Você está na página 1de 24

EDITORIAL

Saudações amigos doomers!

Finalmente saiu a segunda edição do Agonizando na Solidão – Doom Metal Zine! Bom estive super
ocupado produzindo edições do Boqueirão Rock Metal Festival, fazendo alguns lançamentos pela
Odicelaf Prod. e ainda dando conta das minhas atividades de cunho pessoal. Bom vou tentar não
demora tanto pra lançar a terceira edição que já tenho duas entrevistas certas pra fazer estes
dias...

Para esta edição eu entrevistei: OBITUS VITAE (Noruega), DESTINY OLD DIE, WOLFSHADE, DEAD
REWARD e IN ABSENTHIA. Espero que curtam as entrevistas e também as resenhas de materiais
que pude ter o prazer de ouvir e deixar minha humilde opnião sobre eles e os outros matérias que
ai estão.

Planejo lançar uma compilation só de bandas Doom Metal underground o que acham? Caso tenha
uma banda ou saindo que tem e possa interessar em participar tanto da Compilation como também
das próximas edições do zine, pede pra entra em contato, valeu?

Sem, mais espero que curta e uma boa leitura...

EXPEDIENTE
EDITOR/DIAGRAMADOR/ CAPA/LOGOTIPO: Adauto Dantas

Envie CD, Demos CD/Tape, para resenha e divulgação:


Send CD, Demos CD / Tape, for review and dissemination:
Contatos:
ADAUTO DANTAS - AV. ACM, 42
CICERO DANTAS/BA - 48410-000 – BRASIL
www.facebook.com/agonizandonasolidao
www.agonizandonasolidao.blogspot.com

O AGONIZANDO NA SOLIDÃO ZINE, NÃO CONCORDA OU APOIA TUDO


QUE NELE ESTA CONTIDO E TODA OU QUALQUER OPNIÃO.
Obitus Vitae é um projeto de Doom Black Metal do Armando Luiz, brasileiro que mora na Noruega e que
também tem a banda Servi Diaboli. Muito recente mente foi lançado o CD “Olfacit Mortis” e aqui
abordamos alguns assuntos relacionados a esta obras e outros relacionados a o Obitus...

Saudações amigo Armando Luiz! Bom nessa Finalmente é lançado o debut álbum “Olfacit
entrevista gostaria de abordar sobre seu projeto Mortis”, pelo selo Cimmerian Shade. Como se deu
Doom Dark Metal, Obitus Vitae. Como se deu a este contato para o lançamento desta obra?
idéia e o porque de iniciar esse projeto solo? Qual O contato foi simples e direto, lancei o disco por
a razão para esse nome? meio digital dia 1º de julho de 2013, e exatamente
Saudações caro Adauto! OBITUS VITAE nasceu a em uma semana Cimmerian Shade entrou em
partir da minha necessidade de fazer um som ainda contato comigo oferecendo um trato para o
mais escuro e sinistro que a SERVI DIABOLI, minha lançamento desta!
outra banda, foi como um desafio a mim mesmo,
não queria misturar ambas hordas, cada uma tem A arte gráfica é muito sombria e obscura... De
um estilo e sentimento! O nome que significa algo quem foi a idéia de capa e de onde surgiu
como “a destruição da vida” veio devido ao tema inspirações para toda a arte gráfica?
abordado nas letras, caiu com uma luva! A ideia foi minha e do artista que fez o artwork,
Lord Ocram, e a própia música e letra serviram de
A primeira obra a ser lançada pela Obitus Vitae foi inspirações!
o "Journey to the End” (5 way split). Como se deu
esta participação nesse split? A distribuição desta ta sendo só ai pela Europa ou
Os dois primeiros vocalistas da SERVI DIABOLI, existem possibilidades de esta obra ser lançada
N.W. e Ohcourg(Demo 2011) participam com suas aqui no Brasil?
respectivas hordas nesse split, e numa noite de Na verdade nem aqui na Europa teve lançamento,
cervejas eles me convidaram a participar de dito Cimmerian Shade é um selo dos EUA, o lançamento
split. só foi lá. Já no Brasil vai ser lançado pela Odicelaf
Prod, mas ainda sem data prevista!
Quais os outros participantes deste split e como
que foi a distribuição e divulgação do mesmo? Foram gravadas nove musicas e as letras são
Personal Holocaust, Werther, , Beyond Life, todas em Latin. Porque a escolha desta língua
Triebtat. Foram distribuidas 150 cópias via o selo morta?
alemão Bleichmond Tonschmied, e a divulgação foi São vários os motivos: uma língua que eu gosto,
bem recebida no meio underground! soa triste e melancólica, é algo diferente e
atrevido, e como disse antes, era um desafio a mim
mesmo, queria saber até aonde eu era capaz de Falando sem rodeios, na Espanha é uma merda,
chegar e como! prefiro nem dar mais explicações.
Já pela Europa afora é mais forte, agora viver de
Sobre o que tratam suas letras e de onde vem banda, nem pensar, só quando uma banda consegue
inspiração para escrevê-las? chegar a um alto status, como por exemplo
Tratam-se de misantropia e morte, a inspiração Behemoth, Satyricon, etc, mas para isso tem que
percorrer um grande caminho, muita, muita
vem da minha cabeça, dos meus pensamentos
promoção, managers, etc.
mais profundos!

Quais bandas Doom Metal tem escutado e


Alem da Obitus Vitae você também é o principal
indicaria?
mentor da Servi Diaboli. Poderia falar um pouco Eu sempre escuto as mesmas, assim que só posso
sobre esta sua banda e quais os trabalhos já recomendar a minha favorita MY DYING BRIDE.
lançados e que serão lançados desta?
SERVI DIABOLI, é uma horda de Black Metal, Obrigado meu amigo e fique a vontade para suas
rápida, agressiva, melódica, etc. ultimas palavras...
Já foram lançados: Uma demo auto-títulada DEMO Muito obrigado a você Adauto pelo espaço cedido,
em 2011, auto-editada pela banda, sem selos por e a todos que estão lendo esta entrevista!
médio. Uma edição da demo, exlusiva para o Brasil E como últimas palavras peço aos leitores que tenha
via Odicelaf Prod em 2012. Um EP chamado WE interesse em conhecer meus projetos, que passem
ARE HIDDEN em 2013, lançado via Cold Raw pelas páginas abaixo:
Records. O primeiro full-lenght, FEAR,
SUFFERING & DEATH!, que saiu dia 1º de abril
de 2014, só em formato digital. E dentro de pouco
verá a luz um split com a horda BASTARD via
Odicelaf Prod.

Tu atualmente mora na Noruega, como ta sendo


morar ai onde surgiram tantos grandes nomes
do Black Metal?
Morar aqui está sendo muito produtivo para mim,
aqui nas montanhas onde eu moro gravei o FEAR,
SUFFERING & DEATH! da SERVI DIABOLI e
vou gravar o próximo disco da OBITUS VITAE, o
sombrio clima das montanhas e os sons dos animais
me inspiram bastante!
Quantos aos grandes nomes do Black Metal, não
somos “amigos”, mas nos vemos pelos bares
quando saio das montanhas e vou de visita à cidade,
até agora, os que cheguei a conhecer são bastantes
simpáticos e inteligentes para uma conversa com
uma cerveja na mão hehehe! Não são como as
outras pessoas falam, “fechados”, “antipáticos”,
totalmente o contrario.

Como que é a cena underground Metal da


Espanha (onde você morou) e da Europa
realmente? Da pra viver de banda?
obitusvitae.bandcamp.com/ - servidiaboli.bandcamp.com/
Depois de 7 longos
anos de formada,
finalmente os
paranaenses da Dead
Reward lançam sua
primeira obra
intitulada “Crossing
Over”, que é
composta por 2
pesadas e depressivas
musicas de um Doom
Metal muito sombrio
e arrastado como nos
velhos tempos...
Conheçam um pouco
sobre a banda e sua
obra...

Tudo bem Felipe? Bom pra dar e nesse tempo não conseguíamos mãos e quando resolve fazer algo
inicio a entrevista eu gostaria estabilizar um segundo guitarrista para mudar já é tarde, pois o
de saber o por que de a demo para a banda, que para o estilo é abismo da solidão já tomou-lhe
“Crossing Over” ter apenas essencial. Quando solucionamos por completo.
duas musicas, sendo a titulo e essa pendência, além de ficarmos As inspirações para as músicas
mais a “Choices”? mais confiantes, este nos veem de fontes muito variadas,
Na realidade foi uma escolha acrescentou novas possibilidades passando de pensamentos e livros
com relação a tempo e custo, pois de criação e na solidificação da de filósofos reconhecidos como
queríamos agilizar a divulgação banda como um todo. Daí a razão Friedrich Nietzsche, Emil Cioran,
do nosso trabalho e essas duas desse longo período sem lançar Arthur Schopenhauer entre
músicas já estavam fechadas em material oficial. outros, além do que, basta
nossas composições, daí a simplesmente olharmos o mundo
escolha de lançar um material no Sobre o que falam nas letras de que nos cerca e facilmente se tem
formato de single era a melhor “Crossing Over” e
opção que tínhamos no momento. “Choices”? De onde
Sem dizer também que ele vinheram inspirações
funciona como uma base para o para tais musicas?
nosso próximo álbum. Apesar de A Crossing Over fala
serem somente duas músicas, elas sobre a pessoa estar ou
contabilizam 20 minutos de não preparada para a
sofrimento, acredito que este morte e a mentalidade de
tempo de gravação para um entender se o que foi
Single seja interessante, pois com vivido é real ou apenas
mais 20 minutos já dá pra fechar um estado ilusório da
um álbum completo. mente humana. Já em
Choices, como o próprio
A banda existe desde 2005, nome diz, é a escolha do
mais so em 2013 lançou a indivíduo que estando em
“Crossing Over”, por que? estado de depressão
Passamos por um período longo acredita estar com o
de muitos ensaios e composições, controle da vida em suas
a inspiração para abordar temas underground, não fizemos muitas fortalece a cena, pois essas
obscuros e perturbadores do “ser cópias, sendo algo em torno de bandas acabam por criar uma
dito humano”. 100 unidades com possibilidade tendência de união e alcançam
de novas prensagens, mas a uma maior projeção para expor
As musicas ultrapassam os 8 distribuição até que está os seus trabalhos.
minutos de duração. satisfatória, pois não criamos
Pretendem continuar a compor uma ilusão de que seria fácil Acredito que já tenham planos
musicas longas como essas? distribuir esse material. De outra pra o futuro da Dead Reward.
Nem sempre nos preocupamos forma, estamos também Quais?
com o tempo de duração da começando a dar uma maior Temos sim. A nossa pretensão é,
música, apesar de gostarmos e prioridade para um novo material se tudo der certo, lançarmos
nos identificarmos mais com os num futuro próximo. ainda este ano um álbum
sons mais longos, mas é algo que completo.
durante a composição flui Como estão vendo o atual
naturalmente. Tudo depende do cenário do Doom Metal Sem mais obrigado pela
quanto suficiente sentimos que a nacional e quais bandas atenção e deixo espaço aberto
música se encontra. As nossas indicariam e tem curtido nos para suas ultimas palavras...
outras músicas que não estão no últimos meses? Cara, nós é que agradecemos a
single também são um pouco Com certeza a cena Doom Metal oportunidade de poder divulgar
longas, mas nenhuma no tempo está num dos melhores nosso som para o público em
da música Crossing Over. momentos, é claro que ainda geral, e para que eles possam
precisa melhorar muito, mas se conhecer um pouco mais sobre as
A capa traz a mão de uma compararmos com a quantidade particularidades do nosso
pessoal, acredito eu, morta. De de bandas do gênero, por trabalho. Queremos aproveitar
quem foi a idéia e o porque exemplo nos anos 90, era muito para parabenizá-lo pela atitude,
desta arte? inferior que a que temos hoje. pois a cena Doom Metal só tende
Você está certo, a intenção é essa Naquela época dificilmente se a ganhar novos admiradores com
mesmo. A ideia partiu do Saulo, faria um evento somente com a criação de canais específicos
baixista da banda, que na bandas de Doom, ao passo que como este. Valeu!
realidade foi quem fez o material hoje existem muito mais bandas e Contatos:
gráfico. Mas a intenção da capa de maior qualidade. Isso só www.facebook.com/deadreward
tem referência exatamente com a
faixa título do CD, sendo uma
forma de ilustrar o que a letra da
música pretende passar, sendo
um estado de desespero diante da
fragilidade mental do ser humano
e a passagem da vida para a
morte.

Quantas copias foram feitas da


“Crossing Over” e como que ta
a distribuição e divulgação
desta obra?
Como a nossa produção é feita de
forma independente e
conhecemos bem o cenário
Destiny Old Die, atualmente é um dos poucos representantes do Doom Metal aqui na região Nordeste do
pais. A banda surgiu no estado de Pernambuco e gravou seu primeira Demo intitulada “...LongTears”, a
qual recebemos aqui e curtimos bastante a obra que nos levou a procura bater um papo com eles para
assim saber mais sobre esta importante banda do cenário Doom no Nordeste! Confira...

Olá meu caro amigo Cleyson e demais membros da Destiny Old


Die! Antes de mais nada apresente a banda para nossos leitores e O Doom Metal não é um estilo
explique por que decidiram por este nome e estilo escolhido que é o que tenha muitos adeptos, isso
Doom Metal? atrapalha e fecha portas para
Cleyson Mathias: Bem, somos a Destiny Old Die banda de Doom Metal que possam mostra o trabalho de
daqui do nordeste, de uma pequena cidade (Jaboatão dos Guararapes – vocês por ai e fora do estado
PE)18Km do Recife. Desde o início as influências sempre foram nosso pernambucano?
forte para o estilo e aos poucos nós amigos decidimos nos reunir Fabio Farias:Não colocaria assim,
novamente em 2008, que também não acarretou muito sucesso em pois o "Doom Metal" tem um
termos de firmar uma volta sólida. Algum tempo depois paramos longo alcance, o que realmente
novamente devido a saída de alguns membros. No ano de 2012 falta para a banda é apenas
voltamos a ativa para dá continuidade a todo processo, de imediato interesse dos organizadores
refazendo uma nova roupagem e estabelecendo um conjunto com numa quererem levar as bandas para seus
nova formação. Como membro/fundador da D.O.D tive a necessidade eventos e apóia. Um exemplo do
de modificar toda estrutura tanto temática e sonoridade. A “DestinyOld que acontece aqui em Recife não
Die” se leva ao pé da letra como um só segmento,(Destiny...) vinda de só com a D.O.D mais com
uma das Musicas do disco “Alternative 4 – Anathema” onde toda inúmeras bandas e gerais vertentes
trajetória e inspiração nos levou a tal objetivo à um ponto de do metal é simplesmente a falta de
partida,mostrando toda nossa estrutura de composição para o ouvinte. incentivo, que vem em forma de
Embora, o complemento (...Old Die)vindo do título do disco “OldLoves ajuda e custo para que as bandas se
Die Hard–Triumvirat”definindo por completo a formula. Expondo a desloquem, sair de um estado para
junção das três palavras e retratando em um só elemento mórbido, outro mesmo estando dentro do
soando bastante original como muitas bandas do estilo. Além de ser nordeste não é algo fácil, isso
progressivo a sonoridade nos deixou com fortes influências e atmosfera, envolve muita coisa. Tudo bem, a
dando um certo equilíbrio musical.Entre tanto, caracterizou-nos manter vontade de sair por ai a fora para
o nosso som mais vigoroso por sermos adoradores nato.até o momento mostrar nosso trabalho é
esse estilo por aqui sempre foi escasso.Quis fazer algo diferente gigantesca, lógico dentro de nossa
mesclando outros gêneros deixando um peso a mas. Em ênfase, o Doom realidade.
Metal prevalece mais forte e verdadeiro em nosso trabalho.
Quais as bandas que são influencias para o trabalho de vocês e onde vão buscar inspirações para compor
suas letras e suas musicas?
Cleyson Mathias:Exploramos e seguimos um certo caminho musical com fortes influências que vão de: Black
Sabbath, My Dying Bride, Anathema, Amorphis, The Gathering e Paradise Lost (old), Swallow The Sun,
Mourning Beloveth, Isole entre outras. Sem fugir de nossa originalidade. Sobre as inspirações nas letras vem do
próprio estilo onde procuro citar algo comovente, dissoluto do ser. Numa vida extremamente indecisa numa
tristeza decadente. Em todos os temas tem um certo amargo na abordagem literária e poesia expressa.as
composições fluem naturalmente quando nossas inspirações estão além do inesperado.

A banda lançourecentemente a Demo “...LongTears”, que é composta por seis melancólicas canções,
sendo uma delas uma intro. Poderia comentar sobre que temas tratamdetalhadamente cada uma das
outras cinco canções?
Cleyson Mathias:Todas as nossas canções tem uma forte atmosfera que aborda todo sentimento tanto
depressivo e obscuro,elevado ao estilo seguindo o mesmo tema em formas diferentes sem fugir do contexto.
Todas as letras tem um degrau abaixo, encontrando-se em desespero e alienação onde o ser humano vive em
seu estado deprimente. Todas as letras são escrita por mim, desde o início de formação.Poderia citar uma faixa
do nosso “...LongTears” como a “Sours Sarcasm” que tem uma certa doze poética em seu tema dilacerando
toda estrutura numa só angústia,apresentando uma triste crise constante da vida humana.

Amargo Sarcasmo* (Cleyson Mathias-17/01/05)(SoursSarcasm) traduzido*

Esmagado na tristeza
Acesso na vida deserta e vazia.
Crises de desespero...
Estado constante de letargia.

Totalmente parado,
Como uma sombra no desconhecido

Nas camadas mais recônditas do ser


Cruciante desejo conduzido.

No sopro dos ventos,


A última lágrima de súplica,
Ouvidos surdos, mecânicos os movimentos.

Possuído de lucidez abismada,


Coração de pulsações medidas.
Nasce dos seus instintos...
Condenados nas imagens perdidas.

Ressurge desesperadamente,
Sarcasmo descruzado.
Exibindo sinal de angústia,
Ofegante despedida torturante.
Como tem sido o trabalho de distribuição e a Anderson Morphis da Mortiferik, como que se
aceitação do publico para o trabalho de vocês? deu esta participação e o convite?
Fabio Farias: Tem sido bem interessante, Cleyson Cleyson Mathias:Bem, convite do Anderson Morphis
Mathias por meio de contatos que foram sendo feitos (Mortiferik) surgiu naturalmente. Onde nos
ao longo do retorno da banda, após termos terminado conhecemos (via web e até hoje pretendo conhecê-lo
as gravações, literalmente corremos contra o tempo pessoalmente deixando meus agradecimentos pela
para aprontar a arte da capa, arte impressa e puta força e total apoio) trocamos várias idéias sobre
distribuição.isso foi bem ágil pôs, estávamos música e o nosso estilo. Pude perceber com bastante
trabalhando em paralelo pra que ficasse pronto o cautela o seu grande trabalho. Daí surgiu meu convite
quanto antes. A distribuição foi e continua sendo pra ele fazer essa participação em nossa “Demo”. Já
feita por postagens tanto para o nordeste quanto o estávamos preste a entrar em estúdio para as
território nacional e tenho orgulho de aqui deixar gravações. Tínhamos toda idéia de como seria a base
expresso a satisfação de poder dizer que nosso de tudo, detalhe da (Intro) em sua linha de voz se
trabalho alcançou territórios além da nossa fronteira. encaixa perfeitamente , deixando um efeito sombrio
O nosso trabalho chegou em países como Rússia, no tema. Ele prontamente aceitou o convite enviando
Reino Unido,Grécia, Colômbia ,Espanha e Chile e o arquivo (áudio) gravado no Assad Studios–RJ
estamos trabalhando para que isso se expanda mais e surgindo “Into The Abyss” essa magnífica obra de
mais a final estamos lutando para um reconhecimento abertura para o “...LongTears”.
positivo.
Atualmente como você ver a cena Doom Metal
A capa de quem foi a idéia e a obra? Qual a que um tempo atrásfoi inventada por bandas de
mensagem que querem passar com ela? Gothic Metal causando até a mudança de
Cleyson Mathias:A arte de nossa capa foi a mais bela algumas boas bandas Doom para este estilo?
de todas, tirada do fotografo (Vicente João Pedro, Quais bandas nacionais você indica?
Jaú-SP) magnífica! Abre como tema de nosso Fabio Farias: Bem, primeiramente vou deixar
trabalho, demonstrando todo sentimento expresso. explícito que a única banda de Gothic Metal que
Sentindo na pele que poderia ser a autora de toda tenho em meu acervo e nem é totalmente Gothic é o"
inspiração de arte para o tema e composição por onde Moonspell" não sou muito chegado ao estilo,
começamos.Simplesmente, foi ai que pude descrever voltando ao assunto eu vejo da seguinte forma quem
toda melancolia expressa na imagem. quis seguir com a verdadeira linha Doom Metal
seguiu, quem não quis procurou incrementar o seu
Na intro “IntotheAbyss” tem a participação de estilo com outros artifícios incluindo o do "Gothic".
Poderia citar algumas que marcaram época e pois nosso estilo requer isso para que o nosso som
influência bastante forte como: Monasterium, seja preenchido de acordo.
Castaway, Spina Bifida, Serpent Rise, Scarlet Peace,
ObscurityTears, Eternal Sorrow. E também: Bom sem mais obrigado pela atenção e deixem
Mythological Cold Towers, Helllight, Mortiferik, suas ultimas palavras...
Imago Mortis e muitas outras de diferentes regiões Cleyson Mathias: Ficamos grato pelo enorme apoio e
que estão na ativa com belíssimos trabalhos nos espaço que tem nos dado, sentindo-me mas que
maiores Festivais de Doom Metal do País. horando por participarmos dessa ótima entrevista
com todas as dúvidas sobre nosso trabalho e
Quais são os próximos passo a ser dado pela desenvolvendo essa forte aliança ao estilo.
Destinyold die? Obrigado mas uma vez Adauto Dantas e Agonizando
Fabio Farias: Estamos trabalhando duro em estúdio na Solidão Zine por estar nos apoiando nessa luta e
compondo e criando pra num futuro próximo fortalecendo a cena Doomzeira.
gravarmos nosso Full – Lenghtserá um desafio à mas Fabio Farias: Agradeço o apoio por este tipo de
para D.O.D está se superando a cada dia, vamos de incentivo as bandas é extremamente necessário para
total acordo entre os membros recrutar outro que o seu trabalho seja divulgado e para que novos
componente pois queremos fechar com duas guitarras horizontes sejam contemplados, muito obrigado a
Odicelaf Zine... DOOM RULES!!!

Contatos:
website: http://destinyolddie.wix.com/destinyolddie
dod.band@live.com
www.myspace.com/destinyolddie
www.destinyolddie.bandcamp.com
www.soundcloud.com/destiny-old-die
fanpage: www.facebook.com/destinyolddieband
www.facebook.com/dodband
Do sul do pais surgiram muitas bandas respeitadas de Doom Metal e também do Gothic Metal e não
fugindo da tradição o In Absenthia vem fazendo uma excelente Doom Gothic Metal. É so ouvir a
primeira obra deles “AmongsttheLovers”. Confiram a entrevista com o Bruno...

Saudações amigo Bruno e todos da In Absenthia! que, em parte, ocorre pelo desapego com normas e
Um prazer ter vocês em meu humilde zine. E pra restrições fonográficas. Portanto, fazer esse tipo de
começar o papo, gostaria que explicasse o porquê som não é uma escolha, mas algo que surgiu
da escolha de fazer Doom Metal, sendo que naturalmente.
atualmente este não é um estilo que esteja em alta?
Não há outra explicação a não ser o completo amor Recebi há um tempo atrás o primeiro trabalho de
pelo estilo. O metal em si já é por natureza, um estilo vocês de nome “AmongsttheLovers” que apesar
alternativo, e o doom metal pode se dizer, é o lado de ter toda uma produção nas cores preto e
alternativo do próprio metal (entre outros). Quem está branco, traz um belo trabalho de arte gráfica, com
no underground, creio que responderia da mesma letras e tudo. Como foi feita esta produção e
forma que respondo, ou seja, se você toca qualquer porque da escolha pelo preto e branco?
vertente do metal, já está inserido num contexto de Já para citar de antemão, o responsável por toda a
dificuldades. A única diferença é que no doom metal nossa parte gráfica é o nosso baixista William Farias,
o grau é um pouco maior, pois o público é mais que merece bastante crédito. Em minha opinião, uma
restrito, além de ser um estilo com um núcleo de capa que transmita a intenção da sonoridade é, no
bandas, com exceções é claro, localizado em regiões mínimo, 30% do trabalho em grau de importância.
frias, como o norte da Europa, Rússia e afins, Acredito que sonoridades sempre remetem à
tornando o “sucesso” um tanto limitado por aqui momentos e situações, por isso a importância de
(apesar da internet estar aí para nos auxiliar). Acho aprofundar a força do som com um trabalho gráfico
que o doom metal nunca esteve nem nunca vai estar que interaja com quem está o ouvindo. O preto e
em alta e, a meu ver, isso é bom, pois a essência desse branco, no nosso caso, creio que fez isso muito bem,
estilo são as composições com muito feeling, algo pois nossas letras sempre remetem a temas de solidão,
tristeza, romantismo e idealizações distantes, partes beirando o funeral doom. O único problema
intangíveis; essa visão obscurecida procura ilustrar a seria a longa duração, no entanto, uma edição foi feita
falta de cores que o mundo pode ter para aquele que deixando o vídeo menos cansativo e mais acessível.
se identifica com a temática abordada. A capa foi feita
em cima de fotos reais tiradas em dias nublados, Como foi o trabalho de produção deste primeiro
passando obviamente por um trabalho de edição. clipe oficial e quais as vantagens de se ter um
Particularmente aprecio muito capas com conteúdos material como esse?
reais, me passam inocência e sinceridade. A produção foi essencialmente lowcost, utilizamos
uma garagem para as gravações internas da banda, e
Porque “AmongsttheLovers”? Além da música alguns cenários naturais para as externas, tudo muito
título, nele encontramos as músicas “Pilgrimage” e precariamente. O quesito criatividade teve que ser
“AnEnlightened Garden”. Sobre o que cada uma utilizado ao máximo para que pudéssemos preparar
dessas músicas falam? *(não há uma música título, um material minimamente publicável. Do mesmo
são elas: Pilgrimage, AnEnlightened Garden e modo que falei da capa, creio que apresentar a banda
IntotheGrief). em meio a uma atmosfera intimista reforça a força da
Para não escrever um monólogo entrando nos detalhes sonoridade e, principalmente, a sinceridade da nossa
simbólicos de cada letra, resumidamente diria que causa, que é simplesmente a de atingir o interior
AmongsttheLovers retrata a estória fictícia de alguém daqueles que apreciam o doom metal. Espero
que se encontra sozinho, perdido, entre um mundo de profundamente que esse objetivo tenha sido atingido,
pessoas que se amam, entre pressões externas e já que ultrapassamos os 2.000 views, algo
internas para que ele “entre” na realidade, para que ele surpreendente para o primeiro trabalho de uma banda
faça parte desse fatalismo de valores. Pilgrimage de doom metal brasileira.
conta o processo de peregrinação
rumo a uma terra fria e desolada
que o personagem idealiza e quer
que se torne real, onde a solidão
não mais é um defeito, mas
princípio de poesia, de arte.
IntotheGrief é direta, assim como
o som, apenas expressando o
personagem dilacerando-se em
desespero pelo primeiro contato
com esse novo mundo. Por fim,
Na Enlightened Garden expressa
metaforicamente a consciência
que se liberta, que se “limpa” das
pressões e que passa a aceitar o
mundo que idealizou, numa
inversão de valores.

“Pilgrimage” foi escolhida para o primeiro clipe Pela primeira vez vocês irão tocar fora do Brasil
oficial da In Absenthia. Por quê? no dia 09 de agosto, certo? Como foi que
Creio que principalmente pelo seu riff/tema principal, conseguiram marcar esta data lá no Uruguai, algo
que faz jus ao que se tem de mais clássico do que raramente se vê no caso de uma banda de
doom/gothic metal, isto é, um riff central de guitarra Doom nacional?
com muita melodia e profundidade, somadas a Apenas para constar, o festival foi transferido para o
atmosferas de teclado e pianos que remetem a um final do ano para que houvesse alguns preparativos
clima gótico de paz e romantismo, além de mesclar maiores, como a ideia de gravar um DVD dos shows
diversos elementos, desde levadas mais cadenciadas a que irão ocorrer por lá. Devemos o contato com o
organizador do evento à banda CarnageofDeformed, Com certeza material novo virá. Estamos atualmente
que é uma ótima banda de Death Metal aqui da em fase de produção do nosso novo projeto, que será
região, além de co-irmãos da In Absenthia. Através de dividido em 2EP’s. O nome já foi divulgado, será “A
um show deles que pude conhecer o responsável pela SubtleTeardropPart 1: LonelySinking”, e conterá 3
maior parte dos eventos em Montevidéu, uma pessoa sons inéditos da banda, a saber “A Lament
muito apoiadora da cena metal, além de muito (UnveiledbytheMoonlight),
humilde e carismático. Nesse dia apresentei a banda EverlastingCycleofConsciousness e MyEerieAffair”.
para ele, e logo fomos convidados para tocar por lá, Já disponibilizamos um primeiro update de estúdio
ao lado de outras grandes bandas da região, como a mostrando as gravações de bateria e logo mais vídeos
banda K.A.M.E e os bangers de longa data da serão divulgados, bem como a capa oficial desse novo
Postmortem. Esperamos um grande show e uma projeto. Além disso, um novo clipe também será
grande repercussão do nosso trabalho em terras gravado, provavelmente sendo divulgado na internet
uruguaias. antes do lançamento oficial do EP, fiquem ligados na
nossa page para maiores informações.
O show é o lançamento de uma split/coletânea na
qual vocês e as outras bandas daqui do Brasil estão Sem mais, obrigado, e deixe suas palavras finais.
participando, correto? Fale um pouco sobre essa Queria agradecer pelo espaço cedido, espero que a
obra e se vai ter distribuição desta aqui no Brasil. união e a força que vem cada vez mais se
De fato a ideia é inicialmente a de lançar uma concretizando em prol do doom metal siga em frente,
coletânea com as bandas participantes, além do DVD apoiando e incentivando as bandas brasileiras do
oficial do evento (como disse acima). Ainda não estilo. Pra quem se interessar, acessem nossos links
sabemos muitos detalhes sobre isso, já que o evento para saber mais informações da In Absenthia. Abraços
foi adiado para melhores preparações, mas com e obrigado pelo convite. StayDoomed!
certeza terão cópias físicas e serão distribuídas aqui Facebook: https://www.facebook.com/pages/In-
no Brasil, mesmo que apenas pelas bandas Absenthia/1402644659962684?ref_type=bookmark
envolvidas. Soundcloud: https://soundcloud.com/inabsenthia
Youtube:
Quais são os planos futuros da In Absenthia? https://www.youtube.com/channel/UC71bKgIfGP0
Material novo vem por ai? TErxrUdgtXgA

LETRAS TRADUZIDAS DA OBITUS VITAE


Cheira a morte (Olfacit Morte, escuridão Preciso de força
Mortis) Nevoeiro, angustia Peço ajuda as deuses
Tédio, sussurros Eu posso ver o céu
Noite, solidão _________________________
Morte, escuridão Reina o caos
Nevoeiro, angustia Alma escura (Anima Eu não sei
Tédio, sussurros tenebrosa) Se você acredita no diabo...
Almas tenebrosas
A solidão não tem limites Eu não tenho medo _________________________
A escuridão me envolve A liberdade é bonita
Os labos estão uivando Eu venci A morte me segue (Mors
Até o vento é mortal Não tenho arrependimento insidit me)

Cheira a morte Eu sempre ressurjo A escuridão me chama, e eu a


O nevoeiro me acolhe Eu tenho o enemigo sigo
Gritos quebram o silêncio Nas minhas palavras Avanço pelo caminho escuro
O fim se aproxima Há inteligência Eu não vou voltar
A morte me segue
Noite, solidão Marte é meu amigo
Wolfshade é uma banda de Doom Metal traz em suas letras temas pagão e outros e possui em sua
existência duas obras sendo elas: “The Curse of Ishtar” e “The Epitaph of a Pagan Paradise”. Esta
ultima uma obra mais completa.A banda já planeja uma terceira obra e no momento trabalha na
divulgação de “The Epitaph of a Pagan Paradise”. Segui a entrevista...

Salve, meu caro amigo Alexander! Bom, aqui estou da última década foram formadas por ex-integrantes do
para entrevista-lo sobre a grande Wolfshade, que Moonrise Orphan. Então hoje me sinto muito honrado
acabou de lançar seu novo trabalho, chamado “The em tocar com esses caras novamente, temos toda uma
Epitaph of a Pagan Paradise”. Como foram os dias história juntos, quase uma década e meia se passou e
de gravação e produção desta obra que levou um ainda estamos tocando a música que apreciamos,
bom tempo pra se materializar? ajudando a manter o metal em chamas por aqui. Isso é
realmente insano. Ensaiamos muito com essa formação
Alexander: Saudações Adauto! Uma honra trocar para gravar “The Epitaph…”, suspendemos
palavras contigo, meu irmão. Realmente demoramos apresentações ao vivo, que sempre acabavam tirando o
mais do que o previsto para o lançamento desse novo foco, e nos dedicamos na composição e ensaio das
material, visto que as gravações, masterização e músicas que hoje formam o álbum. Experimentamos
mixagem de “The Epitaph of a Pagan Paradise” foram muito em termos de arranjos, era uma época que
finalizadas em meados de 2010. Diferente de nosso estávamos mais abertos aos experimentos dentro do
primeiro registro, o EP “The Curse of Ishtar”, que foi universo musical que nos agrada, que vai desde o heavy
praticamente produzido em casa, esse nosso primeiro metal mais tradicional à coisas mais épicas e sinfônicas
álbum foi gravado em um dos melhores estúdios do combinadas com o metal extremo que aprendemos a
Espírito Santo na época, o que resultou numa ótima fazer durante todos esses anos. Experimental no
qualidade em termos de gravação, e optamos por não Wolfshade é sempre algo muito restrito, já que
regravar nenhuma música registrada anteriormente. Amazarack é um autêntico baterista de metal extremo,
“The Epitaph…” é um álbum bastante complexo, ele consegue dar outro sentido numa levada de violão ou
variado e cheio de atmosferas e climas distintos, de certa piano por exemplo, deixando tudo muito mais intenso, o
forma nos desafiou musicalmente, e o resultado é uma que é ótimo! Pois no geral somos headbangers por
obra bastante peculiar, que vai de atmosferas acústicas essência. Os vocais limpos foram desafiadores também.
ao death/black metal num piscar de olhos, e noutro Nos ensaios pareciam lindos, já na hora de gravar era
piscar já estamos no mais puro metal tradicional já outra coisa. Tivemos que nos reunir com Marcos
partindo para o doom metal. A banda foi reformulada Stefani, que é solista de ópera e também participa em
com a entrada de Amazarack (bateria, Catacumba), um dos principais corais sinfônicos aqui do Epírito
Eduardo Tob (baixo e vocal, Evictus) e Feliphe Viana Santo. Eu tocava um violão cretinamente enquanto
(teclado, Epiphany), que hoje não faz mais parte da Dudu e Tob, nossos dois vocalistas, passavam os vocais
banda. Eu, Tob e Amazarack tocamos juntos de 2000 a limpos recebendo orientações de postura vocal,
2004 numa banda chamada Moonrise Orphan, que entonação, respiração e interpretação do Marcos. Foi um
contava também com Count Único Del'Inferni ótimo aprendizado. E agora que me recordei disso seria
(Catacumba), e foi uma banda bastante influente por uma ótima ideia convidar o Marcos para uma
aqui, algumas das principais bandas do metal capixaba participação em alguma música do próximo álbum, já
que o cara canta de uma forma a dar arrepio nas feito uma uma sinfonia completa com aquilo, como
vértebras lombares da coluna vertebral (risos). Imagina tocamos metal há muitos anos juntos, achei que seria um
algo na linha dos vocais limpos do “The World Is So bom desafio ousar musicalmente, trilhando por
Good…” do Mystifier. Seria insano, pois nunca mais caminhos inexplorados, numa combinação de elementos
ouvi nada nos moldes desse disco do Mystifier. No geral de vários estilos do metal que apreciamos e indo um
as gravações foram relativamente tranqüilas. “The pouco além também, incorporando elementos musicais e
Epitaph of a Pagan Paradise” acabou culminando em um atmosferas acústicas, que unidas às diversidades
álbum difícil de ser rotulado, e acredito que isso tenha temáticas que abordamos, formariam algo muito
sido um dos fatores que impossibilitou que as parcerias peculiar. Na minha opinião é um album bastante
para o lançamento tenham se firmado mais rapidamente, diferente do que tem sido feito no metal obscuro
visto que no Brasil há um conservadorismo maior no brasileiro.
que se refere aos subgenêros do metal, ao menos na
minha percepção. Mas no final conseguimos lançá-lo, A primeira faixa “The Epitaph of a Pagan Paradise” (O
garantindo uma boa distribuição através dos selos e Epitáfio de um Paraíso Pagão), que também é o título do
distros de nossos amigos e parceiros de longa data. álbum, fala de imposição cultural através da chegada do
Agora estamos na batalha para conseguir relançá-lo em europeu nas Américas, quebrando e aniquilando um
outros formatos e também em outros países. equilíbrio natural através dos canhões do cristianismo e
sua moral predatória. É uma música épica de várias
“The Epitaph of a Pagan Paradise” é composto por camadas, iniciando em um arranjo sinfônico bem bonito
seis musicas. Como foram os momentos de que é cortado por uma virada de bateria alucinada e
composição e sobre o guitarras bem sujas,
que cada uma delas seguidas de um vocal
falam? gutural cavernoso. É
Alexander: A maioria quase uma pegadinha
das letras é composta aos não iniciados, que
pelo vocalista acham o início bem
Eduardo Lehubach, bonito, mas que logo é
mas sempre surpreendido pelo
conversamos muito ataque sonoro. O
sobre temáticas a início é o belo que se
serem exploradas, e transforma em fúria,
curtimos muitas um conceito que se
coisas em comum manifesta
nesse sentido, o que musicalmente em
torna tudo mais outras partes da
tranquilo e música. Somam-se
harmônico. Eduardo é bem aos conteúdos da
um ótimo letrista e letra.
tem cantado com sangue nos olhos e detonado cada vez
mais nas apresentações ao vivo. No que diz respeito ao “A Thunder That Echoes in Eternity” (Um Trovão Que
instrumental, nesse álbum eu tive uma participação um Ecoa Pela Eternidade) é a única que eu também assino a
pouco maior, liderando toda a parte criativa, mas letra. Na época um de meus trajetos diários
contando sempre com apoio e participação de Erivaldo compreendiam o entorno do complexo portuário de
Frechiani (guitarra) e Feliphe Viana (teclado). O Feliphe Vitória, que é pequeno mas bem bonito. As vezes o
ajudou muito nos arranjos de teclados e teve grande transito simplesmente parava por ali. Muitos navios
participação na música “The Ineffable Fire” e Erivaldo graneleiros (grãos) compunham a paisagem. Essa
sempre foi minha dupla de guitarra, além de um grande música fala de uma entidade indígena ancestral
amigo e irmão, o maldito sempre teve o talento e a personificada num estivador de porto que todos os dias
manha de exteriorizar riffs matadores que muitas vezes tem que alimentar navios com os frutos do que um dia
serviram de ponto de partida para várias músicas. O Tob foi seu, uno a si. Um conto fantástico no estilo Neil
simplesmente fez com que o baixo tivesse outro sentido Gaiman (Sandman, Deuses Americanos) e que tenta
no som do Wolfshade. Todas as linhas de baixo são de transmitir um sentimento complexo que envolve dor,
sua autoria. No final das contas cada um coloca sua humilhação, embriaguês, paciência e vingança. Imagine
própria identidade atravśe da forma de tocar.. Na época um deus indigêna esquecido que opera máquinas que
da composição desse álbum a música era a principal enchem navios de grãos, bebe cachaça toda noite e
forma de me manter são diante do materialismo caótico aguarda, pois sabe que um dia as contas serão acertadas
aglomerado em camadas de moralismos que formam a na selvageria hermética do primitivo. A única música do
entidade que chamamos de sociedade. Então Erivaldo álbum que tem o refrão em português (O trovão ecoa
aparecia com uma ideia de riff e dias depois eu já havia
Tupã/A escuridão delimita meus domínios/O trovão cantava, numa essência bem pagã. O antigo vocalista
ecoa Tupã/Os olhos refletem meu poder). (passado) retorna e faz essa letra, para essa música, cuja
última estrofe diz: “Antigas conecções que transcendem
“Black Mirror of an Inner Ocean” (Espelho Negro de a origem e o fim de toda a eternidade engendram o
um Oceano Interior) trata-se de uma jornada interior em processo atemporal de recriação da Obra Inacabada”.
busca da imortalidade. Um épico de quase 12 minutos, a Gosto disso.
maior música do álbum. Aqui o oceano é a metáfora
para uma jornada de autoconhecimento a partir da “The Ineffable Fire” (O Fogo Inefável) trata-se de um
contemplação daquilo que nos cerca. O oceano e além, o culto pagão aos elementais na busca por sabedoria.
desconhecido. Os mistérios. O ciclo existencial. A “Inefável” é tudo aquilo que não se pode expressar
eterna jornada da ascenção interior. Ancestral e verbalmente, enquanto o “fogo” é o símbolo universal
contenporânea ao mesmo tempo. A introdução era em do conhecimento. Uma música longa, quase 10 minutos,
violão, mas Erivaldo refez os arranjos dias antes de com inúmeras variações e climas. Encerra o álbum com
enviar o material para ser prensado, e só conseguimos uma avalanche de riffs distintos e um final épico.
gravar toscamente em casa na guitarra. Ficou tão mais
foda que incluímos assim mesmo. A idéia do final era Vocês se sentem satisfeitos com essa segunda obra?
um arranjo Alexander:
quase jazz, fiz Musicalmente sim.
as bases de São músicas que
violão, nos orgulhamos
expliquei as muito de termos
ideias e enviei feito, que curtimos
para o Denis tocar até hoje.
Coelho (Broken Consigo me ver
& Burnt), que ouvindo esse álbum
na época tocava daqui a 10 anos
teclado com brilho nos
conosco, ele olhos, e sei que
devolveu com para os outros caras
aqueles arranjos é a mesma coisa,
peculiares de então no final das
piano. A banda contas é isso que
estranhou muito importa. Mas
no início, mas tivemos alguns
cada um problemas que nos
colocou sua pegada e o resultado final é o que se ouve decepcionaram um pouco no meio da trajetória, como a
na música. Eu particularmente gosto muito. Acho uma tremenda demora para conseguir lançá-lo, problemas
música muito original. com arte de capa e encarte, e também pelo fato de ao
final o resultado da obra materializada não ter saído
“The First Dawn of a Venus” (O Primeiro Amanhecer como havíamos planejado. Não foi culpa de nenhum dos
de Vênus) fala do renascimento de Quetzalcóatl, selos ou parceiros envolvidos. Mas prefiro refletir e
divindade das culturas mesoamericanas, cujo coração foi melhorar a ficar chorando ou reclamando. Só aprende
forjado pelo fogo, acesndendo à Vênus, estrela da quem faz acontecer, então seguimos adiante. O próximo
manhã e da noite. Uma jornada telúrica (relativa à terra) será muito melhor. E ainda pretendo relançar “The
de morte e renascimento. Essa faixa é da época do EP Epitaph of a Pagan Paradise” de alguma forma e num
“The Curse of Ishtar”, portanto a música mais antiga do formato especial, pois realmente acredito que ele
álbum. Tem uma narração em vocal gutural que acho merece, muito empenho, sentimento e dedicação foi
bem interessante. empregado nessa obra.

“Reminiscences of Tomorrow” (Reminescências do Sei que esta obra esta sendo distribuída por vários
Amanhã) trata do ciclo eterno de tudo que existe, do parceiros. Como que ta essa parte de distribuição e a
futuro previsto nas entranhas do passado. A parte divulgação desta obra?
instrumental foi composta na época em que King Wyrd Alexander: Sim. Está sendo distribuída por amigos de
Albiorix (In Nomine Belialis) assumiu os vocais do longa data. O lançamento foi captaneado pela The Hole
Wolfshade por um curto período, pois Eduardo havia Productions (ES) do Renzo Onofre (I Shit on Your Face)
deixado a banda por questões pessoais. King Wyrd que é um banger maníaco fanático por sons extremos,
mudou-se para Belo Horizonte e Eduardo voltou para o nos conhecemos desde a época de Moonrise Orphan. Em
vocal logo depois. Digo isso pois compus o refrão princípio era pra sair unicamente pelo selo Supreme Art
pesando no estilo único e característico que King Wyrd (MG), do grande aliado Rogério Sugaki, mas por
questões financeiras acabou não rolando, mas ainda A primeira obra foi a "The Curse of Ishtar" (2008).
assim o Rogério entrou na parceria conosco, garantindo Quais frutos colheram desta obra e como foi a
uma cota na distribuição. A Mercenary Distro (ES) do aceitação desta?
Eduardo Vitti e Darlan também entrou para o Alexander: Foi nosso primeiro trabalho. O nascimento.
lançamento a convite do Renzo. O Darlan da Mercenary Daquela formação mantiveram-se apenas eu, Erivaldo
também é um amigo de longa data e um grande (guitarra) e Eduardo Lehubach (vocal). A aceitação de
apreciador de nosso trabalho. Eu convidei meu grande “A Maldição de Ishstar” foi ótima e todas as resenhas e
amigo e irmão Gordoroth (Catacumba) a participar desse critícas foram positivas. É um trabalho bastante
lançamento através de sua distro Tecido Adiposo. O energético, e até hoje tocamos todas aquelas músicas ao
Gordo é outro maníaco por metal em geral, e metal vivo. Os fãs realmente curtem. Daquele trabalho em
produzido na Serra em particular. Eu também faço a diante seguimos em nossa trilha de autoconhecimento
distribuição do material, ajudando a garantir que ele em busca do aprimoramento de nossa arte. A partir
chegue nas mãos dos apreciadores do metal obscuro desse trabalho iniciamos nossa história no cenário do
brasileiro. Dessa forma tentamos uma ampla distribuição metal obscuro do Espírito Santo e Brasil. Tocamos
através dos contatos de todos os envolvidos, que são muito ao vivo naquela época. Foi insano. E continua
formados por verdadeiros apreciadores. Para suporte sendo.
contamos com o apoio de sempre do Metal Devastation
Web Zine do grande amigo Igor D’ávila (Delicta Carnis) Se não me engano tu me falou que já tem material
e do programa Território do Rock 104,7 FM dos irmãos, pronto para uma terceira obra, certo? O que vem
também de longa data, KK Faé e Andre Daher. Então por ai?
esse lançamento teve o apoio e participação desses Alexander: Verdade. Já temos o próximo álbum todo
camaradas que sempre nos apoiaram nesses quase 10 composto. Se chamará “Os Contos da Quimera”, e terá
anos de banda. 10 músicas. O direcionamento das letras está mais
subjetivo. Mudamos um pouco a direção nesse sentido,
A arte gráfica deu muito trabalho pra ser elaborada? os mitos e as jornadas pagãs agora darão lugar a
De quem é a arte de capa e qual seu significado? questões mais contemporâneas, a relação do homem
Alexander: A arte foi elaborada por Daniel Santos, que é com aquilo que o cerca hoje tem novos contornos,
artista plástico e design, é de autoria dele também o
nosso logotipo. Ele também criado o logo do
Catacumba, então temos essa ligação. Ficamos em casa.
A capa deu muito trabalho, o Daniel assumiu essa tarefa
na última hora. Antes disso haviámos tentado outras
duas concepções com artistas diferentes, que acabou não
rolando por motivos muito particulares. Daniel nos
salvou em cima da hora. A arte é uma representação
abstrata e obscura de uma ilha em seu instante eterno de
morte.

Como está a aceitação e a crítica do público para


com esta obra?
Alexander: O material está sendo espalhado mundo
afora e a repercussão está sendo ótima. E somos muito
gratos pela força de nossos aliados em espalhar o nome
da Wolfshade entre os apreciadores da arte obscura. É principalmente com o advento das tecnologias da
um trabalho que quem curte, gosta de verdade. Volta e informação. As quimeras da contemporaneidade. Vamos
meia alguém entra em contato comigo dizendo ter explorar algumas coisas nesse sentido. Musicalmente
escutado o disco repetidas vezes sem parar, o que me está sendo nosso trabalho mais insano e brutal. Erivaldo
deixa muito orgulhoso. Nos apresentamos ao vivo em Frechiani assumiu a direção musical nesse novo álbum.
poucas ocasiões, e em todas elas o público tem Eu tive participação em apenas algumas músicas. Acho
comparecido em peso, lotando nossos shows. A arte que o fato de “The Epitaph of a Pagan Paradise” ter
obscura sobrevive também de reconhecimento. Logo, é demorado tanto a sair, somando-se a uma fase delicada
bem satisfatório chegar nesse nível, em que não de nossas vidas pessoais, colaborou para músicas mais
precisamos provar nada para ninguém, nos apresentamos diretas e agressivas, uma verdadeira expurgação de ódio
ao vivo quando estamos afim, e preenchemos nossas e agressividade, mas mantendo as melodias marcantes
existências fazendo e executando música subversiva, de que sempre caracterizaram nossos trabalhos. Todos os
forma independente e autônoma. Guiados por nossa membros da banda investiram em equipamentos, e hoje
própria vontade. estamos tocando melhor do que nunca. E sinceramente,
eu realmente amo tocar as músicas do Erivaldo, elas
possuem muito poder. Esse novo álbum mostrará o quão
bom compositor esse cara é. As levadas de bateria estão Aqueronte (BA), As Dramatic Homage (RJ), Asaradel
alucinantes e intensas, Amazarack está fazendo um (MG). Realmente temos ótimas bandas. No mais,
excelente trabalho. O cara é baterista do Catacumba, não acredito que essas bandas não sejam tão novas assim,
preciso dizer mais nada. Feliphe Viana (teclados) deixou logo, não sei bem o que tem rolado na nova safra. Sou
a banda antes de lançarmos o “The Epitaph…”, no seu um aficionado por música em geral, heavy metal e metal
lugar entrou o Leonardo Zamprogno, que é um amigo extremo em particular, e nesse sentido, o Brasil está bem
desde a época de adolescência. Feliphe é um tecladista servido. Bandas cada vez melhores e produções cada vez
muito talentoso e estudado, o Léo é mais contido, os mais lapidadas e profissionais. O metal em geral só
teclados estão mais sutis nessas novas músicas, e as tende a crescer por aqui. E é ótimo viver num tempo em
guitarras estão predominando em avalanches de riffs e que certas liberdades individuais e de expressão são
solos cortantes. Nosso objetivo é iniciar as gravaçẽos manifestações autênticas garantidas por direito. A
desse trabalho ainda esse ano. Estamos realmente subversão reina.
empolgados com essas novas músicas, e estamos mais
produtivos do que nunca. Obrigado meu amigo e deixo o espaço para suas
ultimas declarações…
O Doom Metal parece que ta voltando a ser como no Alexander: Eu quem agradeço em nome do Wolfshade
principio, o que vc acha disso e da atual cena Doom o espaço cedido e o apoio que sempre nos deu nesses
Metal nacional? Quais bandas tem curtido da nova anos todos. Nem preciso dizer que sou fã de seu
safra? trabalho e que acompanho, ano após ano, os progressos,
Alexander: Wolfshade é meio deslocado nesse sentido. tanto do Odicelaf Zine (que por sinal é “falecido” ao
Não nos consideramos uma banda de doom metal, contráio, ótima sacada, seu cretino, risos) como suas
mesmo que apreciamos muitas bandas desse estilo. empreitadas na organização de eventos em sua região e
Tentamos ser mais livres nesse sentido. Mas com certeza seus esforços em promover o metal extremo nacional. É
sou um apreciador do doom metal. O doom sempre foi admirável. Fico feliz e satisfeito em manter uma relação
um estilo muito restrito e obscuro no geral, no entanto o com um cara que nunca desistiu e jamais desistirá de
Brasil sempre revelou pérolas do gênero. Gosto muito de seus objetivos e anseios. Essa é a essência da vontade
Mythological Cold Towers (SP), incrível como essa individual. Aos leitores e aficionados pelo metal
banda não tem uma música que eu não curta. Acho tudo brasileiro e que ainda não conhecem o trabalho do
deles foda. Aprecio muito o Pentáculo Mísitco (CE), que Wolfshade, confira nossa página no facebook, lá
faz um som realmente matador nos moldes do doom encontrará links para ouvir as músicas e maiores
metal ocultista ,com belos arranjos de teclado e piano. informações. Aos maníacos que espalham o metal,
Sou fã da Evictus aqui do ES, que faz um doom sem estou aberto a trocas de material de bandas do cenário
comparação com nada que tem rolado por ai, eles estão extremo nacional, basta entrar em contato via facebook
prestes a gravar um novo álbum, e eu estou realmente (Alexander S. Buck), ficarei feliz em trocarmos ideias e
ansioso para conferir. A Mortiferik (RJ) do amigo sons. Meu amigo Adauto, espero que um dia possamos
Anderson Morphis também tem revelado ótimos celebrar o metal e bebermos umas cervejas
trabalhos numa levada mais funeral doom, que acho pessoalmente. E quando vier ao Espírito Santo as portas
sensacional. Destacaria também o Labore Lunae (MS), de minha casa estarão abertas para recebê-lo. Desejo-lhe
que tem uma demo gravada ao vivo que possui uma vitórias em todas as suas batalhas. Mantenhamos viva a
energia realmente matadora. No doom metal brasileiro chama do obscuro metal nacional, pois esse fogo é
não poderia deixar de citar Scarlet Peace (SE), inefável.
RESENHAS

MICTIAN – Lost in my sick mind


Essa é uma das raríssimas bandas de Doom Metal do estado baiano.
Surgida em 2003 em Vitoria da Conquista no Sul do estado, a banda
lançou em 2005 a demo “Hallucination”, com uma intro e mais as
musicas “River of pain”, “Cosmic Curse” e “Hallucination”, onde
percebe-se um Doom Metal com passagens bem Death Metal, naquela
linha antiga de nomes como Paradise Lost, My Dying Bride, Anathema e
ate mesmo nomes como Incantation, podem ser usado como referencia
para descrever a sonoridade desta puta banda! Em 2010 foi lançada essa
“Lost in my sick mind”, que alem de contar com a “Hallucination” como
bônus, traz mais quatro excelentes musicas, que trazem ainda mais peso,
cadencia e melancolia, com fudidos riffs, cozinha esmagadoras e
agonizantes vocais guturais e limpos, que em alguns momentos me
lembraram o Novembers Doom. “Lost Soul”, “Nothing But The
Horizon”, “I Don’t Know Who I Am” e a “Melancholic Fate”; são as
faixas dessa nova obra, gravadas pela seguinte formação: Rafael Machado (vocais), Daniel Porto e Isaac Portyo
(guitarras), Joilson Porto (bateria) e Elton Dias (baixo). A produção gráfica é simples, mais traz as letras, foto e
informações importantes. Se Doom Metal é mesmo o que você curte não pode deixar de conhecer o deus asteca
da morte! Que não demorem mais cinco anos para lançar uma nova obra!
Contatos: mictiancontact@gmail.com – www.myspace.com/mictianbr

PETITE MORT – Petite Mort


A primeira coisa que chama atenção nessa obra é a arte gráfica e
capinha desta primeira obra que alem de ter uma bela foto na capa traz
todas as letras e informações e foto muito bem organizadas. Formada
em 2005 na cidade de Cariacica/ES, a banda nesse trabalho contou
com João Andrade (V), Ronaldo bourguignon (b), Matheus Franco
(l/g), Georges Delanos (g), Kevin caron (k) e Wagner Garcia (d); A
banda lançou de forma independente este primeiro trabalho que com
um pouco mais de musicas já poderia ser um debut álbum pela
qualidade gráfica e de gravação que ficaram muito boas. Sua musica é
um Doom Metal com pegadas agressivas que nos leva a algo mais
Black Death Metal e carregada de melodias fúnebres e melancólicas
com vocais que passeiam no gutural, rasgado mais agressivo ao mais
limpo e tudo sempre acompanhados por melodias de teclados que
deixam a musica ainda mais sombria. São um total de sete faixas sendo
elas: Intro (que da inicio a tudo com aquele clima de suspense... chuvas, ventos, tempestades...), “From sweet to
bitter”, “Anthropogod”, “The rising of your oun hell”, “They will never die”, “Evil desire” (que conta com a
linda voz de Bruna Sperandio) e “My second death”. Eu gostei muito dessa obra e espero que logo seja lançado
uma nova obra fúnebre!
Contatos: pequenamorte@gmail.com – www.facebook.com/petitemortbanda

IN ABSENTHIA – Amongst the Lovers


In Absenthia é uma banda gaucha de Doom Gothic Metal, formada por
Bruno Braga (v/g), Gelisson Amaral (k), Rick Soares (d/V) e William
Farias (b). “Amongst the Lovers” é o primeiro trabalho deles e o
mesmo vem em um belo encarte envelope todo em preto e branco (com
exceção de alguns pequeninos detalhes) e de quebra traz um encarte
extra dentro com as letras e foto da banda. Toda a parte gráfica ta
perfeita e o CD silcado com as três musicas vai agradar aos adeptos do
Doom Gothic Metal. A primeira musica que também ganhou um clipe
é a excelente “Pilgrimage”, que tem quase oito minutos de musica
soturna e cadenciada, vocais limpos falados/sussurados... Solos e riffs
fúnebres. Sem duvida a melhor faixa dessa obra. Em seguida tem “Into
the grief” em uma pesagens mais Gothic Metal que não me agradou, mais felizmente é rápida e logo tem “An
enlightened garden”, na pegado do Doomzão foda!!! Perfeito para um clima chuvoso como o de hoje. Bom sem
duvida é uma banda promissora no estilo e espero que continuem a fazer musicas mais Doom como a primeira
e ultima! E é o que espero que venha na segunda obra que esta por vim...
Contatos: www.facebook.com/pages/In-Absenthia/1402644659962684

DEAD REWARD – Crossing Over


Primeira vez que vi a arte de capa dessa banda pensei tratar-se de uma
banda de Death Splatter pela arte da capa que traz uma mão de uma
pessoa já sem vida e ate mesmo a logo deles nos lavar a imaginar trata-
se de uma banda de Death Metal. Recebi o Ep “Crossing Over” e a
primeira faixa, que também da nome ao EP, tem quase doze minutos e
me lembrou a época boa do Anathema. Musica cadenciada e carregada
de um clima melancólico sem ser chato, apesar de ser uma musica
longa, mais cheia de climas, vocais limpos e guturais bem encaixados. A
segunda “Choices” vem com toneladas brutais de riffs, guturais e
cozinha pegando pesado, mais sem deixar de lado as passagens
arrastadas fudidas com clima funerário e vocais mais limpos! Inclusive
com a participação da Carol Calliari. São oito minutos de um
desgraçado funeral Doom Metal pra te levar aos desespero! Excelente!
Espero que logo venha mais trabalhos desse quarteto paranaense.
Formação: Saulo Marlier (B/V), Alysson Farinazo (d), Rogerio Marlier (g/v).
Contatos: https://www.facebook.com/deadreward

DESTINY OLD DIE - ...Long Tears


Bom ver que aqui no Nordeste também tem surgido boas bandas de Doom
Metal como Mictrician aqui na Bahia e agora recebi esta obra dos
pernambucanos do Destiny Old die, formada em 2008 so em 2013
lançaram esta obra com a formação: Milton ferreira (D)Jhon Francis (G),
Fabio farias (V), Cleyson Mathias (B) e Ricardo A.Silva (K). Encarte
simples com informações e foto e em termos de musica são seis faixas a
começar por “Into the abyss” (introdução com sons de tempestade seguido
de arranjos de teclados e uma narração bem ao estilo filme de terror). Em
seguida tem “Sufferin in silence” trazendo um Doom Metal com vocais
guturais e alguns rasgado e ainda arranjos de teclados, que lembrou me
algo do Black Metal Sinfonico. “Sour Sarcasm” vem com uma pegada
mais rápida nos riffs e teclados, mais mantendo o ar de dor e melancolia,
que predomina em “Arduous Equilibrium”. Muito foda os arranjos de
teclados! “I silent innocent (of the death)” de inicio pensei que ia vim com climas mais Gothic, mais felizmente
predomina os riffs pesados, belos arranjos de teclados e é claro os vocais guturais e rasgados cheio de agonia...
“...Long Tears” são mais de três minutos de fúnebres arranjos de teclados para finalizar esta obra que merece
sua atenção...
Contatos:dodoband@live.com – WWW.facebook.com/destinyolddieband

DIRTY GRAVE - Dirty Grave EP


A Dirty Grave surgiu em 2013, em Orlândia/SP e a idéia da banda é
executar um Doom Metal Tradicional, com aquela pegada de bandas
como: Cathedral, Pentagram, Saint Vitus e claro Black Sabbath. Nesse EP
gravado de forma caseira, mais que não decepciona na qualidade, estão contidas
as musicas: “God's Intervention”, “Bless The Dead”, “Unholy Son” e “Lost In
Tomorrow”. Gravadas por Mark Rainbow (baixo e vocais), Victor Bergy
(guitarras) e Arthur Assis (bateria), são musicas de qualidade inegável e bem
elaboradas, com aquele clima melancólico das bandas dos anos 70/80. Cara vai
atrás porque vale a pena ouvir e conhecer!
Contatos: https://www.facebook.com/officialdirtygrave
CONTEMPTY - Gaping Deception In Guiltless Eyes
Apenas obscuridão, melancholia e clima funerário compõem esta
maravilhosa obra dos mineiros da Contempty, que apesar da capa e
trabalho gráfico simples em um encarte estilo digipack, as três musicas
que o compoem são maravilhosas! A primeira é “Gaping Deception In
Guiltless Eyes”, que de cara já apresenta o excelente Doom Metal com
pegadas do Death Metal como no inicio dos anos noventa. Riffs
arrastados, vocais cavernosos, cheios de agonia e outros mais limpos
com muita melancolia. .
“The Harpist” segui com passagens mais rápidas e outras cadencidonas...
“Lifeless” e a ultima e sem duvida uma das musicas mais fodas do
Doom Metal, que ouvi nos últimos meses. Musica carregada de
negatividade, sofrimento e agonia. De te deixar desanimado tamanha a
agonia passada pelos vocais rasgados, teclados sombrio, riffs arrastados
e cozinha pesadona... Infelizmente são apenas três musicas que te deixam com gosto de quero mais. Espero que
logo saia algo mais completo ou uma nova demo dessa excelente banda que promete! Formação: Anderson
(Teclado/ Vocal), Joe (Bateria) Cleyton (Baixo), Tony Reis (Guitarra) e Gil (Vocais).

HELLLIGHT – No God Above, No Devil Below – Solitude Prod.


Eis aqui o novo álbum dos mestres do Funeral Doom Metal no Brasil.
Com quatro belíssimos álbuns, uma demo e um EP, os paulistas da
Helllight não é uma banda que faz musica pra qualquer um. O cara tem
que gosta de musicas longas, cadenciadas e acima de tudo carregadas de
muita melancolia. São musicas que na sua maioria ultrapassam os oito
minutos... O Fabio de Paula comanda de forma magistral nos vocais e o
mesmo possui um belo vocal limpo e guturais cavernosos. Alem disso ele
ainda manda muito bem nos riffs esmagadores e nos arranjos de teclados
que acompanham toda a musica com seu toque sombrio e melancólico.
Nas quatro cordas esta o Alexandre Vida, marcando presença com muito
peso. Todas as oito faixas são perfeitos hinos para momentos de
reflexão... “No God Above, No Devil Below”, “Shades Of Black”,
“Unsacred”, “Legacy Of Soul”, “Path Of Sorrow”, “Beneath The Lies”,
“The Ordinary Eyes” e a “Intro” que abre o album. É difícil ter uma apenas como preferida, mais “Shades Of
Black”, pra mim é a mais marcante!
Contatos: https://www.facebook.com/helllightdoom

MYTHOLOGICAL COLD TOWER – Immemorial


Tudo começou em 1994 e de lá pra cá foram lançados uma demo
intitulada de promo em 1995, no ano seguinte o debut “Sphere of
Nebaddon (The Dawn of a Dying Tyffereth)”, (que a muito esperamos ser
relançado); daí foram cinco anos pra sair o “Remoti Meridiani Hymni
(Towards the Magnificent Realm of the Sun)” e mais cinco para lançar
“The Vanished Pantheon” e finalmente mais seis para sair esse
“Immemorial”, lançado em 2011. Todas obras clássicas e de muita
originalidade e criatividade, desta que é tida por muitos como a melhor e
mais original banda de Doom Metal do Brasil. É impossível não ficar
encantado e viajar com as musicas: “The Lost Path to Ma-Noa”,
“Akakor”, “Enter the Halls of Petrous Power”, “The Shrines of Ibez”,
“Like an Ode Forged in Immemorial Eras”, “The Fallen Race” e
“Immemorial”. Os músicos conseguem transmitir todo um clima épico,
triste, doloroso e ainda uma certa raiva em suas canções. Não é atoa que este álbum lhes levaram a fazer uma
turnê européia, onde dividiram o palco com Saturnus, Officium Triste e Ophis. Sem,mais so me resta apreciar
esta grande obra dos mestres e aguarda por mais um clássico que espero não demore tanto a surgir!
Contatos: www.facebook.com/officialmythologicalcoldtowers
DOOMED SERENADES – A Brazilian doom Metal Compilation – Vol. 1
Otima a ideaia de fazer uma compilation com as bandas de Doom Metal
nacional!Iniciativa foda! A primeira banda é a Apocalyptic Chaos com a fudida
“Nemesis”, é um Doom Death Metal de primeira com vocais guturais cavernosos
e os arranjos de teclados trazendo um clima mais sombrio...; Lacryma Sanguine
com “The House”, é bem mais arrastado, numa linha mais Funeral Doom Metal.
Imago Mortis surge com “Bring Out Your Dead”, um puta Doom Heavy Metal
pesado, melancólico e sombrio. As Dramatic Homage participa com “Ominous
Force for Ascension”, eles rotulam sua musica de Avantgarde/Extreme Metal,
realmente eles tem uma pegada agressiva com passagens de vocais limpos...
Tristes Terminus com “Retreat Conscience”, vai no caminho perturbador do
Depressive Suicide Black Metal; Mortarium com “The Awakening of the Spirit”,
boa banda de Doom formada apenas por garotas. The Profvndis Clamati em
“Quietive of all Covert” traz um Funeral Doom Metal melódico, depressivo e
atemosferico. Les Memoreis Fall, vem em uma pegada mais Doom Gothic com
“Deception”, que traz vocais guturais/rasgados masculinos e os belos vocais femininos dando um ar romântico...
Hellilight com a faixa “The Light that Brought Darkness”, uma amostra do seu fudido Funeral Doom Metal; Pra fechar In
The Shadows com De Profundis (The Chorus of the Damned)”, mais uma excelente banda de Doom Metal nacional. O
CD vem acompanhado de um encarte simpes contendo alguns detalhes sobre as bandas. Vale a pena conferir esta obra a
qual em breve ta saindo o segundo volume.

OBITUS VITAE – Olfacit Mortis


Esse é o projeto de Dark Metal do Armando Luiz da horda Servi Diaboli,
no qual toca todos os instrumentos e faz os vocais. Essa peça que recebi
foi lançado de forma limitada pela americana Cimmerian Shade Rec. em
formato digipack com uma arte gráfica simples mais de ar sombrio.
Contando nove musicas cantadas em latin e com temas que tratam de
morte, solidão, misantropia e afins. Sua musica é uma junção do Doom
Metal e Black Metal, numa linha que me lembra algo do Bethlehem e
Sadness. Existem passagens bem sombrias, ambientada com sinistros e
belos arranjos de teclados, riffs cadenciados e com vocais mais limpos,
mais também momentos de total fúria, desespero e agonia com riffs
agressivos e vocais rasgados. Aqui estão gravadas: “Olfact Mortis”, “Mors
in his Palude”, “Scaevus”, “Umbra Caeli”, “Anima Tenebrosa”,
“Abditorum”, “Misantropiae”, “Advenere” e “Mors Insidit Me”. Curti
bastante as musicas “Scaevus”, “Umbra Caeli”, a sinistra “Abditorum” e “Misantropiae”.
Contatos: www.facebook.com/ObitusVitae

PANTACULO MISTICO – Velado por Entidades


No ano de 2000, eu recebi a Demo Tape da obra “Magnitude Oculta”, que
trazia dois hinos sendo um deles o que da nome a obra e mais “Viagem
Astral”. Feliz mente ate hoje eu tenho esse tape e pra felicidade de quem
viveu aquela época e lamentou o tempo em que a banda esteve inativa, ela
voltou e de quebra relançou essa mesma demo em CDR e faz poucos dias
pude apreciar esta grande banda ao vivo em um fudido show e ganhar essa
grande obra e sua mais recente “Velados por Entidade”, que já encanta os
olhos com a belíssima embalagem digipack e toda a bela arte de capa e do
encarte. Botando o mesmo pra rola no play a primeira coisa a notar é que
as musicas estão bem mais curtas que as da demo anterior, que
ultrapassavam os oito minutos e aqui a mais longa tem pouco mais de
cinco minutos. A primeira faixa “Canalizando energias na dimensão do
alem” em seus 2:38 minutos e so suspense, já que trata-se de uma instrumental, com arranjos sombrios dos
teclados. “666+777 – A união do treze” percebe-se que a sonoridade e o estilo único de fazer o seu Pagan
Doom metal foi mantido com riffs arrastados, vocais guturais agonizantes e belos dedilhados e solos de
guitarras alem é claro dos arranjos sombrios dos teclados. A “Velado por Entidades” já vem com passagens
mais rápidas entre as cadenciadas e mais melodiosas e fúnebres... Sem duvida a melhor faixa! E de quebra vem
uma regravação para o clássico “Magnitude Oculta”. O que ta esperando, vai logo atraz antes que acabe!
Contatos: www.facebook.com/pantaculomisticopagaoocultodoommetal
BIO RELEASE
ARCHITYRANTS

Formada nos confins do sul do Brasil, das


cinzas da já póstuma A Tribute To The Plague,
remanesce com o CD Black Water Revelation
que teve sua conclusão em meados de 2011,
momento em que a banda se desvincula do
passado para seguir com sua própria filosofia
de composição, pois adquirira identidade
própria. No início de 2011, o baterista
Wellinton Lisboa deixa a banda para a entrada
de Kostav Thorn que trouxe maior pegada e
técnica para os tambores. Thiago Valença
assume os baixos tornando o som mais nobre
em 2013. Em 2014 iniciam-se as gravações do
2º Álbum.
ARCHITYRANTS segue o estilo do mais puro
metal no estilo Heavy Doom, com riffs
impactantes, melodias macabras proporcionando ao ouvinte um sentimento de consciência da atual situação em
que vivemos neste mundo. As letras são a narração da pior forma de tirania imposta à humanidade.
Archityrants tem influências de Candlemass, Solitude Aeturnus, Memento Mori, Black Sabbath, Mercyfull
Fate, etc.
Contato: www.facebook.com/Archityrants

MORTIFERIK

Trabalho one-man-band iniciado em 1998 por intitulada “Agony in the Silence” , com as músicas
Anderson Morphis, seguindo a linha Doom Metal e The Silent Voice, Agony of the angels II e uma faixa
representando o estilo musical na cidade de Campos demo ensaio chamada “Energies of Darkness”.
dos Goytacazes-RJ. Neste mesmo período a Mortiferik entrou em estúdio
No surgimento de seu primeiro registro em formato para iniciar seu mais novo trabalho,finalizando em
demo tape, intitulado “Memory” (1998), atingiu Março de 2013 o EP “Empire of Sadness
gradativamente uma boa repercussão na Comunidade Returns”,para retornar furiosamente com sua
Doom Metal. existência no Movimento Underground.
No ano de 2000 iniciou a gravação de seu segundo Contato: www.facebook.com/mortiferik
trabalho, porém não havendo condições de prosseguir
finalizou apenas uma faixa denominada “The Silent
Voice”, onde a mesma recebe bastante atenção pelas
suas linhas de violino acústico executadas pelo seu
criador.
Em 2004 surgindo uma nova oportunidade, executou
apenas a regravação de sua primeira composição, a
música “Agony of the angels”,onde aguardava junto a
“The Silent Voice”as possibilidades de um próximo
lançamento.
Por longos anos a Mortiferik permaneceu adormecida
para o Mundo , porém em constante atividade de seus
ensaios e experimentações.
No final do ano de 2012, após nobres contatos da
Cena ,ocorreu o relançamento de “Memory “(1998)
em formato CD e retornou o fortalecimento de suas
divulgações.
Devido a necessidade de prosseguir com novos
registros, surgiu logo em seguida a Demo CD

Você também pode gostar