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II SÉRIE

DIÁRIO
DA REPÚBLICA
Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007 Número 147

ÍNDICE

2.º S U P L E M E N TO
PARTE J Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.
Relatório n.º 11-I/2007:
Contas de 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 932-(6)
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PARTE J

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S. A. Depois de um crescimento de 0,3% em 2001, a economia dos
Estados Unidos terá crescido 2,4% em 2002. A reposição de existên-
Relatório n.º 11-I/2007 cias no primeiro trimestre, o crescimento das despesas de defesa e um
comportamento muito positivo do consumo das famílias terão sido
Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (1.ª Secção). Matrícula os principais responsáveis pela aceleração do crescimento do PIB numa
n.º 57 825; identificação de pessoa colectiva n.º 501385932; data conjuntura difícil. Para o crescimento do consumo privado contribu-
da inscrição: 5 de Junho de 2003. íram uma política orçamental expansionista e uma postura agressiva
da Reserva Federal que, depois de ter descido a taxa dos fed funds por
Custódia Maria Oliveira, segunda-ajudante da Conservatória do Registo onze vezes em 2001, procedeu a um novo corte dos juros de referência
Comercial de Lisboa (1.ª Secção): em 2002, levando aquela taxa de 1,75% para 1,25% no final do ano.
Na Zona Euro, o PIB deverá ter crescido 0,8% em 2002, no que
Certifica que as cópias em anexo são a reprodução integral dos constitui um forte abrandamento face à subida de 1,4% em 2001. Para
documentos arquivados na pasta respectiva, os documentos referentes além dos factores negativos que afectaram a economia a nível global,
à prestação de contas, da sociedade em epígrafe do ano de 2002. a actividade económica na Zona Euro foi marcada por um desemprego
muito elevado (8,5% em Dezembro), o qual condicionou os níveis de
Está conforme o original. confiança e de despesa das famílias. Por outro lado, uma inflação
média de 2,2% terá impedido uma postura mais agressiva do Banco
Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (1.ª Secção), 27 de Central Europeu na descida das taxas de juro de referência. O abran-
Dezembro de 2004. — A Segunda-Ajudante, Custódia Maria Oliveira. damento da economia na área do euro foi particularmente sentido na
Alemanha, a qual registou um crescimento de 0,2%.
O Japão, por seu turno, terá verificado um crescimento marginal-
Relatório e contas de 2002 mente positivo (0,3%), conseguindo assim evitar a situação de recessão
admitida ao longo de grande parte do ano. As exportações foram o
elemento mais dinâmico da procura, com o consumo privado a registar
Relatório do conselho de administração um desempenho muito moderado e o investimento a regredir face ao
ano anterior. Pelo quarto ano consecutivo, os preços evidenciaram
Situação económica internacional uma tendência de queda, com a taxa de inflação em –0,9%.
Entre os países emergentes, o clima de extrema incerteza que carac-
O ano 2002 foi marcado por uma frágil e moderada recuperação terizou a conjuntura económica em 2002 afectou particularmente o
da economia mundial, com o PIB a crescer 2,3%, depois de uma Brasil. Nos meses que antecederam as eleições presidenciais de Outubro,
subida de 1,4% no ano anterior. Esta recuperação não foi, no entanto, as dúvidas quanto às políticas económicas a adoptar pelo novo go-
extensível a todas as áreas económicas. Em particular, é de registar o verno levaram o real a desvalorizar-se fortemente face ao dólar, tendo
abrandamento da economia da Zona Euro, em contraste com a ligeira atingido o mínimo do ano em Outubro, com 3,94 USD/BRL. A neces-
recuperação da economia dos Estados Unidos. Não obstante o mode- sidade de criar uma expectativa credível anti-inflacionista, num con-
rado crescimento do PIB mundial, a conjuntura económica caracteri- texto de aceleração dos preços provocada pela forte depreciação do
zou-se por uma quebra acentuada dos níveis de confiança dos agentes real, obrigou o banco central brasileiro a subira taxa de juro Selic de
económicos. Esta evolução resultou do clima de instabilidade político- 19% para 25,5%.Na América Latina, o ano foi também marcado pela
-militar que se seguiu ao 11 de Setembro de 2001, traduzido numa instabilidade política na Venezuela, a qual afectou o mercado petrolí-
intervenção militar norte-americana no Afeganistão, numa constante fero a nível global, contribuindo para a subida do preço do barril do
ameaça de novas acções terroristas e na crescente perspectiva de uma petróleo no último trimestre do ano. Na Argentina, a actividade voltou
nova guerra no Golfo. A crescente tensão militar entre os Estados a contrair-se, com uma variação de cerca de –12% do PIB.
Unidos e o Iraque levou o preço do petróleo a atingir os 30 dólares Numa conjuntura de excesso de capacidade e de elevados níveis de
por barril no final do ano. endividamento, o clima global de incerteza vivido em 2002 contri-
A conjuntura económica foi também marcada por uma sucessão de buiu decisivamente para um crescimento do PIB abaixo do potencial
escândalos contabilísticos e financeiros, sobretudo nos Estados Uni- nas principais áreas económicas. Este facto reflectiu-se na evolução
dos, os quais conduziram os principais índices bolsistas a mínimos de dos preços, observando-se uma redução das taxas de inflação nas prin-
cinco anos. O efeito riqueza negativo associado a esta quebra dos cipais áreas económicas. Nos Estados Unidos, o índice geral dos pre-
mercados accionistas contribuiu decisivamente para o abrandamento ços desacelerou de 2,8% para 1,7%,em resultado do baixo crescimento
do consumo e do investimento, quer nos Estados Unidos quer na da actividade e também do crescente clima de concorrência enfrentado
pelas empresas. Na Zona Euro, a inflação desceu de 2,5% para 2,2%,
Europa. A economia mundial foi ainda afectada pelo clima de insta-
mantendo-se — apesar da apreciação do euro em termos efectivos e
bilidade económica na América Latina, em particular no Brasil, Argen-
de alguma desaceleração observada nos custos com a mão-de-obra —
tina e Venezuela.
acima do nível de referência do Banco Central Europeu.

Evolução do PIB (em termos reais) na economia mundial, Taxas de inflação da economia mundial, EUA,
EUA, Zona Euro e Japão em 2000-2002 Zona Euro e Japão em 2000-2002

Fontes. — Eurostat, FMI, Cabinet Office (Japão). Fontes. — Eurostat, Bloomberg.


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A fragilidade da retoma da economia norte-americana e o abranda- Evolução dos índices bolsistas


mento económico da Zona Euro, em particular da Alemanha, criaram
o receio de que uma dinâmica deflacionista se pudesse vira instalar, a Índice (pontos)
médio prazo, nestas áreas. Manteve-se, assim, o ciclo de política mone-
tária expansionista que havia caracterizado o ano 2001. Nos Estados
Unidos, a Reserva Federal desceu a taxa dos fed funds de 1,75% para
1,25%. Na Zona Euro, o Banco Central Europeu desceu também as
taxas de juro de referência em 50 pontos base, colocando a taxa prin-
cipal de refinanciamento em 2,75% no final do ano.

Evolução da taxa Fed Funds e da taxa Refi

Fonte. — Bloomberg.

Ao nível dos mercados accionistas manteve-se a tendência negativa


dos dois anos anteriores, com os principais índices a registarem forte
desvalorização. À frágil retoma da economia americana, reflectida nos
resultados das empresas e numa sucessiva revisão em baixa das pers-
pectivas de resultados futuros, juntaram-se os efeitos dos escândalos
contabilísticos envolvendo algumas empresas de referência nos Estados
Unidos, bem como os receios de novos ataques terroristas (sobretudo
Fontes. — BCE, US Federal Reserve. na primeira metade do ano) e de uma intervenção militar norte-
-americana no Golfo (no final do ano). O índice Nasdaq desvalorizou-
-se 32%, sendo a queda dos índices gerais, Dow Jones e S&P 500 mais
Para esta decisão do Banco Central Europeu terá contribuído a
moderadas, com quebras de 17% e 23%; na Zona Euro, dois dos prin-
apreciação do euro ao longo de 2002, invertendo a evolução negativa
cipais índices bolsistas, o DAX de Frankfurt e o CAC 40 de Paris,
observada nos anos anteriores. Entre Janeiro e Dezembro, a moeda
registaram quebras de 44% e 34%, respectivamente, com os mínimos
europeia apreciou-se 18% face ao dólar (no final de Dezembro, a
do ano a serem atingidos também no 4.º trimestre.
cotação EUR/USD atingiu 1,05), contribuindo assim positivamente
para a contenção dos preços, com as importações de petróleo a tor-
narem-se mais acessíveis. A evolução do euro face ao dólar foi deter- Situação económica nacional
minada, essencialmente, pelo afastamento dos investidores relativa-
mente a activos denominados em dólares devido à instabilidade O ano 2002 não constituiu um momento favorável para a eco-
político-militar que afectou os Estados Unidos e também pela crise nomia portuguesa, não obstante as correcções verificadas em alguns
de confiança gerada pelos escândalos contabilísticos e financeiros desequilíbrios estruturais. O Produto Interno Bruto (PIB) registou um
revelados na primeira metade do ano. crescimento de 0,5%, o que compara com 1,6% observado em 2001
e representa o nível de actividade económica mais baixo desde a
Evolução das cotações EUR/USD e USD/JPY recessão de 1993. O comportamento da economia portuguesa resul-
tou, fundamentalmente, da evolução desfavorável da procura interna.
As exportações, embora sem a vitalidade de outros anos, representa-
ram o vector mais dinâmico da procura.
O consumo privado verificou uma variação modesta (0,7%), dada
a deterioração generalizada da confiança das famílias. A quebra dos
índices de confiança decorreu, em grande medida, do aumento do
desemprego, num contexto de elevados níveis de endividamento. Em
2002, o endividamento dos particulares terá crescido para um valor
próximo de 100% do rendimento disponível, o que compara com
pouco mais de 60% cinco anos antes. A taxa de desemprego subiu de
4,1%, em 2001, para 5,1%, em 2002. Este quadro afectou particular-
mente o consumo de bens duradouros e o investimento em habitação.
Em termos globais, o investimento em formação bruta de capital fixo
observou uma contracção de -5,1%, após a variação nula verificada
Fonte. — Bloomberg. em 2001.

Valores consolidados
(Em milhares de euros)

1999 2000 2001 2002E

Consumo privado ............................................................................................................ 5,1 2,6 1,2 0,7


Consumo público ............................................................................................................. 5,6 4,0 3,4 3,2
Formação bruta de capital fixo ....................................................................................... 7,4 3,3 0,0 — 5,1
Exportações de bens e serviços ...................................................................................... 2,9 8,0 1,9 2,0
Importações de bens e serviços ...................................................................................... 8,5 5,4 0,9 — 0,4
Produto interno bruto (PIB) ........................................................................................... 3,8 3,7 1,6 0,5
Balança corrente (em percentagem do PIB) .................................................................. — 8,3 — 10,3 — 8,6 — 6,7
Défice orçamental (em percentagem PIB) ..................................................................... — 2,4 — 2,9 — 4,1 — 2,7
Dívida pública (em percentagem do PIB) ....................................................................... 54,4 53,3 55,5 59,3
Taxa de desemprego (em percentagem da população activa) (1) .................................. 4,4 4,0 4,1 5,1
Inflação (IPC):
Taxa média anual (percentagem) ................................................................................ 2,3 2,9 4,4 3,6
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(Em milhares de euros)

1999 2000 2001 2002E

Taxas de juro (2):


Curto prazo (MMI 3 meses, percentagem) ................................................................ 3,3 4,9 3,3 2,9
Longo prazo (OT 10 anos, percentagem) .................................................................. 5,7 5,3 5,2 4,3
E — Estimativas.
(1) Em sentido estrito: somente indivíduos que procuraram activamente emprego nos 30 dias imediatamente anteriores ao inquérito são incluídos como desempregados
de entre a população activa.
(2) Taxas no final de cada ano.

Fontes. — Banco de Portugal, INE (Portugal), Ministério das Finanças, Comissão Europeia, OCDE, Bloomberg, Espírito Santo Research.

Evolução do PIB (em termos reais) percentuais no escalão máximo do IVA e a manutenção dos custos
em Portugal e Zona Euro em 2000-2002 unitários de trabalho em níveis relativamente elevados foram razões
que contribuíram para uma desaceleração dos preços abaixo do espe-
rado.
As contas externas observaram uma correcção com algum signi-
ficado, tendo o défice conjunto das balanças corrente e de capital
evidenciado uma redução, de 8,6% do PIB em 2001, para 6,7%, em
2002.
A trajectória positiva verificada, que se deverá prolongar em 2003
e 2004, não deixa, no entanto, de manter Portugal como o país que
regista um dos mais elevados défices externos na OCDE — uma situação
que, não sendo geradora de uma crise financeira grave (dado que a
economia portuguesa integra a zona monetária do euro), constitui,
ainda assim, uma restrição importante à competitividade e às pers-
pectivas de crescimento a médio e a longo prazos. A correcção do
défice externo observado assentou, fundamentalmente, na quedadas
importações, fruto da desaceleração da procura interna, uma vez que
Fontes. — INE, Eurostat, Espírito Santo Research. as exportações, não obstante serem o vector mais dinâmico da pro-
cura, registaram um crescimento moderado.
Em 2002, foi conduzida uma política orçamental pró-cíclica — o
Taxa média de desemprego (percentagem da população Governo foi confrontado com a necessidade de reduzir e suspender
activa) em Portugal e Zona Euro em 2000-2002 despesas, particularmente as de investimento, a fim de atingira meta
orçamental proposta de 2,8% do PIB.
O défice global do sector público administrativo ter-se-á reduzido,
assim, de 4,1% do PIB para cerca de 2,7%. Esta evolução assentou
fundamentalmente num conjunto de medidas envolvendo a obtenção
de receitas extraordinárias.
Incluíram-se nestas medidas a venda de património público e a
recuperação de receitas fiscais pela via do perdão de juros relativos a
dívidas por regularizar.
Na vertente do mercado de capitais, o ano caracterizou-se pela
entrada em funcionamento do novo mercado resultante da fusão entre
a BVLP e a Euronext.
Não obstante este facto, o mercado português, acompanhando a
tendência manifestada internacionalmente, não revelou uma evo-
lução positiva, tendo o valor no mercado a contado registado uma
Fontes. — INE, Eurostat. queda de quase 30%.
A vertente accionista, que representa cerca de 92% do mercado,
resvalou quase 30%, como PSI a registar uma queda de cerca de
Contas externas: evolução do défice conjunto das balanças 25%,após as descidas de cerca de 13% e 25% ocorridas em 2000 e
corrente e de capital (percentagem do PIB) em 2000-2002 2001, respectivamente.

Taxa de inflação (média anual)


em Portugal e Zona Euro em 2000-2002

Fontes. — INE, Eurostat, Espírito Santo Research.

Ao nível dos preços, assistiu-se a uma redução na taxa média de


inflação de 4,1%, em 2001, para 3,6%, em 2002.
Os reflexos da entrada em circulação do euro, as consequências do
aumento dos preços dos combustíveis e da subida de dois pontos Fontes. — INE, Eurostat.
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Contas públicas: evolução do défice do SPA sectorial das equipas comerciais e de produto e na oferta integrada de
(percentagem do PIB) em 2002 soluções multiproduto.
A par com a exploração do potencial de cross-border do mercado
ibérico, as nossas equipas comerciais sediadas em Espanha focalizaram
a actuação no desenvolvimento de operações no segmento empresa-
rial mid-market. Os bons resultados entretanto alcançados consubstan-
ciam as nossas expectativas quanto ao potencial de negócio desta
vertente estratégica, sendo por isso intenção do Banco reforçar em 2003
este enfoque comercial. A titulo ilustrativo, salientamos o nosso
envolvimento no project finance da auto-estrada Radial II de Madrid,
no financiamento estruturado no âmbito do LBO da Colomer, bem
como na oferta pública inicial da Enagás.
Em Portugal, o BES Investimento consolidou a sua liderança na
Banca de Investimento, capitalizando nas sólidas relações comerciais
estabelecidas com os clientes habituais do Banco e captando novos
clientes, que decidiram apostar, nos atributos de rigor, competência e
Fontes. — Ministério das Finanças, DGO e Eurostat. especialização técnica em que assenta a nossa oferta comercial.
No Brasil, a actividade comercial em 2002 foi condicionada nega-
tivamente pelo processo eleitoral pela situação económica. Esta
Actividade e resultados envolvente não só originou uma elevada volatilidade no mercado finan-
ceiro brasileiro, como também conduziu os agentes económicos a diferir
Direcção de clientes investimentos e a limitar a exposição económica a este mercado.
Não obstante este enquadramento desfavorável, o BES Investimento
Em 2002, a actuação comercial do Banco Espírito Santo de Investi- logrou concretizar os objectivos comerciais estabelecidos para 2002,
mento, S. A. (BES Investimento ou o Banco), ficou marcada pelo facto que em boa parte é explicado pelo esforço comercial de dina-
alargamento a Espanha do nosso Projecto Wholesale de Banca de mização de operações cross-border triangulares entre o Brasil e a
Investimento, que constitui um importante vector de desenvolvimento Espanha e Portugal. São disso exemplos a colaboração prestada à PT
do fundo de comércio do Banco. e Telefónica Móviles na aquisição da Telecentro Oeste (Brasil) e a
Este projecto tem exigido às equipas comerciais de Portugal e assessoria prestada ao Grupo Odebrecht (Brasil) na alienação da posição
Espanha um particular esforço de coordenação e entrosamento, visando accionista detida pela sua subsidiária BPC na Lusoponte.
reforçar o posicionamento do Banco como interveniente activo no A performance comercial de 2002, que foi concretizada em condi-
mercado ibérico. Neste domínio, a nossa actuação comercial foi, sobre- ções de mercado particularmente adversas, permite-nos assim estar
tudo, orientada para a originação de operações cross-border, onde o confiantes relativamente ao sucesso do nosso projecto Wholesale de
BES Investimento tem provado ter uma oferta de valor acrescentado, Banca de Investimento e, mais imediatamente, ao cumprimento das
assente na relação de proximidade com os clientes, na especialização metas orçamentais de 2003.

Direcção de Clientes Portugal Governo, provocaram dúvidas e adiamentos sucessivos no arranque


dos principais projectos de infra-estrutura, tais como o novo Aero-
Os sectores de infra-estrutura, transportes, municípios e ambiente porto de Lisboa, a Rede de Alta Velocidade e os projectos de metro-
são dependentes do Estado, directa ou indirectamente. Este facto tem politano de superfície.
motivado algumas restrições ao desenvolvimento das empresas no- O acompanhamento permanente destes sectores pelo BES Investi-
meadamente em relação ao financiamento da sua actividade corrente mento tem permitido assessorar grupos nacionais e internacionais na
e aos projectos de expansão. área de infra-estruturas e transportes de passageiros e carga, na ver-
Igualmente, constata-se alguma indefinição relativamente a poten- tente de análise de oportunidades e na perspectiva de criar condições
ciais concessões destas actividades a empresas privadas, ou, mesmo, à para o desenvolvimento futuro das oportunidades de negócio identi-
privatização de activos do sector. ficadas, tanto em corporate como em project finance.
Durante 2002, o enquadramento económico negativo, o nível de No sector de serviços foram ainda desenvolvidos vários trabalhos
endividamento do país e das respectivas empresas e a mudança de de assessoria financeira com vista à aquisição de clínicas de saúde e,
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procedeu-se à valorização de empresas da área de segurança e de pres- cidos para o ano e consolidar a liderança na prestação de serviços de
tação de serviços de logística e transportes. Banca de Investimento nos sectores de TMT.
No sector gráfico foi iniciada e concluída a assessoria no processo A título ilustrativo, salientamos a colaboração prestada ao Grupo
de fusão de três empresas (Litografia de Portugal, Novotipo e Valentim Impresa e à Edipresse International na montagem e financiamento
Santos), operação que permitiu criar o maior grupo português de pro- da aquisição da participação accionista do Grupo Abril na Abril
dução de embalagens de cartolina. Controljornal, e a assessoria prestada à multinacional GE Capital na
O ano 2002 continuou a evidenciar movimentações importantes venda da sua subsidiária GE ITS Portugal.
no sector das bebidas, designadamente envolvendo a transacção de Em paralelo com a actividade desenvolvida nos sectores de TMT,
activos de referência e de marcas com posição de liderança de mercado. o Banco procurou aprofundar o envolvimento no segmento de des-
Importa aqui sublinhar a aquisição da Sandeman pelo Grupo Sogrape, porto, que tem evidenciado grande dinamismo e propiciado a anga-
que o BES Investimento assessorou como consultor financeiro. riação de importantes operações para o Banco.
Depois de alguns anos de forte expansão geográfica e pendor forte- O agravamento da situação económica global registado em 2002
mente aquisitivo, o sector da distribuição alimentar entrou num período teve grandes reflexos na actividade dos nossos clientes, bem como
de consolidação e focalização das actividades no seu core business, e nos tipos de produtos de investimento pretendidos pelos mercados.
alienando os activos de exploração não satisfatória. O BES Investi- Tendo em conta tal facto, o BES Investimento apresentou soluções
mento tirou partido desta tendência, assessorando clientes nestes pro- inovadoras que permitiram aos nossos clientes/investidores minorar
cessos de consolidação operacional e reestruturação financeira. Registe- os efeitos atrás referidos.
-se igualmente o apoio prestado aos nossos clientes multinacionais nos No sector imobiliário, dinamizamos a prestação de assessoria na
seus esforços de expansão nos mercados , ibérico e brasileiro. colocação de activos imobiliários em fundos, e apoiamos a constituição
No sector das concessões, o panorama geral revela uma relativa de FII e a colocação de unidades de participação junto de investidores.
atomização das participações nas várias concessionárias que, em con- No sector da construção, apoiámos os nossos clientes na montagem
jugação com as crescentes apports de capital que o desenvolvimento de operações de crédito estruturado.
dos projectos vai exigindo, tendem a gerar movimentos de concen- No sector financeiro, privilegiámos a liderança e organização de
tração, cujo potencial de transacção o BES Investimento tem acom- programas de papel comercial, bem como a montagem de operações
panhado atentamente. Destacamos neste enquadramento a assessoria de securitização de que é exemplo a operação de 409 milhões de euros
prestada à Bento Pedroso Construções na alienação da sua partici- montada para o BES e Besleasing, em parceria com o BNP Paribas.
pação no capital da Lusoponte. Neste produto, foi desenvolvido em 2002 um forte esforço comercial,
Os escândalos contabilísticos associados a algumas empresas cujos resultados deverão materializar-se em 2003.
energéticas de renome internacional acabaram por afectar a genera- O sector de turismo, embora também tenha sofrido com o agrava-
lidade das empresas do sector. Esta situação, a par com a crise ener- mento da situação económica global, foi aquele onde as suas conse-
gética vivida na América Latina, levou a que os títulos das utilities quências foram menos gravosas e onde se apresentam as melhores
perdessem a qualidade de «Valor de Refúgio». perspectivas de crescimento. Neste sector destacamos a atribuição de
Em Portugal, durante 2002 caminhou-se para a homogeneização diversos, mandatos para estudar o financiamento em project finance
do tarifário no continente e ilhas (onde o Banco esteve a trabalhar de projectos turísticos.
com a EDA na estimativa do impacto desta homogeneização nos
resultados da empresa). Direcção de Clientes Espanha
Foram também dados os primeiros passos para a criação do Mer-
cado Ibérico da Energia (Mibel), processo que continua em desenvol- O ano 2002 foi importante para a consolidação do projecto de
vimento. Banca de Investimento em Espanha. Apesar da envolvente geral
As petrolíferas assistem à quebra das margens de refinação e o gás negativa, optou-se pelo reforço das equipas de execução e pela inten-
acompanha a volatilidade dos preços destas commodities, não com- sificação do esforço comercial, no âmbito de um projecto de Banca
pensada na totalidade pela quebra do dólar norte-americano. Do acom- Wholesale integrado com Portugal e Brasil. Como resultado, foi con-
panhamento prestado às empresas deste sector, o BES Investimento cluído com sucesso um número relevante de operações em distintas
destaca a assessoria prestada à Galp Energia na compra de 5% do áreas de negócio.
capital da CLH e a retirada de bolsa da Sacor Marítima. Em 2002 a economia espanhola sofreu um abrandamento sensível,
As energias renováveis registaram um grande dinamismo. Tanto a embora não tão acentuado como em outros países da UE.
nível internacional como nacional, o número de intervenientes reduz- No entanto, ao nível do negócio de Banca de Investimento em
-se. Esta tendência de concentração resulta dos esforços de investi- Espanha existiram realidades distintas, conforme os diversos segmentos.
mento que o desenvolvimento dos projectos obriga. O Banco tem Por um lado, as actividades de mercados estiveram, em geral, bastante
tido uma actuação comercial muito activa neste segmento de mercado, deprimidas, enquanto as actividades de fusões & aquisições e financia-
de que é exemplo o apoio prestado ao IPE na venda da participação mentos registaram assinalável dinamismo.
detida na Generg. O mercado bolsista apresentou uma tendência negativa, com o
O sector automóvel está a antecipar a alteração das regras de dis- IBEX 35 a cair cerca de 28% em 2002, os volumes negociados a
tribuição e comércio automóvel a nível europeu: Block Exemption. reduzirem-se 10% em relação a 2001 e 22% em relação a 2000, e global-
Em Portugal, a crescente liberalização de sector, a par com a con- mente observando-se um estreitamento das comissões para os opera-
tracção da procura (a ACAP registou uma quebra na venda de veículos dores de mercado. Mesmo assim, foi possível realizar algumas opera-
ligeiros de 1,4% face a 2001), promoveram movimentos de concen- ções, sendo de destacar o IPO da Enagás, a OPS do Banesto e o
tração alguns das quais com o envolvimento do Banco. aumento de capital da Ebro Puleva (concluído em 2003).
No sector da pasta e papel, a privatização da Portucel e da Ges- O mercado de dívida evoluiu mais favoravelmente, com os volumes
cartão tem alimentado o interesse dos investidores e o seu adiamento negociados de dívida pública e privada a crescerem cerca de 35% em
para 2003 é acompanhado com natural expectativa. relação a 2001. No entanto, a deterioração do perfil de risco/rating
O ano 2002 foi particularmente adverso para as Telecomunica- das empresas teve impacto directo no alargamento de spreads, o que,
ções, Média e Tecnologia (TMT), com a generalidade das empresas a
aliado a uma maior selectividade do regime de concessão de crédito,
sofrerem uma acentuada degradação da rentabilidade operacional e
originou uma redução no número de operações realizadas.
financeira, em resultado da fortes retracção da procura e da contínua
degradação dos respectivos ratings de crédito. A performance bolsista
destes sectores foi igualmente negativa, reflexo da crescente prefe- Direcção de Clientes Brasil
rência dos investidores institucionais por activos de menor risco e
pela revisão em baixa das estimativas de evolução destes negócios. Apesar das conhecidas dificuldades enfrentadas pelo Brasil em 2002, o
Toda esta envolvente negativa provocou uma diminuição generali- BES Investimento do Brasil, S. A. — Banco de Investimento aumentou
zada do número de operações de Banca de Investimento envolvendo muito sua actuação ne[ste mercado através de um relacionamento mais
empresas destes sectores, com especial ênfase no segmento de mer- estreito com importantes grupos económicos que actuam no Brasil.
cado de capitais e de M&A. A área de mercado de capitais logo no início do ano coordenou o
Antecipando este quadro recessivo, o BES Investimento focalizou IPO da CCR — Companhia de Concessões Rodoviárias, única operação
a sua actuação na dinamização da vertente de aconselhamento em do género no ano de 2002. Fomos igualmente contratados como
processos de racionalização e consolidação de negócios, e na propo- market maker para o Latibex pela Copel, Petrobrás e Cemig.
sição de soluções criativas e de valor acrescentado que melhor se A área de gestão de risco realizou um número muito maior de tran-
adaptassem aos objectivos e necessidades dos nossos clientes. sacções com clientes em 2002. Fechou desde operações plain vanilla
Desta forma, lográmos desenvolver uma intensa actividade nestes até operações estruturadas com derivativos, obtendo uma rentabilidade
domínios, que possibilitou alcançar os objectivos de negócio estabele- excelente ponderada a reduzida exposição de crédito.
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Considerando a nossa ligação e integração com outras casas do Grupo O mercado português não constituiu excepção a esta tendência, não
Banco Espírito Santo (Grupo BES) com presença nos principais mer- se tendo registado a entrada na Euronext Lisbon de nenhuma nova
cados internacionais, buscamos ser vistos como padrão de referência empresa no decorrer de 2002.
em serviços financeiros, para empresas e investidores que têm inte- O esforço de diversificação dos meios de financiamento por parte
resse no País. das empresas, imposto pela deterioração da procura de acções desde a
Assim, importantes operações que foram trabalhadas durante o ano segunda metade de 2000,reflectiu-se igualmente ao nível das disper-
de 2002 vieram a ser divulgadas nos primeiros dias de 2003. São elas, sões secundárias de capital.
assessoria ao Bradesco na aquisição do BBV Brasil e assessoria à No que respeita ao mercado secundário, todas as principais praças
Brasilcel (joint-venture para telefonia móvel no Brasil entre Portugal financeiras, mundiais registaram significativas perdas durante 2002,
Telecom e Telefónica) na aquisição do controlo da Tele Centro Oeste. acentuando as quedas já ocorridas nos dois anos anteriores (na secção
Nossa abordagem baseada no espírito de equipa e contando com a «Situação económica internacional e nacional» apresenta-se na des-
qualidade dos colaboradores que fazem parte do Grupo Espírito Santo, crição não detalhada da evolução dos mercados accionistas em 2002).
nos permite oferecer um alto nível de excelência no desenvolvimento No que se refere à Euronext Lisbon, o cenário não foi muito dife-
e execução dos negócios de nossos clientes, o que nos possibilitou rente daquele que se fez sentir na generalidade dos mercados. O volume
estreitar a relação com os mais importantes grupos e empresas pre- negociado no ano e a capitalização bolsista do Mercado de Cotações
sentes no Brasil. Oficiais registaram um decréscimo de 29% e 24%, respectivamente,
A Direcção de Clientes Brasil está sempre atenta as oportunidades face aos valores de 2001.
de oferecer produtos do Banco Espírito Santo em diversos países, nas O decréscimo no volume transaccionado é ainda mais significativo
suas diversas áreas e nichos de actuação, sempre visando o cross selling se tivermos em conta que em 2001 já se havia registado uma quebra
de negócios e a satisfação dos nossos clientes. anual de 48%.
Ainda assim, há a destacar pela positiva, a performance do PSI 20
O mercado de capitais — acções (principal índice da Euronext Lisbon), que, apesar da desvalorização
de –25,6%, registou uma das melhores performances entre os princi-
No ano 2002 voltou a verificar-se um comportamento muito desfa- pais índices europeus, só superada pelo FTSE 100 (–24,5%).
vorável dos principais mercados accionistas, em grande parte devido Entre as empresas que compõem o PSI 20, cinco empresas valo-
ao agravamento da crise que a economia mundial atravessa, às sequelas rizaram-se em 2002 (PT Multimédia, Brisa, BES, Cofina e BPI),
deixadas pelos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 e aos escân- enquanto que a Pararede, a Sonae — SGPS, o BCP, a Sonae.com e a
dalos financeiros da Enron e da Worldcom. Por outro lado, a perfor- Teixeira Duarte registaram perdas acumuladas superiores a 45%.
mance das empresas ficou aquém das expectativas dos analistas, o O ano de 2002, a nível doméstico, foi ainda marcado pela inte-
que originou sucessivos anúncios de profit warnings por parte de inú- gração jurídica da bolsa portuguesa no Euronext BV, e por passos
meras empresas. importantes no que se refere ao processo de integração para as plata-
formas únicas de negociação (NSC) e compensação (Clearing® 21),
disponibilizadas pelo Euronext BV.
Performance dos principais índices bolsistas em 2002 A migração para os sistemas NSC e Clearing® 21 constituirá o
último passo na direcção de uma única plataforma de negociação e de
um único sistema de compensação para todos os mercados a contado
em ambiente Euronext.

Actividade desenvolvida em 2002

Mercado primário

Em 2002, o BES Investimento na área de mercada de capitais/acções,


prosseguiu uma estratégia de actuação centrada no mercado ibérico e
América Latina, como forma de manter um nível sustentado da sua
actividade, diversificando as fontes de receitas e reduzindo a exposição
Fonte. — Bloomberg. ao mercado doméstico.
Neste contexto, as ofertas de acções que o BES Investimento liderou
e/ou participou em Portugal, consistiram principalmente em opera-
Performance do PSI 20 versus EuroStoxx 50 em 2002 ções de reorganização de grupos empresariais, como sejam as ofertas
públicas de aquisição.
Assim, das ofertas públicas de aquisição de acções realizadas pelo
BES Investimento em 2002 há a assinalar as OPAs lançadas pela
Petrogal sobre a Sacor Marítima, pela Triângulo-Mor sobre a Socie-
dade Comercial Orey Antunes e ainda pela Grão-Pará sobre a
Interhotel.

Volume mensal de transacções de acções


na Euronext Lisbon (MEUR)
Milhões de euros

Fonte. — Bloomberg.

Há ainda a assinalar o clima de instabilidade gerado pela possibili-


dade de ocorrência de novos actos terroristas de dimensão interna-
cional, o espectro da guerra contra o Iraque, a crise na Argentina e
na Venezuela e as eleições brasileiras, que afectaram particularmente
a performance das principais empresas ibéricas com exposição signi-
ficativa à América Latina.
A nível europeu, e relativamente ao mercado primário, o número
de ofertas públicas iniciais IPO realizadas em 2002 foi cerca de me-
tade das realizadas no ano anterior, número que já de si havia sofrido
uma acentuada redução. Também nos EUA registou-se uma retracção
no número de ofertas efectuadas face a 2001. Fonte. — Euronext Lisbon.
21 932-(12) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Evolução da capitalização bolsista de acções Nas áreas de vendas e trading, beneficiamos de uma posição
da Euronext Lisbon concorrencial que tem vindo a ser progressivamente capitalizada atra-
vés do incremento dos níveis de penetração junto dos principais
Milhões de euros brokers europeus e americanos e junto de investidores institucionais
finais na Europa. Ao mesmo tempo, cada vez mais nos afirmamos
como operador ibérico, enfatizando mensagem de qualidade que sem-
pre caracterizou o nosso serviço em Portugal e que agora tem para-
lelo em Espanha.
Ao nível da corretagem, o ano de 2002 foi marcado por uma in-
tensificação da concorrência no mercado português, o que se reflectiu
na agressividade das comissões praticadas, com a agravante de se pro-
cessar num contexto de acentuada contracção nos volumes
transaccionados na Euronext Lisbon.
Em Espanha, o ano 2002 foi de consolidação e de oportunidades
da nossa actuação na área de corretagem, através da Espírito Santo
ByM. A gestão e abordagem no mercado espanhol são realizadas de
uma forma integrada, tirando benefício do know-how e da experiên-
cia adquiridos ao longo dos últimos anos.
O mercado espanhol registou uma quebra menos acentuada que o
Fonte. — Euronext Lisbon. mercado português nos volumes transaccionados, registando, em média,
um volume que é cerca de 18 vezes o volume do mercado português.
Adicionalmente, no âmbito da estruturação de planos de stock
options, o BES Investimento organizou as ofertas em Portugal desti- A área de particulares. — A área de particulares tem como missão
nadas aos colaboradores do Grupo Suez e aos colaboradores do Grupo desenvolver as condições necessárias para que o cliente particular
Securitas. usufrua de um serviço profissional, baseado nos valores de indepen-
Apesar do clima globalmente negativo atrás descrito, que caracte- dência, segurança e dinamismo, cobrindo todas as actividades que pro-
rizou os mercados accionistas quer na Europa, quer nos EUA e Amé- movam a tomada de decisões de investimento em mercados accionis-
rica Latina, há a destacar o facto de o BES Investimento ter sido o tas globais.
único Banco português convidado para integrar os sindicatos de colo- Esta missão é levada à prática através da disponibilização de servi-
cação das únicas ofertas importantes que tiveram lugar quer em ços de aconselhamento e execução em bolsa, de gestão discricionária
Espanha, quer no Brasil. de carteiras em mercados accionistas e de produção de conteúdos,
O ano 2002 pautou-se igualmente pelo aprofundamento da especialmente concebidos para clientes não institucionais.
interacção entre a equipa sediada em Lisboa com a equipa da Espírito Em 2002, também esta área foi afectada pelas condições adversas
Santo ByM sediada em Madrid e com a equipa do BES Investimento dos mercados accionistas, sobretudo porque, ao contrário do cliente
do Brasil. institucional, o cliente particular não tem necessidades permanentes
A combinação da experiência acumulada no mercado de capitais de investir em bolsa, apenas considerando esse tipo de investimento
português com os conhecimentos locais de cada mercado contribuí- atractivo quando existem condições que potenciam a obtenção de taxas
ram activamente para o desenvolvimento de uma estratégia comerci- de retorno superiores às taxas de juro.
al adequada nestes países. Entretanto, também este ano se aprofundou significativamente a
Assim, em 2002 a Espírito Santo ByM participou no IPO da interacção entre a Espírito Santo Dealer e algumas unidades do Grupo
Enagás e liderou o aumento de capital da Ebro Puleva. BES, nomeadamente o private banking, com o objectivo de dinami-
Relativamente ao mercado brasileiro, o BES Investimento parti- zar ainda mais esta actividade, proporcionando-lhes um know-how de
cipou em operações de relevo neste mercado, como sejam: investimento em acções que é muito específico e que requer
actualização constante face à rápida evolução das condições de mer-
Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR): a maior empresa cado.
brasileira detentora de concessões rodoviárias e participada da Brisa, Gostaríamos ainda de destacar os seguintes aspectos:
realizou a abertura do seu capital através de um aumento de capital
destinado ao retalho e a investidores institucionais brasileiros e inter- O peso dos clientes particulares nas receitas líquidas da Espírito
nacionais, tendo as acções sido admitidas à negociação no novo mer- Santo Dealer situou-se nos 40%, o que é assinalável, tendo em conta
cado da Bovespa. O papel do Banco nesta transacção foi de joint lead a natural maior passividade da base de clientes num contexto de bear
manager; market;
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD): o Banco integrou o sindi- Os negócios realizados em bolsas internacionais mantiveram um
cato de colocação para venda da participação do BNDES no valor de peso de cerca de 64% da facturação desta área, assumindo já uma impor-
cerca de $R 3,9 biliões, com o estatuto de co-manager; tância relativa no conjunto da actividade da corretora (cerca de 25%);
Telesp Celular Participações: o Banco actuou como financial advisor A performance das carteiras geridas, ainda que inevitavelmente em
da empresa na organização e montagem da operação de aumento de terreno negativo, destaca-se positivamente em mais de 16% da
capital de cerca de $R 2,5 biliões. performance dos principais benchmarks accionistas mundiais, o que
demonstra uma clara evolução na qualidade técnica do serviço prestado
e do valor acrescentado.
Mercado secundário

A área de institucionais. — A área de institucionais tem por missão Mercado de capitais


promover os serviços financeiros junto de investidores institucionais,
encontrando-se segmentada em três áreas: research, vendas e trading. Financiamento e gestão de risco
O serviço oferecido visa ajudar os seus clientes a tirar o melhor
partido dos seus investimentos, beneficiando do know-how, profissio- A actividade de mercado de capitais do BES Investimento durante
nalismo e qualidade do quadro de pessoal. o ano de 2002 foi condicionada pela conjuntura económica recessiva,
Relativamente à área de research, contamos com uma equipa ibé- que induziu os investidores institucionais direccionados a privilegiar
rica, e encontra-se especializada por sectores. Actualmente, quatro os investimentos de menor risco. Esta postura defensiva com procura
analistas localizados em Portugal e sete em Espanha proporcionam para emitentes de elevado rating, teve especial impacto para emitentes
uma cobertura alargada das principais empresas ibéricas. Esta base de brasileiros no mercado euro. A procura de emissões de dívida por estes
research é ainda complementada pela equipa de research do BES emitentes foi praticamente inexistente durante o 2.º semestre, dada a
Securities do Brasil, a qual disponibiliza a cobertura local das prin- grande expectativa e incerteza que rodearam a campanha e as elei-
cipais empresas presentes no mercado de capitais brasileiro. Este ções presidenciais no Brasil.
aspecto é particularmente importante e tem-se traduzido num ponto De uma maneira geral, continuou-se a assistir à degradação do ris-
forte em termos da qualidade do serviço de research e de vendas que co de crédito das empresas europeias e americanas, sendo as acções
temos proporcionado aos nossos clientes. Portugal e Espanha são as de downgrade dos emitentes corporais uma constante no mercado de
economias europeias mais expostas à América Latina, e tudo o que se capitais durante todo o ano.
passa naquele continente tem grande influência nos mercados de capi- O pessimismo generalizado e a postura defensiva e avessa ao risco
tais ibéricos. dos investidores levou inevitavelmente ao agravamento do custo de
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financiamento das empresas que recorrem ao mercado de capitais Negociação e gestão de risco
internacional.
Em Portugal poucas foram as empresas que recorreram ao mercado A área de negociação e gestão de risco continuou o seu processo de
de capitais europeu, dado que durante este período conturbado os integração no Departamento de Financiamentos, Mercados e Estudos
corporates nacionais suspenderam os investimentos de elevado mon- (DFME) do Banco Espírito Santo, S. A. A exploração de sinergias e
tante e os projectos estratégicos de internacionalização. a criação de economias de escala dentro do novo quadro permitiram
Apesar desta envolvente, continua a aumentar o número de em- melhorar a qualidade e a abrangência do serviço prestado aos seus
presas e entidades estatais/regionais a sujeitarem-se ao processo de clientes.
atribuição de notação de rating por agências internacionais. Esta ten- Esta área continuou a desenvolver a sua actividade no sentido de
dência demonstra a consciencialização, por parte das maiores empresas providenciar soluções adaptadas às necessidades específicas dos seus
nacionais da necessidade de preencherem os requisitos para aceder aos clientes, em produtos de taxa de juro e de mercado cambial. Apesar
mercados internacionais de dívida, da forma mais eficiente possível. da forte concorrência, o Banco consolidou a sua posição neste seg-
Enquadrado neste cenário internacional, o BES Investimento con- mento do mercado.
tinuou o seu esforço de internacionalização, com as seguintes linhas Durante o ano 2002 continuou também a dar suporte às outras
orientadoras: áreas do Banco ao nível de pricing, definição e desenvolvimento de
Internacionalização geográfica centrada na Península Ibérica e no Brasil; estruturas de taxa de juro e cambiais determinantes para o sucesso
Alargamento da base de investidores institucionais, reforçando em dessas áreas.
especial a equipa em Espanha; Relativamente aos mercados financeiros, as grandes tendências
Participação em posição de destaque nas operações globais/ estimadas para 2003, de continuação de descida das taxas de juro nas
benchmark de Eurobonds; principais economias mundiais continuação de fraqueza nos mercados
Participação em posição de destaque nas principais operações de accionistas, alargamento de spreads de crédito, e muita preocupação
Eurobonds de entidades brasileiras. face aos mercados emergentes, são sinais evidentes de que a crise
económica tarda em passar.
Destacamos a liderança conjunta do BES Investimento nas opera- Esta envolvente, que levou a um ciclo de baixa nas taxas de juro e
ções de securitização do Banco Espírito Santo (Lusitano Finance), recuperação do euro para níveis não vistos há vários anos. Por outro
cujos montantes e importância justificaram uma sindicação global de lado, registou-se uma forte procura de de produtos de fixação de taxa
grande sucesso. de juro por parte dos nossos clientes corporate.

Principais operações de dívida fechadas em 2002

Montante Estatuto

Obrigações — emitente:

Empresas domésticas:

Sporting SAD ........................................................................................................... Eur 11 996 440 Líder conjunto


Indasa II ................................................................................................................... Eur 10 000 000 Líder

Eurobonds:

BES Finance ............................................................................................................. Eur 500 000 000 Líder conjunto


BES Finance ............................................................................................................. Eur 600 000 000 Líder conjunto
Premiere Funding International ............................................................................... Eur 300 000 000 Co-manager
Lusitano Finance II plc ............................................................................................ Eur 1 144 300 000 Líder conjunto
Lusitano Finance II plc ............................................................................................ Eur 450 000 000 Líder conjunto

Brasil — mercados emergentes:

BES Investment Brasil ............................................................................................. Eur 20 000 000 Arranger


BES Investment Brasil ............................................................................................. USD 2 600 000 Arranger
Unibanco .................................................................................................................. USD 200 000 000 Manager
Banco ITAU ............................................................................................................. USD 100 000 000 Co-manager
República do Brasil ................................................................................................... Eur 500 000 000 Co-manager
Banco Bradesco ........................................................................................................ USD 150 000 000 Manager
Metropolitana Overseas II, Ltd. .............................................................................. Eur 6 000 000 Dealer
Odebrecht Overseas, Ltd. ......................................................................................... Eur 30 738 000 Arranger
Odebrecht Overseas, Ltd. ......................................................................................... USD 20 150 000 Arranger

Schuldschein — mutuário:

ANAM ...................................................................................................................... Eur 47 400 000 Líder conjunto


RAM ......................................................................................................................... Eur 30 000 000 Líder conjunto

Papel comercial — emitente:

Sogrape ..................................................................................................................... Eur 27 650 000 Líder e agente


Transinsular .............................................................................................................. Eur 5 000 000 Líder e agente
EMEF ....................................................................................................................... Eur 5 000 000 Co-líder
Corticeira Amorim ................................................................................................... Eur 37 500 000 Líder e agente
Banco Mais ............................................................................................................... Eur 30 000 000 Líder e agente

Crédito — mutuário:

Odebrecht Overseas, Ltd. ......................................................................................... USD 8 500 000 Líder e agente


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Perfil de diversificação das fontes de funding Neste contexto, as casas de private equity têm vindo a desempenhar
um papel crescente, tendo atingido, na Europa, uma quota de cerca
de 13% das transacções de fusões e aquisições em 2002, sendo que em
mercados mais desenvolvidos, como no Reino Unido, chegaram a
atingir 17%.

Península Ibérica

Não obstante a envolvente global negativa, a actividade de fusões


e aquisições na Península Ibérica conseguiu apresentar em 2002 um
desempenho muito positivo.
O volume de operações manteve-se sensivelmente ao nível do ano
anterior, sobretudo suportado pela relativa boa performance da eco-
nomia espanhola, bem como pelas reestruturações sectoriais que se
verificaram como consequência da crescente liberalização da eco-
nomia.
Funding e emissão de dívida própria A crescente integração das economias dos dois países também contri-
buiu para o bom desempenho da actividade de M&A, tendo o número de
O BES Investimento manteve ao longo de 2002 a política de diver- operações cross-border entre Portugal e Espanha registado um aumento
sificação das fontes de financiamento iniciada em 1999, quando do significativo.
estabelecimento de um programa de EMTN. Esta política visa um A nível sectorial, verificou-se um desempenho favorável nos sec-
maior equilíbrio das fontes de financiamento, alargando a sua base em tores tradicionais, nomeadamente na construção, distribuição, imobi-
termos geográficos, de produto e investidores. liário, energia, auto-estradas e telecomunicações.
Os resultados deste esforço sobre a base de clientes e investidores Como resultado da estratégia seguida pelos bancos globais, de
têm-se traduzido numa redução sustentada da dependência dos mercados enfoque em grandes operações e em mercados de maior dimensão,
interbancários, com alargamento da maturidade média do funding e verificou-se uma ligeira redução da concorrência por parte destes no
um perfil mais equilibrado das fontes de financiamento. mercado ibérico, o que de alguma forma veio facilitar o bom desem-
Apesar da retracção global do mercado de dívida, sentida em parti- penho dos operadores locais.
cular no 2.º semestre após o alargamento de spreads, o BES Investi- Neste contexto, os players locais conseguiram obter a liderança
mento, através da Espírito Santo Investment plc, continuou a emitir por número de operações durante o ano de 2002.
a bom ritmo e sem aumento significativo do prémio de risco.
Continuamos a merecer a confiança dos investidores, apresentando
soluções desenhadas à medida das suas necessidades e respondendo com Evolução da actividade global de fusões e aquisições
estruturas adequadas ao perfil de risco pretendido. em 2000-2002
O total de dívida viva outstanding a 31 de Dezembro de 2002,
emitida ao abrigo do programa de EMTN, ascendia a 217 milhões de
euros, mantendo-se sensivelmente aos níveis do ano anterior.

Emissões vivas a 31 Dezembro


ao abrigo do programa de EMTN

Fonte. — Bloomberg.

Alvos portugueses, qualquer comprador — Ranking por número


de operações (1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2002)
Número Número
do Assessor de
ranking operações

Serviços financeiros 1 Banco Espírito Santo de Investimento .............. 10


2 Deutsche Bank AG .............................................. 3
Internacional 3 UBSWarburg ........................................................ 3
4 Banco Santander Central Hispano ...................... 2
Manteve-se durante o ano de 2002 a envolvente negativa iniciada 5 Merrill Lynch & Co. Inc. ................................... 2
no ano anterior. O volume global de fusões e aquisições continuou a 6 J. P. Morgan ....................................................... 1
decrescer, em resultado da diminuição acentuada do número e do ele- 7 Goldman Sachs .................................................... 1
vado valor unitário das transacções concretizadas. Esta situação forçou 8 Lehman Brothers ................................................ 1
os operadores globais a procederem a fortes reduções de pessoal e a 9 Salomon Smith Barney ....................................... 1
aumentar o focus da sua actividade. 10 Banco Português de Investimento ...................... 1
De relevante para o posicionamento dos bancos de investimento,
constata-se que há um crescente número de mandatos/operações onde
o requisito de financiamento associado assume uma especial relevância Actividade desenvolvida em 2002
na sua atribuição. Como consequência, a dimensão dos balanços dos
bancos e a sua disponibilidade para financiar operações de M&A tem Para a área de serviços financeiros, o ano de 2002 foi, deste modo,
assumido cada vez maior importância, num enquadramento global em um ano de consolidação nos mercados estratégicos. O perfil das ope-
que o acesso aos mercados financeiros se encontra mais restringido e rações executadas durante 2002 comprovam o sucesso e o reconhe-
os investidores são mais selectivos. cimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos.
Com o acesso aos mercados financeiros mais limitado, as empresas A estratégia de implantação no eixo Portugal-Espanha-Brasil tem
preocupam-se crescentemente com a sua liquidez, tendo aumentado o permitido reforçar a nossa posição junto das grandes empresas ibéricas
número de operações de assets disposals (quer de imobiliário, quer de e brasileiras como parceiro de referência nestes mercados para opera-
subsidiárias fora do core business). ções de fusões e aquisições.
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Assim, o BES Investimento manteve a sua posição de liderança no Montante de fundo


mercado doméstico e reforçou significativamente a sua presença no
mercado espanhol. No Brasil, onde os efeitos de uma conjuntura inter- Milhares de euros
nacional adversa foram ainda ampliados pela incerteza da longa cam-
panha presidencial, o mercado de M&A esteve praticamente inactivo
a partir do 2.º semestre de 2002.

Project finance

O ano de 2002 confirmou a estratégia de expansão internacional


das actividades de project finance do Grupo BES, com o completar do
primeiro ano de actividade da actual escritório de representação do
BES Investimento em Londres e com o reforço da equipa sediada em
Madrid, mantendo-se a posição de destaque no mercado nacional.
O Grupo BES foi reconhecido em 2002 pelo mercado internacional
como uma instituição de referência na área de project finance, tendo
sido classificado nas League Tables de 2002 elaboradas pela revista Fonte. — EVCA.
Infrastructure journal, em 2.º e 3.º lugares no mercado europeu, res-
pectivamente, em termos de actividade de arranger (número de pro-
jectos) e assessoria (número de mandatos), e igualmente pela revista Investimentos
Project Finance International como o 1.º e 2.º Banco ibérico em Milhares de euros
termos de actividade de assessoria e de lead-arranger, respectivamente.
Por outro lado, o projecto LusoScut Beira Litoral e Alta (IP5) em
que o Banco actuou como assessor, e lead-arranger e coordenador da
sindicação internacional foi reconhecido em 2002 pela Project Finance
Magazine como «Infrastructure Deal of the Year 2001».
Em Portugal é de referir a concretização do projecto rodoviário
Lusoscut Grande Porto com um investimento de 841,2 milhões de
euros, onde o Banco foi assessor e lead-arranger, representando o
4.º projecto nos últimos quatro anos ganho pelo consórcio liderado
pela Mota & C.ª, e apoiado pelo Banco. Também no sector dos trans-
portes o Banco actuou como lead-arranger, do financiamento do
material rolante para o projecto do Metro do Sul do Tejo no mon-
tante de 64 milhões de euros.
Destaque ainda para o sector de lazer, com a intervenção não só no
projecto de construção do novo estádio do Sporting Clube de Portugal, Fonte. — EVCA.
com um investimento estimado de 131 milhões de euros, em que
actuou nas vertentes de assessor e lead-arranger, como também no
projecto de construção do novo estádio da Luz do Sport Lisboa e Repartição de investimentos por tipo de operação
Benfica, em que tem vindo a actuar como assessor.
No mercado internacional, 2002 foi o primeiro ano completo de Milhares de euros
actividade da equipa de project finance sediada em Londres tendo sido
atingidos os objectivos propostos, nomeadamente, com a actuação
como lead arranger em dois dos projectos de maior referência no
mercado londrino: o financiamento de 1,0 bilião de libras da Tubelines
para a concessão a 30 anos das linhas Jubilee, Northern e Piccadilly
do Metro de Londres, e que foi nomeado como «Project Finance Deal
of The Year 2002» pela Infrastructure Journal Magazine, e o finan-
ciamento no montante de 757 milhões de libras do novo Estádio de
Wembley.
É de igual modo importante referir, ao nível da actividade de asses-
soria, o apoio prestado a consórcios ingleses concorrentes aos futuros
hospitais de Leeds e Lewisham no Reino Unido, ao consórcio com-
posto pela ‘ Mota & C.ª, Acciona e Mowlem na concessão rodoviária
N8 Fermoy-Bypass na Irlanda e também ao consórcio Escom Mining-
-Alrosa no concurso e negociação da concessão diamantífera dos Fonte. — EVCA.
kimberlitos Camatchia e Camagico em Angola.
Refira-se ainda o trabalho desenvolvido no mercado espanhol, tendo- Actividade desenvolvida em 2002
-se participado como co-arranger quer no financiamento para a auto-
-estrada Radial 2 Madrid-Guadalajara (Irasa), quer no financiamento A actividade de private equity centrou-se sobretudo na defesa do
do projecto de energia renovável Eurovento, o qual foi designado como valor da carteira, tendo sido concretizadas duas operações’ de MBO,
«European Renewables Deal of the Year 2002» pela Project Finance através da aquisição da maioria do capital da Sotancro — Embalagens
Magazine. de Vidro, S. A., e da KPNQwest Telecomunicações — Portugal, S. A. —
Em termos de actividade de assessoria de salientar o mandato em operação esta que viria a consumar-se já no decurso de 2003.
curso para a Liga de Futebol Profissional. Há ainda a destacar a alienação total ou parcial de diversas partici-
pações financeiras, com destaque para a maioria do capital da ESFI —
sociedade que controla a maioria do capital da Tecnovia, S. A.
Private equity No que respeita à captação de novos fundos, concretizou-se o
aumento de capital do Fundo FCR — PME/BES em cerca de 12,5 mi-
Ao longo de 2002, acentuaram-se os sinais de abrandamento da lhões de euros.
actividade um pouco por toda a Europa.
De acordo com os dados disponibilizados pela EVCA relativos ao
1.º semestre, é possível observar uma forte quebra quer dos fundos Financiamentos estruturados
levantados, quer do investimento.
A análise do tipo de operações contratadas, sugere o acentuar da Em termos de operações de acquisition finance, em 2002 o mer-
tendência já verificada no ano anterior de reforço da área de capital cado ibérico continuou a acentuar diferenças de ritmo entre o desen-
de desenvolvimento (expansões e buy outs), que passou a representar volvimento do produto em Portugal e Espanha.
cerca de 88% do montante total investido, em detrimento da área de O mercado espanhol, apesar de não ter ficado imune aos efeitos
venture capital. adversos do enquadramento económico vivido e de, por isso, não ter
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conseguido repetir o volume de operações do ano anterior (que havia sobre a economia brasileira, com reflexos intensos sobre câmbio, juros,
sido um ano recorde), continuou mesmo assim a mostrar uma notável inflação e nível de actividade da economia.
dinâmica, com um número considerável de operações realizadas, ainda A volatilidade do mercado financeiro, presente desde o início do ano,
que de menor dimensão média. acentuou-se no 2.º semestre de 2002, sob influência da corrida eleitoral e
Já no tocante ao mercado português, assistiu-se a uma significativa da deterioração do cenário internacional, este ainda abalado pelos escân-
redução do número de transacções, do comportamento já observado dalos corporativos e o crescente temor de guerra no Médio Oriente.
em 2001. Tal resulta do duplo efeito de, em Portugal, (i) a dimensão Ao longo do ano a restrição crescente de recursos aos países emer-
média das oportunidades de transacção ser relativamente pequena, não gentes no mercado internacional e o temor sobre o processo de su-
motivando o interesse de investidores e (ii), dos preços ainda não se cessão política, resultaram em forte desvalorização dos activos brasi-
terem ajustado suficientemente em baixa, isto apesar da conjuntura leiros, em especial os títulos da dívida soberana doméstica e externa
marcadamente depressiva que se registou. e o real. Os efeitos da desvalorização cambial de 52,27% estenderam-
Em 2003, apesar da conjuntura económica continuar a não ser pro- -se sobre os índices de inflação, com a inflação ao consumidor a atingir
missora, pensamos que os efeitos prolongados desta crise sobre a «saúde 12,5%, patamar não visto desde 1999 e conduzindo o Banco Central
financeira» das empresas deverão conduzir empresários e investidores a elevar as taxas básicas de juros (Selic) até 25% a.a.
a tomar decisões de concentração de esforços nos seus core businesses, O aumento dos juros e um cenário pouco propício para investi-
com desinvestimento de outras actividades marginais. Também as mentos nos sectores produtivos, afectaram a economia e o nível de
pequenas empresas, que ainda não atingem dimensão crítica, terão actividade apresentou uma desaceleração, resultando num pequeno
necessariamente de enveredar por processos de consolidação. crescimento de cerca de 1,52% do PIB. O ganho de competitividade
Estes factores, conjugados com a disponibilidade de enormes volumes dos sectores exportadores devido à desvalorização cambial e a recupe-
de equity de investidores (especialmente sob a forma de private ração da crise energética de 2001, constituíram factores que contri-
equities), deverão abrir boas oportunidades de investimento e criar buíram para o crescimento económico em 2002.
um buyer’s market, o que, em termos do produto acquisition fmance, Ao longo do processo de transição política o governo estendeu o
esperamos que atenue os efeitos da conjuntura económica globalmente acordo de crédito com o FMI (Fundo Monetário Internacional), com
negativa que se antevê para 2003. desembolsos previstos da ordem de US$ 27 biliões, condicionados ao
Neste cenário, estamos confiantes que em 2003 não registaremos cumprimento de metas trimestrais até Dezembro de 2003. O novo
volumes de transacções inferiores aos verificados em 2002, esperando- governo, antes mesmo de entrar em função, concordou com os ter-
-se mesmo que ocorra o ponto de viragem do ciclo. mos do acordo, além de reafirmar a necessidade de manutenção de
fundamentos de credibilidade da dívida soberana — superavit primário
das contas públicas, política de metas de inflação, respeito dos con-
Actividade desenvolvida em 2002
tratos, entre outros. Estas acções da nova administração, acrescida de
Num enquadramento adverso, o 2002 foi um ano de marcado sucesso, uma atitude de prestígio na indicação e postura junto ao Banco Central,
realidade essa a que, pelas razões expostas, não é alheia uma opção contribuíram para uma considerável melhoria de expectativas e preços
estratégica bem conseguida, encetada no passado, de progressivo de activos no final do ano.
envolvimento em Espanha.
Efectivamente, complementando a nossa liderança do mercado Homologação pelo Banco Central do Brasil da alteração nas parti-
português, foi possível incrementar significativamente a nossa acti- cipações societárias. — Em 14 de Outubro de 2002, o Banco Central
vidade através de um importante número de operações relevantes do Brasil homologou a operação de compra e venda de acções reali-
concretizadas em Espanha. zada em Novembro de 2001, pela qual a nossa holding brasileira BES
Entre as operações concretizadas em 2002 permitimo-nos destacar: Investimento do Brasil, S. A. — Banco de Investimento, adquiriu ao
Boavista, S. A., Comércio e Serviços, 30% do capital social do BES
Sandeman — aquisição dos negócios de Vinho do Porto e Sherry Investimento do Brasil, assumindo o respectivo controlo accionista
da Sandeman pela Sogrape Investimentos, operação estruturada de que do Banco com uma participação de 80%. O Banco BCN, S. A., do
o BES Investimento foi lead-arranger e cuja dívida sénior, integral- Grupo Bradesco, detém a participação complementar de 20%.
mente tomada firme pelo Grupo BES, foi posteriormente sindicada; O BES Investimento do Brasil, é o único accionista da nossa
Abril Controljornal — aquisição de parte do capital desta sociedade corretora BES Securities do Brasil, CCVM, S. A.
(que prossegue a actividade de edição e publicação de revistas), através
de operação estruturada, cuja dívida foi integralmente tomada firme Actividade desenvolvida em 2002. — Os objectivos para o exer-
pelo BES Investimento; cício de 2002 foram, à semelhança de 2001, plenamente atingidos,
Neoplástica — no âmbito da alienação do capital da empresa (que na medida em que foi possível consolidar a nossa presença no mercado
produz e vende PET para fabrico de embalagens), operação em que o e obter um resultado acima das metas estabelecidos. O Banco fechou
BES Investimento disponibilizou a um dos accionistas vendedores o ano de 2002 com um resultado líquido de R$ 13,6 milhões (um
facilidades de crédito e garantias bancárias relacionadas com a prepa- crescimento de 93% face a 2001), com capitais próprios de R$ 65,6
ração da transacção e a sua efectivação; milhões e um volume de activos totais de R$ 259 milhões (1 euro —
Trevira Fibras — aquisição da Trevira Fibras (empresa que produz R$ 3,7071), dentro de um contexto macroeconómico local, regional
grânulo de PET e fibras sintéticas) operação em que o BES Investi- e global muito adverso.
mento disponibilizou à Imatosgil (um dos compradores, por via da O modelo de negócio foi ligeiramente alterado por forma a adaptá-
sua participação na Neoplástica) uma facilidade de crédito relacionada -lo à realidade do mercado brasileiro, tendo sido criado o Departa-
com a transacção; mento de Mercado de Capitais que congrega as actividades de mercado
Soc. Comercial Orey Antunes (SCOA) — aquisição pela Triângulo- primário de renda fixa e renda variável.
-Mor do controlo do capital da SCOA (sociedade cotada que desenvolve O conjunto das actividades gerou receitas brutas de R$ 42,5 mi-
a sua actividade no âmbito do transporte marítimo e representações lhões, distribuídas da seguinte forma:
técnicas) operação que o BES Investimento estruturou e da qual foi
lead-arranger, tomando firme a totalidade da dívida de aquisição;
The Colomer Group — refinanciamento da aquisição da empresa Percentagem de receitas por área
(produz e comercializa produtos de beleza para o segmento profis-
sional) e financiamento de novas aquisições, operação em que o BES
Investimento foi co-arranger;
Hitecsa — aquisição da empresa (especializada no fabrico e mon-
tagem de instalações de ar condicionado), através de operação de buy-
-in management buy-out, em que o BES Investimento foi arranger;
Alcasa — aquisição desta empresa (dedicada à produção de alumínio
reciclado) através de operação de management buy-out e em que, no
âmbito de um club deal, o BES Investimento foi co-arranger tomando
uma parte da dívida sénior.

Área internacional

Brasil Nas diversas áreas de negócio, destacamos os seguintes factos:


O ano 2002 caracterizou-se pela continuidade das turbulências ini- Tesouraria e gestão de risco: o ano de 2002 caracterizou-se como
ciadas no ano anterior e confirmou a deterioração de expectativas o ano da confirmação. A gestão da carteira própria — dentro dos
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limites operacionais bem definidos e sob controlos rigorosos — não Espanha


só contribuiu com resultados expressivos, como alavancou de forma
decisiva os negócios com clientes. A prestação de um serviço de quali- 2002 foi um ano de transformação e evolução para o Espírito Santo
dade junto com um nível competitivo de pricing permitiu concluir ByM. No que se refere as áreas de mercado de capitais, tirando par-
importantes transacções com clientes — tanto em volume como em tido da época de crise vivida, foram realizadas importantes reestru-
complexidade — diversificando assim as fontes de receitas e contri- turações no sentido do seu redimensionamento e da contratação de
buindo de forma positiva para a divulgação e boa imagem do Banco novos colaboradores para consolidar a nossa posição no mercado, assim
no mercado brasileiro. como o desenvolvimento de novas linhas de negócio de elevado poten-
As operações estruturadas com derivados corresponderam a cial e o reforço das actividades de controlo de risco. Nas áreas de
US$ 54,7 milhões, enquanto que as operações plain vanilla com advisory optou-se pelo reforço das equipas de execução e uma inten-
derivados ascenderam a US$ 85 milhões. As captações atingiram sificação do esforço comercial, o que conduziu à conclusão com su-
US$ 46,7 milhões, sendo US$ 22 milhões através da emissão de short cesso de um número relevante de operações em distintas áreas de
term notes distribuídos no mercado europeu e totalmente resgatados negócio. Por último, foi tomada a decisão de proceder à integração,
no próprio exercício. no início de 2003, das actividades de particulares da Espírito Santo
No mês de Setembro, o Banco Central do Brasil autorizou o BES ByM no Banco Espírito Santo em Espanha (BESSA), no sentido de
Investimento do Brasil a efectuar operações de câmbio, as quais proporcionar uma maior homogeneidade no serviço aos clientes e um
deverão ser iniciadas em Janeiro de 2003. maior foco estratégico as actividades de banca de investimento.
A totalidade dos trabalhos acima referidos foram sempre implemen-
Mercado de capitais: as actividades foram fortemente afectadas pelas tados uma óptica de integração com as actividades do BESI em Por-
incertezas associadas às eleições presidenciais que tiveram lugar no final tugal e Brasil podendo actualmente o Grupo BES proporcionar ser-
de 2002. O volume de emissões de mercado, quer de renda variável viços de banca de investimento de uma forma totalmente integrada
quer de renda fixa, ficou muito aquém do verificado em 2001, tendo nestes três mercados.
o BES Investimento do Brasil acentuado a sua actuação na colocação Esta transformação, realizada num contexto de mercado adverso,
no mercado de capitais internacional de títulos de empresas privadas unida a prejuízos extraordinários herdados da anterior gestão conduziu
em regime de private placement, na organização e montagem de a Espírito Santo ByM a apresentar um resultado negativo em 2002.
operações de crédito sindicados no exterior e na listagem no Latibex Coincidindo com a entrada de quadros do Grupo BES na Espírito
de alguns dos seus clientes. Santo ByM no final de 2001, foi dado um ênfase especial à integração
Em 2002, o BES Investimento do Brasil ficou colocado em 24.° lugar da empresa dentro de uma lógica de gestão do Grupo BES tanto em
no ranking de originação de renda fixa da ANBID — Associação termos organizativos, como de controlo de riscos e sua integração
Brasileira dos Bancos de Investimento, destacando-se pela participação com as equipas de Lisboa e São Paulo.
como coordenador contratado na emissão de debêntures de R$ 500 mi- A Espírito Santo ByM foi historicamente uma corretora também
lhões da COPEL — Companhia Paranaense de Energia, S. A., em orientada para a distribuição de produtos financeiros a particulares
11.º lugar no ranking de originação de renda variável da ANBID, sendo possuindo uma rede de 23 sucursais nas principais capitais de região
de referenciar a coordenação da oferta pública inicial da CCR — Com- em Espanha. A deterioração dos mercados de capitais implicou um
panhia de Concessões Rodoviárias, e em 7.° lugar no ranking ANBID afastamento dos particulares dos instrumentos de risco e consequente-
de co-liderança de emissões privadas externas, evidenciando-se na mente uma redução do nível de actividade desta área.
colocação de emissão de US$ 150 milhões do Banco Bradesco, S. A. Perante esta situação o Grupo BES decidiu em meados de 2002
No mês de Dezembro o BNDES — Banco Nacional de Desenvolvi- passar a totalidade do negócio de particulares da Espírito Santo ByM
mento Económico e Social, credenciou o BES Investimento do Brasil para para o BESSA. Este movimento estratégico corresponde a necessidade
actuar como agente financeiro para repasse de recursos daquela insti- de concentrar as equipas especializadas no aconselhamento a parti-
tuição, destinados ao financiamento das empresas instaladas no país. culares proporcionando uma maior massa crítica ao Grupo BES na
banca privada e pessoal em Espanha e uma maior homogeneidade na
Corretagem: a BES Securities do Brasil, S. A. — CCVM, que actua exploração deste segmento face aos clientes.
na BOVESPA — Bolsa de Valores de São Paulo e na BM&F — Bolsa Esta decisão implicou, por um lado, uma importante diminuição
de Mercadorias e de Futuros, continuou o seu esforço de consolidação de pessoal — a maioria por passagem para o BESSA — de cerca de
e alargamento da sua base de clientes brasileiros e estrangeiros. Apesar 215 colaboradores no princípio de 2002 para cerca de 100 uma vez
de 2002 ter sido um ano adverso para as bolsas, ambiente que não concluído o processo de cisão do negócio de particulares, e, por outro,
facilita a conquista de novos clientes, a corretora manteve a posição proporcionou a Espírito Santo ByM um maior foco estratégico —
a meio da tabela (existem cerca de 90 corretoras) na BOVESPA e serviços de mercado de capitais e banca de investimento para clientes
teve um significativo avanço para o 24.° lugar no ranking de institucionais e corporativos.
brokeragem da BM&F. O Espírito Santo Research sobre o mercado Assim as actividades actuais da Espírito Santo ByM podem-se resumir
brasileiro foi em 2002 o segundo mais lido produzido por uma corretora em três grandes linhas:
local (fonte: First Call), contribuindo significativamente para a divul-
gação da marca Espírito Santo neste mercado. Um rigoroso controlo 1) Mercado de capitais — intermediação em primário e secundário
de custos contribuiu para a obtenção de resultados compatíveis com o de instrumentos de cash e derivados de dívida e de acções;
orçamentado do ano, ainda que modestos em termos quantitativos. 2) Actividades de carteira própria e arbitragem para clientes insti-
tucionais centradas sobre Ibex e Eurostocks;
Corporate finance: a indefinição política no Brasil e a conjuntura 3) Banca de investimento em três áreas principais: (i) fusões e aqui-
económica mundial adversa resultaram numa redução de volume de sições, (ii) project finance e (iii) financiamentos estruturados.
transacções de M&A no país de 38% (em US$) face a 2001. Apesar
de não ter concretizado nenhuma operação de M&A no ano, o Banco A filosofia de intervenção da Espírito Santo ByM nestas actividades
estruturou toda a operação de aumento de capital da Telesp Celular insere-se numa estratégia centrada sobre três mercados principais de
Participações, S. A. — TCP, uma das maiores operações desse tipo intervenção, Portugal, Espanha e Brasil, e propondo produtos inte-
no mercado durante o exercício. grados entre estes três países no sentido de oferecer uma vantagem
Qualitativamente, continuou a dinamizar-se a ligação com as uni- competitiva e diferenciadora aos nossos clientes.
dades em Portugal e Espanha, visando apoiar o investimento ibérico Na área de dívida, a equipa de Madrid passou a intervir como uma
no Brasil e, na medida do possível, investimentos brasileiros na Europa. unidade avançada de vendas do BES Investimento no mercado espanhol.
Apesar da escassa concretização de 2002, foi construído um pipeline Por outro lado, foram distribuídas, diversas operações de mercado
extremamente promissor, sendo de destacar que nos primeiros dias de primário português e brasileiro com um elevado nível de aceitação
2003 foram anunciadas duas transacções muito relevantes cuja con- pelos clientes da equipa de Madrid o que lhe permitiu realizar um ano
clusão está ainda pendente e nas quais o banco é interveniente: asses- acima das expectativas.
soria ao Bradesco na incorporação do BBV Brasil e à Brasilcel (joint- Na área de acções, a conjuntura deu lugar a uma grande imobilidade
-venture para telefones móveis no Brasil entre Portugal Telecom e dos clientes institucionais, o que implicou a necessidade de alargar a
Telefónica) na aquisição do controlo da Tele Centro Oeste. base de clientes mediante um esforço comercial redobrado e a uma
No contexto global das actividades do banco e da corretora para reestruturação das equipas. Em particular foi atribuído um foco espe-
2003, as expectativas de desenvolvimento são boas, embora tenham cial às instituições financeiras estrangeiras com menor vocação de
sido estabelecidas metas de desenvolvimento conservadoras, face às investimento de longo prazo e a novos operadores de mercado cujas
incertezas quanto ao cenário macroeconómico brasileiro e mundial. características permitam responder a estas novas apostas. Assim, 2002
Os tombstones seguintes referem-se às principais operações em que ficou aquém da performance esperada, mas foram introduzidas as alte-
o BES Investimento do Brasil participou ao longo de 2002. rações estruturais necessárias que vão permitir o Espírito Santo ByM
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tirar partido a fundo de uma possível recuperação dos mercados direitos de TV dos clubes de primeira e segunda divisão para as tem-
em 2003. poradas 2003-2006.
Em leverage finance salientamos a participação do BES Investimento
Na área de derivados de acções, um segmento onde o Espírito Santo como co-arranger no financiamento de três operações de MBO —
ByM possui uma base de clientes activa, foi realizada o mesmo tipo Sammic, Hitecsa e Alcasa — bem como na aquisição/releverage da
de aposta estratégica, reorientando a actividade da mesa para clientes Colomer e na aquisição da Trevira, operação onde participámos como
que exigem maior valor acrescentado. Foi criada uma pequena unidade lead-arranger.
de research o que, conjugadas com uma mudança de equipas contri- Na área de mercado de capitais de renda variável salientamos a
buiu para modificar o perfil desta actividade e, apesar do fecho da liderança da operação de aumento de capital da Ebro Puleva e a par-
unidade de Barcelona, realizar um ano satisfatório na venda dos mer- ticipação, como co-manager, no IPO da Enagás.
cados organizados MEFF e Eurex e na área de produtos OTC. Em conclusão, um exercício em 2002 fortemente negativo devido
A área de carteira própria continuou a sua trajectória de sucesso, às grandes dificuldades sentidas na área de particulares e aos custos de
embora tenha sofrido as consequências negativas da forte diminuição reestruturação resultantes da adaptação da empresa à lógica de gestão
de liquidez dos mercados de acções — cash e derivados. Neste sentido, do Grupo BES. 2002 foi também o ano da integração das áreas de
um esforço específico de investigação tem sido realizado pela equipa corretagem e de banca de investimento para clientes institucionais,
de research de derivados para apoiar tanto as actividades de carteira permitindo desenvolver em 2003 a sua estratégia de banca de inves-
própria como as de clientes na proposta de estratégias alternativas de timento entre Portugal, Brasil e Espanha.
arbitragem.
Finalmente, as áreas de banca de investimento têm continuado a França
sua estratégia de implementação no mercado espanhol, apoiada sobre
uma equipa específica de 10 pessoas integrada com as restantes equipas O escritório de representação em França beneficiou de uma pre-
de Lisboa e São Paulo. Tanto em financiamentos estruturados e em sença permanente ao longo do triénio 1999-2001, a qual se saldou
project finance por conta do BES Investimento como em fusões e por resultados positivos em termos de actividade comercial.
aquisições directamente, foram concluídas várias operações que pro- No entanto, face ao estado actual dos mercados, decidiu-se encerrar
porcionaram comissões a esta actividade que permitiram de terminar este escritório, passando o mercado francês a ser acompanhado directa-
o exercício com um resultado positivo. mente a partir de Portugal, mediante um plano regular de visitas aos
A actividade de fusões & aquisições em Espanha não foi afectada nossos clientes.
pelo arrefecimento económico, tendo o volume de transacções evo- Com isto, pretende-se assegurar uma melhor e mais eficiente utili-
luído positivamente. De facto, alguns dos principais grupos espanhóis, zação dos nossos recursos humanos, mas garantindo-se sempre o ade-
pressionados por questões de liquidez e por problemas ligados às suas quado grau de cobertura do mercado e a preservação dos relaciona-
actividades na América Latina, foram levados a realizar avultados mentos comerciais anteriormente estabelecidos.
desinvestimentos. Destacamos a alienação pelo Banco Santander das
participações na Dragados e na Vallehermoso à ACS e à Sacyr respec-
tivamente, a alienação pelo BBVA da Metrovacesa à Bami e a alie- Gestão integrada dos riscos
nação pela Repsol YPF/BP/Shell de uma parcela do capital da CLH a
um pool de investidores entre os quais se inclui a Galp Energia. O controlo e a gestão dos riscos, pelo papel que têm vindo a desem-
Por outro lado, os fundos de capital risco internacionais e domés- penhar no apoio activo à gestão do Grupo BES, apresentam-se actual-
ticos também estiveram bastante activos no mercado nacional, sobre- mente como um dos principais eixos estratégicos de suporte ao seu
tudo em importantes operações ligadas à aquisição de infra-estruturas. desenvolvimento equilibrado e sustentado.
Nesta vertente, destacamos a aquisição da rede de alta tensão da Iber- Os princípios orientadores desta actividade assentam na incorpo-
drola pela CVC Partners, em conjunto com a Red Eléctrica Española ração das melhores e mais avançadas técnicas de gestão e controlo de
(REE), a aquisição da Esmalglass pela 3i e a aquisição da Ence por um risco, conciliando de forma equilibrada a experiência com a inovação.
grupo de investidores liderado pela Caixa Galicia, Banco Zaragozano Os desafios e oportunidades decorrentes do Novo Acordo de Capital
e Bankinter. (Basileia II) têm vindo a merecer por parte do Grupo BES um acom-
Por último, nas áreas de leverage finance e project finance o mer- panhamento atento.
cado espanhol esteve igualmente bastante activo. Os produtos de A aproximação da visão regulamentar à perspectiva económica
leverage finance apresentaram uma forte procura ligada ao financia- implícita na nova moldura regulamentar proposta pelo Comité de
mento da actividade de fusões e aquisições, enquanto que o project Basileia, cujos princípios corroboramos fundamentos e as práticas
finance foi beneficiado pelo lançamento e conclusão de uma série de seguidas pelo Grupo, reforça a oportunidade e estimula o esforço que
projectos de grande envergadura, ao abrigo do plano de desenvolvi- se tem vindo a ser desenvolvido na área de risco.
mento de infra-estruturas do Governo espanhol para o horizonte tem- No final do ano, o Grupo BES participou no terceiro Estudo de
poral de 2010. Impacto Quantitativo sobre o Novo Acordo de Capital (Basileia II),
Neste contexto, o BES Investimento actuou com um enfoque prin- vulgo QIS3, no qual foi possível avaliar os resultados favoráveis de
cipal nas operações cross-border Espanha, Portugal e Brasil, para as um conjunto alargado de iniciativas ao nível tecnológico, processual
quais a organização possui uma proposta diferenciada e de elevado e metodológico empreendidas durante o presente exercício.
valor acrescentado. No entanto, foi também dado ênfase à angariação Com o objectivo de assegurar um adequado controlo e gestão do
de operações domésticas, tendo-se em ambos os casos alcançado um risco durante todas as fases dos processos e em todas as instituições
número já relevante de operações mandatadas, algumas delas concluídas do Grupo, a função de gestão de risco mantém-se estruturada em duas
em 2002 e outras ainda em fase de execução. grandes áreas (risco global e acompanhamento de empresas e recupe-
Esta abordagem triangular integrada — Portugal, Espanha, Brasil — ração de crédito) e tem como objectivos:
apesar de complexa e de apresentar um processo de consolidação mais
longo, tem permitido ao BES Investimento capitalizar nas suas com- Identificar, quantificar e controlar os diferentes tipos de risco assu-
petências e capacidades em Portugal e no Brasil para, através da midos, em termos que permitam reforçar o conhecimento e a gestão
operações cross-border, penetrar com sucesso no mercado doméstico da exposição global do Grupo;
espanhol. Implementar de forma progressiva as políticas de risco traçadas
Assim, a actividade desenvolvida nestes domínios possibilitou-nos pela comissão executiva, homogeneizando princípios, conceitos e
alcançar os objectivos propostos de negócio estabelecidos para o ano metodologias a todas as entidades do Grupo;
e introduzir a nossa marca no mercado espanhol. Contribuir continuamente para o aperfeiçoamento das técnicas
internas de avaliação de performance e de optimização da base de
A título ilustrativo, na área de fusões & aquisições, salientamos, capital;
como operações concluídas em 2002, a assessoria prestada ao Grupo Dotar as áreas comerciais de ferramentas de apoio à estruturação e
Imatosgil na aquisição da Trevira Fibras (Portugal) e na venda da sua pricing de operações no momento da sua originação;
divisão de embalagens de PET (Neoplástica Europa) à Klockner Penta- Gerir, com eficiência, situações de atrasos significativos e incumpri-
plast Gmbh, bem como a assessoria à GALP Energia na aquisição de mentos definitivos de obrigações contratuais.
uma participação de 5% na CLH.
Em project finance destacamos a co-liderança, em conjunto com a
Caja Madrid e o Banco Sabadell, no financiamento concedido ao con- Riscos de crédito
sórcio liderado pelos Grupos Acciona e Dragados na construção da
Radial 2 de Madrid e a assessoria à «Liga de Futbol Profesional» espa- É efectuada uma gestão dinâmica que se sustenta numa eficiente
nhola sobre as alternativas de financiamento ligadas à negociação dos interacção entre as várias equipas envolvidas na gestão de risco ao
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longo das suas sucessivas e diferenciadas fases de vida, complementada Em termos de exposição por países, esta assenta essencialmente
pela revisão e introdução de contínuas melhorias tanto no plano das em riscos assumidos perante entidades cuja actividade se desenvolve
políticas, normas e metodologias, como de procedimentos, circuitos em Portugal e Espanha.
de decisão e ferramentas utilizadas na avaliação e controlo dos riscos. A sinistralidade manteve-se em níveis baixos no decorrer de 2002,
A esse nível merecem particular destaque algumas iniciativas concre- com o montante de crédito vencido a reduzir-se face a 2001, repre-
tizadas no decorrer deste exercício. sentando 2,2% da carteira de crédito bruta (3,0% em 2001).
Procedeu-se, ainda que de forma experimental, à implementação O ratio de cobertura das provisões face ao crédito vencido apre-
do projecto global de redesenho e diferenciação dos processos de sentou igualmente uma evolução positiva, atingindo 136,6% no final
análise, avaliação e aprovação de crédito e de revisão dos poderes de do ano (117,5% em 2001).
crédito delegados, totalmente ancorado numa perspectiva de risco eco- Refira-se ainda que atendendo à especificidade e complexidade das
nómico e visando assegurar que as decisões de crédito se processem operações de crédito tomadas pelo Banco, a sua grande maioria en-
deforma mais correcta, mais célere e mais económica. contra-se garantida por activos reais.
Para isso, deu-se continuidade à atribuição de ratings internos, com
o intuito de cobrir a carteira na sua totalidade. (Em milhares de euros)
No início de 2003, e em total sintonia comas crescentes exigências
em matéria de gestão de risco, irá ter lugar o roll out do novo processo 2002 2001
de aprovação de crédito, cujo projecto-piloto mostrou a todos os níveis
uma avaliação bastante positiva. Num ambiente macroeconómico que
se mostrou bastante adverso, o regular desenvolvimento das acções Crédito a clientes (bruto) ......................... 400 089 295 857
de acompanhamento e de controlo do risco de crédito, envolvendo Crédito e juros vencidos ........................... 8 615 8 820
todas as direcções comerciais, mereceu naturalmente um especial cui- Provisões para crédito a clientes ............. 11 770 10 366
dado na perspectiva de, antecipadamente, se poderem definir e imple- Crédito e juros vencidos/crédito a clientes
mentaras medidas concretas de gestão de risco mais ajustadas ao uni- (percentagem) ...................................... 2,2 3,0
verso de clientes que, neste período, acusaram sinais de deterioração Provisões crédito/crédito e juros vencidos
de risco. (percentagem) ...................................... 136,6 117,5
O sucesso deste processo foi conseguido com base na utilização
combinada das múltiplas ferramentas de análise de que o Grupo BES
dispõe e continuamente desenvolve. Carteira de títulos de rendimento fixo
O avanço na avaliação do risco de crédito foi, aliás, reconhecido
através da celebração de um acordo de sponsorização com a Moody’s A carteira de títulos de rendimento fixo atingiu 1266,5 milhões
Risk Management Servisses para acelerar o desenvolvimento e a de euros em termos líquidos, tendo decrescido cerca de 26% face ao
disponibilização de uma versão de um modelo de Rating RiskCalcTM ano anterior.
para empresas não cotadas domiciliadas em Portugal.

Evolução anual — Portfólio


Carteira de crédito consolidada

A carteira de crédito bruta sobre clientes atingiu 400,1 milhões de


euros no final de 2002, o que significou um crescimento de 32,3%
face ao ano transacto.
Tanto o perfil de rating como a distribuição sectorial da carteira
de crédito reflectem as operações lideradas pelo Banco nos seus dois
principais segmentos de actuação em termos de concessão de crédito —
project finance e financiamentos estruturados.
A carteira de crédito apresenta uma diversificação razoável em
termos sectoriais, com a maior exposição a um sector —financeiro —
a representar 10,6% do portfólio total.

Perfil de rating — Carteira de crédito em curso

O perfil de risco da carteira de títulos de rendimento fixo é influ-


enciado pela consolidação integral da carteira do BES Investimento
do Brasil, constituída, essencialmente, por notas do Banco Central
Brasileiro e Notas do Tesouro Nacional.
De notar que o funding destas operações é feito em moeda local,
pelo que esta ‘carteira não se encontra exposta a risco soberano.

Perfil de rating — Carteira de títulos de rendimento fixo

Distribuição sectorial da carteira de crédito

A forte volatilidade que caracterizou a generalidade dos mercados


emergentes no 2.º semestre do ano, conduziu a que o BES Investi-
mento reduzisse drasticamente a sua exposição a esses mercados, com
especial relevo para o Brasil.
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Evolução anual — Exposição e mercados emergentes O perfil de risco reflecte a forte concentração face ao sector finan-
ceiro, que representa cerca de 55% da exposição global, e que diz
respeito, na sua maior parte, a riscos assumidos perante instituições
financeiras sediadas na Europa.

Distribuição sectorial da carteira de derivados

Refira-se, no entanto, que o Banco tem vindo a manter a sua polí-


tica de cobertura do risco; soberano subjacente aos títulos emitidos;
por entidades sediadas em mercados emergentes (essencialmente Bra-
sil), através da emissão de credit linked notes, aquisição de credit default
swaps, bem como através de garantias prestadas por terceiras enti- Risco de mercado
dades.
Em termos de distribuição sectorial, verifica-se que cerca de 48% O risca de mercado é gerido numa base diária, sendo supervisionado
da carteira diz respeito a títulos emitidos por entidades financeiras e admi- e monitorizado por uma área independente das áreas de negócio. Em
nistrações centrais, regionais e supranacionais, assente em títulos com função do modelo organizacional implementado, o controlo de risco
boas notações de risco e elevada liquidez. de mercado é efectuado em três unidades de negócio situadas em
Com vista à diversificação do risco por áreas geográficas e sec- Portugal, em Espanha e no Brasil, cabendo ao primeiro a consolidação
tores, o Banco tem na sua tarteira de investimento vários produtos dos indicadores de risco.
estruturados (portfólios diversificados, que dizem respeito essen- Cada unidade tem por função e responsabilidade, o acompanhamento
cialmente a CBO’s e CLO’s), cujos principais activos subjacentes se dos resultados numa base diária e o controlo e supervisão local do
encontram sediados nos mercados norte-americano e, em menor conjunto de limites atribuídos.
escala, europeu. Limites de VaR (value at risk), limites de sensibilidades, limites de
Em termos de exposição por países, e se expurgarmos o portfólio posição são aprovados pelos comités de crédito e risco lotais e poste-
do BES Investimento do Brasil, a generalidade da carteira dizia res- riormente submetidos à aprovação do comité de crédito e risco e ou
peito a riscos assumidos perante entidades sediadas na Europa e Estados comissão executiva do Banco de Investimento de acordo com a estra-
Unidos. tégia por este definida.
Os limites de VaR propostos e aprovados são atribuídos tendo em
conta os mercados, produtos, moeda e maturidades.
Distribuição sectorial de títulos de rendimento fixo Na medida em que nenhum modelo estatístico capta todos os aspectos
do risco de mercado, o Banco utiliza também outros instrumentos
cuja utilização conjunta com os limites de VaR, de sensibilidade e com
os níveis de aviso de perda (stop losses), mitigam e reduzem a probabi-
lidade de ocorrência de ultrapassagens de VaR e das próprias medidas
de sensibilidade.
Os limites são aprovados e implementados, após a análise profunda
dos mercados, sua liquidez, experiência passada de actuação e dos
objectivos propostos estrategicamente. As suas revisões ocorrem com
carácter anual ou sempre que sucedam alterações de mercado ou de
posicionamento estratégico das áreas de negócio que assim o justi-
fiquem.
As principais medidas de risco utilizadas são o VaR e o BPV (basis
point value). No sentido de calibrar os modelos são ainda realizados
testes de aderência (back testing).
Produtos derivados Outras medidas de risco utilizadas são as de posições abertas, con-
centração de posições, medidas de turn-over e «gregos» dos instru-
O risco de crédito subjacente à carteira de derivados (quantificado mentos que contenham opcionalidade.
através das regras definidas pelo aviso n.º 10/93, e que assenta na soma A forma de implementação das metodologias referidas foi devida-
entre o custo de substituição e o risco de crédito potencial futuro) era mente adaptada em função das características específicas dos mer-
de 57,9 milhões de euros no final do exercício, tendo-se reduzido em cados onde as unidades de negócio operam.
cerca de 45% face ao valor registado no final de 2001 (106,1 mi- Apesar de uma só medida estatística não reflectir todos os aspectos
lhões de euros). do risco de mercado, o quadro seguinte apresenta uma visão global do
risco de mercado captado pelo VaR (calculado com um holding period
Perfil de risco — Carteira de derivados de 10 dias e com um nível de confiança de 99%) com referência à
data mencionada:
(Em milhares de euros)

31 de Dezembro de 2002

Portugal Brasil Espanha

Taxa de juro .................................... 1 555 693 –


Câmbio ............................................ 150 144 –
Títulos de capital ............................ 420 – 281
Diversification effect ........................ 320 224 –

Total ....................... 1 805 613 281


Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(21)

No quadro seguinte observa-se a posição direccional de BPV detida Evolução anual — DeaR/VEGA
pelo Banco, à mesma data, indicando que caso a estrutura temporal
de taxas sofresse um incremento de um ponto base o valor das posi- Euros
ções detidas seriam afectadas positivamente em, aproximadamente,
23,8 mil euros.

(Em euros)

31 de Dezembro de 2002

Portugal Brasil Espanha

Tenor:
<2 Y ........................................... 25 047 — 1 043 –
>2 Y ........................................... — 554 363 –

Total ...................... 24 493 — 680 –


Por último, o portfólio de acções sofreu no decurso do ano de 2002
uma acentuada redução quando comparado com o ano anterior, tendo
De seguida, apresenta-se o perfil de sensibilidade a variações de apresentado a seguinte progressão:
taxa de juro dado pela medida BPV ou Vo1, ao longo dos meses em
2002.
Verifica-se que em função dos acontecimentos ocorridos ao longo Evolução anual — Portfólio de acções
do ano houve necessidade de alterar o posicionamento do Banco face Euros
às potenciais variações de taxas.

Evolução anual — Vo1


Milhares de euros

Risco operacional

O risco; operacional traduz-se, geralmente, na eventualidade de


perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos inter-
nos pelo comportamento das pessoas ou dos sistemas informáticos,
ou ainda por eventos externos à organização.
Quanto à sensibilidade da carteira de opções a um aumento da vola- O Grupo BES tem estado particularmente atento às discussões em
tilidade em 1%, e consequente impacto no seu valor, verificamos que torno da revisão dos requisitos mínimos de fundos próprios com origem
em 31 de Dezembro de 2002 era a seguinte: no Comité de Basileia (nomeadamente no que diz respeito à alocação
de capital a este tipo de risco e às recomendações que permitirão,
(Em euros)
caso sejam seguidas pelas instituições, evoluir de uma gestão tradi-
cional para uma gestão integrada e sistemática do risco operacional,
31 de Dezembro de 2002 incluindo a sua identificação, monitorização, quantificação e mitigação.
Pela sua crescente importância, o risco operacional possui uma área
Portugal Brasil Espanha exclusivamente dedicada que desenvolve a sua actividade de forma
transversal realizando, entre outras actividades, o acompanhamento
Taxa de juro ................................... — 64 855 – – das melhores práticas de gestão deste tipo de risco.
Neste sentido e, na sequência da realização de um diagnóstico pre-
Câmbio ........................................... – – –
liminar, incidindo em algumas áreas da organização do Grupo BES,
onde se encontra incluído o Banco de Investimento, foi lançado um
Total ...................... — 2 011 – 56 613 conjunto de iniciativas, das quais destacamos: (i) início da recolha e
categorização, em base de dados, para algumas tipologias de eventos
No ano de 2002 a actividade desenvolvida sobre o livro de vola- resultantes de risco operacional; (ii) identificação e análise qualita-
tilidade centrou-se em mercados organizados, com especial destaque tiva de pontos críticos em termos de risco operacional, em alguns
no LIFFE, Eurex, CME e CBOT. processos de áreas de negócio específicas. Para o sucesso destas inicia-
O gráfico apresentado demonstra a evolução diária dos valores em tivas contribui a revisão de levantamentos e análise de processos que
euros de VEGA e de DeaR (95%, 1 dia). se encontra actualmente em curso.

Análise financeira comparativa para os anos 2002-2001

Evolução da conta de resultados (consolidado 2002 versus 2001)


(Em milhares de euros)

Variação 2002-2001
2002 2001
Valor Percent.

Margem financeira .................................................................................... 78 734,8 11 221,0 67 513,8 601,7


Comissões líquidas ..................................................................................... 11 938,6 10 158,0 1 780,6 17,5
21 932-(22) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Variação 2002-2001
2002 2001
Valor Percent.

Resultados de operações financeiras ......................................................... (62 683,2) 3 200,0 (65 883,2) n.a.
Outros proveitos de prestação de serviços ............................................... 25 553,0 23 362,0 2 191,0 9,4
Produto bancário ....................................................................................... 53 543,2 47 941,0 5 602,2 11,7
Custos com pessoal ................................................................................... (14 398,9) (14 289,0) (109,9) 0,8
Outros gastos administrativos ................................................................... (15 662,7) (15 952,0) 289,3 — 1,8
Custos de estrutura .................................................................................... (30 061,6) (30 241,0) 179,4 — 0,6
Outros proveitos (reemb. despesas) — Outros custos .............................. (256,6) (3 198,0) 2 941,4 —92,0

Resultados correntes .................................................................................. 23 225,1 14 502,0 8 723,1 60,2


Amortizações ............................................................................................ (2 056,6) (2 107,0) 50,4 — 2,4
Provisões líquidas ...................................................................................... (8 870,2) (2 688,0) (6 182,2) 230,0
Resultados extraordinários líquidos ........................................................... 89,0 (949,0) 1 038,0 n.a.
Interesses minoritários .............................................................................. (759,6) (907,0) 142,4 —16,3
Resultados em empresas associadas excluídas de consolidação ................. (4 052,6) (3 182,0) (870,6) 27,4
Resultados antes de impostos .................................................................... 7 575,1 4 669,0 2 906,1 62,2
Impostos sobre os lucros .......................................................................... (4 810,8) (2 581,0) (2 229,8) 86,4
Resultados líquidos ..................................................................................... 2 764,3 2 088,0 676,3 32,4

O BES Investimento encerrou o ano de 2002 com resultados líquidos em resultados de mercado, com menos-valias em obrigações atingindo
consolidados de cerca 2,8 milhões de euros, o que representou um um valor de 57,2 milhões de euros.
acréscimo de 32,4% face aos 2,1 milhões de euros verificados em
2001. A crise profunda que afectou os mercados de capitais teve um
impacto importante na actividade do BES Investimento, na medida Margem financeira
em que não permitiu a realização de operações significativas no mer-
cado primário e condicionou fortemente a actividade das nossas asso- Milhares de euros
ciadas Espírito Santo Dealer e Espírito Santo ByM.
Como a actividade das associadas do BES Investimento — Espírito
Santo Dealer e Espírito Santo ByM — se encontra fortemente depen-
dente da evolução dos mercados de capitais, que continuaram forte-
mente depressivos em 2002, os seus resultados mantiveram-se nega-
tivos, o que conduziu a que o efeito da sua consolidação passasse de
cerca de 3 milhões de euros negativos, em 2001, para 4 milhões de
euros, igualmente negativos, neste exercício.
Os resultados correntes atingiram 23,2 milhões de euros, signifi-
cando um acréscimo de 60% (8,7 milhões de euros) comparativamente
com 2001.
Este acréscimo foi resultante, fundamentalmente, da evolução das
comissões — que passaram de 10,2 milhões de euros para 11,9 mi-
lhões de euros, o que representa um crescimento de 17,5% — e dos
proveitos pela prestação de serviços, que cresceram 9,4%, passando Comissões e proveitos de prestação de serviços
de 23,4 milhões de euros, em 2001, para cerca de 25,6 milhões de
euros, no período em análise. As comissões e os proveitos de prestação de serviços apresenta-
Quer a margem financeira, quer os resultados de operações finan- ram, no período em análise, um acréscimo de 11,9%, ao passarem de
ceiras tiveram uma evolução que foi fortemente influenciada pela 33,5 milhões de euros para 37,5 milhões de euros.
actividade do Banco de Investimento do Brasil, o qual contribuiu com As receitas provenientes da prestação de serviços mantiveram sus-
cerca de 87% (69 milhões de euros) para a margem financeira e com tentado o seu crescimento, tendo crescido 9,4%, passando de 23,4
97% dos resultados de operações financeiras (61 milhões de euros de milhões de euros para 25,6 milhões de euros.
resultados negativos). A intensa actividade de trading de dívida pública A evolução das comissões líquidas é devida, exclusivamente, às
brasileira, indexada ao USD, foi a fundamental responsável por estes comissões de crédito que aumentaram cerca de 2,5 milhões de euros,
resultados. entre 2201 e 2002, fruto do desenvolvimento registado nas activida-
As provisões líquidas apresentam um valor bastante elevado, fruto, des de project finance e financiamentos estruturados.
fundamentalmente, da necessidade do reforço efectuado de cerca de
7,8 milhões de euros para a carteira de obrigações, uma vez que para a Comissões e proveitos de prestação de serviços
carteira de crédito, não foram efectuados reforços significativos.
Globalmente, o ano de 2002, para o BES Investimento, traduziu- Milhares de euros
-se num acréscimo de cerca de 11,7% do produto bancário e com a
relação cost to income a passar de 67,5% para 60%.

Margem financeira

A margem financeira cresceu perto de 67,5 milhões de euros, entre


2001 e 2002. Como referido atrás este acréscimo foi devido à con-
solidação das actividades no Brasil, em que uma actuação muito
activa no trading de dívida pública local, indexada ao USD, alavancou
de forma extremamente importante os juros de obrigações (cerca de
74 milhões de euros), tendo, em contrapartida, registado fortes perdas
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(23)

Resultados de operações financeiras Custos de estrutura

Os resultados de operações financeiras reflectiram a actividade do Os custos de estrutura, incluindo as amortizações, verificaram um
mercado brasileiro, mencionada na margem líquida, pelo que as menos- ligeiro decréscimo de 2001 para 2002 — cerca de 230 mil euros, ou
-valias em obrigações, neste mercado, atingiram os 57,2 milhões de euros. seja 0,7% — registando um valor de 32,1 milhões de euros.
A existência, na Europa, de uma importante carteira de negociação de
obrigações brasileiras, as quais viram as suas cotações profundamente
afectadas pelas incertezas que rodearam o país, durante 2002, vieram Custos de estrutura
provocar resultados de operações financeiras francamente negativos.
Milhares de euros

Resultados de operações financeiras


Milhares de euros

(Em milhares de euros)

2002 2002-2001
2002 2001 — —
Perc. ATL Variação

Activo:
Activos monetários ............................................................................... 11 159,0 5 845,0 1,3 90,9
Crédito sobre instituições de crédito ..................................................... 50 092,0 14 202,0 5,7 252,7
Crédito sobre clientes ............................................................................ 392 486,0 288 386,0 45,0 36,1
Carteira de obrigações e outros:
De emissores públicos ........................................................................ 34 433,0 60 884,0 4,0 — 43,4
De outros ........................................................................................... 232 066,0 298 044,0 26,5 — 22,1

Carteira de acções ................................................................................. 35 400,0 53 498,0 4,1 — 33,8


Participações ......................................................................................... 27 334,0 32 782,0 3,1 — 16,6
Imobilizações ......................................................................................... 5 675,0 7 426,0 0,7 — 23,6
Activos diversos .................................................................................... 81 303,0 89 436,0 9,3 — 9,1

Total do activo líquido ........................................... 869 948,0 850 503,0 100,0 2,3

Passivo e situação líquida:


Débitos para com instituições de crédito .............................................. 233 478,0 256 907,0 26,7 — 9,1
Débitos para com clientes ..................................................................... 149 271,2 77 224,0 17,2 93,3
Débitos representados por títulos ......................................................... 218 399,0 233 139,0 25,1 — 6,3
Passivos diversos ................................................................................... 53 012,0 60 127,0 6,1 — 11,8
Provisões para riscos gerais .................................................................. 4 330,0 5 280,0 0,5 — 18,0
Passivos subordinados ............................................................................ 49 880,0 49 880,0 5,7 –
Capital ................................................................................................... 70 000,0 70 000,0 8,0 –
Prémios de emissão ............................................................................... 8 796,0 8 796,0 1,0 –
Reservas ................................................................................................. 24 560,0 25 181,0 2,8 — 2,5
Resultados transitados ........................................................................... 50 400,0 55 920,0 5,8 — 9,9
Interesses minoritários .......................................................................... 5 058,0 5 961,0 0,6 — 15,1
Lucros do exercício ............................................................................... 2 763,8 2 088,0 0,3 32,4

Total do passivo e situação líquida ....................... 869 948,0 850 503,0 100,0 2,3

No que respeita ao balanço do Banco, verificou-se um ligeiro acrés- A carteira de obrigações, na sua componente de obrigações de
cimo (19,5 milhões de euros, ou seja, 2,3%). emissores públicos apresentou uma redução muito significativa, cerca
Este acréscimo foi devido, fundamentalmente, à rubrica de crédito de 26,5 milhões de euros.
sobre clientes que registou um crescimento de 36,1%, ou seja, 104,1 mi- Também a carteira de obrigações corporate verificou um decrésci-
lhões de euros. Para este acréscimo contribuíram, decisivamente, os mo substancial — cerca de 66 milhões de euros (22,1%) — entre os
aumentos verificados nas carteiras de empréstimos em regime de dois períodos em análise.
project finance (cerca de 54 milhões de euros) e de financiamentos A carteira de acções sofreu uma redução de 33,8% (18 milhões de
estruturados (34,6 milhões de euros). euros), na medida em que a depressão verificada nos mercados de
Também as rubricas de activos monetários e créditos sobre insti- capitais conduziram a uma redução substancial dos valores em risco
tuições de crédito verificaram aumentos significativos. das carteiras do Banco.
21 932-(24) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Análise dos resultados por área de negócio

(Em milhares de euros)

47,50

27,41

19,42

113,81
64,62
66,37
75,75

93,05
17,69
2,34

8,01
n. a.

8,63
Percen-
Variação 2002-2001

tagem
Esta secção do relatório analisa o desempenho das diversas áreas
de negócio do Banco, mostrando os valores mais relevantes do rela-




tório de gestão do Banco.
Contudo, é de salientar que, para efeitos de gestão, os procedimentos

(4 611)

(6 860)

502
2 076

872
1 835
7 408
3 974
621
12 004
2 577
2 123
13 594
Valor
são os seguintes:
i) Foi definido um centro de proveitos de capitais próprios.
Assim, todas as áreas de negócio são financiadas pela tesouraria,

(2 840,6)

5 246,8)
(766,6)

(11 162,7)
(10 686,4)
(32 161,2)
(21 474,7)

(12 900,6)
(10 125,5)
a qual, por sua vez, se financia quer no mercado quer utilizando os

9 707,7

3 508,9
25 023,4
24 605,7
capitais próprios de Banco, remunerando devidamente estes capi-

Total
tais;
ii) Os proveitos e custos das associadas no Brasil (BES Investi-
mento do Brasil, BES Securities e Espírito Santo Investimento, S. A.),
em Espanha (Espírito Santo ByM) e Espírito Santo Dealer são con-

(1 105,8)
(1 904,6)
(92,1)
(1 996,8)
(200,0)

(1 105,8)
solidados integralmente nas áreas de negócio do BES Investimento,

11,0

1 080,0
891,0
Brasil
retirando-se a parte proporcional dos resultados, de acordo com a




parte do capital não pertença do Banco, na rubrica interesses mino-
ritários;

2001
iii) Os custos distribuídos pelas diversas áreas de negócio referem-
-se aos custos directos dos centros de custo e aos overheads, cuja dis-

(10 233,2)

(708,5)
(15 972,5)

(1 726,0)

(4 426,0)
(5 739,3)
790,0

14 957,0
18 747,0
3 000,0

2 669,0
1 048,5
Espanha
tribuição pelas áreas de negócio é feita segundo critérios definidos


internamente, quando da elaboração do orçamento anual;
iv) Existem comissões e/ou receitas de prestações de serviços que
são divididos pelas diversas áreas, de acordo com o envolvimento
respectivo no sucesso das operações e que carecem de acordo prévio

(766,6)

(820,8)
(1 114,6)
(12 925,5)

(9 336,9)

(14 191,9)

(11 105,4)
(4 855,0)

(11 086,3)
dos responsáveis dessas mesmas áreas;
Portugal/

839,9
8 906,7

4 967,7
8 986,4
Irlanda
v) No caso de operações envolvendo equipas dos diversos países
onde o (Banco está representado (operações cross-border), as recei-
tas provenientes das mesmas são divididas pelas equipas intervenientes,
segundo o seu grau de envolvimento, independentemente da entidade
que recebe o respectivo proveito.

(20 973,0)

(1 272,3)
(1 005,1)
(29 583,9)
(8 610,9)

(3 754,5)

(897,1)
26 728,7

105,9
3 468,3
5 096,9

18 163,5

4 129,7
Assim, e após o enquadramento descrito, temos então:
Total

(1 074,0)
(213,4)

(324,5)
(1 287,4)

(324,5)
(13,2)

963,0
123,2

853,0
Brasil



2002

(1 280,0)
(6 086,0)

(927,0)
(7 870,1)

(5 104,0)
(12 253,9)

(18 339,9)
1 912,0
216,6

4 046,1
9 268,2
11 396,8
Espanha


(7 645,1)

(78,1)
(2 311,5)
(9 956,5)
1 569,6

83,6
7,7
4 757,1

105,9

4 440,1
8 042,2

4 531,4
14 368,9
Portugal/
Irlanda

Total de custos directos .................................................


Resultados das carteiras de acções (inc. derivados) ........

Total de custos distribuídos ............................................


Comissões líquidas do Mercado Primário .......................

Resultado operacional da área de acções .......................


Outras provisões líquidas para a área de acções .............
Total de receitas da área de acções ..................

Total de custos de área de acções .....................

Resultados extraordinários ..............................................


Interesses minoritários na área de acções ......................
Comissões líquidas de intermediação e outras ................

Provisões líquidas para acções de investimento .............

Resultado antes de impostos da área de acções


Área de acções:
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007
Ao nível da área de acções verificamos um acréscimo no total da receitas, fruto, exclusivamente, do facto do resultado de gestão das carteiras ter passado de um prejuízo de cerca de 10 milhões de euros,
para um resultado positivo de 3,4 milhões de euros.
No entanto, a manutenção de um clima fortemente depressivo que caracterizou o mercado de capitais, com a queda continuada dos principais índices bolsistas e as reduções verificadas nos turnovers das
bolsas onde o Banco e as suas associadas são activos (Europa, USA e Brasil) veio provocar uma forte quebra nas comissões de intermediação, as quais sofreram uma redução de 27,4%, passando de cerca de
25 milhões de euros, para perto dos 18,2 milhões de euros.
As comissões de mercado primário decresceram cerca de 47,5% (4,7 milhões de euros), visto o mercado financeiro português — que representa a quase totalidade nas receitas nos anos em análise — ter
reduzido substancialmente o número e o montante de operações.
O total de custos decresceu cerca de 8% (2,6 milhões de euros).
No entanto, o total de custos directos apresentou um decréscimo de 502 000 euros, ou seja, 2,3%, o qual foi resultante de um decréscimo substancial verificado em Portugal, visto que, em Espanha,
como consequência da reestruturação levada a efeito durante o ano de 2002 — e cujos efeitos só se virão a verificar nos anos subsequentes — os custos respectivos aumentaram de cerca de 2 milhões
de euros.
Também os resultados extraordinários de montante extremamente elevado verificado no ano de 2001, consequência, nomeadamente, de write-offs de imobilizado — resultantes da mudança de instalações
da Espírito Santo Dealer e da Benito y Monjardín — foram significativamente reduzidos em 2002.
(Em milhares de euros)

2002 2001 Variação 2002-2001

Portugal/ Portugal/ Percen-


Espanha Brasil Total Espanha Brasil Total Valor
Irlanda Irlanda tagem

Área de financiam. e gestão de risco (inc. a tesouraria):


Resultados de originação ................................................ 2 309,5 – 183,7 2 493,2 2 005,7 – 1 230,0 3 235,7 (742,0) — 22,95
Resultados de distrib. (inc. comissões de intermediação) (6 271,7) 2 034,0 353,5 (3 884,2) 4 146,3 1 272,0 224,0 5 642,3 (9 527,0) —168,84
Resultados de negociação e derivados com clientes ....... 2 043,4 12,6 8 264,0 10 320,1 3 822,9 49,0 3 099,0 6 970,9 3 349,0 48,04
Resultados da tesouraria ................................................. 4 220,6 – 265,4 4 486,0 4 091,8 – 2 497,0 6 588,8 (2 103,0) — 31,91

Total de receitas da FGR ........................ 2 301,8 2 046,6 9 066,7 13 415,1 14 066,7 1 321,0 7 050,0 22 437,7 (9 022,6) — 40,21

Total de custos directos ................................................. (2 827,7) (880,1) (779,0) (4 486,8) (2 802,6) (2 178,4) (935,8) (5 916,8) 1 430,0 — 24,17
Total de custos distribuídos ............................................ (4 981,7) (307,0) (2 009,4) (7 298,2) (4 277,7) (406,9) (729,1) (5 413,6) (1 885,0) 34,81

Total de custos da FGR ........................... (7 809,5) (1 187,1) (2 788,4) (11 784,9) (7 080,3) (2 585,3) (1 664,8) 11 130,4) (454,6) 4,01

Provisões para instrumentos de dívida .......................... (7 312,5) – – (7 312,5) (1 543,9) – – (1 543,9) (5 769,0) 373,64
....................................................................................... – – – – (153,4) – – (153,4) 153,0 — 100,00

Resultado operacional da FGR ............... (12 820,1) 859,5 6 278,3 (5 682,3) 5 289,1 (1 264,3) 5 385,2 9 410,0 (15 092,3) — 160,39

Resultados extraordinários .............................................. 50,5 – – 50,5 – – – – 51,0 n. a.


Interesses minoritários na área de FGR ......................... 16,2 – (759,6) (743,5) 44,0 – (553,9) (509,9) (234,0) 45,81

Resultado antes de impostos da FGR ..... (12 753,4) 859,5 5 518,7 (6 375,2) 5 333,1 (1 264,3) 4 831,3 8 900,1 (15 275,0) — 171,63

Na área de financiamento e gestão de risco, incluindo a tesouraria, as receitas totais registaram um decréscimo substancial — 9 milhões de euros (40,2%) — comparativamente com 2001.
Os resultados de distribuição foram os responsáveis fundamentais por este decréscimo, ao passarem de um valor positivo de 5,6 milhões de euros para um valor negativo 3,9 milhões de euros. Esta evolução
foi consequência, fundamentalmente, das menos-valias registadas na carteira de dívida de títulos brasileiros.

21 932-(25)
Os resultados de negociação e derivados com clientes (incluindo Forex) tiveram uma evolução francamente positiva, ao registarem um acréscimo de 3,3 milhões de euros (48%).
Esta evolução foi devida, em exclusivo, aos resultados obtidos no Brasil, em que a intensa actividade de trading de títulos de dívida pública brasileira se revelou extraordinariamente profícua, pelo que estes
resultados aumentaram 5,2 milhões de euros, entre 2001 e 2002.
O total de custos directos desta área decresceu 24,2% (1,4 milhões de euros).
O andamento das provisões líquidas foi francamente desfavorável, uma vez que no ano de 2002, houve a necessidade de um reforço substancial — perto de 7,3 milhões de euros — das provisões para
obrigações de investimento, geridas pela tesouraria.
(Em milhares de euros)

21 932-(26)
2002 2001 Variação 2002-2001

Portugal/ Portugal/ Percen-


Espanha Brasil Total Espanha Brasil Total Valor
Irlanda Irlanda tagem

Área de corporate finance:


Margem financeira ......................................................... (39,7) – – (39,7) (37,7) – – (37,7) (2,0) 5,33
Comissões de fusões e aquisições ................................... 6 053,9 – – 6 053,9 9 673,9 – – 9 673,9 (3 620,0) — 37,42
Outras comissões de serviços de advisory e outras ........ 3 762,2 1 934,0 948,7 6 645,0 2 426,8 114,0 4 403,0 6 943,8 (299,0) — 4,30
Total de receitas da área de corporate .............. 9 776,4 1 934,0 948,7 12 659,2 12 063,0 114,0 4 403,0 16 580,0 (3 921,0) — 23,65
Total de custos directos ................................................. (2 137,7) (1 067,6) (427,4) (3 632,8) (2 486,3) (739,9) (887,7) (4 113,9) 481,0 — 11,70
Total de custos distribuídos ............................................ (2 706,0) (668,8) (210,3) (3 585,1) (3 413,3) (35,1) (455,3) (3 903,7) 319,0 — 8,16
Total de custos da área de corporate ................ 4 843,7) (1 736,4) (637,7) (7 217,8) (5 899,6) (775,0) (1 343,1) (8 017,7) 800,0 — 9,98
Provisões liquidas para crédito e devedores ................... (433,5) – – (433,5) (232,2) – – (232,2) (201,0) 86,68
Resultado operacional da área de corporate .................. 4 499,2 197,6 311,1 5 007,8 5 931,2 (661,0) 3 059,9 8 330,1 (3 322,0) — 39,88
Resultados extraordinários .............................................. 38,7 – – – – – – – – –
Interesses minoritários na área da área de corporate .... – – – – – (354,1) – – – –
Result. antes de impostos da área de corporate 4 537,9 197,6 311,1 5 007,8 5 931,2 – 2 705,8 8 330,1 (3 322,2) — 39,88

A área de corporate finance viu o total das suas receitas decrescer cerca de 24% (3,9 milhões de euros). O decréscimo foi mais acentuado no Brasil em que, devido à inexistência de operações de relevo
significativo, aliada a uma desvalorização importante da moeda local (cerca de 76%) entre os dois períodos considerados, a quebra de comissões foi de cerca de 3,5 milhões de euros. O forte envolvimento
no mercado espanhol, deu os seus primeiros frutos em 2002, com comissões na ordem dos 2 milhões de euros, representando 15% das receitas desta área.

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


O total de custos directos sofreu uma redução de 11,7%, ou seja 481 000 euros entre 2001 e 2002.
2002 2001 Variação 2002-2001

Portugal/ Portugal/ Percen-


Inglaterra Total Inglaterra Total Valor
Irlanda Irlanda tagem

Área de project finance:


Margem financeira ..................................................................................................... 1 127,8 – 1 127,8 213,3 – 213,3 914,0 428,64
Comissões de crédito .................................................................................................. 3 265,2 – 3 265,2 1 824,0 – 1 824,0 1 441,0 79,02
Outras comissões de serviços de advisory .................................................................. 5 164,4 2 626,7 7 791,1 3 681,8 – 3 681,8 4 109,0 111,61
Total de receitas da área de project finance ............................... 9 557,4 2 626,7 12 184,1 5 719,1 – 5 719,1 6 465,0 113,04
Total de custos directos ............................................................................................. (2 456,3) (3 244,2) (5 700,5) (3 070,5) – (3 070,5) (2 630,0) 85,65
Total de custos distribuídos ........................................................................................ (2 433,7) (2 433,7) – (1 677,8) – (1 677,8) (756,0) 45,05
Total de custos da área de project finance ................................. (4 890,0) (3 244,2) (8 134,2) (4 748,3) – (4 748,3) (3 386,0) 71,31
Provisões líquidas para crédito e devedores ............................................................... (88,2) – (88,2) (224,0) – (224,0) 136,0 — 60,62
Resultado operacional da área de project finance ...................................................... 4 579,3 (617,5) 3 961,8 746,8 – 746,8 3 215,0 430,51
Resultados extraordinários .......................................................................................... – – – – – – – –
Interesses minoritários na área de acções .................................................................. – – – – – – – –
Result. antes de impostos da área de project finance ................. 4 579,3 (617,5) 3 961,8 746,8 – 746,8 3 215,0 430,51
A área de project finance viu o total das suas receitas mais que duplicarem em relação ao ano de 2001, ao passarem de 5,7 milhões de euros para 12,2 milhões de euros.

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


A criação de um portfólio de crédito especializado originou que a margem financeira passasse de 213 000 euros, em 2001, para cerca de 1,2 milhões de euros.
O envolvimento em projectos de relevo quer no mercado nacional quer no mercado inglês — levou a que o volume de comissões duplicasse, ao passar de 5,5 milhões de euros, em 2001, para cerca de
11,1 milhões de euros
O envolvimento em projectos de relevo — quer no mercado nacional quer no mercado inglês — levou a que o volume de comissões duplicasse, ao passar de 5,5 milhões de euros, em 2001, para cerca de
11,1 milhões de euros, em 2002.
O total de custos directos, em consequência da ampliação do quadro de colaboradores e a existência de uma equipa de especialistas em Londres, sofreu um acréscimo de 2,6 milhões de euros, ou seja 85,7%.
(Em milhares de euros)

2002 2001 Variação 2002-2001


— —
Portugal/ Portugal/ Valor Percent.

Área de financiamento estruturados:


Margem financeira .................................................................................................................................................................................................... 2 079,9 1 059,3 1 020,6 96,34
Comissões de crédito ................................................................................................................................................................................................. 1 387,0 678,7 708,6 104,39
Outras comissões de serviços de advisory ................................................................................................................................................................. 3,1 77,1 (74,0) — 95,96

Total de receitas da DFE ............................................................................................... 3 740,3 1 815,2 1 655,1 91,18


Total de custos directos ............................................................................................................................................................................................ (312,0) (441,6) (129,6) 29,35
Total de custos distribuídos ....................................................................................................................................................................................... (618,9) (416,1) 202,8 — 48,73
Total de custos da DFE ................................................................................................. (930,9) (857,7) 73,2 — 8,53
Provisões líquidas para crédito e devedores .............................................................................................................................................................. (511,7) (0,1) 511,6 n. a.
Resultado operacional da DFE ..................................................................................... 2 027,7 957,4 1 070,3 111,80

A área de financiamentos estruturados viu o total das suas receitas registarem um acréscimo de cerca de 91%, ao passarem de 1,8 milhões de euros, em 2001 para 3,5 milhões de euros, no exercício corrente.
A margem financeira, fruto de um aumento substancial do volume de crédito, duplicou entre 2001 e 2002, o mesmo se tendo verificado no volume de comissões.
O total de custos directos sofreu uma redução de cerca de 130 000 euros (29,4%) devido, fundamentalmente, ao decréscimo verificado em FSEs (despesas jurídicas e notariais).
2002 2001 Variação 2002-2001

Portugal/ Portugal/ Percen-


Espanha Brasil Total Espanha Brasil Total Valor
Irlanda Irlanda tagem

Área de participadas e remuneração dos capitais próprios:


Margem financeira ......................................................... (150,5) – – (150,5) (1 711,0) – – (1 711,0) 1 560 — 91,21
Comissões de crédito ...................................................... 27,6 – – 27,6 68,2 – – 68,2 (41) — 59,59
Outros proveitos ............................................................ 3 257,2 – – 3 257,2 2 500,0 – – 2 500,0 757 30,29
Resultado de empresas participadas ................................ – – – – – – – – – n. a.
Remuneração do capital próprio .................................... 4 330,9 – 1 484,8 5 815,6 4 030,2 – 3 321,0 7 351,2 (1 536) — 20,89

Total de receitas de crédito e participadas ........ 7 465,2 – 1 484,8 8 950,0 4 887,5 – 3 321,0 8 208,5 742 9,03
Total de custos directos ................................................. (673,0) – (746,3) (1 419,3) (601,7) – (920,2) (1 521,9) 103 — 6,74
Total de custos distribuídos ............................................ (798,1) – (329,1) (1 127,1) (494,5) – (343,4) (838,0) (289) 34,51

21 932-(27)
Total de custos de crédito e participada ........... (1 471,1) – (1 075,3) (2 546,4) (1 096,2) – (1 263,7) (2 359,9) (187) 7,90
Provisões líquidas para crédito e participadas ................ (585,8) – – (585,8) 595,8 – (46,9) 548,8 (1 135) n. a.
Resultados extraordinários .............................................. – – (2 622,6) (2 622,6) (1 629,0) – (5 201,2) (5 201,2) 4 208 n. a.
Result. operacional de crédito e participadas ..... 5 408,3 – (2 213,2) 3 195,1 2 757,7 – (3 190,8) 3 190,8 3 628 n. a.
21 932-(28) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

O total de receitas desta área verificou um acréscimo de 742 000 de posição, pelo Banco, sobre as melhores práticas do governo das
euros (9,03%) em comparação com o ano de 2001. Este acréscimo sociedades, matéria em constante evolução.
foi resultante, fundamentalmente, da evolução extremamente favo- Como principais aspectos da evolução do governo da sociedade
rável da margem líquida que passou de um valor negativo de 1,7 mi- durante o ano de 2002, destacam-se:
lhões de euros, em 2001, para um valor igualmente negativo, mas de
150,5 mil euros, em 2002. A constituição, em Maio, da Área de Compliance, com poderes
O total de custos directos desta área registou um ligeiro decréscimo, efectivos de supervisão sobre as actividades do Banco, no que respeita
cerca de 6,7%, ou seja, 103 000 euros. à sua conformidade com as normas legais em vigor, e de controlo
O andamento das provisões líquidas foi francamente desfavorável, sobre o cumprimento pelos colaboradores da lei e do corpo normativo
uma vez que no ano de 2001 a reposição de provisões excedeu em interno. Designadamente, compete-lhe prevenir a ocorrência de prá-
549 000 euros a sua constituição, enquanto que em 2002 se verificou o ticas de inside trading e de branqueamento de capitais. A área de
oposto, constituição de provisões líquidas no montante de 586 000 euros. Compliance é uma das áreas do Banco que intervém activamente no
O ano de 2001, devido à regularização de alguns créditos antigos de relacionamento institucional do Banco com as entidades de supervisão,
montante elevado e que se encontravam totalmente provisionados, nacionais e estrangeiras.
possibilitou uma substancial reposição de provisões, enquanto que, A aprovação, no mês de Setembro, de um novo Código de Conduta
durante 2002, se efectuaram provisões para participadas. aplicável a todos os colaboradores do Banco. O Código de Conduta
visa fundamentalmente estabelecer um conjunto de deveres deonto-
lógicos, prevenir situações de conflitos de interesses e regular as opera-
Relatório de corporate governance ções pessoais efectuadas sobre valores mobiliários. O novo Código de
Conduta é uma adaptação do Código do Banco Espírito Santo.
1 — Introdução

O conselho de administração do BES Investimento, apresenta o 2 — Divulgação de informação


relatório anual sobre o governo da sociedade, seguindo o modelo deter-
minado pelo Regulamento n.º 7/2001, da Comissão do Mercado dos 2.1 — Organigrama:
Valores Mobiliários (CMVM). Apresenta-se em seguida o organigrama do BES Investimento, onde
O regulamento não se aplica, enquanto exigência legal, ao Banco, se sistematizam as unidades pelo tipo de actividade que desenvolvem:
por não ter este acções admitidas à negociação em mercado regula-
mentado. Porém, na linha das recomendações da CMVM, e de acordo i) Direcção de clientes;
com a política do BES Investimento, a -apresentação do presente ii) Direcções de produtos;
relatório consubstancia um exercício de reflexão crítica e de tomada iii) Departamentos de apoio.
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(29)

i) Direcção de clientes: ii.2 — Direcção de mercado de capitais — Financiamentos e gestão


de risco (DMC-FGR):
O Front Office do BES Investimento está organizado de forma
matricial entre a Direcção de Clientes — a quem compete a coorde- Administradores:
nação comercial — e as Unidades de Produto, com que a primeira se
relaciona de forma transversal, permitindo a prestação de um serviço Dr. Rafael Valverde — Mercado primário de dívida e research de
global ao cliente em operações complexas e multiproduto, como seja, crédito;
por exemplo, a assessoria de corporate finance associada à montagem Dr. Francisco Ravara Cary — Sectores da distribuição, negociação
de operações de financiamento ou, ainda, a gestão de risco de taxa de e gestão de risco.
juro. Esta direcção tem como funções as seguintes:
A direcção de clientes, sob a orientação do administrador executivo, Montar operações de dívida, estruturada ou plain vanilla, recor-
Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, está organizada por rendo aos produtos: obrigações, papel comercial e crédito (sindicado
sectores de actividade. ou não). As operações englobam dívida directa, securitização ou dívida
A sua principal missão é o relacionamento continuado com os clientes, emitida por veículos especiais de financiamento colateralizada por
de modo a promover a obtenção de mandatos e a fidelização daqueles. activos mobiliários;
Tem por principais funções: Angariar mandatos de operações de dívida emitidas por empresas,
entidades governamentais ou supranacionais, com especial foco nos
Intensificar a relação junto das empresas alvo e assegurar a sua mercados ibérico e brasileiro;
fidelização, mediante um acompanhamento sistemático dos clientes Sindicar as operações de dívida junto de instituições financeiras
que permita detectar novas oportunidades soluções; nacionais e/ou estrangeiras;
Criar uma visão mais integrada sobre os clientes e as suas necessi- Colocar os produtos de dívida, junto de investidores institucionais
dades, por forma a garantir (i) que todos os produtos do Banco ou do nacionais e estrangeiros;
Grupo BES são oferecidos e (ii) que sejam desenvolvidos esforços Emitir relatórios de research de crédito sobre o mercado em geral,
comerciais concertados, para garantir um grau superior de sucesso; sectoriais e de emitentes específicos, para distribuir junto dos clientes
Coordenar a actividade com os representantes do Banco em Madrid, corporate, investidores institucionais e outros bancos;
Londres e S. Paulo, por forma a aumentar o fluxo de operações cross Efectuar trading para clientes e para carteira própria de títulos da
border específicas, objectivando sempre as vantagens competitivas dívida pública portuguesa, de títulos da dívida pública estrangeira, de
do Grupo BES, seja a nível de presença local, conhecimento dos sec- outros títulos do Euromercado e de produtos de dívida de empresas;
tores/mercados ou know-how específico; Estudar, montar e gerir novos produtos estruturados relacionados
Manter a aproximação às diferentes áreas de actuação do Grupo com as operações acima, com incidência especial nos derivados;
BES e garantir a maximização de soluções de valor acrescentado para Estudar e montar produtos de cobertura de risco de taxa de câmbio
o cliente, independentemente da sua origem; e de taxa de juro para imunização de balanços, quer do Banco, quer
Coordenar as equipas que se responsabilizarão pela montagem dos dos seus clientes;
diversos produtos bancários oferecidos aos clientes, integrando os Analisar as curvas de risco dos emitentes integrados no research de
gestores de produtos; crédito para investidores.
Acompanhar a execução das operações negociadas;
Colaborar na detecção de problemas que, eventualmente, possam ii.3 — Direcção de Serviços Financeiros (DSF):
surgir com os clientes (early problem recognition).
Administrador: Dr. Rafael Valverde
ii) Direcções de produto: As funções principais desta direcção, em ligação estreita com a
direcção de clientes, são:
As unidades especializadas de produto são as seguintes:
Montar e efectivar operações de fusão e aquisição (M&A);
ii.1 — Direcção de mercado de capitais — Acções (DMC-A): Avaliar empresas, quer como suporte às suas actividades, quer como
apoio a outras direcções;
Administrador: Dar ênfase especial às operações de cross border com Espanha e
Dr. Christian Georges Jacques Minzolini. Brasil, países onde existe presença local do Banco;
Participar activamente na (i) consolidação das operações interna-
Esta direcção tem por função a montagem e organização de ope- cionais do Banco e (ii) no desenvolvimento de oportunidades nos
rações sobre títulos de capital orientadas para o mercado, a coloca- mercados africanos, com destaque para Marrocos, Tunísia e PALOP,
ção de acções junto de investidores institucionais, nacionais e estran- para operações de M&A.
geiros e o trading para carteira própria de títulos representativos de
capitais de empresas e de produtos derivados sobre os mesmos. Com- 11.4 — Direcção de Project Finance (DPF):
pete ainda à DMC-A a montagem de novos produtos estruturados
relacionados com as operações anteriormente referidas, com incidência Administrador:
especial nos derivados. Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto:
A DMC-A assegura a integração funcional da área de equity nos
mercados em que o Grupo BES intervém, designadamente o eixo As funções principais desta direcção, em ligação estreita com a
Portugal-Espanha-Brasil. direcção de clientes, e áreas congéneres das participadas BES Investi-
21 932-(30) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

mento do Brasil e Espírito Santo ByM e, ainda, com a colaboração Gestão do portfólio tendo como objectivo rebalancear os riscos do
das áreas de originação do BES, são: balanço e proporcionar uma fonte de receita estável.
Intervenção em operações non-recourse e limited-recourse, ligadas C — Gestão da emissão de dívida e pricing, do passivo:
a projectos de investimento, usualmente denominadas de project
finance, envolvendo entre outros concessões e parcerias público-pri- D — Pricing interno:
vado;
Proporcionar aos clientes do Grupo BES um serviço de alta quali- Pricing interno do activo e passivo por forma a garantir a correcta
dade e inovação técnica quer numa perspectiva de advisory quer numa alocação dos custos do uso de fundos;
perspectiva de arranging e lending proporcionando-lhes acesso às Assegurar aos clientes internos — as direcções de produto — as
estruturas de financiamento ideais, nas melhores condições de mercado; melhores condições possíveis por forma a proporcionar-lhes o desen-
Participar activamente no processo de internacionalização do Grupo volvimento do negócio em termos competitivos.
BES, nomeadamente, desenvolvendo oportunidades nos mercados afri-
canos, com destaque para os PALOP, e no mercado europeu; iii) Departamentos de apoio:
Desenvolver a relação banco-cliente com independência e isenção
As unidades de apoio consistem num grupo de estruturas que garan-
de conflitos de interesses, adoptando uma postura de partnership;
tem a logística de suporte à actividade. Neste grupo inserem-se todas
Realizar, com elevados padrões de rigor técnico e profissionalismo,
as estruturas, internas ou ao nível do Grupo BES, que desenvolvem
a gestão do portefólio de projectos em regime de Project Finance em
a sua actividade técnica/operativa em apoio directo às restantes uni-
que o Grupo BES participa.
dades.
Este grupo é constituído pelas seguintes unidades:
ii.5 — Direcção de Financiamentos Estruturados (DFE):
Administrador: Dr. Rafael Valverde. iii.1 — Departamento de Operações Especiais (DOE):
As funções principais desta direcção, em ligação estreita com a Administrador: Dr. José Maria Ricciardi:
direcção de clientes e com a colaboração das áreas de originação do
BES e Benito y Monjardín, consistem em: Tem por função o acompanhamento e gestão de todo o crédito
directo vivo (incluindo o crédito por assinatura) — com excepção
Apoiar os clientes do Grupo BES na estruturação de operações com das operações de financiamento apoiadas no mercado (créditos
recurso a operações estruturadas de endividamento, que envolvam sindicados e papel comercial) — das participações financeiras e da
simultaneamente montantes elevados e que requeiram uma montagem carteira de valores — mobiliários considerada como de longo prazo.
financeira mais elaborada, nomeadamente as operações de leverage Tem também por competência a recuperação de créditos vencidos.
buyout e management buy-out, bem como operações de financia-
mento de activos em non-recourse ou de releverage. iii.2 — Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e Risco
(DPCGR):
A DFE procura posicionar-se nestas operações como lead-arranger
e seu tomador firme, procedendo depois à sua sindicação, quando a Administrador: Dr. José Maria Ricciardi:
dimensão e características o justifiquem.
As funções deste departamento, de acordo com as suas diversas áreas,
ii.6 — Direcção de private equity (DPE): são as seguintes:

Administrador: Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi. A — Análise de risco:
Atribuição de rating interno e elaboração de análises de risco de
A actividade de private equity, ao nível do Grupo BES, encontra-se crédito, sempre que se pretenda a tomada deste tipo de risco no Banco;
sobre a responsabilidade do BES Investimento, competindo-lhe a ac- Analisar o risco mercado em operações específicas sempre que se
tuação no eixo geográfico Portugal, Espanha e Brasil. As funções pretenda a tomada deste tipo de risco no Banco, com o objectivo da
principais desta direcção são: sua quantificação;
Tomar participações de equity e quasi-equity em empresas, com o Rever os factores de risco utilizados para medir e fixar limites de
objectivo de saída com mais-valia, a médio prazo; risco de crédito e de mercado.
Envolver-se na administração das empresas, em que foram toma-
das participações, bem como negociar direitos especiais, através de B — Controlo de Risco de Crédito e de Mercado/Reporting:
Acordos Parassociais ou outros, a celebrar;
Privilegiar a constituição de instrumentos específicos — Fundos de Recolher, preparar, controlar e difundir diariamente pelas diferentes
Private Equity — como instrumentos prós-secutores da actividade, áreas de negócio informação sobre posições das carteiras de acções,
de forma a alavancar a actividade através de fundos de terceiros; obrigações, derivados, utilização dos limites aprovados (VaR, Stop
Estabelecer acordos/parcerias com terceiras entidades — através da Losses, Concentração, etc);
constituição de sociedades gestoras, com a participação dos diversos Elaborar com base mensal, o perfil de risco de crédito da carteira
intervenientes e com equipas de gestão próprias para desenvolver, do Banco (exposição global, por instrumento, por país, por rating
em conjunto, a actividade de private equity. interno, por sector económico, etc);
Preparar toda a informação de apoio à elaboração dos diversos
ii.7 — Direcção de tesouraria : reportings externos e internos sobre crédito, risco de contraparte, risco
de liquidez e risco de mercado;
Administrador: Dr. Francisco Cary. Controlar periodicamente, a pedido das áreas de front office res-
ponsáveis pela originação do negócio, as covenants dos diversos con-
São as seguintes as principais responsabilidades desta direcção: tratos do Banco;
Controlar, para além dos riscos já descritos, o risco do Banco na
A — Gestão do balanço: vertente operacional;
Gestão do risco de taxa de juro do Bank Book (todo o risco exis- Desenvolver metodologias de aferição de risco (ex: modelização
tente em balanço com excepção dos portfólios de trading); de risco de crédito, avaliação de títulos não cotados, derivados não
Gestão do risco de liquidez (de acordo com as directrizes aprovadas lineares, etc.);
em ALCO), adequando o funding mix as características e qualidade do Administrar o sistema de front office do Banco;
activo; Apoiar a auditoria interna, nos trabalhos destinados a quantificar e
Monitorar e cumprir os limites e ratios internos e externos bem analisar, os riscos de execução, informação e operacional.
como outros requisitos regulamentares e prudenciais aplicáveis;
Optimização do capital; Na identificação, quantificação e controlo dos diferentes tipos de
Promover a realização de reuniões periódicas de ALCO, assegurando risco assumidos, o DPCGR trabalha em consonância com o Departa-
a informação e indicadores relevantes; mento de Risco Global (DRG) do BES, que numa óptica de gestão da
exposição global do Grupo BES (sociedades incluídas no perímetro de
B — Portfólio de Investimento (DMda): supervisão em base consolidada a que o BES está sujeito), desenvolve
aquelas tarefas, em termos que permitam reforçar o conhecimento e
Propor ao conselho de crédito e risco investimentos para o portfólio a gestão da exposição global do Grupo através da implementação
de acordo com critérios de diversificação, qualidade e rentabilidade; progressiva das políticas de risco traçadas pela Comissão Executiva
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do BES, homogeneizando princípios, concertos e metodologias a todas rito Santo Dealer — Portugal e Espanha — e Benito y Monjardín).
as entidades que integram o Grupo. O DCI é responsável pelo site institucional BES Investimento, bem
Existe também uma interligação estreita entre o Director Central como pela coordenação de projectos de marketing, campanhas de
do DPCGR e o Director Coordenador do Departamento de Auditoria publicidade, e de contactos com os media em relação a toda a publi-
e Inspecção (DAI) do BES, de forma a apoiar os trabalhos programa cidade publicação do Banco na imprensa nacional estrangeira; tem a
dos pela auditoria interna O DAI é responsável pela aplicação, coor- seu cargo o controlo da qualidade gráfica de toda a documentação
denação e aperfeiçoamento das medidas de controlo interno do Grupo interna de research de Portugal, Espanha e Brasil e a manutenção dos
BES, por forma a melhorar o funcionamento das organizações e assim, manuais normativos relativamente à identidade corporativa do Grupo
diminuir as condições gerais de risco. Espírito Santo Investment; controla a produção gráfica do relatório
O administrador responsável pelo DPCGR — Dr. José Maria e contas e das publicações de natureza económica ou financeira a enviar
Ricciardi — é também o administrador executivo que, no BES, tem a à CMVM, Euronext Lisboa e APB.
cargo o DRG e o DAI. Os dois departamentos acima mencionados dependem ainda de um
director central, que reporta a um administrador, o Dr. José Maria
C — Informação de gestão: Ricciardi.
Elaborar o plano e orçamento anuais do Banco e realizar, mensal- iii.6 — Departamento de Operações, que funciona como back-office
mente, o controlo orçamental, com indicação e análise de desvios, dos sectores operacionais, assegurando a execução operativa de pro-
resultante do acompanhamento estreito da evolução dos negócios do cessos, nomeadamente de crédito, garantias, transferências e valores.
Banco, extraindo a informação necessária dos sistemas onde esta se
encontre residente (p. e. Interfaces e Sistemas de front-office); Administrador: Dr. José Maria Ricciardi.
Consolidar integralmente, em termos do Sistema de Informação de
Gestão — Grupo BES Investimento, as contas de gestão das partici- iii.7 — Departamento de Informática:
padas Espírito Santo Dealer, Benito y Monjardín, Banco de Brasil —
BES Securities — e Espírito Santo Investment, p. l. c. (Irlanda); Tem por função o levantamento das necessidades, selecção ou
Implementar, em coordenação com o Grupo BES, um Sistema de desenvolvimento e implementação dos sistemas informáticos e de
Informação de Gestão (SIG), para o BES Investimento, tendo em vista comunicações em todas as áreas do Banco; assegura a manutenção
a rendibilidade por cliente. dos sistemas informáticos e de comunicações, a realização das tarefas
de rotina associadas e optimizações e, ainda, o apoio permanente aos
Este departamento é dirigido por um director central que acumula utilizadores dos sistemas informáticos e comunicações.
as funções de director coordenador do Departamento de Risco Global
do BES. Administrador: Dr. José Maria Ricciardi.

iii.3 — Área de compliance: iii.8 — Departamento Jurídico, para acompanhamento dos negócios
do Banco, dando-lhe a estrutura jurídica mais adequada. Assegura a pres-
Administrador: Dr. José Maria Ricciardi: tação de serviços de consultoria ou assessoria fiscal, bem como serviços
Esta área só foi criada por ordem de serviço de Maio de 2002 e a de contencioso judicial. Tem uma colaboração estreita com o DPCGR e
ela estão cometidas as seguintes funções: a área de compliance, designadamente no que respeita ao risco legal.

a) Na vertente interna: Administrador: Dr. José Maria Ricciardi.


Divulgar e assegurar o cumprimento das normas internas — com iii.9 — Departamento de Recursos Humanos, que tem a seu cargo
realce, para os manuais de procedimentos e códigos de conduta em tudo o que se relaciona com política de recursos humanos, sendo res-
vigor — e propor e implementar, sob a égide da comissão executiva ponsável pela elaboração do orçamento anual de custos com pessoal
do Banco, normas de âmbito geral ou aplicação restrita, tidas por e assegurando os processamentos das remunerações e encargos.
adequadas conforme as circunstâncias;
Acompanhar a actividade de conta própria, de clientes, de colabo- Administrador: Dr. José Maria Ricciardi.
radores e relacionados e das direcções e controlar a utilização indevida
de informação privilegiada de forma a prevenir a ocorrência de situa- iii.10 — Departamento administrativo, que tem a seu cargo a su-
ções propensas à prática de inside trading; pervisão das instalações, a recepção e o economato, bem como a
Acompanhar a actividade e operações tendo presente a problemá- expedição e a recepção da correspondência do Banco. Reporta ao
tica do branqueamento de capitais, atentas as disposições legais em director de recursos humanos.
vigor;
Assegurar, em articulação com o departamento jurídico, a confor- Administrador: Dr. José Maria Ricciardi.
midade face aos regulamentos internos e à lei dos contratos e garan-
tias, celebrados sob jurisdição portuguesa, em que o Banco seja parte. iii.11 — Departamento de Informação, que tem por função o tra-
tamento e armazenagem informática de toda a informação recebida
b) Na vertente externa, adjacente às funções anteriores: no Banco, além da gestão dos documentos de arquivo, socorrendo-se
de microfilmagem.
Acompanhar a publicação de normas e leis pelas entidades supervi-
soras dos mercados de actuação — Comissões de Mercados de Valores Administrador: Dr. Rafael Valverde:
Mobiliários, Bancos Centrais e Agências Governamentais em geral —
e verter tais disposições em regulamento interno, com o apoio do 2.2. — Descrição da evolução da cotação das acções:
departamento jurídico e sob a égide da comissão executiva;
Responder, ou coordenar a resposta, a inquéritos oriundos de enti- O BES Investimento tem um capital social de 70 000 000 de euros
dades supervisoras, associações bancárias ou profissionais e entidades dividido em 14 000 000 de acções, com o valor nominal unitário de
financeiras ou outras; cinco euros integralmente subscritas e realizadas pelo BES. Não é uma
Coordenar a elaboração e assinatura de contratos de âmbito gené- sociedade de capital aberto, valor do dividendo líquido por acção pago
rico (contratos ISDA) com o apoio jurídico adequado. pelo BES Investimento ao seu accionista único, em 2002, e relativo
aos resultados de 2001, foi de aproximadamente 0,155 euros num
As competências da área de compliance compreendem o BES In- total de 2 167 000 de euros.
vestimento e algumas das suas participadas: Espírito Santo Dealer e
Espírito Santo Investment p. l. c. (Irlanda). 2.3 — Política de distribuição de dividendos:

iii.4 — Departamento de Contabilidade, que assegura o registo e A distribuição de dividendos depende da evolução das condições
controlo das operações contabilísticas, bem como, em conjunto com financeiras e dos resultados do BES Investimento e de outros factores
o DPCGR o reporting associado para o Banco de Portugal. que o conselho de administração considere relevantes.
Neste contexto e conforme consta da proposta de aplicação dos
iii.5 — Departamento de Comunicação e Imagem (DCI), que tem resultados do exercício de 2002, o conselho de administração do Banco
por função tudo o que se refere à gestão da, imagem da marca Espí- vai apresentar-á assembleia geral a proposta de pagamento de um
rito Santo Investment (Banco Espírito Santo de Investimento — em dividendo bruto por acção no valor aproximado de 0,0194; euros no
Portugal, no Brasil, em Espanha, na Inglaterra e na Irlanda — Espí- total de 271 370 de euros.
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2.4 — Planos de atribuição de acções e planos de atribuição de mercado regulamentado — e as autoridades de supervisão é assegurada
opções: pelo representante para as relações com o mercado, Nuno Pignatelli
Pereira, director da área de compliance.
Os administradores executivos e os colaboradores do BES Inves- O investidor pode contactar o Banco por via postal, telefónica ou
timento beneficiam de duas práticas remuneratórias: electrónica, para os seguintes endereços:
Retribuição fixa; Área de Compliance (Att: Nuno Pereira).
Retribuição variável. Rua Alexandre Herculano, 38.
1269-161 Lisboa.
A retribuição fixa dos administradores executivos é definida pela Tel./Fax: (351) 213196900/(351) 213309500
comissão de fixação de vencimentos, sendo a dos colaboradores apro- E-mail: mail@besinv.pt
vada pela comissão executiva. A remuneração dos administradores
executivos e dos colaboradores encontra-se enquadrada no ACTV —
Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Sector Bancário. 3 — Representação de accionistas
Relativamente à retribuição variável, esta caracteriza-se por duas e exercício do direito de voto
formas de pagamento, independentemente do cargo ou das categorias
profissionais: O BES Investimento tem actualmente um único accionista — o
Banco Espírito Santo, S. A. Daí que não se coloquem questões ao nível
Prémios; da representação dos accionistas e do exercício dos direitos de voto.
Plano de incentivos (SIBA). As assembleias gerais do BES Investimento têm decorrido sob a
forma de assembleia universal (sem observância de formalidades pré-
Os prémios encontram-se associados aos resultados do Banco, tendo vias), mediante a apresentação de carta mandadeira assinada por legais
subjacente o SAD — Sistema de Avaliação de Desempenho. representantes do accionista único, na qual se indica a pessoa ou as
O SAD aplica-se exclusivamente ao quadro de colaboradores, per- pessoas que o representam e a menção de que a assembleia se pode
mitindo avaliar competências, objectivos específicos e de negócio. constituir e deliberar validamente sob forma universal.
São intervenientes neste processo de avaliação os colaboradores, os
responsáveis hierárquicos e os administradores dos pelouros. 4 — Regras societárias
O plano de incentivos do BES Investimento decorre do SIBA —
Sistema de Incentivos Baseado em Acções instituído no Grupo BES, 4.1 — Código de conduta e outra regulamentação interna:
aplicando-se na integra todas as condições e objectivos do Banco
Espírito Santo. Foi aprovado, em Setembro de 2002, um novo código de conduta
Este programa de incentivos caracteriza-se pela venda aos colabora- (o código) aplicável a todos os colaboradores do Banco (membros
dores de um ou mais lotes de acções representativas do capital social dos órgãos sociais, empregados, mandatários e demais colaboradores),
do BES, com liquidação do preço em diferido. No que ao BES Inves- documento esse que foi adaptado a partir do código de conduta do
timento respeita, poderão ser beneficiários do SIBA os membros da BES, a exemplo do que tem ocorrido com as várias instituições de
comissão executiva e os colaboradores no activo. É à comissão exe- crédito e sociedades financeiras do Grupo BES.
cutiva que compete determinar o universo de beneficiários e a quan- Como principais previsões do código de conduta há a destacar:
tidade de acções colocadas à disposição de cada um. O limite máximo
de acções a distribuir é fixado pelo conselho de administração do BES. A imposição de um conjunto de deveres éticos a todos os colabo-
Na elaboração da sua proposta, a comissão executiva do Banco tem radores (princípio da igualdade de tratamento de todos os clientes do
em consideração a avaliação do desempenho dos potenciais benefi- Banco, deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência,
ciários, em função da responsabilidade do cargo e dos objectivos fixados. lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos inte-
Quando estiver em causa qualquer membro da comissão executiva do resses dos clientes do Banco sobre o interesse dos trabalhadores e dos
BES Investimento, a decisão será tomada pelo conselho de adminis- membros dos órgãos de administração, dever de sigilo e de colaboração
tração do Banco Espírito Santo. com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e
O preço de alienação unitário das acções é o que resultar da divisão, deveres especiais de tutela do mercado e da sua transparência);
pelo seu número total, do valor correspondente à cotação de fecho Regulamentação detalhada sobre a matéria do conflito de inte-
das acções na sessão de bolsa da Euronext Lisbon imediatamente resses;
anterior à data da alienação, acrescido do valor equivalente aos divi- Regulamentação da realização de operações pessoais sobre valores
dendos que lhes tiverem sido atribuídos até à data do integral paga- mobiliários efectuada pelos colaboradores do Banco, de modo a pre-
mento daquele preço, bem como do valor equivalente aos encargos venir o abuso de informação privilegiada (inside trading);
financeiros resultantes de eventual financiamento concedido por força Regula a situação dos colaboradores que efectuam análise económica;
de aumento de capital por entradas em dinheiro. Estabelece princípios gerais relacionados com a prevenção do bran-
queamento de capitais;
2.5 — Utilização de novas tecnologias na divulgação de infor- Regulamenta o tratamento a dar a reclamações dos clientes;
mação: Prescreve expressamente que qualquer incumprimento do código
de conduta será considerado uma infracção disciplinar, quando come-
A utilização de meios electrónicos para a divulgação, disponi- tido por um colaborador do BES Investimento, ou como a preterição
bilização e envio de informação financeira do BES Investimento tem de deveres contratuais, no caso de o infractor ser membro do órgão
ganho uma importância crescente na relação da instituição com os de administração ou fiscalização.
nossos clientes. Ainda e com vista ao cumprimento dos objectivos definidos pela
O BES Investimento disponibiliza na sua página na Internet comissão executiva, a actividade do BES Investimento encontra-se
(www.esinvestment.com), diversa informação institucional, designada- normalizada e disciplinada, tendo carácter obrigatório a aplicação dos
mente uma corporate presentation e informação relativa às áreas de diversos procedimentos e controlos estabelecidos.
actividade (incluindo contactos) e à sua presença geográfica (Portugal, Os métodos e processos de trabalho estão definidos, são do conhe-
Espanha e Brasil). cimento obrigatório de todos os colaboradores e constam de do-
cumentos escritos, os quais — tal como o código de conduta — são
2.6 — Gabinete de apoio ao investidor: difundidos informaticamente (via Intranet), através de computador
pessoal, instalado em cada um dos postos de trabalho.
Não existe um gabinete de apoio ao investidor. O relacionamento Estes documentos assumem a forma de:
com o accionista único é assegurado ao nível da administração.
O Departamento de Comunicação e Imagem garante, através do Manual de procedimentos e manual de risco, que são textos
seu director, Pedro Pereira Santos, a prestação de informação a ana- regulamentadores dos produtos comercializados e das actividades de
listas e órgãos de comunicação, nomeadamente no que respeita ao suporte;
esclarecimento de questões ou divulgação de informação periódica ou Ordens de serviço, que são textos normativos emanados pela co-
pontual. Este departamento tem competência para elaborar apresen- missão executiva e que se destinam a definir as regras básicas do fun-
tações e emitir comunicados ou press releases sobre os resultados cionamento do Banco;
semestrais ou anuais, bem como sobre quaisquer factos que ocorreram Comunicações internas, que são textos de carácter informativo e
passíveis de interesse da comunidade financeira em geral. restrito, emitidos pelos diversos sectores do Banco, com vista à comu-
A relação do BES Investimento com os investidores — o Banco nicação de situações específicas de interesse para as relações inter-
tem apenas dívida, na forma de obrigações, admitida à negociação em -serviços.
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4.2 — Procedimentos internos para o controlo do risco na activi- sido substituído amiudadamente pelo Comité ALCO ao nível do topo
dade do Banco: do próprio Banco Espírito Santo. Foi, entretanto, decidido que o ALCO
do BES Investimento permanecerá em pleno de funções.
O Banco dispõe de uma estrutura interna especialmente dedicada O Comité ALCO do BES que reúne, pelo menos, com periodicidade
ao controlo de risco da sua actividade. A informação referente as mensal, é presidido pelo Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado,
atribuições funcionais, organização e níveis de risco, encontra-se presidente da comissão executiva do BES, e conta com a participação
amplamente desenvolvida no capítulo — Gestão Integrada de Riscos de todos os membros da comissão executiva, entre os quais o Dr. José
do relatório de gestão. Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-presidente do conselho de
O controlo e supervisão de risco é efectuado pela comissão exe- administração e membro da comissão executiva do BES Investimento.
cutiva do Banco, que delega no conselho de crédito e risco a revisão De referir, ainda, a existência das seguintes unidades orgânicas a
das normas e procedimentos conducentes da actividade comercial e nível do BES dedicadas à auditoria interna e à gestão de riscos:
de controlo dos riscos inerentes, bem como a apreciação dos riscos
de crédito, de mercado, legal e de imagem; e no Comité de Activos e iii) Comité de Risco Global:
Passivos (ALCO), as políticas de balanço e liquidez.
Este comité do BES tem como principais atribuições, entre outras,
i) Conselho de Crédito e Risco (CCR): propor à comissão executiva do BES a aprovação de metodologias,
políticas, procedimentos e instrumentos para todos os tipos de risco
A este conselho compete: no Grupo BES; assegurar a coordenação da actividade do Departa-
mento de Risco Global com as unidades de negócio e departamentos
Providenciar o acompanhamento do perfil de risco da instituição; centrais; e actuar como comité de acompanhamento para todos os
Rever e aprovar políticas e estratégias de tomada de risco, de modo projectos conduzidos no Grupo, em matéria de risco.
a garantir a sua adequação ao perfil de risco definido pela comissão O comité reúne, em regra, todos os meses, dele fazendo parte
executiva, tendo em conta os necessários requisitos legais e regula- administradores executivos do BES, entre os quais se conta o Dr. José
mentares vigentes, bem como as best practices de mercado; Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-presidente do conselho de
Aprovar limites individuais e agregados, de acordo com as linhas administração e membro da comissão executiva do BES Investimento.
de negócio e produto definidas;
Monitorizar as exposições mais importantes, graus de concentração, iv) Departamento de Auditoria e Inspecção (DAI):
medidas qualitativas da carteira, a exposição versus limites aprovados;
A composição deste órgão é a seguinte: A acção deste departamento do BES é extensiva às sociedades do
Grupo BES, incluindo o BES Investimento e suas participadas.
Membros permanentes: todos os administradores do Banco com No âmbito das suas atribuições, compete-lhe designadamente, ava-
funções executivas e responsáveis de direcção ou departamento que a liar as condições de funcionamento das unidades de estrutura e a efi-
comissão executiva possa vir a nomear em ordem de serviço. ciência dos processos de trabalho, com o objectivo de garantir práticas
A presidência deste conselho está a cargo do Dr. José Maria Espí- consistentes e de testar as condições gerais de adesão às decisões dos
rito Santo Silva Ricciardi, vice-presidente do conselho de administração. órgãos de administração. Emite relatórios das actividades direccionados
para a resolução dos constrangimentos funcionais e operativos detec-
Membros consultivos: senior bankers que apresentam as operações tados, mediante a aplicação criteriosa de meios/processos de teste e
a discutir, e se farão acompanhar por representantes das direcções de validação dos procedimentos operativos. Garante também conferências
produto envolvidas nas operações, os analistas de risco que estudaram regulares, de forma a acautelar os valores monetários e documentais,
e classificaram as mesmas, o responsável pela direcção de tesouraria pertença do Grupo BES ou a ele confiados.
e um elemento do departamento jurídico.
4.3 — Existência de limites ao exercício dos direitos de voto, de
É sempre obrigatória a presença do director central com o pelouro direitos especiais e de acordos parassociais:
do Departamento de Planeamento e de Controlo de Gestão e Risco,
podendo este na sua ausência ser representado pelo seu director res- O BES Investimento tem um accionista único, pelo que não existe
ponsável. qualquer acordo parassocial nem cláusula estatutária com incidência
As decisões são tomadas sempre por maioria de 2/3 dos votos dos no exercício de direitos sociais ou transmissibilidade das acções do
membros permanentes, com expressão mínima de quatro assinaturas, Banco.
sendo que uma delas terá sempre de ser de um administrador e outra 5 — Órgão de administração
de um representante do risco.
As operações que não reúnam uma maioria favorável de 2/3 dos 5.1 — Caracterização do conselho de administração:
votos dos membros permanentes presentes poderão, caso o adminis-
trador presente assim o entenda, ser reapreciadas no CCR seguinte ou Ao conselho de administração compete a discussão e aprovação
ser enviadas para apreciação pela comissão executiva. das decisões estratégicas do Banco, reunindo-se, em princípio, quatro
Este órgão reúne-se com periodicidade bissemanal ou quando se vezes por ano (artigo 13.º, n.º 1 dos Estatutos).
justifique e toda a documentação objecto de apreciação, incluindo o Para que este conselho delibere validamente é necessário que esteja
teor da decisão e respectivas assinaturas é arquivada em sede de admi- presente a maioria dos seus membros, sendo as suas deliberações
nistração e digitalizada. tomadas por maioria dos votos dos administradores presentes ou repre-
sentados. Em caso de empate nas votações, o presidente ou quem o
ii) Comité de Activos e Passivos (ALCO): substituir, terá voto de qualidade (artigo 13.º n.os 3 e 4 dos Estatutos).
As reuniões deste órgão dão sempre lugar à elaboração de actas.
O ALCO tem como principais atribuições: O conselho de administração, de acordo com o artigo 14.º dos
Estatutos, pode delegar a gestão corrente do Banco numa comissão
Definir políticas de afectação e estruturação do balanço; executiva, constituída por parte dos seus membros, em número ímpar.
Acompanhar a evolução dos activos e passivos face aos riscos de Nos termos do artigo 16.º, n.º 1 dos Estatutos, o conselho de admi-
taxa de juro, de câmbio e de liquidez, propondo medidas de gestão nistração é composto por um número ímpar de membros, de cinco a
de balanço adequadas às suas necessidades através da monitorização 21 administradores.
de limites de COM (Maximum Cumulative Outflow), ratios de cober- De acordo com o Regulamento n.º 07/2001 da CMVM, cada socie-
tura dos activos de longo prazo e planos de contingência. dade deverá indicar os membros do órgão de administração indepen-
O ALCO é presidido por um administrador executivo — o Dr. José dentes, explicitando o conceito de administrador independente adop-
Maria Espírito Santo Silva Ricciardi — integrando ainda o presidente tado.
da comissão executiva e membros da comissão executiva o respon- Os administradores do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.,
sável pela tesouraria do Banco e os primeiros responsáveis pelas uni- são, obviamente, independentes, uma vez que são obrigados por lei a
dades orgânicas com envolvimento expressivo na gestão do balanço actuar no exercício das suas funções exclusivamente norteados pelo
e do risco: Direcção de Mercado de Capitais — Financiamentos e Gestão interesse do Banco, tendo em conta os interesses do accionista e dos
de Risco, Direcção de Mercado de Capitais — Acções, Direcção de trabalhadores. Contextualizando a independência a que se refere a
Clientes, Departamento de Operações Especiais e Departamento de CMVM nas especiais relações dos administradores com outras enti-
Planeamento e Controlo de Gestão e Risco. dades ou com a própria sociedade, o Banco decidiu adoptar o seguinte
O ALCO reúne com frequência trimestral ou sempre que as cir- conceito: administrador independente é todo aquele que não tenha
cunstâncias assim o aconselham. O ALCO do BES Investimento não laços económicos, familiares ou laborais com o accionista único da
tem reunido com a frequência que seria suposto ter, uma vez que tem sociedade ou com sociedades que sobre este exerçam domínio.
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Assim, metade dos membros do conselho de administração do Banco seus membros e cujos pontos para discussão são apresentados pelos
serão membros independentes, não obstante a sua recondução ou componentes da comissão.
nomeação depender do accionista único. As decisões são tomadas por maioria dos membros presentes, sendo
O conselho de administração do Banco é, na presente data, com- lavradas actas das suas reuniões.
posto pelos seguintes membros (encontra-se em anexo ao presente A composição da comissão executiva e a atribuição de áreas aos
relatório a lista de cargos sociais exercidos pelos membros do conselho seus membros eram, à data de 31 de Dezembro de 2002, as seguintes:
de administração):
Presidente:
Presidente (não executivo):
Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado (é vice-presidente do con- suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo
selho de administração do Banco Espírito Santo, S. A., onde exerce o de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
cargo de presidente da comissão executiva, sua actividade principal; é apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003),
membro não independente). preside também ao Comité de Investimento do Banco, como se refere
mais adiante.
Vice-presidente (presidente da comissão executiva):
Vogais:
Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi — Operações Espe-
de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si ciais, Private Equity, Planeamento e Controlo de Gestão e Riscos,
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), Compliance e Departamento Jurídico, Contabilidade, Operações (back
exerce o cargo no Banco como actividade principal; é membro não office), Informática, Comunicação e Imagem, Recursos Humanos e
independente, sendo também vogal não executivo do conselho de Departamento Administrativo. Preside ao Conselho de Crédito e Risco
administração do BES. e ao Comité ALCO do Banco.
Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde — Direcção de Clien-
Vice-presidente (executivo): tes, Serviços Financeiros, Financiamentos Estruturados, Mercado Pri-
mário de Dívida, Research de Crédito, Informação.
Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi (exerce o cargo no Dr. Christian Georges Jacques Minzolini — Mercado de Capitais —
Banco como actividade principal, a par das funções que exerce como Acções e negócio Ibérico de corretagem (Espírito Santo Securities).
vogal do conselho de administração e da comissão executiva do BES; Dr. Francisco Ravara Cary — Negócio Corporate no Brasil, Distri-
é membro não independente). buição e Negociação de Dívida e Gestão de Riscos, Tesouraria.
Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto — Project Finance
Vice-Presidente (não executivo): e Escritório de Representação de Londres.
Dr. Manuel António Gomes de Almeida Pinho (é membro não A maioria dos membros da comissão executiva são independentes,
independente, exercendo como actividade principal os cargos de vogal na acepção dada no princípio do ponto 5.1 supra.
do conselho de administração e da comissão executiva do BES). Existem, ainda as seguintes comissões com competência especia-
lizada em matéria de gestão:
Vogais membros da comissão executiva: Comités de Acompanhamento Especializado:
Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde (exerce o cargo no Para além do conselho de crédito e risco e do Comité de Activos
Banco como actividade principal; é membro independente). e Passivos (ALCO), já referidos no ponto 4.2 do presente relatório,
Dr. Christian Georges jacques Minzolini (exerce o cargo no Banco há ainda a considerar:
como actividade principal; é membro independente).
Dr. Francisco Ravara Cary (exerce o cargo no Banco como activi- i) Comité de Investimento:
dade principal; é membro independente).
Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto (exerce o cargo O Comité de Investimento tem como objectivos estabelecer as linhas
no Banco como actividade principal; é membro independente). orientadoras de gestão das carteiras de negociação e investimento de
acções do Banco, bem como aprovar cada investimento/desin-
Vogais não executivos: vestimento a realizar para a carteira de investimento de acções do
Banco.
Dr. Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva (não exerce O Comité de Investimento reúne mensalmente ou sempre que con-
o cargo no Banco como actividade principal; é membro não indepen- vocado pelo presidente da comissão executiva e as propostas de investi-
dente). mento/desinvestimento em acções deverão ser distribuídas, pelo menos,
Dr. António Espírito Santo Silva Salgado (não exerce o cargo no 48 horas antes da realização da respectiva reunião.
Banco como actividade principal; não é membro independente). Fazem parte do Comité de Investimento:
Dr. José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva (não exerce como
actividade principal o cargo no Banco; é membro não independente, Com direito de voto: os membros da comissão executiva;
porquanto exerce as funções de vogal do Conselho de Administração Sem direito de voto: os representantes do DPCGR (Departamento
e da Comissão Executiva do BES). de Planeamento e Controlo de Gestão e Risco); o responsável da
Sr. Bernard Marcel Fernand Basecqz (não exerce o cargo no Banco Direcção de Mercado de Capitais — Acções e os elementos da Direcção
como actividade principal; é membro independente). de Serviços Financeiros, sempre que seja necessário apresentar uma
Sr. Ulrich Grete (não exerce o cargo no Banco como actividade operação originada por uma destas unidades.
principal; é membro independente).
Dr. Manuel de Magalhães Villas-Boas (não exerce o cargo no Banco As decisões são tomadas por maioria simples, sendo o quorum mí-
como actividade principal; não é membro independente). nimo de três membros da comissão executiva, com participação obriga-
Sr. Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia (não exerce o cargo tória do presidente da comissão executiva. O Comité de Investimento,
no Banco como actividade principal; é membro independente). na impossibilidade física de se reunir, pode ser realizado via telefone.
Dr. Mário da Silva Teixeira Júnior (não exerce o cargo no Banco À parte os comités próprios do BES Investimento, existem comités
como actividade principal; é membro independente). ao nível do BES que controlam o negócio do Banco, numa perspec-
tiva de gestão integrada do Grupo BES.
5.2 — Caracterização da comissão executiva e de outras comissões
com competência em matéria de gestão: ii) Comité Wholesale (Banca de Empresas, Investimento e Interna-
cional):
Nos termos do artigo 14.º, n.º 2, dos Estatutos, o Banco criou uma
comissão executiva constituída por um número ímpar de administra- Este comité tem como atribuições, entre outras, as de propor à
dores, a quem o conselho de administração delegou a gestão corrente, comissão executiva do BES as grandes linhas de desenvolvimento
bem como a discussão e preparação do processo de aprovação das estratégico para a área de Wholesale Banking, assegurar a articulação
decisões estratégicas do Banco, a apresentar ao conselho de adminis- entre a actividade de Corporate Banking do BES e a actividade do
tração. BES Investimento.
Este órgão reúne-se, em princípio, com periodicidade semanal. As Nele têm assento o Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo de
reuniões decorrem de acordo com agenda distribuída previamente pelos Almeida (encontra-se suspenso das suas funções de administrador do
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(35)

Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de comissão executiva são remunerados), é a que consta do quadro abaixo
suspensão temporária por si apresentado ao presidente do conselho apresentado (em milhares de euros):
fiscal em 24 de Janeiro de 2003), presidente da comissão executiva
do BES Investimento, o Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi Remuneração:
e o Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, ambos membros
Total de remuneração fixa ......................................... 905
da comissão executiva do Banco.
Total de remuneração variável .................................. 769
Total do conselho de administração .......................... 1 674
iii) Comité de Risco Global:
Cfr. ponto 4.2 — iii) deste relatório. O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Sal-
gado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida
iv) Comité ALCO: (encontra-se suspenso das suas funções de administrador do Banco
Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão
Cfr. referência feita no ponto 4.2 — ii). temporária por si apresentado ao presidente do conselho fiscal em
24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo
5.3 — Modo como o órgão de administração exerce o controlo da Silva Ricciardi, vice-presidente — Duarte José Borges Coutinho
sociedade: Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado,
vogal — Bernard M. Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael
De acordo com os estatutos do Banco, o conselho de administração Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães
reúne, em princípio, pelo menos quatro vezes por ano, e sempre que Villas-Boas, vogal — Christian Georges Jacques Minzolini, vogal —
for convocado pelo presidente ou por dois administradores. A comissão Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara
executiva do conselho de administração reúne, em regra, pelo menos Cary, vogal — José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal —
uma vez por semana, sem prejuízo do acompanhamento diário que, Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro
quando necessário, implica reuniões extra ordinárias. Simões Ferreira Neto, vogal.
O secretariado do conselho de administração assegura que os mem-
bros do conselho de administração e da comissão executiva recebam
atempadamente a documentação adequada à apreciação dos pontos Anexo ao relatório do conselho de administração
em agenda para cada uma das reuniões dos respectivos órgãos.
Das decisões da comissão executiva são lavradas actas que estão à Outros cargos de que são titulares os membros do conselho de ad-
disposição do conselho de administração. ministração do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A. (31 de
Dezembro de 2002):
5.4 — Comissões de controlo internas:
Ricardo Espírito Santo Silva Salgado:
O BES Investimento não criou comissões de controlo internas.
Porém, sobre o Banco têm jurisdição o Departamento de Auditoria e Presidente do conselho de administração (não executivo).
Inspecção (cfr. ponto 4.2 do presente Relatório) e a Comissão de
Auditoria (Audit Committee) do BES. Outros cargos:
Presidente da comissão executiva e vice-presidente do conselho de
Comissão de Auditoria: administração do Banco Espírito Santo, S. A.
Esta comissão, criada no âmbito do conselho de administração do
BES em Outubro de 2001, tem competências que abrangem todas as Presidências de conselho de administração:
sociedades que integram o Grupo BES, incluindo o BES Investimento Espírito Santo Financial Group, S. A.
e suas participadas. Espírito Santo Financial (Portugal) — Sociedade Gestora de Parti-
Entre as suas funções conta-se assistir o conselho de administração cipações Sociais, S. A.
do BES na supervisão do sistema adoptado para confirmação do efec- Espírito Santo Financial (BVI), S. A.
tivo cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis ao Grupo BES, e Espírito Santo Overseas, Ltd.
ainda da adesão de todos os administradores, directores e restantes Espírito Santo Saúde, SGPS, S. A.
colaboradores, aos códigos de conduta aprovados para as sociedades ESAF — Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S. A.
do Grupo. BESPAR — Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A.
A comissão é actualmente composta por dois membros não exe- PARTRAN — Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A.
cutivos do conselho de administração do BES e tem plena autoridade Bank Espírito Santo (International), Ltd.
para conduzir ou autorizar investigações na sua área de responsabili- BES.com, SGPS, S. A.
dade. BEST — Banco Electrónico de Serviço Total, S. A.
Nomeadamente, a comissão tem poderes para obter de qualquer Casa dos Pórticos — Sociedade de Administração de Bens, S. A.
colaborador das sociedades do Grupo BES — independentemente do Sociedade de Administração de Bens Pedra da Nau, S. A.
seu estatuto profissional e das suas funções — toda a informação que
considere necessária para o cabal desempenho das suas atribuições, Vice-presidente do conselho de administração de:
estando todos os colaboradores autorizados e obrigados a prestar essas
informações sem quaisquer limitações. E. S. Holding Administração e Participações, S. A.
Entre as diversas competências da Comissão de Auditoria é de realçar, Espírito Santo Bank of Florida.
no domínio da auditoria e inspecção, a análise dos termos de referência,
dos planos de actuação, das actividades, dos recursos humanos e da Vogais do conselho de administração de:
estrutura organizacional da função de auditoria interna e inspecção,
Banco Espírito Santo do Oriente, S. A. R. L.
bem como a análise regular da eficácia do controlo do risco global e
Banco Espírito Santo, S. A. (Espanha).
da auditoria interna e inspecção.
Banque Espírito Santo et de la Vénétie.
BES Finance, Ltd.
5.5 — Dependência da remuneração dos titulares do órgão de admi-
BES Overseas, Ltd.
nistração dos resultados do Banco: Cariges, S. A.
Parte da remuneração dos titulares do órgão de administração do Compagnie Bancaire Espírito Santo, S. A.
Banco está dependente dos resultados, como referido no ponto 2.4 E. S. Control (BVI), S. A.
do presente relatório. Os administradores que não pertencem à co- E. S. Control Holding, S. A.
missão executiva não são remunerados. E. S. International Holding, S. A.
ESCA Participation, Ltd.
5.6 — Indicação da remuneração auferida pelos membros do órgão Esfint Holding, S. A.
de administração: Espírito Santo BP Invest, S. A.
Espírito Santo BVI Participation, Ltd.
A remuneração auferida em 2002 pelo conjunto dos membros do Espírito Santo Industrial (BVI), S. A.
conselho de administração (apenas os administradores que integram a Espírito Santo International (BVI), S. A.
21 932-(36) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Espírito Santo Property (BVI), S. A. Secretário da mesa da assembleia geral de:


Espírito Santo Resources, Ltd.
Gespetro, SGPS, S. A. Espart — Espírito Santo Participações Financeiras, SGPS, S. A.
Novagest Assets Management, Ltd.
Vice-presidente do conselho fiscal do Sporting Clube de Portugal
Cargos de direcção: e membro do conselho fiscal da SCC — Sociedade Central de Cer-
vejas, S. A.
Espírito Santo Financial Services, Inc. Director-Geral Adjunto do Banco Internacional de Crédito, S. A.
Maes — Administração, Participações e Consultoria, S. A.
Manuel António Gomes de Almeida Pinho:
Membro do Supervisory Board:
Vice-presidente do conselho de administração (não executivo).
Euronext NV — Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S. A.
Outros cargos:
Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo Vogal do conselho de administração e da comissão executiva do
de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si Banco Espírito Santo, S. A.
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003):
Vice-presidente do conselho de administração e presidente da co- Vogal do conselho de administração de:
missão executiva: BES Finance, S. A.
Outros cargos: BES Overseas, Ltd.
ESAF — Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS., S. A.
Vogal (não executivo) do conselho de administração do Banco Gesfinc — Espírito Santo, Estudos Financeiros e de Mercado de
Espírito Santo, S. A. Capitais, S. A.

Presidências de conselho de administração: Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde:


Espírito Santo Dealer — Sociedade Financeira de Corretagem, S. A. Vogal do conselho de administração (executivo).
Espírito Santo de Investimentos, S. A. (São Paulo, Brasil).
BES Investimento do Brasil, S. A. — Banco de Investimento (São Outros cargos:
Paulo, Brasil).
Benito y Monjardín, S. A., S.V. (Madrid, Espanha). Membro do conselho de administração do BES Investimento do
Companhia de Cervejas Estrela, S. A. Brasil, S. A. — Banco de Investimento (São Paulo, Brasil).
Membro do conselho fiscal da Semapa — Sociedade de Investimento
Vogal do conselho de administração de: e Gestão, SGPS, S. A. e da Academia de Música de Santa Cecília.
Espírito Santo Financial Group, S. A. Christian Georges Jacques Minzolini:
Espírito Santo Financial (Portugal) — Sociedade Gestora de Parti-
cipações Sociais, S. A. Vogal do conselho de administração (executivo).
Espírito Santo Capital — Sociedade de Capital de Risco, S. A.
BES.com, SGPS, S. A. Outros cargos:
Portugal Telecom, SGPS, S. A.
PT Multimedia — Serviços de Telecomunicações e Multimédia, Administrador-delegado da Benito y Monjardín, S. A., S.V. (Madrid,
SGPS, S. A. Espanha).
VTR, SGPS, S. A. Presidente do conselho de administração da Espírito Santo Securities,
Parfil, SGPS, S. A. Inc. (EUA).
URFIL, S. A.
SCC — Sociedade Central de Cervejas, S. A. Vogal do conselho de administração de:
José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi: Espírito Santo Dealer — Sociedade Financeira de Corretagem, S. A.
Espírito Santo Inversiones, S. A.
Vice-presidente do conselho de administração (executivo). ESSI, SGPS, S. A.
ESSI — Comunicações, SGPS, S. A.
Outros cargos: ESSI — Investimentos, SGPS, S. A.
Vogal do conselho de administração e da comissão executiva do
Banco Espírito Santo, S. A. Administrador executivo de:
Benito y Monjardín Ibiza, S. A.
Presidente do conselho de administração de: Cartera BJC, S. A., S. U.
Espírito Santo Investment p.l.c. (Dublin, Irlanda). BM Capital, S. A., S. U.
ESSI, SGPS, S. A.
ESSI — Comunicações, SGPS, S. A. Francisco Ravara Cary:
ESSI — Investimentos, SGPS, S. A.
Espírito Santo Capital — Sociedade de Capital de Risco, S. A. Vogal do conselho de administração (executivo).
Multiger — Sociedade de Compra, Venda e Administração de Pro-
priedades, S. A. Outros cargos:
Vogal do conselho de administração de:
Vice-presidente do conselho de administração da:
BES Investimento do Brasil, S. A. — Banco de Investimento (São
ESAF — Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S. A. Paulo, Brasil)
Espírito Santo de Investimentos, S. A. (S. Paulo, Brasil).
Vogal do conselho de administração de: Benito y Monjardín, S. A. S.V.B. (Madrid, Espanha).
Espírito Santo Financial Group, S. A. Bradespar, S. A. (São Paulo, Brasil).
BESPAR, SGPS, S. A. Membro suplente do conselho fiscal do Banco Bradesco, S. A. (São
Coporgest — Companhia Portuguesa de Gestão e Desenvolvimento Paulo, Brasil).
Imobiliário, S. A. Gerente da JAMPUR — Trading Internacional, L.da (Madeira,
Portugal).
Presidente da mesa da assembleia geral de:
Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto:
Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, S. A.
PT Meios — Serviço de Publicidade e Marketing, S. A. Vogal do conselho de administração (executivo).
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(37)

Outros cargos: Administrador executivo de:


Presidente do conselho de administração (funções não executivas) Banque Continentale du Luxembourg, S. A.
da E. S. Concessões, SGPS, S. A.
Ulrich Grete:
Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva:
Vogal do conselho de administração (não executivo).
Vogal do conselho de administração (não executivo).
Não existem outros cargos a referir. Outros cargos:

António Espírito Santo Silva Salgado: Presidente do conselho de administração do Swiss Social Security
Fund.
Vogal do conselho de administração (não executivo). Vice-presidente do conselho de administração e da comissão exe-
cutiva da Banca de Gottardo (Lugano).
Outros cargos:
Vogal do conselho de administração de:
Presidente do conselho de administração de:
Banque Jacob Safra (Suisse) S. A. (Genebra).
Controlled Sport (Portugal) — Turismo Cinegética e Agricultura, S. A.
ZKB Finanz Vision AG (Zurique).
Empresa Hotel Astória de Monfortinho, S. A.
ZKB Axxess Vision AG (Zurique).
Monfortur — Monfortinho Turismo, S. A.

Vogal do conselho de administração de: Manuel de Magalhães Villas-Boas:

Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S. A. Vogal do conselho de administração (não executivo).
Empresa das Águas do Vimeiro, S. A.
Outros cargos:
José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva: Vogal não executivo do conselho de administração do Banco Espí-
Vogal do conselho de administração (não executivo). rito Santo, S. A.
Vice-presidente do conselho de administração da Espírito Santo
Outros cargos: Overseas, Ltd.

Vogal do conselho de administração e da comissão executiva do Vogal do conselho de administração de:


Banco Espírito Santo, S. A.
Bank Espírito Santo International, Ltd.
Presidente do Conselho de Administração de: BES Finance, Ltd.
BES Overseas, Ltd.
Compagnie Bancaire Espírito Santo, S. A. (Lausanne). ESFG Overseas, Ltd.
Banco Espírito Santo, S. A. (Espanha). Espírito Santo Financial Group, S. A.
Espírito Santo Financial Consultants (Gestão de Patrimónios), S. A. Espírito Santo Investment Management.
Fiduprivate — Sociedade de Serviços, Consultoria, Administração
de Empresas, S. A. Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia:
Quinta dos Cónegos — Sociedade Imobiliária, S. A.
Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú. Vogal do conselho de administração (não executivo).

Vice-presidente do conselho de administração de: Outros cargos:

Espírito Santo Financial Group, S. A. Vice-presidente do conselho de administração da Mague — Gestão


Espírito Santo Financial (Portugal), SGPS, S. A. e Participações, S. A.
Espírito Santo Enterprises, S. A.
Membro do conselho de administração de:
Vogal do conselho de administração de:
Euro — Yser, S. A.
E. S. International Holding, S. A. Aqua — Yser, S. A.
GPMG — Gestão e Participações, S. A.
Espírito Santo Resourcess, Ltd. Sogema — SGPS, S. A.
E. S. Control Holding, S. A. Imomague, S. A.
E. S. Holding — Administração e Participações, S. A. Rios e Oceanos — Soc. de Exploração Turística, S. A.
ESFG Overseas, Ltd. Totalpart, SGPS, S. A.
Espírito Santo Bank of Florida. Finova, SGPS, S. A.
Espírito Santo BVI Participation, Ltd. DEPIN, S. A.
Espírito Santo Control (BVI), S. A.
Espírito Santo Industrial (BVI), S. A. Mário da Silveira Teixeira Júnior:
Espírito Santo Internacional (BVI), S. A.
Espírito Santo Internacional Panamá, S. A. Vogal do conselho de administração (não executivo).
Espírito Santo Overseas. Ltd.
Espírito Santo Property (BVI), S. A. Outros cargos:
Espírito Santo Services, S. A.
Banque Espírito Santo et de la Vénétie, S. A. Vice-presidente do conselho de administração do BES Investimento
Bespar — SGPS, S. A. do Brasil S. A. — Banco de Investimento.
ESAF — Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S. A.
Europ Assistance — Companhia Portuguesa de Seguros de Assis- Presidente do conselho de administração de:
tência, S. A. VBC Energia, S. A. (Brasil).
Gespetro, SGPS, S. A. VBC Participações, S. A. (Brasil).
Bernard Marcel Fernand Basecqz: Membro do conselho de administração de:
Vogal do conselho de administração (não executivo): Banco Bradesco, S. A. (Brasil).
Outros cargos: Bradespar, S. A. (Brasil).
CPFL — Companhia Paulista de Força e Luz (Brasil).
Membro do conselho de gestão do Kredietbank Luxembourg Group. Valepar, S. A. (Brasil).
21 932-(38) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Recursos humanos Estrutura etária estrangeiro


Quadro de colaboradores:
Face ao actual momento da economia mundial, com reflexo directo
numa profunda crise do sector bancário, o BES Investimento decidiu
aplicar um plano de redução dos seus gastos de estrutura, com especial
incidência ao nível dos custos com pessoal.
Em conformidade com as decisões tomadas pela comissão executiva
sobre esta matéria, o Departamento de Recursos Humanos (DR.H)
apresentou um Plano para a redução do quadro de efectivos, tendo
centralizado todo o processo de negociação com os colaboradores
envolvidos.
Em termos globais a variação percentual foi de — 1,36%, devido ao
crescimento da actividade do BES Investimento do Brasil e consequente
aumento do quadro de colaboradores local. SAD — Sistema de Avaliação de Desempenho:
Bes Investimento 2001 2002 Este ano o sistema de avaliação de desempenho foi alargado a outras
empresas do Grupo BES.
Em Portugal o processo decorreu em várias fases:
Portugal .......................................................... 137 128
Irlanda ............................................................ 4 4 No 1.º trimestre do ano foram definidos conjuntamente pelos respon-
Espanha .......................................................... 1 – sáveis de cada área e o DRH os objectivos específicos e de negócio
França ............................................................ 1 – para cada colaborador.
Inglaterra ........................................................ 6 7 O processo das avaliações decorreu no princípio de Dezembro. De sa-
Brasil .............................................................. 72 79 lientar o grande envolvimento de todos os colaboradores e das suas chefias.

Total (a) ........................... 221 218 Proposta para o ponto três da ordem de trabalhos
da assembleia geral anual de 28 de Fevereiro de 2003
(a) Não inclui pessoal eventual.
Considerando que a conta de resultados do exercício apresenta em
Distribuição etária: 31 de Dezembro de 2002 um saldo positivo de 603 045,13 euros,
submete-se à assembleia geral a aprovação da seguinte proposta de
O BES Investimento em Portugal é composto por uma população aplicação de resultados (em euros):
maioritariamente jovem onde 80% dos quadros têm idades inferiores
a 40 anos. Para o fundo de reserva legal ............................... 60 305,13
A média ronda os 35 anos nos homens e 33 nas mulheres. Para distribuição de dividendos ............................. 271 370,00
Para distribuição a colaboradores .......................... 271 370,00

Estrutura etária Lisboa, 25 de Fevereiro de 2003. — O Conselho de Administração:


Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António
Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se suspenso das suas funções de
administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência
do pedido de suspensão temporária por si apresentado ao presidente
do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José
Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-presidente — Duarte José
Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo
Silva Salgado, vogal — Bernard M. Basecqz, vogal — Ulrich Grete,
vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel
de Magalhães Villas-Boas, vogal — Christian Georges Jacques
Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal —
Francisco Ravara Cary, vogal — José Manuel Pinheiro Espírito
Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal —
Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto, vogal.

Balanço em 31 de Dezembro de 2002 e 2001


ACTIVO
(Em milhares de euros)

2002 2001

Notas
Activo Amortizações Activo Activo
bruto e provisões líquido líquido

1 — Caixa e disponibilidades em bancos centrais ..................... 3 6 982 – 6 982 1 871


2 — Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito ........ 4 654 – 654 1 839
3 — Outros créditos sobre instituições de crédito ..................... 5 57 229 3 57 226 48 197
4 — Crédito sobre clientes ........................................................ 6 257 247 7 603 249 644 179 322
5 — Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ................ 7 143 874 11 643 132 231 166 880
a) De emissores públicos ........................................................ 2 135 157 2 158 3 972
b) De outros emissores ........................................................... 141 559 11 486 130 073 162 908
(Dos quais: obrigações próprias) ........................................ (2 683) – (2 683) (2 495)

6 — Acções e outros títulos de rendimento variável ............... 7 40 079 9 543 30 536 46 675
7 — Participações ..................................................................... 8 13 431 1 581 11 850 12 150
8 — Partes de capital em empresas coligadas ........................... 9 8 295 633 7 662 6 744
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(39)
(Em milhares de euros)

2002 2001

Notas
Activo Amortizações Activo Activo
bruto e provisões líquido líquido

9 — Imobilizações incorpóreas ................................................. 11 6 355 5 144 1 211 2 043


10 — Imobilizações corpóreas .................................................... 12 8 331 4 791 3 540 4 059
(Dos quais: imóveis) ............................................................... (2 033) (434) (1 599) (1 723)
11 — Capital subscrito não realizado .......................................... – – – –
12 — Acções próprias ou partes de capital próprias .................. – – – –
13 — Outros activos ................................................................... 13 131 452 2 907 128 545 120 810
15 — Contas de regularização ..................................................... 14 20 134 – 20 314 48 025
16 — Prejuízo do exercício ......................................................... – – – –
Total do activo .................................... 694 063 43 848 650 215 638 615

PASSIVO
Notas 2002 2001

1 — Débitos para com instituições de crédito ........................................................................... 15 308 371 362 455
a) À vista ................................................................................................................................ 1 853 991
b) A prazo ou com pré-aviso ................................................................................................. 306 518 361 464
2 — Débitos para com clientes .................................................................................................. 16 135 856 74 207
a) Depósitos de poupança ....................................................................................................... – –
b) Outros débitos ..................................................................................................................... 135 856 74 207
ba) À vista .......................................................................................................................... 42 666 16 192
bb) A prazo ........................................................................................................................ 93 190 58 015
3 — Débitos representados por títulos ....................................................................................... 17 3 077 5 571
a) Obrigações em circulação ................................................................................................... 3 077 5 571
b) Outros ................................................................................................................................. – –
4 — Outros passivos ................................................................................................................... 18 8 348 2 940
5 — Contas de regularização ...................................................................................................... 19 33 042 27 816
6 — Provisões para riscos e encargos ........................................................................................ 20 4 330 4 727
a) Provisões para pensões e encargos similares ..................................................................... – –
b) Outras provisões ................................................................................................................. 4 330 4 727
6-A — Fundo para riscos bancários gerais ................................................................................. – –
8 — Passivos subordinados ......................................................................................................... 17 49 880 49 880
9 — Capital subscrito ................................................................................................................. 23 70 000 70 000
10 — Prémios de emissão ............................................................................................................ 23 8 796 8 796
11 — Reservas .............................................................................................................................. 23 27 912 27 889
12 — Reservas de reavaliação ...................................................................................................... – –
13 — Resultados transitados ......................................................................................................... – –
14 — Lucro do exercício ............................................................................................................. 603 4 334
Total do passivo e capitais próprios ................................................ 650 215 638 615

Rubricas extrapatrimoniais
2002 2001

1 — Garantias prestadas e passivos eventuais ................................................................................................... 135 543 106 272


Dos quais:
1.1 — Aceites e endossos (dos quais: aceites e compromissos por endosso de efeitos redescontados) ........... – –
1.2 — Garantias e avales ........................................................................................................................... 108 943 77 072
1.3 — Cauções e activos dados em garantia ............................................................................................. 26 600 29 200
2 — Compromissos ........................................................................................................................................... 164 467 96 726
Dos quais:
2.1 — Resultantes de operações de venda com opção de recompra ......................................................... – –
................................................................................................................................................................... 300 010 202 998

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
21 932-(40) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Demonstração dos resultados para os anos findos


em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
DÉBITO
(Em milhares de euros)

Notas 2002 2001

1 — Juros e custos equiparados ................................................................................................ 28 21 298 31 042


2 — Comissões ......................................................................................................................... 30 2 424 21 025
3 — Prejuízos em operações financeiras .................................................................................. 31 198 015 232 844
4 — Gastos gerais administrativos ........................................................................................... 23 579 23 381
a) Custos com o pessoal ....................................................................................................... 29 10 921 10 406
Dos quais:
(— salários e vencimentos) ............................................................................................ (8 924) (8 712)
(— encargos sociais) ...................................................................................................... (1 607) (1 660)
Dos quais:
(— com pensões) .................................................................................................... (592) (546)

b) Outros gastos administrativos .......................................................................................... 12 658 12 975

5 — Amortizações do exercício ............................................................................................... 11 e 12 1 905 1 985


6 — Outros custos de exploração ............................................................................................ 32 144 114
7 — Provisões para crédito de cobrança duvidosa e crédito vencido e para outros riscos ..... 20 15 967 13 682
8 — Provisões para imobilizações financeiras ......................................................................... 20 51 216
10 — Resultado da actividade corrente ...................................................................................... 3 335 5 727
11 — Perdas extraordinárias ...................................................................................................... 33 9 1 727
13 — Impostos sobre os lucros .................................................................................................. 34 2 636 73
14 — Outros impostos ............................................................................................................... 133 281
15 — Lucro do exercício ........................................................................................................... 603 4 334

Total ..................................................................... 266 764 330 704

CRÉDITO

Notas 2002 2001

1 — Juros e proveitos equiparados ........................................................................................... 28 21 868 31 285


Dos quais:
(— de títulos de rendimento fixo) ..................................................................................... (4 829) (5 857)

2 — Rendimentos de títulos ..................................................................................................... 3 308 8 405


a) Rendimento de acções, quotas e outros títulos de rendimento variável .......................... – 222
b) Rendimento de participações ........................................................................................... 3 308 8 183
c) Rendimento de partes de capital em empresas coligadas ................................................. – –

3 — Comissões ......................................................................................................................... 30 13 335 29 858


4 — Lucros em operações financeiras ..................................................................................... 31 197 628 231 332
5 — Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a créditos e pro-
visões para passivos eventuais e para compromissos ........................................................... 20 8 338 11 643
6 — Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a valores mobi-
liários que tenham carácter de imobilizações financeiras participadas e partes de capital
em empresas coligadas .......................................................................................................... 51 –
7 — Outros proveitos de exploração ....................................................................................... 32 22 190 17 493
8 — Resultado da actividade corrente ...................................................................................... – –
9 — Ganhos extraordinários ..................................................................................................... 33 46 688
11 — Prejuízo do exercício ........................................................................................................ – –

Total ..................................................................... 266 764 330 704

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(41)

Demonstração dos resultados por funções para os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Juros e proveitos equiparados ........................................................................... 21 868) 31 285) 113 169) 53 741)


Juros e custos equiparados ................................................................................. (21 298) (31 042) (34 434) (42 520)

Resultado financeiro ...................................................................................... 570) 243) 78 735) 11 221)

Serviços prestados a clientes ............................................................................. 22 190) 17 493) 26 943) 25 170)


Outros proveitos operacionais .......................................................................... 16 643) 38 951) 15 319) 33 597
Outros custos operacionais ............................................................................... (2 701) (23 147) (3 636) (28 239)
Resultados de operações de mercado ................................................................ (387) (1 512) (64 073) 2 145)

Produto bancário de exploração ................................................................... 36 315) 32 028) 53 288) 43 794)

Custos de estrutura ............................................................................................ (23 580) (23 381) (30 062) (30 241)
Amortizações .................................................................................................... (1 905) (1 985) (2 057) (2 107)

Resultado bruto operacional .......................................................................... 10 830) 6 662) 21 169) 11 446)

Provisões líquidas .............................................................................................. (7 628) (2 255) (8 870) (2 688)


Resultados extraordinários e diversos ............................................................... 37) – 89) –
Interesses minoritários ...................................................................................... – – (760) (907)
Resultados empresas associadas ......................................................................... – – (4 053) (3 182)

Resultado antes de impostos ......................................................................... 3 239) 4 407) 7 575) 4 669)

Impostos sobre lucros ....................................................................................... (2 636) (73) (4 811) (2 581)

Resultado líquido ............................................................................................ 603) 4 334) 2 764) 2 088)

Número de acções médio (milhares) ................................................................. 14 000) 14 000) 14 000) 14 000)


Resultado líquido por acção .............................................................................. 0,04) 0,31) 0,20) 0,15)

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)

Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Fluxos de caixa das actividades operacionais:


Juros, comissões e serviços recebidos ............................................................ 131 014 205 617 255 327 255 327
Juros e comissões pagos ................................................................................ (108 511) (170 219) (240 523) (194 179)
Proveitos relativos a operações de fixação de taxas de juro ....................... 102 1 343 (1 792) (19)
Valores liquidados e recebidos relativos a operações de futuros e opções ....... (4 461) (5 849) 7 732 (2 644)
Pagamentos a empregados e fornecedores .................................................... (22 242) (21 980) (28 457) (28 884)
Pensões pagas e contribuição para o fundo de pensões ................................ (1 167) (1 419) (1 167) (1 419)

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais .......... (5 265) 7 493 93 808 28 182

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais:


Crédito sobre instituições de crédito ......................................................... (9 023) 80 490 (35 884) 33 935
Depósitos em bancos centrais ................................................................... (5 111) 5 672 (5 110) 5 672
Créditos sobre clientes ............................................................................... (70 775) (20 994) (104 554) (13 107)
Títulos de negociação ................................................................................ 30 036 (667) 14 786 (65 318)
Outros activos operacionais ...................................................................... 14 411 7 561 13 360 (4 498)

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais:


Débitos para com instituições de crédito .................................................. (54 084) (42 823) (23 429) (107 119)
Débitos para com clientes ......................................................................... 61 549 (3 464) 72 047 14 588
Outros passivos operacionais .................................................................... 1 744 (28 742) (16 147) (15 865)
21 932-(42) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Fluxos de caixa líq. das activ. operacionais antes de impostos sobre os lucros (31 153) (2 967) (84 931) (151 712)
Impostos sobre os lucros (recebidos)/pagos .............................................. (113) (4 622) 681 (4 157)
Fluxos de caixa líquidos das activ. operacionais ........................ (31 266) (7 589) (84 250) (155 869)
Fluxos de caixa das actividades de investimento:
Compra de participações e de partes do capital em empresas coligadas ...... (2 345) (9 464) 1 738 (19 140)1
Valores receb. na venda de particip. e de partes do capital em empresas colig. 1 249 6 298 1 264 8 738
Dividendos recebidos ..................................................................................... 3 308 8 405 1 390 1 055
Compra de títulos de investimento ............................................................... (26 276) (51 980) (37 499) (60 382)
Valores recebidos na venda de títulos de investimento ................................ 37 981 87 355 53 031 112 293
Compra de imobilizações .............................................................................. (644) (3 035) (905) (4 432)
Valores recebidos na venda de imobilizações ................................................ 98 2 742 464 3 083
Fluxos de caixa líquidos das activ. de investimento ................... 13 371 40 321 19 483 41 215
Fluxos de caixa das actividades de financiamento:
Emissão de obrigações de caixa e Médium Term Notes ............................... – 3 071 88 381 182 159
Reembolso de obrigações de caixa e Médium Term Notes .......................... (2 493) (24 940) (84 959) (81 657)
Juros de obrigações ........................................................................................ (2 746) (2 468) (8 605) (10 186)
Dividendos pagos ........................................................................................... (2 167) (7 595) (2 167) (7 595)
Bónus pagos aos empregados ........................................................................ (1 000) (2 302) (1 000) (2 302)
Fluxos de caixa líquidos das activ. de financiamento ................ (8 406) (34 234) (8 350) 80 419
Efeitos de alteração da taxa de câmbio ............................................................ 30 381 (9 547) (20 488) 2 927
Aumento líquido em caixa e seus equivalentes ................................................. (1 185) (3 556) 203 (3 126)
Caixa e seus equivalentes no início do período ................................................ 1 842 5 398 3 977 7 103
Caixa e seus equivalentes no fim do período ................................................... 657 1 842 4 180 3 977
.................................................................................................................. (1 185) (3 556) 203 (3 126)

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)

Mapa das alterações na situação líquida para os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
Total Reserva legal
Prémios Resultados
da situação Capital e outras
de emissão transitados
líquida reservas

Saldos a 31 de Dezembro de 2000 ............................................ 116 941 70 000 8 796 20 614 17 531
Constituição de reserva legal ................................................. – – – 1 754 (1 754)
Constituição de reserva livre ................................................. – – – 5 975 (5 975)
Constituição de provisão para impostos diferidos ................. (454) – – (454) –
Dividendos .............................................................................. (7 500) – – – (7 500)
Bónus aos empregados ........................................................... (2 302) – – – (2 302)
Lucro do exercício ................................................................. 4 334 – – – 4 334
Saldos a 31 de Dezembro de 2001 ............................................ 111 019 70 000 8 796 27 889 4 334
Constituição de reserva legal ................................................. – – – 433 (433)
Constituição de reserva livre ................................................. – – – 734 (734)
Dividendos .............................................................................. (2 167) – – – (2 167)
Bónus aos empregados ........................................................... (1 000) – – – (1 000)
Constituição provisão do aviso n.º 4/2002 ............................ (1 144) – – (1 144) –
Lucro do exercício ................................................................. 603 – – – 603
Saldos a 31 de Dezembro de 2002 ............................................ 107 311 70 000 8 796 27 912 603

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(43)

Tabela de correspondência Notas Notas


entre as notas explicativas e as notas relatório anexo
BES Banco de
do anexo do Banco de Portugal Investimento Portugal

Notas Notas
relatório anexo 24 .......................................................... –
BES Banco de 25 .......................................................... 23, 33
Investimento Portugal
26 .......................................................... 8, 9, 20, 21, 23
27 .......................................................... 38
1 .......................................................... – 28 .......................................................... –
2 .......................................................... 1, 3, 6, 26, 43 29 .......................................................... 34, 35
3 .......................................................... – 30 .......................................................... –
4 .......................................................... – 31 .......................................................... –
5 .......................................................... 14 32 .......................................................... 39
6 .......................................................... 14 33 .......................................................... 39
7 .......................................................... 7, 12, 28 34 .......................................................... 41, 42
8 .......................................................... 6, 50
9 .......................................................... 6 O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Sal-
gado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida
10 .......................................................... 6
(encontra-se suspenso das suas funções de administrador do Banco
11 .......................................................... 11 Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão
12 .......................................................... 11 temporária por si apresentado ao presidente do conselho fiscal em
13 .......................................................... 31 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo
14 .......................................................... 27 Silva Ricciardi, vice-presidente — Duarte José Borges Coutinho
15 .......................................................... 18 Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado,
16 .......................................................... 18 vogal — Bernard M. Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael
17 .......................................................... 19, 22, 40 Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães
18 .......................................................... 31 Villas-Boas, vogal — Christian Georges Jacques Minzolini, vogal —
19 .......................................................... 27 Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara
20 .......................................................... 25 Cary, vogal — José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal —
21 .......................................................... 24, 49 Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro
22 .......................................................... 37 Simões Ferreira Neto, vogal. — O Director do Departamento de
23 .......................................................... 29 Contabilidade, (Assinatura ilegível.)

Inventário de títulos e participações financeiras


em 31 de Dezembro de 2002 (individual)
(Em euros)

Quan- Valor Valor médio Valor Valor


Natureza e espécie dos títulos
tidade nominal de aquisição de cotação de balanço

A) Títulos — negociação ................................. 47 244 877,210


Tít. de rendim. fixo — emit. por residentes 17 796 206,470
De dívida pública portuguesa .................... 0,480
A médio e a longo prazos ................ 0,480

OTVR 96-03 ........................................ 49 EUR 0,01 – (a) 99,500 0,48

De outros residentes ................................. 17 796 205,990


A curto prazo ................................... 14 330 063,050

Somincor 36 ......................................... 277 778 EUR 1,00 1,00 – 277 339,26


Somincor 35 ......................................... 1 000 001 EUR 1,00 1,00 – 999 436,32
SFMS 9.ª ............................................... 132 EUR 49 878,44 49 622,45 – 6 542 223,97
Modelo Continente/97 ......................... 600 000 000 EUR 0,01 0,01 – 5 991 387,38
M. J. Pestana 109.ª .............................. 37 500 000 EUR 0,01 0,01 – 372 016,12
EEM ..................................................... 15 000 000 EUR 0,01 0,01 – 147 660,00
A médio e a longo prazos ................ 3 466 142,940

Esp. Santo Fin. Portugal EDP 25.ª/98-08 262 800 EUR 10,00 10,17 (a) 100,000 2 671 967,46
Ob. BES 0% Abril 2003 ....................... 49 EUR 0,01 0,01 (a) 97,000 0,48
Ob. BES 0% Maio 2003 ....................... 1 560 EUR 50,00 49,50 (a) 99,000 77 220,00
Ob. BES 0% Agosto 2003 .................... 3 200 EUR 50,00 49,31 (a) 96,750 157 800,00
Ob. BES Cabaz Mar/03 ......................... 1 500 EUR 50,00 49,70 (a) 99,400 74 550,00

De rendim. fixo — emit. por não residentes 23 319 046,04


De emissores públicos estrangeiros .......... 184 140,000
A médio e a longo prazos ................ 184 140,000

Buenos Aires ......................................... 1 116 EUR 1 000 165,00 (a) 16,500 184 140,00
21 932-(44) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em euros)

Quan- Valor Valor médio Valor Valor


Natureza e espécie dos títulos
tidade nominal de aquisição de cotação de balanço

De outros não residentes .......................... 23 134 906,04

A médio e a longo prazos ................ 23 134 906,04

ES Investment PLC ............................. 400 EUR 500 473,75 (a) 94,750 189 500,00
ES Investment PLC ............................. 335 EUR 1 000 970,00 (a) 97,000 324 950,00
ESIP ...................................................... 40 EUR 1 000 878,40 (a) 87,840 35 136,00
BES Finance ......................................... 14 000 EUR 1 000 989,10 (a) 98,875 13 847 398,44
ESIP ...................................................... 21 EUR 1 000 927,50 (a) 92,750 19 477,50
ES Investplc MAR03 Structure ............ 125 EUR 10 000 9 940,00 (a) 99,400 1 242 500,00
Lloyds ................................................... 7 692 EUR 25 26,49 (a) 105,960 203 761,08
Lusitano ................................................ 20 500 000 EUR 0,3539033 0,35 (a) 100,000 7 272 183,02

Valores de rendimento variável ................... 5 940 624,70

Emitidos por residentes ............................ 5 706 130,64

Acções .............................................. 5 647 571,58

PT Multimédia ..................................... 541 869 EUR 5 10,02 10,020 5 429 527,38


Semapa .................................................. 66 074 EUR 1 3,30 3,300 218 044,20

Unidades de participação .................. 58 559,06

Espírito Santo Top Ranking ................ 12 963 EUR 4,52 4,520 58 559,06

Emitidos por não residentes ..................... 234 494,06

Acções .............................................. 31 981,61

Net Serviços ......................................... 28 000 BRL 0,11 0,110 3 167,76


Bradesco ............................................... 86 EUR 2,92 2,920 251,12
Net Serviços ......................................... 2 334 EUR 0,86 0,860 2 007,24
Bradespar ORD ..................................... 1 035 EUR 1,36 1,360 1 407,60
Bradespar Pref. ..................................... 1 000 EUR 1,52 1,520 1 520,00
Petrobras Pref. ..................................... 375 EUR 12,66 12,660 4 747,50
Petrobras ORD ..................................... 1 254 EUR 14,11 14,110 17 693,94
Electrobras ............................................ 146 EUR 3,20 3,200 467,20
Minas Gerais ......................................... 75 EUR 6,97 6,970 522,75
Copel .................................................... 75 EUR 2,62 2,620 196,50

Unidades de participação .................. 202 512,45

Espirito Santo European Equity ........... 951 EUR 66,50 66,500 63 241,50
Espirito Santo High Yield .................... 137 EUR 592,03 592,030 81 108,11
BM Carteira Global .............................. 3 892 EUR 4,90 4,900 19 084,40
BM Cuenta Fondo Ahorro ................... 1 316 EUR 14,86 14,860 19 550,70
BM Diner Divisa Fim ........................... 2 012 EUR 9,71 9,710 19 527,74

Títulos próprios ........................................... 189 000,000

De rendimento fixo .................................. 189 000,000

A médio e a longo prazos ................ 189 000,000

BESI CX 01/04 BEST .......................... 39 EUR 1 000 1 000,00 (a) 92,400 39 000,00
Banco Essi Sub/96-06 ........................... 3 000 EUR 50 50,00 (a) 99,500 150 000,00

B) Títulos — Investimento ............................. 115 687 928,47

De rendimento fixo — emissores públicos 2 131 053,41

De divida pública portuguesa .................... 2 131 053,41

A médio e longo prazos ................... 2 131 053,41

OTS 4,8125 98/03 ............................... 49 EUR 0,01 100,00 (a) 101,200 0,49
OTS 5,375 98/08 ................................. 43 EUR 0,01 100,00 (a) 102,460 0,43
OTS 8,875 94/04 ................................. 13 717 042 EUR 0,01 103,64 (a) 106,465 142 165,39
OTS 6,625 97/07 ................................. 17 EUR 0,01 111,76 (a) 107,800 0,19
OTS 5,45 98/1 3 .................................. 97 EUR 0,01 96,91 (a) 100,500 0,94
OTS 10,625 93/03 ............................... 91 EUR 0,01 121,98 (a) 108,750 1,11
OTS 11,875 95/05 ............................... 37 EUR 0,01 135,14 (a) 119,200 0,50
OTS 4,875% Agosto 2007 .................. 200 000 000 EUR 0,01 99,44 (a) 105,630 1 988 884,36
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(45)

(Em euros)

Quan- Valor Valor médio Valor Valor


Natureza e espécie dos títulos
tidade nominal de aquisição de cotação de balanço

De rendimento fixo de outros emissores ...... 86 459 071,46

Emitidos por residentes ............................ 15 327 839,99

A médio e a longo prazos ................ 15 327 839,99

Banco Alves Ribeiro ............................. 600 EUR 5,000 4 950,00 (a) 99,000 2 970 000,00
ADP ...................................................... 257 712 259 EUR 0,01 0,01 (a) 98,507 1 903 984,61
SODIM .................................................. 277 000 PTE 1,000 4,99 (a) 100,000 1 381 670,17
Somague ................................................ 640 000 PTE 1,000 4,99 (a) 100,000 3 192 306,54
Inparsa 98 s/ warrants .......................... 114 141 419 EUR 0,01 0,01 (a) 90,000 995 313,18
Montepio Geral TV 20-7-05 ............... 4 900 EUR 1,000 996,85 (a) 99,685 4 884 565,00
Montepio Geral .................................... 49 EUR 0,01 0,01 (a) 97,450 0,49

Emitidos por não residentes ......................... 71 131 231,47

Por outros não residentes ........................ 71 131 231,47

A médio e a longo prazos ................ 71 131 231,47

Intl Credit Recovery ............................ 5 EUR 101 874,28 101 874,28 (a) 100,000 509 371,38
Captiva Finance .................................... 10 000 USD 973,19 488,66 (a) 52,658 4 886 597,92
Captiva Finance III .............................. 150 USD 98 467,50 75 175,39 (a) 80,063 11 276 308,06
Van Kanpen .......................................... 5 USD 869 824,36 349 309,92 (a) 42,114 1 746 549,59
Soc. Gen. Austrália ............................... 940 EUR 4 987,98 4 973,02 (a) 99,700 4 674 635,10
BTNY Bankers Trust ........................... 200 000 PTE 1 000 4,97 (a) 99,950 994 280,05
Telefónica Europe Collar ..................... 62 PTE 1 000,000 4 967,79 (a) 99,595 308 002,83
Investel FIN LTD ................................ 2 070 526 195 EUR 0,01 0,01 (a) 94,519 19 570 406,54
Lusitano Global ..................................... 2 100 000 EUR 1 1,00 (a) 100,000 2 100 000,00
Lusitano ................................................ 500 000 EUR 1 0,99 (a) 99,480 497 400,00
Deutsche Bank ...................................... 4 000 EUR 1 000 1 000,00 (a) 100,000 4 000 000,00
Lusitano ................................................ 2 600 000 EUR 1 0,99 (a) 99,480 2 586 480,00
Caixa Finance APR 2007 ..................... 13 000 EUR 1 000 998,65 (a) 99,865 12 982 450,00
Deutsche FIN BV ................................. 5 000 EUR 1 000 999,75 (a) 99,975 4 998 750,00

Valores de rendimento variável ................... 24 603 814,11

Emitidos por residentes ............................ 24 012 570,65

Acções .............................................. 3 699 505,14

Carlos e Rodrigues ................................ 29 000 PTE 1 000 8,73 – –


BES DIR INC RES ............................... 2 EUR 5 5,00 – 10,00
Macedo E Coelho ................................. 2 EUR 5 0,60 0,200 0,40
Portline ................................................ 1 177 126 PTE 1 000 2,67 2,510 2 953 354,31
Portline 96 ........................................... 277 619 PTE 1 000 4,99 2,510 696 260,64
Unitenis ................................................ 10 PTE 30 000 4 987,98 – 49 879,79

Unidades de participação .................. 20 313 065,51

Prestigeste ............................................ 8 930 PTE 1 000 73,72 – 658 338,40


Fungere ................................................. 3 940 419 PTE 1 000 4,99 – 19 654 727,11

Emitidos por não residentes ..................... 591 243,460

Acções .............................................. 591 243,460

Finet Holdings AP ................................ 312 530 USD 0,6 0,34 0,340 106 260,20
Finet Holdings AP ................................ 275 000 USD 0,6 0,34 0,340 93 500,00
Cabo Verde Telecom ............................ 4 990 CVE 1 000 40,81 – 203 645,76
Cabo Verde Telecom ............................ 2 500 CVE 1 000 40,8 – 102 025,00
Finet Warrants ..................................... 120 000 USD 1 – – –
Finet Serie B ......................................... 6 250 13,73 13,73 85 812,500
Finet Warrants ..................................... 83 333 – – –

Títulos próprios ........................................... 2 493 989,49

De rendimento fixo .................................. 2 493 989,49

A médio e a longo prazos ................ –

Obrigações Caixa Sub Besi 08 .............. 249 398 949 EUR 0,01 0,01 – 2 493 989,49
21 932-(46) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em euros)

Quan- Valor Valor médio Valor Valor


Natureza e espécie dos títulos
tidade nominal de aquisição de cotação de balanço

D) Imobilizações financeiras ............................ 127 310 574,67


Participações ................................................ 11 849 425,84
Em outras empresas no país .................... 3 290 771,82
BEST .................................................... 100 EUR 1 1,00 – 100,00
Ecotredi, S. A. ...................................... 22 400 PTE 1 000 4,99 – 76 810,60
ESPART — Esp. Santo Participações
Financeiras, SGPS ............................. 10 000 EUR 5 3,31 – 33 061,82
GESFINC, S. A. .................................... 20 000 PTE 1 000 4,99 – 52 200,00
GESTRES — Gestão Estratégica Esp.
Santo, S. A. ....................................... 3 750 EUR 5 4,74 – –
Imprenova ............................................ 400 PTE 500 2,49 – –
Soc. Turística Palheiro Golfe, S. A. ..... 15 000 EUR 5 4,99 – –
SIGAL, S. A. ......................................... 22 170 PTE 1 000 4,99 – 25 678,86
ESAF — Espírito Santo Activos Finan-
ceiros, S. A. ...................................... 352 500 EUR 5 5,13 – 1 808 242,14
Kuthaya ................................................ 2 EUR 2 500 2 500,00 – –
Activalor. L.da ...................................... 19 000 EUR 4,99 – –
EET — Energ. Elect. Térmica ............ 44 687 EUR 5 4,99 – 208 917,91
Mofelt, S. A. ........................................ 79 000 PTE 1 000 4,99 – –
CENTIMO — Soc. de Serviços, L.da ...... 7 450 EUR 12 469,95 4,99 – 36 116,80
Multiger ................................................ 22 500 EUR 50 50,00 – 1 048 643,69
BCO Espírito Santo dos Açores ........... 200 EUR 5 5,00 – 1 000,00
WEBLAB ............................................. 550 000 EUR 0,5 0,50 – –

Em outras empresas no estrangeiro ......... 8 558 654,020


Apolo Films, S. L. ................................ 950 EUR 6,01 482,36 – 436 541,83
BRB Internacional, S. A. ...................... 47 500 EUR 6,01 156,58 – 6 868 676,21
PRO Sport ............................................ 1 900 EUR 6,02 99,50 – 180 122,35
SAPEC ORD ......................................... 13 883 EUR 43,38 – 524 985,650
SAPEC PREF ....................................... 296 EUR 32,55 – 9 636,210
Clarity Incentive Systems, INC ........... 390 625 USD 0,001 1,62 – 538 691,77

Partes de capital em empresas coligadas ..... 7 661 378,99


Em outras empresas no país .................... 5 348 852,97
Sotevor ................................................. 10 000 EUR 5 5,00 – 50 000,00
Cominvest, S. A. .................................. 375 000 EUR 5 5,00 – 1 504 863,48
ESSI Comunicações, SGPS .................... 10 000 EUR 5 5,00 – 50 000,00
ESSI Investimentos, SGPS .................... 210 000 EUR 5 5,00 – 1 000 000,00
ESSI, SGPS ............................................ 498 798 EUR 5 5,00 – 2 493 989,49
Coporgest ............................................. 50 000 EUR 5 5,00 – 250 000,00

Em outras empresas no estrangeiro ......... 2 312 526,020


Espírito Santo Securities ....................... 1 560 000 USD 1 1,13 – 1 487 556,02
Espírito Santo Investment Plc. ............ 164 994 EUR 5 5,00 – 824 970,00

Outras imobilizações financeiras .............. 107 799 769,84


Gestres .................................................. 255 662,32
Essi Comunicações ............................... 3 436 717,51
Kuthaya ................................................ 155 229,89
EET ...................................................... 115 906,86
Web-Lab ............................................... 65 114,82
Essi Investimentos ............................... 3 252 402,60
Portline ................................................ 518 735,50
Espírito Santo Investment Plc. ............ 100 000 000,34
Total ............................... 290 243 380,35
(a) Percentagem.

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(47)

Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 e 2001


ACTIVO
(Em milhares de euros)

2002 2001

Notas
Activo Amortizações Activo Activo
bruto e provisões líquido líquido

1 — Caixa e disponibilidades em bancos centrais ..................... 3 6 982 – 6 982 1 871


2 — Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito ........ 4 4 177 – 4 177 3 974
3 — Outros créditos sobre instituições de crédito ..................... 5 50 095 3 50 092 14 202
4 — Crédito sobre clientes ........................................................ 6 400 089 7 603 392 486 288 386
5 — Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ................ 7 278 787 12 288 266 499 358 928
a) De emissores públicos ........................................................ 34 590 157 34 433 60 884
b) De outros emissores ........................................................... 234 203 12 131 222 072 293 549
c) Títulos próprios ................................................................. 9 994 – 9 994 4 495

6 — Acções e outros títulos de rendimento variável ............... 7 45 111 9 711 35 400 53 498
7 — Partes de capital em empresas associadas ......................... 9 11 582 – 11 582 15 386
8 — Partes de capital em empresas filiais excl. da consolidação – – – –
9 — Outras participações financeiras ........................................ 8 17 619 1 867 15 752 17 396
10 — Imobilizações incorpóreas ................................................. 11 6 815 5 410 1 405 2 206
11 — Imobilizações corpóreas .................................................... 12 9 220 4 950 4 270 5 220
(Dos quais: imóveis de serviço próprio) ................................ (2 429) (435) (1 994) (2 264)

12 — Diferenças de reavaliação — equivalência patrimonial ..... – – – –


13 — Diferenças de consolidação ................................................ – – – –
14 — Capital subscrito não realizado .......................................... – – – –
15 — Acções próprias ................................................................. – – – –
16 — Outros activos ................................................................... 13 34 284 2 981 31 303 26 108
17 — Contas de regularização ..................................................... 14 50 000 – 50 000 63 328
18 — Prejuízo consolidado do exercício ..................................... – – – –
19 — Interesses minoritários ...................................................... – – – –
Total do activo .................................... 914 761 44 813 869 948 850 503

PASSIVO
Notas 2002 2001

1 — Débitos para com instituições de crédito ......................................................................... 15 233 478 256 907
a) À vista .............................................................................................................................. 1 853 642
b) A prazo ............................................................................................................................ 231 625 256 265

2 — Débitos para com clientes ................................................................................................ 16 149 271 77 224


a) Depósitos de poupança ..................................................................................................... – –
b) Débitos à vista ................................................................................................................. 42 657 16 142
c) Débitos a prazo ................................................................................................................ 106 614 61 082

3 — Débitos representados por títulos ..................................................................................... 17 218 399 233 139


a) Obrigações em circulação ................................................................................................. 218 399 233 139
b) Outros ............................................................................................................................... – –

4 — Outros passivos ................................................................................................................. 18 12 947 5 486


5 — Contas de regularização .................................................................................................... 19 40 065 54 641
6 — Diferenças de reavaliação — equivalência patrimonial .................................................... – –
7 — Diferenças de consolidação ............................................................................................... – –
8 — Provisões para riscos e encargos ...................................................................................... 20 4 330 5 280
a) Provisões para pensões e encargos similares ................................................................... – –
b) Outras provisões ............................................................................................................... 4 330 5 280

9 — Fundo para riscos bancários gerais ................................................................................... – –


10 — Passivos subordinados ....................................................................................................... 17 49 880 49 880
11 — Capital subscrito ............................................................................................................... 23 70 000 70 000
12 — Prémios de emissão .......................................................................................................... 23 8 796 8 796
13 — Reservas ............................................................................................................................ 23 24 560 25 182
14 — Reservas de reavaliação .................................................................................................... – –
15 — Resultados transitados ....................................................................................................... 23 50 400 55 920
16 — Interesses minoritários ..................................................................................................... 24 5 058 5 960
14 — Lucro consolidado do exercício ........................................................................................ 2 764 2 088
Total do passivo e capitais próprios .............................................. 869 948 850 503
21 932-(48) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Rubricas extrapatrimoniais
(Em milhares de euros)

2002 2001

1 — Garantias prestadas e passivos eventuais ................................................................................................... 132 421 106 272


Dos quais:
1.1 — Aceites e endossos .......................................................................................................................... – –
1.2 — Garantias e avales ........................................................................................................................... 105 821 77 072
1.3 — Cauções e activos dados em garantia ............................................................................................. 26 600 29 200
1.4 — Outros ............................................................................................................................................. – –
2 — Compromissos ........................................................................................................................................... 266 811 166 530
Dos quais:
2.1 — Resultantes de operações de venda com opção de recompra ......................................................... – –
................................................................................................................................................................... 399 232 272 802

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)

Demonstração dos resultados consolidados para os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
DÉBITO
Notas 2002 2001

1 — Juros e custos equiparados ................................................................................................ 28 34 434 42 520


2 — Comissões ......................................................................................................................... 30 1 990 21 029
3 — Prejuízos em operações financeiras .................................................................................. 31 650 550 279 263
4 — Gastos gerais administrativos ........................................................................................... 30 062 30 241
4.1 — Custos com o pessoal ................................................................................................ 29 14 399 14 289
4.2 — Outros custos administrativos ................................................................................... 15 663 15 952
5 — Amortizações do exercício ............................................................................................... 11 e 12 2 057 2 107
6 — Outros custos de exploração ............................................................................................ 32 340 211
7 — Provisões para crédito vencido e para outros riscos ....................................................... 20 17 158 14 293
8 — Provisões para imobilizações financeiras ......................................................................... 20 673 383
9 — Perdas extraordinárias ...................................................................................................... 33 9 2 204
10 — Impostos sobre lucros ....................................................................................................... 34 4 811 2 581
11 — Outros impostos ............................................................................................................... 1 306 4 795
12 — Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas da consolidação ...................... 4 100 3 251
13 — Interesses minoritários ..................................................................................................... 24 760 907
14 — Lucro consolidado do exercício ........................................................................................ 2 764 2 088
Total ..................................................................... 751 014 405 873

CRÉDITO
Notas 2002 2001

1 — Juros e proveitos equiparados ........................................................................................... 28 113 169 53 741


2 — Rendimentos de títulos ..................................................................................................... 1 390 1 055
3 — Comissões ......................................................................................................................... 30 13 929 31 187
4 — Lucros em operações financeiras ..................................................................................... 31 586 477 281 408
5 — Reposições e anulações de provisões ................................................................................ 20 8 961 11 988
6 — Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas da consolidação ...................... 47 69
7 — Outros proveitos de exploração ....................................................................................... 32 26 943 25 170
8 — Ganhos extraordinários ..................................................................................................... 33 98 1 255
9 — Interesses minoritários ..................................................................................................... – –
10 — Prejuízo consolidado do exercício .................................................................................... – –
Total ..................................................................... 751 014 405 873

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(49)

Mapa das alterações na situação líquida consolidada para os anos findos


em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
(Em milhares de euros)

Total Reserva legal


Prémios Resultados
da situação Capital e outras
de emissão transitados
líquida reservas

Saldos a 31 de Dezembro de 2000 ............................................ 170 092 70 000 8 796 18 289 73 007

Constituição de reserva legal ................................................. 311 – – 2 190 (1 879)


Constituição de reserva livre ................................................. – – – 5 406 (5 406)
Constituição de provisão para impostos diferidos ................. (453) – – (453) –
Dividendos .............................................................................. (7 500) – – – (7 500)
Bónus aos empregados ........................................................... (2 302) – – – (2 302)
Outros movimentos ............................................................... (250) – – (250) –
Lucro do exercício ................................................................. 2 088 – – – 2 088

Saldos a 31 de Dezembro de 2001 ............................................ 161 986 70 000 8 796 25 182 58 008

Constituição de reserva legal ................................................. – – – 1 006 (1 006)


Constituição de reserva livre ................................................. – – – 3 434 (3 434)
Dividendos .............................................................................. (2 168) – – – (2 168)
Bónus aos empregados ........................................................... (1 000) – – – (1 000)
Constituição provisão do aviso n.º 4/2002 ............................ (810) – – (810) –
Variação cambial .................................................................... (3 360) – – (3 360) –
Outras reservas de consolidação ............................................. (892) – – (892) –
Lucro consolidado do exercício ............................................. 2 764 – – – 2 764

Saldos a 31 de Dezembro de 2002 ............................................ 156 520 70 000 8 796 24 560 53 164

O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-se
suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003), vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-
-presidente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal — António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M.
Basecqz, vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal —
Christian Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José
Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior, vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto,
vogal. — O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)

Notas às demonstrações financeiras dadas todas as sinergias existentes entre as duas instituições (v. nota
em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 n.º 23).
Na sequência do parágrafo anterior, e existindo um único accionista
(BES), as acções do Banco bem como as obrigações ordinárias e de
1 — Introdução:
caixa emitidas até 1998 deixaram de estar cotadas na Bolsa de Valores
a) Actividade: de Lisboa.
No exercício de 2001, procedeu-se à redefinição da identidade corpo-
A instituição foi constituída como sociedade de Investimentos em rativa do Banco, tendo sido criadas as marcas Espírito Santo Investment,
Fevereiro de 1983 como um investimento estrangeiro em Portugal Espírito Santo Securities e Espírito Santo BYM. Registaram-se as
sob a denominação de FINC — Sociedade Portuguesa Promotora de marcas em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Brasil e
Investimentos, S. A. R. L. No exercício de 1986 a sociedade foi inte- Estados Unidos da América.
grada no Grupo Espírito Santo com a designação de Espírito Santo — Presentemente, o BES Investimento opera através da sua sede em
Sociedade de Investimentos, S. A. Lisboa e de um escritório de representação em Londres. A Sucursal Finan-
Com o objectivo de alargar o âmbito da actividade, a instituição ceira Exterior na Região Autónoma da Madeira foi extinta, por delibe-
obteve autorização dos organismos oficiais competentes para a sua ração do conselho de administração, em 11 de Novembro de 1994.
transformação em Banco de Investimentos, através da Portaria As demonstrações financeiras individuais do Banco, das suas subsi-
n.º 366/92, de 23 de Novembro, publicada no Diário da República, diárias e associadas, foram preparadas por estas entidades com base
2.ª série, n.º 279, de 3 de Dezembro. O início das actividades de Banco nos respectivos registos contabilísticos, que são processados, excepto
de Investimentos, sob a denominação de Banco ESSI, S. A., ocorreu no que diz respeito às empresas com sede no estrangeiro, em confor-
no dia 1 de Abril de 1993. midade com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de
A transformação em Banco de Investimentos abriu a possibilidade Contas para o Sector Bancário, e outras disposições emitidas pelo
de intervenção em novas áreas de negócio e de exploração de novas Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída
pelo Decreto-Lei n.º 91/90, de 17 de Março.
fontes de captação de recursos. Assim, a actividade desenvolvida abrange
a generalidade das operações bancárias, com particular incidência na
b) Estrutura do Grupo:
área de investment banking, consistindo principalmente na obtenção
de recursos de terceiros, na concessão de créditos e de garantias a O Banco detém participações em empresas subsidiárias e associadas.
médio e longo prazos, na aquisição de acções e de obrigações de qual- São consideradas empresas subsidiárias as que correspondem a inves-
quer tipo de empresas, incluindo a tomada firme de emissões para timentos de carácter duradouro cuja participação, directa ou indirecta
posterior transacção, na participação no capital de outras empresas e no capital, seja superior a 50% ou, embora inferior a essa percentagem
no fornecimento de outros serviços financeiros. de participação, o Banco, directa ou indirectamente, exerce controlo.
Em 1 de Julho de 1998, alterou a sua designação social para Banco As empresas associadas são investimentos de carácter duradouro, cuja
Espírito Santo de Investimento, S. A. (BES Investimento ou Banco). participação do Banco no seu capital se situa entre 20% e 50% e em
No exercício de 2000, o BES adquiriu a totalidade do capital social relação às quais não existe uma relação de domínio, mas de influência
do BES Investimento por forma a reflectir nas suas contas consoli- significativa na gestão.
21 932-(50) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

A estrutura do grupo de empresas nas quais o Banco detém uma A ESSI — Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A., foi
participação directa, superior ou igual a 20% é a seguinte: constituída em Março de 1997, e tem como objecto social a gestão
de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de
exercício da actividade económica. O capital social é representado
por 9 152 660 acções com o valor unitário de cinco euros, detido a
94,55% pela ESSI Comunicações, SGPS, S. A. e 5,45% pelo BES Inves-
timento. A sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.
A Espírito Santo Dealer — Sociedade Financeira de Corretagem, S. A.,
foi constituída em 1989. O capital social é representado por 700 000
acções com o valor unitário de cinco euros. Em 1 de Agosto de 2002
foi aprovado em assembleia geral um aumento de capital em 1 000 000
de euros através de incorporação de reserva legal, por forma a cum-
prir com o disposto na portaria n.º 102/2002. A sociedade é detida
em 43% pela ESSI — Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A.,
sendo igualmente accionista o Banco Espírito Santo, S. A. (57%). A
sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.
A Espírito Santo Investimentos, S. A. (ES Investimentos) foi
constituída em 24 de Julho de 1996, inicialmente detida em 26,7%
pelo BES Investimento e 73,3% pela ESAF — Espírito Santo Activos
Financeiros, SGPS, S. A., (ESAF) sendo esta última igualmente parti-
cipada do BES Investimento em 15%. Tendo em vista o desenvolvi-
mento das actividades no Brasil, no final do exercício de 1999 o Banco
alienou a sua participação à ESSI Comunicações, SGPS, S. A., que por
Associadas sua vez adquiriu os 73,3% detidos pela ESAF, ficando assim a única
25% 40,5% 25% 22,2% 35,8% 25% 25% detentora do capital. Em Julho de 2000, a ESSI Comunicações,
SGPS, S. A., vende a sua participação à ESSI — Sociedade Gestora de
Participações Sociais, S. A., a qual passa a deter os 100% do capital da
(a) Empresas não consolidadas por terem um efeito imaterial no contexto das demonstrações financeiras consolidadas no Banco. ES Investimentos, cujo capital social ascende a 7 122 150 reais. O seu
objecto social é o da prestação de serviços especializados de assessoria
e consultoria económica, financeira, administrativa e empresarial,
Em 2001 a ES Investimentos reforçou a sua participação no BESI intermediação de negócios e representação comercial e a participação
Brasil de 50% para 80%, passando esta sociedade a ser consolidada em outras sociedades, civis ou comerciais, como accionista, quotista
pelo método integral. ou sócio, e ainda, a participação em joint ventures em sociedades em
A actividade e os principais accionistas das subsidiárias e associadas conta de participações. Entre Setembro e Outubro de 2000, esta socie-
do BES Investimento cuja participação é detida pela existência de dade adquiriu 50% do BES Investimento do Brasil, S. A. — Banco de
relações de complementaridade com a sua actividade são descritas de Investimento (BESI Brasil) e 50% da BES Securities do Brasil, S. A. —
seguida. CCVM (BES Securities Brasil), aumentando as suas participações em
A Espírito Santo Investment plc. (ES Investment plc.) foi incorpo- Novembro de 2001 em 30% cada. Em 31 de Dezembro de 2001
rada em Setembro de 1996 com a designação de ESSI Ireland e tem como entregou a sua participação na BES Securities Brasil para o aumento
objecto social a compra e venda de títulos fora do território irlandês. de capital do BESI Brasil. A sede social da ES Investimentos é na Rua
É detida a 100% pelo BES Investimento. Em Novembro de 1997 a Socie- Frei Caneca, n.º 1380, 7.º, suite 72, São Paulo.
dade alterou a sua designação social para Espírito Santo Investment A Benito y Monjardín, S. V., S. A., foi constituída em 28 de De-
plc, e aumentou o seu capital social em IEP 30 000 correspondentes zembro de 2001 em resultado da fusão da Hiscapital, AV, S. A.
a 30 000 acções com o valor unitário de IEP 1. Em 14 de Fevereiro (Hiscapital), sociedade que à data da fusão era detida pelo Banco em
de 2001 a empresa alterou a denominação do seu capital social para 50%, indirectamente, através da ESSI, SGPS, com as suas subsidiárias
euros, redenominou as acções representativas do mesmo e aumentou Nueva Monjalo, S. L. (Nueva Monjalo) e Benito y Monjardín, S. V.,
o capital social em 13 750 euros correspondentes a 2750 acções com detidas a 100%. Esta fusão foi autorizada pela Comisión Nacional del
o valor unitário de cinco euros. A sede social da empresa situa-se em Mercado de Valores (entidade reguladora). O objecto social desta socie-
2 Harbourmaster Place Custom House Qock, Dublin. dade é a transmissão de ordens de subscrição e negociação de quaisquer
A Espírito Santo Securities, Inc. empresa detida a 100% pelo BES valores, a gestão e transmissão de participações em fundos de investi-
Investimento é sedeada nos Estados Unidos da América. Recebeu em mento, a mediação e colocação de emissões de valores, a negociação
meados de Janeiro de 1998, autorização por parte da NASD para com o público por conta de terceiros de valores nacionais (Espanha) ou
desenvolver o negócio da compra e venda de títulos naquele país. No estrangeiros, a gestão de carteiras de valores de terceiros e a actuação
ano de 2000 aumentou o seu capital social em 700 000 dólares corres- de acordo com a norma em vigor, como entidade gestora do Mercado
pondentes a 700 000 acções com o valor unitário de um dólar, e em de Dívida Pública Escritural. Para além do Banco, que detém uma parti-
2001 aumentou novamente o capital social em 160 000 dólares corres- cipação indirecta de 50%, adquirida em 2000, é também accionista o
pondente a 160 000 acções com valor unitário de um dólar. A sede Banco Espírito Santo, S. A. (Espanha) com 50%. O capital social da
social desta firma situa-se na Park Avenue, 320, 29.º, Nova Iorque, Benito y Monjardín, S. V., S. A. ascende a 27 947 248 euros represen-
Estados Unidos da América. Esta sociedade encontra-se inactiva. tado por 46 424 acções de 602 euros cada. A sua sede social é na Calle
A ESSI — Comunicações, SGPS, S. A., foi constituída em Fevereiro Serrano, 88, 4.ª planta, em Madrid, Espanha.
de 1998 e tem como objecto social a gestão de participações sociais A Gesfinc — Espírito Santo Estudos Financeiros e de Mercados de
noutras sociedades, como forma indirecta de exercício da actividade Capitais, S. A., constituída em 24 de Agosto de 1992, tem como objecto
económica. Em 18 de Dezembro de 2001 a empresa alterou a deno- social a prestação de serviços na área de recolha e centralização de
minação do seu capital social para euros, redenominou as acções repre- informações de carácter financeiro e comercial, a elaboração de estudos
sentativas do mesmo e aumentou o capital social em 25 000 euros de natureza económico-financeira sobre empresas e a sua divulgação e
correspondentes a 5000 acções com o valor unitário de cinco euros. venda através de publicações periódicas. Para além do Banco que detém
O seu capital social é detido a 100% pelo BES Investimento e a sua actualmente uma participação de 25%, são accionistas da Gesfinc o
sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa. Banco Espírito Santo com 35%, a Espírito Santo Activos Financeiros,
A ESSI Investimentos, SGPS, S. A., foi constituída em Fevereiro SGPS, S. A., com 15%, a Companhia de Seguros Tranquilidade, S. A.
de 1998 e tem como objecto social a gestão de participações sociais com 10%, a ES Dealer, S. A. (ex-ESER — Sociedade Financeira de
noutras sociedades, como forma indirecta de exercício da actividade Corretagem, S. A.) com 10% e o Banco Internacional de Crédito, S. A.,
económica. Em 18 de Dezembro de 2001 a empresa alterou a deno- com 5%. A sociedade tem a sua sede social na Rua Alexandre Herculano,
minação do seu capital social para euros, redenominou as acções repre- 38, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva.
sentativas do mesmo e aumentou o capital social em 25 000 euros A actividade e os principais accionistas das outras subsidiárias e
correspondentes a 5000 acções com o valor unitário de cinco euros. associadas do BES Investimento, entre as quais se encontram partici-
Em 31 de Dezembro de 2002, a sociedade aumentou o seu capital em pações detidas em resultado da dação em cumprimento de créditos
1 000 000 de euros correspondentes a 200 000 acções com o valor detidos sobre terceiros, são como segue:
nominal de cinco euros. O seu capital social é detido a 100% pelo
BES Investimento e a sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, A Sotevor — Sociedade Hoteleira do Alvor, S. A., foi constituída
38, Lisboa. em 11 de Dezembro de 1996 e tem por objecto a indústria hoteleira
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(51)

e turística. Esta sociedade é detida na totalidade pelo BES Investi- o arrendamento e a gestão de bens imobiliários. O capital social é de
mento. A sede social desta sociedade é na Rua Alexandre Herculano, 1 000 000 de euros, representado por 200 000 acções com o valor
38, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva. unitário de cinco euros. A sociedade é detida em 25% pelo BES Inves-
A Kuthaya — Gestão e Trading Internacional, L.da, foi constituída timento, sendo igualmente accionista a Coporfin — Companhia Por-
em 23 de Abril de 1998, e tem como objecto social, entre outros, o tuguesa de Engenharia Financeira, S. A. (75%). A sua sede social é na
apoio técnico de consultoria à criação, desenvolvimento, expansão e Avenida Miguel Torga, 29, Lisboa.
modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços no
âmbito internacional e a gestão da sua carteira de títulos. Desde 29 de 2 — Políticas contabilísticas:
Setembro de 1999 que o BES Investimento é o detentor de 100% do
capital, o qual é representado por duas quotas de 2500 euros cada. A a) Bases de apresentação. — As contas do Banco são objecto de
sociedade tem a sua sede na Rua Dr. Brito Câmara, 7, no Funchal, consolidação pelo método integral no Banco Espírito Santo, S. A.,
Madeira. com sede na Avenida da Liberdade, 195, em Lisboa, e, posteriormente,
A Mofelt — Sociedade Portuguesa de Feltros Betuminosos, S. A., na Bespar — Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A. e na
foi constituída em 15 de Dezembro de 1987, tendo o Banco tomado Espírito Santo Financial (Portugal), SGPS, S. A., ambas com sede na
a sua primeira participação em 1991. Esta empresa tem por objecto Rua de São Bernardo, 62, em Lisboa. Esta última, por sua vez, é inte-
social o fabrico e comercialização de feltros betuminosos e emulsão grada na consolidação da Espírito Santo Financial Group, S. A. (ESFG),
de asfalto e materiais similares de revestimento e cobertura. Para além com sede no Luxemburgo.
do Banco que detém actualmente uma participação de 40,5%, é tam- As demonstrações financeiras individuais e consolidadas do Banco
bém accionista da empresa a Sotecnisol — Sociedade Técnica de agora apresentadas, reportam-se a 31 de Dezembro de 2002 e 2001
Isolamentos, S. A., com 37,3%, entre outras. Esta sociedade encon- e foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos
tra-se inactiva desde 1997. A sede social desta empresa é na Rua estabelecidos no Plano de Contas para o Sector Bancário, e outras
Cintura do Porto, Cabo Ruivo, Lisboa. disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da compe-
A Cominvest — Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, S. A., tência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei n.º 91/90, de 17 de Março.
foi constituída em 25 de Julho de 1988 e tem como objecto social o
arrendamento de imóveis construídos adquiridos para esse fim e, b) Princípios de consolidação. — As demonstrações financeiras
acessoriamente, a compra e venda de imóveis nos termos da legis- consolidadas reflectem os activos, passivos e resultados do BES Inves-
lação aplicável às SGII. A participação inicial do Banco nesta empresa timento e das suas subsidiárias, bem como os resultados atribuíveis às
(86,7%), foi tomada em 1993 por dação em cumprimento de créditos participações financeiras em empresas associadas, conforme nota n.º 2,
detidos sobre terceiros. No final do exercício de 1993 a Cominvest relativamente aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e
aumentou o seu capital em 750 000 000$ integralmente subscrito e 2001. Estas demonstrações financeiras foram preparadas em conformi-
realizado pelo BES Investimento que passou então a deter 93,3% do dade com as disposições do Decreto-Lei n.º 36/92, de 28 de Março.
capital da empresa. Em Janeiro de 1994 o BES Investimento vendeu As demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas com sede
à Companhia de Seguros Tranquilidade, S. A. (Grupo Espírito Santo), no estrangeiro foram preparadas com base nos respectivos registos
700 000 acções representativas de 46,7% do capital, ao valor nominal, contabilísticos estatutários, processados em conformidade com o norma-
e em Fevereiro do mesmo ano adquiriu 100 000 acções passando a tivo local vigente. Neste contexto, procedeu-se à uniformização dos
deter uma participação no capital daquela sociedade de 53,3%. Em critérios contabilísticos de base observada pela entidade consolidante,
Dezembro de 2000 o BES Investimento vendeu ao Fungere — Fundo sempre que tal foi julgado necessário, aplicável ou materialmente
de Gestão de Património Imobiliário, 425 000 acções representativas relevante.
de 28,3% do capital da sociedade. No ano de 2001 a sociedade A consolidação das empresas subsidiárias foi efectuada segundo o
redenominou o seu capital social passando a estar representado por método de integração global nas situações em que se verifique uma
1 500 000 acções com valor unitário de 4,99 euros. Para além do relação de domínio por parte do Banco (v. nota n.º 2). Os saldos e as
Banco que detém actualmente uma participação de 25%, é também transacções de maior significado apurados entre as empresas objecto
accionista da Cominvest a Companhia de Seguros Tranquilidade, S. A., de consolidação, incluindo os correspondentes custos e proveitos,
com 24% e o Fungere — Fundo de Gestão de Património Imobiliário foram eliminados no processo de consolidação.
com 51%. A sede social desta empresa situa-se na Rua Alexandre O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas
Herculano, 38, Lisboa. subsidiárias, caso aplicável, é apresentado na rubrica Interesses
A Sigal — Ecologia e Tratamento de Resíduos, S. A., foi consti- minoritários (v. nota n.º 24).
tuída em 16 de Julho de 1991 e tem como actividade principal a con- Nas contas consolidadas, as participações do Banco em empresas
cepção, construção e exploração de aterros sanitários para resíduos subsidiárias excluídas da consolidação integral no âmbito do Decreto-
não nucleares. A sua constituição resultou de um concurso interna- -Lei n.º 36/92, tendo em atenção a diferente natureza da sua activi-
cional lançado pelo governo português com a finalidade de travar e dade face à actividade do Banco, e em empresas associadas encontram-se
eliminar a evolução do lançamento de resíduos industriais no meio valorizadas segundo o método de equivalência patrimonial, corres-
natural. O principal accionista é a France Dechets com uma partici- pondendo o seu valor a uma percentagem do capital, reservas e resul-
pação de 55%, seguindo-se a OPCA — Obras Públicas e Cimento tados, equivalente à participação do BES Investimento nessas empresas.
Armado, S. A., com 22,5% e depois o BES Investimento com 22,2%. As demonstrações financeiras das empresas subsidiárias e associadas
A sede social desta empresa é na Av. Marechal Gomes da Costa, lote 8, denominadas em moeda estrangeira foram convertidas para euros, com
Marvila, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva. base nos câmbios à vista em vigor em 31 de Dezembro de 2002 e
A EET — Energia Eléctrica e Térmica, S. A., empresa constituída 2001. As diferenças cambiais resultantes da conversão para euros, da
em 1995, e tem como objecto principal a produção de energia eléc- situação patrimonial do início do ano à taxa oficial da data do balanço,
trica e outras formas de energia. O maior accionista é a ETN — são registadas em reservas.
Empresa Têxtil Nortenha com 45%, detendo o BES Investimento Os investimentos em empresas subsidiárias e associadas consolidadas
uma participação de 35,8%. A empresa tem a sua sede social no lugar pelo método integral ou pelo método da equivalência patrimonial,
de Casas Novas, Ávidos, Vila Nova de Famalicão. denominados em moeda estrangeira são convertidos ao câmbio de final
A Jampur Trading Internacional, L.da, foi constituída em 5 Novem- de exercício. A diferença entre este último câmbio e o da data da
bro de 1999, e tem como objecto social entre outros a prestação de aquisição foi, até 31 de Dezembro de 2001, apresentada no balanço
serviços de natureza contabilística e económica, apoio técnico de consolidado na rubrica de contas de regularização — flutuação de
consultoria, actividade de importação e exportação bem como a acti- valores. Em 31 de Dezembro de 2002, aquela diferença cambial passou
vidade de escritórios de comissões, consignações e agências comer- a estar reflectida em reservas.
ciais; actividade de promoção, marketing e prospecção de mercados As diferenças positivas e negativas, calculadas à data da aquisição
para os géneros, artigos e serviços; promoção, organização e explo- ou da primeira consolidação, entre o custo de aquisição e o valor
ração comercial de espectáculos de qualquer natureza: gestão da sua patrimonial equivalente das empresas subsidiárias e associadas (dife-
carteira de títulos; compra de imóveis para revenda, aquisição, venda renças de consolidação e de reavaliação — goodwill e goodwill nega-
e qualquer outra forma de exploração de marcas registadas, patentes tivo) são contabilizadas por contrapartida das rubricas de reservas e
e direitos de autor. O Banco detém uma participação de 25% no capital de resultados transitados.
da Jampur, o qual ascende a 5000 euros e é representado por duas O valor acumulado líquido das diferenças de consolidação e de
quotas. A sua sede social é na Rua Dr. Brito Câmara, 7, Sé, Funchal. reavaliação anulado por contrapartida de reservas e de resultados tran-
A Coporgest — Companhia Portuguesa de Gestão e Desenvolvi- sitados ascendia, em 31 de Dezembro de 2002 a 3 848 000 euros
mento Imobiliário, S. A., foi constituída em 19 de Dezembro de 2002, (2001: 3 527 000 euros) (v. nota n.º 23).
e tem como objecto social, entre outros, a realização de estudos e As participações em empresas não incluídas no perímetro de con-
projectos, a compra e venda de imóveis ou de direitos sobre os mesmos, solidação do Grupo BES Investimento, por não serem consideradas
21 932-(52) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

subsidiárias nem associadas, registam-se nas contas consolidadas de a que determinados activos, passivos, elementos extrapatrimoniais ou
acordo com o critério definido na nota n.º 2. alínea h). fluxos financeiros possam estar sujeitos;
Estejam especificamente qualificados de cobertura na documentação
c) Especialização dos exercícios. — O Banco e as suas subsidiárias interna do Banco;
seguem o princípio contabilístico de especialização de exercícios em Que as alterações de valor do instrumento financeiro derivado estejam
relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, correlacionadas com alterações de sinal oposto no valor da posição
nomeadamente no que se refere aos juros das operações activas e coberta, de tal forma que o mesmo se torne eficaz como elemento de
passivas que são registados à medida que são gerados, independente- cobertura, eliminando ou reduzindo substancialmente o risco de perda
mente do momento do seu pagamento ou cobrança. na posição coberta.
Porém, nos casos em que as operações se encontrem vencidas há
mais de 30 dias (90 dias no caso de terem garantias reais) ou, embora Os resultados obtidos nos contratos de cobertura são relevados de
não vencidas, existam dúvidas razoáveis relativamente à sua cobra- acordo com o mesmo princípio que for seguido para os resultados de
bilidade, o Banco e as suas subsidiárias suspendem a contagem dos juros sinal oposto dos elementos cobertos, sendo diferidos até ao momento
correspondentes, os quais apenas são reconhecidos em proveitos se e em que estes últimos sejam relevados.
quando recebidos. Se um instrumento financeiro derivado, classificado como de cober-
Relativamente aos proveitos resultantes dos serviços prestados pela tura, for vendido ou abandonado antes do seu vencimento, o ganho
Direcção de Serviços Financeiros, o seu reconhecimento em resul- ou a perda realizada é reconhecido por contrapartida de proveitos ou
tados está dependente do sucesso da operação subjacente. Assim, apenas custos. Se o elemento coberto for vendido ou abandonado, ou a cober-
são imputados a resultados quando esse facto ocorra. Os custos na sua tura deixar de ser efectiva, o correspondente instrumento derivado é
maioria com o pessoal, são reflectidos em resultados à medida que imediatamente reclassificado para a carteira de negociação.
são incorridos.
Instrumentos financeiros derivados utilizados para negociação:
d) Operações em moeda estrangeira. — As operações em moeda
estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema Os instrumentos financeiros derivados que não cumpram com os
multi-currency, sendo cada operação registada exclusivamente em requisitos anteriormente mencionados são contabilizados como posi-
função das respectivas moedas. Este método prevê que todos os saldos ções de negociação. Os instrumentos transaccionados são: swaps, FRAs,
expressos em moeda estrangeira (isto é, moedas fora da zona euro), futuros, opções ou combinações dos instrumentos anteriores.
excepto notas e moedas, sejam convertidos para euros com base no Todas as operações são reavaliadas numa base diária, com base nas
câmbio indicativo do dia para operações à vista, divulgado pelo Banco condições de mercado em vigor no fecho de cada dia. Estas reava-
de Portugal (v. nota n.º 22). liações resultam em lucros ou prejuízos não realizados, cuja relevação
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estran- contabilística ocorre diariamente em contas de balanço e de resulta-
geira à vista e a prazo são imediatamente registadas na posição cam- dos, após estorno dos movimentos do dia anterior.
bial. Passamos a descrever as políticas contabilísticas dos instrumentos
Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos financeiros derivados utilizados pelo Banco:
das diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição e1) Operações de permuta de taxas de juro (interest rate swaps —
cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação IRS) e permuta de taxa de juro e moeda (currency and interest rate
são como segue: swaps — CIRS). — As operações de permuta de taxas de juro e per-
Posição cambial à vista: muta de taxas de juro e moeda permanecem registadas nas rubricas
extrapatrimoniais pelo seu valor nocional até à sua maturidade, sendo
A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.
dos activos e passivos dessa moeda, excluindo a posição cambial à As operações classificadas de negociação, ou que não cumpram com
vista coberta por operações a prazo de permuta de divisas e adicio- as definições e condições das consideradas como de cobertura, são
nando os montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das reavaliadas com base nas condições de mercado (marked to market),
operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. com as correspondentes perdas ou ganhos reconhecidos de imediato
A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base nos câm- em resultados do exercício.
bios indicativos do dia divulgados pelo Banco de Portugal, dando origem As operações de cobertura, que se destinam à gestão do risco ine-
à movimentação da conta de posição cambial (moeda euro), por rente aos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais, são valo-
contrapartida de custos ou proveitos. rizadas e reconhecidas em resultados de acordo com o critério aplicável
aos elementos cobertos. A reavaliação dos contratos de cobertura
Posição cambial a prazo: apenas é relevada contabilisticamente no caso em que os elementos
cobertos correspondam a activos avaliados ao custo de aquisição e
A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido sujeitos à constituição de provisões para depreciação, desde que o valor
das operações a prazo a aguardar liquidação e que não estejam a cobrir de mercado desses activos seja inferior. Em todos os restantes swaps
a posição cambial à vista, com exclusão das que se vençam dentro de cobertura é seguido o critério de custo histórico, que consiste no
dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a esta registo dos fluxos de juros corridos, de acordo com o princípio dos
posição (currency swaps e currency forwards) são reavaliados às taxas acréscimos.
de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu
cálculo com base nas taxas de juro — aplicáveis ao prazo residual de e2) Operações de fixação de taxa de juro a prazo (forward rate
cada operação. As diferenças entre os contravalores em euros às taxas agreements — FRA). — As operações de fixação de taxa de juro são
contratadas, que representam o proveito ou o custo de reavaliação da registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu valor nocional, sendo
posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.
cambial por contrapartida de custos ou proveitos.
Contratos de negociação:
e) Instrumentos financeiros derivados. — O Banco classifica os ins-
trumentos financeiros derivados em função da sua intenção de nego- Os contratos classificados como negociação são reavaliados, diaria-
ciação ou para outros fins que não de negociação (cobertura). Os ins- mente, com base na diferença entre a taxa contratada e a taxa de
trumentos derivados utilizados para efeitos de cobertura do risco inerente mercado em vigor, na data da reavaliação. A diferença encontrada é
a operações de negociação são classificados como de negociação. contabilizada como proveito ou custo nas correspondentes rubricas
de balanço referentes à reavaliação de FRAs.
Instrumentos financeiros derivados utilizados para a cobertura de risco: Na data de vencimento dos contratos, os montantes entregues ou
recebidos são transferidos para rubricas específicas de proveitos reconhe-
Estes derivados são utilizados, entre outros, para mitigar riscos de cidos em FRAs liquidados e custos reconhecidos em FRAs liquidados,
taxa de juro e riscos de taxa de câmbio, inerentes a posições de inves- respectivamente, após o estorno da reavaliação previamente realizada.
timento. Os instrumentos utilizados para efeitos de cobertura são swaps
de taxa de juro e de câmbio e opções. Contratos de cobertura:
Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de co-
bertura, desde que cumpram, cumulativamente, as condições seguintes: Os valores pagos ou recebidos na data de liquidação dos contratos
de cobertura são diferidos no balanço como proveitos e custos diferidos,
A posição a ser coberta esteja identificada e exponha o Banco ao sendo reconhecidos em resultados diariamente de acordo com o período
risco de prejuízos resultantes de potenciais alterações de taxas de juro de realização de cada contrato.
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(53)

Os ganhos e perdas potenciais na reavaliação a preços de mercado último. Os prémios pagos e recebidos são diferidos em balanço nas
dos contratos de cobertura, são controlados numa base diária, não contas de proveitos e custos em suspenso activas e passivas, até ao
sendo, no entanto, reconhecidos contabilisticamente. momento de exercício, venda ou abandono da operação.
Na data de exercício, venda ou abandono, os prémios são reco-
e3) Futuros. — As posições de negociação em contratos de futuros nhecidos em resultados. Caso a opção seja exercida, registar-se-ão os
transaccionados em mercados organizados são registadas em rubricas fluxos inerentes ao swap de acordo com a política contabilística ante-
extrapatrimoniais e são valorizadas com base nas cotações de mercado. riormente referida em 2, alínea el) — Operações de permuta de taxa
As perdas e os ganhos, realizados e não realizados (custo ou proveito, de juro — IRS e permuta de taxa de juro e moeda — CIRS.
necessários ao encerramento das posições detidas), são relevados em
resultados do exercício. Se transaccionados em mercados não organi- Opções sobre swaps (swaption) — negociação:
zados ou com pouca liquidez, apenas as perdas latentes são reconhe-
cidas em resultados do exercício. As opções sobre swaps de taxa de juro são relevadas nas rubricas
extrapatrimoniais pelo valor do swap subjacente até à maturidade deste
último. Os prémios pagos e recebidos são diferidos em balanço nas
e4) Opções cambiais e sobre cotações (currency options e equity
contas de proveitos e custos em suspenso, activas e passivas.
options):
A reavaliação dos prémios é efectuada numa base diária, com
Contratos de opções transaccionados em mercados organizados: relevação em resultados do exercício por contrapartida das rubricas
de balanço, operações activas/passivas a regularizar conforme aplicável,
Os montantes nocionais das opções são contabilizados nas contas de acordo com as condições de mercado e após o estorno da reava-
extrapatrimoniais, na data de transacção, ao valor acordado. Estes liação realizada no dia anterior.
contratos são valorizados com base nas cotações de mercado, sendo Na maturidade da opção, se exercida, a reavaliação efectuada no
as perdas e os ganhos decorrentes da reavaliação diária relevados em dia anterior é anulada, sendo feito o reconhecimento em custos e
resultados do exercício. proveitos dos prémios pagos e recebidos, e a correspondente conta-
bilização do swap de taxa de juro também de acordo com a regra
Contratos de opções transaccionados em mercado de balcão (OTC): marked to market. No caso de venda ou abandono da operação, há
apenas lugar ao registo do custo ou proveito inerente.
Os montantes nocionais das opções são contabilizados nas contas
extrapatrimoniais, na data de transacção, ao valor acordado. Os e6) Index swap. — Os index swaps são contratos que têm subjacente
prémios pagos ou recebidos são diferidos nas rubricas de balanço, des- a troca de rendimentos, sendo que uma das partes se compromete a
pesas com custo diferido, receitas com proveito diferido, respectiva- entregar a remuneração equivalente à valorização do activo subjacente
mente, até ao exercício da opção. por contrapartida do recebimento de cupões em função de uma deter-
minada taxa de juro.
Opções de cobertura: Estas operações permanecem registadas nas rubricas extrapatri-
moniais pelo seu montante teórico até à sua maturidade, sendo clas-
As alterações no valor estimado dos prémios quando reavaliados às sificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.
condições vigentes no mercado, são relevadas em resultados do exer- As posições classificadas como de negociação são reavaliadas com
cício quando, e da mesma forma que as alterações que o justo valor uma periodicidade diária de acordo com as condições de mercado em
das operações cobertas o forem. Contudo, se a operação coberta estiver vigor, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos nos
relevada ao menor dos valores de custo de aquisição ou valor de resultados do exercício.
mercado, qualquer ganho na opção, apenas é relevado em resultados
na parte proporcional equivalente às perdas verificadas na operação f) Derivados de crédito. — Um derivado de crédito é um instrumento
coberta. No caso de a opção gerar uma perda, a mesma é capitalizada financeiro que permite transferir risco de crédito entre os diversos par-
como parte do custo inerente à operação coberta. ticipantes do mercado, facilitando assim a eficiência na valorização e
distribuição do risco de crédito no seio do mercado financeiro.
Opções de negociação: Estes derivados são utilizados para mitigar riscos de crédito e transfe-
rência inerentes a posições detidas em carteira e/ou para arbitragem,
Os prémios de opções pagos ou recebidos são reavaliados diaria- assumindo, normalmente, a forma de Credit Linked Notes e Credit
mente com base nos preços de fecho para contratos negociados em Default Swaps (CDS).
mercados organizados ou através de métodos internos de avaliação Num CDS, o comprador de protecção acorda fazer pagamentos
para contratos negociados em mercado não organizado (mercado de periódicos (denominado swaps spread ou prémio) durante um período
balcão ou OTC). Numa base diária, as reavaliações produzirão um pré-determinado, em troca de um pagamento no caso de ocorrer um
ganho ou uma perda latente que será registada nas respectivas contas credit event de uma terceira entidade.
de resultados, por contrapartida das contas de balanço Despesas com Na Credit Linked Note, o emissor da note acorda com o detentor
custo diferido ou receitas com proveito diferido, depois de estornado da mesma o pagamento de uma remuneração, em troca do não reem-
o movimento relativo à reavaliação do dia anterior. bolso ou reembolso em condições preestabelecidas do nominal da note,
se ocorrer um credit event.
e5) Contratos de garantia de taxa de juro — negociação (interest Um credit event poderá ser a ocorrência de moratória, reestrutu-
rate caps and floors) e opções sobre swaps (swaption): ração, cancelamento, ou falha no pagamento de juros ou capital na
dívida da terceira entidade.
Contratos de garantia de taxas de juro — negociação (interest rate Tendo em conta os objectivos na contratação deste tipo de opera-
caps and floors): ções, a relevação contabilística em resultados resulta no reconheci-
mento de acordo com a especialização de exercícios.
Os contratos de garantia de taxas de juro, comprados ou vendidos,
subscritos pelo Banco ou por terceiros, são registados nas rubricas
g) Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável:
extrapatrimoniais pelo seu valor nocional até ao seu vencimento, sendo
registado o seu prémio, pago ou recebido, em contas de regularização Títulos de negociação:
do activo ou passivo, até ao momento de exercício, venda ou aban-
dono da opção. Consideram-se títulos de negociação aqueles que são adquiridos com
Adicionalmente, os prémios entregues ou recebidos são reavaliados o objectivo de venda dentro de um prazo que não poderá exceder os
de acordo com as condições de mercado vigentes, sendo os ganhos e seis meses.
perdas potenciais reconhecidos nos resultados do exercício. As ope- As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizados
rações de reavaliação são efectuadas com recurso a métodos teóricos com base na cotação de mercado, acrescida dos juros corridos e não
internos, numa base diária, depois de estornada a reavaliação do dia cobrados. As obrigações não cotadas encontram-se valorizadas ao
precedente. custo ou ao valor estimado de realização, dos dois o menor, acrescido
de juros corridos, calculados à taxa de juro nominal. As diferenças de
Opções sobre swaps (swaption) — cobertura: valorização e os juros são registados como proveitos ou custos do
exercício.
As opções sobre swaps de taxa de juro são relevadas nas rubricas As acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao
extrapatrimoniais pelo valor do swap subjacente até à maturidade deste valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de aquisi-
21 932-(54) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

ção ou presumível de mercado. As mais-valias potenciais, resultantes vidade e, simultaneamente, se revistam de carácter duradouro — em-
da aplicação deste critério valorimétrico são diferidas em balanço na presas subsidiárias [v. nota n.º 1, alínea b)]. Estas partes de capital
rubrica de contas de regularização (flutuação de valores) enquanto que em entidades que são objecto de consolidação pelos métodos de
as menos-valias potenciais são integralmente provisionadas por integração global ou de equivalência patrimonial no caso de desen-
contrapartida de resultados. As diferenças de valorização que respei- volverem uma actividade de natureza dissemelhante da actividade do
tem a acções que integrem a composição dos índices da Euronext Banco, encontram-se registadas nas contas individuais pelo respectivo
Lisboa, designados, por BVL30 e PSI20, ou que, sendo negociadas em custo de aquisição.
outras bolsas de valores, apresentem liquidez adequada, são directa-
mente levadas às contas de lucros em operações financeiras — títulos — Participações:
negociação ou prejuízos em operações financeiras — títulos — nego-
ciação. Tratando-se de posições significativas em relação ao volume Na rubrica de participações são registadas:
normal de transacções negociadas no mercado, cuja venda possa im-
As participações de capital inferiores a 50% e superiores ou iguais
plicar um abaixamento de cotações, a avaliação ao preço de mercado
deverá incorporar os ajustamentos prudentemente calculados, por a 20%, em empresas em que o Banco não exerce domínio, mas que se
forma a reflectir o comportamento presumível das respectivas cota- revestem de carácter duradouro e são detidas em resultado da existência
ções. de ligações de complementaridade com a actividade do Banco e onde
este exerce influência significativa na gestão. Estas participações, que
Títulos de investimento: são tratadas como empresas associadas [v. nota n.º 1, alínea b)],
encontram-se registadas nas contas individuais do BES Investimento
Os títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com o pelo respectivo custo de aquisição e são apresentadas nas contas conso-
objectivo de venda mas cuja retenção, em regra, ultrapassa seis meses, lidadas pelo método de equivalência patrimonial.
ou que, apesar de ser intenção do Banco mantê-los na sua carteira até
à data de reembolso, não observam as condições para serem classifi- Outras participações, que correspondem a:
cados como títulos a vencimento.
Os títulos emitidos a valor descontado são apresentados ao valor Participações de carácter estratégico e duradouro apesar da per-
de reembolso. A diferença para o valor de custo correspondente aos centagem do capital detido ser inferior a 20%;
juros antecipados relativos ao período que decorre até à data de ven- Participações em empresas cuja percentagem do capital detido é
cimento, é registada na rubrica de contas de regularização do passivo, superior a 20%, mas em que o Banco, directamente ou através das
sendo reconhecida em proveitos ao longo da vida do título. suas subsidiárias, não exerce influência significativa.
As obrigações e outros títulos de rendimento fixo emitidos com
base no valor nominal, são apresentados ao custo de aquisição. A dife- Estas participações, não são objecto de consolidação e encontram-
rença entre o custo de aquisição e o valor nominal dos títulos da dívida -se registadas pelo seu custo de aquisição, deduzidas de provisões consti-
pública, que constitui o prémio ou desconto verificado aquando da tuídas no âmbito dos avisos n.º 3/95 e n.º 4/2002 do Banco de Portugal.
compra, é amortizada de modo escalonado durante o período que O aviso n.º 4/2002 entrou em vigor em 30 de Junho de 2002 e
decorre até à data de vencimento dos títulos, por contrapartida de estabelece as seguintes regras de provisionamento das participações
resultados. financeiras:
O valor dos títulos com capitalização automática de juros incorpo-
São constituídas provisões para as menos valias latentes em parti-
ra a respectiva periodificação. Relativamente aos restantes títulos, os
juros decorridos são relevados como proveitos e apresentados na cipações financeiras quando estas ultrapassam 15% do respectivo custo
rubrica de contas de regularização do activo. de aquisição. O valor a provisionar corresponde a 40% da menos valia
A diferença, quando positiva, entre o valor de aquisição e o corres- latente que exceder os referidos 15% do valor investido;
pondente valor de mercado ou, na sua ausência, o presumível valor Para as participações em carteira em 31 de Dezembro de 2001 foi
de realização, é totalmente provisionada por contrapartida de resul- estabelecido um regime transitório que permite o diferimento da cons-
tados. tituição das provisões apuradas à data da entrada em vigor do aviso,
O conselho de administração considera que o valor de realização das da seguinte forma:
obrigações emitidas por não residentes, e não cotadas em mercados Empresas financeiras e seguradoras: 10% ao ano durante 10 anos;
organizados, não será inferior ao valor por que se encontram registadas Empresas não financeiras: 25% ao ano nos três primeiros anos,
no balanço. 15% no 4.º ano e 10% no 5.º ano.
As acções e outros títulos de rendimento variável são registadas ao
custo de aquisição ou ao valor estimado de realização, dos dois o menor. O aumento das menos-valias latentes após 30 de Junho de 2002,
As menos-valias potenciais resultantes de diferenças apuradas entre o verificado ao longo do período transitório, relativamente às partici-
valor contabilístico dos títulos de investimento e o correspondente pações em carteira à data de 31 de Dezembro de 2001, será absorvido
valor de cotação ou, na falta deste, o valor nominal ou o presumível
durante este período.
valor de realização, são provisionadas por contrapartida de resultados.
Da diminuição das menos valias latentes após 30 de Junho de 2002,
Estas provisões estão apresentadas no activo a deduzir às rubricas
verificado ao longo do período transitório, relativamente às partici-
correspondentes (v. notas n.os 7 e 20). As mais-valias não realizadas
pações em carteira à data de 31 de Dezembro de 2001, não podem
não são objecto de qualquer contabilização.
resultar reduções dos níveis de provisões a constituir no âmbito do
Títulos vencidos: regime transitório, excepto nos casos em que o valor provisionado
ultrapasse o que seria necessário caso este regime não fosse aplicado.
As perdas potenciais relacionadas com as obrigações vencidas, são As provisões constituídas em 2002 para as participações em car-
provisionadas de acordo com os critérios utilizados para o crédito teira em 31 de Dezembro de 2001, foram à luz deste aviso do Banco
vencido sem garantia nos termos do aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de Portugal, registadas por contrapartida de reservas e, para os casos
de 30 de Junho (v. notas n.os 7 e 20). em que as mesmas não fossem suficientes, resultados.
O impacto da aplicação, pelo BES Investimento, do aviso n.º 4/2002
h) Partes de capital em empresas coligadas e participações. — encontra-se divulgado na nota n.º 8.
As partes de capital em empresas coligadas e as participações não
consolidadas, denominadas em moeda estrangeira, são convertidas ao i) Provisões para riscos de crédito e para risco país. — As provi-
câmbio no final do exercício, sendo as variações cambiais reconhecidas, sões para riscos de crédito e para risco país foram determinadas nos
de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, na rubrica termos do aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho.
de contas de regularização — flutuação de valores. Em 31 de Dezembro de 2002, as provisões para riscos de crédito
incluem:
Partes de capital em empresas coligadas:
Uma provisão específica apresentada no activo como dedução à
Nas demonstrações financeiras individuais do BES Investimento, rubrica de créditos sobre clientes, calculada mediante a aplicação de
na rubrica de partes de capital em empresas coligadas, são registadas taxas que variam entre 1% e 100% sobre os saldos de crédito e juros
as participações nas empresas em que o Banco exerce uma posição de vencidos, em função da classe de risco e da existência ou não de
domínio e cujo interesse pela sua manutenção está ligado à sua acti- garantias (v. notas n.os 6 e 20);
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(55)

Uma provisão específica para outros créditos de cobrança duvidosa Os ganhos e perdas actuariais apurados anualmente, resultantes das
apresentada no activo como dedução à rubrica de créditos sobre clientes, diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e
calculada mediante a aplicação de uma taxa que não deverá ser infe- os valores efectivamente verificados, são reconhecidos como um activo
rior a 50% da percentagem média de cobertura por provisões para ou um passivo e o seu valor acumulado é imputado a resultados com
crédito vencido, aplicada às prestações vincendas do crédito concedido base no método do corredor.
a um mesmo cliente, em que se verifique que as prestações em mora Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais acumu-
de capital e juros excedam 25% do capital em dívida acrescido dos lados no início do ano, que excedam 10% do maior de entre o total
juros vencidos (v. notas n.os 6 e 20); das responsabilidades e do valor do fundo também reportados ao início
Uma provisão genérica para riscos de crédito, apresentada no pas- do ano, sejam reconhecidos como despesas com custo diferido e impu-
sivo na rubrica de provisões para riscos e encargos — outras provi- tados a resultados durante um período de 10 anos. Os ganhos e perdas
sões, correspondente ao mínimo de 1% do total do crédito não ven- actuariais acumulados no início do ano que se situem dentro do refe-
cido concedido pelo Banco, incluindo o representado por aceites, rido limite, são reconhecidos na conta de flutuação de valores e não
garantias e outros instrumentos de natureza análoga (v. nota n.º 20); são amortizados.
Uma provisão para risco país apresentada no activo como dedução De acordo com o aviso n.º 12/2001, os encargos com reformas
à rubrica de créditos sobre clientes, aplicações em instituições de cré-
antecipadas incorridos a partir de 2002, são registados como um activo
dito no estrangeiro, aplicação em títulos e outros activos, calculada
e imputados a resultados durante um período de 10 anos.
mediante a aplicação de taxas que variam entre 10% e 75%, incidindo
sobre todos os activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre O Banco e as suas subsidiárias efectuam pagamentos ao fundo por
residentes de países considerados de risco de acordo com a classificação forma a assegurar a solvência do mesmo e por forma a cumprir com
do Banco de Portugal (v. notas n.os 6 e 20). os níveis mínimos de financiamento exigidos pelo Banco de Portugal,
os quais com a entrada em vigor do aviso n.º 12/2001 passaram a ser
j) Aplicações por recuperação de créditos. — As aplicações por os seguintes:
recuperação de créditos correspondem a bens que vieram à posse do Financiamento integral no final de cada exercício das responsabi-
Banco para regularização de crédito concedido, sendo apresentadas lidades actuariais por pensões em pagamento;
na rubrica de outros activos. Estes activos são registados ao valor de
Financiamento a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das
aquisição e não são objecto de amortização. Quando o valor de aqui-
responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo.
sição dos bens recebidos por dação em pagamento é superior ao res-
pectivo valor esperado de realização, o Banco, nos termos do aviso
n.º 3/95 do Banco de Portugal, publicado em 30 de Junho de 1995, n) Imposto sobre o rendimento. — O encargo do exercício com
constitui uma provisão para as respectivas menos-valias potenciais. impostos sobre os lucros, para o Banco, é calculado tendo em consi-
As mais-valias potenciais não são relevadas contabilisticamente. deração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicá-
k) Imobilizações incorpóreas. — Nas imobilizações incorpóreas veis ao Banco.
encontram-se registados os custos incorridos com a transformação Nas situações em que existam diferenças temporárias significativas
em Banco e aumentos de capital, bem como os encargos com sis- entre os resultados contabilísticos e os resultados fiscais, são conta-
temas de tratamento informático de dados, os quais são amortizados bilizados os respectivos impostos diferidos, de acordo com o Plano
num período de três anos a partir do exercício em que são incorridos, de Contas para o Sistema Bancário (v. nota n.º 34). Assim, as even-
segundo o método das quotas constantes (v. nota n.º 11). tuais provisões constituídas para fazer face a encargos com impostos
a pagar decorrentes de ganhos em curso de operações cujo reconheci-
l) Imobilizações corpóreas. — As imobilizações corpóreas são mento fiscal apenas tenha lugar em exercícios futuros, são relevadas na
registadas ao custo de aquisição (v. nota n.º 12) e a respectiva depre- rubrica de provisões para outros riscos e encargos.
ciação é calculada segundo o método das quotas constantes aplicado As subsidiárias com sede no estrangeiro são tributadas em confor-
ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos midade com as disposições fiscais localmente vigentes.
fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não
diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens: o) Prémio por reembolso antecipado de obrigações. — O prémio
por reembolso antecipado das obrigações em circulação, emitidas pelo
Número
de anos
Banco, é reconhecido como custo do exercício em que é efectuado o
seu pagamento.
Imóveis ........................................................................ 50
Beneficiações em imóveis arrendados ......................... 10 p) Valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito. — Os
Equipamento informático e de escritório ................... 4 a 10 valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito encontram-se
Mobiliário e instalações interiores .............................. 6 a 12 registados nas rubricas extrapatrimoniais ao valor de cotação ou, na
Viaturas ........................................................................ 4 ausência deste, ao correspondente valor nominal (v. nota n.º 25).

As beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em q) Fundo de Garantia de Depósitos. — Conforme previsto no
10 anos, ao abrigo do aviso n.º 9/94, de 2 de Novembro, do Banco de Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, foi criado, em 1994, o
Portugal, dado ser este o período em que se considera reflectir de Fundo de Garantia de Depósitos e definidas as contribuições iniciais a
forma mais aproximada a vida útil desses investimentos. efectuar pelo conjunto das instituições financeiras participantes, do
qual o BES Investimento faz parte integrante.
m) Pensões de reforma. — Face às responsabilidades assumidas pelo No âmbito deste decreto-lei, o coeficiente a aplicar é determinado
Banco no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancá- anualmente pelo Banco de Portugal, sendo a correspondente contri-
rio, foi constituído o Fundo de Pensões GES, que se destina a cobrir as buição determinada nessa base. Em 2002 o coeficiente aplicável ao
responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e Banco foi de 0,1% tendo a respectiva contribuição de 62 000 euros
sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal. sido reconhecida, a exemplo de anos anteriores, como custo do exer-
O Fundo de Pensões GES é gerido pela ESAF — Espírito Santo cício a que diz respeito e registada na rubrica de juros e custos equipa-
Fundos de Pensões, S. A., subsidiária do Banco Espírito Santo, S. A. rados.
Conforme estabelecido no aviso n.º 12/2001, do Banco de Portugal,
em vigor desde 31 de Dezembro de 2001, o cálculo actuarial das respon- r) Demonstração dos fluxos de caixa. — Para efeitos da demons-
sabilidades é efectuado com base no Método da Unidade de Crédito tração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes
Projectada, utilizando pressupostos actuariais e financeiros em confor- corresponde ao somatório dos saldos de caixa (v. nota n.º 3) e de
midade com os parâmetros exigidos pelo Banco de Portugal. Estes disponibilidades à vista sobre instituições de crédito (v. nota n.º 4).
pressupostos actuariais e financeiros encontram-se descritos na nota
n.º 21 deste relatório. s) Distribuição de resultados aos empregados. — A distribuição
Anualmente, em conformidade com o disposto no referido aviso, de resultados aos empregados e objecto de relevação contabilística de
são reconhecidos em resultados os encargos correntes do plano que forma semelhante ao pagamento de dividendos aos accionistas, na
correspondem ao total líquido dos montantes de custo do serviço cor- medida em que se trata, em substância, de uma transferência do direito
rente, custo dos juros e rendimento esperado dos activos do fundo. aos dividendos por parte dos accionistas a favor dos empregados.
21 932-(56) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

3 — Caixa e disponibilidades em bancos centrais:


Esta rubrica é analisada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Caixa ...................................................................................................................... 3 3 3 3
Depósitos à ordem no Banco de Portugal ............................................................. 6 979 1 868 6 979 1 868
............................................................................................................................... 6 982 1 871 6 982 1 871

Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, de carácter obrigató- os depósitos com prazo de vencimento acordado superior a dois anos,
rio, visam satisfazer as exigências legais de constituição de reservas os depósitos reembolsáveis com pré-aviso superior a dois anos, os
mínimas, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98, de 1 de acordos de recompra e os títulos de dívida emitidos com prazo de
Dezembro, do Banco Central Europeu, e que veio substituir o aviso vencimento acordado superior a dois anos, a que se aplica um ratio de
n.º 7/94, de 24 de Outubro, do Banco de Portugal, relativo ao regime reserva de 0%.
de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. A base de inci-
dência do ratio de reserva de 2% compreende todas as responsabilida- 4 — Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito:
des assumidas pelo Banco na tomada de fundos (depósitos, títulos de
dívida emitidos e títulos do mercado monetário), excluindo-se apenas Esta rubrica é analisada como segue:

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país:


Depósitos à ordem ............................................................................................. 214 638 214 2 688
Cheques a cobrar ................................................................................................ 134 422 134 422
........................................................................................................................... 348 1 060 348 3 110
Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro:
Depósitos à ordem ............................................................................................. 306 779 3 829 864
........................................................................................................................... 654 1 839 4 177 3 974

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes às datas em
referência.

5 — Outros créditos sobre instituições de crédito:


Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Aplicações em instituições de crédito no país:


Mercado monetário ............................................................................................ 14 000 – 14 000 –
Outras aplicações ................................................................................................ 5 722 232 25 095 232
........................................................................................................................... 19 722 232 39 095 232
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro:
Outras aplicações ................................................................................................ 37 507 47 974 11 000 13 979
........................................................................................................................... 57 229 48 206 50 095 14 211
Provisão para risco país (v. nota n.º 20) ............................................................. (3) (9) (3) (9)
........................................................................................................................... 57 229 48 206 50 095 14 211

A análise desta rubrica à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 pelo período remanescente das operações é a seguinte:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Até três meses ........................................................................................................ 40 065 38 148 50 095 10 961


De três meses a um ano ......................................................................................... 17 164 10 058 – 3 250
............................................................................................................................... 57 229 48 206 50 095 14 211
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(57)

Os outros créditos sobre instituições de crédito são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço eram as seguintes:
Em percentagem)

Banco

2002 2001

No país:
Mercado monetário ............................................................................................................................................... 3,54 –
Outras aplicações ................................................................................................................................................... 1,54 4,6-4,8

No estrangeiro:
Outras aplicações ................................................................................................................................................... 1,8-4 2,1-4,1

6 — Créditos sobre clientes:


Esta rubrica é analisada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Crédito interno:
Médio e longo prazos:
Empréstimos com e sem caução .......................................................... 187 746 125 800 187 746 125 800
Empréstimos a empregados .................................................................. 2 677 3 075 2 677 3 075
Aplicação de recursos consignados ....................................................... 1 134 1 522 1 134 1 522
............................................................................................................. 191 557 130 397 191 557 130 397
Curto prazo:
Outros créditos ..................................................................................... 24 978 27 137 24 978 27 137
Crédito sindicado .................................................................................. – 5 000 – 5 000
Créditos em conta corrente ................................................................. 12 141 13 518 12 141 13 518
Descobertos em depósitos à ordem ...................................................... 57 979 57 979
............................................................................................................. 37 176 46 634 37 176 46 634
Total de crédito interno ........................................... 228 733 177 031 228 733 177 031

Crédito ao exterior:
Médio e longo prazos:
Empréstimos ......................................................................................... 2 026 917 94 118 57 787

Curto prazo:
Outros créditos ..................................................................................... 17 873 25 68 623 52 219
Total de crédito ao exterior ..................................... 19 899 942 162 741 110 006
............................................................................................................. 248 632 177 973 391 474 287 037
Crédito vencido ............................................................................................ 5 718 5 889 5 718 5 889
Juros vencidos .............................................................................................. 2 897 2 931 2 897 2 931
............................................................................................................. 8 615 8 820 8 615 8 820
............................................................................................................. 257 247 186 793 400 089 295 857
Provisão para crédito e juros vencidos (v. nota n.º 20) .......................... (6 805) (7 187) (6 805) (7 187)
Provisão para crédito de cobrança duvidosa (v. nota n.º 20) .................. (793) (282) (793) (282)
Provisão para risco-país (v. nota n.º 20) ................................................ (5) (2) (5) (2)
............................................................................................................. (7 603) (7 471) (7 603) (7 471)
............................................................................................................. 249 644 179 322 392 486 288 386

O acréscimo verificado na rubrica de crédito sobre clientes ocorrida Zona A, razão pela qual não foram constituídas provisões para risco-
no exercício de 2002, resulta essencialmente das operações de financia- -país.
mento de project finance, conforme referido no relatório de gestão Além das provisões mínimas definidas pelo Banco de Portugal para
apresentado em anexo. crédito e juros vencidos, para risco-país e crédito de cobrança duvidosa,
A rubrica de crédito ao exterior — a médio e a longo prazos, o Banco constituiu provisões para riscos gerais de crédito destinadas
para o consolidado, inclui créditos concedidos pela ES Investment, igualmente a cobrir riscos de crédito no montante de 4 167 000 euros
plc., a entidades residentes na América Latina no valor de 3 814 000 (2001: 2 895 000 euros), as quais se encontram apresentadas no pas-
euros, os quais se encontram garantidos por entidades residentes na sivo (v. nota n.º 20).
21 932-(58) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

A análise desta rubrica à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 pelo período remanescente das operações é a seguinte:

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Até três meses ................................................................................................... 55 233 32 968 147 325 32 968


De três meses a um ano .................................................................................... 5 941 14 052 5 941 30 052
De um ano a cinco anos ................................................................................... 56 454 43 713 56 454 132 168
Mais de cinco anos ........................................................................................... 131 004 87 240 181 754 91 849
Duração indeterminada (crédito e juros vencidos) ............................................ 8 615 8 820 8 615 8 820

.......................................................................................................................... 257 247 186 793 400 089 295 857

A 31 de Dezembro de 2002, encontravam-se autorizados e não utilizados pelos clientes limites de crédito no valor de 75 696 000 euros
(2004: 37 622 000 euros) no Banco, e o valor de 95 624 000 euros (2001: 79 559 000 euros) no consolidado, referentes a contratos de mútuo
(v. nota n.º 25).
A análise do crédito sobre clientes por sector de actividade é apresentada no relatório de gestão em anexo.

7 — Obrigações, acções e outros títulos:


Esta rubrica é analisada, para o Banco, como segue:

Banco

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo:


De emissores públicos nacionais:
Obrigações do Tesouro ..................................... – 2 623 2 131 1 350 2 131 3 973

De outros emissores residentes ............................ 17 796 12 461 15 394 16 744 33 190 29 205

Capital vencido ................................................ – – 1 207 1 207 1 207 1 207


Juros vencidos .................................................. – – 76 76 76 76

......................................................................... – – 1 283 1 283 1 283 1 283

......................................................................... 17 796 15 084 18 808 19 377 36 604 34 461

De emissores públicos estrangeiros ...................... 184 – – – 184 –


De outros emissores não residentes ..................... 23 135 40 949 81 268 92 663 104 403 133 612
Títulos próprios (v. nota n.º 17) ......................... 189 1 2 494 2 494 2 683 2 495

......................................................................... 41 304 56 034 102 570 114 534 143 874 170 568
Provisão acumulada (v. nota n.º 20) .................... (157) – (11 486) (3 688) (11 643) (3 688)

......................................................................... 41 147 56 034 91 084 110 846 132 231 166 880

Acções e outros títulos de rendimento variável:

Emitidas por residentes — acções ....................... 5 647 16 054 4 829 4 829 10 476 20 883
Emitidos por residentes — un. de particip.:
Esp. Santo Top Ranking .................................. 59 1 249 – – 59 1 249
Prestigeste Um ................................................. – – 658 658 658 658
Fungere ............................................................. – – 19 655 19 655 19 655 19 655

......................................................................... 59 1 249 20 313 20 313 20 372 21 562

Emitidos por não residentes — acções ................ 32 1 350 8 996 10 971 9 028 12 321
Emitidos por não residentes — un. de particip.:
Esp. Santo European Equity ............................ 63 1 542 – – 63 1 542
Esp. Santo High Yield ...................................... 81 1 276 – – 81 1 276
BM Carteira Global .......................................... 19 – – – 19 –
BM Cuenta fondo ahorro ................................. 20 – – – 20 –
BM Dinervisa Fim ............................................ 20 – – – 20 –

......................................................................... 203 2 818 – – 203 2 818

......................................................................... 5 941 21 471 34 138 36 113 40 079 57 584


Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(59)
(Em milhares de euros)

Banco

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Provisão acumulada (v. nota n.º 20) .................... (8) (22) (9 535) (10 887) (9 543) (10 909)
......................................................................... 5 933 21 449 24 603 25 226 30 536 46 675
......................................................................... 47 245 77 505 136 708 150 647 189 953 228 152
Provisões para menos-valias (v. nota n.º 20) ...... – – (21 021) (14 575) (21 021) (14 575)
Provisões para risco-país (v. nota n.º 20) ........... (165) (22) – – (165) (22)
......................................................................... (165) (22) (21 021) (14 575) (21 186) (14 597)
......................................................................... 47 080 77 483 115 687 136 072 162 767 213 555

A redução ocorrida em 2002 na carteira de títulos do Banco e do consolidado, ocorre essencialmente pelo abrandamento económico veri-
ficado nos mercados financeiros conforme se refere no relatório de gestão apresentado em anexo.
O detalhe das aplicações em títulos do Banco encontra-se no inventário de títulos participações financeiras apresentado em anexo às demons-
trações financeiras.
Esta rubrica é analisada, para o consolidado, como segue:
Consolidado

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo:


De emissores públicos nacionais:
Obrigações do Tesouro ..................................... – 2 623 2 131 1 350 2 131 3 973

De outros emissores residentes ............................ 17 796 12 461 15 394 16 744 33 190 29 205
Capital vencido ................................................ – – 1 207 1 207 1 207 1 207
Juros vencidos .................................................. – – 76 76 76 76
......................................................................... – – 1 283 1 283 1 283 1 283
......................................................................... 17 796 15 084 18 808 19 377 36 604 34 461

De emissores públicos estrangeiros ...................... 32 459 56 912 – – 32 459 56 912


De outros emissores não residentes ..................... 44 109 89 696 155 621 177 063 199 730 266 759
Títulos próprios (v. nota n.º 17) ......................... 7 500 2 001 2 494 2 494 9 994 4 495
......................................................................... 101 864 163 693 176 923 198 934 278 787 362 627
Provisão acumulada (v. nota n.º 20) .................... (157) – (12 131) (3 699) (12 288) (3 699)
......................................................................... 101 707 163 693 164 792 195 235 266 499 358 928
Acções e outros títulos de rendimento variável:
Emitidas por residentes — acções ....................... 5 647 16 054 4 829 4 829 10 476 20 883
Emitidos por residentes — un. de particip.:
Esp. Santo Top Ranking .................................. 59 1 249 – – 59 1 249
Prestigeste Um ................................................. – – 658 658 658 658
Fungere ............................................................. – – 19 655 19 655 19 655 19 655
......................................................................... 59 1 249 20 313 20 313 20 372 21 562
Emitidos por não residentes — acções ................ 32 1 713 13 278 17 767 13 310 19 480
Emitidos por não residentes — un. de particip.:
Esp. Santo European Equity ............................ 63 1 542 – – 63 1 542
Esp. Santo High Yield ...................................... 81 1 276 – – 81 1 276
BM Carteira Global .......................................... 19 – – – 19 –
BM Cuenta Fondo Ahorro ............................... 20 – – – 20 –
BM Dinervisa Fim ............................................ 20 – – – 20 –
Football Players ............................................... – – 750 – 750 –
Fif Cambial ....................................................... – 226 – – – 226
......................................................................... 203 3 044 750 – 953 3 044
......................................................................... 5 941 22 060 39 170 42 909 45 111 64 969
21 932-(60) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Consolidado

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Provisão acumulada (v. nota n.º 20) .................... (8) (22) (9 703) (11 449) (9 711) (11 471)
......................................................................... 5 933 22 038 29 467 31 460 35 400 53 498
......................................................................... 107 805 185 753 216 093 241 843 323 898 427 596
Provisões para menos-valias (v. nota n.º 20) ...... – – (21 834) (15 148) (21 834) (15 148)
Provisões para risco-país (v. nota n.º 20) ........... (165) (22) – – (165) (22)
......................................................................... (165) (22) (21 834) (15 148) (21 999) (15 170)
......................................................................... 107 640 185 731 194 259 226 695 301 899 412 426

A rubrica de títulos próprios inclui obrigações emitidas pela ES Investment plc.


As rubricas de capital e os juros vencidos anteriormente evidenciados, correspondem às obrigações AGEF 90’s, Carlos Eduardo Rodrigues 87’s,
Francisco Fino 87’s, GAP 88’s e Turopa 89’s totalmente provisionadas em 1 283 000 euros (v. nota n.º 20).
Em 31 de Dezembro de 2002 o Banco tem títulos da carteira dados em garantia a terceiros no montante de 26 600 000 euros (v. nota n.º 25),
cujo detalhe é conforme segue:
25 400 000 euros representados por obrigações de outros emissores não residentes, dados em garantia ao Banco de Portugal, no âmbito do
Sistema de Pagamento e de Grandes Transferências (SPGT) e da correspondente linha de crédito intradiário;
1 200 000 euros representados por obrigações do Tesouro, dados em garantia ao Sistema de Indemnização aos Investidores (SII), organismo da CMVM.

Em termos de risco soberano, as carteiras de títulos do Banco e do consolidado, incluem as seguintes exposições e respectivas provisões
constituídas:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Títulos emitidos por entidades sediadas no Brasil e Tailândia:


BES Investimento .............................................................................................. 216 86 216 86
ES Investment, plc. ........................................................................................... – – 176 42 486
ES Investimentos ............................................................................................... – – 763 238
BESI Brasil ......................................................................................................... – – 35 230 65 459
BES Securities Brasil .......................................................................................... – – 4 119 11 976
........................................................................................................................... 216 86 40 504 120 245
Provisão para risco país ..................................................................................... (165) (22) (165) (22)

A colateralização dos títulos que incorporam risco soberano brasileiro incluídos na carteira consolidada, provenientes da ES Investment, plc,
é a seguinte:
2002 2001

Derivados de crédito:
Credit Link Note (v. nota n.º 17) ..................................................................................................................... 43 839 67 042
Credit Default Swap (v. nota n.º 25) ............................................................................................................... (43 839) (29 867)

Seguro de cobertura do risco soberano ................................................................................................................. 288 7 674


Garantias de terceiros ........................................................................................................................................... – 100
......................................................................................................................................................................... 288 44 949
Excesso/(insuficiência) de cobertura .................................................................................................................... 112 2 463

A 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o escalonamento das obrigações e outros títulos de rendimento fixo classificados como títulos de
investimento e negociação, por prazos de vencimento, é apresentado de seguida:
Banco

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Ate três meses ................................................................. 15 499 4 068 – 6 799 15 499 10 867


De três meses a um ano .................................................. 868 3 998 19 636 26 184 20 504 30 182
De um ano a cinco anos ................................................. 17 665 36 749 48 499 34 659 66 164 71 408
Mais de cinco anos ......................................................... 7 272 11 219 33 152 45 609 40 424 56 828
Duração indeterminada (capital e juros vencidos) .......... – – 1 283 1 283 1 283 1 283
........................................................................................ 41 304 56 034 102 570 114 534 143 874 170 568
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(61)
(Em milhares de euros)

Consolidado

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001

Ate três meses ............................................................... 14 257 5 532 – 6 799 14 257 12 331


De três meses a um ano ................................................ 3 231 52 445 19 636 27 720 22 867 80 165
De um ano a cinco anos ............................................... 72 037 80 623 88 612 75 543 160 649 156 166
Mais de cinco anos ....................................................... 12 339 25 093 67 392 87 589 79 731 112 682
Duração indeterminada (capital e juros vencidos) ........ – – 1 283 1 283 1 283 1 283
...................................................................................... 101 864 163 693 176 923 198 934 278 787 362 627

O valor de balanço dos títulos de investimento — obrigações e outros títulos de rendimento fixo, que a nível do Banco e do consolidado
ascende, respectivamente, a 91 084 000 euros (2001: 110 846 000 euros) e a 164 792 000 euros (2001: 195 235 000 euros), compara com os
seguintes valores nominais ou de reembolso na data da maturidade e de mercado:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Valor nominal ........................................................................................................ 102 103 115 067 180 315 199 126
Valor de mercado ................................................................................................... 91 248 110 963 169 089 195 282

As taxas de remuneração dos títulos de rendimento fixo à data do balanço oscilam nos seguintes intervalos:
(Em percentagem)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Títulos da dívida pública portuguesa ...................................................................... 4,8-11,9 4,8-11,9 4,8-11,9 4,8-11,9


Obrigações de outros emissores .............................................................................. –5 3,3-5,7 –5,7 3,3-5,7

Em 31 de Dezembro de 2002 os montantes ainda não imputados a resultados respeitantes à carteira de títulos de investimento são como segue:
(Em milhares de euros)

Conso-
Banco
lidado

Títulos adquiridos por valor inferior ao seu valor de reembolso ............................................................................. 1 114 1 123
Títulos adquiridos por valor superior ao seu valor de reembolso ............................................................................. 446 491

O valor de balanço e o custo de aquisição dos títulos de negociação são como segue:
Conso-
Banco
lidado

Valor de balanço ..................................................................................................................................................... 47 080 107 640


Custo de aquisição ................................................................................................................................................... 47 179 107 589

8 — Participações financeiras:
Esta rubrica é analisada para o Banco e para o consolidado como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Percen- Percen- Percen- Percen-


Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem
aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti-
cipação cipação cipação cipação

Empresas associadas:
Mofelt — Soc. Portug. de Feltros Betuminosos, S. A. ...... 394 40,5 394 40,5 394 40,5 394 40,5
EET — Energia Eléctrica e Térmica, S. A. ................... 223 35,8 223 35,8 223 35,8 223 35,8
Gestinc — ES Estudos Fin. e Merc. de Capitais, S. A. ...... 100 25,0 100 25,0 100 25,0 100 25,0
Sigal — Ecologia e Tratamento de Resíduos, S. A. ........ 111 22,2 111 22,2 111 22,2 111 22,2
Jampur — Trading International, L.da ............................ – – – – 1 25,0 1 25,0
Kuthayu — Gestão e Trading Internacional, L.da .......... 5 100,0 5 100,0 5 100,0 5 100,0
........................................................................................ 833 833 834 834
Provisão para menos-valias ............................................ (547) (527) (548) (527)
........................................................................................ 286 306 286 307
21 932-(62) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Percen- Percen- Percen- Percen-


Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem
aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti-
cipação cipação cipação cipação

Outras participações:

Eeotredi — Eeologia o Tratamento de Residuos, S. A. 112 7,6 112 7,6 112 7,6 112 7,6
ESAF — Espírito Santo Activos Financeiros, S. A. ....... 1 808 15,0 1 808 15,0 1 808 15,0 1 808 15,0
Multiger — Soc. de Compra, Venda, Adm. de Propr., S. A. 1 125 5,0 1 125 5,0 1 125 5,0 1 125 5,0
Sapec, S. A. ..................................................................... 612 1,1 612 1,1 612 1,1 612 1,1
Aetivalor — Soc. de Valorização de Activos, L.da ......... 95 19,0 95 19,0 95 19,0 95 19,0
Cêntimo — Sociedade de Serviços, L.da .......................... 37 5,0 37 5,0 37 5,0 37 5,0
Espart — Espírito Santo Participações Sociais, S. A. .... 33 0,1 33 0,1 33 0,1 33 0,1
Gestres — Gestão Estratégica Espírito Santo, S. A. ....... 18 0,1 18 0,1 18 0,1 18 0,1
Sociedade Turística Palheiro Golfe, S.A. ........................ 75 3,0 75 3,0 75 3,0 75 3,0
Imprenova — Imprensa Nova, L.da ................................ 1 – 1 – 1 – 1 –
BVLP — Bolsa Valores Lisboa e Porto ......................... – – 117 – – – 117 –
Apolo Films, S. L. ........................................................... 458 19,0 458 19,0 458 19,0 458 19,0
BRB Internacional, S. A. ................................................ 7 438 19,0 7 438 19,0 7 438 19,0 7 438 19,0
Pro Spon — Com. Deportivas, S. L. .............................. 189 19,0 189 19,0 189 19,0 189 19,0
Clarity Incentive Systems, Inc. ...................................... 596 1,3 – – 596 1,3 – –
Banco Espírito Santo dos Açores, S. A. ......................... 1 – – – 1 – – –
SPGM — Sociedade de Investimento, S. A. ................... – – – – 75 1,0 125 1,0
Norgarante — Sociedade de Garantia Mútua, S. A. ........ – – – – 25 1,0 – –
Lisgarante — Sociedade de Garantia Mútua, S. A. ......... – – – – 25 1,0 – –
Banco Comercial Português, S. A. .................................. – – – – 496 – 496 –
Brisa — Auto-Estradas de Portugal, S. A. ...................... – – – – 500 0,1 500 0,1
ES Capital — Sociedade de Capitai de Risco, S. A. ........ – – – – 3 063 12,3 3 063 12,3
GESPAR .......................................................................... – – – – 3 – 5 1,0
Web-Lab, SGPS, S.A. ...................................................... – – – – – – – –
BEST — Banco Electrónico de Serviço Total, S. A. ..... – – – – – – – –
Cia Brasileira de Custódia ................................................ – – – – – – 1 130 –
Caixa Nac. Liquid. Negócios a Termo Disp. .................. – – – – – – 22 –
........................................................................................ 12 598 12 118 16 785 17 459
Provisão para menos-valias ............................................ (1 034) (274) (1 319) (370)
........................................................................................ 11 564 11 844 15 466 17 089
Total de custo .................................. 13 431 12 951 17 619 18 293
Provisão para menos-valias (v. nota n.º 20) ...................... (1 581) (801) (1 867) (897)
........................................................................................ 11 850 12 150 15 752 17 396

As provisões existentes em 31 de Dezembro de 2002 para participações financeiras, as quais foram determinadas em conformidade com os
avisos n.° 3/95 de 30 de Junho e n.° 4/2002, de 25 de Junho do Banco de Portugal, respeitam às seguintes entidades:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

BRB Internacional, S. A. ....................................................................................... 569 – 569 –


Mofelt — Soc. Port. de Feltros Betuminosos, S. A. ............................................. 394 394 394 394
Banco Comercial Português, S. A. ......................................................................... – – 285 74
Activalor — Sociedade Valorização de Activos, S. A. .......................................... 95 95 95 95
Sigal — Ecologia e Tratamento de Resíduos, S. A. ............................................... 85 85 85 85
Sapec, S. A. ............................................................................................................ 77 68 77 68
Multiger -— Soc. Compra, Venda e Adm. Prop., S. A. ........................................ 76 – 76 –
Sociedade Turística Palheiro Golfe, S. A. .............................................................. 75 75 75 75
Clarity Incentive Systems, Ltd. ............................................................................. 57 – 57 –
Gesfinc — ES Estudos Fin. e Merc. de Capitais, S. A. ......................................... 47 47 47 47
Ecotredi — Ecologia e Tratamento de Resíduos, S. A. ........................................ 35 35 35 35
Outras ..................................................................................................................... 71 2 72 24
............................................................................................................................... 1 581 801 1 867 897

A aplicação da disciplina constante no aviso n.° 4/2002, a nível consolidado, resultou na identificação das seguintes menos valias latentes:
Provisões
Valor de Menos-valias
Entidade Restante
mercado latentes
Total Mínimo (dedução
F. P.)

Participações ................................................................................ 1 264 13 297 11 689 4 676 7 013


Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(63)

A aplicação do regime transitório, conforme decorre do n.º 5 do referido aviso, permite que o reconhecimento das menos-valias latentes
para o consolidado, quer para efeitos de provisionamento quer para efeitos de dedução aos capitais próprios, tenha o seguinte escalonamento:
(Em milhares de euros)

Provisões Dedução
aos fundos
Designação Total
Custo do próprios
Reservas
exercício (anual)

Ano de 2002 ........................................................................................................... 359 810 1 753 2 922


Ano de 2003 ........................................................................................................... – 1 169 1 753 2 922
Ano de 2004 ........................................................................................................... 1 169 – 1 753 2 922
Ano de 2005 ........................................................................................................... 701 – 1 052 1 753
Ano de 2006 ........................................................................................................... 468 – 702 1 170
................................................................................................................................ 2 697 1 979 7 013 11 689

No exercício de 2002, foi constituída ao nível do consolidado uma provisão ao abrigo do aviso n.º 4/2002 no valor de 1 169 000 euros,
tendo sido constituída por contrapartida de reservas e de resultados em 810 000 euros e 359 000 euros, respectivamente.
Ao nível individual, o Banco constituiu no exercício de 2002 uma provisão para participações financeiras ao abrigo do aviso n.º 4/2002 no
valor de 1 144 000 euros, tendo sido na totalidade constituída através de reservas livres.

9 — Partes do capital em empresas coligadas:


Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Percen- Percen- Percen- Percen-


Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem Valor de tagem
aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti- aquisição de parti-
cipação cipação cipação cipação

Cominvest — SGII, S. A. .................................. 2 088 25,0 2 088 25,0 (a) 1 662 25,0 (a) 1 615 25,0
ES Investment, plc. ........................................... 825 100,0 825 100,0 – – – –
Sotevor — Soc. Hoteleira do Alvor, S. A. (b) 50 100,0 50 100,0 50 100,0 50 100,0
Coporgest — Companhia Portuguesa de Gestão
e Desenvolvimento Imobiliário, S. A. (b) ..... 250 25,0 – – 250 25,0 – –
ESSI, SGPS, S. A. (c) ......................................... 2 494 5,4 2 494 5,4 – – – –
ESSI Comunicações, SGPS, S. A. ....................... 50 100,0 50 100,0 – – – –
ESSI Investimentos, SGPS, S. A. ....................... 1 050 100,0 50 100,0 – – – –
ES Securities, Inc. .............................................. 1 488 100,0 1 770 100,0 – – – –
Espírito Santo Dealer — Soc. Financ. de Corre-
de Corretagem, S. A. (d) ................................ – – – – (a) 2 729 43,0 (a) 2 783 43,0
Bonito y Monjardín, S.V., S. A. (d) .................. – – – – (a) 6 891 50,0 (a) 10 938 50,0

........................................................................... 8 295 7 327 11 582 15 386


Provisão para menos-valias (v. nota n.º 20) ..... (633) (583) – –

........................................................................... 7 662 6 744 11 582 15 386


(a) Inclui efeito de equivalência patrimonial [v. nota n.º 2, alínea b)]
(b) Sociedades não integradas na consolidação, dado o efeito daí resultante ser imaterial no contexto das demonstrações financeiras consolidada
(c) Participação mantida como coligada visto o Banco indirectamente deter a totalidade da soçjedade (via ESSI Comunicações, SGPS, S. A.)
(d) Participação indirecta via ESSI, SGPS, S. A.

A provisão para menos-valias de partes de capital em empresas coligadas no valor de 633 000 euros encontra-se associada às participadas
Cominvest — SGII, S. A. (583 000 euros) e ESSI Investimentos, SGPS, S. A. (50 000 euros).
10 — Consolidação — Empresas coligadas e associadas:

21 932-(64)
Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o custo de aquisição das participações em empresas coligadas e associadas consideradas ou não para efeitos da consolidação do Banco comparada com o respectivo
valor patrimonial, é analisada como segue:
Difer. entre a parte
Lucro /(prejuízo) Parte correspondente
Custo de aquisição Activo Passivo Capitais próprios Proveitos dos capitais próprios
Percen- do exercício dos capitais próprios
Empresas e o custo de aquisição
tagem
2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001
2002 2001 2002 2001
2002 2001

Consolidadas:
Método integral:
ES Investment (i) 100,0 825 825 348 933 368 588 346 580 367 052 2 353 1 536 8 779 60 978 1 487 4 751 2 353 1 536 1 528 711
ESSI Investimentos 100,0 1 050 50 4 249 4 302 3 558 4 230 690 72 2 473 (362) 2 690 72 (360) 22
ESSI Comunic. (ii) 100,0 50 50 44 021 44 005 3 450 3 437 40 572 40 568 17 35 4 15 40 572 40 568 40 522 40 518
ES Securities Inc. .... 100,0 1 488 1 770 85 225 1 33 158 192 1 6 (73) (491) 158 192 (1 330) (1 578)
Método equiv. patrim.:
Cominvest ............. 25,0 2 088 2 088 7 084 7 003 435 541 6 649 6 462 376 410 187 275 1 662 1 616 (426) (472)
Total .............................. 5 501 4 783 404 372 424 123 354 024 375 293 50 422 48 830 9 175 61 902 1 243 4 552 45 435 43 984 39 934 39 201
Ass. e colig. não consol.:
Sotevor (iii) ........... 100,0 50 50 91 124 1 36 90 88 4 5 2 (23) 90 88 40 38
Kathaya (iii) .......... 100,0 5 5 151 3 168 15 (17) (12) 1 12 (5) (12) (17) (12) (22) (17)
Mofelt (iii) ............ 40,5 394 394 n. d. 394 n. d. 411 n. d. (17) n. d. – n. d. – n. d. (7) n. d. (401)
EET ....................... 35,8 223 223 2 553 2 488 2 151 2 222 401 266 1 270 991 (16) (113) 144 95 (79) (120)
Gesfinc (iii) ............ 25,0 100 100 217 227 9 18 157 209 112 128 (52) (122) 39 52 (61) (48)
Coporgest .............. 25,0 250 – 1 000 n. d. – n. d. 1 000 n. d. – n. d. – n. d. 250 n. d. – n. d.
Jampur ................... 25,0 1 1 1 000 15 961 16 809 16 805 (849) (844) – 64 (4) (840) (212) (211) (213) (212)

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


Sigal (iii) ................ 22,2 111 111 n. a. 615 n. d. 168 n. d. 447 n. d. – n. d. – n. d. 99 n. d. (12)
Total .............................. 1 134 884 19 974 19 812 19 138 19 675 782 137 1 387 1 200 (75) (1 110) 294 103 (335) (781)
Total consol./não consol. 6 635 5 667 424 346 443 935 373 162 394 968 51 204 48 967 10 562 63 102 1 168 3 442 45 729 44 088 39 599 38 420
Provisões ....................... (1 180) (1 026)
Total líquido ................. 5 455 4 641
Particip. indir. relevantes:
ESSI, SGPS (via ESSI
Comunic.) (ii) ........ 94,6 45 763 45 763 56 295 56 759 157 278 56 138 56 481 1 029 2 905 372 2 265 53 107 53 431 7 344 7 668
ES Investimentos (via
ESSI, SGPS) (iv) ..... 100,0 3 472 4 098 75 709 95 139 64 067 88 027 11 643 7 112 431 180 47 450 3 979 2 632 11 643 7112 8 171 3 014
Benito Y Monjardin
(via ESSI, SGPS) (iv) 50,0 14 105 14 105 1 089 782 779 524 1 076 689 752 535 13 093 26 989 223 464 192 558 (8 092) (5 338) 6 547 13 495 (7 558) (610)
ES Dealer (via ESSI,
SGPS) (iv) .............. 43,0 2 780 2 302 119 633 33 755 113 288 27 285 6 345 6 470 9 494 15 966 (125) (1 352) 2 728 2 782 (52) 480
.............................. 20 357 20 505 1 285 124 908 418 1 254 044 867 847 31 081 40 571 664 138 255 974 (4 238) (4 058) 20 918 23 389 561 2 884
.............................. 66 120 66 268 1 341 419 965 177 1 254 201 868 125 87 219 97 052 665 167 258 879 (3 866) (1 793) 74 025 76 820 7 905 10 552
(i) A sociedade encerra o exercício em 30 de Novembro e distribui os dividendos ao accionista único em Dezembro, pelo que. em 31 de Dezembro os capitais próprios da sociedade já se encontram afectados por essa distribuição. No entanto, quer
o resultado quer os proveitos apresentados reflectem o período de 12 meses em 31 de Dezembro, considerado para efeitos da consolidação [v. nota n.º 2, alínea b)].
(ii) Inclui a participação na ESSI SGPS pelo método integral.
(iii) Sociedades inactivas.
(iv) Inclui a participação na ES Investimentos pelo método integral e as participações na Benito Y Monjardin e na ES Dealer pelo método da equivalência patrimonial; a Benito Y Monjardin e a ES Dealer são consolidadas pelo método integral
nas contas do BES De acordo com o procedimento mencionado na nota n.º 2, alínea b), relativo à contabilização do goodwill, a ESSI, SGPS reduziu, no exercício de 2002, as reservas em 3 443 000 euros (2001: 3 439 000 euros).
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(65)

11 — Imobilizações incorpóreas:
Esta rubrica é analisada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Imobilizações incorpóreas:
Custos plurienais ................................................................................................. 218 218 399 399
Despesas de estabelecimento .............................................................................. – – 235 192
Sistemas de tratamento informático de dados ................................................... 5 462 4 942 5 506 4 980
Outras imobilizações incorpóreas ....................................................................... 471 471 471 471
........................................................................................................................... 6 151 5 631 6 611 6 042
Imobilizado em curso — projecto informático ................................................. 204 471 204 471
Imobilizado em curso — outras ......................................................................... – 86 – 86
Total imobilizado incorpóreo ............................................. 6 355 6 188 6 815 6 599
Amortização acumulada ......................................................................................... (5 144) (4 145) (5 410) (4 393)
Imobilizado incorpóreo líquido .............................................................................. 1 211 2 043 1 405 2 206

As amortizações do imobilizado incorpóreo do Banco e do consolidado, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 foram de 999 000
euros e 1 079 000 euros (2001: 919 000 euros e 996 000 euros), respectivamente.
Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o Banco, são analisados como segue:
Movimento no exercício

Saldo em 2001 Abates Saldo em 2002


Aqui- Transfe- Amorti-
Valor Amort. sições rências zações Valor Amorti- Valor Amorti- Valor
bruto acumul. bruto zações bruto acumul. líquido

Custos plurienais ...................................... 218 (218) – – – – – 218 (218) –


Sistema de tratam. autom. de dados ........ 4 942 (3 761) 20 500 (842) – – 5 462 (4 603) 859
Outras imobilizações incorpóreas ............. 471 (166) – – (157) – – 471 (323) 148
Imobilizações incorpóreas em curso ........ 577 – 343 (696) – – – 204 – 204
................................................................. 6 188 (4 145) 363 (196) (999) – – 6 335 (5 144) 1 211

A rubrica de transferências do exercício no valor de 196 000 euros refere-se a projectos informáticos descontinuados, imputados em custos.
Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o consolidado, são analisados como segue:
Movimento no exercício

Saldo em 2001 Abates Variação cambial Saldo em 2002


Aqui- Transfe- Amorti-
Valor Amort. sições rências zações Valor Amorti- Amorti- Valor Amortiz. Valor
Activos
bruto acumul. bruto zações zações bruto acumul. líquido

Custos plurienais ................. 399 (343) – – (56) – – – – 399 (399) –


Despesas de estabelecimento 192 (33) 114 – (90) – – (71) 62 235 (61) 174
Sistema de tratam. automat.
de dados ........................... 4 980 (3 850) 41 500 (777) – – (15) – 5 506 (4 627) 879
Outras imobilizações incor-
póreas .............................. 471 (167) – – (156) – – – – 471 (323) 148
Imobilizações incorpóreas
em curso .......................... 557 – 343 (696) – – – – 204 – 204 –
............................................ 6 599 (4 393) 498 (196) (1 079) – – (86) 62 6 815 (5 410) 1 405

A rubrica de variação cambial refere-se ao impacto da desvalorização do real do Brasil.

12 — Imobilizações corpóreas:
Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Imobilizações corpóreas:
Imóveis:
De serviço próprio ......................................................................................... 642 642 949 1 185
Obras em imóveis arrendados ......................................................................... 1 391 1 354 1 480 1 354
....................................................................................................................... 2 033 1 996 2 429 2 539
21 932-(66) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Equipamento:
Equipamento informático .............................................................................. 2 846 2 685 3 032 3 009
Instalações interiores ...................................................................................... 382 374 445 441
Material de transporte .................................................................................... 1 076 1 473 1 198 1 695
Mobiliário e material ...................................................................................... 1 211 1 193 1 218 1 202
Máquinas e ferramentas ................................................................................. 394 386 409 412
Equipamentos diversos ................................................................................... 48 43 48 43
Equipamento de segurança ............................................................................. 130 130 135 130
....................................................................................................................... 6 087 6 284 6 485 6 932
Imobilizado em curso — equipamento ........................................................... 176 – 271 129

Outras imobilizações:
Património artístico ....................................................................................... 35 30 35 30
....................................................................................................................... 8 331 8 310 9 220 9 630
Amortizações acumuladas:
De imóveis de serviço próprio ....................................................................... (135) (125) (136) (127)
De obras em imóveis arrendados ................................................................... (299) (148) (310) (148)
De equipamento ............................................................................................. (4 357) (3 978) (4 504) (4 135)
....................................................................................................................... (4 791) (4 251) (4 950) (4 410)
....................................................................................................................... 3 540 4 059 4 270 5 220

As amortizações do imobilizado corpóreo do Banco e do consolidado, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 foram, de 906 000 euros
e 978 000 euros (2001: 1 066 000 euros e 1 111 000 euros), respectivamente.
Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o Banco, são analisados como segue:
Movimento no exercício

Saldo em 2001 Abates Saldo em 2002


Aqui- Transfe- Amorti-
Valor Amort. sições rências zações Valor Amorti- Valor Amorti- Valor
bruto acumul. bruto zações bruto acumul. líquido

Imóveis de serviço próprio ...................... 642 (125) – – (10) – – 642 (135) 507
Obras cm imóveis arrendados .................. 1 354 (148) 37 – (151) – – 1 391 (299) 1 092
Equipamento ............................................ 6 284 (3 978) 259 – (745) (456) (366) 6 087 (4 357) 1 730
Património artístico ................................. 30 – 5 – – – – 35 – 35
Imobilizações corpóreas em curso:
Equipamento ........................................ – – 176 – – – – 176 – 176

............................................................. 8 310 (4 251) 477 – (906) (456) (366) 8 331 (4 791) 3 540

Os movimentos da rubrica de imobilizado corpóreo durante o ano de 2002, para o consolidado, são analisados como segue:
Movimento no exercício

Saldo em 2001 Abates Variação cambial Saldo em 2002


Aqui- Transfe- Amorti-
Valor Amort. sições rências zações Valor Amorti- Amorti- Valor Amorti- Valor
Activos
bruto acumul. bruto zações zações bruto acumul. líquido

Imóveis de serviço próprio 1 185 (127) 8 – (10) – – (244) 1 949 (136) 813
Obras em imóveis arrendados 1 354 (148) 126 – (162) – – – – 1 480 (310) 1 170
Equipamento ....................... 6 932 (4 135) 322 – (806) (456) (363) (313) 74 6 485 (4 504) 1 981
Património artístico ............ 30 – 5 – – – – – – 35 – 35
Imobiliz. corpóreas em curso:
Equipamento ................... 129 – 199 (57) – – – – – 271 – 271

A rubrica de variação cambial refere-se ao impacto da desvalorização do real do Brasil.

13 — Outros activos:
Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Aplicações por recuperação de créditos:


Imóveis ............................................................................................................... 192 192 192 192
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(67)
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Devedores:
Devedores por serviços prestados .............................................................. 11 901 157 11 901 3 086
Operações sobre futuros e opções .............................................................. 4 157 6 652 3 832 6 652
IRC a recuperar (v. nota n.º 34) ................................................................ 3 660 3 660 3 753 3 785
Outros valores a receber do Estado ........................................................... 859 1 260 1 678 1 260
Activos vendidos a prazo ........................................................................... – 44 – 44
................................................................................................................... 20 577 11 773 21 164 14 827
Suprimentos:
ES Investment, plc. ................................................................................... 100 000 100 000 – –
ESSI Comunicações, SGPS, S. A. ............................................................... 3 437 3 437 – –
Sotevor — Soc. Hoteleira do Alvor, S. A. ................................................ – 34 – 34
Activalor — Soc. Valorização de Activos, S. A. ....................................... 2 332 2 332 2 332 2 332
Benito y Monjardín, S. V., S. A. ............................................................... – – 3 155 3 155
Gestres — Gestão Estratégica ES, S. A. ................................................... 261 261 261 261
Mofelt — Soc. Port. Feltros Betuminosos, S. A. ...................................... 126 126 126 126
EET — Energia Eléctrica e Térmica, S. A. .............................................. 116 116 116 116
Sociedade Turística Palheiro Golfe, S. A. .................................................. 40 50 40 50
ESSI Investimentos, SGPS, S. A. ............................................................... 3 556 4 232 – –
Kuthaya — Gestão e Trading Internacional, L.da ..................................... 165 150 165 150
Jampur — Trading International, L.da ....................................................... – – 3 559 4 234
Portline — Transp. Marítimos Internacionais, S. A. ................................ 519 644 519 644
ES Capital — Soc. de Capital de Risco, S. A. ........................................... – – 2 524 2 524
Web-Lab, SGPS, S. A. ................................................................................ 69 – 69 –
................................................................................................................... 110 621 111 382 12 866 13 626
Numismática e medalhística e outras disponibilidades ................................... 62 60 62 60
................................................................................................................... 131 452 123 407 34 284 28 705
Provisões (v. nota n.º 20):
Para aplicações por recuperação de créditos ............................................. (87) (89) (87) (89)
Para suprimentos ........................................................................................ (2 820) (2 508) (2 894) (2 508)
................................................................................................................... (2 907) (2 597) (2 981) (2 597)
................................................................................................................... 128 545 120 810 31 303 26 108

O acréscimo verificado em 2002 na rubrica de devedores — devedores por serviços prestados ocorreu em resultado do aumento do volume
da prestação de serviços de assessoria financeira no final do exercício económico referido.
A rubrica de devedores — IRC a recuperar inclui o montante de 3 660 000 euros (2001: 3 660 000 euros) relativo ao IRC a recuperar do
exercício de 2001.
A provisão para suprimentos à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001, destina-se a fazer face a perdas consideradas de carácter permanente
nos suprimentos efectuados às seguintes sociedades:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Activalor — Soc. Valorização de Activos, S. A. ........................................... 2 332 2 332 2 332 2 332


Mofelt — Soc. Port. de Feltros Betuminosos, S. A. ..................................... 126 126 126 126
Sociedade Turística Palheiro Golfe, S. A. ...................................................... 40 50 40 50
Gestres — Gestão Estratégica ES, S. A. ........................................................ 5 – 5 –
Kuthaya — Gestão e Trading Internacional, L.da ......................................... 10 – 10 –
Web-Lab, SGPS, S. A. .................................................................................... 4 – 4 –
ESSI Investimentos, SGPS, S.A. ..................................................................... 303 – – –
Jampur — Trading International, L.da ........................................................... – – 377 –

14 — Contas de regularização do activo:


Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Proveitos a receber:
De crédito interno ...................................................................................... 2 090 1 679 2 090 1 679
De crédito ao exterior ............................................................................... 39 68 1 028 2 553
De outros títulos ........................................................................................ 426 573 1 554 2 003
De operações extrapatrimoniais ................................................................ 1 499 1 826 4 073 4 723
De outras aplicações .................................................................................. 71 56 40 27
................................................................................................................... 4 125 4 202 8 785 10 985
21 932-(68) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Despesas com custo diferido:


Prémios de opções .......................................................................................... 1 210 5 815 2 873 9 134
Emissão de obrigações ..................................................................................... – 22 1 464 1 642
Outras .............................................................................................................. 1 230 541 1 262 542
........................................................................................................................ 2 440 6 378 5 599 11 318
Operações a regularizar:
Reavaliação de derivados ................................................................................. 7 066 10 372 8 102 18 064
Fundo de pensões ............................................................................................ 926 751 926 759
Operações a aguardar liquidação ...................................................................... 917 12 656 20 120 21 357
Ganhos não realizados de opções .................................................................... 706 408 706 408
Outras .............................................................................................................. 3 954 13 258 5 762 437
........................................................................................................................ 13 569 37 445 35 616 41 025
........................................................................................................................ 20 134 48 025 50 000 63 328

A rubrica de proveitos a receber de operações extrapatrimoniais, para o Banco e o consolidado, inclui, a 31 de Dezembro de 2002, 1 365 000 euros
(2001: 780 000 euros) relativos à especialização dos juros a receber de swaps de taxa de juro de cobertura [v. nota n.º 2, alínea dl)].

15 — Débitos para com instituições de crédito:


Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

À vista:
No país ............................................................................................................ 1 720 523 1 720 523
No estrangeiro ................................................................................................. 133 468 133 119
.................................................................................................................... 1 853 991 1 853 642
A prazo ou com pré-aviso:
No país:
Mercado monetário interbancário ............................................................... 120 885 102 479 120 885 102 479
Outros recursos ............................................................................................ 54 037 62 834 54 518 62 834
.................................................................................................................... 174 922 165 313 175 403 165 313
No estrangeiro:
Outros recursos ............................................................................................ 131 596 196 151 56 222 90 952
.................................................................................................................... 306 518 361 464 231 625 256 265
.................................................................................................................. 308 371 62 455 233 478 256 907

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:


Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Exigível à vista ................................................................................................... 1 853 318 384 212 033 201 648
Exigível a prazo:
Até três meses ................................................................................................. 294 513 318 384 212 033 201 648
De três meses a um ano .................................................................................. 10 871 41 559 15 629 41 559
De um ano a cinco anos ................................................................................. – – – 5 863
Mais de cinco anos ......................................................................................... 1 134 1 521 3 963 7 195
........................................................................................................................ 306 518 361 464 231 625 256 265
........................................................................................................................ 308 371 362 455 233 478 256 907

Os débitos para com instituições de crédito a prazo são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço eram as seguintes:
Em percentagem)

Banco

2002 2001

No país:
Mercado monetário interbancário ....................................................................................................................... 2,95-3,62 2,85-3,9
Outros recursos .................................................................................................................................................... 1,45-4 1,93-4-05
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(69)
Em percentagem)

Banco

2002 2001

No estrangeiro:
Outros recursos .................................................................................................................................................... 2,95-3,2 1,99-5,92

16 — Débitos para com clientes:


Esta rubrica é analisada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

À vista:
Depósitos à ordem .......................................................................................... 42 666 16 192 42 657 16 142
A prazo:
Depósitos a prazo ........................................................................................... 92 815 56 170 103 181 59 237
Cheques e ordens a pagar ................................................................................ 343 1 503 343 1 503
Contratos de futuros — de conta da instituição ............................................. – – 334 –
Outros .............................................................................................................. 32 342 2 756 342
........................................................................................................................ 93 190 58 015 106 614 61 082
........................................................................................................................ 135 856 74 207 149 271 77 224

O acréscimo ocorrido em 2002 na rubrica de a prazo — depósitos a prazo, é explicada por uma aplicação de montante elevado realizada por
um cliente do Banco. A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:
Banco Consolidado
2002 2001 2002 2001

Exigível à vista ................................................................................................... 42 666 16 192 42 657 16 142


Exigível a prazo:
Até três meses ................................................................................................. 93 190 58 015 106 614 61 082
........................................................................................................................ 135 856 74 207 149 271 77 224

Os débitos para com clientes são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço eram as seguintes:
(Em percentagem)

Banco

2002 2001

Depósitos à ordem .................................................................................................................................................. –2 –2


Depósitos a prazo ................................................................................................................................................... 3,2-3,6 3,3-3,73

17 — Débitos representados por títulos e passivos subordinados:


Esta rubrica é analisada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Débitos representados por títulos:


Obrigações em circulação ................................................................................ 3 077 5 571 218 399 233 139
Passivos subordinados:
Obrigações em circulação ................................................................................ 49 880 49 880 49 880 49 880
........................................................................................................................ 52 957 55 451 268 279 283 019

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:


Banco Consolidado
2002 2001 2002 2001

Até três meses ..................................................................................................... – 2 494 – 21 647


De três meses a um ano ...................................................................................... – – – 28 000
De um ano a cinco anos ..................................................................................... 32 999 32 999 218 192 205 010
Mais de cinco anos ............................................................................................. 19 952 19 952 50 081 28 356
Vencido ............................................................................................................... 6 6 6 6
............................................................................................................................ 52 957 55 451 268 279 283 019
A rubrica de vencido refere-se a obrigações já vencidas, cujo pagamento ainda não foi reclamado pelos seus detentores.
A rubrica de obrigações em circulação, emitidas pelo Grupo, é analisada como segue:

21 932-(70)
(Em milhares de euros)

Taxa de juro
Saldo
Valor Nominal em vigor em
Número de Data de Saldo em 31
nominal vencimento em 31 de Dez. Reembolsos Emissões Variações
obrigações vencimento em 2001 de Dez.
unitário dos juros de 2002
de 2002
(percent.)

BES Investimento:
Obrig. não subordinadas:
ESSI/87 — Obrig. (10.ª série) ......... 1 500 985 PTE 1 000 15 Maio/15 Nov. – 15-5-1996 1 – – – 1
Capital ESSI/88 — Obrigações ........ 2 150 PTE 500 15 Jan./15 Jul. – 15-1-1994 5 – – – 5
BES Invest. Caixa/98 — Cupão zero 50 000 PTE 10 000 – – 18-3-2002 2 494 (2 494) – – –
Obrig. Caixa Banco ESSI/98 ............ 500 000 PTE 10 000 13 Nov./13 Maio – 13-5-2001 – – – – –
Obrig. de Caixa Super Rend. Best ...... 25 000 EUR 1 000 2 Nov. (a) – 2-11-2004 3 071 – – – 3 071
........................................................ 5 571 (2 494) – – 3 077
Obrigações subordinadas:
ESSI/96 — Obrig. de caixa subordin. 600 000 PTE 10 000 30 Jun./30 Dez. 3,410 30-12-2006 29 928 – – – 29 928
ESSI Investimento/98 — Obrig. de
caixa subordinadas ........................ (h) 1 995 191 591 EUR 0,01 17 Dez./17 Dez. 3,490 17-12-2008 19 952 – – – 19 952
........................................................ 49 880 – – – 49 880
........................................................ 55 451 (2 494) – – 52 957
Espírito Santo Investment, plc. — Medium
Term Notes:

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


Curto prazo:
Série 1 ............................................. 180 000 EUR 50 1 Jan./1 Abr./1 Out. 3,655 1-7-2002 (g) 9 000 (9 000) – – –
Série 38 ........................................... 570 EUR 10 000 10 Mar./10 Jun./10 Set./10 Dez. (b) 5,364 10-3-2002 (g) 5 700 (5 700) – – –
Série 39 ........................................... 278 EUR 10 000 10 Mar./10 Jun./10 Set./10 Dez. (b) 5,364 10-3-2002 (g) 2 780 (2 780) – – –
Série 55 ........................................... 250 EUR 10 000 Anual (f) – 25-11-2002 (g) 2 500 (2 500) – – –
Série 56 ........................................... 250 EUR 10 000 Anual (f) – 23-12-2002 (g) 2 500 (2 500) – – –
Série 57 ........................................... 60 EUR 100 000 Anual (e) 0,100 27-12-2002 (g) 6 000 (6 000) – – –
Série 65 ........................................... 20 EUR 250 000 Anual (j) 6,000 19-3-2002 5 000 (5 000) – – –
Série 66 ........................................... 20 (i) EUR 250 000 Anual (j) 6,000 19-3-2002 5 674 (5 674) – – –
Série 69 ........................................... 5 000 EUR 1 000 Anual (j) 6,700 4-4-2002 5 000 (5 000) – – –
Série 80 ........................................... 10 EUR 200 000 Anual (j) 7,920 23-7-2001 2 000 (2 000) – – –
Série 59 ........................................... 4 EUR 250 000 Anual (j) 6,850 26-7-2002 1 000 (1 000) – – –
........................................................ 47 154 (47 154) – – –
Médio e longo prazos:
Série 19 ........................................... 50 EUR 100 000 24 Mar./24 Set. (o) 4,471 24-9-2009 5 000 – – – 5 000
Série 41 ........................................... 500 EUR 10 000 16 Mar./16 Jun./16 Set./16/Dez. (b) – (u) 17-3-2003 5 000 (1 242) – – 3 758
Série 45 ........................................... 500 EUR 10 000 7 Jan./7 Abr./1 Jul./7 Out. (c) – 7-4-2003 5 000 (5 000) – – –
Série 47 ........................................... 500 EUR 10 000 14 Jun./14 Abr./14 Jul./14 Out. (d) – 14-4-2003 5 000 (5 000) – – –
Série 60 ........................................... 3 000 (i) EUR 1 000 26 Jan./26 Jul. (j) 11,850 26-1-2011 3 405 – – (544) 2 861
Série 61 ........................................... 7 000 (i) EUR 1 000 Anual (j) 8,500 17-2-2004 7 943 – – (1 268) 6 675
Série 62 ........................................... 5 000 (i) EUR 1 000 Anual (j) 10,000 15-2-2004 5 673 – – (906) 4 767
Série 63 ........................................... 10 000 EUR 1 000 Anual (j) 8,750 8-3-2004 10 000 – – – 10 000
Série 64 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (f) – 30-3-2005 2 175 – – – 2 175
Série 67 ........................................... 1 000 EUR 10 000 Anual (j) 8,250 21-3-2004 10 000 – – – 10 000
(Em milhares de euros)

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


Taxa de juro
Saldo
Valor Nominal em vigor em
Número de Data de Saldo em 31
nominal vencimento em 31 de Dez. Reembolsos Emissões Variações
obrigações vencimento em 2001 de Dez.
unitário dos juros de 2002
de 2002
(percent.)

Série 68 ........................................... 1 000 (i) EUR 10 000 Anual (j) 8,750 21-3-2004 11 347 – – (1 811) 9 536
Série 72 ........................................... 3 000 EUR 1 000 Anual (k) – (u) 13-12-2004 3 000 (19) – – 2 981
Série 74 ........................................... 21 071 EUR 1 000 Anual (l) 7,500 15-1-2004 20 971 (10 624) – – 10 347
Série 75 ........................................... 5 086 (i) EUR 1 000 Anual (l) 7,500 15-1-2004 5 771 – – (3 347) 2 424
Série 76 ........................................... 50 000 EUR 1 000 Anual (o) – 11-1-2004 50 000 – – – 50 000
Série 77 ........................................... 7 000 EUR 1 000 Anual (l) 7,500 22-1-2004 7 943 – – (4 607) 3 336
Série 78 ........................................... 2 500 EUR 1000 Anual (k) – 17-2-2005 2 500 – – – 2 500
Série 79 ........................................... 5 000 (i) EUR 1 000 Anual (l) 7,500 23-7-2004 5 673 – – (3 289) 2 384
Série 81 ........................................... 4 000 EUR 1 000 Anual (k) – (u) 15-4-2005 4 000 (35) – – 3 965
Série 82 ........................................... 5 000 (i) EUR 1 000 Anual (f) – 11-10-2004 5 673 – – (905) 4 768
Série 83 ........................................... 3 000 EUR 1 000 Anual (m) – 9-12-2004 440 – (v) 2 560 – 3 000
Série 84 ........................................... 39 EUR 100 000 20 Jun./20 Dez. (n) 3,254 20-12-2004 3 900 (3 900) – – –
Série 85 ........................................... 10 000 EUR 1 000 Anual (p) 7,000 6-2-2007 – – 10 000 – 10 000
Série 86 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (f) – 15-3-2005 – – 2 500 – 2 500
Série 87 ........................................... 7 500 EUR 1 000 Anual (q) – 6-3-2005 – – 7 500 – 7 500
Série 88 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (r) – 17-5-2004 – – 2 500 – 2 500
Série 89 ........................................... 4 500 EUR 1 000 Anual (s) – 11-6-2005 – – 4 500 – 4 500
Série 90 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (s) 8,000 15-3-2004 – – 2 500 – 2 500
Série 91 ........................................... 2 000 EUR 1 000 Anual (s) 7,300 15-4-2004 – – 2 000 – 2 000
Série 92 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (s) 7,300 21-10-2004 – – 2 500 – 2 500
Série 93 ........................................... 21 077 EUR 1 000 Anual (s) 7,300 10-4-2004 – – 21 077 – 21 077
Série 94 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (s) 8,000 21-10-2004 – – 2 500 – 2 500
Série 95 ........................................... 7 500 EUR 1 000 Anual (f) – 22-10-2017 – – 7 500 – 7 500
Série 96 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (s) 8,000 20-12-2004 – – 2 500 – 2 500
Série 97 ........................................... 5 000 EUR 1 000 Anual (s) 6,750 18-5-2004 – – 4 768 – 4 768
Série 98 ........................................... 2 500 EUR 1 000 Anual (s) 8,750 18-5-2004 – – 2 500 – 2 500
........................................................ 180 414 (25 820) 77 405 (16 677) 215 322
........................................................ 227 568 (72 974) 77 405 (16 677) 215 322
........................................................ 283 019 (75 468) 77 405 (16 677) 268 279
(a) Taxa de juro 6,25% p. a. calculados sobre 50% do valor nominal de cada obrigação.
(b) Range acctual.
(c) Indexado ao EUR/USD.
(d) Indexado ao Nikkei 225.
(e) Emissões High Low Coupon fixed rate notes.
(f) Indexado ao Euro Stox 50.
(g) Devido a maturidade passaram de longo prazo em 2000 para curto prazo em 2001.
(h) Estas obrigações encontram-se em carteira (vide inventário de títulos e participações financeiras) em anexo.
(i) Emissão em dólares.
(j) Brazilian Credit Risk note (v. nota n.º 7).
(k) Indexado a 7 Shares Pick & Drop.
(l) 50% indexado ao Euro Stox 50 e 50% a taxa de juro fixa.
(m) 50 indexado ao Euro Stox 50 e 50% ao S&P500.
(n) Corporate Credit Risk note.

21 932-(71)
(o) Floating Rate Notes.
(p) Reverse floater.
(q) Indexado ao fundo Footballer Playeers Fund.
(r) Ibenian Basket Linked Notes.
(s) First defaault linked notes.
(t) 15 years allable stepner linked notes.
(u) Emissões em carteira do BES Investimento.
(v) Subscrições adicionais em 202 de emissões ocorridadas em 2001.
21 932-(72) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Em 30 de Dezembro de 1996, o Banco procedeu à emissão das As Medium Term Notes foram emitidas ao abrigo do Euro Medium
obrigações de Caixa Subordinadas ESSI 96, num total 600 000 obriga- Term Note Programme listado na London Stock Exchange, com
ções de caixa subordinadas ao portador e escriturais com o valor offering circular de 23 de Abril de 1999. Ao abrigo deste programa a
nominal de 10 000$ cada, e por um prazo de 10 anos. ES Investment plc. pode emitir de modo escalonado, e em diversas
Em 17 de Dezembro de 1998, o Banco emitiu as obrigações de moedas/notes até ao montante de 500 000 000 de euros e com uma
Caixa Subordinadas — BES Investimento 98, constituída por 400 000 maturidade mínima de 30 dias. Este programa encontra-se listado na
obrigações de caixa subordinadas ao portador e escriturais, com o valor London Stock Exchange. Do valor emitido (43 839 000 euros), parte
nominal de 10 000$ e por um prazo de 10 anos. Em 17 de Junho de
destina-se a mitigar risco soberano (v. nota n.º 7).
1999, esta emissão foi convertida para euros, pelo que o valor nomi-
nal passou a ser de 0,01 euros e o número de obrigações 1 995 191 591. No âmbito deste programa, o Banco Espírito Santo de Investi-
A subordinação destas emissões explicita que em caso de falência mento, S. A., assinou um keep well agreement com a ES Investment plc,
ou liquidação, o pagamento dos juros e o reembolso das obrigações segundo o qual assumiu o compromisso de assegurar que esta tem, em
ficam subordinadas ao pagamento prévio de todos os demais créditos cada momento, os recursos necessários para manter a continuidade
não subordinados sobre o Banco, tendo no entanto os detentores destas da actividade.
obrigações, prioridade sobre os accionistas.
No exercício de 2002, os encargos relativos a estas emissões e 18 — Outros passivos:
reconhecidos em resultados ascenderam a 1 888 000 euros (2001:
2 453 000 euros). Esta rubrica é analisada como segue:

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

IRC a pagar (v. nota n.º 34) .................................................................................. 2 528 – 6 238 866
Outros impostos a entregar ao Estado .................................................................. 3 494 1 381 3 565 2 954
Fornecedores residentes .......................................................................................... 1 506 628 1 506 630
Fornecedores não residentes .................................................................................. – – 818 105
Outros .................................................................................................................... 820 931 820 931

............................................................................................................................... 8 348 2 940 12 947 5 486

19 — Contas de regularização do passivo:

Esta rubrica é analisada como segue:

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Custos a pagar:

Juros de débitos para com instituições de crédito .............................................. 964 920 1 014 935
Juros de débitos para com clientes ..................................................................... 74 82 3 260 888
Juros de débitos representados por títulos ......................................................... 42 16 3 548 2 019

........................................................................................................................... 1 080 1 018 7 822 3 842

De operações extrapatrimoniais ........................................................................ 1 148 1 328 581 1 681


Encargos com férias e subsídio de férias ............................................................ 862 994 1 131 1 313
Outros ................................................................................................................. 486 820 1 142 1 787

........................................................................................................................... 2 496 3 142 2 854 4 781

Receitas com proveito diferido:

Prémios de opções ............................................................................................. 4 050 16 087 6 503 19 791


Outras ................................................................................................................. 676 431 715 3 936

........................................................................................................................... 4 726 16 518 7 218 23 727

Operações a regularizar:

Reavaliação de derivados .................................................................................... 6 570 3 372 1 357 3 372


Operações cambiais a liquidar ............................................................................ 14 647 – 13 705 –
Outras contas de regularização ........................................................................... 3 523 3 766 7 109 18 919

........................................................................................................................... 24 740 7 138 22 171 22 291

........................................................................................................................... 33 042 27 816 40 065 54 641

A rubrica de custos a pagar — operações extrapatrimoniais, inclui à data de 31 de Dezembro de 2002 para o Banco e para o consolidado,
respectivamente 1 012 000 euros (2001: 279 000 euros) e 579 000 euros (2001: 683 000 euros), referente à especialização dos juros a pagar
consolidados de swaps de taxa de juro de cobertura [v. nota n.º 2, alínea dl)].
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(73)

20 — Movimento de provisões:
O movimento verificado nas rubricas de provisões, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, para o Banco, foi o seguinte:

(Em milhares de euros)

Saldo Saldo
Reforços
em 31 de Reposições/ em 31 de
Utilizações
Dezembro anulações Dezembro
Reservas Resultados
de 2001 de 2002

Provisões para crédito vencido (v. nota n.º 6):


Créditos sobre clientes ..................................................................... 7 187 – 2 333 (1 315) (1 400) 6 805
Créditos de cobrança duvidosa ......................................................... 282 – 511 – – 793
Risco-país ......................................................................................... 2 – 14 – (11) 5

......................................................................................................... 7 471 – 2 858 (1 315) (1 411) 7 603

Riscos gerais de crédito (v. nota n.º 6) ................................................ 2 895 – 1 744 – (472) 4 167

Subtotal ................................................ 10 366 – 4 602 (1 315) (1 883) 11 770

Depreciação de títulos (v. nota n.º 7):


Investimento — rendimento fixo .................................................... 3 688 – 9 468 – (1 670) 11 486
Investimento — rendimento variável .............................................. 10 887 – 393 – (1 745) 9 535
Negociação — rendimento variável ................................................. – – 1 124 – (1 124) –
Negociação — rendimento fixo (risco-país) .................................... – – 157 – – 157
Negociação — rendimento variável (risco-pais) ............................. 22 – 116 – (130) 8

Subtotal ................................................ 14 597 – 11 258 – (4 669) 21 186

Participações (v. nota n.º 8) ................................................................ 801 771 51 – (42) 1 581


Partes de capital em empresas coligadas (v. nota n.º 9) ..................... 583 50 – – – 633
Outros activos (v. nota n.º 13):

Sem risco-país .................................................................................. 2 595 323 – – (11) 2 907


Com risco-país ................................................................................. 2 – 104 – (106) –

Subtotal ................................................ 2 597 323 104 – (117) 2 907

Outros créditos (risco-país) (v. nota n.º 5) .......................................... 9 – 3 – (9) 3


Outros riscos e encargos (impostos diferidos) (v. notas n.os 23 e 34) 1 832 – – – (1 669) 163

......................................................................................................... 30 785 1 144 16 018 (1 315) (8 389) 38 243

O movimento verificado nas rubricas de provisões, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, para o consolidado, foi o
seguinte:
Saldo Diferenças Saldo
Reforços
em 31 de cambiais Reposições/ em 31 de
Utilizações
Dezembro e outros anulações Dezembro
Reservas Resultados
de 2001 movimentos de 2002

Provisões para crédito vencido (v. nota n.º 6):


Créditos sobre clientes ................................................ 7 187 – – 2 333 (1 315) (1 400) 6 805
Créditos de cobrança duvidosa .................................... 282 – – 511 – – 793
Risco-país .................................................................... 2 – – 14 – (11) 5

.................................................................................... 7 471 – – 2 858 (1 315) (1 411) 7 603

Riscos gerais de crédito (v. nota n.º 6) ........................... 2 895 – – 1 744 – (472) 4 167

Subtotal ....................................... 10 366 – – 4 602 (1 315) (1 883) 11 770

Depreciação de títulos (v. nota n.º 7):


Investimento — rendimento fixo ............................... 3 699 (37) – 10 659 – (2 190) 12 131
Investimento — rendimento variável ......................... 11 449 (393) – 393 – (1 744) 9 703
Negociação — rendimento variável ............................ – – – 1 124 – (1 124) –
Negociação — rendimento fixo (risco-país) ............... – – – 157 – – 157
Negociação — rendimento variável (risco-país) ........ 22 – – 116 – (130) 8

Subtotal ....................................... 15 170 (430) – 12 449 – (5 190) 21 999

Participações (v. nota n.º 8) ........................................... 897 (17) 766 315 – (94) 1 867
21 932-(74) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Saldo Diferenças Saldo


Reforços
em 31 de cambiais Reposições/ em 31 de
Utilizações
Dezembro e outros anulações Dezembro
Reservas Resultados
de 2001 movimentos de 2002

Outros activos (v. nota n.º 13):


Sem risco-país ............................................................. 2 595 (6) 44 358 – (10) 2 981
Com risco-país ............................................................ 2 – – 104 – (106) –

Subtotal ....................................... 2 597 (6) 44 462 – (116) –

Outros créditos (risco-país) (v. nota n.º 5) ..................... 9 – – 3 – (9) 3


Outros riscos e encargos (impostos diferidos) (v. notas
n.os 23 e 34) ................................................................ 2 385 (553) – – – (1 669) 163

.................................................................................... 31 424 (1 006) 810 17 831 (1 315) (8 961) 38 783

21 — Pensões de reforma: ciedade integrada no Grupo Espírito Santo, tendo aderido ao Fundo
de Pensões GES.
Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado O reconhecimento, tratamento e relevação contabilística das respon-
com os sindicatos e vigente para o sector bancário, o Banco assumiu sabilidades para com pensões de reforma e sobrevivência é efectuado
o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, de acordo com a política contabilística descrita na nota n.º 2, alínea m).
prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez e Com referência a 31 de Dezembro 2002 e 2001 apresenta-se a
de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, cres- descrição geral de cada plano de pensões de benefício definido, finan-
cente em função do número de anos de serviço do empregado, apli- ciado por um fundo de pensões:
cada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo.
Para fazer face à cobertura das responsabilidades por serviços pas- Os benefícios previstos no plano de pensões estão de acordo com o
sados relativos a pensões de reforma, o Banco aderiu, em Dezembro estabelecido no acordo colectivo de trabalho do sector bancário (ACTV);
de 1989 a um fundo aberto autónomo designado de Fundo de Pensões Para efeitos de cálculo das pensões de reforma futuras considerou-se
BIC. Em Março de 1994, o Banco transferiu a gestão do seu fundo de as percentagens previstas no anexo V do ACTV aplicadas ao último
pensões para a ESAF — Espírito Santo Fundo de Pensões, S. A., so- vencimento base do colaborador.

2002 2001

Anos de Anos de
Número Remu- Número Remu-
Idade serviço Idade serviço
de parti- neração de parti- neração
(média) passado (média) passado
pantes anual pantes anual
(médio) (médio)

Pensionistas ................................................... 10 229 – – 10 227 – –


Activos .......................................................... 150 3 978 35 8 151 3 883 34 7

O valor actual das responsabilidades assumidas por pensões de reforma e de sobrevivência, decompõe-se da seguinte forma:

Banco

2002 2001

Responsabilidades por serviços passados — Pessoal no activo (A) ..................................................................... 6 197 5 538
Responsabilidades por pensões em pagamento (RPP) ......................................................................................... 3 061 3 066

............................................................................................................................................................................. 9 258 8 604


Valor do Fundo de Pensões Aberto GES .............................................................................................................. 9 090 8 466

Valores a entregar ao fundo ................................................................................................................................. (168) (138)

Nível de cobertura das responsabilidades (percentagem) ..................................................................................... 98 98


Responsabilidades por serviços futuros (RSF) (B) ................................................................................................ 13 193 12 662
Valor actual das responsabilidades totais (VART) (A+B) .................................................................................... 19 390 18 200

A evolução das responsabilidades do Banco em 2002 e 2001 pode ser analisada da seguinte forma:

Banco

2002 2001

Responsabilidade no final do período anterior .................................................................................................... 8 604 7 514

Custo do serviço corrente ................................................................................................................................ 551 519


Custo dos juros ................................................................................................................................................. 516 451
Contribuição dos empregados ........................................................................................................................... 11 –
Pagamentos efectuados .................................................................................................................................... (228) (229)
Ganhos e perdas actuariais ............................................................................................................................... (196) 346

Responsabilidade no final do período .................................................................................................................. 9 258 8 601


Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(75)

A evolução do valor do fundo de pensões em 2002 e 2001 foi a seguinte:


(Em milhares de euros)

Banco

2002 2001

Valor do fundo em 1 de Janeiro ............................................................................................................................. 8 466 7 311


Rendimento líquido do fundo .................................................................................................................................. (403) (126)
Contribuição do Banco e dos empregados .............................................................................................................. 1 255 1 510
Pagamentos efectuados ........................................................................................................................................... (228) (229)

Valor do fundo em 31 de Dezembro ...................................................................................................................... 9 090 8 466


Valores a entregar ao fundo .................................................................................................................................... 168 138

Coberturas totais ..................................................................................................................................................... 9 258 8 604

O rendimento líquido do fundo contém desvios actuariais negativos de 877 000 euros (2001: 541 000 euros).

Os montantes reconhecidos como custos pelo Banco podem ser analisados da seguinte forma:
Banco

2002 2001

Custo dos serviços correntes ................................................................................................................................... 551 519


Custo dos juros ........................................................................................................................................................ 516 451
Rendimento esperado dos activos ........................................................................................................................... (474) (414)

................................................................................................................................................................................ 593 556


Amortização dos ganhos e perdas actuariais .......................................................................................................... 1 14

................................................................................................................................................................................ 594 570

Os desvios actuariais calculados em 2002 e em 2001 tiveram o seguinte reconhecimento:


Banco

2002 2001

Flutuação cambial .................................................................................................................................................... 926 751


Despesas com custo diferido ................................................................................................................................... 780 136

................................................................................................................................................................................ 1 706 887


Amortização ............................................................................................................................................................ (15) (14)

................................................................................................................................................................................ 1 691 873

O saldo final líquido de custos diferidos no montante de 765 000 euros será amortizado por um período de 10 anos.

Contribuições entregues ao fundo de pensões durante o exercício:


Banco

2002 2001

Contribuições entregues ao Fundo até 31 de Dezembro (i) .................................................................................... 1 255 1 419

(Das quais: contribuições entregues pelos funcionários) ..................................................................................... (11) (78)


(i) Contribuições efectuadas em dinheiro.

O montante das pensões pagas pelo fundo de pensões durante o exercício de 2002 ascendeu a 228 000 euros (2001: 229 000 euros).
Os activos do fundo de pensões utilizados pelo Grupo BES, referem-se unicamente a imóveis, cujo valor patrimonial ascendia em 31 de De-
zembro de 2002 a 41 209 000 euros (2001: 50 824 000 euros). Durante o exercício de 2002 o Banco Espírito Santo, S. A., alienou ao Fundo
de Pensões 22 369 000 acções da empresa VTR, SGPS, S. A., por 32 000 000 euros. Esta transacção permitiu apurar um lucro de 9 631 000 euros
no Banco Espírito Santo, S. A. e deverá gerar uma mais-valia potencial de idêntico montante no Fundo de Pensões.
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e o método de cálculo utilizado são conforme segue:
2002 2001

Previsto Verificado Previsto Verificado

Hipóteses financeiras:
Taxa de rendimento dos activos ........................................................................ 6,00 — 4,07 6,00 — 1,60
Taxa de crescimento salarial ............................................................................. 3,00 — 3,12 3,00 17,60
21 932-(76) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

2002 2001

Previsto Verificado Previsto Verificado

Taxa de crescimento das pensões ...................................................................... 2,00 — 0,23 2,00 9,70


Taxa técnica de juro .......................................................................................... 6,00 6,00
Reversibilidade .................................................................................................... 70,00 70,00

Hipóteses demográficas:
Tábua de mortalidade ......................................................................................... TV 73/77 TV 73/77
Tábua de invalidez .............................................................................................. SR SR
Tábua de Turn Over ........................................................................................... n. a. n. a.

22 — Activos e passivos representados em moeda estrangeira:


Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 o contravalor em euros dos elementos do activo e do passivo do Banco, expressos em moeda estran-
geira, convertidos ao câmbio em vigor à data do balanço, eram os seguintes:
2002 2001

Dólares Dólares
Outros Total Outros Total
americanos americanos

Activo:
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 9 35 44 327 82 409
Outros créditos sobre instituições de crédito ............ 22 885 9 343 32 228 28 525 5 470 33 995
Créditos sobre clientes .............................................. 3 303 55 3 358 1 520 83 1 603
Obrigações c outros títulos de rendimento fixo ........ 27 511 – 27 511 35 713 35 713
Acções c participações .............................................. 10 774 207 10 981 13 801 204 14 005
Outros activos ........................................................... 7 054 2 465 9 519 8 227 390 8 617
Contas de regularização ............................................. 11 332 1 11 333 14 499 684 15 183
Total do activo (euros) ........................... 82 868 12 106 94 974 102 612 6 913 109 525
Passivo:
Débitos para com instituições de credito .................. (58 604) (10 895) (69 499) (103 454) (7 592) (111 046)
Débitos para com clientes ......................................... (8 962) – (8 962) (2 124) – (2 124)
Outros passivos ......................................................... (9) (480) (489) (33) (13) (46)
Contas de regularização ............................................. (920) (171) (1 091) (6 361) (797) (7 158)
Total do passivo (euros) ......................... (68 495) (11 546) (80 041) (111 972) (8 402) (120 374)
2002 2001

Dólares Dólares
Outros Total Outros Total
americanos americanos

Posição cambial à vista:


Divisas ....................................................................... (14 363) (560) (14 923) (28 274) (1 489) (26 785)
Swap currency ........................................................... – – – 34 041 – 34 041
.................................................................................. (14 363) (560) (14 923) 5 767 1 489 7 256
Posição cambial a prazo:
Divisas ....................................................................... 44 193 – 44 193 100 161 – 100 161
Swap currency ........................................................... (44 203) – (44 203) (96 568) – (96 568)
.................................................................................. (10) – (10) 3 593 – 3 593
Total (euros) ........................................... (14 373) (560) (14 933) 9 360 1 489 10 849

Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o contravalor em euros dos elementos do activo e do passivo do consolidado, expressos em moeda
estrangeira, convertidos ao câmbio em vigor à data do balanço, eram os seguintes:
2002 2001

Dólares Dólares
Outros Total Outros Total
americanos americanos

Activo:
Caixa e disponibilidades em bancos centrais ............. 81 – 81 218 1 829 2 047
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 118 1 125 1 243 388 101 489
Outros créditos sobre instituições de crédito ............ 5 721 19 374 25 095 28 525 5 470 33 995
Créditos sobre clientes .............................................. 14 082 9 523 23 605 8 329 5 582 13 911
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ........ 67 678 36 327 104 005 105 688 70 616 176 304
Acções e participações .............................................. 9 287 522 9 809 15 946 3 736 19 682
Outros activos ........................................................... 7 058 (4 863) 2 195 23 810 (6 828) 16 982
Contas de regularização ............................................. 19 761 10 429 30 190 24 203 10 768 34 971
Total do activo (euros) ........................... 123 786 72 437 196 223 207 107 91 274 298 381
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(77)

2002 2001

Dólares Dólares
Outros Total Outros Total
americanos americanos

Passivo:
Débitos para com instituições de crédito .................. (55 730) (18 962) (74 692) (136 210) (25 767) (161 977)
Débitos para com clientes ......................................... (10 327) (29 681) (40 008) (2 125) (18 051) (20 176)
Débitos representados por títulos ............................. (41 521) – (41 521) (59 101) – (59 101)
Outros passivos ......................................................... (10) (8 730) (8 740) (66) (1 640) (1 706)
Interesses minoritários .............................................. – (3 545) (3 545) – (7 872) (7 872)
Contas de regularização ............................................. (1 680) (10 815) (12 495) (7 639) (39 403) (47 042)
Total do passivo (euros) ......................... (109 268) (71 733) (181 001) (205 141) (92 733) (297 874)
2002 2001

Dólares Dólares
Outros Total Outros Total
americanos americanos

Posição cambial à vista:


Divisas ....................................................................... (14 509) (704) (15 213) (43 512) 1 459 (42 053)
Swap currency ........................................................... – – – 34 040 – 34 040
.................................................................................. (14 509) (704) (15 213) (9 472) 1 459 (8 013)
Posição cambial a prazo:
Divisas ....................................................................... (9) – (9) 104 075 – 104 075
Swap currency ........................................................... – – – (96 569) – (96 569)
.................................................................................. (9) – (9) 7 506 – 7 506
Total (euros) ........................................... (14 518) (704) (15 222) (1 966) 1 459 (507)

23 — Capital subscrito e reservas: tante de 168 000 euros, passando, assim, o capital social, após a
redenominação, a renominalização e o aumento, a ser de 70 000 000
Em 31 de Dezembro de 2002, o capital do Banco era representado de euros.
por 14 milhões de acções com o valor nominal de cinco euros cada, No exercício de 2000, o Banco Espírito Santo, S. A., adquiriu a
integralmente subscritas e realizadas pelo Banco Espírito Santo, S. A. totalidade do capital social do BES Investimento através de uma oferta
Em 1 de Julho de 1998, o Banco procedeu a um aumento de capital pública geral de aquisição, ao abrigo do artigo 187.º do Código dos
para 14 000 000 000$, representativos de 14 000 000 de acções, com Valores Mobiliários, realizada sobre as acções representativas do capital
o valor nominal de 1000$. social do BES Investimento, em virtude da qual o Banco Espírito
De acordo com deliberação da assembleia geral realizada em 24 de Santo, S. A., passou a deter 13 833 405 acções, correspondentes a
Março de 1999, o BES Investimento alterou a denominação do seu 98,81% do capital social e dos direitos de voto do Banco.
capital social para euros, redenominou as acções/representativas do O capital remanescente foi adquirido através de uma aquisição
mesmo, utilizando para o efeito o método padrão, nos termos e para potestativa, ao abrigo do artigo 194.º do Código dos Valores Mobiliá-
os efeitos previstos no artigo 11.º e seguintes do Decreto-Lei n.º 343/98, rios, tendo transferido o remanescente das acções do BES Investi-
de 6 de Novembro, procedeu à renominalização das acções, arredon- mento para seu nome.
dando o respectivo valor nominal para cinco euros e aumentou o A situação líquida do Banco e do consolidado, à data de 31 de
capital social, por incorporação de parte da reserva legal, no mon- Dezembro de 2002 e 2001, é detalhada como segue:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Capital ................................................................................................................. 70 000 70 000 70 000 70 000


Prémios de emissão ............................................................................................. 8 796 8 796 8 796 8 796
Reserva legal ....................................................................................................... 7 528 7 095 8 722 7 912
Outras reservas .................................................................................................... 20 384 20 794 15 838 17 270
Resultados acumulados ......................................................................................... – – 50 400 55 920
Lucro do exercício .............................................................................................. 603 4 334 2 764 2 088
............................................................................................................................ 107 311 111 019 156 520 161 986

O Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, aplicável às insti- do lucro líquido do Banco em 2002, deverá ser afecto àquela reserva
tuições de crédito e sociedades financeiras, exige a constituição de legal em 2003, o valor aproximado de 60 000 euros.
uma reserva legal mediante a retenção de 10% dos lucros líquidos anuais A rubrica de outras reservas encontra-se deduzida dos montantes
até à concorrência do capital. Tanto a reserva legal como o prémio de goodwill, conforme a política contabilística que está descrita na
de emissão não podem ser distribuídos, apenas podendo ser utilizados nota n.º 2, alínea b), nos seguintes montantes, expressos em milhares
para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em função de euros:
2002 2001

Cominvest, SGII, S. A. ............................................................................................................................................ 405 88


ES Investimentos, S. A. .......................................................................................................................................... (4) (8)
ES Dealer-SFC, S. A. ............................................................................................................................................... 253 253
Benito y Monjardín, S. V., S. A. ............................................................................................................................. 3 194 3 194
................................................................................................................................................................................ 3 848 3 527
As alterações ocorridas na situação líquida em 2002 encontram-se detalhadas na demonstração financeira, mapa de alterações da situação líquida.
21 932-(78) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

24 — Interesses minoritários:

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica de interesses minoritários decompõe-se como segue:


(Em milhares de euros)

2002 2001

Balanço Resultado Balanço Resultado

ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A. ..................................... 5 058 760 5 960 907

Estes valores, correspondem aos contravalores em euros da participação do accionista minoritário no BES Investimento Brasil [v. nota
n.º 1, alínea b)] detida pela ESSI, SGPS, S. A.

25 — Rubricas extrapatrimoniais:
Esta rubrica é analisada como segue:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Passivos eventuais:
Garantias e avales prestados:
Papel comercial ........................................................................................... 91 750 71 629 88 628 71 629
Garantias prestadas ...................................................................................... 17 193 5 443 17 193 5 443
Activos dados em garantia .......................................................................... 26 600 29 200 26 600 29 200

.................................................................................................................... 135 543 106 272 132 421 106 272

Compromissos:
Linhas de crédito irrevogáveis residentes:

Créditos sindicados em sistema de leilão ..................................................... 2 604 6 235 2 604 6 235


Crédito autorizado ao abrigo de contr. de mútuo, não utilizado (v. nota n.º 6) . 75 696 37 622 75 696 50 482

Linhas de crédito irrevogáveis não residentes:


Crédito autorizado ao abrigo de contratos de mútuo .................................. – – 19 928 29 077

Tomada firme de títulos ainda não emitidos .................................................. 2 653 9 070 2 653 9 070
Outros compromissos irrevogáveis ................................................................. 83 514 43 799 165 930 71 666

.................................................................................................................... 164 467 96 726 266 811 166 530

A rubrica de passivos eventuais — garantias e avales prestados — para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado
activos dados em garantia corresponde a títulos da carteira própria prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o paga-
do Banco destinados a colateralizar uma linha de crédito irrevogável mento de uma comissão. Os compromissos do Banco com linhas de
junto do Banco de Portugal, no âmbito do Sistema de Pagamentos e crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente
Grandes Transferências (SPGT), e títulos dados em garantia ao Sistema de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade.
de Indemnização aos Investidores (SII), sendo apresentados ao res- Dado que relativamente a muitos dos compromissos assumidos e
pectivo valor nominal (v. nota n.º 7). garantias prestadas pelo Banco não se espera que venham a ser con-
As garantias emitidas pelo Banco, são passivos eventuais uma vez cretizados, os valores acima não representam necessariamente requi-
que garantem o cumprimento perante terceiros das obrigações dos seus sitos futuros de liquidez.
clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os As rubricas de garantias recebidas, compromissos assumidos por
compromissos, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo terceiros e cstódia de valores são apresentadas de seguida:

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Depósito e guarda de valores:


Papel comercial emitido ............................................................................... 1 523 857 1 507 315 1 523 857 1 507 315
Outros títulos materializados ........................................................................ 12 13 974 12 13 974

...................................................................................................................... 1 523 869 1 521 289 1 523 869 1 521 289


Garantias recebidas:
Reais .............................................................................................................. 165 844 146 929 173 702 148 643
Não reais ....................................................................................................... 141 518 117 892 183 579 141 336

...................................................................................................................... 307 362 264 821 357 281 289 979

Compromissos assumidos por terceiros ............................................................ 88 820 27 500 29 383 27 500


Serviços prestados por terceiros — guarda de valores ..................................... 1 429 742 238 980 336 20 352 362 238 980 994
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(79)

Instrumentos financeiros derivados com risco extrapatrimonial: Os valores nocionais dos contratos de derivados são a base para o
cálculo dos juros e de outros pagamentos associados. Para a maior
No decurso da sua actividade, o Banco utiliza uma variedade de parte dos derivados, operações de permuta de taxa de juro, operações
instrumentos financeiros derivados com risco extrapatrimonial para de permuta de moeda e de taxa de juro, operações de fixação de taxa
efeitos de negociação, por forma a gerir a sua exposição a flutuações de juro a prazo, futuros e opções de moeda e de taxa de juro, o valor
nas taxas de juro e de câmbio e nos preços de acções, e ainda para nocional do contrato representa a base em que os fluxos de caixa são
satisfazer as necessidades financeiras dos seus clientes. trocados, e não a exposição efectiva a uma perda, que normalmente
Os instrumentos financeiros derivados, transaccionados através da seria mais baixa que o valor nocional.
sede do Banco em Lisboa, da sua filial na Irlanda e subsidiárias do A grande maioria dos contratos de operações de fixação de taxa de
Brasil, representam contratos onde os pagamentos são feitos à, ou juro são realizados com entidades financeiras sujeitas a regulamen-
pela, contraparte baseados em taxas de juro específicas e em termos tação, dentro de limites de contraparte previamente definidos, e com
predeterminados pelo contrato. vencimento a seis meses. Os valores de mercado dos instrumentos
Esses instrumentos financeiros, derivados e sobre câmbios, envol- financeiros derivados e sobre câmbios, intra e extra balanço, bem como
vem em várias medidas risco de crédito, risco de mercado e risco de os prazos residuais das operações, encontram-se resumidos nos qua-
liquidez. dros seguintes:
(Em milhares de euros)

Banco

2002 2001

Montante Valor de Valor de Risco de Montante Valor de Valor de Risco de


contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d) contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d)

Operações cambiais à vista:


Compra .................................................... 918 12 851
............................................................ – – 1 93 93 93
Venda ....................................................... 918 12 799
Operações cambiais a prazo:
Compra .................................................... 8 963 43 039
............................................................ (709) (709) – 443 443 488
Venda ....................................................... 9 767 42 869
Operações de permuta de divisas (currency
swaps):
Compra .................................................... 107 098 199 371
............................................................ 3 777 3 777 6 046 (1 919) (1 919) 343
Venda ....................................................... 102 562 200 683
Cross currency and IRS:
Negociação:
Compra ................................................ 44 204 96 569
............................................................ 1 670 1 670 1 670 4 036 4 036 4 036
Venda ................................................... 49 921 90 571
Asset swap:
Negociação .............................................. 20 000 – – 1 011 20 000 – – –

Operações de permuta de taxas de juro (IRS):


Negociação .............................................. 1 084 211 (1 296) (1 296) 21 906 2 038 542 (3 433) (3 433) 15 017
Cobertura ................................................. 54 876 376 354 2 831 34 446 594 501 1 061

Equity/index swap:
Negociação .............................................. 143 094 (18) (18) 3 432 125 533 (205) (205) 2 620
Cobertura ................................................. 15 387 – – 478 21 071 – – 498

Operações a prazo s/ instrumentos finan-


ceiros (futuros):
Negociação:
Sobre taxas de juro — compra ............ 260 000 11 – –
Sobre taxas de juro — venda .............. 22 500 2 25 416 153
Sobre cotações — compra .................. 1 006 5 1 120 121
Sobre cotações — venda ..................... 1 120 – – –
Sobre moeda — compra ...................... – – – –
Sobre moeda — venda ......................... – – – –

Contratos de opção — Merc. organizados 3 452 – 4 741 –


Negociação:
Opções compradas — Merc. organiz.:
De moeda ............................................ – – – –
De cotações ......................................... – – – –
De taxa de juro ................................... – – 1 028 427 896

Opções vendidas — Merc. organiz.:


De moeda ............................................ – – – –
De taxa de juro ................................... 38 142 83 2 000 894 (507)
21 932-(80) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

(Em milhares de euros)

Banco

2002 2001

Montante Valor de Valor de Risco de Montante Valor de Valor de Risco de


contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d) contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d)

Operações de fixação de taxa de juro a prazo


(FRA):
Negociação .............................................. – – – – 15 000 (2) (2) 2
Cobertura ................................................. – – – – – – – –

Contratos de opção:
Negociação:
Opções compradas — OTC:
De moeda ............................................ – – – – – – – –
De taxa de juro — swaption ............... – – – – – – – –
De cotações ......................................... – – – – 1 625 (3) – –

Opções vendidas — OTC:


De moeda ............................................ – – – – – – – –
De taxa de juro — swaption ............... – – – – – – – –
De cotações ......................................... – – – – 499 231 – –

Cobertura:
Opções vendidas — OTC:
De cotações ......................................... – – – – 499 (231) (21) –
De taxa de juro — swaptions .............. – – – – 10 000 (1) – –

Opções compradas — OTC:


De cotações ......................................... – – – – – – – –

Contratos de garantia de taxa de juro (inte-


rest rates caps and floors):
Negociação:
Compra ................................................ 847 911 1 068 1 068 1 068 1 539 216 6 501 6 501 6 501
Venda ................................................... 1 046 944 (1 827) (1 827) – 1 827 826 (6 485) (6 485) –

Consolidado

2002 2001

Montante Valor de Valor de Risco de Montante Valor de Valor de Risco de


contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d) contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d)

Operações cambiais à vista:


Compra .................................................... 918 12 851
............................................................ – – 1 93 93 93
Venda ....................................................... 918 12 799

Operações cambiais a prazo:


Compra .................................................... 4 759 31 692
............................................................ 24 24 183 367 367 412
Venda ....................................................... 4 759 31 512
Operações de permuta de divisas (currency
swaps):
Compra .................................................... 103 808 195 569
............................................................ 4 024 4 024 6 046 (2 089) (2 089) 173
Venda ....................................................... 98 991 196 909
Cross currency and IRS:
Negociação:
Compra ................................................ 92 744 96 569
............................................................ (1 106) (1 106) 2 672 4 036 4 036 4 036
Venda ................................................... 98 461 90 571
Asset swap:
Negociação .............................................. 20 000 – – 1 011 20 000 – – –
Operações de permuta de taxas de juro (IRS):
Negociação .............................................. 1 064 067 24 136 24 136 34 958 2 473 343 4 262 4 262 32 660
Cobertura ................................................. 136 578 8 391 3 631 17 626 147 006 3 244 3 119 5 085
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(81)
(Em milhares de euros)

Consolidado

2002 2001

Montante Valor de Valor de Risco de Montante Valor de Valor de Risco de


contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d) contrato (a) mercado (b) balanço (c) crédito (d)

Equity/index swap:
Negociação .............................................. 120 577 (117) (117) 3 333 103 624 317 317 2 620
Cobertura ................................................. 11 731 (121) (51) 235 19 341 (738) – 58

Operações a prazo s/ instrumentos finan-


ceiros (futuros):
Negociação:
Sobre taxas de juro — compra ............ 384 293 71 95 995 345
Sobre taxas de juro — venda .............. 72 363 (412) 135 828 (152)
Sobre cotações — compra .................. 1 006 5 3 833 121
Sobre cotações — venda ..................... – – 1 120 –
Sobre moeda — compra ...................... 22 375 174 1 726 60
Sobre moeda — venda ......................... 3 787 (3) 2 754 26

Contratos de opção — Merc. organizados 18 106 – 4 741 –


Negociação:
Opções compradas — Merc. organiz.:
De moeda ............................................ – – 5 673 –
De cotações ......................................... – – – –
De taxa de juro ................................... 6 855 (106) 1 028 427 896

Opções vendidas — Merc. organiz.:


De moeda ............................................ – – – –
De taxa de juro ................................... 44 998 118 2 000 894 (507)

Operações de fixação de taxa de juro a prazo


(FRA):
Negociação .............................................. – – – – 15 000 (2) (2) 2
Cobertura ................................................. – – – – – – – –

Contratos de opção:
Negociação:
Opções compradas — OTC:
De moeda ............................................ – – – – – – – –
De taxa de juro — swaption ............... – – – – – – – –
De cotações ......................................... 23 838 212 212 212 29 991 5 024 3 319 5 024

Opções vendidas — OTC:


De moeda ............................................ – – – – – – – –
De taxa de juro — swaption ............... – – – – – – – –
De cotações ......................................... 23 838 (212) (212) – 28 864 (4 797) 3 469 –

Cobertura:
Opções vendidas — OTC:
De cotações ......................................... – – – – 499 (231) (21) –
De taxa de juro — swaptions .............. – – – – 10 000 (1) – –

Opções compradas — OTC:


De cotações ......................................... 3 843 34 34 34 4 573 811 495 811

Contratos de garantia de taxa de juro (inte-


rest rates caps and floors):
Negociação:
Compra ................................................ 847 911 1 068 1 068 1 068 1 539 216 6 501 6 501 6 501
Venda ................................................... 1 046 944 (1 827) (1 827) – 1 827 826 (6 485) (6 485) –
(a) Valor teórico ou nocional do contrato.
(b) O valor de mercado relativo aos produtos transaccionados em mercados organizados corresponde ao valor de cotação. Para os restantes produtos corresponde ao
proveito ou custo incorrido no eventual encerramento das posições em aberto tendo em consideração as actuais condições de mercado e modelos de avaliação correntemente
utilizados.
(c) O valor de balanço corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura
(d) O risco de crédito corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura, e ao Net
Presente Value (NPV) positivo para posições de negociação.
21 932-(82)
(Em milhares de euros)

Banco

2002 2001

Até três De três meses De um ano Mais de Até três De três meses De um ano Mais de
Total Total
meses a um ano a cinco anos cinco anos meses a um ano a cinco anos cinco anos

Operações cambiais à vista:


Compra ................................................................................ 918 – – – 918 12 851 – – – 12 851
Venda ................................................................................... 918 – – – 918 12 799 – – – 12 799

Operações cambiais a prazo:

Compra ................................................................................ – 8 963 – – 8 963 13 423 29 616 – – 43 039


Venda ................................................................................... – 9 767 – – 9 767 13 177 29 692 – – 42 869

Operações de permuta de divisas (currency swaps):

Compra ................................................................................ 22 290 84 808 – – 107 098 127 602 71 769 – – 199 371
Venda ................................................................................... 23 803 78 760 – – 102 562 128 077 72 606 – – 200 683

Cross currency and IRS:


Negociação:

Compra ............................................................................ – 44 204 – – 44 204 – 43 969 52 600 – 96 569


Venda ............................................................................... – 49 921 – – 49 921 – 41 238 49 333 – 90 571

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


Asset swap:

Negociação .......................................................................... – – 20 000 – 20 000 – – – – –

Operações de permuta de taxas de juro (IRS):

Negociação .......................................................................... 17 686 218 864 810 061 37 600 1 084 212 581 541 522 693 855 508 78 800 2 038 542
Cobertura ............................................................................. 12 000 1 536 41 341 – 54 876 2 589 13 067 18 790 – 34 446

Equity/Index swap:
Negociação .......................................................................... – 42 509 100 586 – 143 094 12 500 16 041 96 992 – 125 533
Cobertura ............................................................................. – – 15 387 – 15 387 – – 21 071 – 21 071

Operações a prazo s/ instrumentos financeiros (Futuros):


Negociação:
Sobre taxas de juro — compra ........................................ 100 000 160 000 – – 260 000 – – – – –
Sobre taxas de juro — venda .......................................... 22 500 – – – 22 500 25 416 – – – 25 416
Sobre cotações — compra .............................................. 1 006 – – – 1 006 3 833 – – – 3 833
Sobre cotações — venda ................................................. – – – – – 1 120 – – – 1 120
Sobre moeda — compra .................................................. – – – – – – – – – –
Sobre moeda — venda ..................................................... – – – – – – – – – –
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007
(Em milhares de euros)

Banco

2002 2001

Até três De três meses De um ano Mais de Até três De três meses De um ano Mais de
Total Total
meses a um ano a cinco anos cinco anos meses a um ano a cinco anos cinco anos

Contratos de opção — Mercados organizados:


Negociação:
Opções compradas:
De moeda ........................................................................ – – – – – – – – – –
De cotações ..................................................................... – – – – – – – – – –
De taxa de juro ............................................................... – – – – – 821 693 206 734 – – 1 028 427

Opções vendidas:
De taxa de juro ............................................................... 38 142 – – – 38 142 1 643 385 357 509 – – 2 000 894

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA):


Negociação .......................................................................... – – – – – – 10 000 5 000 – 15 000

Contratos de opção — Mercado de balcão (OTC):


Negociação:
Opções compradas:
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – – – – –
De cotações ..................................................................... – – – – – – – 1 625 – 1 625

Opções vendidas:
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – – – – –
De cotações ..................................................................... – – – – – – – – – –

Cobertura:
Opções vendidas:
De cotações ..................................................................... – – – – – 499 – – – 499
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – 10 000 – – 10 000

Opções compradas:
De cotações ..................................................................... – – – – – 499 – – – 499

Contratos de garantia de taxa de juro (interest rates caps and

21 932-(83)
floors):
Negociação:
Compra ............................................................................ 104 200 306 232 417 479 20 000 847 911 – 655 832 848 384 35 000 1 539 216
Venda ............................................................................... 4 200 617 344 400 400 25 000 1 046 944 – 721 191 1 066 635 40 000 1 827 826
21 932-(84)
(Em milhares de euros)

Consolidado

2002 2001

Até três De três meses De um ano Mais de Até três De três meses De um ano Mais de
Total Total
meses a um ano a cinco anos cinco anos meses a um ano a cinco anos cinco anos

Operações cambiais à vista:


Compra ................................................................................ 918 – – – 918 12 851 – – – 12 851
Venda ................................................................................... 918 – – – 918 12 799 – – – 12 799

Operações cambiais a prazo:


Compra ................................................................................ 4 759 – – – 4 759 13 423 18 269 – – 31 692
Venda ................................................................................... 1 904 – 2 855 – 4 759 13 177 18 335 – – 31 512

Operações de permuta de divisas (currency swaps):


Compra ................................................................................ 22 290 81 518 – – 103 808 127 602 67 854 – – 195 456
Venda ................................................................................... 23 803 75 188 – – 98 991 128 077 68 832 – – 196 909

Cross currency and IRS:


Negociação:
Compra ............................................................................ 15 748 70 313 6 683 – 92 744 – 43 969 52 600 – 96 569
Venda ............................................................................... 15 748 76 031 6 683 – 98 461 – 40 650 49 921 – 90 571

Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007


Asset swap:
Negociação .......................................................................... – – 20 000 – 20 000 – – – – –

Operações de permuta de taxas de juro (IRS):


Negociação .......................................................................... 60 785 226 945 827 648 48 688 1 164 067 700 789 819 295 874 459 78 800 2 473 343
Cobertura ............................................................................. 17 000 1 536 110 182 7 861 136 578 11 069 37 763 89 770 8 404 147 006

Equity/Index swap:
Negociação .......................................................................... – 42 368 78 210 – 120 577 12 500 16 040 75 084 – 103 624
Cobertura ............................................................................. – – 11 731 – 11 731 – 4 270 15 071 – 19 341

Operações a prazo s/ instrumentos financeiros (Futuros):


Negociação:
Sobre taxas de juro — compra ........................................ 124 719 181 922 77 652 – 384 293 36 660 23 252 – 36 083 95 995
Sobre taxas de juro — venda .......................................... 32 667 7 938 31 758 – 72 363 43 596 37 470 39 215 15 547 135 828
Sobre cotações — compra .............................................. 1 006 – – – 1 006 3 833 – – – 3 833
Sobre cotações — venda ................................................. – – – – – 1 120 – – – 1 120
Sobre moeda — compra .................................................. 7 614 7 744 7 017 – 22 375 1 726 – – – 1 726
Sobre moeda — venda ..................................................... 3 787 – – – 3 787 – 2 754 – – 2 754
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007
(Em milhares de euros)

Consolidado

2002 2001

Até três De três meses De um ano Mais de Até três De três meses De um ano Mais de
Total Total
meses a um ano a cinco anos cinco anos meses a um ano a cinco anos cinco anos

Contratos de opção — Mercados organizados:


Negociação:
Opções compradas:
De moeda ........................................................................ 4 758 – – – 4 758 5 673 – – – 5 673
De cotações ..................................................................... – – – – – – – – – –
De taxa de juro ............................................................... 6 855 – – – 6 855 821 693 206 734 – – 1 028 427

Opções vendidas:
De taxa de juro ............................................................... 44 998 – – – 44 998 1 643 385 357 509 – – 2 000 894

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA):


Negociação .......................................................................... – – – – – – 10 000 5 000 – 15 000

Contratos de opção — Mercado de balcão (OTC):


Negociação:
Opções compradas:
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – – – – –
De cotações ..................................................................... – – 23 838 – 23 838 – 1 625 28 366 – 29 991

Opções vendidas:
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – – – – –
De cotações ..................................................................... – – 23 838 – 23 838 – – 28 366 – 28 366

Cobertura:
Opções vendidas:
De cotações ..................................................................... – – – – – 499 – – – 499
De taxa de juro — Swaption .......................................... – – – – – – 10 000 – – 10 000

Opções compradas:
De cotações ..................................................................... – – 3 843 – 3 843 5 072 – – – 5 072

Contratos de garantia de taxa de juro (interest rates caps and

21 932-(85)
floors):
Negociação:
Compra ............................................................................ 104 200 306 232 417 479 20 000 847 911 – 655 832 848 384 35 000 1 539 216
Venda ............................................................................... 4 200 617 344 400 400 25 000 1 046 944 – 721 191 1 066 635 40 000 1 827 826
21 932-(86) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

26 — Saldos com empresas participadas e relacionadas:


Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o montante dos saldos em balanço individual, a receber ea pagar, bem como as transacções com
empresas participadas em mais de 20% e com empresas do Grupo Espírito Santo International Holdings, analisam-se como segue:
(Em milhares de euros)

2002 2001

Espírito Espírito
Partici- Santo Partici- Santo
Coligadas Total Coligadas Total
padas Internacional padas Internacional
Holdings Holdings

Activo:
Disponib. à vista sobre instit. de crédito – – 215 215 – – 615 615
Outros créditos sobre instit. de crédito ...... – 26 507 11 000 37 507 – 33 995 13 979 47 974
Obrigações e outros títulos de rend. fixo – 1 810 37 034 38 844 – 2 991 63 302 66 293
Créditos sobre clientes ............................ – 28 3 735 3 763 22 – 3 964 3 986
Outros activos ......................................... 3 036 106 992 2 710 112 738 444 107 703 2 756 110 903
Contas de regularização ........................... 8 145 905 9 927 155 832 – 8 699 4 853 13 552
................................................................ 3 044 281 242 64 621 348 899 486 153 388 89 469 243 323
Passivo:
Débitos para com instituições de crédito – 84 679 195 046 279 725 – 118 252 178 269 296 521
Débitos para com clientes ....................... 7 33 895 77 33 979 9 26 526 45 26 580
Contas de regularização ........................... – 137 067 21 086 158 153 – 218 486 704
................................................................ 7 255 641 216 209 471 857 9 144 996 178 800 323 805
Proveitos:
Juros e proveitos equiparados ................. – 2 449 1 693 4 142 – 2 891 7 712 10 603
Rendimento de títulos ............................. – – – – – 7 433 458 7 891
Comissões ................................................ – 590 1 191 1 781 – 35 133 168
Lucros em operações financeiras ............ – 5 698 32 524 38 222 – – 38 019 38 019
Outros proveitos ..................................... – – – – 2 – 1 021 1 023
................................................................ – 8 737 35 408 44 145 2 10 359 47 343 57 704
Custos:
Juros e custos equiparados ....................... – 5 207 6 008 11 215 – 4 455 22 769 22 224
Prejuízos em operações financeiras ........ – 6 576 39 721 46 297 – – 38 781 38 781
Outros gastos administrativos ................. – 954 11 000 11 954 – 249 16 548 16 797
Provisões ................................................. – – – – – – – –
................................................................ – 12 737 56 729 69 466 – 4 704 78 098 82 802
Rubricas extrapatrimoniais:
Garantias prestadas .................................. – 3 188 4 226 7 414 – 60 7 486 7 546
Garantias recebidas .................................. – – – – – – 56 679 56 679
Compromissos ......................................... – – 2 604 2 604 – 25 500 6 235 31 735
Operações cambiais a prazo .................... – 8 963 – 8 963 – 11 347 – 11 347
Oper. de permuta de divisas (cur. swaps) – 3 290 3 571 6 861 – 3 915 159 708 163 623
Cross currency and IRS .......................... – 44 204 14 500 58 704 – 62 528 – 62 528
Equity/index swaps .................................. – 30 034 9 932 39 966 – 33 409 49 815 83 224
Asset swap ............................................... – – – – – – 10 000 10 000
Oper. de permuta de taxas de juro (IRS) – – – – – 62 445 773 105 835 550
Contratos de garantia de taxa de juro (inte-
rest rates caps and floors) .................. – – 20 454 20 454 – – 310 558 310 558
................................................................ – 89 679 55 287 144 966 – 199 204 1 373 586 1 572 790

Nas contas consolidadas do Banco existem ainda outros saldos com empresas do Grupo BES na rubrica de outros activos no valor de 2 524 000 euros
(2001: 2 524 000 euros) relativos a suprimentos concedidos à Espírito Santo Capital e 3 155 000 euros (2001: 3 155 000 euros) relativos a supri-
mentos concedidos à Benito y Monjardin.

27 — Distribuição dos proveitos correntes por mercados geográficos:


Os proveitos correntes auferidos pelo BES Investimento em 2002, distribuem-se geograficamente da seguinte forma:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Portugal:
Juros e proveitos equiparados ......................................................................... 21 868 31 285 19 758 31 285
Rendimento de títulos ..................................................................................... 1 237 950 1 337 1 033
Comissões ........................................................................................................ 13 335 29 858 12 745 29 858
Lucros em operações financeiras .................................................................... 197 628 231 332 191 643 231 332
Outros proveitos de exploração ...................................................................... 22 190 17 493 22 190 17 493
Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas de consolidação .......... – – – 69
.................................................................................................................... 256 258 310 918 247 673 311 070
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(87)

(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Estrangeiro:

Irlanda:

Juros e proveitos equiparados ...................................................................... – – 17 957 15 081


Comissões .................................................................................................... – – 791 1 117
Lucros em operações financeiras ................................................................ – – 44 206 11 639
Rendimento de títulos ................................................................................. 2 048 7 433 – –
Outros proveitos de exploração .................................................................. – – 78 77

.................................................................................................................... 2 048 7 433 63 032 27 914

Estados Unidos da América:

Juros e proveitos equiparados ...................................................................... – – 1 –

Brasil:

Juros e proveitos equiparados ...................................................................... – – 75 453 7 375


Rendimento de títulos ................................................................................. – – 30 –
Comissões .................................................................................................... – – 393 212
Lucros em operações financeiras ................................................................ – – 350 628 38 437
Outros proveitos de exploração .................................................................. – – 4 675 7 600

.................................................................................................................... – – 431 179 53 624

Bélgica:

Rendimento de títulos ................................................................................. 23 22 23 22

.................................................................................................................... 258 329 318 373 741 908 392 630

A rubrica de estrangeiro — Irlanda — Rendimento de títulos, para o Banco, corresponde aos dividendos recebidos, durante o mês de Dezem-
bro, da ES Investment pia, na sequência da aprovação das suas contas, para o exercício que findou em 30 de Novembro de 2002.

28 — Resultado financeiro:

O valor desta rubrica é composto por:

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Juros eproveitos equiparados:

Juros de crédito ............................................................................................... 10 138 10 605 16 615 17 110


Juros de títulos de negociação ......................................................................... 2 841 3 973 80 443 10 246
Juros de títulos de investimento ..................................................................... 1 988 5 219 6 260 10 560
Juros de depósitos e outras aplicações ............................................................ 2 115 7 737 1 928 5 916
Juros de operações de swap ............................................................................. 2 652 2 998 6 155 6 749
Outros proveitos ............................................................................................. 2 134 753 1 768 3 160

........................................................................................................................ 21 868 31 285 113 169 53 741

Juros e custos equiparados:

Juros de depósitos e outros recursos ............................................................... 14 682 24 735 17 300 22 669


Juros de títulos emitidos .................................................................................. 2 006 3 007 11 370 10 726
Juros de operações de swap ............................................................................. 2 478 2 777 4 906 7 262
Juros de vendas a descoberto .......................................................................... – – 22 –
Outros custos ................................................................................................... 2 132 523 836 1 863

........................................................................................................................ 21 298 31 042 34 434 42 520

Margem financeira .............................................................................................. 570 243 78 735 11 221

O incremento da margem financeira verificada em 2002, para o consolidado, é originada pela actividade no Brasil, conforme referido no
relatório de gestão apresentado em anexo.
21 932-(88) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

29 — Custos com o pessoal:


O valor desta rubrica é composto por:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Remunerações ...................................................................................................... 8 924 8 712 11 528 11 171


Encargos sociais obrigatórios .............................................................................. 1 467 1 520 2 305 2 220
Encargos sociais facultativos .............................................................................. 140 140 159 159
Outros custos ....................................................................................................... 390 34 407 739

............................................................................................................................ 10 921 10 406 14 399 14 289

Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 o número médio de colaboradores ao serviço do Banco e das empresas objecto de consolidação,
encontrava-se decomposto pelas seguintes categorias:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Administração ..................................................................................................... 5 5 11 9
Direcção .............................................................................................................. 63 64 92 86
Chefias ................................................................................................................ 20 26 21 27
Técnicos .............................................................................................................. 25 20 60 51
Administrativos ................................................................................................... 16 20 35 32
Auxiliares ............................................................................................................ 4 3 4 3

............................................................................................................................ 113 138 223 208

O montante das remunerações atribuídas durante os exercícios de 2002 e 2001 aos membros dos órgãos de administração e fiscalização foi
o seguinte:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Conselho de administração ................................................................................. 905 1 003 1 179 1 397


Conselho fiscal .................................................................................................... 48 43 48 43

............................................................................................................................ 953 1 046 1 227 1 440

Os créditos concedidos a membros dos órgãos de administração são os que resultam dos benefícios sociais previstos no Acordo Colectivo de
Trabalho Vertical para o Sector Bancário, ascendendo em 31 de Dezembro de 2002 a cerca de 164 000 euros (2001: 132 000 euros).

30 — Resultados de comissões:
O valor desta rubrica é composto por:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Proveitos de comissões:
Garantias prestadas .......................................................................................... 202 124 202 124
Compromissos perante terceiros ..................................................................... 960 – 378 –
Por operações cambiais de taxa de juro e sobre cotações .............................. 2 216 17 205 2 210 17 350
Por operações realizadas com títulos .............................................................. 3 298 8 458 3 692 9 055
Outras comissões ............................................................................................. 6 659 4 071 7 447 4 658

........................................................................................................................ 13 335 29 858 13 929 31 187


Custos de comissões:
Garantias recebidas .......................................................................................... 7 6 7 6
Por serviços bancários de terceiros ................................................................. 12 82 12 82
Por operações cambiais de taxa de juro e sobre cotações .............................. 1 419 18 979 1 107 18 979
Por operações realizadas com títulos .............................................................. 21 1 830 21 1 834
Outras comissões ............................................................................................. 965 128 843 128

........................................................................................................................ 2 424 21 025 1 990 21 029

Lucro/(prejuízo) líquido de comissões ............................................................. 10 911 8 833 11 939 10 158

A rubrica de proveitos de comissões — outras comissões regista os valores de comissões relacionadas com operações de crédito.
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(89)

31 — Resultados em operações financeiras:


O valor desta rubrica é composto por:
(Em milhares de euros)

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Lucros em operações financeiras:


Operações com títulos .................................................................................. 25 912 51 402 38 563 53 258
Contratos de futuros mercados organizados .................................................. 43 115 19 506 287 193 37 021
Contratos de opções mercado de balcão ....................................................... 21 399 6 589 24 223 16 470
Operações de swap ........................................................................................ 86 533 141 716 213 252 160 356
Operações cambiais ....................................................................................... 19 882 11 795 22 460 13 979
Outros lucros ................................................................................................. 787 324 786 324
...................................................................................................................... 197 628 231 332 586 477 281 408
Prejuízos em operações financeiras:
Operações com títulos .................................................................................. 20 780 56 809 95 185 59 387
Contratos de futuros mercados organizados .................................................. 24 480 16 448 256 877 30 798
Contratos de opções mercado de balcão ....................................................... 22 171 7 933 24 939 17 776
Operações de swap ........................................................................................ 87 557 136 374 217 427 151 630
Contratos opções mercados organizados ...................................................... 25 849 3 755 26 526 3 755
Operações cambiais ....................................................................................... 16 408 11 200 28 826 15 592
Outros prejuízos ............................................................................................ 770 325 770 325
...................................................................................................................... 198 015 232 844 650 550 279 263
Lucro/(prejuízo) líquido de operações financeiras ............................................. (387) (1 512) (64 073) 2 145

O decréscimo dos resultados em operações financeiras verificado em 2002, para o consolidado, é originado pela actividade no Brasil, con-
forme referido no relatório de gestão apresentado em anexo.

32 — Outros proveitos e custos de exploração:


O valor desta rubrica é composto por:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Outros proveitos de exploração:


Prestação de serviços financeiros e outros ................................................... 20 565 15 645 24 814 22 321
Reembolso de despesas diversas .................................................................... 1 385 1 808 1 390 1 811
Outros ............................................................................................................ 240 40 739 1 038
...................................................................................................................... 22 190 17 493 26 943 25 170
Outros custos de exploração:
Quotizações e donativos ............................................................................... 74 58 108 94
Outros ............................................................................................................ 70 56 232 117
...................................................................................................................... 144 114 340 211
Outros resultados de exploração ....................................................................... 22 046 17 379 26 603 24 959

33 — Perdas e ganhos extraordinários:


O valor desta rubrica é composto por:
Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Ganhos extraordinários:
Mais-valias realizadas na venda de imobilizações financeiras ....................... 38 221 38 221
Mais-valias realizadas na venda de imobilizações corpóreas ........................ 8 18 8 18
Mais-valias realizadas na venda de outros activos ........................................ – – – 474
Outros ganhos extraordinários e de exercícios anteriores ............................ – 449 52 542
...................................................................................................................... 46 688 98 1 255
Perdas extraordinárias:
Menos-valias realizadas no abate de imobilizações corpóreas ...................... – 794 – 794
Menos-valias realizadas na venda de imobilizações financeiras .................... – 911 – 911
Outras perdas extraordinárias e de exercícios anteriores .............................. 9 22 9 499
...................................................................................................................... 9 1 727 9 2 204
Resultados extraordinários ............................................................................. 37 (1 039) 89 (949)
21 932-(90) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

34 — Impostos sobre os lucros: O referido montante foi registado numa conta de balanço, como
valor a receber do Estado, na medida em que as liquidações adicionais
O Banco e as subsidiárias em Portugal estão sujeitos a tributação de IRC supra referidas estão reclamadas e, em alguns casos, foram
em sede de imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC) objecto de recurso hierárquico, após o indeferimento da reclamação
e à correspondente derrama. graciosa. Actualmente as reclamações e os recursos estão a ser apre-
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do ciados pelas instâncias competentes.
Banco durante um período de quatro anos, podendo por isso resultar, O conselho de administração está convicto de que a resolução des-
devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações tas contingências no futuro não terá efeitos significativos na posição
adicionais relativamente aos exercícios ainda sujeitos a possível revisão. financeira do Banco.
Durante o ano de 2002, o Banco efectuou o pagamento das liqui- A reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro tributável, a
dações adicionais de IRC referentes aos anos de 1994, 1995 e 1996 estimativa de impostos sobre os lucros e os impostos sobre os rendi-
num montante de 705 000 euros, ao abrigo do regime especial de mentos pagos, com referência aos exercícios de 2002, 2001 e 2000,
regularização de dívidas, previsto no Decreto Lei n.° 248-A/02. analisam-se como segue:
(Em milhares de euros)

2001 2000 1999

Lucro contabilístico antes de impostos ........................................................................................ 3 239) 4 407) 22 631)

Excesso de estimativa de imposto sobre lucros do período anterior ....................................... – (234) (659)
Benefícios fiscais em títulos e rendimentos de participações no estrangeiro (i) ..................... (3 285) (7 509) (3 068)
Correcção por crédito de imposto por dupla tributação económica ........................................ – 217) 38)
Despesas de representação e com viaturas não aceites fiscalmente ......................................... 219) 226) 79)
Provisão para impostos diferidos (ii) ........................................................................................ – – 1 526)
Excesso de amortizações ........................................................................................................... 28) 32) 30)
Ajustamentos relativos a instrumentos financeiros derivados (iii) ........................................... 5 055) 4 195) (4 336)
Imputação de lucros de sociedades não residentes sujeitas a um regime privilegiado (artigo 60.º) 2 048) – –
Variação patrimonial negativa (iv) ........................................................................................... – – (2 205)
Outros ........................................................................................................................................ 701) (423) 550)
Prejuízo fiscal 1997 .................................................................................................................. – (703) –

Lucro tributável ............................................................................................................................ 8 005) 208) 14 586)

Estimativa de imposto sobre lucros (v) .................................................................................... 2 642) 73) 5 138)


Crédito de imposto por dupla tributação económica ................................................................ – – (38)
Crédito de imposto por dupla tributação internacional ............................................................ (6) – –

Imposto sobre o lucro do exercício .......................................................................................... 2 636) 73) 5 100)

Estimativa de impostos sobre lucros registada em custos ............................................................ 2 636) 73) 5 100)

Taxa efectiva de imposto (em percentagem) .............................................................................. 81,6) 1,7) 22,5)


Pagamentos por conta efectuados no exercício ........................................................................... 104) 3 724) 3 972)
Retenções na fonte ....................................................................................................................... 4) 9) 5)

Impostos sobre lucros (a pagar)/a recuperar (v. nota n.º 18 /nota n.º 13) .................................. (2 528) 3 660) (1 123)
(i) Referem-se essencialmente aos benefícios associados aos resultados da subsidiária ES Investment, sujeitos em Portugal a imposto sobre o rendimento apenas em 5%,
tendo por base o acordo de dupla tributação.
(ii) De acordo com a instrução n.º 10/2000 do Banco de Portugal, de 17 de Abril de 2000 [v. nota n.º 2, alínea n)].
(iii) De acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 257-B/96, de 31 de Dezembro.
(iv) Previsão da distribuição de resultados a colaboradores;
(v) Determinada com base na taxa de imposto sobre o rendimento de 32% e na derrama de 10%.

O montante estimado de impostos sobre o rendimento a pagar em A ES Investimentos está sujeita a uma taxa de imposto sobre o
exercícios futuros resultante de diferenças temporais entre os resulta- rendimento de 34% (imposto de renda: 25%; contribuição social: 9%).
dos contabilísticos e os resultados tributáveis decorrente de operações
com instrumentos financeiros derivados fora de mercados organiza- O Conselho de Administração: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado,
dos, ascende em 31 de Dezembro de 2002 a 163 000 euros (2001: presidente — Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida (encontra-
1 832 000 euros), encontrando-se totalmente provisionado (v. nota -se suspenso das suas funções de administrador do Banco Espírito Santo
n.º 20). de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si
O imposto sobre o rendimento das contas consolidadas detalha-se apresentado ao presidente do conselho fiscal em 24 de Janeiro de 2003),
como segue: vice-presidente — José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, vice-presi-
dente — Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva, vogal —
2002 2001 António Espírito Santo Silva Salgado, vogal — Bernard M. Basecqz,
vogal — Ulrich Grete, vogal — Rafael Caldeira de Castel-Branco
Valverde, vogal — Manuel de Magalhães Villas-Boas, vogal — Christian
Banco Espírito Santo de Investimento, S. A. ..... 2 636 73 Georges Jacques Minzolini, vogal — Bernardo Ernesto Simões Moniz
ESSI, SGPS ....................................................... 257 231 da Maia, vogal — Francisco Ravara Cary, vogal — José Manuel
ESSI Comunicações, SGPS ............................... 2 11 Pinheiro Espírito Santo Silva, vogal — Mário da Silveira Teixeira Júnior,
ESSI Investimentos, SGPS ............................... 5 1 vogal — Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto, vogal. —
ES Investment .................................................. 393 677 O Director do Departamento de Contabilidade, (Assinatura ilegível.)
Espírito Santo Investimentos .......................... 1 518 1 588

......................................................................... 4 811 2 581 Certificação legal das contas e relatório


de auditoria (contas individuais)
A ES Investment está sujeita a uma taxa de imposto sobre o ren-
dimento de 10%, conforme aplicável as entidades com actividades 1 — Introdução. — Nos termos da legislação aplicável, apresen-
exercidas no International Financial Services Centre, em Dublin. tamos a certificação legal das contas e relatório de auditoria sobre a
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(91)

informação financeira contida no relatório de gestão e nas demons- contas do conselho fiscal do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.,
trações financeiras anexas do exercício findo em 2002. Dezembro. apresentar o seu relatório anual sobre a fiscalização efectuada no
31, do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., as quais compre- exercício de 2002.
endem: o balanço 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total
de 650 215 milhares de euros e um total de capital próprio de 107 311 2 — No ano anterior procedemos, igualmente, ao exame das de-
milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 603 milhares de monstrações financeiras, e elaborámos a respectiva certificação legal
euros) as demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e das contas.
a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data,
e os correspondentes anexos. 3 — Os nossos exames foram efectuados de acordo com as Nor-
mas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos
2 — Responsabilidades. — É da responsabilidade do conselho de Revisores Oficiais de Contas, através de testes z verificação dos re-
administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A: gistos e dos documentos de contabilidade que considerámos necessári-
os nas circunstâncias.
a) A preparação de demonstrações financeiras que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco Espírito 4 — Procedemos à conferência dos valores patrimoniais da em-
Santo de Investimento, S.A., o resultado das suas operações e os fluxos presa e através do método da amostragem constatámos que foram
de caixa; seguidos os procedimentos contabilísticos geralmente aceites.
b) A informação financeira histórica, que seja preparada de acordo
com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja com- 5 — Os critérios valorimétricos adoptados nas operações patri-
pleta, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido moniais foram aplicados de um modo consistente e uniforme em re-
pelo Código dos Valores Mobiliários; lação ao exercício anterior e, concretamente:
c) A adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;
d) A manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; 5.1 — Títulos de negociação — Com objectivo de venda num
e) A informação de qualquer facto relevante que tenha influencia- prazo inferior a seis meses:
do a sua actividade, posição financeira ou resultados.
a) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizados
3 — A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação ao valor da última cotação de mercado ou ao custo de aquisição (bi-
financeira contida nos documentos de prestação de contas acima refe- lhetes do Tesouro), acrescido dos juros decorridos e não cobrados;
ridos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, b) Acções e outros títulos de rendimento variável são registados
objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliá- ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de
rios, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente aquisição ou valor estimado de realização.
baseado no nosso exame.
5.2 — Títulos de investimento — Com objectivo de venda por
4 — Âmbito. — O exame a que procedemos foi efectuado de acordo prazo superior a seis meses:
com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo a) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados ao
seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segu- custo de aquisição.
rança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de b) Acções e outros títulos de rendimento variável são registados
distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame ao custo de aquisição ou ao valor estimado de realização, dos dois o
incluiu: menor.

A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias 5.3 — Participações e partes de capital em empresas coligadas:
e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação
das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo conselho As participações financeiras são registadas nas contas individuais
de administração, utilizadas na sua preparação; pelo respectivo custo de aquisição. As desvalorizações de valor signi-
A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas ficativo e com carácter permanente, identificadas nas participações
adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; detidas, são provisionadas.
A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação 5.4 — As provisões para crédito vencido, cobrança duvidosa, risco
das demonstrações financeiras; país e para riscos gerais de crédito estão constituídas segundo critéri-
A apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, os de prudência, nos termos do aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal;
actual, clara, objectiva e lícita. 5.5 — As provisões para menos valias latentes em participações
financeiras foram constituídas ao abrigo, do recente, aviso n.º 4/2002,
5 — O nosso exame abrangeu ainda a verificação: que entrou em vigor em 30 de Junho de 2002.
a) Da concordância da informação financeira constante do relatório 6 — No âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do sector ban-
de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. cário, o Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., aderiu a um
fundo de pensões e assumiu o compromisso de conceder aos seus
6 — Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de
aceitável para a expressão da nossa opinião. reforma por velhice, invalidez e sobrevivência.
As responsabilidades com pensões de reforma são calculadas com
7 — Opinião. — Em nossa opinião, as referidas demonstrações base em estudos actuariais.
financeiras apresentam de forma verdadeira é apropriada, em todos É intenção do Banco obter estudos actuariais periódicos de forma
os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco a actualizar as responsabilidades assumidas nesta área e, eventualmente,
Espírito Santo de Investimento, S. A., em 2002. Dezembro. 31,o validar os pressupostos utilizados.
resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo
naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geral- 7 — Analisámos a movimentação ocorrida nas contas do activo
mente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação imobilizado corpóreo e incorpóreo e consideramos correcto o valor
nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. de contabilização das aquisições, transferências e abates.
Verificámos que a depreciação é calculada segundo o método das
Lisboa, 14 de Março de 2003. — Amável Calhau, Ribeiro da Cunha quotas constantes e que as taxas de amortização aplicadas estão de
e Associados — Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, represen- acordo com os limites legalmente estabelecidos.
tada por José Maria Ribeiro da Cunha.
8 — Em resultado do desempenho das nossas funções emitimos a
certificação legal das contas, sem reserva e sem ênfase, que deve ser
Relatório da sociedade de revisores apreciada conjuntamente com este relatório.
oficiais de contas (contas individuais)
Lisboa, 14 de Março de 2003. — Amável Calhau, Ribeiro da Cunha
1 — Nos termos do n.º 1 do artigo 452.º do Código das Sociedades e Associados — Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, represen-
Comerciais vem esta sociedade, na qualidade de vogal revisor oficial de tada por José Maria Ribeiro da Cunha.
21 932-(92) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

Relatório e parecer do conselho fiscal conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado conso-
(contas individuais) lidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados;
b) A informação financeira histórica, que seja preparada de acordo
1 — Nos termos legais e estatutários e no desempenho das suas com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja com-
funções o conselho fiscal do Banco Espírito Santo de Investi- pleta, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo
mento, S. A., examinou o relatório do conselho de administração, o Código dos Vaiores Mobiliários;
balanço, a demonstração dos resultados por naturezas e por funções, c) A adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;
a demonstração dos fluxos de caixa e os respectivos anexos, referentes d) A manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;
ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 e consequentemente e) A informação de qualquer facto relevante que tenha influencia-
vem submeter à vossa aprovação o seu relatório e parecer. do a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a
sua posição financeira ou resultados.
2 — O Banco Espírito Santo de Investimento cumpriu a formali-
dade legal de enviar, mensalmente, ao Banco de Portugal a situação 3 — A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação
analítica elaborada segundo as normas estabelecidas no plano de con- financeira obtida nos documentos de prestação de concas acima refe-
tas para o sector bancário, a qual foi por nós regularmente analisada. ridos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara,
objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliá-
3 — No decorrer do ano económico acompanhámos com assidui- rios, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente
dade o desenvolvimento da actividade do Banco e a sua gestão, tendo baseado no nosso exame.
recebido do conselho de administração e dos serviços todos os escla-
recimentos e apoios julgados convenientes para o cumprimento das 4 — O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as
nossas funções. Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem do
Revisores Oficiais- de Contas, as quais exigem que o mesmo seja pla-
4 — Durante o exercício em apreço, verificámos com regularidade neado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança
os livros, os registos contabilísticos e os documentos que lhes servem aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão
de suporte. isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referi-
do exame incluiu:
5 — O conselho fiscal tomou conhecimento do conteúdo do rela-
tório e da certificação legal das contas emitidos, nos termos da legis- A verificação de as demonstrações financeiras das empresas inclu-
lação em vigor, pelo vogal que exerce funções na qualidade de Revisor ídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para
Oficial de Contas, documentos estes que merecem a nossa concor- os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa
dância.
base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas cons-
6 — O relatório do conselho de administração está elaborado em tantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios
conformidade com as disposições legais, complementa as peças definidos pelo conselho de administração, utilizadas na sua prepa-
contabilísticas e põe em relevo os aspectos de maior importância da ração:
sua gestão. A verificação das operações de consolidação e da aplicação do
método da equivalência patrimonial e do método integral;
7 — Em nossa opinião, o balanço, a demonstração dos resultados A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adop-
e o respectivo anexo representam adequadamente o património soci- tadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
al bem como os resultados referentes ao exercício de 2002. A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresen-
8 — Com base no relatório exposto, somos de parecer:
tação das demonstrações financeiras;
1.º Que sejam aprovados o relatório do conselho de administração A apreciação se a informação financeira consolidada é completa,
e as contas, tal como são apresentadas, referentes ao exercício de 2002; verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
2.º Que seja aprovada a proposta de aplicação de resultados.
3.º Que seja aprovado um voto de louvor e confiança ao conselho 5 — O nosso exame abrangeu ainda a verificação:
de administração pela forma criteriosa e eficaz como geriu os negó-
cios do Banco. a) Da concordância da informação financeira consolidada constante
do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de
Lisboa, 14 de Março de 2003. — O Conselho Fiscal: Bernardo contas.
Leite Faria Espírito, presidente — Tito Manuel das Neves Magalhães
Basto — Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados — Sociedade 6 — Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base
de Revisores Oficiais de Contas, representada por José Maria Ribeiro aceitável para a expressão da nossa opinião.
da Cunha.
7 — Opinião. — Em nossa opinião, as referidas demonstrações
financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropria-
Certificação legal das contas da, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição finan-
e relatório de auditoria (contas consolidadas) ceira consolidada do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., em
31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações
1 — Introdução. — Nos termos da legislação aplicável, apresenta- e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em
mos a certificação legal das contas e relatório de auditoria sobre a conformidade com os princípios coutabilísticos geralmente aceites em
informação financeira contida no relatório de gestão e nas demons- Portugal para o sector bancário e a informação nelas constante é
trações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de completa, verdadeira, actual clara, objectiva e lícita.
Dezembro de 2002, do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.,
as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2002, (que Lisboa, 14 de Março de 2003. — Amável Calhau, Ribeiro da Cu-
evidencia um total de 869 948 milhares de euros e um total de capital nha e Associados — Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, re-
próprio de 156 520 milhares de euros, incluindo um resultado líquido presentada por José Maria Ribeiro da Cunha.
de 2764 milhares de euros), as demonstrações consolidadas dos resul-
tados por naturezas e por funções e a demonstração consolidada dos
fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Relatório da sociedade de revisores
anexos. oficiais de contas contas consolidadas
2 — Responsabilidades. — É da responsabilidade do conselho de
1 — No cumprimento das disposições legais, apresentamos o nos-
administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.:
so relatório sobre a acção fiscalizadora por nós efectuada ao relatório
a) A preparação de demonstrações financeiras consolidadas que de gestão e ao balanço e contas consolidadas em 31 de Dezembro de
apresentem do forma verdadeira e apropriada a posição financeira do 2002 do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.
Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007 21 932-(93)

2 — A nossa revisão foi efectuada de acordo com as normas e as Assim, a nossa opinião não pode ser considerada separada daquelas
recomendações, técnicas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, opiniões.
tendo procedido para o efeito a uma verificação das operações de Informamos que as contas das empresas que constituem o perímetro
consolidação e suas inerentes regularizações. da consolidação ainda não foram aprovadas pelos accionistas nas res-
pectivas assembleias gerais anuais.
3 — O nosso trabalho foi suportado pelas opiniões expressas pelos
revisores oficiais de contas ou auditores dos diferentes empresas que 4 — As empresas objecto de consolidação em 31 de Dezembro de
constituem o perímetro da consolidação. 2002, foram as seguintes:

Percen-
tagem Método
Empresa
de parti- de consolidação
cipação

Espírito Santo Securities, Inc. ................................................................................................................. 100 Integral


Essi Comunicações, SGPS, S. A. ............................................................................................................. 100 Integral
Essi Investimentos, SCiPS, S. A. ............................................................................................................ 100 Integral
Espírito Santo Investment Plc. .............................................................................................................. 100 Integral
Essi, SGPS, S. A. ..................................................................................................................................... 100 Integral
Espírito Santo Investimento, S. A. ........................................................................................................ 100 Integral
Banco Espírito Santo Securities Brasil .................................................................................................... 100 Integral
Banco Espírito Sanro Investimento Brasil ............................................................................................. 80 Integral
Benito e Monjardín, SVB, S. A. .............................................................................................................. 50 Equiv. patrimonial
Espírito Santo Dealer — Sociedade Financeira de Corretagem, S. A. .................................................... 43 Equiv. patrimonial
Cominvest, SGII, S. A. ............................................................................................................................ 25 Equiv. patrimonial

Existem outras empresas, subsidiárias e associadas, que fazem parte cício findo naquela data.
da estrutura do grupo que não foram objecto de consolidação pelos
motivos de inactividade, de activos com valores imateriais e de 5 — Face ao exposto e tendo em atenção a certificação legal das
consiituição de provisões para menos valias financeiras. contas, somos de parecer:

5 — Após uma análise cuidada às operações de consolidação e ine- Que sejam aprovados o relatório de gestão consolidado, o balanço
rentes regularizações, constatámos que os activos líquidos consolidados consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por naturezas
ascendem a 869 948 milhares de euros, os proveitos consolidados e por funções, a demonstração dos fluxos de caixa e as respectivas
ascendem a 751 014 milhares de euros e os resultados líquidos consoli- notas anexas do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., refe-
dados foram positivos em 2764 milhares de euros. rentes ao exercício de 2002.

6 — As demonstrações financeiras consolidadas, nomeadamente o Lisboa, 14 de Março de 2003. — O Conselho Fiscal: Bernardo
balanço consolidado, a demonstração de resultados consolidados e as Leite Faria Espírito, presidente — Tito Manuel das Neves Magalhães
notas anexas consolidadas referentes ao exercício de 2002: Basto — Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados — Sociedade
de Revisores Oficiais de Contas, representada por José Maria Ribeiro
Incluem as contas do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., da Cunha.
e ainda as das coligadas e participadas;
Foram preparadas em conformidade com as disposições cio piano
de contas para o sector bancário e com as disposições do Decreto-Lei Relatório dos auditores
n.º 36/92;
Representam de forma adequada a situação patrimonial e financeira Examinámos os balanços individual e consolidado do Banco Espí-
do Banco, tendo em consideração o exposto no ponto 3. rito Santo de Investimento, S. A., à data de 31 de Dezembro de 2002,
bem como as demonstrações individuais e consolidadas dos resultados
Lisboa, 14 de Março de 2003. — Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, as respectivas
e Associados — Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, represen- notas explicativas e anexo. O nosso exame foi realizado de acordo
tada por José Maria Ribeiro da Cunha. com as Normas Internacionais de Auditoria.

Responsabilidade do conselho de administração e dos auditores:


Relatório e parecer do conselho fiscal
(contas consolidadas) A elaboração das referidas demonstrações financeiras é da respon-
sabilidade do conselho de administração. A nossa responsabilidade é a
1 — No cumprimento das disposições legais em vigor — Decreto- de expressarmos uma opinião sobre essas demonstrações financeiras,
-Lei n.º 36/92 de 28 de Março — apresentamos o nosso relatório baseada na nossa auditoria.
bem como o nosso parecer sobre o relatório de gestão consolidado, o
balanço consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por Bases de opinião:
naturezas e por funções, a demonstração consolidada dos fluxos de As Normas Internacionais de Auditoria requerem que a auditoria
caixa e as respectivas notas anexas relativos ao exercício de 2002, seja planeada e executada de forma a obtermos razoável segurança
elementos estes submetidos à nossa apreciação pelo conselho de admi- sobre se as demonstrações financeiras, contêm ou não, distorções ma-
nistração do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A. terialmente relevantes. Uma auditoria inclui a verificação, por amos-
tragem, da evidência de suporte dos valores e informações constantes
2 — Aquelas demonstrações financeiras foram apreciadas nos ter- das demonstrações financeiras, e a avaliação das estimativas e juízos
mos do relatório e da certificação legal das contas a cuja emissão significativos utilizados pelo conselho de administração na preparação
procedeu o vogal revisor oficial de contas, documentos com os quais e apresentação das mesmas. Uma auditoria inclui também a apreciação
concordamos. dos princípios contabilisticos adoptados serem adequados, tendo em
conta as circunstâncias, bem como da forma de apresentação das
3 — O relatório de gestão consolidado é concordante com as con- demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado pro-
tas de consolidação e complementa-as adequadamente. porciona uma base razoável para a emissão da nossa opinião sobre as
demonstrações financeiras referidas.
4 — Em resultado da verificação efectuada é nossa opinião que as
citadas demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade Opinião:
com as normas legais e os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal para o sector bancário, pelo que representam de forma Em nossa opinião, as citadas demonstrações financeiras representam
adequada a situação financeira das empresas incluídas na consolidação de modo apropriado, em todos os aspectos materialmente relevantes,
à data de 31 de Dezembro de 2002 e os resultados líquidos do exer- a situação financeira do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A.,
21 932-(94) Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 1 de Agosto de 2007

em 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados das suas ope- Caldeira Castel-Branco Valverde, Dr. Christian Georges Jacques Minzo-
rações e os fluxos de caixa referentes ao exercício findo nessa data, lini, Dr. Francisco Ravara Cary e Dr. Pedro Manuel de Castro Simões
em conformidade com os princípios contabilisticos geralmente acei- Ferreira Neto, bem como todos os membros efectivos do conselho fiscal,
tes em Portugal para o sector bancário, conforme nota n.º 2. a saber: Dr. Bernardo Leite de Faria Espirito Santo, Dr. Tito Manuel
das Neves Magalhães Basto e o Dr. José Maria Cunha e Rego Ribeiro
Ênfase: da Cunha em representação da sociedade Amável Calhau, Ribeiro da
Cunha e Associados — Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
A nossa nomeação como auditores do Banco Espírito Santo de O presidente da mesa da assembleia geral abriu a sessão saudando
Investimento, S. A., ocorreu em, Julho de 2002, para efectuar uma todos os presentes e tendo começado por explicar que a presente
auditoria às demonstrações financeiras relativas ao exercício a findar reunião é realizada ao abrigo do artigo 54.º do Código das Sociedades
em 31 de Dezembro de 2002. Assim, as demonstrações financeiras Comerciais, sem observância pois das formalidades que legalmente
individuais e consolidadas referentes a 31 de Dezembro de 2001, as precedem as assembleias gerais das sociedades anónimas, ao que o
quais são apresentadas para fins comparativos em cumprimento do representante do único accionista anuiu expressamente.
Plano de Contas para o Sistema Bancário, foram objecto de auditoria Passou-se então à apreciação do primeiro ponto da ordem de tra-
efectuada por uma outra sociedade de auditores, a qual emitiu a sua balhos. Tomou a palavra o Dr. José Maria Ricciardi para fazer uma
opinião sem reservas, datada de 24 de Junho de 2002. breve resenha sobre os principais temas e acontecimentos que marcaram
a actividade do Banco durante o exercício de 2002. Como mais nin-
Lisboa, 25 de Fevereiro de 2003. — O Auditor, KPMG.
guém tivesse querido usar da palavra, foram postos à votação o rela-
tório do conselho de administração e as contas do Banco relativos ao
Acta n.º 36 da assembleia geral exercício de 2002. O relatório e as contas foram aprovados pelo
accionista único. De seguida entrou-se no ponto dois da ordem de
No dia 24 de Março de 2003, às 10 horas, teve lugar em Lisboa, trabalhos, tendo tomado a palavra o Dr. José Maria Ricciardi que, em
no Edifício Quartzo, Rua Alexandre Herculano, 38, a assembleia geral nome de todo o conselho de administração, apresentou a proposta de
do Banco Espírito Santo de Investimento, S. A., com sede neste local, aplicação de resultados aprovada em reunião do conselho de adminis-
com o capital social, integralmente realizado, de 70 milhões de euros, tração que teve lugar em 28 de Fevereiro último: «Considerando que
pessoa colectiva n.º 501385932, matriculado na Conservatória do Registo a conta de resultados do exercício apresenta a 31 de Dezembro de 2002
Comercial de Lisboa sob o n.º 57 825, para deliberar sobre a seguinte um saldo positivo de 603 045,13 euros, submete-se ao conselho de
ordem de trabalhos: administração a aprovação da seguinte proposta de aplicação de resul-
tados: (i) para o fundo de reserva legal: 60 305,13 euros; (ii) para
1 — Discutir e deliberar, aprovando, rejeitando ou modificando o distribuição de dividendos: 271 370 euros; (iii) para distribuição a
relatório do conselho de administração e o balanço e contas individuais colaboradores: 271 370 euros.» Como ninguém quis usar da palavra
do Banco, relativos ao exercício de 2002; foi a proposta apresentada colocada à votação, tendo sido aprovada
2 — Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; pelo voto favorável do accionista único.
3 — Discutir e deliberar, aprovando, modificando ou rejeitando o De seguida entrou-se no ponto três da ordem de trabalhos, tendo
relatório de gestão consolidado e as contas consolidadas do Banco sido aprovado pelo voto favorável do único accionista o relatório do
relativos ao exercício de 2002; conselho de administração e as contas consolidadas do Banco relativos
4 — Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização ao exercício de 2002.
do Bes Investimento, nos termos previstos na alínea c) do n.º 1, do Passou-se então para o ponto quatro da ordem de trabalhos, tendo
artigo 376.º do Código das Sociedades Comerciais; o representante do accionista apresentado um voto de louvor e con-
5 — Ratificação da nomeação por cooptação do administrador fiança em favor do conselho de administração e do conselho fiscal e
Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto. a cada um dos seus membros, em particular, pelo trabalho desenvol-
vido durante o exercício de 2002.
Assumiu a presidência da mesa da assembleia geral, o Dr. Jorge Luís Por último, entrou-se no ponto cinco da ordem de trabalhos, tendo
Soromenho Gomes de Abreu, o qual foi secretariado pela Dr.ª Maria sido deliberado pelo accionista único ratificar a nomeação do vogal
Salgado Pope Almeida de Carvalho. do conselho de administração, nomeado por cooptação em reunião
À hora marcada encontrava-se presente o Dr. José Maria Espírito do conselho de administração de 6 de Dezembro de 2002, o Dr. Pedro
Santo Silva Ricciardi, em representação do único accionista da socie- Manuel de Castro Simões Ferreira Neto casado, natural da freguesia
dade: Banco Espírito Santo, S. A., titular das 14 milhões de acções de Rio de Mouro, concelho de Sintra, residente na Rua D. Pedro V, 7,
representativas da totalidade do capital social do Banco, com poderes 2.º, em Lisboa, o qual exercerá as suas funções até ao termo do man-
para participar e deliberar na presente assembleia geral nos termos da dato em curso (2001-2004). Nada mais havendo a tratar foi encerrada
carta mandadeira entregue ao presidente da mesa que, uma vez a presente assembleia geral da qual foi lavrada a presente acta que vai
rubricada por este, fica a fazer parte da documentação relativa à pre- assinada pelo presidente da mesa, pela secretária e pelo representante
sente reunião. do accionista único.
Encontravam-se ainda presentes os seguintes membros do conselho
de administração: Dr. José Maria Espirito Santo Silva Ricciardi, Dr. Rafael (Sem assinaturas.) 2003582908

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