutural que lembra muito o de Chuck Schuldiner (Death) - principalmente na fase entre
“Scream Bloody Gore” e “Leprosy” -, e, vez ou outra, o de John Tardy (Obituary). Os riffs da dupla Mylena / Ya,
somados a cozinha de Tamy e Isabela, lembram o Cannibal Corpse. Há também, certa influência de Thrash Metal,
devido a algumas passagens arrastadas. O EP abre com a introdução “The Ressurrection”, que antecede uma breve
parte instrumental e que logo sai de cena para dar espaço a impiedosa, “Pure Hate”. Na seqüência, a faixa título surge
com um riff carregado e alterna cadência a partes velozes (principalmente no solo) e uma linha vocal muito marcante
nas estrofes. Finalizando, a melhor composição do EP (em minha opinião, claro): “Legion Of Demons”. Nessa, os
destaques ficam por conta da baterista Isabela - que soube variar ritmos e tempos (apesar da escorregadela, ao final
da primeira parte do refrão) -, e também para o trabalho de divisão de vozes entre Taty e Mylena. Após as gravações,
Ya Amaral deixou a banda. Tomara que o debut não demore muito, pois, apesar de ser clichê dizer, criou-se a
expectativa.

Leandro Nogueira Coppi

Line Up:
Taty Kanazawa – vocal
Mylena Mônaco – guitarra & backing vocals
Ya Amaral – guitarra
Tamy Leopoldo – baixo
Isabela Moraes – bateria

Sites Relacionados:
facebook.com/sinayaband
sinayametal.wordpress.com
myspace.com/sinayaband
sinayametal.tumblr.com
youtube.com/user/sinayathrash
HATE HANDLES
DIE IN HANDS OF BELLIERVERS
UMA DAS MAIORES REVELAÇÕES DA CENA
BRASILEIRA. O CD DIE IN HANDS OF BELLIIVERS
TRAZ UM SOM PESADO E RÁPIDO. BATEMOS UM
PAPO COM MAICON DURIGATTI PARA SABERMOS
COMO ANDA O TRABALHOD E DIVULGAÇÃO E O
QUE A GALERA PODE ESPERAR DA HATE
HANDLES PARA 2014. A BANDA FOI FORMADA EM
2011 EM CAXIAS DO SUL E SUA FORMAÇÃO
ATUAL É
Matheus Dalalba Bass
Jonatan Mazzochi Drums
Maicon Dorigatti Guitars
Charles Magnabosco Vocal

FF - Que proposta sonora iremos FF -. Como andam os shows e a


encontrar no cd die in hands of divulgação do cd? Trabalhamos com a
beliervers? A proposta e a intenção do MS assessoria, que esta fazendo um
projeto sempre foram trazer algo que bom trabalho de divulgação virtual.
agregasse ao cenário metal. Como cada Nossas redes sociais também estão
músico tem influencias específicas, tendo um bom alcance. Após o
acabou que cada membro pode lançamento do álbum os shows
contribuir com suas influências e assim, aumentaram consideravelmente, e
o álbum se define pelo que chamamos estamos com a agenda com vários
Death/Thrash Metal, pois é o mais shows marcados.
abrangente e que pode representar toda
proposta das músicas. Pegadas Death FF- Como adquirir?
com o rápido do Thrash, e linhas de Entre em contato pelo e mail
melodia que se encaixam em muito contato.hatehandles@gmail.com
peso. Também é possível adquirir pela
compra virtual, no CD Baby, Itunes,
FF - Como tem sido o retorno das Amazon..
pessoas que ouviram o cd? Muito http://www.cdbaby.com/cd/hatehandles
positivo, e muito gratificante. Temos
alcançado fãs em muitas partes do FF. Uma mensagem para os leitores do
Brasil e do mundo, tendo críticas muito zine a ferro e fogo! Continuem
positivas. apoiando a cena nacional, pois ela é
forte, consolidada, e com excelentes
projetos!
É com imensa alegria que hoje conversamos com um guerreiro que há anos se dedica a
divulgação do metal brasileiro, apresentando um programa que leva som e informação
todo domingo a nação heavy metal Brasil, estamos falando de RENATO ORSI,
apresentador do PROGRAMA METAL HEART.

FF - Metal Heart é uma referência para os fãs bandas que eu gosto, mas o espaço não
do metal. Como surgiu a ideia do programa e daria, vou citar algumas pra representar
como consegue se manter há tantos anos no todas: Dominus Praelii, Hellish War, Hibria,
ar? Fire Strike, etc.. etc...,claro que eu gosto de
outros estilos tambem,mas o preferido é o
Olha, eu não acho que o Metal Heart seja Metal Tradicional.
uma referência, mas sim mais o programa pra
fortalecer a cena, fico extremamente FF - Já pensou em lançar um cd com o THE BEST
OF METAL HEART?
orgulhoso se alguém pensar assim, isso me
Eu tenho algumas coletâneas lançadas, não de
motiva muito, espero que mais pessoas forma oficial que são: Traditional Heavy Metal
tenham a oportunidade de criarem mais Collection - Volumes 1,2,3,4 e 5 Hard Rock Power -
programas para que o metal possa ter o Volumes 1 e 2 Eternal Classic Rock - Volume 1 Love
devido respeito que sempre mereceu. Metal - Volumes 1 e 2 Extreme Series - Death Metal -
Volume 1 Women in Metal - Volume 1
FF - Quais foram às entrevistas mais
marcantes/ FF - o que acha de nosso trabalho de
Não é demagogia, mas todas as entrevistas divulgação do metal nacional nos blogs e
foram, são e serão marcantes pra mim,
grupos do face book? Eu acho sensacional o
porque além de conhecer as bandas
trabalho de divulgação do metal nacional nos
pessoalmente, tenho a oportunidade de blogs e grupos do facebook,são ferramentas
mostrar e valorizar seus trabalhos, fazer muito importantes que todos têm acesso no
amigos, mesmo porque eu adoro fazer isso. mundo todo, só depende de cada um querer
se aprofundar e apoiar o metal.
FF - E o Renato Orsi o que curte? Quais são
suas bandas nacionais preferidas? FF -. Uma frase que define o metal? Heavy
Metal é a vida, e vou ver essa vida pra
Meu estilo de som predileto é Metal sempre.
Tradicional, eu poderia citar dezenas de

PARA OUVIR O PROGRAMA METAL HEART ACESSE - http://www.estrelafm.net/site/


TODO DOMINGO ÁS 19H
MASTURBATOR
A SAGA DEATH METAL CONTINUA FIRME EM FRANCA!
ENTREVISTA COM SIDINEI SLAUGHTERMAN

FF - A MASTURBATOR JÁ FINCOU SEU


NOME NA CENA BRASILEIRA. NOS CONTE COMO
COMEÇOU A BANDA E SUA FORMAÇÃO ATUAL.
SIDINEI - Bom, o Masturbator foi formado FF - QUAL A DISCOGRAFIA DA BANDA?
no final de 1987/1988. Mais o ideal de formar uma banda Nossos trampos no underground são esses,
de death metal vinha desde o final de 83/84, quando são trabalhos feitos em épocas onde era difícil uma boa
começou surgir esse estilo brutal. O Masturbator surgiu qualidade sonora. Mais tudo representava o inicio de
das cinzas da extinta banda Bestial war, minha primeira uma cena brutal, tudo era feito na raça sem muita
banda. Com ideal de fazer um som totalmente diferente experiência. Reh. 88 - demo - 1988 ,Beer And Rotten
das demais bandas da época. A primeira formação Pussy - demo - 1990 , Reh. 90 - demo - 1990
contava com uma garota nos vocais, algo inédito e Pornographyc Terror - demo - 1992 The Pornographyc
inovador na época para o estilo Death metal. A formação Terror - EP - 1993 Coletânia: The Winds of a New
era: Sidinei Slaughterman (guitar), Suzy Death (vocal), Millennium 1994(Damise rec), Live In Piracicaba, São
Paulo Nekros Blasphemer (bases) e Claudião Death Paulo 12/09/1995 , Infantricide/Masturbator - split - 2007
Homicidal (drums). A Suzy Death não pode continuar Vaginal Masturbation (split com Lamida Vaginal) (2010)
devido à distância p/ vir dedicar aos ensaios da banda, Lançado no Uruguai. DVD caseiro 2013
Urso Ptomophagy assume o Bass e com saída do
Claudião Death Homicidal, Paulo Nekros Blasphemer, E OS SHOWS? QUAL A AGENDA PARA
assume as baquetas e o vocals. Paulo Nekros OS PRÓXIMOS MESES?
Blasphemer não pode continuar na batalha por Os shows vêm acontecendo de forma
problemas pessoais, sendo assim a banda passou por agradável bem positiva, até porque após a nossa volta
várias mudanças de formação, ficando mais estável com ainda não temos um material novo lançado e mesmo
seguinte formação: Sidinei Slaughterman (guitar), assim o pessoal tem dado total apoio. Fizemos alguns
Samuel Death Tormentor (bass) e Paulo Pungent shows em janeiro, fevereiro. Foi tranquilo! Estamos
Violator (drums and vocal). Com essa formação foram colocando algumas coisas em ordem, compondo e
gravados vários materiais importantes que renderam ensaiando. Nossa agenda se firma a partir de março,
matérias de ótima repercussão em várias revista, temos show aqui em Franca-SP dia 22/03/14. Depois
fanzines e jornais alternativos no Brasil e exterior. A temos muitas datas em negociação. O ano começou
formação atual conta somente comigo da antiga bem, creio que vai continuar bem promissor, estamos
formação, segue assim: Sidinei Slaughterman (guitar), confiantes!
Jason Dissector (bass) , Samuel Death Tomentor (vocal),
Leandro Bellinazzi Schuldiner (guitar) e Paulo Sadus COMO VOCÊ VÊ A CENA DEATH METAL
(drums). ATUAL?
Eu sempre acreditei no metal e suas
vertentes, para nós que estamos na cena há muitos anos
é natural que sejamos mais saudosistas, é uma difícil
comparação. Existem hoje grandes bandas com alma
underground rodando o Brasil e o mundo, tem mais
shows acontecendo, grandes festivais com equipamento
de ótima qualidade, enfim uma instrutura que no
passado a gente nem imaginava um dia desfrutar,
estúdios excelentes e tal... E a internet ajuda em vários
pontos, como por exemplo, ajudar as bandas mais
brutais de Death Metal a ficarem em evidência.
Antigamente eram poucos que flagravam sons mais
extremos. Resumindo eu acho que a cena cresceu em
números de ouvintes e infraestrutura, mais só o tempo
ira definir tudo isso perfeitamente, pois o Death Metal
como é um musica extrema sempre foi para poucos
mesmo.
VOCÊ É UM DOS HERDEIROS DA grande publico se pensando a nível interior foi ótimo. O
TRADIÇÃO UNDERGROUND 80 GRAÇAS A pessoal curtiu e respeitou a gente e as demais bandas,
PARTICIPAÇÃO NA BESTIAL WAR, O QUE PODE NOS creio que ganhamos um grande número de irmãos e
DIZER DAQUELA ÉPOCA? esperamos voltar para tocar e revê-los.
Bom, a Bestial War nasceu em momento
que tudo estava começando era um inicio de uma cena, QUAIS AS PERSPECTIVAS PARA ESSE
a gente era todos adolescentes na intenção de fazer o ANO?
som mais fudido do mundo, totalmente radical, sem As Perspectivas são gravar nosso novo
técnica e equipamento, mais com muita vontade na alma material, fazer bastantes shows, inclusive voltar a
de fazer as coisas acontecer. A gente não sabia o certo Bebedouro... rsrsr. Enfim continuar a batalha tocando
aonde chegar era tudo na inocência mesmo, tudo no Death Metal, isso é nossa vida!
improviso a gente nunca tinha ido a shows ou visto
outras bandas tocar a gente tinha que se virar sozinhos, UMA MENSAGEM PARA OS LEITORES
talvez por isso que era tudo original. Bateria, como era DO ZINE A FERRO E FOGO –
um instrumento muito caro era na base improviso Paulo Death Banger (obs., esse era meu
mesmo, feito de ferragem de construção e peça de apelido nos anos 80 quando tocava na Death Angels e
fanfarra, isso era o underground e a gente não tinha Sons Of war) muito obrigado pelo apoio, estamos muito
vergonha disso e nem temos, pois era a nossa realidade. agradecido, a você leitor do zine Ferro e Fogo que
Posso dizer que foi uma época marcante, grandes tiveram paciência de ler essa entrevista muito obrigado
bandas como Sepultura, Sarcófago, Mutilator... As pela atenção, se possível entrem em contato conosco.
histórias por incrível que pareça não eram tão diferentes Sempre colocamos as pessoas que gostam da banda
da nossa, era bem distinta nossas cidades, mais a gente como algo importante para nossa existência. Não somos
sempre tinha contatos por cartas. Saudades..... profissionais, temos uma consideração de igualdade,
tanto faz estar no palco ou no público, o importante é
que somos headbangers. Para mais informações visita
nossas páginas ou entre em contato. Valeu!!!Um forte
abraço e death metal sempre.

Contatos com a banda:


Celular Claro(16) 99285-5197 Celular
Claro(16) 99122-6095, Celular Oi (19) 8708-3995
(16) 3704-1419
sidineips@hotmail.com

https://myspace.com/masturbat
orband
http://www.metal-
archives.com/bands/Masturbat
or/13138
RECENTEMENTE VOCÊS SE https://www.facebook.com/pag
APRESENTARAM AQUI EM BEBEDOURO. QUAL FOI es/Masturbator/166510710075
SUA IMPRESSÃO SOBRE A CIDADE E O SHOW? 382
Fomos muito bem recebidos, Bebedouro é
uma cidade acolhedora essa foi a nossa impressão. Foi
um grande show, sem duvidas inesquecível com um
RIDER
CONVIDAMOS CÉSAR CAÇADOR, VOCALISTA DA BANDA PARA NOS DAR UM DEPOIMENTO
SOBRE A TRAJETÓRIA DESSA REVELAÇÃO DO METAL TRADICIONAL PAULISTA QUE EM BREVE ESTARÁ
LANÇANDO SEU CD DEBUT.

Olá, gostaria de estar agradecendo ao Paulão Atitude que tem dado um apoio pra gente que esta
rendendo bons resultados e também é o responsável por eu estar aqui escrevendo para vocês! A banda começou
após a dissolução da banda chamada Agincourt , a qual tocava alguns covers , na época o Gabriel ainda era o
vocal e o Lucas Couto estava há pouco tempo na banda, isso no inicio de 2011 .Nesse tempo a banda já estava
fazendo alguns poucos shows, a maioria das músicas já eram reproduzidas nas apresentações, mas ainda não
havia nenhum registro oficial. Foi ai que a banda resolveu gravar a EP que levou o nome de uma das composições
da banda, Streets Of Nowhere. Em outubro de 2012 o instrumental já estava gravado.
Eu conheci a banda nesse meio tempo, em uma casa de shows chamada Musicall Bar, em Guarulhos.
Lembro-me de ter assistido no máximo as quatro ultimas músicas, mas foi o bastante pra eu querer fazer parte
daquele projeto, a banda era fantástica! As composições a atitudes, o Gabriel era um bom vocal, mas eu senti que
eu fazia parte do grupo, que precisava estar ali em cima do palco com aqueles caras.
Quando iriam começar as gravações da parte vocal, o Gabriel deixou a banda por motivos pessoais.
Logo que fiquei sabendo de sua saída entrei em contato com o lukke. Em março fui chamado para um teste. E
haviam realizado testes com outros caras, até mesmo com uma garota amiga nossa que cantava numa runnaways
cover! E ai veio meu teste e uma semana depois eu estava dentro da banda da qual eu estava assistindo meses
atrás! Foi uma época meio tensa pra mim as dos primeiros ensaios e shows por conta de uma forte gripe que eu
peguei e durou meses, eu estava com certo medo de ter que sair da banda, pois ainda não tinha mostrado o que eu
podia fazer e estava praticamente impossível cantar algo, eis que um tempo depois, com apenas alguns meses de
experiência, entrei em estúdio e concluímos a EP no Lau estúdio, no Rochdale.
Com a formação da banda contando com Klébio Moura (baixo), Victor Oliveira (bateria), Fernando
Martins (guitarra), Lucas Couto (Guitarra) e eu, César Caçador (vocal), lançamos a EP, ainda que cada um tenha
suas inspirações pessoais, eu particularmente me baseio muito em bandas como Rainbow, Viper e Samson. A
banda tem como influência Cloven hoof, Grim Reaper, Virtue, Savage Grace, além do Maiden que acho que,
querendo ou não, acaba sendo uma grande inspirações para essas bandas dessa nova era do Heavy Tradicional
pelo mundo.
O lançamento de Streets Of Nowhere aconteceu no segundo semestre de 2013, num show junto a
grande lenda canadense, Exciter, rendendo boas vendas e boa repercussão, recebendo pedidos de vários Estados
brasileiros e até mesmo de fora do Brasil, lugares como Dinamarca, Itália, Argentina, Chile (onde saiu à primeira
resenha) e alguns outros lugares, infelizmente ainda não temos condições de estar mandando as cópias para
muitos lugares, pois acaba saindo muito caro, logo que só foi lançado aqui em São Paulo e por nós mesmo, mas já
estamos correndo atrás de distros e gravadoras para que esse “simples” pedaço de plástico possa correr o mundo!
Agora no começo do ano iremos começar a gravação do Debut que, além das quatro músicas presentes
no “SON”, haverá mais seis composições das quais tocamos ao vivo, tentaremos estar lançando um single com dois
novos sons pra banda não ficar estagnada por muito tempo sem material novo para os fãs!
Estamos com cada vez mais shows, acabamos de vir de três seguidos e continua por um bom tempo!
Logo estaremos colocando nossos planos de tocar no Sul em prática, estamos preparando um show novo para
esses e outros shows que estão por vir com algumas surpresas bem interessantes e sangrentas! Não percam a
oportunidade de nos ver ao vivo, e se você mora longe de São Paulo ou em outro lugar do mundo, logo estaremos
ai, nos veremos na estrada!
Dicas - CD DEMOS AGRESSIVE – DEATH AND CHAOS

FLAGELADOR & RUINS Esse cd-demo traz quatro pancadas Thrash Metal
totalmente influenciado pelos anos 80. Voc~e pode
Lançado no início de 2009 pelo selo curtir a demo inteira e entender do que estamos
Deathrash Armageddon do Japão, traz um som do falando:
Flagelador intitulado Anjo exterminador em parceria http://www.youtube.com/watch?v=F4bSdTcgjX4
com a Ruins da Alemanha. Como sempre a Complicado definir qual é o melhor som , mas a
Flagelador faz um som porrada e pesado que vale a primeira faixa - Spirit of Evil e a segunda - Death and
pena conferir. Para executar esse som a Flagelador Chaos estão prontas para figurar entre os clássicos
contou com Exekutor - vocal/guitarra, Selvagem – do underground nacional. Os integrantes da banda
baixo e Iron Fist - bateria são relativamente jovens, quando lançaram essa
demo tinham entre 15 e 16 anos. Em 2012 lançaram
o EP „The Legacy Ramains que demonstra a banda
ainda mais segura. Essencial para quem curte o
metal primitivo e agressivo como deve ser!

REXOR
Monge
Grata revelação essa banda do Ceará, o
som mescla Blackmetal com o grindcore, num
resultado surpreendente. O cd-demo foi lançado pela
Jazigo Distro. A demo é composta por 8 sons: 01
Descending Into The Deepest Abyss of the Self And
Deny the Creator of Lands and Seas - 02 The
Doctrine of Transcendental Invocation , 03 Buer,
Président de l'EnferNoir , 04 Code, Meditation and
Conduct in Entering the Inferior Realm , 05 The
Cryptic Exorcism of Peace and Joy , 06 From The
Profound Subterranean Winds , 07 ummoning the
Lords Of Tragedies Storm , 08 The Signal Of The Evil
Existence. A formação da banda é DAVID (bateria),
DANYEL (guitarra) e James (vocal). Destaco as
faixas 04 e 05 que realmente arrebentam qualquer
um que ousar ouvir a demo sem estar preparado para
a porrada! Para os amantes do metal tradicional brasileiros
Para conhecer o som da banda acesse: fica a dica do REXOR, esse cd-demo de 2008
http://www.youtube.com/watch?v=FQXyGXBfeKo apresenta cinco faixas fantásticas, com um
instrumental perfeito e vocal acima da média. A
banda era formada por
Adrian Fernandes Bass
Gleison Torres Drums
Wander Cunha Guitars
Wash Balboa Vocals

Eu tive contato com o Adrian


na época do Orkut, tentei
localizá-lo para uma entrevista
mas não consegui!
RECOMENDADO!!!
REVIVAL ANOS ANGEL – SANTOS

80
AEROMETAL – SÃO PAULO

EVOKED DAMNATION – SÃO JOSÉ DO


RIO PRETO

OS ANOS 80 FORAM REALMENTE


MÁGICOS!

Se você tiver fotos e desejar colaborar


com o zine, mande para paulaoatitudedistro@gmail.com
DO FUNDO DO BAÚ – RELEASES
DO FUNDO DO BAÚ - RELEASES
SESSÃO PIRATÃO
EXCELENTE BANDA PORTUGUESA

http://rusfolder.com/34402451?ints_code=a11e2b469bbd2f06339eb22eb61adc5e

Nameless - The Overcome of the Portuguese Bastards - 1996

PÉROLA DO METAL NACIONAL

In Memorian - 1996 - Insantification.

http://www.4shared.com/rar/OgSp5vvB/In_Memorian_-_1996_-_Insantifi.html

PASTEL DE MIOLOS – DEMO-TAPE


http://www.4shared.com/file/Qae2LPhn/1996_-_PASTEL_DE_MIOLOS_-_Demo.html
CONHEÇA A ARTE DO BARATA
http://www.abarata.com.br/abarata.asp

https://www.facebook.com/barata.cichetto?fref=ts
ESPECIAL PRAÇA DO ROCK

A Praça do Rock no Parque da Aclimação (SP)


Escrito por Antonio Celso Barbieri

Estamos lá pelo meio dos


anos 80! A Praça do Rock no Parque da
Aclimação começou como fruto dos
sonhos do Dalam Junior, um músico
local. Dalam organizou com o apoio
logístico do Jornal do Cambucí um
encontro com um grupo de produtores e
representantes de bandas ligadas ao rock
de São Paulo. Como, naquele período, eu
era um produtor bem atuante e em
grande evidência também fui
convidado. Acabei sendo convidado para
ser o apresentador do evento. A Praça A politicagem
do Rock acontecia, durante todas as
tardes do último domingo de cada mês, O presidente da Associação
no palco da Concha Acústica, próximo ao do Bairro do Cambucí era partidário do
lago, que existe dentro do Parque da antigo PDS que era o partido da direita. A
Aclimação. O Jornal do Cambucí fazia Associação do Bairro do Cambucí nunca
toda a parte burocrática junto da tinha oferecido nenhum obstáculo à Praça
Secretaria Municipal de Cultura para do Rock. O presidente desta associação
conseguir as autorizações, o morre e na luta pela sucessão assumiu o
equipamento de som e a divulgação do representante do PMDB local. Cabe
evento na imprensa. O Jornal do lembrar, que o PMDB tinha sido o
Cambucí fazia toda a parte burocrática “guarda-chuva” que abrigou no tempo da
junto da Secretaria Municipal de Cultura ditadura militar as esquerdas brasileiras.
para conseguir as autorizações, o Como resultado, todo o pessoal do PDS
equipamento de som e a divulgação do que fazia parte desta associação
evento na imprensa. Gratuitamente, num renunciou e aproveitando uma nova lei
lugar bonito, debaixo de tardes que permitia que fossem criados
ensolaradas, o público jovem poderia Associações de Usuários de Parques,
presenciar várias bandas novas formaram a Associação dos Usuários do
mostrando seus trabalhos. Nem preciso Parque da Aclimação. Este povo
dizer que a Praça do Rock a cada politiqueiro que provavelmente nunca
domingo tornou-se mais e mais popular. tinha posto os pés no Parque da
Com o crescimento do evento e, bandas Aclimação imediatamente decidiram que
selecionando bandas, logo pequenos a Praça do Rock tinha que acabar pois
problemas apareceram. Por exemplo, estava, entre outras coisas, destruindo o
contra a minha vontade, foi decidido equilíbrio ecológico do parque.
que bandas que cantassem em inglês Reclamavam também de motoqueiros
não poderiam se apresentar. Com uma destruindo a grama, bêbados,
afluência maior de público, os problemas maconheiros e que todo aquele barulho ia
de segurança surgiram. Não queríamos a assustar os passarinhos e os coitadinhos
polícia envolvida. Portanto, passei a usar não iam mais conseguir procriar!
o microfone para todo tipo de recado e
conselhos básicos eram dados numa Na verdade, o problema não
linguagem que a garotada entendia tipo, era tão grave assim e facilmente
“se tiver que fazer a cabeça, já venha solucionável. Além do mais, o sistema de
com a cabeça feita, não fique dando som estava direcionado para o lago.
bandeira”. Voluntários eram solicitados Quanto aos passarinhos, se eles não
para ajudar na limpeza de garrafas gostassem de rock, tirando as 5 horas de
vazias, coleta de lixo e segurança. Apesar shows uma vez por mês, eles
da presença de milhares de pessoas, a normalmente teriam ainda muito tempo
paz reinava nos eventos. para fazer amor! Há! Coitado dos
peixinhos do lago! Bom,
inesperadamente, com poucos dias de milhares por todos os lados e eu na base
antecedência, já com toda a divulgação do grito, sem um megafone, pedia para
feita pela imprensa, ficamos sabendo que que as pessoas colocarem seus nomes
o DEPAVE, Departamento de Parques e no abaixo-assinado e ficassem para a
Áreas Verdes, tinha vetado a Praça do passeata que aconteceria às 5 da tarde.
Rock e a prefeitura retirado todo o seu
suporte.

A passeata em volta do lago!

Lá pelas 5 horas, coloquei a


faixa da Praça do Rock que normalmente
era usada no palco, na mão do povo e
começamos a passeata. Conforme a
passeata prosseguia, entrei no meio da
multidão e comecei gritar: “A praça é
Barbieri convida o público presente à nossa! A praça é nossa! A praça é
participar, assinando a petição! nossa!”. A multidão começou gritar junto.
Depois de um tempo comecei gritar:
A passeata “Roqueiro também merece respeito!”. A
multidão acompanhou. Um garoto mais
rebelde gritou: “Filha da puta! Filha da
Numa reunião de emergência,
puta!”. Alguns presentes seguiram o coro
decidimos que o ideal seria levar um
por alguns segundos mas outros
sistema de som menor e tentar fazer os
começaram a gritar: “Roqueiro unido
shows assim mesmo. Infelizmente, no dia
jamais será vencido!”. O coro da multidão
do show, descobrimos que o
imediatamente tomou conta de tudo. Era
administrador do parque à pedido da
um grito de ordem meio chavão mas o
recém criada Associação dos Usuários do
que interessava era que agora os
Parque da Aclimação, tinha desligado as
manifestantes tinham descoberto o
saídas de eletricidade do palco da
funcionamento da coisa e a passeata
Concha Acústica.Às pressas, trouxemos
tinha ganho vida própria. Eu passei a ser
de uma casa próxima, uma mesa para o
apenas mais um integrante. Foi muito
palco onde, organizamos um abaixo-
emocionante ver o “Borg Coletivo” em
assinado para ser entregue na Prefeitura
ação. Ver aquela massa humana como
protestando e pedindo a volta da Praça
um único organismo vivo.
do Rock.

TEXTO ORIGINAL - http://celsobarbieri.co.uk/index.php/tunel-do-


tempo/51-caplo-ii-dalam-jornal-do-cambuc-a-prado-rock

Jovens no palco da Concha Acústica


assinando a petição!
DALAN JUNIOR
Foi também decidido que
faríamos uma passeata em volta do lago
terminado novamente na Concha
Acústica. Os jovens chegavam aos
LEMBRANÇAS DA PRAÇA DO ROCK

“ A praca do
rock foi um grande palco para as bandas
de garagem, talvez um dos poucos locais
onde o rock brilhava para as pessoas de
verdade. A historia do rock do Brasil nos
anos 70 e 80 foi escrita pelo seu grande
idealizador Dalam Jr que sempre deve
ser reverenciado e agraciado de
reconhecimento. Conheci muitas Bandas
e vivi muitas experiencias que estao
tatuadas em minha alma para sempre, a
Praça do rock foi um marco, uma
bandeira que ate hoje desafia o nosso
peito a própria morte! E és belo, és forte,
impávido colosso E o teu futuro espelha
essa grandeza! “

WAGNER ANARCA

“ Ainda estou lá! Vivi grandes momentos na Praça do Rock, me recordo muito do show do Platina, onde Daril Parisi com uma
técnica fenomenal me deixou impressionado e o Harppia,, pois ver aquela banda ao vivo com sua formação do A FERRO E
FOGO foi determinante para minha escolha pelo metal rock brasil como o melhor do mundo! Nesse dia eu
estava acompanhado de dois grandes amigos, o Nelson e o Betão! Realmente foi uma tarde
inesquecível.”
Paulão Atitude
RICARDO RAVACHE
A Praça do Rock é uma das melhores
lembranças que tive a sorte de participar. O local era
mágico: a Concha Acústica do Parque da Aclimação,
em frente a um lago e cercado de área verde. Como
se tratava de um evento gratuito, ao ar livre, que
durava o dia inteiro, atraía um grande público. Até
pessoas que não conheciam, acabavam se
envolvendo e gostando das bandas que se
apresentavam. Lembro que o palco tinha um bom
tamanho e a qualidade do som era bem satisfatória
mas, o que realmente importava era o trabalho
conjunto dos idealizadores (Dalam, Orlando,
Bonadia...) e as bandas, que representavam o
movimento do novo estilo que estava se firmando no
Brasil, o Heavy Metal. Sem dúvida foi um marco na
história do nosso querido Metal. O único senão é a
falta de registro em vídeo e áudio dos eventos.
Cheguei a ver algum registro muito amador, nos anos
2000, mas também muito rápido. Questão de
segundos. Quem sabe alguma boa alma tenha
registrado e queira disonibilizar? Para as garotas,
beijos angelicais e para os rapazes, abraços fraternais.
EU ESTAVA LÁ ... Imagina um lugar paradisíaco (como
VALMIR RUFF é o parque até hoje), muito sol,
temperatura na casa dos 30º,
garrafas de batida de amendoim,
coco, morango, conhaque, 51 e
óbvio... Nuvens de fumaça entre uma
árvore e outra, com muito som
rolando nas caixas entre uma banda e
outra, alias quando uma banda
finalizava seu set parecia que nunca
mais a outra entraria, tamanho a
demora em regular (ou esperar
As tardes de Domingo ... esfriar) os amplias novamente.
Mas a demora era válida, afinal tinha
Final dos anos 70 e começo dos 80,
somente: Centúrias, Sálario Mínimo,
gerações distintas com um único
ideal, ouvir o velho e bom Rock’n' Abutre, Made in Brazil, Vírus,
Avenger, Santuário, Excalibur,
Roll. Isso era a lendária Pça do Rock
que ocorria no último domingo de Mammoth... E outras que a idade não
cada mês no Parque da Aclimação SP, me permite lembrar; aquilo era
mágico, praticamente todos cantando
lá pintava aquelas figuras carimbadas
da Fofinho, Led Slay (ambos do em português o que facilitava ainda
mais a compreensão do público,
Tatuapé), Rainbow Bar (do
Jabaquara); Sendo assim tínhamos os pouquíssimas pessoas tinham o
amantes de Deep Purple, Led domínio do inglês, bem diferente de
hoje!
Zeppelin, garotas que eram a própria
Todas essas bandas tiveram registros
encarnação de Janis Joplin, é claro os
no SP Metal 1 e 2 , bem como
“Malucos Beleza” que sempre
trabalhos solos . Aquela transição
mandavam um ... Toca Raul!
E a galera mais nova até mesmo pela nascia com um DNA tão bom que 30
anos depois a grande maioria está na
idade sempre sedenta em novidades
ativa e os que não estão são
(no qual eu estava incluso), pessoal
lembrados com muito respeito como
que já ouvia ou tinha ouvido falar em
Venom, Exciter, Slayer, Voivod... símbolo do nascimento do Metal no
Alias chamar isso de Rock era uma Brasil! Vale lembrar que o evento
ocorria graças ao empenho dos Sres.
ofensa para os mais conservadores,
imagina comparar essas bandas com Celso Barbieri, Dalam Jr... entre
outros Dinossauros!
Scorpions, AC-DC, Purple e
Long Live Rock!
Whitesnake; o que quero dizer é que
rolava um nariz torto entre as duas
gerações, mas não passava disso
todo mundo era maluco e filhos do
Rock!
Bestialwar: o ponto de partida para o underground (oldschool).
SAMUEL OUTSIDER

A banda mater do que é conhecido hoje como oldschool, o estilo mais subversivo entre as bandas do metal extremo,
é sem duvida o BESTIALWAR (Franca-SP). Formada por ninguém menos que Sidinei Slaughterman (guitar.), o mitológico
Paulo Necros Blasphemer e Cesar Matidieri que mais tarde formaria com Leonardo o Mayhen Decay Cudgel. Ao contar
brevemente a história dessa banda pioneira estaremos contando também a história da oldschool.
Existia uma grande vontade de fazer seu som, mas as limitações iam além da grana curta (a maioria eram operários
e empregados em diversos setores). A dupla jornada trabalho e estudos impossibilitava a dedicação ao aprendizado de um
instrumento musical. No início era uma regra saber tocar muito bem para formar uma banda de respeito e isso exigia uma
formação musical mínima. Contra tudo, o BESTIALWAR abriu caminhos. Mostrou que para fazer um som sujo e podre não
era preciso dedilhados e outras “frescuras”. Ganhou respeito por isso e se tornou a mais suja e podre banda DEATH METAL
que nasceu.
Naqueles tempos, A maioria das bandas que surgiam pensavam como seria o primeiro disco, caso chegassem lá,
mas não o BESTIALWAR. Era o tempo do movimento do ABC com as bandas BLASPHEMER, NECROMANCIA, COVA, MX,
BAPHOMET e outras que não eram do ABC, mas da cidade de São Paulo e que eram importantes como KORZUS,
GENOCÍDIO, DESASTER e no interior, SONS OF WAR (Bebedouro - SP), GUERRILHA e HOMICIDAL (São José do Rio
Preto-SP), VIOLÊNCIA (Americana-SP) sem dúvida aquelas duas que eram certamente as mais importantes, VULCANO
(Santos-SP) e ATTOMICA. (São José dos Campos - SP).
A postura do BESTIALWAR em fazer um som com recursos praticamente inexistentes foi significativa, afinal era a
primeira banda que rompeu com essa “musicalidade” das bandas HEADBANGERS. Ela foi o marco inicial para o surgimento
do NECROVOMIT, MORBID NOISE, DESGRAÇA, E.A.C e HOUSE OF MADNESS de São José do Rio Preto-SP,
NECROBUTCHER (Florianópolis-SC), PSICHOPATIC TERROR, NUCTEMERON (Santa Maria-RS), TRUCIDATOR (Lauro
de Freitas-BA), GENITAL INFECTION (João Pessoa-PB), CHRIST‟S DEATH (Fernandópolis-SP), ROTTEN ANGEL
(Londrina-PR), FECALOIDE, BESTHOVEN do Gama-DF, INFERNAL NOISE (Ribeirão Preto-SP), G.O.P (Uberaba-MG)
DESNUTRIÇÃO (Mirassol-SP) MAYHEN DECAY CUDGEL, INFANTRICIDE E MAYHEN DECAY CUDGEL, que tem suas
raízes nessa banda pioneira do underground (old school) e tantas outras.
NOSSA SÉRIE DE ENTREVISTA DE GRANDES NOMES DA CENA RECEBE HOJE O GRANDE BILLY,
HISTÓRICO NA CENA PAULISTA POR PARTICIPAR DA BANDA MAMMOTH, ELE NOS APRESENTA
UM POUCO DE SUA HISTÓRIA .

Billy, quando começou a se interessar pela música Nelson Mota e Julio Barroso. Não poderia esquecer
e quais foram suas primeiras paixões no mundo do show histórico dos Mutantes e Terço tocando
rock? Beatles no Teatro Municipal de São Paulo em
1978.
O Rock me pegou praticamente no Berço, Nos fim dos anos 70 e inicio dos 80, Uma coisa
Influencia total da família. Meu Avô materno e muito gostosa que lembro, era o encontro aos
meus tios eram músicos, muitas festas com musica domingos no Metrô São Bento, com pessoal do
em casa desde criança, cresci respirando essa Rock de SP, shows gratuitos, de Rock e MPB.
atmosfera musical. Festivais da Record e Globo, eu Os Anos 80, muita banda nova surgindo, existiu
vi Mutantes e Raul Seixas, nem entendia o que um movimento que aconteceu naturalmente, feito
estava acontecendo, rs pelo próprio pessoal que queria tocar, foram
criadas alternativas. No ABC Paulista em 1983 a
No Rock o embrião foi um disco que ganhei uma banda Karisma gravou o primeiro disco de Heavy
Coletânea de Rock n Roll da K-tel, com Bill Haley, metal Nacional cantado em Inglês. Incentivaram e
Little Richard, Jerry Lee Lewis, Cubby Checker, influenciaram várias bandas, Antonio Celso
Trashmen etc., e meu tio me deu o Álbum Branco e Barbieri produtor de shows, havia trabalhado com
a Coletânea Rock n Roll Music dos Beatles, em Patrulha do Espaço e Mader In Brazil, organizou
1974 um amigo da Escola me apresentou os discos vários shows no Teatro Lira Paulistana, o SP Metal
Brack Sabbath, Bloody Sabbath, Zeppelin Vol. 04, Festival que foi superimportante na cena, e muitos
e Creedence Pendulun, ouvia Beatles no programa outros, SESC etc. Os Shows da Praça do Rock no
do Big Boy e por ai aconteceu tudo, rs. parque da Aclimação, idealizado pelo Dalam Jr, na
Em casa minha mãe ouvia muito Mutantes e Terço, TV, as bandas tocavam no Fabrica do Som, e Som
eu tive esse privilégio, não tive como fugir, rs. Pop da TV Cultura e no rádio a divulgação era feita
pela FM 97 que era fortíssima com vários
Que lembranças tem da cena paulista no final dos programas de Rock, Sessão Rockambole o Beto
anos 70 e inicio dos anos 80? Peninha, e o Backstage do Vitão Bonesso, no fim
dos anos 80, Reynação do Leopoldo Rey e na 89
FM o Comando Metal do Walcir Chalas. Após o
Rock in Rio de 1985 a coisa ficou bem mais forte.
Uma cena totalmente Underground e riquíssima
musicalmente a meu ver. Os Locais pra tocar eram
poucos, não existiam muitos bares como hoje em
dia, e as banda faziam muitos shows juntos, eram
muito unidas unidas nesse ponto. Os locais eram
Rainbow Bar, Black Jack, Teatros, raramente Sesc
Nos anos 70 tudo era novidade, as bandas tocavam e Centro Cultural, e os clubes Fofinho, Led Slay.
muito em Teatros, e nas Casas de Rock, Salões,
tipo Sberoc, Fofinho Rock Club, Templo do Rock, FF -. Qual foi sua primeira banda? Como entrou
Led Slay. Shows no parque do Ibirapuera. Made in para a Mammoth?
Brazil lançando Pauliceia Desvairada no Teatro
Municipal de São Paulo, Joelho de Porco tinha Nós montamos a banda MAMMOTH em 1984, na
uma atitude mais Punk Rock, um Som pesado, verdade eu e Cesar Achon sempre estivemos juntos
Rock n Roll pra caraca, super divertido. Não desde a primeira banda. Em 1980 a gente montou
existia bandas cover, porem as bandas de Baile uma banda pra participar de um Festival de Escola,
tocavam muito Rock, AC CD, Sabbath, Led banda os LARANJAS, rs a banda durou um ano,
Zeppelin, Yes, Purple, Creedence, Beatles e com a saída de dois músicos, baixista e baterista,
Stones, etc. nos unimos à banda PERFORMANCES dos
A banda Made in Brazil, Oswaldo Vechione, irmãos Ricardo e Reinaldo Moreno, com músicos
organizava festivais com varias bandas, isso era virtuosos, com uma pegada Jazz rock, Progressiva
bem legal porque possibilitava a gente a ver o que e Rock n Roll, tempos depois os irmãos saíram da
tava acontecendo no momento na cena rock. Outra banda pra montar outro time e tocar Heavy Metal,
casa importantíssima onde aconteceram muitos eu e César nos unimos aos músicos da Banda
Shows históricos, A Pauliceia Desvairada do EXTREMOS, de Ney Castro e Gil Magalhães. Em
1984 eu sugeri a mudança do nome da banda para Eu sempre frequentei muito os shows das outras
MAMMOTH, por que tinha mais a ver com o Som bandas, tinha amizade com todos, estava sempre
que estávamos fazendo. Um som mais forte e antenado no que estava acontecendo, o pessoal do
pesado. Rock era muito unido, isso facilitava e por esse
motivo sempre éramos convidados a tocar por ai.
FF - Como foi a experiência de ter gravado um Aliás, o Mammoth era uma banda que topava tudo,
single que hoje é disputadíssimo pelo metal aceitava os desafios, tendo uma mínima estrutura,
maníacos? o som rolava. Nos anos 80 era assim, e a gente se
submetia porque queríamos tocar.
Foi muito bom, porque o disco ajudou muito a Foi uma honra poder dividir o palco em Festivais e
divulgar a banda fora de São Paulo e abriu muitas Shows memoráveis com as bandas AVENGER,
portas pra gente, valorizou muito a banda, Nós KARISMA, A CHAVE DO SOL, SALARIO
fomos convidados por um amigo, Leandro MINIMO, KORZUS, AVE DE VELUDO, VIPER,
Rodrigues da Fucker Records pra fazer o Single em AEROMETAL, PERFORMANCE’S e
parceria, a gente custeou a gravação no Studio EXCALIBUR, MADE IN BRAZIL,
Vice Versa e a Fucker Records prensou o disco e CENTURIAS, e etc. bláh, bláh, bláh,!!!. rs
capa, foram feitas 1200 cópias.
FF - Após sua passagem pelo Mammoth qual foi o
direcionamento de seu trabalho musical? O que faz
hoje em dia?
Eu cantei em algumas bandas covers por diversão,
nada mais que isso. Trabalhei produzindo alguns
shows com bandas de amigos e dando acessória e
divulgação para as bandas, sempre que possível.
Sempre curti e trabalhei como fotografo e vídeo
cinegrafista, filmei muitos shows das bandas,
FF - Ainda mantém contato com os músicos do unindo o útil ao agradável.
Mammoth?

Reunimos-nos em duas ocasiões em 1990 e 1998


por diversão e para uma gravação. Mantemos
contato, nos vemos sempre que possível, César
Achon é meu amigo desde a adolescência e a gente
sempre manteve essa amizade. Ney Castro
também, o mesmo cara simples de sempre
irmãozão, sempre falamos em voltar a fazer um
Som juntos, e numa possível volta do Mammoth, FFF - Fora os anos que se passaram, qual a principal
se o Ney não for o baterista, está disposto a diferença em ser roqueiro nos anos 80 e ser
colaborar fazendo algumas participações em Studio roqueiro hoje? Ainda curte shows e acompanha os
e shows tocando algumas musicas. Gil Magalhães lançamentos? Se sim, que bandas te impressionam
faleceu em 1998 em um acidente de paraquedas atualmente?
salvando uma aluna em um salto. Nos anos 80 tudo era mais difícil, mas era
prazeroso, como te falei. Eram tempos mais
FF- E os shows da Mammoth? Que recordações te românticos, tudo era feito por amor à arte, em
trazem? relação a equipamentos, locais pra tocar, estúdios
para gravar, caríssimos. Existia uma concorrência
Saldo positivo, muita história boas, tempos mais porque o espaço era restrito, mas as bandas se
difíceis, mas prazerosos, éramos bem jovens pouca ajudavam mais, fazendo shows juntos, dividindo
experiência, aprendemos muito, conseguíamos as equipamento e palcos onde conseguíamos tocar.
coisas muito na raça, Luiz Teixeira da banda Os Rockeiros dos anos 80 tinham menos acesso as
Avenger, Destroyer e Tarkus. Era meu amigo informações, tinham que garimpar muito pra
desde o Colégio, nos convidou pra abrir um show conseguir ouvir um Som novo, se informar através
do Avenger no T. Lira Paulistana, Antonio Celso de revistas, Só era lançado por aqui às bandas mais
Barbieri era o produtor do show, deu muita força clássicas e famosas, porém eram mais fervorosos,
pra gente. Os outros shows no Lira Paulistana com valorizavam mais as bandas.
a banda Salário Mínimo, Excalibur, Aerometal, e
Shows por todo circuito de Bares e clubes de Rock A Figura do Rockeiro não existe mais, acabou
de SP e ABC Paulista, formam 30 shows em média aquela coisa de visual que identificava o Rocker.
durante dois anos de existência da banda. Ele tem a ideologia na cabeça e atitude. Existe uma
geração Rocker Mp3 você ouve e tem o que quiser que consegui adquirir, desde os anos 70, coleções
em casa, basta ter um computador por simples que de MADE IN BRAZIL, O TERÇO. MUTANTES,
seja em sua casa. Antigamente você comprava um CASA DAS MÁQUINAS, A COR DO SOM, 14
disco e no outro dia tinha 10 caras na sua casa com BIS, O PESO, TERRENO BALDIO, JOELHO DE
fita cassete para gravar o som, rs. PORCO, GOLPE DE ESTADO, BARANGA,
Hoje em dia tudo está mais acessível, HARPPIA, O PESO, BIXO DA SEDA,
equipamentos de qualidade, Bons estúdios para TERRENO BALDIO, CENTURIAS, X-RATED,
ensaios e gravação. Espaço na mídia não existe OVERDOSE, RITA LEE, RAUL SEIXAS,
para o Rock nacional, nunca existiu, aliás, para o SALARIO MINIMO, BARANGA, CARRO
verdadeiro Rock. Mas temos a Internet que facilita BOMBA, PEDRA, MX,MONTANHA,
a divulgação e o Youtube é maravilhoso para PATRULHA DO ESPAÇO, alguns do Sepultura, e
mostrar a banda pelo pais e no mundo. etc. etc. etc., muito disco, rs
Continuo indo a shows sim, sempre antenado, por
dentro do que acontece, as bandas novas, porque
no verdadeiro Rock underground a cena está mais
viva do que Nunca. Atualmente três bandas novas
que me chamam atenção, as Radioativas e o
Kamboja, duas bandas de Som pesado, Simples e
direto ao assunto, e o Power Trio NERVOSA, três
mulheres quebrando tudo no mais puro Heavy
Trash metal com destaque pra Pitchu Ferraz que
arrebenta na bateria.

FF- Que discos de bandas nacionais considera


essenciais para quem deseja formar uma discoteca FF- Acredita no poder de protesto do rock? Ou isso
com bandas brazucas? foi um momento que já é passado?

Basicamente esses discos são essenciais pra Acredito sim, O Rock atingia a juventude em cheio
começar, mas tem muita coisa boa de fora dessa e reunia grandes públicos, e o jovem pela rebeldia
lista com certeza. natural colocava a boca no Trombone através do
MADE IN BRAZIL I e Jack Estripador - O Rock, mas sempre existiram em todos os gêneros
TERÇO -Criaturas da Noite / MUTANTES – Tudo musicais, Caetano e Geraldo Vandré que o diga, e
foi feito pelo Sol/ TERRENO BALDIO / JOELHO continua acontecendo graças a Deus com o povo
DE PORCO 1554 SP Hoje, / RAUL SEIXAS – indo pras as ruas felizmente.
Novo Aeon e Abre-te-Sésamo /CASA das
MÁQUINAS -Lar de Maravilhas e Casa de Rock
/GOLPE DE ESTADO-IV Golpe / A CHAVE DO FF - Uma mensagem para nossos leitores. Muito
SOL/ SALÁRIO MINIMO -Beijo Fatal - / obrigado por atender nosso pedido!
PATRULHA do ESPAÇO /Primus Interpares/
ROBERTINHO de RECIFE-Metalmania / CARRO Agradeço a vocês do Grupo HMRB, pela
BOMBA/Nervoso/ KARISMA-Sweet Revenge / oportunidade de me expressar e contar algumas
HARPPIA -A Ferro e fogo / BARANGA – 5º dos histórias, a atenção e o carinho. Acreditem no
Infernos /PEDRA-PEDRA II/ Sonho, se você tem uma banda vai pra cima, não
deixe a chama apagar, tudo passa muito rápido,
mas é muito bom, rs.
FF-. O que achou de nosso grupo HISTÓRIAS DO Agradecimentos especiais às pessoas que tornaram
METAL ROCK BRASIL? possível a trajetória do MAMOTH e por tudo que
aconteceu:
Achei muito legal a iniciativa, parabéns, é uma Luiz Teixeira baixista do Avenger, e Antonio
chance de aprender sobre a história e se atualizar Celso Barbieri pela força inicial e vários Shows
no que tá acontecendo, trocar ideias com os amigos produzidos p/ Banda, Beto Peninha da Sessão
dividir nossos conhecimentos. Rockambole/FM 97,7, Leandro Alves e André
Carvalho da Fucker Records, Luiz Calanca pelos
FF-. Que discos de bandas nacionais preservou em Apoios, patrocínios nas propagandas, Dalam Jr da
sua coleção? Praça do Rock e aos amigos da Banda, César
Achon, Ney Castro e Gil Magalhães (im Mem.).
Sempre fui fã do Som nacional, tenho tudo aqui o
FLYERS
É GALERA, TEVE TEMPO QUE AS CARTAS ERAM O ÚNICO MEIO DE COMUNICAÇÃO
ENTRE AS BANDAS E PARA SE FAZER CONHECIDA AS BANDAS RECORRIAM A
DISTRIBUIÇÃOD E FLYERS, CONHEÇA ALGUNS EXEMPLOS:

Ajude a preservar a memória do metal rock Brasil, se tiver flyers mande para paulãoatitudedistro@gmail.com
GRATO
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