Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
www.neuroexpert.com.br
O NEUROMARKETING COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR
NO ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NEUROMARKETING AS A COMPLEMENTARY TOOL IN THE STUDY OF CONSUMER
BEHAVIOR
Palavras-chave:
Neuromarketing – Marketing – Comportamento do Consumidor - Neurociência - Psicologia do Consumo
ABSTRACT
Neuromarketing emerged from the junction of three distinct fields, neuroscience, psychology
and marketing, as a way of assisting the study of how to model Marketing campaigns that
could maximize greater positive and emotional influence on the behavior of its target
audience, seeking to capture attention and consequently stimulating purchase intention. The
technique consists, among other things, in the use of so-called Neurofeedbacks, neuroimaging
equipment such as Functional Magnetic Resonance (fMRI), Electroencephalogram (EEG) and
Positron Emission Tomography (PET) to access unconscious consumer responses when
1
Graduanda no curso de MBA Gestão em Marketing e Vendas pela Universidade FEEVALE. E-mail:
alinefenker@gmail.com
2
Mestre em administração com ênfase em desenvolvimento de equipes de alta performance pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: alexandre@dnacorporativo.com.br
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
exposed to marketing stimuli, through the visualization and interpretation of specific areas of
the brain. This article was structured using a literary review with the intention to explore the
Neuromarketing through the understanding of the concept, tools and objectives to generate
knowledge of the theme. It is an exploratory study using bibliographic research on the subject.
Keywords:
Neuromarketing – Marketing – Consumer Behaviour – Neuroscience - Psychology of Consumption
INTRODUÇÃO
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
O presente artigo busca compreender o conceito de Neuromarketing através de uma
revisão bibliografia, explorando pontos essenciais como o comportamento do consumidor, o
funcionamento do cérebro humano, e um estudo da aplicação do Neuromarketing e suas
ferramentas na atualidade. O objetivo é compreender como os estudos do Neuromarketing
podem contribuir no estudo do comportamento do consumidor, abordar algumas questões
pertinentes sobre quais são as ferramentas mais utilizadas no Neuromarketing e como a
aplicação dos resultados gerados podem beneficiar o direcionamento de campanhas de
marketing e a criação de novos produtos.
1 REFERENCIAL TEORICO
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
1.2.1 Fatores que influenciam o consumidor
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
1.2.2 Motivação e necessidades
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
De acordo com Kotler (2000, p. 195), a teoria de Maslow explica que as necessidades
humanas são dispostas em uma ordem hierárquica, onde as mais urgentes são as necessidades
fisiológicas. Um indivíduo tende a satisfazer suas necessidades mais importantes em primeiro
lugar, quando essa necessidade é sanada ela deixa de ser prioridade e o individuo vai em
busca de satisfazer a próxima necessidade na hierarquia da pirâmide.
O próximo passo no estudo do comportamento do consumidor é identificar as etapas
do processo de compra após reconhecer uma necessidade.
1.3.1 O inconsciente
Conforme Hill (2009, p. 21) “Ao todo, menos de 0,0005% de nossa atividade mental
pode ser qualificada como completamente consciente”. Segundo o autor, o cérebro humano
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
consegue absorver cerca de 400 bilhões de bytes de informação por segundo, mas em estado
consciente somente cerca de dois mil bytes são processados pelo cérebro. Esses números
alarmantes chamam a atenção pela enorme atividade cerebral que ocorre no estado
inconsciente da mente. Ainda seguindo a mesma linha de pensamento, Camargo (2011)
observa que duzentos milésimos de segundos antes de um desejo se manifestar no nosso
consciente, o cérebro humano já tomou inconscientemente uma decisão. Em suma, a grande
maioria das decisões tomadas por um consumidor não é feita através de um pensamento
racional (cérebro córtex), e sim fortemente baseada nas suas emoções e no seu instinto
(cérebro límbico e reptiliano).
Se antes mesmo de utilizar a parte racional de seu cérebro um individuo já possui
tendências inconscientes que podem influenciá-lo em suas decisões, pode-se concluir que
todo o processo de investigação do comportamento do consumidor, baseado em entrevistas e
questionários que serão respondidos através do pensamento racional, pode não ser totalmente
eficaz. Isso por que esse método de pesquisa não possui recursos para acessar as informações
contidas no cérebro límbico e no reptiliano. Pradeep (2012, p. 22) dá um claro exemplo de
como a questão pode interferir em um estudo cientifico, segundo o autor “(...) quando é
solicitado a recordar a maneira como reagiu a alguma coisa, o cérebro na verdade altera os
dados originais que registrou”.
Essa enorme possível dissonância entre o que o inconsciente do consumidor
deseja, e o que o consumidor acredita racionalmente que deseja é que motivou cientistas e
pesquisadores a investigarem e buscarem ferramentas para chegarem ao âmago da questão:
como driblar a barreira da racionalidade e acessar os sentimentos do ser humano? É através
dessa necessidade que surge o Neuromarketing. Camargo (2011) defende o estudo do
inconsciente através do Neuromarketing. Segundo ele, nenhuma das teorias econômicas
baseadas em números criadas para explicar o comportamento de consumo conseguiu clarificar
certas nuances e incoerências inerentes do consumidor, que somente a biologia poderia
esclarecer. Hill (2012, p. 2) complementa o pensamento e diz que é inerente do ser humano
tomar decisões emocionais, e que as empresas que tiverem acesso a ferramentas que traduzam
essas emoções de forma precisa terão enorme vantagem competitiva no mercado.
1.5 Neuromarketing
Como foi visto até então, o Neuromarketing surgiu a partir da identificação de uma
problemática dentro do processo de estudo da influencia de ações que impactem no
comportamento do consumidor. Conforme os avanços da ciência e da tecnologia constatou-se
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
que muitos dos processos envolvendo a tomada de decisões ocorriam não somente na área do
cérebro responsável pelo pensamento racional, muito antes pelo contrário, mas fortemente
influenciado por estímulos captados e armazenados na porção inconsciente da mente, como
apresenta em pesquisa elaborada pelo professor Gerald Zaltman de Harvard, onde justifica
que somente 5% de nossas decisões são “Racionais” enquanto que a grande maioria ou seja
95% são direcionadas pelo “Inconsciente”. Neste tópico será feita uma análise mais
aprofundada sobre o que é o Neuromarketing, quais os seus objetivos, e quais as ferramentas
mais utilizadas nesta área.
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
1991, de maneira confidencial em laboratórios contratados por grandes empresas como a
Ford, Coca-Cola, Delta Airlines e Levis-Strauss.
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
virtude da dificuldade em encontrar uma ferramenta que traduzisse sentimentos e sensações
não expressos. Através de uma multidisciplinaridade, o Neuromarketing conseguiu atingir
questões referentes à mente humana que campos como a psicologia, a sociologia ou mesmo a
economia até hoje não haviam alcançado. Tudo isso baseado no monitoramento de atividades
cerebrais traduzidas para um contexto de consumo, visando à verificação do efeito proposto
através de ações de marketing (CAMARGO, 2010).
1.4.3 Ferramentas
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
Figura 4: Equipamento de ressonância magnética Funcional (fMRI)
Para Neto e Alexandre (2007, p. 9), outra técnica muito popular utilizada no
Neuromarketing é a tomografia por emissão de pósitrons (PET). Os autores explicam que a
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
PET “consiste na aplicação de 2-DG (2-desoxiglicose) radioativa na artéria carótida do
paciente”. A PET efetua uma medição da área com maior fluxo de sangue no cérebro e assim
indica onde está ocorrendo a atividade neural através da utilização de cores. As áreas em
vermelho representam maior atividade cerebral (CAMARGO, 2009). A desvantagem é que
devido à necessidade de injetar uma substancia no entrevistado, este é um procedimento
invasivo.
Figura 6: Resultado da aplicação de um exame feito através da tomografia por emissão de pósitrons (PET)
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
Figura 7: Voluntário utilizando Eye-Tracking em pesquisa
Outras técnicas que podem ser citadas são a Pupilometria, que mede a resposta
emocional do consumidor através da dilatação da pupila, a Eletrocardiografia, que mede a
frequência cardíaca do consumidor durante estímulos de marketing, a Salivação, que é
utilizada em testes de alimentos e mede a variação na produção de saliva do consumidor, e o
teste de Tempo e reação, onde se avalia o tempo que o consumidor leva para reagir a
diferentes estímulos após a apresentação de um produto (PEREIRA; PEREIRA;
FERNANDES; SA, 2016).
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
“(...) seja simplesmente uma ferramenta, como um martelo. Sim: nas mãos erradas,
um martelo pode ser usado para arrebentar a cabeça de alguém, mas esse não é o seu
propósito, e isso não quer dizer que os martelos devam ser banidos, confiscados ou
proibidos. O mesmo vale para o Neuromarketing. Trata-se simplesmente de um
instrumento usado para nos ajudar a decodificar o que nós, consumidores, já estamos
pensando ao sermos confrontados por um produto ou marca (...).”
Ainda dentro do pensamento, Born (2007) enfatiza que os pesquisadores precisam estar
cientes que toda e qualquer informação recolhida nos testes de Neuromarketing devem ser
usados de maneira benéfica, sempre visando o bem estar dos consumidores.
2 METODOLOGIA
A pesquisa caracteriza-se como exploratória, pois segundo Gil (2006, p. 41), este
método tem como objetivo buscar uma maior aproximação com o problema, para a partir
disso serem construídas hipóteses. Esse tipo de pesquisa possui um cunho mais flexível que as
demais, por que visa principalmente o aprimoramento de ideias e a busca de novos
conhecimentos. A pesquisa será feita através de levantamento bibliográfico.
Visto que o Neuromarketing é um estudo relativamente novo, que ainda está em
construção, para a escolha de autores é levado em consideração às obras mais atuais
disponíveis, para que a discussão em torno do problema seja atual e relevante do ponto de
vista acadêmico. Outro ponto importante é à busca de autores conceituados imparciais a
respeito da temática, discorrendo entre os prós e contras sem serem tendenciosos.
Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa será feita através de revisão
bibliográfica. De acordo com Prodanov e Freitas (2009, p. 68), a pesquisa bibliográfica é
constituída a partir de materiais que foram previamente publicados como livros, artigos,
revistas ou qualquer outro tipo de publicação científica. Os autores frisam também que todas
as outras formas de pesquisa também podem ser consideradas bibliográficas visto que
qualquer estudo científico carece de referencial teórico.
Quanto à abordagem do problema, a pesquisa será qualitativa, pois conforme Creswell
(2010, p. 206), diferente da pesquisa quantitativa que pode ser estratificada através das
ciências exatas, a pesquisa qualitativa tem caráter descritivo e emprega concepções
filosóficas. As informações obtidas não poderão ser quantificadas e os dados obtidos serão
analisados indutivamente.
Sobre a análise de dados, Prodanov (2009, p. 142), destaca que a análise de dados tem
como função central a identificação dos processos adotados pelo autor para a construção de
seu trabalho. Dentre os critérios analisados estão: a clareza das informações no processo de
análise, a seqüência lógica das evidências, o teste empírico, a comparação com literaturas
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
conflitantes e similares e a construção da explicação baseada na análise de dados, de forma
totalmente clara e feita de maneira objetiva.
Para este artigo, optou-se pela utilização de análise de conteúdo que pode ser
caracterizada como “(...) uma técnica de pesquisa que visa uma descrição do conteúdo
manifesto de comunicação de maneira objetiva, sistemática e quantitativa” (Berelson APUD
Campos).
3 RESULTADO E ANALISE
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Publicado originalmente no livro: Coletânea Acadêmica 2017 – Faculdade São Judas Tadeu – ISBN: 878-85-67302-59-1
Conheça novos mundos em
www.neuroexpert.com.br
REFERÊNCIAS
KOTLER, Philip. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado
no ser humano. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2010.
_____________. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo, SP:
Prentice Hall, 2000.
LEE, Nick; BRODERICK; Amanda J.; CHAMBERLAIN, Laura. What is
“Neuromarketing”? A discussion and agenda for future research. International Journey
of Psychiohysiology, V 63, p. 199-204, 2007.
LINDSTROM, Martin. A lógica do consumo: verdades e mentiras sobre porque compramos.
Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016.
LOCKS, R, T; MERINO, G, S, A, D; MERINO, E, A, D. Aspectos bibliográficos que relacionam o
Neuromarketing como um instrumento de análise do design de embalagem. p. 167-179 . In: Anais
do GAMPI Plural 2015 [=Blucher Design Proceedings, v.2, n.4]. São Paulo: Blucher, 2016.
Disponível em: < http://www.proceedings.blucher.com.br/download-pdf/263/22468>. Acesso em: 24
Nov. 2016.
MORIN, C. Neuromarketing: The New Science of Consumer Behavior. Society. Symposium:
Consumer Culture In Global Perspective. Disponível em: <
http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs12115-010-9408-1>. Acesso em: 18 nov. 2016.
NETO, J, B, A; ALEXANDRE, M, L. Neuromarketing: Conceitos e Técnicas de Análise do Cérebro
de Consumidores. Encontro da ANPAD, 31., Rio de Janeiro, RJ. Anais... 2007.