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n!
Na Parte 3 da Aula 2, o Prof. Possani estuda a convergência da sequência an = n . Ele
n
mostra que essa sequência converge para 0 usando o fato que ambas as subsequências a2n e a2n+1
convergem para 0. No entanto, o conceito de subsequência não foi introduzido na aula. Faremos
isso aqui, mas antes vamos calcular o limite dessa sequência por um outro argumento. Notemos
que para n ≥ 3, temos
n! n.(n − 1) . . . 1 n n−1 2 1 1
n
= = ... < .
n n.n . . . n n | {z
|{z} n } |{z}
n n n
=1 <1 <1
De
n! 1
< ,
0< ∀ n ≥ 3,
nn n
n!
segue do teorema do confronto que lim n = 0.
n→∞ n
b) Se N2 é o subconjunto dos ı́mpares positivos temos a subsequência (a2n−1 ) = (−1, −1, −1, . . . ).
Teorema 1. Seja (an ) uma sequência. Então lim an = L ∈ R se, e somente se, lim ani = L para
n→∞ i→∞
toda subsequência (ani ) de (an ).
1 n
1 n
2
Exemplo 3. an = 1 + n
→ e. Logo, a subsequência an2 = 1 + n2 → e.
Exemplo 4. A sequência (an ) = ((−1)n ) é divergente. De fato, do contrário, o Teorema 1 diz
que todas as subsequências têm o mesmo limite. Mas isto é impossı́vel, pois, (a2n ) = (1, 1, 1, . . . )
converge para 1 e (a2n−1 ) = (−1, −1, −1, . . . ) converge para −1.
n
X 1
Exemplo 5. A sequência sn = é divergente. De fato, notemos que
i=1
i
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
s4 = 1 + + + = 1 + + + >1+ + + =1+ + =1+2 .
2 3 4 2 3 4 2 4 4 2 2 2
Usando a mesma ideia para s8 , obtemos
1 1 1 1 1 1 1
s8 = 1 + + + + + + +
2 3 4 5 6 7 8
1 1 1 1 1 1 1
=1+ + + + + + +
2 3 4 5 6 7 8
1 1 1 1 1 1 1
>1+ +( + )+( + + + )
2 4 4 8 8 8 8
1 1 1 1
=1+ + + =1+3 .
2 2 2 2
Teorema 2. Seja (an ) uma sequência e suas subsequências (a2n ) e (a2n−1 ). Se existe L ∈ R tal que
a2n → L e a2n−1 → L, então an → L.
Exemplo 6. O Teorema 2 foi usado pelo Prof. Possani para mostrar que o limite da sequência
n!
an = n é 0.
n
1 + cos(nπ)
Exemplo 7. Seja an = . As subsequências
n
2 1
a2n = = → 0,
2n n
0
a2n−1 = = 0 → 0.
2n − 1
∞
X
Exemplo 9. Se ak = 1, k ≥ 0, então ak = ∞, isto é, diverge. De fato, sendo sn = n + 1,
k=0
n ≥ 0, temos sn → ∞.
∞
X
Exemplo 10. A série (−1)k diverge. De fato, a sequência (sn ) das somas parciais é dada por
k=1
−1, se n é ı́mpar,
sn =
0, se n é par,
O número r é chamado razão da série geométrica e q 6= 0 é o termo inicial da série. Sua sequência
de somas parciais é dada por
n
X
sn = qrk = q + qr + qr2 + · · · + qrn .
k=0
sn = q + qr + qr2 + · · · + qrn
rsn = qr + qr2 + qr3 + · · · + qrn+1
Como |r| =
6 1, seque que r 6= 1, e assim
q(1 − rn+1 )
sn = .
1−r
q
• Se |r| < 1, lim rn+1 = 0. Portanto, lim sn = .
n→∞ n→∞ 1−r
• Se |r| > 1, (rn+1 ) diverge. Portanto, (sn ) diverge.
∞ ∞
X
k
X q
• se |r| < 1, a série geométrica qr é convergente e qrk = .
k=0 k=0
1−r
n
X ∞
X
Demonstração. Seja sn = ak . Sendo a série ak convergente, existe L ∈ R, tal que
k=0 k=0
lim sn = L. Também, lim sn−1 = L. Como an = sn − sn−1 , resulta
n→∞ n→∞
∞
X
Observação 1. A recı́proca do teorema não vale, isto é, existem séries ak divergentes, com
k=0
∞
X 1 1
lim ak = 0. De fato, pelo Exemplo 5, a série harmônica é divergente, embora → 0.
k→∞
k=1
k k
Observação 2. O Teorema 3 fornece um teste de divergência. Para ver isso, vamos escrever
sua formulação contrapositiva:
∞
X
Se lim ak 6= 0 ou lim ak não existe, então a série ak diverge.
k→∞ k→∞
k=0