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Capa:

Vozes do
underground
Editorial:

Hey, gentes roqueiras!

Antes de mais nada, quero citar que esse zine é uma construção
coletiva pois ressoa várias vozes da cena underground de Planaltina, a
partir do momento em que cada um se propôs a conversar e somar
com sugestões, críticas e até mesmo relatos pessoais que serviram de
base para as pautas que aqui apresento. Agradeço imensamente a
todas e todos. Mando ainda um agradecimento especial à produção
do Festival Fuleragem, pelo convite de produzir esse material e por
promover a cultura underground na nossa quebrada.

Nesse Zine Fulero, todo dedicado à etapa de Planaltina, vocês lerão


sobre as bandas que ajudaram a construir esse evento, além de outros
textos escritos com o intuito de: 1) exaltar “As Minas no
Underground”, e confrontar machismo enfrentado no nosso meio; 2)
resgatar nossas raízes, “Revisitando os Dinossauros da Cidade”; e 3)
lançar um grito coletivo, “Vozes do Undergound”, refletindo os nossos
problemas enquanto contra-cultura, nesse território periférico e
marginalizado, e a arma mais poderosa que dispomos, a UNIÃO!

Seria inaceitável não citar as contribuições dos artistas de rua, que a


partir das mais diversas linguagens fazem parte nosso movimento, e,
por esse motivo, optei por apresentar duas minas grafiteiras que
arrazam demais nas artes plásticas. Incluo, também, uma galeria de
fotos que marcam a nossa história aqui nessa cidade que está de
aniversário, Planaltina! E exatamente por isso, concluo com um
poema de um poeta planaltinense, em homenagem aos nossos 160
anos de resistência.

Vamos nessa!

Grotesca
CIDADE
AUSÊNCIA
A cidade habita em meu peito
Nos pés fatigados e poemas
Nas minhas pálpebras de
ressaca
E olhos iluminados pela insônia
Nesta manhã, nas tardes
precoces
Noites pelos cigarros acesas
Em cada parede deste
apartamento
Dentro daquela velha pintura
E em tudo aquilo que me falta
Planaltina é a Cidade Ausência
Que levo pelas ruas e ruínas
Que escrevo entre os becos
Que mastigo nas madrugadas
Que se embriaga comigo
E me ajuda a subir escadas
Dormindo em minha cama
Para depois pular da janela
Sobre segredos e telhados
Geraldo Ramiere (01/07/1981) é poeta e contista de
Planaltina-DF, além de professor de História da SEDF e
produtor/militante cultural. Desde 2002 tem suas obras
publicadas em forma escrita (periódicos, antologias e
revistas literárias) e no meio virtual. Em 2021 publicou seu
primeiro livro, Desencantares Para O Esquecimento
(editora Viseu). É membro da Academia Planaltinense de
Letras, Artes e Ciências, além de outras entidades.

Em 2012, a classe artística sobradinhense se


organizou em um ato de protesto por mais investimentos e
apoio à cultura local, ocupando as praças da cidade com
som autoral produzido ali. A ideia era dar oportunidade
para bandas alternativas da cena mostrarem seus trabalhos
e divulgar para a comunidade a produção constante de
música autoral e de qualidade.
A partir disso, nasceu uma organização
independente de músicos e produtores de Sobradinho
para fomentar a cultura e ocupar as áreas públicas da
cidade. O Fuleragem deu origem ao Fórum do Rock e
ambos caminharam juntos por muitos anos, porém,
atualmente, o festival é organizado por um grupo
independente com apoio do FAC.
O festival se expandiu pela região Norte do DF,
sendo realizado por etapas em Planaltina, Fercal,
Sobradinho I e Sobradinho II.
Iuna

Insira. um. nome. aqui.

Com influências do New Metal, Hardcore, Punk, Grunge e Emo, Iuna é


uma banda de metal alternativo fundada em Planaltina. A banda
descreve seu som como um estilo de pós-metal, com letras que
oscilam entre o puro ódio e a tristeza profunda.

Iuna estreou nos palcos undergrounds ainda em 2023, em Planaltina,


no Festival Na Contramão, realizado pelo Coletivo Abdução. Esse foi o
seu primeiro contato com o público.

Chidanz e Hayato se conheceram no ensino médio, e em 2019


formaram a banda Rute, que não obteve uma formação estável e por
isso nunca se apresentou. Mais tarde, com a chegada dos outros
membros, decidiram trocar o nome da banda para Iuna.
Atualmente, tem em sua formação Big-Z no vocal, Hayato na guitarra,
Ramed no baixo e Chidanz na bateria. Sigam os manos em
@iuna_nsfw.
Psicopatia

A válvula de escape.

A banda surgiu a partir de uma necessidade dos membros de


externalizar uns paranauês pessoais. Fundada no final de 2018,
nenhum membro da banda sabia o que seria a Psicopatia, os caras
caíram na real quando um fã, que curtia ao seu próprio modo e
sozinho, abordou a banda no final de um show, agradecendo por ter
se sentido abraçado e acolhido pelo som. Desde então, passaram a
chamar sua música de terapia sonora, para quem ouve e
especialmente para quem produz. Essa é mensagem passada através
do Black Metal.

Solfieri Suskind, o guitarrista, que já tinha projetos anteriores, entrou


em contato com um amigo perguntando se ele conhecia algum
baterista. Na oportunidade, esse amigo indicou Doentio. Conversando
mais a fundo sobre o projeto, o amigo se ofereceu para eventuais
participações como backing vocal, ele era nada mais nada menos que
Morto Apodrecido, que foi surpreendido ao saber que já seria
convidado para o vocal.

A química desses caras foi tão forte, que um ano depois gravaram a
demo, sendo lançados por ... e por... Sua discografia é ... e está
disponível nas plataformas...

A banda já se apresentou em cidades do Goiás; Formosa, Planaltina,


Valparaíso e Goiânia, além de cidades satélites do DF, Planaltina e
Samambaia em duas oportunidades.
Há rumores de que Solfieri cogitou arrumar uma vanzinha, ou combe,
com o intuito de fazer uma mini turnê pelo Brasil. Alô produtores,
chamem os caras no @psicopatia!
The Nóis
A drink to death

Primeiramente, muito obrigado por esse espaço! A Drink to Death é


uma banda de metal extremo fundada em Planaltina - DF. Acho que é
a melhor definição no momento.

Eu comecei a esboçar o projeto em meados de 2014, procurando


integrantes pra formar uma banda com som mais pesado. Pouco
depois disso conheci o Guila (baixista) e o projeto foi tomando forma
de fato. A primeira formação que se consolidou foi fechada em 2017
(contava com o Jeff Oliveira e o Aquiles Lima que hoje tocam na
Mitsein), e em fevereiro de 2018 fizemos nossa primeira
apresentação, no Círculo do Rock, em Planaltina. O nome da banda é
uma brincadeira com o fato de que todos os primeiros integrantes se
conheceram numa época de muita bebedeira kkkkkk. Acho que algo
que posso adicionar é que comecei escrevendo as letras da banda em
inglês, mas depois de algum tempo decidimos que nossas letras
seriam todas em português, por uma questão de passar uma
mensagem mais clara. Então podem esperar novas músicas mais
compreensíveis (na medida do possível kkkk)

Olha, já rodamos boa parte do DF e algumas cidades do entorno. Já


tocamos desde o Plano Piloto ao Gama, passando por Ceilândia,
Taguatinga, Santa Maria... do entorno podemos citar Novo Gama,
Planaltina de Goiás e Formosa.

Atualmente somo eu (Filipe Vasconcelos) no vocal, Guilherme Marcos


no baixo e Victor Cassimiro na bateria. Recentemente trocamos de
guitarrista, que vai ficar de surpresa pro dia do evento.

Ainda não temos um álbum lançado (sim, mesmo depois de tanto


tempo kkkkk).. já está quase virando uma piada infame. Mas temos 5
singles lançadas que mostram bem a variedade do nosso som. A
última, inclusive, lançamos no dia do segundo turno da última eleição,
como uma "homenagem" ao excrementíssimo ex-presidente, e se
chama "Infame Messias".
Estamos em todas as plataformas digitais. YouTube, Spotify, Deezer,
iTunes... Só procurar "A Drink to Death" que vão nos encontrar.
Daren

1 - Costumo falar que a Daren é uma mistura muito louca que envolve
tudo que nós ouvimos e temos como influência. Muitas pessoas não
conseguem definir em qual estilo a Daren se encaixa, e eu acho isso
muito bom, pois realmente não rotulamos nosso som, vai de
influências do Dark Wave ao Punk/Thrash, e acaba que no final fica
bom, pelo menos ao nossos ouvidos haha, mas muitas pessoas
também gostam ou odeiam de vez, não tem meio termo conosco
kkkk.

2 - A Daren aconteceu de uma maneira muito natural. O Breno, nosso


vocalista, tinha acabado de sair de um projeto, eu também tinha
parado com outra banda na época e acabou que, um belo dia,
encontro com ele e o Felipe ensaiando em um Studio onde eu tinha
aulas de guitarra. Daí foi "amor ao primeiro riff", que inclusive era
Quebra Cabeça, primeira música composta pela banda. No mesmo dia
entrei em contato com o Breno pelo Facebook e me ofereci pra tocar
com eles. Daí marcavamos os ensaios e o baixista, que eu nunca
conheci kk, nunca ia, nisso eu deixei a guitarra de lado e comecei a me
aventurar no baixo. Daí começamos a tentar gravar algumas músicas,
nessa época a gente nem trabalhava então sobrava tempo. Lembro
que improvisados uma cabine de gravação com colchões e um guarda
roupas hahahaha tenho vídeos inclusive, foi uma época muito boa.

3 - Com o passar do tempo várias músicas foram surgindo,


começamos a nos entender musicalmente e seguir uma linha de
composição própria. Nessa época eu já fazia o Circulo do Rock em
Planaltina, evento que criei em 2016 com o intuito de fazer a cena
independente florescer mais uma vez. E nosso primeiro show foi lá, na
edição que aconteceu na Casa Verde, um espaço cultural que tinha
próximo a Praça do Museu, lá era fenomenal, e lotou esse dia. Era a
estreia do Felipe nos palcos e retorno meu e do Breno aos shows.
Confesso que me senti vivo novamente nesse dia, foi foda. Daí pra
frente fomos melhorando algumas coisas, compondo mais musicas e
tendo uma visão dentro e fora de Planaltina. Surgiram várias
oportunidades de tocar em festivais pelo DF e aproveitamos todas.
Creio que um dos eventos mais marcantes foi um em Samambaia,
onde tocamos com várias bandas da cena e tivemos que dormir na
frente do evento pois não tinha ônibus para voltarmos para Planaltina
kkkk e o Fuleragem, que marcou nossa volta depois da pandemia,
esse dia foi marcante demais para nós.

4 - Hoje a Daren é composta pelo Breno Ayan nos Vocais, Felipe


Matheus na Guitarra, Lucas Eduardo na bateria e eu, Hiago Vieira no
baixo.

5 - Há alguns anos nós estamos na luta, e é realmente uma luta kkk,


para gravar um EP ou Full álbum com nossas músicas. Mas, temos
uma música chamada A Criatura disponíveis no Spotify, e no nosso
canal no YouTube temos algumas apresentações ao vivo de boa
qualidade, além de um clipe gravado por nós.

6 - Podem nos encontrar no Instagram (@daren_awe) e no YouTube e


Spotify procurando pelo mesmo nome.
Mitsein
Sexismo em cena
Por: Grotesca

No rolê, os rostos das mulheres sempre mudam,


mas dos homens não!

A cultura rock/metal da nossa cidade cresceu e


infelizmente não escapou de tomar o gole amargo do porre
sexista. Vomitou e vomita a violência misógina, mais
onipresente que cantina das trevas em rolê de praça. A sensação
que eu tenho é que depois de anos de vivência, as minas meio
que se dispersam, ou simplesmente saem da cena, enquanto os
caras são os mesmos. A que isso se deve? Todo mundo conhece
um mano metaleiro que é gente boa, aos 50tão. Mas cadê a
presença em peso das mulheres aos 25, aos 30, aos 35?
A explicação é bem simples: nem todos, mas sempre um.
Encontramos, entre esses rostos comuns, os homens abusadores
que estão há décadas no movimento. E convenhamos? Pode a
vítima sozinha confrontar uma comunidade de agressores? Até
pode, mas não é nada fácil, e muito improvável que esse
confronto provoque a mudança comportamentos.
O sexismo e a violência misógina começam com os
estereótipos da mulher branca, peituda, ruiva, com corpo nas
medidas do padrão. A imagem da gótica perfeita, súcubo,
vampira, valkíria nórdica, roqueira darkness que abita as
mentes desses arrombados é uma mulher irreal, que foi
construída lá no século XIX em romances e contos de ficção
sobre como elas eram dóceis, enquanto os caras eram livres para
lanchá-las, cometer crimes, incluindo crimes sexuais, e, por fim,
atribuírem a culpa às drogas, e, reparem bem, às mulheres, mas
nunca a si mesmos. A tal da objetificação é atribuir a um ser
humano a natureza de objeto.
Quando você é uma mulher que foge desse padrão,
quando você é preta, gorda, sapatão, trans, quando você se
recusa à performar essa imagem irreal, a sua opinião musical
não é válida e ali você é vista como penetra, para ter destaque
enquanto musicista, você precisa ser melhor e se esforçar mais
que o dobro do que um cara medíocre, que todos consideram
genial, e ainda assim será lida como esquisita. E pera... Não era
para essa ser uma festa estranha de gente esquisita? Em tese,
mas as mulheres só são respeitadas enquanto os caras têm
expectativa de sair com elas.
“Bah... mas eu discordo porque tem a banda tal que é de
mulheres, e tem a mina tal que num sei o que lá e vocês estão de
mimimi...” – algum macho irrelevante.
Sim, bro. Você vai nos shows? Você apoia essas minas?
Se apoia, vai se dar conta de que em geral, a plateia dessas
mulheres são outras mulheres, sempre em grupos, claro, porque
colar sozinha no rolê underground é intankavel. Parafraseando
Allan Moore, em “Do inferno”, você gosta de mulheres? Não
perguntei se você se sente atraído por elas, perguntei se gosta
enquanto gênero. Das suas produções intelectuais? Você
consome artistas mulheres? Você ai que produz o seu som, você
está atento aos posicionamentos de quem trabalha contigo? Tua
banda usa a opressão de pessoas como escadinha?
Me reservo ao direito (e ao dever) de não fazer
propaganda de banda escrota. Tampouco é meu objetivo que
agressores recebam seguidores, igualmente podres, mas que se
sentirão incomodados com o que escrevo, exatamente por se
identificarem. E é por essa razão que não trabalharei com
nomes aqui.
Quando o nosso pessoal escolhe passar pano para o
agressor, e tolerar a presença dele em nossos rolês, estamos
exatamente passando bosta na cara da vítima, dizendo que esse
espaço não é dela, que ela não é bem-vinda, e que será
violentada caso não se retire. Mas pera... Eu quero retomar
episódios de violência que aconteceram em público e que são de
amplo conhecimento e repercussão entre a galera da nossa
cidade, Planaltina. Certamente, vocês, abusadores, estão me
lendo. Você, que nas redes sociais se posiciona contra o
feminicídio e ao mesmo tempo posa para fotos com o amigo que
a mina na festinha, está me lendo. Eu espero que isso chegue a
você, você que beijou a amiga a força no showzinho. Cara que
assedia adolescente, eu vou escrever pra você. E que você leia
também, você mesmo que estuprou a namorada enquanto ela
dormia. Vocês não são bem-vindos!
Eu espero que cada vez mais as minas conversem entre
si, que troquem experiências. Que pipoquem o 190. Que apoiem
umas às outras. Por último, eu agradeço àquelas que estão
resistindo em cena, musicistas, produtoras, maquiadoras,
escritoras, fãs e enfim, toda a cadeia produtiva de mulheres que
mantém a cena viva. Já aguentamos foi muito, não sejamos
simpáticas e tolerantes! Os de verdade se posicionam e ainda
colam junto para denunciar agressor.
Revisitando os
dinossauros
Por: Doentio

Blá blá blá

Pipipipopo
Vozes do Underground
Por: Grotesca

Nada a ver misturar rock com política!

Provavelmente você já se deparou com essa frase


irrefletida em algum rolê na vida. Conversando com uma galera
old school que representa o movimento em Planaltina, cheguei a
um problema comum, a segregação baseada nos subgêneros de
rock e metal, que se reflete ainda hoje nas novas gerações. Nos
anos 2000 e até a década de 2010, essa segregação ia desde a
famosa inquisição: “se você é tr00l, cita aí a marca da cueca do
segundo guitarrista dessa banda do interior obscuro mais
profundo do cu da Finlândia que só eu conheço, bla, bla, bla...”
até a violência física, exemplo clássico é marmanjo bode véi
rasgando camisetas de bandas da galera desavisada que não
fazia parte de panelinha.

Mas porque estou escrevendo sobre isso?


Historicamente, as galeras de Planaltina (e aqui me refiro a
todas as tribos urbanas, metaleiros, skatistas, punks, funkeiros,
rappes...) não contam com espaços coletivos como casas de
show, bares e pontos de encontro para manifestar livremente a
contra-cultura e protestar contra uma sociedade doente que a
todo custo tenta nos absorver para o exército do padrãozinho.
Espaços como as pracinhas do museu ou da igrejinha, e
antigamente a da Administração, sempre foram disputados por
essas galeras, sem contar a violência e a repressão policial que
todos enfrentamos ao ocupar locais que são nossos.
O ponto em que quero chegar é que além de toda
adversidade que a sociedade conservadora, misógina, racista,
homofóbica e fascista impõe para as nossas galeras, há brigas e
exclusão entre os próprios nichos, e entre nossas as tribos.

Mas pera! Houve, em algum momento, uma harmonia


entre geral que eu citei ali atrás, caso contrário não seria possível
a articulação entre tantas pessoas para construir eventos,
organizar shows, saraus e rolês representando a cultura
underground. E isso demonstra que um maluco encontra outro
maluco, uma estranha encontra outra estranha, corpos
dissidentes se atraem, e juntos eles resistem. Esses encontros são
ambientados em diversos cenários planaltinenses, e eu gostaria
de destacar as escolas públicas, que são quase sempre o ponto
de partida nas histórias de algumas bandas locais. E por quê?
Porque nesses locais a diversidade é valorizada, encorajada, e é
de onde parte o pensamento crítico.

Blz, blz. Se você ainda não entendeu onde entra a


política, eu vou tentar ser mais clara. O lance é que ninguém
aqui acha bacana ter que se deslocar até o Plano Piloto para
curtir um som dahora e poder ser quem se é, e ainda sofrer um
preconceito fudido de classe, de boy que nunca pisou um pé em
cidade satélite.

A contra-cultura de Planaltina é viva e a nossa união em


torno de problemas comuns, enquanto juventude periférica, é a
arma mais poderosa que dispomos contra a alienação das nossas
identidades pelo doidão que não mistura rock e política, contra
a negligencia do Estado, contra o racismo estrutural, contra a
cultura do estupro e da homofobia, etc, etc, etc. É nós por nós. O
underground planaltinense resiste e eu posso provar com
ibagens! Segue uma galeria, registrando a nossa memória
coletiva!

Galeria
Capa final – Apoios e contatos

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