Por Lord Herege
O Ophiolatry é uma banda formada por sanguinários convictos e
pervertidos expressos que se perpetuam no underground como reais
aterradores de mentes falecidas. Desde 1998 assombrando seus ouvintes, a
banda continua tão demolidora quanto outrora e prova, mais uma vez, que
mantém-se fiel à sua marca ancestral e ao seu venerado espírito guerrilheiro...
01- Como a banda foi formada no ano de 1998, você pôde presenciar a
fundo, no desenrolar deste período, os altos e baixos da cena Death Metal.
Há alguns anos atrás, por exemplo, uma incansável massificação de
bandas deste gênero eclodiu nas “Américas”, incluindo-se aí em países
como o Brasil. Contudo em meio a tantas bandas similares e problemas
contínuos no underground o Ophiolatry prosseguiu sua trajetória e se
manteve sólido como se o tempo houvesse permanecido cravado num
rochedo. Em algum momento você acaso fraquejou e pensou em desistir
dos trabalhos junto a banda?
Fabio Zperandio: Em nenhum momento pensamos em parar! Nós temos a
banda para canalizar nossas emoções independente de qualquer merda que role
na atmosfera, lutamos e mostramos nosso trabalho! O OPHIOLATRY faz parte
de nossa existência. E o resto que se foda 666 666 666
02- Agora focando-se no presente, diga-nos como fluiu a oportunidade
para lançarem através do selo paulista Malignant Art o Split-CD com os,
também, brazucas do Abhorrence. Foi algo satisfatório tê-lo editado?
Fabio Z.: Conhecemos o pessoal da Malignant Art há mais de 1 década, eles
tinham a idéia de apoiar ambas as bandas há muito tempo, então pintou o
momento certo e eles lançaram esse split!
03- O curioso é que vocês já haviam “tocado” com o Abhorrence noutrora
quando gravaram o opus “Brazilian Assault” lançado em 2000 pela
Relapse Records (USA), ao lado de outras 4 bandas brasileiras..
FabioZ.: Isso mesmo, nós somos bons amigos há mais de 10 anos e estar de
novo ao lado dos caras foi muito foda!
04- Vocês lançaram seu álbum de estréia, Anti-Evangelistic Process, pelo
competente selo norte-americano Evil Vengeance Records (e
recentemente assinaram com o selo norueguês Force of Satan Records
para o seu relançamento). Por quê lançá-lo por um selo estrangeiro?
Fabio Z.: Aqui no Brasil não surgiu oportunidade, estamos excitados com essa
re-edição pois esse álbum foi pouco divulgado na Europa, na ultima tour onde
passávamos as pessoas perguntam sobre o álbum, elas sabem q existe mais
muitos nunca viram em uma loja para comprar, agora isso será possível para os
fans da Europa!!!
05- A propósito, observo que aqui no Brasil nos últimos anos uma
significativa parcela de nossas bandas têm lançado seus trabalhos por
selos gringos, e muitas das vezes alegando que tal fato se deve à
“impotência” de determinados selos nacionais... Qual a sua sobre tudo
isso? Você acha que as gravadoras brasileiras possuem o mesmo nível das
de outras nações e tal argumento é justificado, ou simplesmente não se
importa com isso?
Fabio Z.: Cara isso é difícil de falar, nunca recebemos uma proposta que
batessem as de fora, exceto a MALIGNANT ART que fez um trampo bem
legal, queremos mostrar o nosso trabalho aqui, mas cada tentativa volta como
decepção. Temos muito mais valor lá fora do que aqui. As
coisas aqui estão crescendo mas enquanto não recebermos a mesma atenção
que temos lá fora não vai rolar nada !
06- Vocês parecem gostar muito de materiais Split, pois já lançaram
trabalhos junto a grandiosas bandas como Abhorrence, Ancestral
Malediction e Infernal Dominion. Para ti é algo recompensador ter sua
“arte” dividida com outras bandas?
Fabio Z.: Queremos mostrar nosso trabalho, estamos sempre compondo, já
lançamos um split com o Sacramental Blood da Sérvia, por um selo da Bósnia,
e é gratificante ver até onde chega o poder da sua arte, fizemos shows lotados
pela Sérvia e Macedônia, graças a esse Split, nenhum material nosso havia
chegado oficialmente lá antes, essa é a vantagem de estar sem selo. Mas agora
temos um selo mais qualificado que vai fazer isso por nós!
07- Sou de conhecimento de que vocês produziram a arte gráfica de seu
Full-Lenght, acima mencionado, com o grande Desmond Sia, conhecido
mundialmente por assinar capas de bandas como Impiety e Profanatica.
Um bom trabalho artístico é algo que lhe fascina? Sem dúvidas Chris
Moyen (Beherit, Blasphemy, Incrust...), Joe Kennett (Averse Sefira) e
Tompa (Darkthrone) foram artistas que contribuíram imensamente para
o underground e que merecem, sim, serem relevados... você concorda com
isto?
Fabio Z.: Sim ! Mas nossa arte gráfica foi muito prejudicada com a impressão,
e isso prejudicou o nosso trabalho e o do Desmond!
08- Voltemos a exatos 8 anos atrás; a profana Demo “Opposite Monarchy”
ainda é algo que lhe traz orgulho? Como você a vê atualmente? Acaso já
pensastes em regrava-la para conferir como aquelas canções soariam
hoje?
Fabio Z.: Já regravamos todas as musicas no Anti-Evangelistic e ficou melhor,
com certeza temos orgulho de nossos primeiros passos, nos rendeu a
compilação da RELAPSE e o contrato do primeiro CD pela EVIL
VENGEANCE .
09- Baseando-se no título de seu debut-CD, Anti-Evangelistic Process,
posso assegurar que a banda carrega consigo uma inquestionável postura
anti-cristã! Eu estou certo em tal afirmação?
Fabio Z.: Com certeza! mas não só no sentido contra deus , mas contra todos
esses paradigmas que infestam nosso mundo, somos livres para fazer o que
queremos e isso é tudo!
10- Como quase tudo na vida, a entrevista chega a seu fim. Agradeço ao
Ophiolatry pelo tempo disponível em responder à estas simples questões.
Deixo este espaço para suas palavras finais...
Fabio Z.: Obrigado pela atenção , temos muito respeito pelo underground
nacional e pelos fans brasileiros, espero que tudo dê certo para o Futuro e vcs
possam encontrar os nossos materiais nas prateleiras!!!
www.ophiolatry.org
CONTATO:
C/O Fabio Zperandiu,
Av.Fortunato Moreira 314, CEP12400-400,
Pindamonhangaba - SP - Brazil
E-mail: ophiolatry@hotmail.com
Por Lord Herege
Há anos o Apokalyptic Raids vem se destacando na cena necro-underground
brasileira, por se tratar de uma horda potente, maligna e versátil, que se tornou
uma “lenda” no cenário nacional ao recriar o velho espirito “Old-School” que
por muito tempo permaneceu perdido e aquietou-se mediante a descontrolada
evolução global... Entrei em contato com Necromaniac, a mente criativa por trás
da banda, para a realização desta “Fucking interview”!!! confira...
01. A começar pela receptividade dos fãs em relação ao novo álbum, The
Third Storm, passando pelas composições que estão mais complexas e
originais se comparadas aos prévios trabalhos da banda, percebe-se que
vocês deram um grande passo marchando rumo a evolução, e
conseguiram mesclar em seu som elementos até mesmo de Heavy Metal !
Tendo em vista tantos pontos positivos em relação ao álbum, diga-nos o
que você achou da produção e acabamento do mesmo...
NECROMANIAC: Temos tido uma receptividade muito boa. Não sei se o som
está mais complexo. Ainda tem uns sons bem básicos neste álbum e é assim que
sempre será. Mas sim, mesclamos com um pouco de Heavy Metal tradicional
dessa vez. Acho que conseguimos fazer isto e não perder o sentido das coisas. Este
é um álbum onde resolvemos correr o risco, e acho que fomos bem sucedidos, a
julgar pela receptividade que temos tido... Sim a produção está melhor agora,
sinceramente não sei o que poderia estar melhor dentro do que nos propomos.
02. O segundo álbum da banda, The Return of the Satanic Rites, mostrou o
Apokalyptic Raids em sua essência mais perversa e pútrida, o possível, com
uma primitiva (porém audível) produção e um “feeling” intenso, poucas vezes
visto no Brasil nos últimos anos... A aceitação do público brasileiro em relação à
esse álbum foi excepcional, além do mesmo ter alcançado excelentes criticas em
resenhas de zines e bons comentários em toda a mídia especializada. O que você
achou de toda a repercussão obtida com esse trabalho?
NECROMANIAC: Sim, também tivemos um retorno muito positivo com esse
álbum.nosso trabalho é feito de coração e artesanalmente, então sempre vai ser
assim. Não temos riffs pré-moldados para satisfazer a mídia e as gravadoras, que
nos últimos anos no Brasil tem feito um papel muito perverso de descaracterizar o
metal. Também no exterior, temos tido muitas críticas positivas, e feito bastante
contatos. O álbum caminha para uma segunda prensagem, o que hoje em dia é
algo notável. Creio que o que é feito com verdade pode nem sempre ter êxito
comercial imediato, mas no longo prazo as bandas da moda passam e a gente fica.
03. A começar pelo nome da banda, percebe-se que vocês são fortemente
influenciados por nomes como Celtic Frost e principalmente
Hellhammer! Em sua opinião, o que seria do Apokalyptic Raids caso o
Hellhammer não tivesse visto a “luz do dia”? Você acha que a banda teria
sido criada se o Hellhammer jamais tivesse existido?
NECROMANIAC: Mas o que seria do Hellhammer se o venom nunca tivesse
existido, e o que seria do Venom se o Motorhead nunca tivesse existido? O fato é que
o Hellhammer existiu e não existe mais, e mesmo com a volta do Celtic Frost eu não
creio que eles sejam capazes de criar algo nessa linha hoje. Não gostei do novo álbum
do Celtic Frost. O que era o Hellhammer? Uma banda calcada no Venom, que se
tornou pesada como Black Sabbath e rápida e suja como Motorhead. Então,
independente deles, somos uma banda que pretende ser pesada como o Black
Sabbath dos quatro primeiros álbuns e o rápido e sujo como o Motorhead antigo.
04. Visto que o Apokalyptic Raids se consolidara após o lançamento de
“The Third Storm”, que inegavelmente possui uma originalidade e
qualidade ímpar, fale-nos dos “novos” planos e direcionamentos da banda
em relação à sua música...
NECROMANIAC: Obrigado pelos elogios ! Não há novos direcionamentos.
O plano é continuar fazendo o mesmo som. A originalidade não é algo que se
planeja. Colocamos algumas idéias aqui e ali, formando novas combinações, e
eu creio que a originalidade está nestas pequenas coisas. O resto é marketing.
05. Vocês têm trabalhado muito no extremo underground nacional, e tudo
o que conquistaram até hoje foi paralelo a muito trabalho duro e integro,
em relação à sua verdadeira “desgraça sonora” que sempre se manteve
oculta... Qual a sua opinião sobre estas bandas que se vendem ao
“mainstream”, esquecendo, por sua vez, suas raízes e aspirações que
outrora defendiam - em troca de publicidade, fama, dinheiro, etc.?
NECROMANIAC: Simplesmente eu não sei fazer de outro modo. As pessoas
perdem contato com a cena por 10, 12 anos e depois querem voltar. A gente hoje
vê tantas bandas voltando que seria melhor não tê-lo feito. Quem está no meio
do metal atrás de fama e dinheiro fácil, embora seja possível conseguí-los
honestamente, está no lugar errado. É melhor irem pro Big Brother ou tentar a
sorte em Las Vegas...
06. Necromaniac, comente brevemente sobre todo esse caminho
percorrido pela banda desde o clássico “Only Death is Real”( seu debut
álbum) até The Third Storm...
NECROMANIAC: Muita coisa ! Trocas de formação, de gravadora, de
parcerias, falsos amigos, mas acima de tudo valeu a pena por tudo que
encontramos estando cara a cara com o público nos shows.
07. Em várias fotos da banda, fica-se evidente o quanto vocês são
influenciados pela “old school” e carregam consigo indumentárias
totalmente oitentistas ! Você acredita que o visual seja um ponto crucial
para caracterizar a imagem de uma banda e expressar todo o sentimento
da mesma?
NECROMANIAC: Sim. Não sou “influenciado” pela old-school, eu
simplesmente freqüento os meios do Heavy Metal desde 1984. Pra mim é
muito natural assim. Pra compor o visual do Apokalyptic, as coisas acontecem
de maneira bastante natural. A gente anda por aí de jeans apertado e camiseta de
banda ou não, jaqueta, etc. A gente apenas exagera alguns aspectos para dar um
efeito cênico. Claro que ninguém aqui vai no supermercado de olheiras,
cinturão de balas e spikes, mas também seria um descuido subir ao palco com
roupa de ir ao supermercado...
08. E qual a sua opinião sobre todo este avanço da tecnologia no que tange
música, e essas gravações digitais em sistemas “Pro Tools”, por exemplo,
que usufruem de todos os recursos tecnológicos proporcionando às bandas
e músicos sons límpidos? Você acredita que todo este avanço do digital
pode, vir a, extinguir o bom e velho analógico?
NECROMANIAC: O segredo do aço está no braço que o maneja. É
perfeitamente possível tirar um timbre bom numa gravação digital, se tivermos
um bom equipamento, mas acima de tudo precisamos de um técnico ou
produtor que saiba o que está fazendo. O som old-school só vai se extinguir
quando não houver mais pessoas interessadas em tocar e em ouvir, e isso nunca
vai acontecer. O que temos que fazer é exigir dos técnicos que escutem as
referências certas. Se você tem uma banda e o cara do estúdio tenta te vender
uma conversa mole que não dá pra fazer assim e tal, saiba que os maiores
clássicos foram gravados sem o equipamento de um estúdio mediano de hoje.
Em qualquer estúdio minimamente equipado podemos tirar um som decente.
Daí a saber ou querer fazer já é outra história...
09. Ok, A entrevista chega a seu fim; para terminarmos, diga-nos quais
serão os próximos passos do Apokalyptic Raids e, em seguida, encerre
como desejar.
NECROMANIAC: Estamos compondo material novo entre um show e outro.
Vamos entrar em estúdio em 2007 para registrar o quarto álbum. Temos outros
projetos em andamento, mas é cedo pra falar. Está pra sair o The Third Storm
em LP e em Tape. Enquanto isso, estamos batalhando shows mais profissionais
e trabalhando em distribuição e produção...
NECROMANIAC: Valeu pela entrevista! Agradeço o apoio de todos os
metalheads e raid-bangers !!! Podem nos contactar no endereço:
C.P. 44034, RIO DE JANEIRO – RJ,
CEP: 22060-970, A/C: LEON MANSSUR
E-MAIL: apokalyptic_raids@yahoo.com
SITE: www.geocities.com/apokalyptic_raids
E também no myspace, youtube e orkut, tem mp3 e lista de material
disponível... Never forget what you are !!!
Por Lord Herege
Com o lançamento de seu 1o álbum “Antichristian War Propaganda” o Lux
Ferre ganhou atenção global e se estruturou como uma das maiores bandas
extremistas já oriundas do 'Trono Lusitano'. Numa conferência realizada com a
horda, conversamos sobre peculiaridades e abordamos temas diversos... Para mais
detalhes, confira!
01- Salve Devasth e a ordem negra denominada Lux Ferre! Pulemos
introduções pois gostaria que você iniciasse esta entrevista nos dando a sua
opinião quanto ao resultado final obtido em seu álbum de estréia,
“Antichristian War Propaganda...”
DEVASTH: Salve Adenilson! O resultado final pode ser considerado muito
positivo pois conseguimos o nosso objetivo em quase todos os aspectos.
Conseguimos a sonoridade que desejávamos desde que planejamos este álbum.
Obviamente no futuro podemos vir a utilizar outro gênero de produção ou até
sonoridade pois nós estamos sempre em evolução. A única coisa que posso
dizer que não nos agradou foi a captação da bateria... mas conseguimos, apesar
de tudo, obter um resultado positivo.
02- Pude observar que seu debut álbum, “Antichristian War
Propaganda”, contou com a “solene” presenca do baterista brasileiro
Lord Mantus (Mysteriis), o qual participou das secões de bateria em
estúdio... Como firmou-se esta parceria recíproca entre Mysteriis e Lux
Ferre?
DEVASTH: Eu e o Lord Mantus temos uma visão muito semelhante de ver o
Black Metal, entendemo-nos muito bem e bastou uma simples conversa para
perceber que isto seria uma parceria produtiva.
03- Bom, percebe-se claramente que em seu país (Portugal) existem
grandes e expressivas bandas da cena extrema mundial. Nomes como
Simbiose, Moonspell, Desire, dentre tantos outros, são muito conhecidos
em todo o mundo, inclusive no Brasil ! Expresse a sua opinião quanto ao
atual cenário português apontando seus possíveis defeitos e virtudes...
DEVASTH: Sinceramente, acho que o único problema em Portugal é a inveja.
Mas esses são os fracos e a ordem natural das coisas tem tendência a erradicar
esses do mapa... Eu só posso falar do Black Metal (pois essas bandas que
referiste não são Black Metal), e acho que esse está cada vez mais “refinado”...
“apurado”... ou seja, acho que os projetos que na realidade têm pernas para
andar, acabam por subsistir e ganharem personalidade.
04- Ao escutar “Antichristian War Propaganda”, pode-se observar que
vocês têm fortes influências de cultuadas bandas da Old-School. Em
momentos mínimos, por exemplo, percebe-se nítidos elementos de hordas
como Darkthrone, Gorgoroth, e até mesmo, Blasphemy, inclusos em sua
sonoridade. Vocês estão percorrendo um caminho similar ao das
“saudosas” e cultuadas bandas da “Velha-Escola” ou tais comparações
não passam de meras conformidades do gênero Black Metal? Dê sua
opinião sobre o assunto.
DEVASTH: Tu referiste essas bandas assim como outros referiram outras...
Nem eu próprio consigo dizer quais são as nossas influências... são mesmo
muitas! Desde thrash metal alemão, death metal americano, black metal
nórdico... Não posso dizer que estamos seguindo um caminho previamente
traçado... Estamos sim a criar aquilo que sentimos e que nos apetece na altura
fazer... e a prova disso será o próximo álbum.
05- Comente sobre a Pirataria de CD`s que têm assolado a cena e até mesmo
ameaçado-a, já que algumas pessoas geralmente optam por comprar o
material pirateado, por ser mais barato e abrangente, deixando, por sua vez,
De adquirir o oficial... Você acredita que a Pirataria pode representar
atualmente uma forte ameaça em relação às bandas e selos?
DEVASTH: Ora vejamos bem... Nunca fizeste tape trade? Nunca te
emprestaram um CD e tu gravaste-o para uma cassete? Ora bem, o que se passa
agora é exatamente o mesmo mas o tipo de media é outro. Existe mais
facilidade de “emprestar”... eu vejo o download como um empréstimo.
Mas por exemplo: fazer cópias pirateadas e vender é pura estupidez... aliás...
não sei quem é mais estúpido: aquele que vende ou aquele que compra...
06- Devasth, na formação oficial do Lux Ferre constam apenas você (nos
Vocais) e o Baal Sabbath (nas Guitarras e Baixo). Vocês acaso têm
convidado músicos para seus shows? Como é feita essa seleção?
DEVASTH: Não é uma seleção. São amigos que na realidade fazem parte desta
irmandade que é Lux Ferre. Aliás, a formação agora tem um novo elemento:
Pestilens, que também está a participar na composição do próximo trabalho.
Ele é também meu parceiro em Penitência.
07- E quanto ao caminho ideológico seguido pela banda? Fale-nos mais
sobre o mesmo e em seguida comente acerca do conceito lírico explorado
nas composições de “Antichristian War Propaganda”.
DEVASTH: Se eu fosse a explicar tudo, nunca mais parava de escrever... mas
vou tentar focar os pontos mais importantes... Lux Ferre visa a destruição de
tudo o que é sagrado. Lux Ferre não acredita em entidades transcendentes. Lux
Ferre é o total livre arbítrio. Lux Ferre é a supremacia de cada individualidade!
08- Fale-nos, um pouco, sobre a compilação Lusitânia “Dark Horde”, a
qual contou com a participação da banda na faixa “The Light of
Darkness...”
DEVASTH: Essa compilação saiu na altura perfeita. Uma altura em que muitas
bandas de Black Metal estavam unidas por uma causa. Hoje em dia é mais
difícil isso acontecer...
Essa faixa era para constar no nosso debut mas acabou por ser utilizada nessa
compilação. Essa faixa explica bem o que é a essência de Lux Ferre.
09- De alguns anos pra cá, uma infinidade de bandas estrangeiras, em sua
maioria européias, têm tocado em distintas áreas da América do Sul,
incluindo-se aí, no Brasil... Vocês pretendem seguir os rumos de seus
conterrâneos, isto é, passarem por essas terras? O que o público brasileiro
pode esperar do Lux Ferre?
DEVASTH: Pessoalmente, eu acho muito complicado nós alguma vez irmos
tocar á América do Sul, pois isso é dispendioso e nem todas as editoras têm
orçamento para o fazer... Mas nunca se sabe o que o futuro reserva. O público
brasileiro pode ficar à espera de um segundo álbum que vai ser arrebatador.
10- Ok, chegamos ao fim desta curta entrevista. Para concretizá-la deixe
algum recado aos leitores brasileiros e, em seguida, encerre-a como
desejar...
DEVASTH: Obrigado Adenilson pelo apoio a Lux Ferre e ao Black Metal.
Fiquem à espera do próximo trabalho pois valerá a pena.
Salve Lúcifer!
CONTATO: A/C Pedro M . P Caldeira
Pta. Jornal Vida Ribatejana, Lote 12, 4o Direito
Vila Franca de Xira - Portugal
CEP: 2600-167
E-mail: luxferre@netcabo.pt
Website: www.luxferre.com
Por Brucolaques
O juiz-forano Vis Occulta surgiu do espectro da horda Saevus, em 2001,
baseando-se na cultivação de antigos sentimentos e virtudes que outrora
imperavam e regiam à aço e sangue um mundo tão particular e inacessível
àqueles que jamais tiveram uma forte ligação para com ele... Afinal,
musicalmente bem próximo à bandas predecessoras de Raw Black Metal na
linha de Darkthrone, Judas Iscariot e Xasthur; Vis Occulta se traduz numa real
e dinâmica “Força Oculta” apta para eclodir dizimando à todos e tudo em seu
redor. Num “bate-papo” com a horda, ficamos por dentro de seus últimos
passos e coletamos opiniões concisas, sobretudo esclarecedoras acerca de
alguns tópicos relevantes. Com a palavra, o líder e mentor, Count Katrycum...
01. Saudações Count Katrycum! Gostaria que você iniciasse esta
entrevista nos dando um histórico da banda, com origem e significado da
nomenclatura Vis Occulta.
Count Katrycum: O Vis Occulta é uma idealização antiga. De certa forma,
remonta à época em que deixei de integrar o Saevus, no final de 2001, quando
iniciei o processo de composição de algumas músicas. O nome veio mais tarde,
e significa “força oculta” ou “poder oculto”. Nesse mesmo período, realizei
algumas gravações preliminares, tendo, inclusive, solicitado a contribuição do
Brucolaques para ajudar na elaboração dos trabalhos da segunda guitarra. Logo
em seguida, surgiu a proposta de lançar o primeiro material, que conteria 6
composições e provavelmente se intitularia “No Lands of God” (“Terras de
deus nenhum”), mas, infelizmente, por razões alheias à vontade, o processo
sequer foi iniciado. Hoje, o Vis Occulta está voltado para a revisão das
composições antigas e para a criação de outras, a fim de, em breve, superados
alguns fatores de ordem particular, finalmente iniciar a gravação de seu
primeiro trabalho.
02. Você foi um dos fundadores do Saevus, ao lado do guitarrista
Brucolaques, mas permaneceu por apenas 2 anos na banda. O que o
motivou a deixá-la?
Count Katrycum: No ano de 1999, o Brucolaques e eu realizamos algumas
sessões de ensaios, ao final das quais decidimos fundar o Saevus. Resolvemos,
em princípio, que o Saevus não se envolveria com apresentações. Era uma
opção apenas, que atendia a nossa disponibilidade naquele momento, e não
uma questão ideológica. Após um período de instabilidade na formação, a
adesão de outros membros levou-nos à conclusão de que o Saevus perderia
muito de seu potencial caso permanecesse restrito a ensaios e gravações. A
decisão de passar a fazer apresentações, sem dúvida, foi acertada, mas eu não
queria me comprometer com a mudança (ritmo de ensaios, viagens etc).
Percebi que aquele era o momento certo de deixar o Saevus procurar alguém
que se empenhasse verdadeiramente nessa nova proposta...
03. Ouvindo a estrutura de suas músicas, pude encontrar muitos
elementos de Darkthrone e Judas Iscariot em seu trabalho. Foi algo
realmente intencional ou tudo fluiu de maneira natural durante o processo
de composição das músicas? Qual a importância das bandas citadas para
você, no que chamamos de Black Metal?
Count Katrycum: A proposta do Vis Occulta é a de executar um Black Metal
tradicional, sem essas grandes sofisticações, em termos de produção e
composição, que hoje orientam o trabalho de muitas bandas. Há, no cenário
atual, uma grande diversidade de estilos no Black Metal, e o Vis Occulta
assume a forma mais simples e rudimentar, dentro do que se pode chamar de
Raw Black Metal. E quando se propõe a executar esse tipo de som, é muito
difícil permanecer à margem da influência de nomes como o Darkthrone (que,
principalmente nos seus primeiros trabalhos, é uma referência para o Black
Metal em geral) e o Judas Iscariot (que influencia grande parte do USBM, uma
das melhores referências para as bandas de Raw Black Metal). Tratam-se,
portanto, de influências naturais que, em maior ou menor escala, se reúnem ao
som do Vis Occulta.
04. Ouvi dizer que as gravações de bateria de seu primeiro trabalho serão
feitas por ninguém menos que Cultrarius (ex-Saevus, ex-Sadistic Gore).
Existe realmente esta possibilidade ou tudo não passa de pura
especulação?
Count Katrycum: Há realmente a possibilidade de o Cultrarius executar as
sessões de bateria dos trabalhos do Vis Occulta. Tudo dependerá de ter ele ou
não disponibilidade quando as gravações se iniciarem.
05. Existe previsão de lançamento e título definido para este primeiro
trabalho do Vis Occulta? Quando se iniciarão as gravações e o que
podemos esperar deste material?
Count Katrycum: Não há uma previsão para o lançamento do primeiro
trabalho do Vis Occulta, infelizmente. O título também não se encontra
definido, mas poderá ser No Lands of God. Provavelmente, o primeiro trabalho
virá na forma de CD, contendo 6 composições e aproximadamente 40 minutos.
06. Com relação à parte ideológica da banda, a mesma está calcada em que
tipo de temática? O que é mais importante para você, música ou ideologia?
Count Katrycum: No seu aspecto principal, a proposta do Vis Occulta parte da
compreensão de que os valores sustentados pelos cultos-de-fé, entre os quais a
serventia a um deus e a reverência ao sagrado, projetam-se não somente sobre
os seus seguidores. Valores cristãos são tomados como padrões de moralidade,
influenciam a criação de leis e o julgamento das relações humanas. Não fosse
essa dimensão externa, o Vis Occulta, por não possuir vocação para salvar a
humanidade, apenas reprovaria a inteligência desse tipo de devoção. Afinal, se
o fiel quiser ser usado, ficar pobre e ter uma vida repleta de privações, o
problema é dele. Acontece que há, na religião, um ideal de expansão e, dentro
dessa ordem de idéias, a proposta do Vis Occulta é a de se opor aos princípios e
à prosperidade dos cultos-de-fé. Muitas pessoas poderiam entender isso como
o mero repúdio ao pastor e ao punhado de fiéis que ele controla, mas essa seria
uma visão muito restritiva do que o Vis Occulta realmente se propõe. A religião
não é apenas essa ligação espiritual, mas, também, uma expressão de poder,
uma forma de um grupo de pessoas projetarem seus interesses para além de
suas individualidades. As idéias religiosas são cuidadosamente articuladas
para replicarem de mente em mente, como um vírus. Aqueles que são
infectados por essas idéias, passam a aplicá-las nos seus usos cotidianos e, ao
final desse processo, elas se consolidam como padrões de moralidade, que
impõem às pessoas uma série de privações que, em princípio, só deveriam valer
para aqueles que se orientam por essas idéias. E esse é o aspecto odioso da
religião: por ela, um grupo de pessoas articula para que os seus próprios
interesses correspondam aos dos demais. Voltando à pergunta, não penso haver
uma gradação de importância entre a música e a ideologia. Executando o som,
mas sem uma ideologia, o que se tem é apenas um som vazio de significado
para o Black Metal; tendo a ideologia mas não executando o som, tem-se
apenas uma sonoridade estranha ao Black Metal. Assim, penso que a
conceituação do Black Metal depende tanto da ideologia quanto da sonoridade,
e esses dois elementos são contemplados no Vis Occulta.
07. O Vis Occulta se apresentará ao vivo algum dia, ou você acha que sua
música é bem oculta e pessoal, a qual não combinaria com celebrações?
Count Katrycum: O Vis Occulta é um projeto e, como tal, muito
provavelmente não irá se envolver com apresentações. Não diria que isso se
deva a um atributo específico da música, devendo-se muito mais a uma opção.
Há pessoas que têm nas apresentações um momento de celebração, há outras
que atingem esse estado individualmente. Cada um procede de um modo.
08. Qual análise você faria sobre o cenário Black Metal mundial? Quais
aspectos você apontaria como negativos e quais seriam os positivos? Você
acha que mesmo com toda a popularização que o mesmo sofreu, ainda é
possível dizermos que existe uma cena verdadeiramente underground,
com seus princípios intactos?
Count Katrycum: Ao longo dos anos, o cenário Black Metal cresceu
consideravelmente, mas, por outro lado, com a popularização do gênero,
 tornou-se um bom negócio para os oportunistas. Popularizar-Se, em si, não é o
problema, e sim dar oportunidade àqueles que utilizam o Black Metal apenas
para se promover. Esse, aliás, é um aspecto negativo que vejo na cena atual: as
pessoas têm sido tolerantes demais. Esforçam-se pouco para analisar as
propostas e, quando descobrem algo reprovável, prendem-se exclusivamente
ao som para não terem que menosprezar seus articuladores. Isso permite com
que pessoas que não tenham qualquer vínculo real com os princípios do
movimento utilizem-no da forma que lhes convierem, contaminando o cenário
Black Metal. Ao meu ver, já não deveria haver mais lugar para aqueles que
buscam se afirmar pelo impacto de suas propostas, e não pela viabilidade de
elas serem ou não realmente sustentáveis. Idéias como “misantropia” ou
“guerra total” são, muitas vezes, aceitas e ratificadas sem qualquer ressalva, o
que acaba produzindo situações absurdas, como a do “misantropo boêmio”,
que ignora todo o seu desprezo pela raça humana para freqüentar festas no final
de semana; a do “guerrilheiro pacifista”, que esquece defender a dizimação de
inocentes, para ir a uma delegacia indiciar alguém que lhe espancou sem
qualquer razão; ou a do “sacrificador misericordioso”, que
abandona sua obsessão por sangue e pelas práticas ritualísticas para protestar
em defesa de animais cruelmente abatidos em apresentações. Apesar desses
pontos negativos, o Black Metal continua inabalável em seus princípios, pelo
simples motivo de continuar a existir quem defenda-os. Há, sem dúvida, uma
falsa impressão de que a cena seja maior do que de fato é, em virtude da
popularização do som (e não da ideologia), mas, nos seus fundamentos, a cena
continua séria e progredindo. E esse é um aspecto positivo.
09. A entrevista chega a seu fim! Gostaríamos de lhe agradecer pelas
respostas e desejamos vida longa ao Vis Occulta. Seus últimos
comentários...
Count Katrycum: Gostaria de agradecer a oportunidade de expor um pouco do
pensamento e da proposta do Vis Occulta. Espero que o Black Pestilence
continue a fazer esse trabalho de divulgação do Black Metal, elevando-o a um
nível que o distancie daqueles que em nada tem a contribuir para o gênero.
SEM CONTATOS!
Por Lord Herege
Quando o assunto é Black Metal nacional,
emergente e genuíno, um nome vem logo a cabeça:
Uraeus! Formada no ano de 1999 em terras pouco
“prolíficas” (Goiânia) em se tratando de metal
extremo, esta oculta e mística horda, liderada por
Doom-Rá, já possui duas excelentes demos,
participações em compilações, materiais Live, e
um longo período de experiência em seu
currículo... Como se “não bastasse”, eles agora se
preparam para o lançamento de seu aguardado
‘Full-Lenght’! Veja na entrevista, a seguir, um
pouco mais sobre esse maléfico “comboio”, nas
palavras de seu criador...
01. Saudacões Doom-Rá! Para começarmos,
relate-nos sobre a origem desta infernal falange
conhecida como Uraeus, e fale-nos de seus
propósitos para com a mesma...
DOOM-RÁ: Leviatânicas saudações a ti
guerreiro!!! A horda foi formada por mim mais dois
guerreiros ocultistas, mas que com o tempo,
acabam saindo da Uraeus, mas ainda tendo um laço
forte de irmandade com a minha pessoa... Então,
continuo a saga barbárica da Serpente Milenar de
todos os desejos mais ocultos, passando por outras
formações que não deram certo, mas uma vingou,
que foi a que gravou quase todos os Opus da Uraeus
até o momento, mas com o tempo acabam saindo...
Mais uma vez, me encontro só a defender com toda
a minha honra a Serpente Vingativa Uraeus,
passando mais uma vez por formações que não
deram certo, até chegar na formação atual, que foi
fechada em Julho/05 E.V.! A formação é: Doom-Rá
(guitarra/vocais/coral), Blasphemus (baixo),
Nephastus (bateria) e Bruxo Oculto (guitarra)...
Com essa formação, efetuamos as melhores
celebrações pagãs da história da Uraeus, com essa
formação será em breve, glorificada com o
lançamento do debut CD oficial!!! O objetivo da
Uraeus desde o início foi de glorificar o
conhecimento luciferiano, sabedoria milenar de
diversas civilizações antigas, desaparecidas, com
seu impiedoso Metal Negro, que não segue as
modas atuais, pois em primeiro lugar, queremos
agradar nossas almas, nossos desejos negros, levar
a nossa mensagem serpential aos seres que buscam
o conhecimento, e com ele, evoluir para bem longe
dessa humanidade apodrecida em seus valores,
morais hipócritas...
02. Em 2005, a Uraeus participou da compilação
Nuclear Holocaust Attack #1 (lançada a partir da
adesão entre os selos paulistas War 666 Records,
Eterna Aversão e Sacramental Records.) com a
faixa Uivos da Licantropia Sangrenta, junto a
outras Dezenove hordas brasileiras. Diga-nos
como se consolidou vossa participação neste
artefato e o que você achou da performance das,
demais, bandas presentes no mesmo.
DOOM-RÁ: Olha irmão, a participação da Uraeus
nessa compilação destruidora foi uma grande
honra, recebi o convite do Rodrigo Fotiuk (Eterna
Aversão) que a muito tempo tem nos dado um
grande apoio, só posso agradecer a ele e aos outros
dois selos que lançaram essa bomba demoníaca
contra toda a corja mercenária dentro da cena, que
diz apoiar as hordas nacionais mas lançam mais
bandas de fora do que as nacionais...Vou ser
sincero, foi entre as três melhores compilações já
lançadas que a Uraeus teve a honra de participar, ao
lado de grandiosas hordas que aprecio muito,
como: Havoc, Vulturine, Lord Satanael,
Wintermoon, Florestas Negras, Bellicus
Daemoniacus, Saevus, Ravendark`s Monarchal
Canticle, etc... Mais e mais compilações desse
porte, com fudidas hordas do nosso necro-
underground tem que ser lançadas...
03. Sou de conhecimento de que vocês lançaram, em
2005, um Live-Demo intitulado “Live 666”, o qual
fora gravado em sua terra natal (Goiânia/GO),
durante o festival “II Guerreiros do Metal Negro”,
em 2003! Materiais de Black Metal “Ao Vivo” no
Brasil são difíceis de se ver, principalmente em se
tratando de um “Demo Ao Vivo”! De quem surgiu a
idéia de lançar esse trabalho? Do selo Mountain
Distro/Prod., ou da própria banda?
DOOM-RÁ: Realmente, é cada vez mais raro hoje
se ver hordas lancando DT`s Live ou faixas Live
como bônus, não sei o motivo, talvez vergonha, ou
por que estão acostumados a belíssimas producões
cristalinas européias... Eu sempre gostei de ver
hinos Live de hordas que aprecio, pois é assim que
realmente irei saber como é a essência da horda,
como ela se comporta “Ao Vivo”, sem os famosos
“efeitos” e “recursos” de estúdio... Apreciei muito
ver agora e no passado, hordas lancando opus Ao
Vivo ou com bônus Ao Vivo, como: Luxúria de
Lillith, Arkhon Ton Daimonion, Bestial 666,
Hecate, Cadafalso, Lament, Embalmed Souls,
Death Altar, Asaradel, Cursed Christ, Profane
Creation, Morcrof, Regnum Umbra Ignis, Obscure
Mind, Govanon, Sanctifier, Inoculation, Eternal
Sacrifice, etc... A idéia de lancar esse opus Ao Vivo
da Uraeus foi minha, o selo Mountain estava
interessado em lancar algo da Uraeus, então fechei
com ele esse opus Ao Vivo... A Uraeus divulgou
sempre em seus opus, bônus Ao Vivo, e lancou um
Split Live VCD com a horda Death/Black Funeral
Bizarro!!!
04. Sei também que vocês relançaram sua
primeira demo, O Despertar da Ira Serpential,
através do selo paulista Eterna Aversão... Qual foi
a principal razão por trás deste re-lançamento?
DOOM-RÁ: Sim, foi um convite da Eterna
Aversão, em re-lançar nosso debut opus em versão
Tape, com encarte profissional, e dois bônus,
limitado em 500 cópias, esgotou rapidamente...
Achei a idéia de re-lançar esse opus na época boa,
pois a mesma não tinha uma qualidade gráfica no
encarte, devido nossas dificuldades financeiras,
mas o resultado foi altamente positivo desse re-
lançamento... Hoje divulgo esse opus, sem os
bônus, na versão simples que lançamos, simples o
encarte, e recentemente, o selo português Satan
Hades relançou ele na Europa em versão CD-r
especial, com nova capa, encarte profissional, com
alguns bônus instrumentais exclusivos e alguns
“Lives” retirados do nosso opus “Live 666”
(lançado pela Mountain D.P) limitado em 200
cópias, onde tenho apenas 50 p/ divulgar no
Brasil!!!
05. E como andam os shows da Uraeus? Há
alguma turnê à caminho?
DOOM-RÁ: Olha, faz já um tempo que não
tocamos Ao Vivo, muitos dos cerimoniais que
havia pré-fechado, foram adiados ou cancelados...
O último, na noite de 20 de Maio/06 E.V. em
Manaus/AM foi especial, mágico, adorei conhecer
a cena underground de Manaus, tivemos a honra de
ser a primeira horda Black Metal de fora do
Amazonas à tocar lá, isso foi muito gratificante,
recentemente os irmãos da Luxúria de Lillith
também foram, fui junto com eles prestigiar o
evento e rever amigos por lá... Agora dia 14 de
Outubro/06 E.V. iremos voltar aos palcos,
tocaremos em Brasília/DF, ao lado de reais hordas
irmãs, será fudido... Sim, ano que vem, após o
lançamento do debut CD oficial da Uraeus,
pretendo fechar algumas pequenas turnês, como
retornar ao Norte, tocando em Manaus e mais duas
capitais do Norte, e efetuar duas a três datas
seguidas pelo Nordeste!!! Vamos ver se todos esses
desejos se concretizam!!!
06. Ao meu ver, a Uraeus figura dentre as bandas
mais originais, de Black metal, que surgiram no
Brasil nos últimos anos... A começar pelo nome da
horda, por exemplo, percebe-se que vocês são
extremamente influenciados por mitologia e
carregam consigo um poderoso aspecto místico,
principalmente em sua temática lírica... Qual a sua
opinião sobre bandas como o Nile e o Immortal, por
exemplo, que sempre levaram a sério, em suas
letras e ideologia, temas como o misticismo?
DOOM-RÁ: Caralho fico lisonjeado pelo vosso
comentário, pois desde o início, nunca foi nossa
intenção agradar as pessoas, mas sim a nós apenas,
e o que fico surpreso, que muitos tem absorvido
minhas mensagens luciferinas nos hinos, tenho
recebido ótimos comentários de nossos opus, isso
me deixa muito orgulhoso e realizado! Sim, Eu
como o compositor sempre fui um grande
apaixonado por História, lendas, mitologias de
antigas civilizações, e a que mais me fascina até os
dias de hoje, é a Egípcia e recentemente a Atlântica,
que através de estudos, se descobre uma forte
ligação dela com todas as culturas das antigas
civilizações dominantes de conhecimento na Terra,
como se os Atlantes tivessem ensinado,
influenciado os Antigos Povos que dominavam as
ciências astronômicas, físicas, mágicas, e por um
motivo enigmático, deixaram de existir, deixando
pouquíssimos rastros de sua passada pelo Mundo!
Sim curto muito o lado místico das coisas, de tudo que nos cercam, as forças
que regem essa e outras dimensões! Acho fudido a atitude de algumas hordas
levarem à sério a cultura de seus antepassados, admiro essas hordas citadas e
outras que fazem isso, como Mythological Cold Towers, Miasthenia, Kawir,
Arkenstone, Blut Aus Nord, Himinbjorg, Omendark, Kranium, Amazônica,
Folklord, Varathron, etc...
07. Doom-Rá, tente expressar (de forma direta) o seu ponto de vista e posição
em relação ao vil capitalismo existente no mundo contemporâneo...
DOOM-RÁ: Uma maldição decorrente da involução da raça humana, hoje tão
materialista, cética, auto-destrutiva, parasita, onde tudo existente dão preço,
porém, não tem como escapar do capitalismo, por mais que tentamos, mas seria
sábio de nossas partes, consumir apenas o que realmente necessitamos, e deixar
de consumir a grande maioria das futilidades que são jogadas à nós através de
falsas propagandas, tipo, saber usar o capitalismo, e não somente ser sugado,
escravizado por ele... O capitalismo selvagem está em todos os lugares,
lobotizando os seres, padronizando tudo e todos, lhe dando liberdade apenas
para consumir...consumir... Até a total extinção do que conhecemos como
humanidade!!!
08. Como você analisa sua última Demo, “Profanas Jornadas para Aurora
Negra”? Você acredita que na mesma houve uma grande e significativa
evolução se comparada à primeira, O Despertar da Ira Serpential? Em
quais aspectos?
DOOM-RÁ: Vejo ela, como uma certa evolução musical e na forma de gravar,
mixar, mas isso devido a termos conseguido um pouco mais de $ para esse
objetivo, pois na primeira demo, a $ era muito curta, e não tínhamos uma
experiência grande em gravação, somente Eu e o antigo batera Lord Scarab,
tínhamos um pouco de experiência, devido que gravamos e mixamos o opus de
nossa finada horda Desequilibrium (vai Ter seu opus re-lançado por um selo
underground de SP!), mas a falta de $ sempre dificulta tudo! Mas para mim, são
dois opus malignos de grandeza ideológica iguais, gosto das duas de uma forma
igual, ambos opus levantaram o nome Uraeus na cena necro-underground, isso
é muito gratificante! O opus “Profanas Jornadas para Aurora Negra”, será
relançado em versão CD-R por um selo underground de SP e em versão Tape
por um selo underground de sergipe, ambos com novas capas, um bonus “Live”
exclusivo, limitado... Aguardem!!!
09. Doom-rá, obrigado por sua atenção cedida ao zine e, como de costume,
deixo este espaço para suas últimas considerações...
DOOM-RÁ: Eu que agradeço pela honra em expor minhas idéias e divulgar a
Uraeus... Podem esperar, em breve mais uma maldição da Uraeus será solta na
cena necro-underground, anunciando a era da Serpente guardiã do fogo!!!
Quem se interessar em conhecer os opus malignos da Uraeus, entrem em
contato!!! Sangue, força, & Honra à todos os guerreiros e guerreiras do Metal
Negro que sempre apoiaram a Uraeus em suas profanas jornadas...
CONTATO:
A/C Rodrigo Doom-Rá
Rua Tertuliano Sales, 222, Bairro Santo Antônio, Barra do
Garças/MT/Brasil/América do Sul CEP: 78600-000
E-mail: serpenteuraeus@hotmail.com

AVERSE SEFIRA
Tetragrammatical Astygmata
(Evil Horde Records)
Nunca um grupo pôde transmitir aos
seus ouvintes algo tão sanguinário,
macabro e doentio, ao mesmo tempo que
sombrio e avassalador. Sucedendo 2
petardos do Black Metal,
Tetragrammatical Astygmata traz ao
público incríveis mudanças, a começar
pela nova estruturação das canções que,
acredite, estão muito melhores, mais
diretas e assassinas, com direito a várias
músicas com trechos cantados em grego;
passando pela nova gravadora da banda,
Evil Horde Recs., e por fim a produção,
tanto gráfica quanto sonora, que agora
está perfeita. Na estrada desde 1996,
liderada por Sanguine Mapsama (vocal e
guitarra), a banda prossegue sua trajetória
como um power-trio complementado
pelos guerreiros: Wrath Sathariel
Diabolus (baixo) e The Carcass (bateria).
Prepare-se para a desecração total! (LH)
CONTATO: A/C Sanguine Mapsama.
P.O Box 2021 Cedar Park, TX. 78630-
2021 USA site: www.aversesefira.com
BEHEMOTH
Demigod
(Century Media)
O Behemoth trata-se de uma das mais
conceituadas e respeitadas bandas da
cena extrema polonesa, ao lado de
nomes como Infernum, Graveland,
Werewolf, etc... No princípio esta
obscura horda liderada por Nergal
(vocais) executava um Black Metal
potente, sombrio e pervertido, contudo a
partir de "Satanica", lançado em 1999,
passaram a incluir elementos Death
Metal em sua sonoridade, e se
consolidam no "Metal da Morte" com
este último álbum (porém sem se
desprenderem em demasia de suas raízes
e de seu famigerado sentimento obscuro
que ora nos remete ao Black Metal.).
Demigod é empolgante e brutal do início
ao fim, impossibilitando-nos pular uma
faixa sequer, com canções cativantes e
inovadoras, capazes de estourar
tímpanos "desacostumados" com
tamanha agressividade... Destaques ao
baterista Inferno, que faz jus à seu
pseudônimo, tocando com muita rapidez
e precisão, fazendo ainda com que as
chamas do purgatório se levantem das
profundezas do sub-mundo e aniquilem
toda a fraca moralidade cristã. O
vocalista Nergal também se sobressai,
com linhas vocais ultra-urradas,
acompanhadas de alguns efeitos
"oitavadores" que engrandecem o som
da horda, deixando-o com um requinte
admirável. A atmosfera mitológica
apresentada neste trabalho possui um
forte poder de persuasão e destruição,
capaz de elevar até mesmo os mais
incrédulos extremistas à valores
ancestrais inacessíveis ao homem
moderno... Melhor álbum do Behemoth,
até o momento, forjado com muita
maturidade e bom gosto... Falem o que
quiserem , mas Demigod já é um
clássico... (LH)
CONTATO: www.behemoth.pl
GORGOROTH
Destroyer
(Black Metal Attack Records)
Gravado entre Janeiro e Fevereiro de
1998 no consagrado estúdio norueguês
Grieghallen (Immortal, Burzum,
Enslaved, etc.) junto ao produtor Pytten,
"Destroyer" trata-se do sexto álbum
lançado por este exército escandinavo, o
qual fora disponibilizado no Brasil, em
2005, via Black Metal Attack Recs.. As
canções que integram esse opus
fundamentam-se no contraponto
velocidade/cadência e possuem um
certo 'quê' de Darkthrone, tanto é que
gravaram uma versão para "Slottet I Det
Fjerne" do clássico "Transilvanian
Hunger". Além do mais o mesmo é
recheado de passagens climáticas,
carregado de melodias frias, e dono de
um sentimento extremamente cortante...
À este petardo de gelidez, abjeção vital e
angústia, foram adicionados alguns
elementos belicosos, bem como vocais
dilacerantes, uma bateria explosiva e
guitarras bombásticas, acompanhadas
de distorções insólitas e muita rispidez.
Para quem já conhece o trabalho da
banda, nem tem muito o que ficar
elogiando, pois já sabe o que esperar
vindo desses insanos e maníacos
noruegueses, mas para aqueles que
ainda não o conhecem, este trabalho lhes
oferece uma grande oportunidade de
conhecê-los a fundo, portanto...
Disponível na Evil Horde Records...
(LH)
CONTATO: www.gorgoroth.org
A TRIBUTE TO VENOM
(Dead Line Music)
Bem, este release é meio antigo já que
foi editado no final da década de 90, mas
por outro lado ele ainda se encontra
disponível na gerência do selo norte-
americano "Dead Line Music". Este é
mais um tributo em reverência e
"memória" ao destrutivo Venom. O
encarte é simples mas sua produção é
exemplar e traz uma interessante
biografia do blasfemo trio inglês que
durante anos atormentou o mundo.
Naturalmente a bio foi escrita em inglês
para que todos que a lessem pudessem
entende-la. Indo aos sons o player
c o m e ç a c o m " Wi t c h i n g H o u r "
interpretada pelos Thrash Metallers
alemães do Kreator, fudido. "Welcome
To Hell" uma canção clássica retirada do
álbum de mesmo nome é executada por
um dos mestres ingleses do Doom
Metal: o Anathema. Seguindo temos
"Sacrifice", desta vez, interpretada pelo
cultuado grupo de "Hatecore" The
Eletric Hellfire Club. A partir daí os
clássicos são ilimitados como "In
League With Satan" à la Voi-Vod (é
impressionante a quantidade de
grupos que já fizeram covers para esta
música, fala a verdade!?!). "Die Hard"
com o Nuclear Assault ficou
simplesmente perfeita, pois eles
fizeram uma irrepreensível versão
para tal faixa que fez um clássico se
tornar mais clássico ainda (se é que
isso é possível). Skyclad também é
outro nome que merece um maior
destaque pois com seu virtuoso Folk
Metal puderam transformar um
petardo do Black/Thrash em uma
melodiosa canção medieval seguida
de flautas e suaves cânticos na faixa
"Prime Evil". "1000 Days In Sodom"
não podia ser representada por outro
grupo senão pelo próprio e inigualável
exército alemão liderado pelo
" g e n e r a l " To m A n g e l r i p p e r
denominado Sodom, em uma das mais
impetuosas versões do CD. Após esta
tempestade sônica disseminada na
trilha anterior, é convocado um dos
"pais" do Doom Metal, os suecos do
Candlemass numa parceria frutífera
com Messiah na canção "Countess
Bathory". Na seqüência temos o
entediante Paradise Lost em sua fase
morta do final dos anos 90 executando
"In Nomine Satanas". Fechando o
player temos duas canções como
bônus interpretadas pelo próprio
Venom, porém em versões re-mixadas
que para mim ficaram horríveis se
comparadas às originais... Por mais
incrível que se pareça Cronos & Cia.
conseguiram transformar da "Noite
pro Dia" 2 clássicos do Black/Thrash
Metal em duas baladas "Alternative
Music", quem diria! Mas que é hilário
ver o "demoníaco e profano" Cronos
com vocais limpos e insípidos, ah isto
é! ... Fora isto a produção é muito boa
e a gravação, apurada pois percebe-se
que as bandas participantes se
esforçaram bastante para darem o
máximo de si. (LH)
CONTATO: Dead Line Music
Maxella Ave # 251,
Marina Del Rey, CA/U.S.A 90292
MURDER RAPE
Evil Shall Burn Inside Me Forever
(Evil Horde Records)
Aterrorizando a costa sulina desde
1992, o Murder Rape materializa seu
3o trabalho "Evil Shall Burn Inside Me
Forever" após 4 duradouros anos que
excederam o lançamento de seu
antecessor, "... And Evil Returns" de
1997. Ainda fiel ao seu estilo bárbaro e
misantrópico de produzir Black Metal
impetuoso com um sentimento maligno
e atmosferas negras, a banda retorna
com tudo de modo a conseguir explorar
e transmitir aos seus ouvintes
fundações noturnas da música bestial
que outrora eram inatingíveis a grupos
do gênero. Apesar da reduzida duração
do player, que totaliza cerca de 29
minutos de angústia, crueldade e horror
iminente, "Evil Shall Burn..." destila
interessantes e inteligentes
composições como "Miserable Lambs
Of Jehovah", "Black Hateful Melody"
e "Hunters Of Christian Souls". Quanto
à produção, sem comentários, haja
vista toda a qualidade apresentada nos
lançamentos da Evil Horde Records. O
álbum foi disponibilizado em três
diferentes versões: Slipcase, Comum e
Especial. Esta que resenho é a edição
exclusiva e inclui além de todos os
quesitos das duas versões anteriores,
uma embalagem especial com uma
biografia da banda em inglês e um
excelente pôster digital no formato A2!
Ainda vale destacar o "impecável" lay-
out e designer gráfico do CD produzido
por ninguém menos que Marta
Bormann. War Against Judeo-
Christianity!!! (LH)
CONTATO:
A/C Agathodemon
P.O Box 4490,
Curitiba – Paraná
CEP: 82501-970 – Brazil
murderrape@evilhorderec.com
MARDUK
Plague Angel
(Hellion Records)
Nunca pense que já ouviu de tudo
em termos de extremismo musical, pois
acredite sempre pode ficar pior, mais
veloz, gélido e brutal. Plague Angel é
nada menos que a confirmação desta
sentença, visto que esse item redefine,
definitivamente, vossos conceitos
acerca de rispidez e letalidade...
Exageros à parte, mas Plague Angel é,
de longe, o melhor trabalho já lançado
por esse belicoso quarteto sueco.
Morgan lidera esse comboio desde o
início dos anos 90 e pôde observar
mudanças significativas no desenrolar
de sua jornada. No princípio de sua
carreira o Marduk executava um Black
Metal extremamente sombrio, ao qual
eram acrescentados alguns elementos
místicos/ocultos característicos das
bandas escandinavas. Marchando
meticulosamente (com passos longos e
discretos) a horda agregou ao seu som
elementos War Metal (que ficam
evidentes no primoroso "Panzer
Division Marduk") ao longo dos
tempos. De fato, a sensação
predominante ao escutar-se Plague
Angel é de puro êxtase, pois a este
petardo a banda acrescentou distintos
elementos de seus prévios trabalhos,
fazendo um apanhado por toda sua
trajetória. Aqui encontramos climas
funestos, distorções sórdidas, cadência
espectral, melodias nocivas, e,
principalmente, velocidade e fúria à
níveis surpreendentes... Simplesmente
de tirar o fôlego, uma obra-prima do
extremismo forjada no século XXI, a
qual, mais uma vez, prova ao mundo
que o Metal Negro ainda vive, e que a
chama do "mal supremo" ainda
queima, e eternamente... (LH)
CONTATO: www.marduk.nu
Contato para envio
de material:
BLACK PESTILENCE:
Rua Coronel José
Domingos dos Reis,
# 15, Benfica,
Juiz de Fora/MG
CEP: 36090-590

BLACKMASS
Gloria Diabolí
(Blasphemy Productions)
Se tudo o que você procura é por uma
banda restrita à seus ideais e que, acima de
tudo, faça música doente para mentes
doentes (apenas!) , esta tropa identificada
pelo nome de Blackmass resolvi o seu
problema. Gloria Diabolí, como foi
batizado o álbum, traz 9 faixas retiradas de
demos, compilações, e claro, canções
inéditas. Eis que aos 3 primeiros segundos
de audição do player, é entoada uma intro
carregada de magnitude, e segue-se a
devastação com a faixa título, Gloria
Diabolí, a qual cospe letalidade
enfatizando guitarras violentas que, por sua
vez, ditam toda a atmosfera do álbum,
acompanhadas de climas
inacreditavelmente tenebrosos, ritualismo
espectral, e uma grotesca brutalidade que o
fará exaurir e viajar por vales densos e
opulentos em atmosferas mortíferas... A
complexidade das músicas e a alquimia
corrosiva que as circunda é tamanha que se
torna quase indescritível representar tal
item com meras palavras mortais. Gloria
Diaboli trata-se do primeiro trabalho
lançado por este trio paranaense, no qual,
logo de início foi demonstrado muita
maturidade, competência e versatilidade,
com direito a um ótimo trabalho de
impressão pela Blasphemy Productions, e
uma “bela” arte de capa, desenvolvida pela
parceria entre Svartr e Lys Aeon Prod., no
melhor estilo à la Dark Funeral... Se o debut
da banda já é assim, imagina o que está por
vir!?! (LH)
CONTATO: www.blackmass.com.br
OCULTAN
The Coffin
(Mutilation Records)
É inegável o respeito que o Ocultan
exerce dentre os fãs de Black Metal no
Brasil, tanto que hoje a banda se tornou
uma lenda em nosso extremado e impuro
cenário. Com uma intro que excede os 2
minutos de duração a horda dilacera nossos
ouvidos com “O Caixão” num clima
totalmente belicoso e tenso. A bateria é
extrema e veloz durante todo o trampo das
músicas e os vocais são realmente
aterradores, daqueles que chegam a causar
arrepios até naqueles ouvintes mais
descolados. “Lápides Fúnebres” é a
próxima maldição propagada pela banda,
numa pegada bem diferente e épica, com
belíssimos ‘riffs’ e doentios duetos de
guitarra que acredite, irão te atormentar até
mesmo depois da audição de todo este
player. O próximo som intitulado
“Mortalha” parece ter vindo ao mundo
apenas para vomitar na face do impotente
“Nazareno”. Fora estas, vale citar as
canções “Sombrios Aposentos, Obscuro
Caixão” numa pegada bem marcada e num
ritmo que alterna desde momentos
atmosféricos a “tempos de desgraça”, e o
clássico “O Vale dos Mortos” que me traz
de volta aquela antiga sensação de que o
extremismo mundial gira em torno e em
função do Metal produzido aqui no Brasil.
The Coffin fora lançado no ano de 2004,
tanto na versão comum quanto na suntuosa
versão digipack no formato de um caixão
com três sons de bônus e um vídeo editado
de forma profissional. Atualmente a banda
já lançou o sucessor de The Coffin,
Profanation, e já têm planos para lançar
ainda este ano seu sétimo álbum “Regnus
Infernalis”, pelo seu próprio selo “Pazuzu
Records”; além do mais a formação que
gravou este opus se desestruturou com a
saída do vocalista oficial “Males
Maleficarum”, sendo substituído por
“Daimoth” que gravou “Profanation”, que
foi substituído por sua vez por “Legacy”
que provavelmente gravará o novo
trabalho do conjunto... é só aguardar. (LH)
CONTATO: www.ocultan.com
HORNA
Aania Yössa
(Debemur Morti Productions)
É sempre bom saber que grandiosas e
lendárias bandas como o Horna mantém-se
inabaláveis e fiéis ao seu estilo cru e
bárbaro de produzir música extrema não
importam quantos anos se passem. Em
“Aania Yössa”, a nova obra do conjunto,
este fato fica evidente. Seguindo os passos
de “Envaatnags Eflos Solf Esgantaavne”,
“Aania Yössa” cospe asco e esbanja fúria
interminavelmente. A partir de hinos como
‘Riskattu Saastaisessa Valossa’, ‘Mustan
Surman Rukous’ e ‘Noutajan Kutso’, já
percebe-se que a banda prossegue com sua
postura nacionalista de blasfemar em
finlandês, seu idioma natal. O líder Skaldi
Shatraug está mais furioso do que sempre e
o bombardeio sônico aqui é inegável.
“Aania Yössa” trata-se apenas de um mini-
CD que conta com 4 faixas de pura
agressividade e horror psicológico ,
lançado em 2006 pela ‘cult’ Debemur
Morti Productions. (LH)
CONTATO: www.legion-horna.com
WAR
We Are ... Total War
(Necropolís Records)
“War” trata-se de um projeto idealizado
pela profana mente do sueco Blackmoon (um
dos fundadores do Dark Funeral junto a Lord
Arhiman), o qual promulgou “We are ... Total
War” com maestria ao adotar uma temática
lírica baseada em guerras e obscuros cultos à
satã, sustentados por sons desesperados,
bombásticos e extremamente ríspidos... “We
are Total War” é um relançamento do álbum
“We are War” ao qual foi adicionado o EP
“Total War”, deixando este trabalho com 15
faixas que celebram ao caos e a aniquilação
suprema de tudo e de todos os valores, através
de hinos ferozes, repletos de ódio e asco, com
atmosferas corrosivas e vingativas que
interagem, por sua vez, como estrondosas
explosões nucleares... Hail Skandinavian
Black Metal!!! (LH)
CONTATO: Necropolis Records, P.O Box
14 815 Fremont, CA 94539-4815 USA
Tel: + 1 (510) 623 0922 - A/C Paul T.
E-mail: paul@necropolisrecords.com
VULCANO
Bloody Vengeance
(Cogumelo Records)
Eis que dos antônimos deuses gregos,
Zeus e Hera, nasce um disforme e
imperfeito Ser batizado Vulcano (o temido
ferreiro dos deuses e Deus do fogo e dos
trabalhos em metal.), o qual surgira sobre o
fogo neolítico, que noutrora forjava o aço
primordial... Baseados na opulenta
mitologia grega, este satânico e
descompromissado quarteto paulista
denominado Vulcano, assina seu álbum de
estréia, Bloody Vengeance, sob o ódio,
tortura, carnificina e principalmente muito,
mas, muito sangue! Bloody Vengeance
fora editado originalmente em 1986 e
prensado num fudido formato em Vinil
negro, contudo a versão resenhada trata-se
de seu relançamento via Cogumelo
Records, em 2000, tendo sua arte ancestral
intacta com aquela estupenda capa
desenvolvida por Gonçalves num estilo
meio caricato... Este opus é considerado
nada menos do que o primeiro trabalho de
Black Metal lançado na América Latina,
mas por outro lado há muito de Death
Metal em seu conteúdo o que me remete
aos primordiais trabalhos do Sarcófago (ou
será que são os do Sarcófago que me
remetem ao som do Vulcano, já que a tropa
paulista veio ao mundo primeiro?). Em
resumo o que encontramos aqui é uma real
tempestade de atrocidade e repugnância
despejada sobre a humanidade de forma a
conseguir criar um sentimento de
desordem, e, sobretudo de muita distorcão.
A produção é muito boa e ostenta letras no
encarte, bem como um histórico do Deus
Vulcano segundo o mito. (LH)
CONTATO: zhema2@hotmail.com
ou angel_vulcano@hotmail.com
MORTUS POETRY
Deity
(Soon)
O grupo mexicano de Melodic Death
Metal ‘Mortus Poetry’ foi formado no
ano de 2003 por Alfonso Lozano ao lado
dos guerreiros Roberto Amaral e Juan
Antonio. Atualmente a banda estrutura-
se como um quinteto e lançou no último
ano seu álbum de estréia intitulado
“Deity”. O mesmo fora gravado em
2005 no solene estúdio ‘River Sound’
em Coahuila. Musicalmente a
sonoridade destes mexicanos se
aproxima muito ao chamado
‘Gothenburg Sound’, outrora iniciado
pelo Dark Tranquillity e imortalizado
por nomes como In Flames, Soilwork e
Children of Bodom (Que é finlandês
mas possui sonoridade similar). Em
meio a todo este saturamento da cena
Melodic Death, devo lhe diagnosticar de
que dificilmente encontrarás aqui algo
que nunca tenhas visto antes, tampouco
algo que jamais tenhas ouvido. Mas
uma coisa também é certa: Mortus
Poetry é um grupo peculiar e
batalhador que está na peleja lutando
em prol da real causa underground e
que merece, portanto, uma maior
atenção, pois se acaso em “Deity” não
encontrares inovação, ao menos
encontrarás espontaneidade e muita
dedicação, sem soar como algo
artificial ou mercantil como muitas
bandas deste gênero se aventuram a
fazer... O álbum possui doze sons
recheados de ‘riffs’ Death, morbidez
descomunal e melodias cativantes. Se
você é fã do estilo... Não perca tempo,
procure! (LH)
CONTATO: www.mortuspoetry.com
ABSTRACT
Concrete Visions
(Etherial Records)
Quando o trio mineiro formado por
Enrique Megiolaro (Baixo), Leo
Schröder (guitarras/vocais) e Julio
Megiolaro (bateria) resolveu unir forças,
nasceu desta infame trindade uma das
mais perturbadoras menções oriundas de
terras tropicais: a máquina de destruição
em massa conhecida como Abstract. Em
“Concrete Visions”, o primeiro álbum
do conjunto, eles apresentam um som
direto e energético, sem espaço para o
silêncio, frescuras ou elementos extra-
musicais, Thrash Metal tocado da velha
maneira e com tênues influências do
Death Metal americano. Faixas como
“Umbral”, “Heroes Of Remorse”,
“Disturbance/Nightmare” e “Ad
Aeternum” já falam por si e revelam ao
mundo todo o sentimento maligno e
tétrico que provém destas 3 insalubres
mentes. A produção é simples, porém
boa e traz letras e fotos no encarte. Já a
gravação, realizada no “Nave Studio”
em Juiz de Fora/MG junto ao produtor
Ricardo Rezende, está bastante audível e
favorável, possibilitando aos Thrash
maníacos uma (im) perfeita audição e
momentos de deleite fora de série; mas
por outro lado sua equalizacão ficou
meio vaga e sua masterização
“artificial”, pois o disco se alterna entre
volumes sutis e estrondos
enlouquecedores durante todo o
desempenhar do player. Fora isto o
trampo desses juizforanos é relevante e
seu futuro é promissor, embora eles
ainda não sejam muito conhecidos no
underground nacional. E que venha logo
um outro trabalho! (LH)
CONTATO: A/C Leo Schröder
Travessa Marques sobrinho 68/101
CEP: 36015-070 - Juiz de Fora/MG –
Brazil
AASKEREIA
Mit Raben Und Wolfen
(Independente)
Debut álbum desta venerada banda
alemã, que, em meio as quentes noites
germânicas de verão, promulga esta
bomba do Pagan/Black Metal. Sem
dúvida um de seus melhores
lançamentos desde a demo “Aus Dem
Veristen Unterholz” de 1999. Sua
sonoridade é única e alterna entre
momentos bombásticos e climas épicos.
A produção é totalmente independente
(exceto a da versão em LP), mas boa e
muito bem engenhada. Quanto a
sonorização, é uma mistura de
Graveland com Order Of Ebon Hand,
mas com um certo diferencial nos vocais
que são gritados ao extremo.
Recentemente tive o privilégio de
assistir em vídeo a uma celebração da
banda, o show editado no álbum “Live In
Bindersleben”, simplesmente um
genocídio Ao-Vivo com o público super
agitado e literalmente “botando pra
fuder”. Este trabalho foi lançado em
2003 e pouco distribuído na América
Latina, embora ele tenha tido uma
enorme repercussão na Europa, e em
particular em sua terra natal, Alemanha.
Em 2004 a banda assinou com o selo
Christhunt Productions e lançou pelo
mesmo o MCD “Zwischen Den
Welten...”. Música doente para mentes
doentes! (LH)
CONTATO: A/C Grim.
Aaskereia@web.de
Website: www.aaskereia.de

RAGNAROK
Blackdoor Miracle
(Regain Records)
Eis que do ciclo decadente de monótonas
bandas norueguesas, sem originalidade e
criatividade (que procuram apenas
conseguir publicidade através da cena
vivenciada naquele país nos anos 90), surge
uma hábil e competente horda proposta a
mudar este quadro saturado e degradante, de
bandas inúteis, a qual atende pelo nome de
Ragnarok! Neste quinto álbum do conjunto,
a obscuridão e degeneração sonora de seus
trabalhos anteriores, como Arising Realm e
Diabolical Age, permaneceram intactas!
Hoest vocifera como um real demônio
enfurecido, e lidera este processo de
sentimentos malignos através de sombrias
sinfonias ... A arte da capa é extremamente
grotesca e astigmática, como era de se
esperar num lançamento destes maníacos.
Melhor banda norueguesa na atualidade, ao
lado do Tsjuder, Gorgoroth e 1349! ... (LH)
CONTATO: www.ragnarokhorde.com
VADER
The Beast
(Sum Records)
Que eles são hoje a maior e mais
expressiva banda do Death Metal europeu,
disso todo e qualquer idiota já sabe; mas que
The Beast é um trabalho feroz,
desarmonioso e cruel como demonstravam
os velhos projéteis do grupo, eu não sei se
todos sabem. O fato é que neste petardo a
banda se lançou de cabeça em novas
orquestrações dando uma nova intensidade à
suas músicas, que por sinal permanecem
totalmente brutais. Tal álbum apresenta
novidades logo de cara; a começar pelos
novos membros, Novy (Baixo, ex-
Behemoth, que já havia tocado com a banda
quando substituiu Shambo na época do
álbum Revelations, em 2002.) e Daray
(Bateria, ex-Vesania); além da maturidade
radiante atingida pelo conjunto em termos de
aperfeiçoassões musicais, uma vez que seus
recém integrantes se adaptaram rapidamente
ao restante grupo, e se mostraram
demasiadamente entusiasmados, coesos e
compatíveis com a proposta ideológica do
mesmo. The Beast também apresenta, assim
como seus trabalhos anteriores, elementos
"Thrash" inclusos em seu conteúdo, como o
uso constante de backing vocals e
andamentos mais selvagens, uniformes e
principalmente caóticos... O único ponto
"negativo" em toda a produção do álbum,
fica a cargo da impotência da banda no
processo de criação , pois o produtor, Piotr
Wiwezarack, se encarregou da composição
de todas as músicas (e 2 letras!) que integram
o mesmo. Fora isto excelente trabalho de
impressão, boa arte gráfica, maturidade
musical, e uma ótima performance em
estúdio. Longa vida ao leste europeu e suas
malévolas hordas... Hail!!! (LH)
CONTATO: A/C Mariusz Rmiolek 87-
720 Ciechocinek P.O Box 7 Poland
Tel/Fax: + 48 54 2837-090 E-mail:
info@vader.pl
Website: www.vader.pl
ENDLESS WAR
Triumphant Hate & Bloody Swords
(Evil Horde Records)
Gravado em 2003 no Big Jackets
Studios com o produtor Beto Marsola, e
guardado, como um precioso item
oculto, eis que Triumphant Hate &
Bloody Swords é finalmente lançado via
Evil Horde Records, que, como sempre,
promove mais um grupo de destaque no
underground nacional. Após duas demos
bem sucedidas, esta tropa em forma de
quarteto ataca com todo furor a
judeo/cristandade de maneira
impiedosa, cruel e acima de tudo
louvável! Triumphant Hate & Bloody
Swords confirma aquela convicção de
que o Brasil abrange, sim, todos os
estilos da música extrema e odiosa,
inclusive o War Metal! Este petardo é
constituído por 10 trilhas (1 intro e 9
canções) onde o "mal" prevalece sob
represália ao "bem". A temática lírica
encontrada neste opus, expõe com
maestria o sentimento das músicas,
sobretudo a postura ideológica da horda,
fundamentada na destruição,
patriotismo e orgulho humanos... Para
quem é devoto ao bom e velho War
Metal, vai se extasiar ao ouvir essas
composições que mantém as primordiais
características do gênero... Destaques
para "Hateful" e "Total War", que
possuem andamentos fervorosos e
velocidade descomunal, seguidos, é
claro, dos alienados e onipresentes
vocais de Wolf War Master. The Call of
Goat`s Lord, passa-nos a grotesca
sensação do fim de tudo, início de nada,
destruição, destruição e mais destruição!
Beatiful Lands é a faixa mais longa da
obra, ultrapassando os 6 minutos de
negação à vitalidade, através de
vingativas atmosferas, acompanhadas
de belíssimas melodias e andamentos
mais vagarosos (por parte,
principalmente, do batera), diferentes do
usual. Destaque absoluto à faixa
"Triunfo", que encerra a audição do CD,
onde Wolf War Master entoa (ao seu
estilo, é claro!) uma passagem do hino
nacional brasileiro e, em seguida,
desemboca suas vocalizações na
vociferação, fazendo com que a
desgraça atômica caia sobre a
humanidade novamente!!! A gravação
deste álbum, aparentemente, foi feita em
sistema analógico, ou seja, é bastante
crua e primitiva, o que enfatiza a
brutalidade deste trabalho, afastando por
sua vez, os "curiosos" (felizmente!); mas
tenho certeza que a mesma agradará em
demasia aos (verdadeiros) adeptos da
música extrema... Grandioso e
Monumental! (LH)
CONTATO: A/C Wolf War Master.
E-mail: endlesswarhate@hotmail.com
Website: www.endlesswar.cjb.net
SOLSTAFIR
Til Valhallar
(Oskorei Music)
Eis que tenho em mãos mais um item
maligno da horda Solstafir, provinda das
gélidas terras européias da Islândia. Para
quem já conhece a banda de longa data,
sabe que eles nunca mudarão sua
venerável concepção musical, pois
apesar de emergirem de uma região um
tanto quanto atípica, estes guerreiros
seguem à risca o chamado Nordic Black
Metal sustentado por profundas e ora
orquestrais sinfonias pagãs... "Til
Valhallar", a nova obra do conjunto,
apresenta 6 faixas cantadas em seu
idioma pátrio. Canções como
"Ásareidin", "Daudarikid" e "Í Helli
Polýfemosar" já mostram que a banda não
compõe em inglês e sequer se preocupa
em conquistar o mundo com sua música
atmosférica que, convenhamos, embora
seja super original e bem executada, não é
nem de longe peculiar. Mas tecnicamente
falando posso lhe garantir que a banda
encontra-se num ininterrupto processo de
evolução o que em "Til Valhallar" se
refletiu em grandiosos e corrosivos
cânticos medievais, inacreditavelmente
superiores aos dos prévios trabalhos do
grupo. Sempre fui um assíduo devotado
pela cultura européia o que acarretou uma
forte assimilação quanto à trabalhos deste
gênero, mas se você não curte este tipo de
coisa, "Til Valhallar" não foi feito e nem é
indicado para você.. (LH)
CONTATO: www.oskorei.cjb.net
SIEGE OF HATE /
TIME KILLS EVERYTHING
Split CD
(2+2=5 Records)
O Brasil se une ao Canadá para
atormentar aos seguidores da música
esporrenta. Neste Split CD temos duas
fudidas bandas da cena Grindecore mundial,
de um lado os brazucas do Siege of Hate e do
outro os maníacos canadenses do Time Kills
Everything. O brasileiro Siege of Hate
pratica um Grindcore de primeira, com riffs
velozes e diretos, canções curtas, letras
politizadas, vocais berrados, e muita
distorção. Já o canadense Time Kills
Everything destila uma sonoridade bem
ousada e versátil, com bateria eletrônica (o
que hoje em dia é algo muito comum nos
grupos de Grindecore), passagens
sugestivas, teclados pertinentes (imagine
uma banda de Grindecore com teclados?
Imaginou? Pois bem, o T.K.E. é ela!), e
climas esquizofrênicos. Barulho, submissão
e sangue para todos os lados. (LH)
CONTATO: 2+2=5 Records
A/C Douglas Alves Júnior
Caixa Postal 1668 – São Paulo/SP
CEP: 01059-970 Brazil
Terror225@hotmail.com
www.terror225.cjb.net
ASTARTE
Sirens
(Avantgarde Music)
Quarto e mais recente trabalho deste
magnífico trio feminino formado, hoje,
por: Tristessa (Baixo e Vocal), Hybris
(Guitarra) e Katharsis (Teclados).
Imortalizando desde 1995 a obscura
música grega, Sirens é um tributo aos
antepassados do gênero, porém
carregado de toda uma individualidade,
o que é uma característica da banda.
Particularmente, prefiro os trabalhos
anteriores do grupo, já que estes
sustentavam uma produção mais crua e
sentimentos introspectivos, provando ao
mundo que não são necessários teclados
para se criar algo atmosférico, e,
sobretudo aterrador. Em Sirens a
expressão é bem diferente, visto que a
produção é límpida, os sons são muito
longos, o que os torna entediantes, e o
uso de teclados, dentre outros recursos, é
abusivo. Mas no geral o som ficou legal
e me lembra o princípio de carreira do
Dimmu Borgir, bem como a "fase de
ouro" do Samael. A propósito, Shagrath
do Dimmu Borgir faz uma participação
especial neste trabalho pois gravou
algumas vocalizações para o mesmo.
Ainda vale destacar a faixa multimídia
que conta com um magnânimo video-
clipe da faixa "Black Might God`s". vale
a pena conferi-lo... (LH)
CONTATO: www.astarteband.com
DARKTHRONE
A Blaze In The Northern Sky
(Black Metal Attack Records)
Produzido por Erik Avnskog no
Creative Studios durante agosto de 1991,
e disponibilizado no Brasil em 2005 via
Evil Horde Rec., "A Blaze in the Northern
Sky" é apontado por muitos como o
melhor trabalho de Black Metal já
lançado no globo terrestre; e até poderia
ser, visto que este opus ecoa como a
materialização da névoa em forma de 6
hinos dissonantes, grotescos e frios, que
se intercalam ininterruptamente entre a
cadência e momentos bombásticos de
maneira triunfal, fazendo, por sua vez,
com que "As Chamas do Céu do Norte"
castrem os humanóides e destruam seus
preceitos ridículos, simiescos e ainda
irrelevantes... Com vocais fidedgnamente
pervertidos, bateria ultra-veloz
(entretanto ultra-cadenciada também),
sucessivas seções de baixo, e guitarras
inigualavelmente distorcidas, este trio
norueguês composto por: Zephyrous
(guitarra), Fenriz (bateria e letras) e
Nocturno Culto (vocais e guitarra),
assinara este manifesto infame, que
esbanja letalidade para todos os lados,
com honra e maestria... Curiosidades à
parte, A Blaze in the Northern Sky foi
lançado originalmente pela Snapper
Music, já este relançamento saiu pela
Black Metal attack Rec.; além disso, o
álbum foi remasterizado em sistema
digital, em 2003, o que o deixou mais
audível (no entanto, permanece tão tosco
e "ininteligível" quanto outrora!)...
Impossível destacar uma faixa específica,
pois todas são demasiadamente polidas e
de igual grandeza espectral... Clássico
absoluto do extremismo musical (super
indicado aos amantes de Raw/Grim Black
metal ou, que sejam, simples amantes de
música pútrida e bem desempenhada!)
Longa vida aos filhos da escuridão do
Norte! .... (LH)
CONTATO: www.darkthrone.no
LINCOLN LOVE LOG
Illnoise 2-Piece BBQ
(Black Hole Productions)
Tom-T e G-Mel são dois indivíduos
norte-americanos que poderiam ser
rapidamente identificados no meio de uma
 frase por adjetivos como 'excêntricos',
'insalubres' e 'competentes'. Quando estas
duas mentes frenéticas resolveram unir
forças o resultado não foi outro senão o
doentio e açougueiro Lincoln Love Log.
Este grupo simplesmente dispença rótulos,
mas podemos encontrar elementos Gore,
Grind e até mesmo Heavy em sua
sonoridade. Apesar da tamanha
versatilidade "Illnoise 2-Piece BBQ"
agradará aos que apreciam bandas como
Lymphatic Phlegm, Terrorizer e Cephalic
Carnage. Excelente lançamento da Black
Hole Productions, que para variar promove
mais uma pérola da música esporrenta. (LH)
C O N TAT O : P. O . B o x 1 2 4 7 –
Freeport/IL 61032 - USA
SPELL FOREST
Lucifer Rex
(Goat Music Records)
O Spell Forest surpreende mais uma
vez lançando um excelente trabalho e
mostrando uma evolução expressiva não
somente nas composições, mas também
na qualidade da produção. O Black
Metal da banda sempre contou com
muitas variações e arranjos
extremamente trabalhados, e o álbum
anterior, "Adornus Satani", é a prova
disso. Agora com o novo trabalho,
"Lucifer Rex", a banda alcança um novo
estágio misturando de forma perfeita
partes mais agressivas com outras mais
cadenciadas e sombrias, consolidando
de vez o nome da banda como um dos
principais representantes do estilo no
país. O vocal de Lord Mephyr está
extremamente rasgado e vociferado e na
parte instrumental o Spell Forest faz a
diferença, especialmente pelas levadas
do baterista Hamon e as excelentes
intervenções de teclado, as quais deram
um toque totalmente sombrio à obra. Os
riffs de guitarra continuam gélidos,
marca registrada da banda. As letras,
como de costume, retratando assuntos
absurdamente Satânicos, tendo a pesada
e polêmica arte gráfica como pano de
fundo. Destacar uma faixa neste
trabalho torna-se uma tarefa impossível,
tamanha uniformidade do trabalho, mas
o que chama atenção é a negra atmosfera
e o clima que o álbum transmite, coisa
rara de se ver hoje em dia em álbuns de
Black Metal. Enfim, um trabalho que
merece ser reverenciado por sua
grandeza e louvor à Escuridão. (BL)
CONTATO: www.spellforest.com.br
BLASPHEMICAL PROCREATION
Satanic Crucification
Of Jesus Christ
(Nocturnal Age Records)
Aqui meu amigo temos o mais furioso
e destrutivo Black Metal tocado da velha
maneira. Drástico, maligno, soberbo,
"Satanic Crucification Of Jesus Christ" é
um trabalho que leva o reino cristão a
sucumbir. Os soldados King Valacaüs,
Sir Necrogorphus Abominus e Lord
Radamanthüs exprimem um prospecto
destemido, bárbaro e satânico, e
ressalvam sua ira incontida nos fracos
cristãos, aqui desprovidos de sua
imagem nobiliárquica e limitados a sua
verdadeira e desprezível dimensão.
Embora num parâmetro comum, esta
Demo é dona de uma qualidade
inacreditavelmente apurada e de uma
produção extremamente crua. O
destaque maior fica para a faixa
"Transcomunication", hiper brutal e
desarmoniosa, e para "You Are A Evil
Slave Of Yourself", esta última um
bônus extraído do opus "Satanas Is Your
Only Way" gravado com a antiga
formacão. Capa em couchê colorido,
num excelente lay-out produzido por
Yuri d'Ávila (Prophetic Age, Sepulcro,
etc). adquira e sinta esta "procriacão
blasfêmica"! (LH)
CONTATO:
Website:
www.blasphemicalprocreation.com.br
E-mail:
blasphemicalprocreation@hotmail.com
MISANTHROPIC ART
Homicides
(Oskorei Music)
Eis que a Oskorei Music divulga mais
uma excelente banda Black Metal
provinda de terras russas. É incrível a
quantidade massiva de bandas
qualificadas que emergem daquela
região. O Misanthropic Art sempre
surpreendendo seu público alvo lanca
"Homicides" que felizmente não é
cantado em sua língua natal,
possibilitando aos fãs de outras nações
um maior entendimento quanto à suas
letras... Este item traz 7 faixas
demoníacas recheadas daquele grotesco
sentimento assassino que só a cena russa
nos oferece com maestria. O leitor mais
assíduo e descolado provavelmente já
relacionou o "simpático" título do
álbum, "Homicides", à não menos
sanguinária temática lírica do grupo. Em
verdade as letras não seguem um padrão
propriamente dito, pois variam de
acordo com o clima e andamento da
música. No geral o som destes black
metallers é muito empolgante e original,
um pouco diferente dos antigos que
eram mais gélidos e crus, mas isso
também não apaga o brilho radiante
desta obra-prima. Um opus maligno e
totalmente recomendável... (LH)
CONTATO: Oskorei Music
C/O Alekcandr Shibanov
P.O. Box 113 - 129329
Moscow – Russia
www.oskorei.cjb.net
LUCIFUGUM
On The Sortilage Of Christianity
(Oskorei Music)
Para aqueles que mantém contato com
a renomada gravadora russa Oskorei
Music, sabem bem que ilimitar materiais
lançados pelo selo não é bem a
característica deles. Pois bem, indiferente
de qualquer outro item promovido pelo
selo, "On the Sortilage of Christianity"
fora limitado em 1000 cópias, que
acredite, pouquíssimas chegaram ao
Brasil, pois a Oskorei não é muito
conhecida por aqui, uma pena, já que é a
maior gravadora da Rússia a apoiar
bandas pátrias, e às vezes de outras
nações como aconteceu com o
Lucifugum que vem da Ucrânia. Mas
falando sobre sua sonoridade, eles
fazem um puta Black Metal reforçado de
ponta à ponta por uma atmosfera eslava,
bem na linha daquela que seus
conterrâneos do Nokturnal Mortum nos
transmitiam no princípio de carreira. O
único ponto que não concordo muito é
o fato deles produzirem seus hinos em
seu idioma oficial que para nós mais
parece um código indecifrável e
ininteligível, embora eu apoie
completamente bandas que assumem
uma postura nacionalista e cantam em
sua língua natal como acontece
naturalmente hoje em diversos países
europeus. Mas fala a verdade, músicas
como "Обновление", "Первый и
Последний" e "Когда Ненависть
сжигает небеса" fazem você dobrar a
língua e não pronunciar porra nenhuma
pois são insoletráveis. No mais são 9
hinos de total Black Metal e ódio ao
cristianismo, materializado numa
luxuosa versão em digipack.
Monumental! (LH)
CONTATO:
Oskorei Music
C/O Alekcandr Shibanov
P.O. Box 113 - 129329
Moscow – Russia
www.oskorei.cjb.net
EL FUEGO
Desalmado
(Independente)
Após o lançamento de sua estupenda
Demo de estréia, auto-intitulada (N.E.:
vide resenha nesta edição), os
paulistanos do El Fuego retornam à
cena, desta vez com seu debut álbum
"Desalmado", lançado em 2006 e
custeado pela própria banda. O som
como sempre permanece totalmente
Grind com pitadas de Brutal Death
Metal, seria algo entre Terrorizer,
Deicide e o `saudoso' Napalm Death, na
fase de "Scum" e "From Enslavement to
Obliteration". Músicas como "Eternidad
Del Miedo", "Delírio" e "Cerveza", já
deixam claro que a banda compõem em
espanhol e trazem à tona uma magnitude
pouco vista em grupos nacionais deste
estilo. Com canções que excedem os 2
minutos de duração, pode-se dizer que
tratam-se de faixas muito longas para o
gênero, mas, repito, isto também deixa à
mostra a influência Death Metal no som
e na mente destes "trash-maníacos". A
produção parece ter sido totalmente
independente, embora a mesma esteja
altamente profissional e perceptível... Se
você é fã do mais impiedoso, sangrento e
odioso Grindcore Old School, na linha
de Cripple Bastards, Napalm Death,
Brutal Truth, D.R.I e Expose Your Hate
(que é 'atual' mas possui sonoridade
similar), não deve deixar de adquirir este
sólido trabalho, pois está realmente
matador!!! Mais um nome de relevância
que veio para somar no impetuoso
underground nacional... (LH)
CONTATO:
Site
www.elfuego.rg3.net
Email:
elfuego@yahoo.com.br
VULTOS VOCÍFEROS
Ao Eterno Abismo
(Genocide Productions)
O Vultos Vocíferos deu início a sua
trajetória em meados do ano de 1999,
quando os guerreiros Thorminiak (Guitarra)
e Mictlanteculti (Bateria), ambos membros
da consagrada banda brasiliense Miasthenia,
resolveram unir forcasp junto ao vocalista
Malleficarum. Pouco tempo mais tarde foi
adicionado ao line-up do grupo o baixista
Dark Soul, integrante este que deixou a
horda e não participou das gravações deste
álbum de estréia intitulado Ao Eterno
Abismo. Dentre as 10 faixas que compõem
este trabalho, sendo uma delas um cover de
"Dethroned Emperor" do Celtic Frost,
destaco "Prelúdio Negro (Imperioso
Satanás)" com levadas bem cadenciadas e
atmosferas malignas. Embora eu já esteja
farto de tantas introduções em opus lançados
hoje, devo admitir que "Intro – Eterno
Abismo" é realmente macabra e diferente
dando ao ouvinte uma prévia de toda a
maldade que ele encontrará aqui. Se você
acha que o som destes maníacos sofre
influências do Pagan Metal, apenas porque a
banda conta com membros do Miasthenia
em sua formação, não se iluda com isto pois
o Vultos Vocíferos segue uma linha sonora
bem direta e crua, sem espaço para o silêncio,
com brutalidade e caos em todas as faixas. O
encarte é todo em branco e preto, com alguns
toques de cinza, com boas ilustrações como
'pano de fundo' e com um excelente lay-out
produzido pela Genocide Productions.
Como todas as letras são em português você
poderá entender o significado oculta que elas
carregam consigo... Se não queres deixar tua
mente na insanidade,Afaste-se! (LH)
CONTATO: A/C Thorminiak
Qd. 02 – Casa 23, Setor Oeste, Gama/DF
CEP: 72425-02
vultosvociferos@yahoo.com.br
DESASTER
Angelwhore
(Mutilation Records)
O Desaster foi formado na Alemanha
em 1988 e conseguiu se manter verídico ao
estilo Black /Thrash Metal Old-School ao
longo de todo este tempo. Seu mais recente
trabalho "Angelwhore" chega ao Brasil via
Mutilation Records e de cara já revela que o
grupo permanece leal à seus ideais
passados. Seguindo os passos de
aclamadas bandas oitentistas como
Venom, Celtic Frost e o Bathory no
princípio de carreira, "Angelwhore" é um
sólido trabalho que revigora a barbárica
música alemã. O Desaster já faz até parte da
'família underground' brasileira, pois
fizeram duas turnês bem sucedidas por
nossas terras, tanto que a primeira
culminou na gravação do opus "Brazilian
Blitzkrieg Blasphemies" lançado em
DVD, CD e Picture LP. Agora, com seu
novo álbum, eles mostram o porquê de seu
staus 'cult' e massacram ossos com sua
extrema magnitude profana. (LH)
CONTATO: Jahnstrabe 76 D-56218
Mulheim/Karlich - Germany
DOMINUS PRAELLI
24 de junho 2006
Local: Planet Bowling
Juiz de Fora - MG
Texto Lord Herege
Este foi o show! Exceto por
alguns empecilhos que todos
os festivais brasileiros
ostentam, a noite estava
perfeita! O show estava
marcado para às 9h da noite,
quando na verdade começou
após às 10h, mas isso não foi
um problema, diga-se de
passagem, uma vez que o
atraso propiciou aos bangers
um certo intervalo, tanto para
beberem quanto para
trocarem idéias... O local do
evento foi meio exótico já
que fora realizado no 4o
andar de um shopping e
numa área dedicada ao
boliche, ou seja, era um lugar bem alto, ao mesmo tempo que “baixo” em vista que tinha
menos de 2 metros de altura o que impossibilitava aos respectivos músicos que estavam
no palco movimentos bruscos, pois um simples descuidar ou salto faria com que
batessem com a cabeça no telhado. A abertura da noite ficou a cargo dos extremistas do
Devourer, horda juizforana que através de uma performance avassaladora pôde
atormentar aos presentes com seu impiedoso “Metal da Morte”. O som dos caras é
muito fudido e me lembra os gloriosos tempos do Deicide (Legion e Serpents of the
Light), bem como algo dos tchecos do Pandemia. Divulgando sua demo-tape, Eminent
Revenge, esses death metallers explodiram meus tímpanos e deixaram todos
atordoados mediante a tamanha ferocidade de seu repertório. O único “porém” é que a
totalidade do público, cerca de 50 pessoas, foi ao festival apenas para conferir a
apresentação do Dominus Praelli em sua primeira passagem por Juiz de Fora via “Be
Banger or be Bastard South American Tour”, ou seja, eram fãs de Heavy Tradicional e
não estavam, por conseqüência, tão entusiasmados com algo tão destrutivo como o
Death Metal do Devourer, o que fez com que todos ficassem parados em meio àquele
bombardeio de agressividade disseminado pela banda. Os próximos a subirem no
palco foram os cariocas do Raw Raze. Com seu Heavy Metal contagiante os caras
passaram muita energia ao público, tanto com suas primorosas músicas próprias quanto
com os covers de bandas como Iron Maiden e Judas Priest, mas o uso excessivo de
clichês fez com que sua apresentação não fosse lá essas coisas. Passado às 12h da
madrugada era a vez dos paranaenses do Dominus Praelli nos mostrarem o “porquê” de
serem a principal atração daquela noite. Covers do Judas Priest não faltaram em seu set
ao executarem a clássica “Grinder”, bem como canções próprias, em sua maioria
retiradas do novo álbum intitulado “Bastards and Killers” (Megahard Recs.). Sons
como: “Battle Of Stanford Bridge”, “Lords Of The Sea” e “Berserkers” fizeram todos
bater cabeça enquanto de cima do palco a banda ordenava a escuridão e semeava dentre
os presentes o extremo caos. Excedendo 1h da manhã o grupo deixou o palco sendo
aplaudido por muitos: que performance! Sucedendo um breve intervalo, o palco foi
cedido aos mineiros do Raptor que destilaram sons clássicos do Thrash Metal, bem
como covers da fase relevante do Megadeth, passando por toques épicos e passagens
que mesclam algo do tradicional Heavy Metal. Passara-se às 2 da manhã, após a
cansativa apresentação da banda (a esta altura todos estávamos exaustos), houve um
congestionamento no elevador, já que em função da escassez de escadas este era o único
meio viável de sairmos do shopping. Ao fim do show uma nobre atitude proposta pelo
organizador: um encontro banger num bar próximo ao local do evento! Infelizmente a
minha grana era muito limitada e eu tive que ir pro meu “covil”, ou ao menos tentar ir já
que a distância do local do show (zona sul) em relação à minha casa que fica na zona
norte é enorme, e como não havia mais ônibus neste horário, após às 1,45h da
madrugada, não me restou outra opção exceto voltar pra casa a pé, seguido de um
amigo! Tirando este impasse de ter que caminhar por horas com o corpo exausto e com
aquele zunido escaldando os ouvidos, o show foi muito bom e a organização apurada,
embora uma simples carona pra casa ao término do festival e bebidas por um preço
menos abusivo pudessem ter transformado o mundo num lugar muito melhor, haha!
SEPULCRO
POETICUS SEVERUS
... NA ARTE EXTREMA
2º ATO
03 Junho 2006
Local: Espaço Mascarenhas
Juiz de Fora - MG
Texto: Lord Herege
Fotos: Tamires Tavares e Edu
A Headbanger Force
Productions sempre driblando as
dificuldades, principalmente
financeiras, de se organizar
shows profissionais no Brasil
promove mais uma noite
libidinosa dedicada ao culto ao
mal, para delírio dos bangers
locais apreciadores das artes
negras. Esta já é a 2o edição do
“... Na Arte Extrema” e o nível do
festival permanece tão brutal
quanto o do primeiro que trouxe
à Juiz de Fora ninguém menos
que um dos mestres do Death
Metal nacional, o Funeratus,
bem como os veteranos de casa Sepulcro e Saevus. A despeito do natural atraso, em
vista que o início do show estava previsto para às 6h da tarde, quando de fato começou
após às 8h da noite, a organização foi exemplar e o público estava desde o princípio
muito extasiado com as atrações que aquela infame noite nos reservavam... O primeiro
grupo a se apresentar foi o blasfemo Sepulcro, que já está na estrada há mais de 15 anos
lutando em prol da causa underground, mas que, justamente devido ao atraso do show,
teve de ter seu set reduzido tocando apenas duas canções. É incrível o entusiasmo e a
fúria que esses caras conseguem transmitir aos seus ouvintes quando tocando Ao-Vivo,
a energia é tamanha que se torna contagiante até mesmo em um set tão curto. Na
seqüência tivemos os cariocas do Poeticus Severus, que para mim é uma das bandas
mais originais de todo o Brasil, executando o seu chamado “Opereto Barbaricus Metal”
altamente épico e dono de um sereno orgulho pagão. O set da banda foi um pouco longo
e mesclou canções da clássica Demo-Tape do conjunto intitulada “Discórdia é a Lei dos
Fracos...” lançada e distribuída pela Moutain Distro/Prod.. O tecladista do grupo foi ao
palco com um visual bastante carregado e com suas melodias cortantes e versos de
bravura “chicoteou” o público com uma enorme intensidade emotiva. Após a
duradoura e apreciável apresentação da banda, rolou um breve intervalo que
possibilitou-nos comprar algumas cervejas enquanto a grande atração da noite, os
brasilienses do Miasthenia, se preparavam para subir ao palco. Não tardou muito e lá
estavam eles, liderados pela guerreira Suzane Hécate que tomou a noite de assalto
esbanjando carisma para todos os lados. O set da banda foi bastante equilibrado,
baseando-se principalmente nas canções de seu debut álbum, XVI, já que esta fora a
primeira (e esperamos que não seja a última!) celebração da horda por terras
juizforanas. E o mais interessante de tudo é que a totalidade do público presente estava
familiarizado com a banda, tanto que trechos de hinos como: “XVI”, “De Volta ao
Reino de Paa-Zuma”, “Onde Sangram Pagãs Memórias” e “Rituais de Rebelião”
foram cantados em uníssono enquanto Suzane, ao fundo, entoava o seu poderoso brado
de conquistas! Infelizmente após o show do Miasthenia o público presente, que desde o
início era muito reduzido, cerca de 70 bangers, foi-se embora deixando a última atração
noturna, a horda Dark Crystals` Land, tocando para bem poucos, na verdade apenas eu
e uns 8 amigos, já que o restante não tinha outra opção, salvo ficar, pois vieram numa
Van de Volta Redonda/RJ para Juiz de Fora junto a banda. O som dos caras foi um tanto
quanto manjado e nada cativante, embora a postura de palco, a indumentária utilizada
pelo líder e vocalista, tenha sido realmente relevante. Excedendo às 12h da madrugada
teve-se fim mais um impuro cerimonial que entrará para a história de Juiz de Fora, uma
noite esquizofrênica para seres esquizofrênicos (Apenas!)...
Contatos com o organizador: A/C Fernando Extremo
www.headbangerforce.cjb.net
SEPULCRO
POETICUS SEVERUS
MIASTHENIA MIASTHENIA
IIIº NOCTURNAL METAL HORDES FEST
HORDES DEVASTATION 05 Maio de 2007
25 de novembro 2006 Local: Sindicato dos Têxteis
Local: Real Grandeza Juiz de Fora - MG
Juiz de Fora - MG Texto: Yuri d´Ávila
Texto Yuri d´Ávila Fotos: Tamires Tavares
Fotos Edu e Carolina Korres
Em homenagem aos 3 anos
Dia 25 de novembro, do webzine Metal Hordes na
Minas Gerais foi palco mais net aconteceu dia 5 de maio em
uma vez de um show que vai Juiz de Fora, Minas Gerais, o
marcar época na mente dos Metal Hordes Fest, contando
Headbangers da região. com a presença das bandas
Organizado pelo Metal locais Sepulcro, Blasphemical
Hordes Webzine, Nocturnal Procreation e Superius e das
Age Records e Metal bandas do Rio de Janeiro
Devastation Webzine pelo Coldblood e Cryptic Lorn. O
terceiro ano consecutivo em evento que se iniciou entre 7 e
Juiz de Fora, o 3º Nocturnal 8 horas da noite teve sua
Hordes Devastation foi um abertura marcada pelo
evento grandioso o qual a Superius, banda da cidade que
cidade mineira não via há executa um Dark Death Metal
alguns anos. A casa era repleto de melodias e climas
grande e a qualidade do som que tendem desde o
e iluminação impressionou os próprios músicos das bandas. Marcado para as atmosférico ao brutal. Destaques ficaram para "Shadow´s Way" e a própria
quinze horas a abertura dos portões e começando as dezoito, com um pouco de "Superius". A segunda banda da noite foi a veterana Sepulcro que iniciou com
atraso e debaixo de um solão de rachar, o show contou com bandas de variados seu velho clássico "Sadistic Death" passando pela nova "Perpétuo Domínio"
estados brasileiros. A primeira banda a subir ao palco foi o Ass Flavour, de Vila cantada em português, ficha que a banda pretende apostar daqui para frente. O
Velha no Espírito Santo, mostrando um Splatter Gore brutal e massacrador, Morbid Death Metal do Sepulcro já é bastante conhecido poraqui, porisso a
com músicas de seu demo "Hernia Hurts" que foi destaque aqui na Roadie aceitação do público foi grande como era esperado. Em terceiro veio a horda
Crew. A segunda banda foi o Lost, banda de Adriano Scaramussa do velho Blasphemical Procreation, sempre polêmica e abusada, prestando honras ao
Siecrist, que fez a casa, já cheia, se bater em um moche insano e muito Thrash falecido Belial Bodim, baterista que ajudou a idealizar a banda e que já fez parte
Metal. A terceira banda, natural da cidade, foram os garotos do Morlock, do Devenustatus, Ekron e Necropsy, entre outras. Divulgando seu Black Metal
mostrando um Thrash-Death Metal bem trabalhado e executado, para deixar cru e extremo através de hinos das demos "Satanas Is Your Only Way" e
muito marmanjo para trás. De Vitória no Espírito Santo, a banda que fez um dos "Satanic Crucification Of Jesus Christ", foi na música "Transcomunication"
melhores shows da noite foi o Delicta Carnis que mostra cada vez mais que o público mostrou toda a sua insanidade. Depois veio a primeira atração de
agressividade e profissionalismo, com um Death Metal potente e com bastante fora, o Coldblood, que através de seu Brutal Death Metal cativou a atenção dos
influência Black Metal, tocando músicas novas além de sons do CD "The Age headbangers que sacudiam impiedosamente suas cabeças. O repertório contou
Of Axe And Sword", lançado há pouco em Portugal. Já com o lugar ardendo em com músicas antigas e com novidades que virão no novo lançamento "Under
fúria, sobe o Sarcasmo, de Belo Horizonte para impressionar cada vez mais os The Blade I Die". Por último, foi o Cryptic Lorn, com um Black Metal sinistro e
presentes, que estavam presenciando um cast incomparável neste dia. O Death rápido, a banda manteve o público até o final do evento. Destaque para "The
Metal do CD "Seed Of End" acompanhado de suas velhas composições, Blessing by Lucifer" última gravação da horda. Tudo ocorreu como era
demostrou que Minas Gerais é mesmo o berço das melhores bandas do Brasil. esperado, foi um evento grandioso permitindo assim que o público headbanger
Depois foi a vez de uma das bandas mais aguardadas da noite, o Chakal, que tocou juizforano adquirisse um novo local para suas celebrações. Agora é esperarmos
músicas de seu novo álbum "Demon King" além de clássicos de toda a história da pelo próximo evento e contarmos com
banda. O publico delirava e foi a banda mais comentada, não fosse para menos. o apoio que recebemos neste.
Em seguida, tocando mais de vinte músicas no repertório, veio o Sextrash, Dark Regards!!!
figurões do Death Metal mineiro que marcaram com músicas de seu "Sexual
Carnage" além das novas porradas do "Rape From Hell". Já começando a COLDBLOOD
esvaziar, pouco mais de uma hora da manhã, sobe a palco os também capixabas do
Catacumba, que fizeram um show curto devido ao tempo que estava programado
para as bandas e aos atrasos que estavam ocorrendo nas mudanças entre uma
banda e outra. As bandas daqui para frente acabaram um pouco prejudicadas pelo
tempo, cortando algumas músicas de seus repertórios. Já no começo da
madrugada, para aproximadamente umas cem pessoas, tocam os veteranos da
SEPULCRO
cidade, o Sepulcro, que manteve a empolgação dos presentes com variações de
Death Black e Doom Metal. Tocando relíquias de sua primeira demo "Paradise Of
Spirits" lançada em 1992 a sons novos, mostraram que estão prontos para a
gravação de um material oficial. Quase três da manhã, tocando para um número
mínimo de pessoas sobe a horda local Blasphemical Procreation apresentando
Count Barbatos como segundo guitarrista e com um som mais consistente e
trabalhado. Friamente a banda tocou seu repertório e deixou o palco para a entrada
do Prophetic Age, que mesmo após horas de viagem e um público de mais ou
menos vinte pessoas, quase quarto da manhã, fez um show impecável e que ainda
conseguiu arrancar aplausos dos últimos sobreviventes do local. Foi um dia para
não se esquecer, tendo que Juiz de Fora acolheu um público de aproximadamente
450 pessoas e todos saíram satisfeitos deste que provavelmente foi mais uma
vitória do Metal Extremo no Brasil.
BLASPHEMICAL CRYPTIC LORN
CHAKAL PROCREATION

SEXTRASH COLDBLOOD
Por Lord Herege
Sucedendo um “violento” período de
hibernação espiritual, a máquina de guerra
conhecida como Blackmass atinge ao auge da
voracidade e do ódio extremo, desembocando, isso,
em canções insalubres e demoníacas, com muita
maturidade, bom gosto e acima de tudo devoção
naquilo que se propuseram a fazer... Logo dispenso
quaisquer introdução e concedo a palavra à
maligna entidade Magus Dux Adramelech
(baixo/vocal) para a exposição de suas respectivas
aspirações...
01. Salve “Magus Dux Adramelech” e a entidade
assoladora que procria a obscuridão batizada
de Blackmass ! Para começarmos, fale-nos um
pouco do inicio da trajetória da horda e de suas
pretensões ao integrá-la...
MAGUS DUX ADRAMELECH: A Blackmass
inicialmente seria um projeto paralelo de Lord
Aeshma, no entanto, ele decidiu torná-la uma horda
fixa, onde poderia explorar melhor certos níveis
musicais. Certamente, no momento em que decidi
assumir os vocais da horda, me identifiquei com o
trabalho, e as pretensões foram e ainda são de
manter a Blackmass realizando bons trabalhos
dando continuidade aos objetivos musicais da
horda.
02. Meses atrás, surgiram rumores de que vocês
estavam em contato com inúmeros selos, a fim
de obterem um contrato para o lançamento de
seu álbum de estréia, Gloria Diaboli; mas,
paralelo à isto, parece-me que vocês fecharam
com o selo potiguar “Blasphemy productions”...
Qual foi a principal razão para tal escolha?
MAGUS D.A: Você está certo. Realmente
estávamos em contato com várias gravadoras,
entretanto, essas não nos ofereceram boas
condições, e a Blasphemy concordou em assumir
alguns pontos dos quais queríamos acerca do
lançamento do Gloria Diaboli .
03. Em sua primeira demo, Diabolic Ritual, o
line-up da Blackmass era restrito a você
(bateria, vocal e teclado) e Lord Aeshma
(guitarra e baixo).Você acredita que ao
recrutarem Verberibus Necare (bateria), a
banda ganhara em velocidade, precisão e
brutalidade, neste instrumento
individualmente? E como você compararia
Diabolic Ritual em relação ao Episcolum Servo
Servorium Satanii?
MAGUS D.A: Certamente. com Verberibus
Necare, um baterista de ofício, a maneira de
compor e explorar as linhas de brutalidade, isso se
tornou mais fácil, já que, com um membro fixo
nesse instrumento ganhamos a liberdade de
compor, e sem dúvidas ele desempenha um grande
trabalho na horda. Se compararmos as duas Demos
poderemos perceber que em Verberibus Necare há
mais técnica, mais velocidade com relação a
primeira Demo.
04. Muitas são as comparações da Blackmass em
relação ao Dark funeral, comparações estas, que
vão desde o visual (e todas as suas características
indumentárias) até as composições da banda .
Apesar da Blackmass possuir sua própria
identidade e originalidade, percebe-se que esses
suecos exercem uma forte influência sobre vós ...
O que você pensa a respeito disto?
MAGUS D.A: Nós também escutamos muito esse
tipo de afirmação. Na verdade o que realmente
acontece é uma confusão musical. O que torna a
sonoridade da Blackmass próxima ao Dark funeral
é o simples fato de usarmos a mesma formação de
acordes e uma afinação completamente diferente.
Em verdade, se você comparar as duas bandas
você poderá perceber que não há muito que possa
ser dito que seja parecido. O fato é por sermos uma
banda brasileira com uma sonoridade mais
agressiva com “blast beats”, atmosfera, e um
seguimento mais direto que faz com que as pessoas
tenham uma “falsa” impressão que soamos ao Dark
Funeral. Esse fato fica evidente, pois, a maioria dos
meios de comunicação não faz tal comparação.
05. Gloria Diaboli contou com um grande
trabalho de propagação, tendo uma abrangente
distribuição em todo o território nacional via
Black Frost distro, contando ainda com seu
lançamento mundial através do selo canadense
Sinister Sounds Inc.
O que você achou dos resultados atingidos com
esse álbum? Foi algo recompensador?
MAGUS D.A: Esse trabalho nos propiciou uma
abertura maior na cena, tanto nacional quanto
internacional. Ele serviu como uma apresentação
da horda em um álbum completo para a maioria das
pessoas, já que só possuíamos Demos. A
repercussão está sendo ótima, e sem dúvidas
ajudará e muito o nome da Blackmass nos
próximos trabalhos.
06. Apesar da Blackmass exercer um certo
respeito e hegemonia no cenário extremo,
brasileiro, por se tratar de uma horda cult,
sobretudo fiel à suas aspirações, a mesma,
encontra-se afastada de algumas polêmicas que
envolvem o metal extremo nacional ... O nome
da banda já esteve envolvido em polêmica no
passado? Você poderia nos falar mais sobre
isso?
MAGUS D.A: Primeiramente, obrigado pelas
considerações. Certamente a Blackmass nunca se
envolveu em polêmicas. A Blackmass é uma horda
voltada ao Black Metal e aos seus temas, em nossas
músicas buscamos sempre mostrar o lado o qual
acreditamos. Esse fato faz com que sejamos bem
vistos em todo o território nacional. Buscamos
apenas fazer bons álbuns para respeitar o público.
07. Aproveitando o assunto acerca de polêmicas,
como você vê todas estas ações de hostilidade
contra o cristianismo? Sem dúvida tais ações são
de grande impacto, mas você acredita,
realmente, que as mesmas podem vir a degradar
ou até mesmo abalar o cristianismo à ponto de
degenerar a moralidade desses fracos? Dê a sua
opinião sobre esse tópico ...
MAGUS D.A: Toda discussão acerca da religião é
complexa, pois os mesmos pontos podem ser
interpretados de forma positiva e/ou negativa.
Certamente esses ataques farão com que as pessoas
reflitam acerca da religião, entretanto, é difícil
prever algo acerca de tal aspecto.
08. Com todo este saturamento da cena Black
Metal, muita coisa anda desordenada, fétida e
deturpada, por aí ... “Tudo” o que se vê, são
plebeus tirados a donos da verdade, fazendo ,na
maioria dos casos, críticas medíocres e
comentários baixos sobre assuntos dos quais,
estes , sequer tem conhecimento... Qual a sua
opinião sobre esse notável declínio moralista e
de valores que assombra o planeta, incluindo-se
aí, o extremo underground? Para a Blackmass,
o que significa ser “real”?
MAGUS D.A: Ótima questão. Para a Blackmass
ser “real” é fazer e dedicar-se a um trabalho que as
pessoas irão “consumir” pois acreditam no que
você faz, ou seja, respeito é tudo. O que acontece
em determinados seguimentos do metal extremo é :
as pessoas passam a confundir o ser extremo com o
fazer-se extremo, isso implica : o extremo já está
fundamentado , e fazer-se extremo acarreta vários
pontos que por si, só tornam esse ato, um tanto
quanto ilógico. Ser real é ter a convicção de que está
fazendo o que a você lhe agrada e que respeita as
pessoas ao redor.
09. Outra questão que cerca o Black Metal
atualmente, são as freqüentes críticas em
relação às bandas de Symphonic/Melodic Black
Metal , as quais desfrutam de Teclados e
melodias harmoniosas em suas canções . Qual a
sua opinião sobre o assunto? Essas bandas lhe
agradam ou você prefere o Black Metal tendo
sua essência tradicional mantida?
MAGUS D.A: Bom, essa é uma pergunta mais
complexa do que aparenta ser : digamos que
poderíamos desmembrar esse estilo em duas partes.
O que é sinfônico é uma seção dentro do Black
Metal, de fato ele já pode ser considerado um
gênero à parte. Entretanto, se a horda utilizar de
maneira inteligente as orquestrações, o resultado
pode ser muito satisfatório e brutal, haja visto que
planejar é necessário. Nós da Blackmass
preferimos uma linha mais direta como os nossos
trabalhos demonstram.
10. Além da versão em CD vocês também
lançaram o Gloria Diaboli no formato LP . Qual
a sua opinião acerca dos discos de Vinil e sua
extinção no século XXI? E a propósito, qual o
melhor formato na visão do Blackmass, Tape,
LP ou CD? E porquê?
MAGUS D.A: Infelizmente a tecnologia aponta-nos sempre uma nova
perspectiva de comodidade e de facilidades, por isso o Vinil perde e/ou perdeu
seu espaço no mercado, entretanto, é uma questão complexa, apesar de não ser
tão flexível de manuseio é uma grande forma de Ter seu trabalho lançado.
Porém, acredito que a versão que possuímos em CD`s com o livreto é a melhor
forma, pois, podemos explorar o encarte para melhor ilustrar os álbuns, é mais
flexível em termos de manuseio e transporte do mesmo.
11. E como têm sido os shows da Blackmass? Já existem pretensões para
uma turnê sul-americana ou até mesmo européia?
MAGUS D.A: Os shows até o momento foram ótimos. Temos pretensões de
realizarmos uma turnê sul-americana , européia e até mesmo brasileira ,no
entanto tais turnês só se tornam possíveis a partir de acordos com as pessoas
que organizam os eventos. De momento não temos nada concreto a dizer a
respeito.
12. Como vocês trabalharam na composição da faixa “Alae Nocturnae”, a
qual é cantada em Latim? E por que escolheram este idioma?
MAGUS D.A: Na verdade as músicas cantadas em latim funcionam da mesma
forma de compor das demais, pois, no CD Gloria Diaboli quase todas as
músicas possuem partes cantadas em latim, o processo é o mesmo. A escolha do
latim é para resgatar essa língua tanto usada nas práticas da magia, e do próprio
satanismo.
13. E qual a sua opinião sobre a crescente cena nacional? Há alguma
banda que você destacaria em nosso cenário? Você acredita que o mesmo
está se degradando ou, apenas, se fortificando e proliferando-se pelo
mundo como uma praga – assim como fazia anteriormente? Expresse seu
ponto de vista ...
MAGUS D.A: Quanto mais a cena crescer melhor para todas as bandas, pois a
divulgação abrangerá mais pontos. Há inúmeras bandas que apoiamos,
entretanto, prefiro não citar nomes, pois ,se esquecer uma horda, isso seria uma
injustiça . É bom saber que após uma aparente estagnação do cenário extremo
nacional, várias bandas estão a surgir e conquistando seu espaço.
14. “Magus D.A”, o que o levou a fazer música? Esta sempre foi um fator
marcante em sua vida ou a mesma apareceu ao longo de sua jornada por
influência de algum ícone, em especial? Fale-nos mais sobre isso ...
MAGUS D.A: De fato, sempre gostei de escrever, porém a partir do momento
em que descobri “King Diamond” e suas letras geniais, passei a me interessar
ainda mais acerca do obscuro, e quando ingressei na Blackmass ganhei a
oportunidade de escrever ainda mais.
15. Você é de opinião que o individualismo é a, única, chave para a
obtenção do conhecimento oculto e para a consolidação de uma honorífica
“filosofia de vida”? O que significa a misantropia para você ?
MAGUS D.A: Bom, é complexo explicar. No entanto se formos analisar a
palavra misantropia a partir do radical Grego nela inserido, observaremos que a
misantropia de hoje é distorcida, já que ,misantropia significa, afastamento das
pessoas e de suas concepções, e a partir do momento que você interage e
compartilha a idéia de outrem você já não é mais misantropo. Bom, que é certo
que você consegue se “descobrir” a partir de experiências solitárias é fato, no
entanto, cada pessoa tem uma forma de agir e pensar diferente, o que a mim
pode funcionar. Contigo não irá.
16. Qual a sua opinião sobre o “Empirismo” (N.E: doutrina que atribui a
origem das idéias ou conhecimentos à experiência.)? Você acredita, mesmo
,que apenas uma longa jornada de trabalhos e experimentos ocasionará a
formação de uma sólida ideologia? Dê sua perspectiva sobre o assunto ...
MAGUS D.A: É difícil analisar simplesmente por esse prisma. Acredito que a
formação ideológica é construída a partir de experiências, porém, a de se levar
em conta o que é inerente ao homem. Pergunta de difícil resolução.
17. Profanos agradecimentos “Magus D.A” , agradeço-lhe pela atenção
cedida . Para concluirmos, deixe suas últimas palavras neste “Opúsculo
Espectral” finalizando como desejar...
MAGUS D.A: Primeiramente obrigado pelo espaço e pelas perguntas
inteligentes. A Blackmass começará a compor novas músicas para um próximo
álbum, possivelmente lançado no segundo semestre de 2007. A todos que nos
acompanham fiquem atentos as nossas novidades. Salve guerreiros. Obrigado.
CONTATO:
A/C Lord Aeshma Rua Paraná 3035-Lj 01
CEP: 85810-010 Cascavel/PR Brazil
E-mail: press@blackmass.com.br
Website: www.blackmass.com.br

Por Lord Herege
A horda “Catacumba” foi formada nas áridas terras da cidade de Serra
(ES), em 2003, conseguindo logo no início de sua trajetória um
reconhecimento ao mérito, visto que surgiram para assolar o planeta com sua
sonoridade pervertida, dissonante e aterradora, proposta a glorificar a saga
extremista arregimentada por bandas predecessoras dos mais pútridos e
odiosos segmentos musicais. Após o lançamento de sua aguardada debut
Demo-CD, batizada “Birkat ha-Minim – A Benção dos Hereges”, eclodiram
no cenário necro-underground mundial blasfemando os dogmas Judaico-
Cristãos ocidentais (e orientais também!) através de hinos obscuros, ríspidos e
ferozes que levantaram e cravaram, por sua vez, a bandeira da maldição
perpétua mediante o globo terrestre!!! Recentemente entrei em contato com o
líder/vocalista da banda, Gordoroth Vomit Noise, para a recepção desta voraz
entrevista... confira!
01. Vocês obtiveram um excelente trabalho de divulgação com o
lançamento de sua demo “Birkat ha-Minim”, o que rendeu ao Catacumba
shows ao lado dos maiores nomes da cena extrema nacional, bem como o
Miasthenia, Oligarquia e Ocultan. Como foi para vocês tocar com essas
cultuadas bandas do cenário brasileiro?
GORDOROTH VOMIT NOISE: Para nós foi um grande prazer e grande
honra poder estar celebrando nossos odes ao caos ao lado de grandes nomes da
nossa poderosa cena sul-americana como Mystifier, Oligarquia, Miasthenia,
Sarcasmo, Blasphemical Procreation, Abantesma, I Shit on your Face e etc...
Creio que toda essa carga de experiência de palco que adquirimos tocando ao
lado desses grandes nomes sirva para que possamos mostrar ao nosso público
um rastro de destruição ainda maior do que já deixamos em nossas
apresentações anteriores, servindo de prévia para os próximos atentados
planejados por nós.
02. Ao que me parece, além da boa aceitação do público brasileiro em
relação à demo “Birkat ha-Minim”, o público europeu de países como
Grécia, Alemanha e Holanda (assim como o de outros países de outros
continentes), também tiveram a oportunidade de adquirir esse Opus.
Fale-nos como foi a receptividade dos estrangeiros em relação à este,
aclamado, lançamento brasileiro...
GORDOROTH V.N: Tem sido a melhor possível !!! Em um ano espalhamos
mais de 900 demos pelo mundo afora e temos tido respostas 666% favoráveis
tanto no Brasil como no exterior !!!!!!!!!!!!!!!!!
Conseguimos dar entrevistas em diversos Zines / Webs como Turvo, Metal
Attack (www.metalattack.com.br), Temple of Sin, Siam Metal
(www.siammetal.com), Vampire Magazine (www.vampire-magazine.com),
Hell, Esperanto, Thunder God (www.thundergodzine.com.br), Artefactuz, Lys
aeon (www.lysaeon.com), Hellhammer, Ceremonial Magazine, Anúbis
(www.anubis-zine.com), Burning Misery (www.burningmisery.com), Ritual,
Dark Gates, Saturn, Osculum Obscenum, Infernal Kingdoom e alguns outros
que não me lembro no momento. Nossa Demo também é distribuída em
diversas Distros como Eterna Aversão, Diabolic Attack, Necromancer Rec.
(www.bloodynecromancer.de), Hellspike Records (www.hellspikerec.cjb.net),
Morbid Reasons 666 (www.morbidreasons666.com), Dying Music
(dyingmusic.com), Alastor Rex Prods. (www.alastorrexdistro.cjb.net ), Sabbathid
Records (http://sound.jp/disnecro/), Sangue Impuro Produções (www.sangueimpuro-
prods.7vip.net), Intifernal Distro (intifernal@yahoo.com.es), Trevas Nascemos Prods,
Mountain Distro, Anaites Prods, Diabolic Front, Tenebrarum Prods, Ktzer Records
(www.ktzer-records.de), Cult Distribution
(http://www.geocities.com/cultdistribution), W .A..C Distro
( w w w. g e o c i t i e s . c o m / w a c d i s t r o ) , S k u l l F u c k i n g M e t a l
(http://www.geocities.com/skullfnmetal), Infernal Kaos Prods
(http://www.infernalkaos666.ubbihp.com.br) e diversas outras que ficaram incubidas
de espalhar o nosso artefato pela nossa imunda bola de lama chamada Terra !
03. E quanto aos planos para o lançamento de seu debut álbum? Já podem nos
adiantar alguma coisa em relação à isto? Houveram rumores de vocês estavam
planejando lançá-lo por um selo alemão. O que existe de verdade nisso?
GORDOROTH V.N: Sim. Temos grandes planos para o nosso Full álbum que
começaremos a gravar no final do mês de Novembro de 2006 após nossas
apresentações no III Nocturnal Hordes em Juiz de Fora (MG) . Até o presente
momento temos fechado com 666% de certeza a proposta para um Split nos
feita pela Sick Chainsaw Prods. da Tailândia e o nosso Full pela Onslaught Rec
do México, já que a proposta nos feita pelo selo alemão citado foi deixada por
uma outra ocasião vindoura, que espero ser algo lançado em algum formato
mais ortodoxo como LP ou Tape profissional...Vamos aguardar .
04. Gordoroth, diga-nos aqui suas crenças e ideais de uma forma clara e
direta e, em seguida, fale-nos de seus objetivos futuros junto ao Catacumba .
GORDOROTH V.N: Meu caro, não tenho nenhum deu$ que possa estar regendo
minha vida. Nada que possa vir a ser metafísico e estar acima de minha cabeça ou
abaixo dos meus pés pode me influenciar... Tudo que faço é regido pelos valores que
agreguei durante a vida ou que eu mesmo tenha criado para mim. Gosto dos
símbolos e das ilustrações de entidades de várias culturas como meras
representações de conceitos inerentes à vida humana, ou mesmo como simples
forma de afrontar a sociedade pós moderna judaico cri$tã ocidental!!!!
Nossos objetivos com a horda é apenas espalhar nossa arte da forma mais incessante
possível para os amantes do necro underground! Os curiosos que morram...
05. Em minha opinião, “Birkat ha-Minim” trata-se de uma das melhores
demos já lançadas em território nacional, pois vocês criaram algo,
realmente, surpreendente ao nos presentearem com aquela sonoridade
demasiadamente profana e mórbida, próxima à inexistência... Você
concorda com isso?
GORDOROTH V.N: Arghhhhhhhhhhhhh!!!!! Fico muito lisonjeado em ouvir
da boca de irmãos metalheads que nosso humilde artefato pode estar figurando
no rol das clássicas demos já lançadas no cenário nacional como “Satanic Lust”
(Sarcófago), “Obscuro Domínio” (Vultos Vocíferos), “Aleister Crowley”
(Mystifier) e tantas outras... Se concordo???? Sinceramente não sei meu
amigo, o que sei que o que foi ali exposto por nós naquele trabalho representa o
que há de mais real em nossas mentes doentes e se isso agrada aos maníacos em
volta do globo, que assim seja!!!
06. Gordoroth, você poderia nos dizer como é a cena extrema, por aí, em
sua cidade (Serra/ES)?
GORDOROTH V.N: Em minha cidade não há uma grande cena extrema, mas
as bandas que aqui residem são de grande qualidade... dentre elas destaco, além
de nós, os nossos irmãos das bandas Shadow Moon (Black/Doom), Abantesma
(Brutal Death Metal) e Wolfshade (Dark Metal) ... Os bangers dedicados
realmente a causa aqui são praticamente inexistentes e estamos infestados com
pseudo black metallers amantes de cemitério para seus encontros
homossexuais... resumindo, alguns necróticos de roupa preta e maquiagem de
puta! Mas tende a melhorar já que até alguns anos atrás aqui não havia nada no
quesito underground.
07. Suas linhas vocais apresentadas em “Birkat ha-Minim” são
extremamente doentias e peculiares fugindo, por sua vez, de serem apenas
urradas e ultra-guturais, como a “maioria” das bandas do gênero se
propõe a fazer... você acaso têm alguma forte influência que incrementa,
este, seu modo de vociferar? Qual?
GORDOROTH V.N: A minha técnica para vociferar meus odes é muito
apurada, consistindo em pegar um microfone e berrar bem alto!!! Alguns
vocalistas como Emperor Magus Calígula, Wagner Antichrist, Max Possessed,
Mille Petrozza, Jeff Becerra e outros me influenciaram a grunhir de um jeito
bem peculiar como faço agora.
Desde já agradeço pelos elogios ao meu modo de vocalizar meus instintos.
08. Um outro destaque de Birkat ha-Minim, é sem dúvida alguma o batera
Amazarack, pois além de ser um músico competente e muito insano, ao
tocar com muita velocidade (naquelas passagens mais bestiais
fundamentadas no Black Metal), também ostenta sua técnica e precisão
nos momentos mais elaborados e versáteis, voltados ao Death Metal.
Como você analisa a performance exposta por Amazarack nesse maldito
artefato?
GORDOROTH V.N: Com certeza sua afirmação procede meu caro aliado!!!!
Com certeza Amazarack é uma de nossas peças fundamentais e seu trabalho em
nossos hinos é surpreendente!!!! Tanto que não consigo imaginar a horda sem a
presença dessa maldita entidade do caos.
Ele junto a mim e a Count Único Del Inferni, forma a trindade maldita do
Catacumba e posso afirmar sem sombra de dúvida que tudo o que a banda cospe
em cima do mundo é resultado dos devaneios dessas três impuras almas...
Amazarack é um grande braço da trindade com sua habilidade e idéias!
Hailz Amazarack!
09. Ok Gordoroth, chegamos ao fim desta simples entrevista. Para
encerrar, deixe uma mensagem final aos aliados do Catacumba e leitores
do Black Pestilence Zine...
GORDOROTH V.N: Agradeço muito irmão pela oportunidade de poder
expressar nossas idéias em teu poderoso artefato! Os zines são realmente os
pilares do underground e sem eles estaríamos fadados a nos render a escória
pseudo musical produzida por rock brinquedo e similares... Aos bangers
mantenham acesa a chama! Hailzzzz!!!
CONTATO:
A/C Gordoroth Vomit Noise
Caixa Postal: 045072 Serra/ES
CEP: 29165-973
E-mail: gordorothvomitnoise@hotmail.com
 Formado no final de 1998 por M. Mictian e Lord Thoth, que após passar algum
tempo de busca por integrantes, em meados de 2000 lança o CD demo "Blessed Are
The Destroyers Of False Hope ..." com duas músicas, e é recebido muito bem pela
crítica e o público, rendendo vários shows pelo território nacional, em 2001 é lançado o
segundo CD demo "Living Under The Sign Of Blasphemy " (com Leghor Supay na
bateria) contendo desta vez três músicas. A resposta foi imediata, todas as revistas
especializadas, zines e público consideraram este um ótimo trabalho, vários shows se
sucederam e o UNEARTHLY desperta o interesse de algumas gravadoras, optando
assim por assinar com a Encore Rec's (SP). Em julho de 2002 é lançado o tão esperado
full leght "Infernum - Prelude To A New Reign ", que também foi lançado nos Estados
Unidos e no Canadá através do selo norte americano Crash Music rec´s. Mais uma vez
a crítica é unânime em relação ao disco "... é mais um ótimo lançamento do
UNEARTHLY - avassalador -. Nesta mesma época Thyrr é efetivado a banda e termina
a turnê do primeiro álbum. Em outubro de 2003 a banda entra em estúdio com o
produtor Fabiano Penna (ex-Rebaellium) para a gravação do segundo CD "Black
Metal Commando", mais agressivo, rápido e forte. A produção é impecável, o disco é
lançado em dezembro de 2003 e arrebata as melhores críticas possíveis e é considerado
um excelente disco, Porém após o lançamento o vocalista, guitarrista e co-fundador
Lord Thoth deixa a banda, em seu posto entra Agares que faz todos os shows de
divulgação do CD Black Metal Commando - "WAR MASSACRE TOUR" - em 2004,
mas logo depois deixa banda. Em março de 2005 a banda assinou com o selo Evil
Horde rec´s para o lançamento do terceiro CD "ODE TO CHAOS" que será lançado no
primeiro semestre de 2007, conterá 9 músicas e mais um bônus .
Após algumas baixas e testes frustrados para reposições de integrantes o
UNEARTHLY se solidifica novamente, e desta vez com uma força ainda maior, tal
força dada pelo entrosamento e empenho dos novos integrantes juntamente com os
remanescentes. Atual formação: Eregion (vocal), Thyrr e Mallefikus (guitarras), M.
Mictian (baixo) e Ishum (bateria). Atualmente a banda se encontra em processo de
gravação.

CONTATO: A/C M. Mictian

Unearthlyhorde@yahoo.com.br

Por Lord Herege
O Goatlord é uma banda que conseguiu se manter em atividade em meio à
um precoce período de estagnação do underground nacional, por permanecer
desde o início de sua trajetória fiel à seus ideais passados e intrinsecamente
distante de modismos e segmentações débeis, nascentes com o advento da
popularização musical. Influenciado pela “velha escola” do extremismo,
Samhain conduz a aura negra do Goatlord desde 2001, e aumenta
incessantemente seu legado como uma praga disseminada universo afora...
numa conversa, por telefone, com o líder e guitarrista da horda abordamos
assuntos como expectativas, musicalidade, perspectivas, etc... Confira!
01. Bestiais saudações Samhain! Inicialmente, apresente de forma
objetiva o Goatlord aos leitores do Zine...
SAMHAIN: A banda teve início no ano de 2001 no intuito de produzir um
Black Metal aos moldes das bandas escandinavas como Darkthrone, Marduk,
Immortal, Burzum ... com toques de Death/Black nacional como Sarcófago,
Expulser, etc... Com o passar dos anos a horda passou a adquirir outras
influências principalmente Thrash, mas não deixou de fazer um som extremo e
profano...
02. A arte gráfica apresentada na capa de sua última Demo (Keep on the
Fuckin` Hell) foi de grande impacto, visto que a mesma trazia a foto de
uma garota, vestida – apenas da cintura pra cima – com um traje de freira,
sentada num crucifixo... Quais foram suas intenções com a publicação
daquela imagem? Vocês pretendiam chocar o público com algo que fosse
realmente obsceno?
SAMHAIN: Também; pra nós a imagem é muito importante na música, e
através de ilustrações conseguimos passar nossas mensagens e propósitos, bem
como nosso ódio ao judaico/cristianismo, pois temos uma forte visão acerca de
assuntos religiosos. Foi tudo muito relativo, chegamos a um acordo sobre qual
seria a capa daquela Demo, e optamos por essa já citada ilustração apresentada
em Keep on the Fuckin` Hell.
03. O som do Goatlord ecoa como um tributo ao passado, uma homenagem
aos anos 80 e a consagrada “Old-School”, através de canções gélidas e
demasiadamente sombrias... Você concorda comigo?
SAMHAIN: Com certeza! Tanto em nossa concepção musical quanto lírica,
sempre buscamos explorar o som oitentista, influenciados pelo som de bandas
como Hellhammer, Venom e, até mesmo, Slayer; e o citado caminho gélido se
consolidou após as mudanças de formação, onde renovamos nossa força com a
entrada dos novos membros e nos transitamos para a inclusão de elementos de
Death Metal aliados ao Black em nossa música.
04. Digo isso, porque sua sonoridade lembra muito a cena brasileira
vivenciada nos anos 80, me remete a nomes como Holocausto, Sarcófago,
Vulcano e Mutilator, entretanto, sua maior influência parece nascer de
terras gélidas (Noruega), pois percebe-se nítidos elementos de bandas
como o Darkthrone onipresentes em seus hinos (inclusive no nome da
horda)... Qual a sua opinião sobre a antiga cena brasileira e todas estas
referências?
SAMHAIN: Eu não peguei a cena oitentista, pois me introduzi no mundo
metálico nos anos 90 (até mesmo pela questão da idade), no entanto, conheço
muito sobre ela, e por comentários que se ouve, percebe-se que a antiga cena
brasileira era mais unida, sabe, a unidade existente entre as bandas era cada vez
mais forte; tanto que grandes bandas como o Sarcófago não se importavam em
tocar em pequenos clubes...Já hoje, a cena é muito dividida a meu ver, existem
grupinhos Black, Thrash, etc. mas pode melhorar em alguns pontos.
05. Ainda sobre a antiga cena brasileira, você está satisfeito com o que ela
se tornou, ou seja, acredita que ela está melhorando ou preferiria viver no
passado, na antiga cena nacional? Diga-nos o que você mais admira e
abomina no cenário extremo atual...
SAMHAIN: Voltar como antes eu acho bem difícil, por muitos fatores, mas a
cena atual pode melhorar em muitas coisas caso haja uma maior
conscientização das pessoas em relação às bandas, pois o público só dá atenção
para bandas gringas, assim como a mídia, ao invés de apoiarem as bandas
nacionais como deveriam fazer. Atualmente a nossa divulgação é mais
abrangente e o nosso trabalho atinge à mais pontos.
06. Fale-nos do conceito lírico “camuflado” em vossas composições e, em
seguida, comente sobre a ideologia defendida pela banda...
SAMHAIN: Nossas composições falam mais por mim e pelo nosso atual
vocalista (e compositor) Samyasa. A ideologia da banda é mostrar os modos de
manipulação das massas, não somente no cristianismo, mas também em todas
as religiões, mas com ênfase no judaísmo... o povo Judeu em geral... Lutamos,
também, contra a escravização do homem, homossexualismo e falsidade na
cena!!! A horda costuma se rotular como “Alcohoolic Death/Thrash metal”! ...
07. Samhain, quais são seus filmes e livros preferidos? Seriam os de
Horror, Suspence ou mera Dramaturgia? Provavelmente alguns
produtores cineastas como Stanley Kubrick e Lucio Fulci, assim como
alguns filósofos, poetas e pensadores, dentre estes, destacando-se
Friedrich .W. Nietzche, Edgar Allan Poe e Marquês de Sade,
influenciaram-lhe. Fale-nos, mais, sobre a ligação da banda com a
cinematografia e com a literatura, de um modo geral...
SAMHAIN: Quanto a literatura, sou influenciado pela história antiga em
geral. Recentemente li um livro intitulado “O Sol Negro” que, particularmente,
achei muito interessante, pois fala basicamente das diferenças ideológicas e
raciais existentes no mundo. Gosto de filmes, mas não sou influenciado por
eles, salvo os filmes de guerra, histórias, etc...
08. A line-up do Goatlord é composta por você (guitarra/vocal/bateria e
efeitos), Malebolge (guitarra) e Lord Satanicus (baixo). Com a ausência de
um baterista, fixo, os shows, geralmente, tornam-se inacessíveis à uma
horda... Vocês tem realizado “cerimoniais” (com algum baterista
convidado) ou o Goatlord encontra-se “restrito” aos estúdios de
gravações, isto é, Vocês não se apresentam Ao-Vivo?
SAMHAIN: Nós estamos há mais de um ano parados, mas a nossa line-up foi
renovado com a entrada de novos membros. A atual formação do Goatlord é:
Samhain: guitarra - Jack the Ripper: guitarra solo - Ass Fucker: bateria -
Samyasa: vocais - Lughnasad: baixo
Contudo, o Goatlord não é uma banda de estúdio, nós já tocamos aqui no Rio
(RJ) e no próximo ano (2007) pretendemos tocar em outros Estados do
brasileiros.
09. Referindo-se ao nome da banda, o que o Senhor da Cabra (Goatlord)
representa e significa para você?
SAMHAIN: Hummmmmm.... Nós o vemos como um nome muito forte,
baseado no álbum “Goatlord” do Darkthrone, que para mim foi, e é, a maior e
melhor banda norueguesa de todos os tempos, a qual me influenciou
fortemente, tanto em aspectos líricos, quanto visuais, inclusive na escolha de
um nome pra horda...
10. Sua excelente Demo “Haí all el-salah inch`Shaitan” foi lançada pelo
Selo fluminense Mountain Distro Prod., assim como sua, não menos
excelente, recente Demo “Keep on the Fuckin`Hell”. Essa parceria
“Goatlord/Mountain” já dura um bom tempo e parece-me muito sólida. O
que você tem a dizer sobre o trabalho desempenhado pelo Selo e sua
parceria mútua para com o mesmo?
SAMHAIN: De fato, o Edson Teixeira (proprietário do selo) é um grande
companheiro e uma grande pessoa (se todas as pessoas fossem como ele o
mundo seria muito melhor!) que trabalha muito aqui na cena carioca sempre
apoiando verdadeiramente o nosso trabalho e o de muitas outras bandas do
Brasil, não apenas no Rio de Janeiro, e só pretendemos deixá-lo se
conseguirmos um contrato com uma “grande gravadora”, mas jamais
deixaremos de apoiá-lo (até mesmo se estivermos trabalhando com outro selo).
11. Samhain, existe algum emprego adicional (referente à música), que
incrementa sua auto-suficiência, estabilidade e sobrevivência, na Terra,
bem como trabalhos em algum Estúdio, Distro, Loja, Selo, etc? fale-nos
mais sobre isto...
SAMHAIN: Na verdade, eu e alguns amigos estamos pensando na
possibilidade de uma parceria para promovermos shows, por aqui, de fato, essa
não é uma área que lhe oferece lucro financeiro (pois o prejuízo é grande) e
apenas as pessoas que realmente gostam e se dedicam a tal profissão à
executam, como é o nosso caso, porque a realização de shows é algo que
gostamos de fazer; mas por outro lado, é muito complicado trabalhar com
outras bandas nesse sentido de eventos.
12. Fale-nos dos previstos lançamentos da horda, para breve, bem como
um possível debut-CD e, em seguida, comente acerca de suas próximas
metas à serem atingidas no campo do Goatlord...
SAMHAIN: É aquilo que eu disse, pretendemos gravar e lançar o nosso
primeiro álbum no próximo ano (2007) assim que conseguirmos um contrato
com uma gravadora. Pretendemos, também, tocar fora do Rio (RJ) com reais
hordas irmãs que se dedicam à nossa causa. Essas são nossas metas, buscarmos
cada vez mais o nosso próprio caminho.
13. Terminamos por aqui; agradeço a ti, Samhain, pela entrevista e
atenção cedida! Como resolução, deixe uma mensagem final aos leitores
do Zine...
SAMHAIN: Por enquanto estamos “parados”, mas pretendemos tocar em
breve... Escrevam-nos em: marcos_samhain@hotmail.com e unam-se em prol
desta causa, pois precisamos de vosso apoio (e não o de bandinhas New
metaleiras e Alternativas, por aí...). Também agradecemos a você pela
oportunidade cedida ao Goatlord de se expressar em seu Zine, pode contar
sempre com o nosso apoio! ...
CONTATO:
A/C Samhain Rua Engenheiro Romero Zander, 288,
Bloco 02, Apto 3 - Bonsucesso
CEP: 21040-080 Rio de Janeiro/RJ – Brazil
Por Lord Herege
Formada em 2000 por Luciano Scanhoela, a Baptised In Ice é hoje uma das
mais firmes e expressivas bandas de Viking Metal provindas de terras
brasileiras, já com duas demos lançadas e um invejável histórico curricular.
Como resultado natural de tudo o que o grupo plantou, ele vem colhendo
constantes e profundas conquistas, conseguindo ainda transmitir aos seus
ouvintes seu verdadeiro sentimento totalitarista e sua irrepreensível postura
barbárica...
01- A banda foi formada em 2000. Olhando para o passado, há 7 anos
atrás, você acreditaria que a Baptised In Ice iria tão longe, tendo dois
álbuns nas costas e anos de experimento? E como foi naquela época em que
o Viking Metal ainda não era muito bem “aceito” em terras brasileiras?
LUCIANO SCANHOELA: Desde o começo da banda eu acreditava que as
nossas composições nunca seriam em vão porque é feita por nós mesmos e
damos valor á composições próprias e é isso que nos motiva a seguir em frente
o nosso caminho. Quando gravamos nosso 1º CD-demo “Trail of Valhalla” até
algumas resenhas comentavam que achavam estranho a temática viking no
Brasil, mas essas coisas nunca nos afetou porque estamos fazendo aquilo que
acreditamos e gostamos de fazer que é o viking metal.
02- Muitos extremistas mantém um certo distanciamento de trabalhos
“medievais”, sejam estes Viking, Épicos, Pagães, etc., por não se
identificarem na maioria dos casos com a essência que tais canções os
atingem, e muitos deles por não conhecerem a fundo a opulenta e mágica
mitologia nórdica. Vivendo num país intrinsecamente isento da cultura
européia-ocidental como o Brasil, como foi vossa interação e 1o contato
com as lendas européias, em espécie as de origem escandinavas?
LUCIANO S.: Quando eu morava em SP/SP eu curtia mais Heavy tradicional,
o Manowar foi a primeira Banda com influência da temática nórdica que ouvi,
foi quando me interessei por metal medieval e a cultura européia, logo depois
comecei a conhecer Bandas com o som mais extremo, medieval, folk, viking e
celta. Tem livros, Bandas e um monte de coisa a respeito da cultura nórdica por
aí, hoje em dia só não conhece quem não ta afim mesmo.
03- Felizmente na atualidade o Viking Metal, outrora implantado pelo
saudoso e monumental Bathory, parece estar ganhando força máxima
com novos e hábeis grupos surgindo ‘diariamente’, principalmente em
terras européias... Quais grupos Viking/Folk você destacaria hoje no
Brasil? E como você vê o futuro da cena Viking? Melhor que o de seus
‘musos’ inspiradores que foram se extinguindo aos poucos com o advento
do cristianismo?
LUCIANO S.: Que eu destacaria aqui do Brasil é o Wodanaz e o Barbarian
Warriors, a cena Pagã ta crescendo bastante principalmente nas cidades do
interior e a tendência é crescer bem mais porque estão surgindo muitas Bandas
com essas temáticas.
04- Comentando acima sobre o Bathory, pude refletir que o legado
deixado por Ace Quorthon, tanto na ríspida fase Black quanto na mística
saga Viking, foi no mínimo louvável e esplêndido. Como você vê a morte de
Quorthon e a extinção natural da lenda conhecida como Bathory?
LUCIANO S.: Eu curto tanto a fase Black quanto a Viking do Bathory, lógico
que me identifico mais com a fase Viking porque é um estilo que passa algo
diferente, quando você vai acompanhando a letra e sabe o que ela quer dizer a
história o sentimento etc... com certeza você percebe que não é simples música,
porque existem sonoplastias e climas que ajudam a dar mais dramaticidade e
isso a torna diferente. Posso dizer que o Bathory é a nossa principal influência,
e a morte de Quorthon foi uma perda muito grande para a cena, muitas Bandas
extremas tem o Bathory como influência principal e creio que com a morte de
Quorthon essa influência tenha se tornado agora um orgulho.
05- Ainda sobre o Bathory, sei que há alguns anos atrás vocês fizeram um
tributo à ‘banda’. Conte-nos mais sobre este feitio...
LUCIANO S.: Após a morte de Quorthon decidimos fazer um tributo ao
Bathory em alguns shows naquele tempo, duas músicas do tributo ainda fazem
parte do nosso set-list.
06- Em 2002 vocês lançaram a Demo Woden Sons, de forma independente.
Qual a sua opinião quanto aos produtivos resultados obtidos neste
trabalho? Escutando-se este item percebe-se que a gravação ficou
bastante apurada se comparada à de sua 1a Demo, Trail of Valhalla. Quem
a produziu e qual análise você faria entre estes dois materiais?
LUCIANO S.: “WodenSons” foi o trabalho que nos deu a oportunidade de
participar das coletâneas “Valhalla Demo Section vol.I” e “Extreme
Underground vol.I ” e ela segue uma sonoridade mais própria que até hoje nós
estamos buscando, já “Trail of Valhalla” tem mais partes acústicas e é mais
épico. Ambas foram gravadas no mesmo estúdio e as duas foram produzidas
por nós mesmo, só que em “WodenSons” tínhamos um pouco mais de
experiência e a gravação ficou melhor.
07- Também em 2002 vocês participaram de um programa de TV
chamado Rock Time, cuja exibição era feita pelo canal paulistano 45 UHF.
Fale-nos mais sobre esta “odisséia”.
LUCIANO S.: Nossa cara! nem lembro direito... só sei que fomos em uma casa
de shows fechada em São Paulo, onde participaram mais três Bandas, cada uma
tocou duas músicas e saímos fora e já era, depois mandaram uma fita de vídeo
editada do programa pra gente.
08- Após as gravações da Demo Wonden Sons, a banda passou por
algumas turbulências em sua formação; turbulências estas que
culminaram na saída dos membros Edinilton (baixo) e Pedro Cristiano
(bateria), deixando uma lacuna em vosso line-up. Quais razões levaram
tais entidades a deixarem a banda e como é o desempenho da mesma hoje
sem estas fundamentais presenças?
LUCIANO S.: Eles saíram por motivos pessoais, um teve filho o outro
sumiu...nem sei desses caras mais, e no lugar deles entraram o baterista
Evandro Jardel e o baixista Humberto Masçau, depois de algum tempo o
tecladista Luís Trucco entrou no lugar do Marcelo, hoje a Banda está melhor do
que nunca com esta formação e estamos no meio das gravações de nosso CD
oficial, recentemente lançamos o single “ Frozen Heart “ que é uma prévia e
atualmente estamos fazendo shows para promovê-lo.
09- Força e honra é o que constrói a unidade, e esta por si é a própria força,
por isso o forte é mais forte sozinho! Bárbaras congratulações à horda pela
entrevista cedida e boa sorte em sua eterna aventura pagã! Seus últimos
comentários...
LUCIANO S.: Primeiramente muito obrigado a você Lord Herege e a Black
Pestilence Zine pelo apoio e pelo espaço cedido para o Baptised... e também
quero agradecer a todos os leitores da Black Pestilence...Hail !!!
Quem quiser ouvir o nosso som entre no myspace ou no site, ambas tem
músicas para download.
CONTATO:
A/C Luciano Scanhoela
Rua Vicente Valete, # 51, Pq. San Raphael
Tatuí/SP, CEP: 18274-019
www.myspace.com/baptisedinice
www.baptisedinice.tk
E-mail: baptisedinice@hotmal.com

Por Lord Herege
Não é de hoje que inúmeros gringos (geralmente europeus ou norte-americanos)
forjam e imaginam versões inusitadas para caracterizar o Brasil. Na totalidade dos
casos vêem um Brasil primata, predominantemente florestal e opulento em reservas
minerais. Não obstante, alguns estrangeiros se interessam imensamente pela nossa
"cultura underground" e pela genuinidade de nossas bandas e seu misterioso
"feeling" que aguça milhares de hellbangers ao redor do planeta. Mediante a este
acervo de competentes e hábeis bandas nacionais, encontra-se uma que atende pelo
belicoso nome de Endless War! Após o lançamento de seus três projéteis sob a
humanidade (duas demos e o debut "Trimphant hate & Bloody Swords"), Wolf War
Master (vocais) e Ravager War Master (guitarras) logram constantemente vitórias
descomunais e significativas, que, por sua vez, mostram ao mundo toda a vitalidade
extremista provinda dos filhos do Sul. Mas o que fazer para prosseguir triunfando
ininterruptamente em meio a tantas batalhas cotidianas? Saiba a resposta para
esta, e outras questões, a seguir, nas palavras daquele que deu vida a este exército...
01- Ave Wolf War Master! Pulemos introduções pois gostaria que
comecasse esta entrevista falando sobre a atual situação da banda, ou seja,
vocês estão trabalhando em algum material novo ou realizando algum
show? Atualize-nos sobre o Endless War...
Wolf War Master: Salve! Estamos atualmente preparando o segundo disco que
se chamará Hammer Nation, e será uma pequena história, e estamos sempre no
aguardo de boas propostas para shows, porém estamos mais concentrados nas
composições novas.
02- Um fator muito marcante na música do Endless War é sem dúvida
alguma a velocidade em seu nível mais extremo e impiedoso o possível. O
que os leva à serem tão rápidos em tempo integral?
Wolf: Humnn... Sei lá... Quando fazemos as músicas não pensamos "hey isso
deve soar rápido ou lento" apenas fazemos nossas músicas de uma forma que
elas soem legais aos nossos ouvidos e que possam nos ajudar a propagar nossa
mensagem, acho que o lance de tocar sempre rápido é por que faz parte de nós
isso... Não de caso pensado.
03- Na visão da banda, como está o atual cenário "War Metal" mundial?
Vocês ainda preferem os tempos primordiais, tendo este bombásticas e
dilacerantes hordas de "War Metal" propagando a desgraça eterna pelo
universo, bem como os brasileiros do Holocausto.? E quais as maiores
diferenças entre a cena do passado e a contemporânea?
Wolf: Eu não acho que o passado foi melhor ou pior, ele apenas foi diferente,
quem viveu a época em que não se achava um equipamento descente pra se
comprar sabe o que digo, as coisas mudam e devemos saber como nos adaptar a
elas sem perder nossas raízes é esse o segredo da vida, ficar choramingando
pelo passado não faz parte da minha idéia de vida. Por um lado a cena cresceu,
temos mais suporte, porém encheu de palhaços, mas como disse antes, o que
vale é você saber extrair o lado bom da coisa e seguir em frente.
04- Após as gravações de seu debut álbum, Triumphant Hate & Bloody
Swords, o line-up do Endless War sofreu algumas modificações com a
saída de Mars War Master e Tyr War Master, baixista e baterista
respectivamente. Fale-nos mais sobre estas turbulências na formação da
horda... Vocês já conseguiram novos membros para substituírem "Mars"
e "Tyr"? E a propósito, como está o atual line-up da banda?
Wolf: No encarte do cd, quem está nas fotos é Ishum... Tyr terminou as
gravações de suas partes e já saiu da banda, Mars saiu pouco após o
lançamento... Os 2 já foram substituídos, sobre turbulências, isso é normal,
banda dá gastos e exige muito tempo, muitas vezes as pessoas não dispõe disso.
Atual line up é Wolf (v) Ravager(g) Ishum (bt) Stentorian (b).
05- A temática lírica do Endless War é calcada nos temas de repúdio e
aversão ao judaico-cristianismo, assim como também é fortemente focada
na guerra de um modo geral. Fale-nos de onde nascem as inspirações para
a composição da letras e músicas da banda..
Wolf: Basicamente na minha vida, no meu dia a dia, no que vejo ocorrer no
mundo e minha visão de como isso afeta a minha família e pátria. Não cito
autores pois seria um tanto quanto complexo explicar o que cada um contribuiu
com minha formação lírica.
06- Ainda sobre o conceito lírico da banda, percebe-se que suas letras
primam para a honra, sangue e orgulho, deixando muito evidente o vosso
patriotismo... Além disso, na audição do CD é entoado, meticulosamente,
um trecho do hino nacional brasileiro, complementando o vosso prezar
para com a nossa pátria. Eu estou certo em afirmar que vocês são patriotas
natos? E qual a sua opinião sobre estas pessoas que não se importam com
os valores de sua nação, e como se não bastasse só fazem por difamar a
imagem da mesma com seus vis comentários que emanam desprezo.? Comente
acerca deste tópico...
Wolf: Eu que cuido da parte lírica do endless war, e eu sou um ultra-nacionalista sim.
Sobre as pessoas que degradam a imagem da terra que as alimenta, acho que elas
deveriam ir embora simplesmente, não adianta argumentar com alguém que despreza a
própria pátria, um ser desse não tem mais jeito, deve sumir da nossa nação.
07- Num passado não muito distante algumas hordas de "War / Black Metal"
eram comumente tachadas de nazistas, fosse por utilizarem introduções
"nacionais socialistas" em seus hinos, ou mesmo por serem tão focadas no
extermínio humano, assim como era o n.s. em seus princípios ideológicos. Qual
a sua opinião quanto à tudo isto e sua perspectiva sobre o nazismo?
Wolf: As pessoas deveriam cuidar mais dos próprios rabos ao invés de ficar
fazendo fofoquinhas, e falando sobre assuntos que elas mal conhecem, as
pessoas da "cena" deveriam estudar, tomar mais banho e escovar os dentes com
mais freqüência e não ficar cuidando da vida dos outros, se banda X é NS,
simples, não compre, não escute, não encha o meu saco com uma visão
unilateral desprovida de cultura e informação...
08- O que você achou do resultado obtido através da repercussão de suas
duas demos (Last Warrior e Honour, Pride and Glory)? Qual a sua opinião
sobre a produção e resultado final destes trabalhos?
Wolf: Cara, essas demos foram as responsáveis pelo fato de hoje termos uma
gravadora, um público fiel. Só tenho a falar bem de todos que nos apoiaram
nessa época de pouca grana, muitas brigas e muitas cervejas em bares pobres,
foram bons tempos... Espero um dia poder relança-las em cd como um bônus
especial pro pessoal que não teve a chance de ver essa nossa fase.
09- Diga-nos o que culminou no contrato do Endless War com a Evil Horde
Records, lançando de imediato seu álbum de estréia "Triumphant Hate &
Bloody Swords"? Como foi trabalhar com o renomado selo paranaense?
Wolf: É... Não foi exatamente IMEDIATO mas beleza... Poxa foi simples cara,
mandamos o material, o pessoal ouviu, gostou, conversamos sobre detalhes,
fechamos um acordo e tamos ae. Sobre trabalhar com eles, sempre foi bom
pacas, tenho um relacionamento muito bom com o pessoal de lá, nossas
reuniões de negócios pra mim são grandes encontros de amigos.
10- Atualmente temos visto, comumente, inúmeras guerras e conflitos armados
em todas as partes do mundo, e até mesmo confrontos internos entre
determinados países. Qual a sua opinião sobre estas batalhas nucleares?
Evidente reflexo da desarmônica convivência dentre os "semelhantes" ou
apenas uma louvável forma de extermínio da raça humana?
Wolf: Eu acredito na teoria de Sião. Então creio que isso seja uma manobra
sionista para oprimir mais ainda o homem em sua essência natural, e nos tornar
escravos de um sistema que nada nos trará além de uma vida Sisifa e
enfadonha.
11- Você é de opinião que o mundo contemporâneo está em completo declínio
e que a única solução restante para a humanidade é a sua auto-destruição?
Wolf: Lógico que não, se fosse a favor da destruição da humanidade não faria
música falando sobre como mudar algo, ia querer que tudo se fodesse e não ia
nem pensar em mudar algo. Sobre o mundo contemporâneo eu só acho que
estamos caindo nas garras imundas de sião, e nada além.
12- Hoje temos visto diversas versões acerca da real fisionomia de satã, algumas
tão fúteis que nem se vale mencionar... Muitos acéfalos por aí andam forjando
diferentes aspectos sobre satã, atribuindo-lhe características geralmente
supérfluas. Qual a sua opinião sobre o satanismo?
Wolf: Como filosofia de vida é muito interessante e louvável, porém muitas
vezes é apenas uma brincadeira de criança, de jovens revoltados, e isso me faz
rir um pouco deles... Mas beleza, faz parte!!! As pessoas sempre estão atrás de
 algo que as fará mais importante, nem que isso seja um balde de mentiras.

13- Comente sobre a arte gráfica apresentada em "Trimphant Hate & Bloody
Swords". Que mensagem vocês pretendiam passar através da mesma?
Wolf: Pretendíamos mostrar a derrota e a fraqueza que o judaico-cristianismo
representa, o quão fracassado é esse modelo ditatorial chamado de religião que
tem como intuito controlar a grande massa para um controle homogêneo.

14- As modas, junto ao marketing, tem imposto sobre a maioria da sociedade

o que fazer e o que consumir... A mídia investe pesado nos produtos da moda
a fim de devorar não apenas o "bolso", mas também a mentalidade /
moralidade de seus ofuscados consumidores. O que você acha disto?
Wolf: Sionismo meu amigo, SIONISMO, manipulação da mente através de
valores fúteis e degenerados, só para exemplificar vou colocar uma frase que eu
ouvi de um senhor ao passar na frente de um desses grandes Shopping de São
Paulo " É aí que as pessoas vem gastar o que não tem com aquilo que não
precisam, se essas pessoas ao invés de bolsas da moda comprassem livros
talvez eu não precisasse estar indo trabalhar aos 70 anos "!

15- Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à
luta, nem teme, quem te adora, a própria morte...
Wolf: Ó pátria amada, Idolatrada entre outras mil és tu Brasil!!!!

CONTATO: A/C Wolf War Master

E-mail: endlesswarhate@hotmail.com
Website: www.endlesswar.cjb.net

NOTÍCIAS
A banda curitibana de Evil Death Metal,
IMPERIOUS MALEVOLENCE,
“acaba” de lançar seu novo álbum,
“Where Demons Dwell”, pela também
curitibana Evil Horde Records. O opus
traz 12 trilhas e uma faixa CD-Rom com
um vídeo gravado Ao Vivo da canção
“Arquiteto da Destruição”.
Já está “mais” que disponível via
Cogumelo Records o novo álbum da
horda brasileira IMPURITY, “Necro
Infamists Of Tumulos Return”. A
gravadora mineira que teve um ótimo
ano de 2006 com bons lançamentos
como: “Rape From Hell” (Sextrash),
“Bio-Violence” (Drowned) e “Ode To
Death” (Witchhammer), inicia o ano de
2007 ainda sem muitas novidades
anunciadas. Vamos aguardar!
Após o fervoroso ano de 2006 com a
saída do baixista Gerson e do guitarrista
Leandro Nagata, a banda brasileira de
Death Metal SODAMNED prossegue
seus trabalhos ainda à procura de um
novo guitarrista e baixista; e como se não
bastasse agenda para o 1o semestre deste
ano o lançamento de um Split-CD com
os mineiros do Unleash Hell.
O grupo cearense de Death Metal
SOMBERLAIN disponibilizou
recentemente no Youtube um fragmento
do vídeo da gravação dos vocais para a
canção “Awakening in the Darkness”
que integrará o primeiro CD oficial da
banda. O vídeo pode ser acessado a
partir de um link em seu Website
(www.somberlain.com.br) .
Os Death metallers baianos do INCRUST
notificam que o zine francês “Cadaverous
Smell” acaba de publicar uma nova
entrevista do grupo. Na mesma edição
encontram-se outras conferências
realizadas com consagradas bandas do
impuro underground como Destruktor,
Funerus, Crucifire, Necroccultos e
Funebrarum; além de Reviews, e matérias.
A banda que continua trabalhando
incessantemente, planeja para este ano o
lançamento em versão Tape do opus
“Baptitized in Unholy Gore”, lançado em
2005 pela Ibex Moon Records (U.S.A), via
Slava Productions (Tailândia) .

Por Lord Herege
Caracterizada por seu rico sub-solo e reservas minerais, a Austrália (líder
da Oceania junto a Nova Zelândia), é a única região localizada no hemisfério
Sul que integra o chamado “Norte industrializado” ou grupo dos países
desenvolvidos. Vivendo na sexta nação com maior expansão territorial do
planeta, a horda Assaulter, oriunda da renomada cidade de Tuggerah (em
Nova Gales do Sul), encontra-se a todo vapor, dilacerando constantemente a
religiosidade e deixando-nos a certeza (ou a confirmação da convicção) de que
o “Metal Negro” está, sim, presente em todas as partes do globo, e em todos os
lugares (inclusive em regiões “inóspitas”). Formada pelo baixista S.Berserker
(ex-Destroyer 666), em 2004, e consolidada no ano de 2005 (após o
lançamento de sua limitada demo de estréia, “Proselytiser”), esta dupla com
espírito uno, cumprira mais uma missão e provara ao mundo que veio pra
“ficar” e se “enraizar” no underground australiano ao lado de nomes
passados como: Sadistik Exekution, Destroyer 666, Armoured Angel, Bestial
Warlust, entre tantos outros... Veja na entrevista a seguir um pouco mais sobre
esta emergente força extremista nas palavras de seu idealizador..
01. Saudações S.berserker! Gostaria que você iniciasse esta entrevista nos
falando sobre o trabalho que consumou no Assaulter e nos motivos pelos
quais deixastes o Destroyer 666...
S.BERSERKER: Saudações a todos ! O Assaulter foi criado, principalmente,
porque eu tinha alguns “concertos musicais” comigo, e resolvi gravá-los, assim
eu gravei uma demo em 2005 , e pensei que eu podia continuar – desde então o
Assaulter têm (além de mim) o A.C como baterista permanente e nós já
finalizamos nossa segunda demo (que você pode comprar agora!!!) . Eu deixei
o Destroyer 666 porque todos nós residíamos na Holanda naquele tempo, e meu
visto expirou não me deixando nenhuma alternativa exceto voltar à Austrália ...
02. E para aqueles que ainda não conhecem o som do Assaulter, como você
definiria este “holocausto de dissonância” emitido pela horda?
S.BERSERKER: Holocausto de dissonância? Bem, não tenho uma idéia concreta
do que significa o inferno, mas eu conheço a questão. Eu diria que o Assaulter é
essencialmente uma banda de Speed Metal com fortes toques de Dark, pois minha
gama de influências e inspirações é vasta e variada – mas se você adquirir nossa
demo, verás o significado “maior” por detrás do que estou descrevendo...
03. O mundo como nós sabemos está depravado, e esta decadência global
têm atingido até mesmo o underground. Em sua opinião, o que poderia ser
feito para uma significativa melhoria no mundo e, no melhor dos casos, no
underground? Você acredita mesmo que o planeta esteja piorando a cada
novo amanhecer? Fale-nos mais sobre isso.
S.BERSERKER: Bom, o “mundo” que nós conhecemos provavelmente está
caminhando rumo à uma latrina, com toda a sociedade e o meio-ambiente. Mas foda-se,
ele também é muito rude, com suas distinções “brancas e negras”. Eu posso dar a minha
opinião sobre aAustrália , e mostrar o quanto o nosso padrão de vida, por aqui, é elevado
no momento, quero dizer, isto significa que aquelas pessoas porcas, que vivem por aqui,
são saudáveis, fartas , gordas ,contentes e preguiçosas – portanto, agora, esse é um caso
no qual você tem e não o próximo – e isso tudo é uma grande merda! ............... Eu creio
ter respondido com coerência à sua questão.
04. Recentemente a banda lancou um opus intitulado “Proselytiser”,
apresentando-nos 3 hinos de pura selvajaria, destruição sonora e culto à
corrosão. Você gostou do resultado obtido com esse trabalho? Como foi a
repercussão do mesmo?
S.BERSERKER: A destruição sonora é agora, sim , sim ... Aquela foi uma demo
acerca de nossos pilares, e eu gostei dos elementos da gravação ,assim como odiei
outros elementos – ora, o Assaulter pode crescer solitariamente. Algumas pessoas
gostaram muito dessa demo, outras pessoas não – esse é procedimento com a qual
tudo funciona, é a lei que rege as coisas – mas o que importa é que os bangers que a
adquiriram gostaram e têm manifestado um grande apoio .
05. E como está o atual cenário australiano na visão do Assaulter? Você
acredita que sua terra figura entre os grandes expoentes do metal extremo
na atualidade? Dê o seu panorama sobre o mesmo, de uma forma geral...
S.BERSERKER: O Assaulter é uma típica banda australiana de metal? Bom,
na perspectiva do underground global, sim. E a rasgada sonoridade
Death/Thrash do Goth, e do Nocturnal Graves, ou o extremo som do Sad-X,
Bestiasl Warlust, Abominator ou Portal , não? Estamos apenas tentando, cada
vez mais, a aproximação do Speed Metal que pode, ou não, caber ou ser
considerado o típico som australiano. Portanto, foda-se tudo, pois o que me
importa é que vocês compreendem minhas mensagens e intenções.
06. Você iniciou as atividades do Assaulter em 2004; neste período, vocês
tiveram problemas com as formações da banda, gravadoras, produtores
ou mídia especializada? Fale-nos mais acerca desses possíveis incidentes
que ocorreram com a horda nesses últimos anos...
S.BERSERKER: Bem, nós nunca tivemos problemas com músicos, e ainda
não temos – no entanto eu tive uma “pequena” ajuda do Mate com a bateria
quando gravamos a demo “Proselytiser” e agora conto com o A.C na banda
para prosseguirmos com nossas criações – não obstante, as conseqüências
impares de alguns de nossos atos se refletiram em nossos shows (mas
felizmente foram “idas tão rápidas como entradas”), contudo, estas não
impossibilitaram-nos de tocar ao vivo “eventualmente”.
07. Segundo o iluminismo (N.E: doutrina filosófica elaborada na Inglaterra
no século XVIII), apenas a razão e a ciência poderiam explicar o universo ,
opondo-se por sua vez à fé e seus preceitos sobrenaturais ... O que você acha
disso? Acerca de suas convicções , as inspirações da banda vem da metafísica
ou de algum ser humano, em particular? Pois bem, diga-nos como funciona
o processo de composição para os hinos do Assaulter ...
S.BERSERKER: A música em si é a projeção do meu modo de vida e visão, ou
seja, é a minha expressão. Meus prospectos são influenciados por todos os
números das coisas – talismãs , drogas, absolutamente tudo . Eu sou o
responsável pela composição das músicas e letras conforme a mim próprio
(minhas crenças e perspectivas) e não à estímulos de assim chamadas “forças
ocultas” ou humanóides. Eu escrevo podreiras, eu às gravo, etc. Basicamente é
o modo como qualquer outra banda compõe, isto é, escrevemos o esqueleto da
canção, trabalhamos em cima dele (A.C e eu) ,revisamos e gravamos –
escrevemos as letras sem nenhuma hora marcada ou pressão para finalizarmos.
Trabalhamos com muito deleite !
08. A propósito, o Assaulter têm feito algum show? Como são os cerimoniais
“ao vivo” da horda, isto é, como é a “performance Live” da mesma?
S.BERSERKER: Nossas apresentações são inexistentes ,assim como são as
apresentações do Kvlt, Krieg, Necro, etc. Entretanto nós pretendemos tocar ao
vivo ,em breve (usufruindo em abundância do Couro, Spikes e Balas), de uma
maneira única e peculiar em fazê-la.
09. Agora indo mais a fundo em sua empreitada musical; além do
Assaulter, você está tocando em alguma outra banda ou participando de
algum projeto? O que S.berserker está fazendo neste momento?
S.BERSERKER: Na verdade não. O fato é que o Assaulter consome todo o
meu tempo e dedicação. Eu já tenho inúmeros problemas pra manter, sozinho,
uma banda em atividade o que influi na impossibilidade de conduzir outros
projetos (ao menos, enquanto não sou convidado pra participar de algum ...) .
10. E qual a sua opinião quanto ao cenário brasileiro, de um modo geral?
Há alguma banda brasileira que, de certa forma, o influenciara em sua
carreira como músico? Qual?
S.BERSERKER: Huhhhhmmmmm ... Eu não me mantive em contato com a cena
brasileira por um loooongo tempo, mas eu amo “fudidamente” as bandas dos anos
80 e início de 90, que aí residem. Ultimamente minhas bandas favoritas do Brasil são
o Sepultura e o Sarcófago, que eu suponho serem minhas inspirações, mas não
“influências” – eu me tornei amigo de um grupo banger que foi à Austrália (partindo
de Belo-Horizonte) em 1992, o qual me apresentou e incitou-me ao gosto de bandas
como R.D.P , Dorsal Atlântica, Sextrash, Holocausto,Vulcano, etc.
11. Por fim é isto, obrigado por sua atenção cedida ao zine e, como
conclusão, diga-nos o que o futuro reserva ao Assaulter ...
S.BERSERKER: Impuros agradecimentos a ti! Seriam fudidas outras ótimas
entrevistas como esta, diretamente traduzidas e oriundas do poderoso Brasil!
“Omnipotent” (nossa nova Demo) foi lançada agora !!! Escrevam-nos em :
burnig_front@hotmail.com ou visitem : www.myspace.com/burningfront e ouçam a
defecação .... como uma bala na cabeça !!!
CONTATO :
A/C S.BERSERKER
P.O BOX 3215 TUGGERAH
N.S.W 2259 AUSTRALIA
 I Am The Black Wizards
(Mortiis)
Mightiest am I
But I am not alone in this cosmos of mine
For the black hills consists of black souls
Souls that already dies one thousand deaths
Behind the stone walls (of centuries)
They breed their black art.
Boiling their spells in cauldrons of black gold
Far up in the mountains
Where the rain fall not far
Yet the sun cannot reach
The wizards, my servants
Summon the souls of macrocosm
No age will escape my wrath
I travel through time and I return to the future
I gather wisdom now lost
I visit again the eternally ancient caves
Before a mighty emperor thereupon came
Watching the mortals
"discovering" my chronicles, guarded
By the old demons
Even unknown to me
Once destroyed
Their souls are being summoned
To my timeless prison of hate
It is delightful to feast upon the screaming souls
That were destroyed in my future
How many wizards that serve me with evil
I know not
My empires has no limits
From the never ending mountains black
To the bottomless lakes
I am the ruler
And has been for eternities long
I am them
(I am them)
(I am them)
From the never ending mountains black
To the bottomless lakes
I am the ruler and has been for eternities long
My wizards are many, but their essence is mine
Forever they are in the hills
In their stone homes of grief
Because I am the spirit of their existence
I am them
I am them
I am them
Eu Sou os Bruxos Negros
(Mortiis)
O mais poderoso sou eu
Mas eu não estou sozinho neste meu cosmo.
As colinas negras constituem-se de almas negras
Almas que já morrem mil mortes
Por detrás dos muros de pedra (seculares)
Eles procriam sua arte negra
Fervendo seus feitiços em caldeirões de ouro negro
Distante nas montanhas
Onde a chuva cai não muito longe
Mas o sol não pode alcançar
Os bruxos, meus servos
Invocam as almas do macrocosmo
Nenhuma era escapará da minha fúria
Eu viajo através do tempo e retorno para o futuro
Eu junto sabedoria agora perdida
Novamente visito as eternamente antigas cavernas
Antes que um poderoso Imperador para lá fosse
Assistindo os mortais
“Descobrindo” minhas crônicas, guardadas
Pelos velhos demônios
Desconhecidas até mesmo por mim
Uma vez destruídas
Suas almas estão sendo invocadas
Para minha infinita prisão de ódio
É deleitoso festejar sobre almas que gritam
Que foram destruídas em meu futuro
Quantos bruxos me servem com o mal
Eu sei que não
Meus impérios não têm limites
Das montanhas negras sem fim
Para os lagos sem fundo
Eu sou o comandante
E tenho o sido por eternidades
Eu sou eles
(Eu sou eles)
(Eu sou eles)
Das montanhas negras sem fim
Para os lagos sem fundo
Eu sou o comandante e tenho o sido por eternidades
Meus bruxos são muitos, mas a essência é minha
Eternamente estão eles nas colinas
Em suas tristes casas de pedra
Porque eu sou o espírito de suas existências
Eu sou eles
Eu sou eles
Eu sou eles

UM ESBOÇO BIOGRÁFICO
Por Carlos Raposo
Na última hora do dia 12 de outubro de 1875, em Leamington Spa, Warwickshire,
Inglaterra, nascia Edward Alexander Crowley. Sua infância esteve marcada por
rígidos padrões de comportamento impostos por seus pais, Edward Crowley e Emily
Bishop, ativos membros de uma extremada seita Cristã chamada Irmandade de
Plymonth (fundada por John N.Darby). Seu pai, um rico cervejeiro aposentado, e
fanático Irmão de Plymonth, fez com que Crowley, ainda criança, freqüentasse a sua
seita, forçando-o a diversas leituras da Bíblia Cristã e acostumando-o à vida religiosa da
Irmandade. Este fato, muito embora viesse ser de grande valia bem mais tarde, quando
da compreensão dos Mistérios com os quais esteve em contato, naquele momento
apenas fez nascer na criança que se formava, uma intensa repulsa quanto a dogmas, em
espécie aqueles de natureza "cristã".
Em 1886, com o falecimento de seu pai, Crowley fica sob os cuidados de seu
tio e tutor Tom Bishop. Tamanha era a crueldade de seu tio, que Crowley se
refere a este período de sua vida como "A Infância no Inferno".
Em sua adolescência, a busca por aventuras o conduziu ao alpinismo.
Praticou com afinco esse esporte, chegando a destacar-se no mesmo. Sua
carreira de alpinista chegou ao ápice nos anos de 1902 e 1905, quando
participou das primeiras tentativas de escalar o Chogo Ri (K2) e o
Kanchenchunga, duas das maiores montanhas do mundo, situadas no
Himalaia.
Estudou, destacando-se em todas as disciplinas, em Trinity College,
Cambridge, onde ficou no período de 1895 a 1898. Nesta época, Crowley, leitor
voraz, estudou intensamente, tomando contato com o que de importante havia
na literatura inglesa, francesa, além de diversas outras obras em Latim e Grego
clássicos, inclusive filosofia e alquimia; se dedicou a canoagem, ciclismo,
montanhismo e xadrez, atividade esta em que ganhou notoriedade e que
exerceu por toda sua vida. Praticando o montanhismo, Crowley viria a
conhecer um homem o qual passou a admirar profundamente: Oscar
Eckenstein. Eckenstein, que, segundo Crowley, era um singular exemplo de
dignidade e nobreza, ensinou-lhe, naquele momento, o alpinismo. Alguns anos
depois, Eckenstein demonstraria que seu conhecimento não se limitava apenas
à conquista de elevadas montanhas.
Em Cambridge, seu espírito, como era bem próprio à natureza da Besta,
ansiando por um volume maior de conhecimento e aventuras, encontrava-se
perturbado com a insubstancial perspectiva futura. Em 1898, antes de sua
graduação, Crowley abandona os estudos para se dedicar a algo não comum e de
maior profundidade do que o oferecido por uma promissora carreira acadêmica.
Mas o que exatamente seria este algo mais profundo?
Por volta de 1896, Crowley havia iniciado a leitura de alguns livros sobre
magia e misticismo. Algo começava a tomar forma dentro de seu inquieto ser;
porém a leitura de Nuvem sobre o Santuário, obra lhe recomendada por A. E.
Waite (1867-1940), é que faz com que Crowley decida dedicar sua vida ao
estudo do Ocultismo e da Magia, empenhando-se com afinco no sentido de
encontrar a Grande Fraternidade Branca mencionada no inspirador livro de
Eckhartshausen. E aqui começa a carreira mágica de Aleister Crowley.
Em 1898, através de dois amigos, Julian Baker e George Cecil Jones
(respectivamente Frati D.A. e Volo Noscere, ambos membros da
G.'.D.'.),Crowley é apresentado a Samuel Liddell "MacGregor" Mathers
(1854-1918),Frater D.D.C.F. (Deo Duce Comite Ferro), um dos líderes da
Ordem Hermética da Aurora Dourada (The Hermetic Order of the Golden
Dawn, mais conhecida pela sigla G.'.D.'.), uma das mais influentes Ordens do
século XIX, que proporcionou a Crowley sua primeva Iniciação e o contato
com os primeiros mistérios mágicos que tanto procurava.
A G.'.D.'. fora fundada pelo próprio Mathers, junto com William Winn Westcott
(1848-1925), conhecido pelo mote Frater N.O.M. (Non Omnis Moriar) e William
Robert Woodman (1828-1891), cujo mote era Frater V.O.V. (Vincit Omnia
Veritas), em 1887. Segundo seus fundadores, a existência da G.'.D.'. era devida à
orientação e à ordem de uma alta iniciada alemã chamada Anna Sprengel, Soror
S.D.A. (Sapiens Donabitur Astris), que autorizara a abertura de uma Loja na
Inglaterra que representasse a suposta Ordem ancestral a qual pertencia. Diga-se
de passagem que, a G.'.D.'., mesmo levando em conta o possível conciliábulo de
sua criação, constitui uma das mais importantes Ordens jamais inventadas pelo
espírito humano, conseguindo reunir em seu corpo de iniciados a nata da
intelectualidade inglesa e européia da época. A informação que circula nos meios
ocultistas atuais diz que nomes como o prêmio Nobel de Literatura em 1923,
Willian Butler Yeats, além de Gustav Meyrink, Florence Farr, A. E. Waite, Sax
Homer, Bram Stocker, F. L. Gardner, Arthur Machen, o próprio Crowley e
tantos outros, pertenceram a esta notável organização.
Crowley, iniciado por Mathers em 18 de novembro de 1898, ao Grau de
Neophytus (0=0), tomava, como Mote Mágico, o significativo nome de
Perdurabo (eu perdurarei até o fim), iniciando, assim, seus estudos na G.'.D.'.,
tendo como primeiro Instrutor Frater Volo Noscere (G. Cecil Jones). Em
dezembro do mesmo ano, Crowley atinge o Grau de Zelator(1=10).
Sua capacidade de assimilação de conhecimentos e sua dedicação ao estudo e
a prática do Ocultismo o conduziram, também sob a instrução de Frater Iehi
Aour (Allan Bennett), a ascender rapidamente aos Graus subsequentes da
G.'.D.'.; assim, respectivamente em janeiro, fevereiro e maio do ano seguinte,
em 1899, Crowley conquistou os Graus de Theoricus (2=9), Practicus (3=8) e
Philosophus (4=7). Bennett, considerado por Crowley um autêntico Guru, o
ensinou várias técnicas mágicas oferecidas pela G.'.D.'., técnicas como Cabala
e Magia Cerimonial, consagração de Talismãs, evocação de Espíritos, etc.
Este período de sua vida foi fortemente marcado por duas atividades
principais. Quando Frater Perdurabo não estava estudando ou praticando,
Crowley, sob o pseudônimo de Conde Vladmir Svareff ou Aleister MacGregor,
custeava as edições de seus escritos (normalmente algum tipo de pornografia
ou poesia), além de cultivar uma intensa vida sexual, a qual escandalizou
alguns membros da G.'.D.'.. Sua grande atividade e principal preocupação, no
entanto, continuava a ser a o estudo e prática da Magia.
Entretanto, e isto deveu-se menos aos escândalos promovidos por Frater
Perdurabo do que ao ciúme e inveja de certos Adeptos londrinos, e mesmo
Crowley tendo demonstrado capacidade e talento em magia, sua iniciação à
Segunda Ordem fora negada, em fins de 1899, pelos chefes da seção inglesa da
G.'.D.'.. Nesta época, Mathers, agora único líder da Ordem, residia em Paris.
Mesmo contrariando a opinião dos líderes londrinos, em 16 janeiro de 1900,
em Paris, Mathers, fazendo valer sua autoridade dentro da Ordem, inicia
Crowley ao Grau de Adeptus Minor (5o=6), sob o Mote Parzival. Alguns
estudantes identificam aqui o fato que marca o inicio da ruína da G.'.D.'..
Pouco antes de sua iniciação, seu grande amigo e Instrutor, Allan Bennett,
decide partir para Ceilão, e tornar-se monge Budista.
A insatisfação dos membros da G.'.D.'. com Mathers já era mais que um fato
nessa época. Provavelmente o caso Crowley tenha servido como impulso e álibi
necessários para o grupo londrino, liderado por Yeats, entre outros menos
conhecidos, declarar-se independente de seu mentor e líder, MacGregor Mathers.
O que se seguiu após a rebeldia londrina resultou em histórias fantásticas de
ataques mágicos envolvendo Crowley e uns demônios versus Yeats e, é claro,
mais uma horda de demônios. Depois o próprio Mathers teria entrado na briga,
junto, evidentemente, com uma outra legião de encapetados amiguinhos. Mas
essa estória não escapa nem a mais tola crítica. O fato é que Crowley e Mathers
ficaram praticamente sozinhos e a outrora grande G.'.D.'., agora conduzida
pelos auto-proclamados novos chefes, ia progressivamente implodindo, ou se
esfacelando, resultando num sem número de Ordens Cristianizadas, sem o élan
da G.'.D.'. original.
Crowley, que abandonara um importante trabalho mágico para ajudar
Mathers, vê-se só. Parte para Nova York e depois vai para o México.
A estadia no México constituiu um período bem produtivo a Crowley. Além
de Tannhauser, escrito em ininterruptas 67 horas, conseqüência de uma bem
sucedida Opera Sexualis, esse período na América Central representou uma
decisiva conquista no magista que se formava.
Foi apresentado a Don Jesus Medina, um dos altos chefes da Maçonaria local,
Rito Escocês. Crowley afirma que Medina, o convidou para iniciar-se em sua
Loja. Ainda segundo Crowley, ele rapidamente galgaria os graus Maçônicos,
alcançando, por graça, o mais alto Grau do Rito. Crowley, no entanto, jamais
foi considerado um Maçom regular.
Mas a chegada de seu amigo e mentor, Oscar Eckenstein, é que daria novos
rumos a seu aprendizado. Eckenstein, revelando-se, para a surpresa de seu
pupilo, um grande instrutor, demonstrou que Crowley não tinha controle sobre
seus próprios pensamentos, qualificando sua atitude para com a magia como
apenas mera fascinação romântica. A partir daí, Crowley decide dar um tom
científico a seus experimentos, estudando com Eckenstein, uma série de
métodos de controle mental.
Após algum tempo de alpinismo e treino mental, Crowley decide ir para o
Oriente, com o propósito de encontrar Bennett, seu antigo instrutor, no Ceilão.
Antes, entretanto, combina, com Eckenstein, a escalada do K2, no Himalaia,
aventura a se realizar na primavera de 1902.
Bennett, agora Bhikku Ananda Meteya, que aprendera Yoga e Budismo,
instrui Crowley nestas disciplinas.
No outono de 1902, após a expedição ao K2, Crowley retorna a Paris. Seu
novo encontro com Mathers o decepciona a tal ponto que só lhe restou a boêmia
vida parisiense. Retorna a sua recém adquirida mansão em Boleskine, nas
proximidades do Lago Ness, na Escócia, em 1903 e então, procurando algo
suficientemente prosaico para si, intitula-se Lorde Boleskine. Em agosto deste
mesmo ano, casa-se com Rose Kelly.
Mas o ano seguinte revelaria a Crowley o mistério que o acompanharia até
seu último momento: A Lei de Thelema.
Casado com Rose Kelly, de acordo com Crowley, "uma da mais brilhantes e
inteligentes mulheres do mundo", viaja pela Europa e Egito. De acordo com os
relatos de Crowley, enquanto estavam no Cairo, após uma série de Rituais e
Invocações, um ser, identificando-se como Aiwass, transmite a Crowley, nos
dias 8, 9 e 10 de abril, o Liber Al vel Legis ou, como passaria a ser conhecido, O
Livro da Lei. Àqueles que conhecem todo esse processo, é significativo saber
que esse Livro foi o primeiro escrito de Crowley, de cunho místico & mágico.
 Entre tantos significados atribuídos pelos seguidores da doutrina de Crowley,
Liber Al vel Legis proclamaria o fim de uma Era (ou Eon) marcada pelo
sofrimento, pela intermediação entre Deus e o homem, pelo deus sacrificado,
etc. Em seu lugar, nasceria a época do deus de alegria, onde o homem teria a
liberdade de realização de sua própria vontade. A epígrafe "Faze o que queres
há de ser o todo da Lei", contida em Liber Al e maciçamente utilizada nos
escritos de natureza thelêmica, sintetiza a própria regra de conduta a ser tomada
como tônica do Eon nascido.
Essa experiência, levou Crowley a assumir o Grau de Adeptus Major, 6o=5 da
G.'.D.'., sob o novo Mote de O.S.V.
De volta a Boleskine, Crowley imediatamente trata de expor sua consecução
mágica a Mathers, revelando ter, finalmente, feito contato com os Mui
Misteriosos Mestres Secretos que tanto havia procurado. Como costume,
Mathers não aceita a revelação. Consequentemente, o mundo do esoterismo
novamente, é palco para ataques mágicos de Mathers a Crowley e vice-versa .
Mas o incontestável fato é que isso representaria o fim da convivência entre os
dois magos.
Em 1905, mais uma expedição ao Himalaia: desta vez o alvo era o
Kanchenchunga.
Cansado de suas birras com a G.'.D.'., em 1907, Crowley funda a A.'.A.'.; a
Argenteum Astrum, Ordem da Estrela de Prata, que - segundo Frater O.S.V. -
substituiria a G.'.D.'., herdando sua estrutura de graduação. Entre tantos
significados possíveis, particularmente um inspirou Crowley na escolha desse
nome para a Ordem. Segundo ele, o dourado amanhecer (Golden Dawn) é o que
precede a Estrela Dalva (Vênus, ou Lúcifer), a prateada estrela da manhã que
"anuncia" o Sol. Crowley, em 1909, dá início ao primeiro período aberto a
Probacionistas a sua A.'.A.'. e, com a publicação da série The Equinox,
"destrói" magicamente a G.'.D.'..
No período de 1907-1911, Crowley, consagrando seu tempo ao estudo, a
prática e a escrita, publicaria cerca de uma dúzia de livros de cunho poético-
mágico (excluindo a série The Equinox). Neste período também, após a morte
de sua filha em 1906, Crowley separa-se de sua esposa, Rose Kelly, em 1909.
Nesse mesmo ano, Crowley assume o Grau Adeptus Exemptus 7=4, agora na
sua A.'.A.'., com o Mote OU MH. Em 3 de dezembro de 1909, durante uma a
Visão do 14o Aethyr, toma o Grau de Magister Templi, sob o Mote V.V.V.V.V.,
8=3 da Ordem da Estrela de Prata. Em 1911 Crowley escreve Liber
CCCXXXIII, O Falsamente chamado Livro das Mentiras, que publicaria mais
tarde, em 1913.
Em 1912 porém, outro acontecimento daria novo rumo a sua vida.
Crowley, com o seu Livro das Mentiras, curiosamente, mesmo antes de sua
publicação em 1913, chamaria a atenção de, nada mais nada menos, Theodor
Reuss, membro do serviço secreto germânico, ocultista, cantor e falso maçom,
Frater Merlin Peregrinus X, então O.H.O. de uma Ordem chamada Ordo
Templi Orientis, a O.T.O..
Reuss, tendo lido Liber CCCXXXIII, para seu espanto, lá identificara o
segredo central da O.T.O..
A O.T.O. era uma organização de cunho maçônico, místico e mágico, fundada
por Karl Kellner, em 1902. Kellner, segundo a lenda, teria viajado pelo oriente
onde havia sido iniciado por um faquir árabe, chamado Solimam ben Aifha, e
pelos yoguis hindus Bhima Shen Pratap e Sri Mahatma Aganya Guru
Paramahansa, recebendo os mistérios da Filosofia e do Yoga da Mão Esquerda,
a Magia Sexual.
A O.T.O., assim como muitas outras das assim chamadas Ordens Templárias,
reivindica exclusivamente para si a detenção do conhecimento outrora
pertencido aos legendários Cavaleiros do Templo. A O.T.O., de acordo com a
sua muito questionável história oficial, assim como ocorreu com a G.'.D.'., diz
ter reunido entre seus Adeptos vários eminentes maçons e ocultistas da época,
alguns dos quais, a partir dos fundamentes adquiridos nessa Ordem, ou
fundaram ou em muito colaboraram em outros movimentos da época. A título
de exemplo temos: Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia; Franz
Hartmann, um dos mais importantes colaboradores do movimento Teosófico;
Krumm-Heller, responsável pela expansão da Fraternitas Rosacruciana
Antiqua (F.R.A.); Gerald Gardner, considerado como o "pai" da Wicca; Karl
Germer, sucessor de Crowley como líder da O.T.O.; Kenneth Grant, que muitos
consideram o verdadeiro herdeiro mágico de Crowley, lideraria uma variação
da Ordem na Inglaterra; H. Spencer Lewis, fundador de um bem conhecido
movimento neo-rosacruciano denominado AMORC; além do próprio
Crowley.
Conforme dito por Crowley, seu aparentemete bizarro primeiro encontro com
Reuss, definitivamente, marcaria o destino da Ordem alemã. Crowley, após ter
sido acusado de divulgar abertamente este segredo, expõe a Reuss que este teria
sido aprendido por ele quando de sua viagem ao Oriente e que já o praticava há
muito; sendo-lhe impossível saber ser este o mesmo Santo Segredo cultivado
pela O.T.O.
Nesta época, Reuss, desejoso de ver sua O.T.O. expandida pela Europa,
costumava conferir a alguns nomes de expressão no cenário ocultista, patentes
de Reis Nacionais de sua Ordem. Assim, o desenvolvimento da conversa entre
ambos, levou Reuss a nomear Crowley líder da O.T.O. para os países da língua
Inglesa. Essa tarefa foi exercida por Crowley através do Mote Baphomet.
Crowley então, passaria a escrever (e também reescrever) os Rituais da
O.T.O. sob a luz de seu Liber Legis.
Um pouco depois, em 1914, acompanhado de Mary d'Esté Sturges (Soror
Virakam), escreve seu famoso Magia em Teoria e Prática (conhecido por
"Magick"), mais tarde, quando acrescentado de outras três partes, seria
publicado como o Book Four, também chamado de Liber ABA.
Em 12 de Outubro de 1915, em seu quadragésimo aniversário, Aleister
Crowley toma o Mote de TO MEGA THERION, 666, para o 9=2, o Grau de
Magus da A.'.A.'.
E, como 666, Crowley concebe uma das mais belas páginas da literatura
esotérica, Liber Aleph, The Book of Wisdow or Folly, uma Epístola de 666 a
seu Filho 777 (Frater Achad, Charles S. Jones). Em 1919, publica o primeiro
número do terceiro volume do The Equinox.
Um dos mais curiosos feitos da Besta, teve lugar com a fundação, em 2 de
abril de 1920, da Abadia de Thelema, em Cefalu, Sicília, Itália. Depois,
Crowley, em secreto juramento, assume, em maio de 1921, o Grau de 10o=1
A.'.A.'., Ipississimus. A Abadia funcionou até 1923, quando Crowley foi
expulso da Itália por Mussolini.
Em 1925 Theodor Reuss falece. Crowley é convocado para uma reunião
internacional da O.T.O., onde os rumos da Ordem de Reuss seriam traçados.
Crowley é "convidado" a ser o Chefe Internacional da Ordo Templi Orientis.
Aceita e toma o Santo Mote de Deus est Homo.
Durante os anos seguintes, Crowley viveu alternadamente na França,
Alemanha e Norte da África. Nesta época ele viria a conhecer duas pessoas que,
além de serem discípulos e amigos, seriam depois importantes personagens
dentro da história de Thelema: Karl Germer e Israel Regardie . Expulso da
França em 1929 sob acusação de ser agente alemão, Crowley retorna à
Inglaterra.
A publicação de suas Confissões, em 1930, proporcionou a Crowley um
interessante encontro com um dos maiores gênios da literatura portuguesa.
Estamos falando de Fernando Pessoa (1888-1935). Pessoa, que além de célebre
poeta era um competente astrólogo, fascinado pelas ciências esotéricas, envia,
neste mesmo ano, uma carta a Crowley, indicando erros em seu mapa natal.
Crowley, entusiasmado com o conhecimento do poeta lusitano, contesta sua
carta, dando-lhe razão, e expressa seu desejo de conhecê-lo.
Pessoa, mesmo incomodado e receando tal encontro, recebe-o no porto de
Lisboa. A lenda diz-nos que estranhos acontecimento tiveram vez naquela
tarde, como um inexplicado nevoeiro que, descendo na cidade de Lisboa,
atrasou o barco que conduzia a Besta ao encontro do criador de Álvaro de
Campos. E tanto foi a admiração e fascínio de Pessoa para com o pior homem
do mundo, que, no famoso caso da Boca do Inferno, onde Crowley simulou um
trágico suicídio, Pessoa testemunhara, confirmando o que supostamente teria
ocorrido a seu novo amigo.
Pessoa, que vira naquele estranho inglês um irmão nos Mistérios, a partir do
encontro e da amizade com Crowley, em muito mudou o tom de sua poesia.
Adentrou-se no estudo do simbolismo, publicando obras de notável valor, até
sua prematura morte, em 1935.
Crowley segue e, entre casos amorosos e escândalos sexuais, drogas, e causas
judiciais, publica nos anos 30 uma série de ensaios e instruções que comporiam
os números subseqüentes de The Equinox Vol. III, o qual fora iniciado em
1919. O já citado The Equinox of the Gods, relatando suas experiência no Cairo
e a escritura de Liber Legis, é publicado privadamente em 1936.
Trabalhando com Lady Frieda Harris, Crowley, ao longo de cerca de cinco
anos, concebe um Tarot de modo que a imagem do Eon fique registrada. O
resultado final é o maravilhoso The Book of Thoth, onde a principal mensagem
de sua obra está apresentada de forma sintética. Durante esse trabalho com
Lady Harris, em 1942, na forma de um manifesto da O.T.O., Crowley publica
Liber OZ, a Carta dos Deveres e Direitos dos homens e das mulheres. Alguns
seguidores de Crowley são enfáticos quando afirmam que algo muito parecido
seria elaborado alguns anos depois pela ONU.
Seus últimos anos, a partir de 1945, são vividos em Hastings, onde uma série
de novos discípulos continuam recebendo instruções. E assim Kenneth Grant,
John Symonds, Grady McMurty, conhecem a Besta. Desta época, vem sua
última obra, consistindo numa coletânea de cartas dirigidas a uma jovem
discípula, que foram publicadas bem mais tarde, após a sua morte, como
Magick Without Tears.
No primeiro dia de dezembro de 1947, aos 72 anos, Aleister Crowley,
serenamente segundo alguns, exultante segundo outros, e ainda perplexo,
segundo terceiros, falece, vítima de bronquite crônica e complicações
cardíacas.
Quatro dias depois, no crematório de Brighton, assistido por um reduzido
número de admiradores e discípulos, é realizada a cerimônia que ficou
conhecida como "O Último Ritual", com a leitura de trechos da Missa
Gnóstica, e de seu maravilhoso Hino a Pã.
Realizara-se, assim, a última vontade da Besta.
(Carlos Raposo trata-se de um grande admirador de Aleister Crowley, e
enviou por colaboração esta biografia “O Mago de Mil Faces” com
exclusividade para o Black Pestilence Zine; no entanto, há uma versão desta
m e s m a “ b i o ” d i v u l g a d a e m s u a “ We b p a g e ”
(http://www.artemagicka.com/therion), na qual você poderá encontrar mais
informações acerca de Aleyster Crowley, bem como o seu legado, inúmeros
links, novidades, cronologia, etc...)