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AGRESSIVIDADE

DO MEIO
AMBIENTE

Agressividade do meio ambiente

„ O estudo das
características
mínimas de
qualidade do
concreto está
relacionado
com o meio
ambiente a que
o mesmo
estará exposto.

47
Agressividade do meio ambiente
Causas
C
• Recobrimento das armaduras abaixo dos valores
o recomendados pelas normas da ABNT.
r • Concreto executado com elevado fator água/cimento,
r acarretando elevada porosidade do concreto e
fissuras de retração.
o
• Ausência ou deficiência de cura do concreto,
s propiciando a ocorrência de fissuras, porosidade
ã excessiva, diminuição da resistência, etc.
o • Segregação do concreto com formação de ninhos de
concretagem, erros de traço, lançamento e vibração
incorretos, formas inadequadas, etc.

Agressividade do meio ambiente

C O concreto proporciona às armaduras uma


dupla proteção.
o
r • Capa passivadora formada meio alcalino do
concreto
r
o • Uma barreira física que separa o aço do contato
direto com o meio ambiente que contém
s elementos agressivos ao aço
ã
o

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
Carbonatação
C
A reação do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera com os
o componentes alcalinos do concreto, como o Ca(OH)2, reduzem o pH
do concreto e que dá lugar à aparição da frente de carbonatação,
r visível com o ensaio de fenoftaleína.
r No concreto seco, o CO2 não pode reagir. No concreto saturado, sua
penetração é muito lenta. No concreto com os poros parcialmente
o cheios de água (50% a 80%), é quando se dá a maior velocidade de
s carbonatação.

ã
o

Carbonatação

Dióxido de
Carbono
umidade
CO2
pH
decresce
pH 13 pH 10

49
Profundidade de carbonatação

Profundidade de carbonatação

50
Agressividade do meio ambiente
Capa passivadora formada meio alcalino do
C concreto
o É formada pela solução aquosa, constituída
r principalmente por íons OH¯ , que proporciona
elevada alcalinidade do concreto (pH > 12.5).
r
o
s
ã
o

Mecanismos de corrosão
Ação química ou eletroquímica, resultando numa
C modificação do aço de forma contínua, até que
o todo o aço se transforme em ferrugem.
r • O aço diminui sua seção, e se converte completamente
em óxidos;
r • O concreto pode fissurar ou delaminar-se devido às
o pressões de expansão dos óxidos
• A aderência da armadura diminui ou desaparece A
s aderência da armadura diminui ou desaparece
ã Corrosão Fissuras
o Armadura

Concreto

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Mecanismos de corrosão
Corrosão química:
C
Também denominada oxidação, é provocada por uma
o reação gás-metal, isto é, pelo ar atmosférico e o aço,
r formando compostos de óxido de ferro (Fe2 O3).
Este tipo de corrosão é muito lento e não provoca
r deterioração substancial das armaduras. Como
o exemplo, o aço estocado no canteiro de obra,
aguardando sua utilização sofre este tipo de
s corrosão.
ã Corrosão eletroquímica ou eletrolítica
o Também denominada corrosão catódica ou
simplesmente corrosão, ocorre em meio aquoso é o
principal e mais sério processo de corrosão
encontrado na construção civil.

Mecanismos de corrosão

C Corrosão eletroquímica ou eletrolítica

o 1. Presença de um eletrólito

r • Sais dissolvidos do cimento, (CaOH2), (CO2),


pequenas quantidades de ácido carbônico.
r
• Quantidades pequenas de íons cloreto (Cl-), íons
o sulfatos (S--), dióxido de carbono (CO2), nitritos
s (NO3-), gás sulfídrico (H2S), amônia (NH4+),
óxidos de enxofre (SO2, SO3), fuligem, etc., .
ã
• A velocidade da corrosão em regiões industriais,
o orlas marítimas, poluídas, etc. são mais elevadas,
devido a maior concentração de elementos
agressivos.

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Mecanismos de corrosão

C Corrosão eletroquímica ou eletrolítica


o 2. Diferença de potencial
r Qualquer diferença de potencial entre dois
r pontos da armadura, causada por diferença
de umidade, concentração salina, aeração ou
o por tensão diferenciada na armadura pode
s criar uma corrente elétrica entre dois
pontos. As partes que possuem um potencial
ã menor se convertem em ânodo e as que
o possuem um potencial maior se convertem em
cátodo.

Mecanismos de corrosão

C Corrosão eletroquímica ou eletrolítica


o 3. Presença de oxigênio
r A presença de oxigênio é necessária para a
r formação de óxidos de ferro. No processo de
corrosão eletroquímica, o ferro se separa do
o aço na região anódica, formando íons ferrosos
s puros (Fe++), que se transformam em óxido de
ferro com a ação do oxigênio dissolvido na
ã água.
o

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Mecanismos de corrosão

C Os fenômenos de corrosão são expansivos e geram


tensões que podem provocar fissuras no concreto,
o principalmente os de baixo cobrimento de armadura,
r aumentando a entrada e saída de água, sais e vapores
agressivos, elevando exponencialmente a velocidade da
r corrosão.
o
s
ã
o

Mecanismos de corrosão

C A armadura submetida à tensão sofre corrosão mais


acentuada das que se encontram em condições normais.
o
r Quando a ação eletrolítica é formada em regiões pontuais
(micro pilhas), pode ocorrer corrosão localizada e não
r generalizada, formando pequenas gretas, cicatrizes por
o fendas pequenas na armadura, que pode se tornar
bastante intensa e perigosa.
s
ã
o

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Delaminação do concreto
causada pela corrosão do aço
4 Fe + 2 H2O + 3 O2 FeOOH

Mecanismo da corrosão
O2 H2
O e-
cathode

4 Fe 4 Fe2+ + 8 e- anode

4 Fe2+ + O2 + 8OH- 4 FeOOH + 2 H2O

cathode
e-
2 O2 + 4 H2O + 8 e- 8 OH-

O2 H2
O

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Mecanismos de corrosão
Corrosão por cloretos
C
Ocorre pela dissolução da capa passivadora de corrosão, pelo
o ingresso de íons cloretos no concreto ou no caso de contaminação
r da massa do concreto, como por exemplo, através da água,
aditivos aceleradores inadequados ou areia do mar.
r
A ação de íons de cloretos forma uma célula de corrosão onde
o existe uma capa passiva intacta, atuando como cátodo, no qual se
produz oxigênio e uma pequena área onde se perdeu a capa
s passivadora, atuando como cátodo, na qual se produz a corrosão.
ã As corrosões por cloreto são autocatalíticas, e se generalizam em
o contínuo crescimento.

Quando ocorre o problema ?

Destruição da capa passivadora causada pelo íon cloro (Cl-)

Fe2+
Cl-

aço e-

Capa passivadora

Corrosão é mensurável

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Corrosão do aço
Causa: Penetração de cloretos
oxigênio,
cloretos umidade

Crack

Mecanismos de corrosão
Corrosão por cloretos
C
No ânodo se produzem ácido, devido aos íons de cloretos
o favorecerem a hidrólise do Fe na água, para se formar H+ e Cl-
livres.
r
r Ocorre a redução do pH localmente e os íons cloretos
permanecem no meio para seguir intervindo no processo de
o corrosão, agravando o problema.

s
ã
o

57
Mecanismos de corrosão
Corrosão por cloretos
C
o
r
r
o
s
ã
o

Corrosão das armaduras


Ação de cloretos
Água do Sais de
concreto degêlo

Agregados Maresia

Processo
Aditivos Químico

Distribuição Distribuição
uniforme Não uniforme

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59
Agressividade do meio ambiente

60
Corrosão
em cabos de protensão

61
Quando surgiu o problema ?
Correlação entre taxa de corrosão
(= corrosão atual por área)
e tempo para deterioração visível.
corrosion rate/ µA/cm² corrosion level time to visible deterioration
< 0,2 condição passiva -
0,2 – 0,5 baixa corrosão > 10 anos
0,5 – 1,0 moderada corrosão 3 – 10anos
> 1,0 alta corrosão < 2 anos

Taxa de corrosão pode ser medida em local por


polarisação linear.

Corrosão do aço
Efeitos da Carbonação +
Cloretos

baixo pH alto pH
<10
o 13

u =
cloretos cloretos

62
Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
Íons passivantes
C
Dos íons despassivantes, os cloretos são os que mais
o afetam a armadura. O íon sulfatos intervém na
degradação do concreto, com o qual pode permitir que a
r armadura se exponha ao meio ambiente, procedendo-se à
r corrosão.
País Norma Limite máximo de Cl- Referido a
o USA
USA
ACI 318
ACI 318
≤ a 0,15% em ambiente de Cl-
≤ a 0,3% em ambiente normal
cimento
cimento
s USA
Inglaterra
ACI 318
CP-110
≤ a 1% em ambiente seco
≤ a 0,35%
cimento
cimento
ã Austrália
Noruega
AS 3600
NS 3474
≤ a 0,22%
≤ a 0,6%
cimento
cimento
o Espanha
Europa
EH 91
Eurocódigo 2
≤ a 0,4%
≤ a 0,22%
cimento
cimento
Japão JSCE-SP 2 ≤ a 0,6 kg/m3 concreto
Brasil NBR 6118 ≤ a 0,05% água

Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão


das armaduras ou concreto

C Qualidade do concreto

o • Estudo de granulometria = boa curva de agregados e menor


volume de vazios.
r
• Menor fator A/C aditivos redutores de água = < porosidade e
r > resistência final,
o • Cura adequada, diminuindo a quantidade de poros do concreto
s endurecido.

ã • As características dos agregados utilizados no concreto têm


influência na sua qualidade final.
o
• A ação positiva de certas adições ao concreto, como escórias
de atividade pozolânica, microssílica ou inibidores de corrosão,
tem grande influência na durabilidade do concreto armado.

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto

C Compacidade e homogeneidade

o • A compacidade do concreto é a propriedade mais importante do


mesmo nos efeitos de sua resistência à penetração dos agentes
r agressivos. Ela é inversamente proporcional à porosidade,
minimizando a carbonatação e o ataque de agentes agressivos.
r
• É expressa pela quantidade de matéria sólida por unidade de
o volume, ou a relação entre o volume sólido e o volume total.
s • É função principalmente da quantidade, qualidade e proporção
ã entre os componentes do concreto.

o • Pode ser comprometida por uma mistura, transporte e


compactação inadequados, já que isto afeta a homogeneidade.

• A homogeneidade está relacionada diretamente na mistura,


transporte, colocação, compactação e cura.

Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão


das armaduras ou concreto

C Cobrimento das armaduras

o • É importante para garantir sua proteção, desde que não se


apresente porosa e com fissuras. Existem normas nacionais e
r internacionais que regulamentam a espessura mínima.

r
o
s
ã
o

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão das
armaduras ou concreto

C Umidade ambiental

o • A presença de umidade é imprescindível para a ocorrência das


reações de oxidação das armaduras, pois intervém no processo
r catódico de redução do oxigênio. Além disto, é necessária para
a mobilidade dos íons no processo eletrólito.
r
• Em um concreto seco, a
o resistividade elétrica é tão
s elevada que impede que a
corrosão se produza. Por outro
ã lado, quanto maior é a
quantidade de água no
o concreto, menor será o valor
de resistividade elétrica e mais
elevada poderá ser, a princípio
a velocidade de corrosão.

Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão


das armaduras ou concreto
C Oxigênio

o • Não é possível o processo de corrosão sem a mínima


r quantidade de oxigênio junto às armaduras.

r • Quando um concreto é denso e o ambiente exterior


o tem valores médios de umidade, os poros estão
completamente saturados de água a partir de 3 a 4
s cm do seu exterior. Isto dificulta a presença do
ã oxigênio, que necessita diluir-se na água antes de
alcançar as armaduras. Se existem armaduras
o despassivadas e com pouco cobrimento de concreto,
o contato com o oxigênio é mais fácil e a corrosão
pode ser mais elevada.

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
C Temperatura

o • A temperatura tem um duplo papel nos processos


r de degradação.
→ o aumento da temperatura atua
r na mobilidade das moléculas, facilitando o
o transporte de substâncias.

s → a diminuição da temperatura
ã pode dar lugar à condensações. Além
disto, a quantidade absoluta de vapor
o está diretamente relacionada à
temperatura ambiente.

Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão


das armaduras ou concreto
Sulfatos
C
• O íon sulfato (SO4-2) pode estar presente nas
o águas industriais residuais, em forma de
r solução diluída de ácido sulfúrico, nas águas do
subsolo, nos esgotos, etc.
r
o • O sulfato pode degradar o cimento, reagindo com o
hidróxido de cálcio Ca(OH)2, formando o gesso
s (CaCO3), que por conseguinte reage com o
ã aluminato de cálcio do cimento (C3A), formando
sulfoaluminato de cálcio hidratado (etringita). Esta
o reação é expansiva, gerando elevadas tensões
internas, que fissuram o concreto.

66
Desintegração
Ataque por Sulfatos

Desintegração
Ataque por Sulfatos

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
Ataque ácido
C
A velocidade de reação dos ácidos com o concreto é determinada
o tanto pela agressividade do ácido presente, como pela solubilidade
do sal cálcico formado. Quanto menos solúvel é o sal, maior é o
r efeito passivante. Quanto mais solúvel é o sal formado, maior a
r velocidade de reação e dissolução para o interior do concreto.

o
s
ã
o

Desintegração
Agressividade química

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Desintegração
Agressividade
química

Álcali-sílica
Alguns agregados contém sílica ativa, que reagem com os álcalis
contidos no cimento, formando um gel álcali-sílica. No caso de ter
suficiente água, esta reação pode provocar uma expansão
destrutiva. O processo se inicia com pequenas fissuras irregulares
geradas pela tensão expansiva da reação.

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
Álcali-sílica
C
o
r
r
o
s
ã
o

Álcali-sílica
C
o
r
r
o
s
ã
o

70
Abrasão em pavimentos
rodoviários / industrial

Lixiviação por águas puras


C
As águas puras, livres ou com pouco conteúdo de sais,
o como as de condensação industrial, desgelo glacial, neve,
r chuva, algumas pantanosas ou de grandes profundidades
atacam o concreto, dissolvendo o cálcio e outros sais
r como os aluminatos, silicatos e ferritos hidratados,
o diminuindo rapidamente a alcalinidade do concreto.
s Íons despassivantes
ã As descontinuidades do concreto causadas por ninhos
ou falhas nas regiões das armaduras, submetidas à
o umidade, acarretam na corrosão das armaduras, que
estão desprotegidas e sem capa passivadora.

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Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão
das armaduras ou concreto
Fissuras
C
As fissuras transversais ou ao longo das armaduras são em
o princípio um caminho rápido para a chegada dos agentes agressivos.

r A incidência e velocidade de corrosão das armaduras em zonas


fissuradas estão relacionadas a:
r • Agressividade do meio ambiente • Cobrimento da armadura

o • Q ualidade do concreto • Abertura da fissura

s
ã
o

1 metro

Ciclos de H22O
Molhagem
secagem 0.7

H22O

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Ensaios segundo norma
FHWA
Acrylic glass edging
Filled with
15 % NaCl

testes
(ex. FHWA studies).
(Fedral Highway Administration)

Steel rebars

Sensor for
concrete
humidity

Steel rebars

CIT funciona em alta umidade e alta


concentração de Cl-
Ciclo molhagem Ciclo - secagem
Corrente de Corrosão, µA

500 Nível de cloretos na armadura:


0.38 % sobre massa de
concreto = 11 vezes o limite
400
para corrosão induzida por
Não tratada cloretos
300

200

100
CIT tratada
0
45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 95 90 85 80 75
FHWA test cycle: 4 dias em salmoura e % umidade relativa interna
3 dias secando a 38°C

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Performance – estudo de fissura
Corrente de corrosão está medida debaixo de
condições de teste seguintes:
• abertura da fissura: 0,03 mm
• cobrimento da armadura: 2,5 cm
• ciclo de 48 semanas: salmora (15 % NaCl)
• 4 dias de imersão em salmoura
• 3 dias de secagem a 38 °C
• umidade relativa: 60 - 80 % a/c = 0,47

en
im
fissura

ec
sp
A
W
aço

FH
FHWA = federal highway administration
I

Estudo do tipo Crack Beam


(FHWA)
Corrente de Corrosão, µA

600

500

400 Não tratada

300

200

100
CIT
0
0 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 48

Semanas

74
Estudo do tipo Crack Beam (FHWA)
Corrente de Corrosão, µA

600
CIT application
500
untreated
400

300

200

100 CIT treated

0
0 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 48
Semanas
Corrente de corrosão pré existente sendo drasticamente
reduzida com a aplicação do CIT

Estudo do tipo Crack Beam (FHWA)

Performance - crack beam study

crack
s

FHWA specimen, treated with CIT after 12 weeks FHWA specimen, untreated after 12 weeks

75
Corrente de corrosão média

0,7

0,6

0,5
µA/cm²

0,4
CIT application
0,3

0,2
0,1

0 1996 1996 1997 1998 1999


Sem tratamento

Estrutura de 20 anos próxima ao mar (Florida, USA)


Grandes reparos em 1994 (1,2 Mio US $)
CIT aplicado após os reparos em 1994

76
• Fissuras e delaminações tratadas de maneira convencional.
• CIT aplicado por aspersão.
Corrente de corrosão / µA/cm²

Controle de Qualidade Anual:


1.6 Medições da corrente de corrosão
1.4 Método: polarização linear
1.2
Aplicação do CIT
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
1994 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

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Aditivos Inibidores de Corrosão – Nitrito de Cálcio

„ Solução a 30% de
Nitrito de Cálcio

„ Inibidor Anódico

„ Cumpre com a ASTM


C494 Type C

„ Dosagem
recomendada 5 - 30
L/m3

„ Confederation
Bridge
„ CANADA

z 100 anos de vida de


serviço!!!

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