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TÉCNICA DE COMBATE A
INCÊNDIO
PORTO ALEGRE/RS
2021
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR – ABM
COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Orientador
Organizador
Colaboração Técnica
Major QOEM Sandro Carlos Goncalves da Silva
Major QOEM Marcelo Carvalho Soares
Maj QOEM Airton Juarez Ickert
Maj QOEM Elisandro Machado
Maj QOEM Marcio Muller Batista
Maj QOEM Jaqueline da Silva Ferreira
Cap QOEM Luiz Gustavo da Silva Lock
Cap QOEM Silvano Oliveira Rodrigues
1° Sgt QPBM Vagner Silveira da Silva
1° Sgt QPBM Fabiano Rodrigues Moraes
2º Sgt QPBM Marcelo Lovatto Mariani
Sd QPBM Cristóvão Broglio Ceccon Junior
Sd QPBM Vagner Ribeiro Pietro
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Sumário
INTRODUÇÃO 7
LIÇÃO 1 – TEORIA DA COMBUSTÃO DE COMBATE INCÊNDIO 9
Introdução 9
1.1. Constituição e propriedades da matéria: 10
1.2. Estados físicos da matéria: 11
1.3. O fenômeno da combustão: 11
1.4. Triângulo (tetraedro) do fogo: 11
1.5. Calor 12
1.6. Comburente: 21
1.7. Combustível: 22
1.8. Reação em Cadeia: 27
1.9. Pontos de Temperatura: 28
1.10. Tipos de Combustão: 29
1.11. Tipos de Chamas: 32
1.12. Produtos da Combustão 33
LIÇÃO 2 – TEORIA DA COMBUSTÃO 38
Introdução 38
2.1. O CFBT e sua história 39
2.2. Incêndio ao Ar Livre e Incêndio em Compartimento 40
2.3. Fases do Incêndio em Compartimento 43
2.4. Comportamentos Extremos do Fogo 54
2.4.1. Ignição da Fumaça e suas manifestações 56
2.4.2. Generalização do Incêndio por Flashover 60
2.4.3. Explosão da Fumaça - Backdraft 62
LIÇÃO 3 – ÁGUA NO COMBATE A INCÊNDIO 64
Introdução 64
3.1. Propriedades extintora da água 66
3.2. Elementos que interferem na utilização da água no combate a incêndios 67
3.2.2. Vazão: 72
3.2.3. Regulagem do jato: 72
3.2.4. Regulagem do Fluxo de água: 72
3.2.5. Velocidade: 72
LIÇÃO 4 - TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIO 74
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Introdução 74
4.2. Isolamento e Confinamento 76
4.3. Técnicas de extinção 79
4.3.1. Incêndio Classe A (incêndios estruturais) 79
LIÇÃO 5 - ESTRATÉGIA E TÁTICA APLICADA A OPERAÇÕES DE COMBATE A
INCÊNDIO 105
Introdução: 106
5.1. Definindo estratégia, tática e técnica 106
5.2. O planejamento estratégico 108
5.3. Estratégia para ocorrência peculiares 109
5.4. Decisão tática 109
5.5. Comparando Estratégia é Tática 112
5.6. Uma metodologia para avaliação de riscos 112
5.7. Filosofia dos riscos versos benefício 113
5.8. Comportamento dos incêndios modernos e novas tecnologias de combate 116
LIÇÃO 6 - PROCESSO DE DECISÃO OPERACIONAL 119
6.1. Conceitos gerais: 119
6.1.1. Sistemas de comando e controle 119
6.1.2. Hierarquia da informação 123
6.2. Princípios fundamentais de comando e controle 124
6.2.1. Graus de comando: 124
6.2.2. Princípios fundamentais: 124
6.3. O processo de comando e controle 126
6.4. Tomada de decisão 128
6.4.1. Incerteza e tempo: 128
6.4.2. Modelo do processo de decisão operacional 129
LIÇÃO 7 – FASES DOS SERVIÇOS DE CONTROLE DE INCÊNDIOS ESTRUTURAIS
137
7.1 Estratégias de combate a incêndio 138
7.2 Fases do combate a incêndio 138
7.2.1 Recebimento da chamada 138
7.2.2 Deslocamento para o local do incêndio 140
7.2.3 Chegada no local da ocorrência: 140
7.2.4 Confirmação da ocorrência e confirmação/assunção de comando: 141
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INTRODUÇÃO
O Combate a Incêndio é a missões operacional que deu origem ao
Corpo de Bombeiros no mundo, e constitui-se em uma atividade extremamente
técnica, com fundamentação científica, pois a combustão é uma reação química
que resulta em efeitos químicos, físicos nos combustíveis e fisiológicos nas
vítimas e no bombeiro.
Desde a década de 80 bombeiros suecos desenvolveram estudos para
entender o comportamento do incêndio, após diversos acidentes envolvendo
bombeiros. A partir destes estudos começou-se a ter uma visão diferenciada das
ocorrências, agora não mais focado apenas nas chamas, mas tendo uma leitura
completa da cena, incluindo a fumaça com agente ígneo.
Com o aperfeiçoamento das técnicas, o avanço tecnológico dos
equipamentos de proteção individuais e respiratório, além de ferramentas de
combate a incêndio modernas, como os esguichos, é possível fazer o combate
com mais eficiência, segurança e principalmente salvando vidas e protegendo os
bens ainda não danificados pelas chamas.
Disso tudo decorre a grande responsabilidade dos homens do fogo de
estarem sempre atualizado em relação as tecnologias. Considerando que
tecnologia inclui equipamentos e conhecimento técnico, esse caderno trás o que
existe de mais moderno em relação o controle de incêndios. As técnicas aqui
apresentadas são fruto de avanço científico acumulado por anos e entregues ao
leitor de forma suscinta.
Outro desafio que se apresenta, é a superação de comportamentos
que por anos marcaram nossa forma de combater. Associando a bagagem do
passado com as inovações recentes podemos apresentar um serviço de bombeiro
de qualidade.
Por fim, espera-se que cada que buscar conhecimentos nas páginas
seguintes possam se apaixonar pela matéria. Poucas atividades de bombeiros
são tão dinâmicas e desafiadoras como grandes sinistros envolvendo chamas.
Uma boa leitura.
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Objetivos Específicos
Introdução
1.5. Calor
1.5.1 Energia de ativação:
É o componente energético capaz de fazer com que a temperatura do
combustível aumente para que haja então a liberação dos gases que sofrerão a
queima. A energia de ativação pode ser qualquer elemento que faça com que o
combustível, independentemente de seu estado físico, desprenda gases
combustíveis.
a) Aumento/diminuição da temperatura
1.6. Comburente:
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão.
O mais comum é que o oxigênio desempenhe esse papel.
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7% a 14% brasas
1.7. Combustível:
Podemos entender combustível como sendo toda substância capaz de
queimar, servindo de campo de propagação do fogo. Para efeitos práticos as
substâncias foram divididas em combustíveis e incombustíveis, tendo como
parâmetro a temperatura de 1000 °C (em regra). No entanto, não raras vezes as
temperaturas em um incêndio em compartimentos podem atingir temperaturas
acima de 1000ºC. Pode-se dizer que material combustível é toda a substância
capaz de entrar em combustão, e reagir com o oxigênio.
Entre os materiais combustíveis aqueles que são maus condutores de
calor queimam mais facilmente que os bons condutores, pois enquanto estes
dissipam a energia térmica recebida, aqueles absorvem a energia concentrando-a
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b) Combustão Incompleta:
Todos os produtos instáveis (moléculas e átomos) provenientes da
reação em cadeia caracterizam uma combustão incompleta, que é a forma mais
comum de combustão.
Esses átomos e moléculas instáveis resultantes da quebra molecular
dos combustíveis continuarão reagindo com as moléculas de oxigênio,
decompondo-as e formando outras substâncias.
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b) Chama difusa:
São as chamas em que os vapores combustíveis
misturam-se ao comburente, o oxigênio do ar, na zona de
queima. São as chamas de uma fogueira, uma vela, um fósforo,
etc.
Nesse tipo de chama, há diferença na queima ao longo
da chama, daí a diferença de coloração da chama. O tom
amarelado na ponta das chamas deve-se aos átomos de carbono
que não conseguiram queimar e que liberam energia excedente na forma de luz
amarelada.
Nas chamas difusas, a oferta de oxigênio é melhor na base da chama.
Por isso, se a ponta da chama, rica em carbono, for perturbada, o carbono não
consegue queimar e, com isso, surge uma fumaça preta. A coloração preta da
fumaça é proveniente do carbono que não queimou (fuligem) e é o que impregna
as paredes e o teto.
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O CFBT chegou ao Brasil em 2006 por meio do CBMDF. De lá pra cá, várias
corporações brasileiras têm trabalhado para formar e atualizar sua tropa no
sentido de conhecer o incêndio, especialmente quanto as fumaça e seu
comportamento. O grande desafio é criar novos paradigmas de forma a mostrar
que a maneira de salvar em incêndio é bem diferente daquelas da época que não
era possível nem se quer entrar nos locais sinistrados.
- a oferta de oxigênio, e
- o feedback radioativo.
Quando a Capa Térmica e o Plano Neutro estão formados, a fumaça que flui
do foco em direção as regiões mais distantes da área já queimada estarão
aquecidas. Essa fumaça quente radia calor para todo o compartimento. Esse
aquecimento chamamos de Feedback Radiativo e ele representa 70% da
propagação do calor em cômodos. A distância da fonte de calor é indiretamente
proporcional a quantidade de calor radiado. Ou seja, quanto mais longe a Capa
Térmica estiver dos combustíveis, menor será o aquecimento. Nesse caso,
independente da proximidade das chamas, todos os combustíveis serão
aquecidos. Os efeitos desse aquecimento será a secagem – retirada da umidade
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Essa fase tem como marco inicial a chamas subindo pela coluna de
gases e marco final a generalização do incêndio.
Como já foi explicado, acima das chamas há uma zona de sobrepressão que
empurra a fumaça para longe do foco. Logo, observar de onde está vindo a
fumaça é um indicador para onde o esguicho deve ser direcionado.
Diferentemente disso, o ar mais fresco e os vapores que estão rente ao piso irão
em direção ao foco, devido o surgimento da Zona de Baixa Pressão. Mover-se
abaixado durante a ocorrência repercute em receber menos calor no EPI. É nessa
fase que a estratificação da fumaça fica mais evidente.
4ª FASE – DECAIMENTO
queimado. Nem por isso o evento deixa de ser perigoso porque a depender do
isolamento do compartimento o ambiente pode apresentar temperaturas
extremas. Uma das características dessa condição é a diminuição das chamas e/
ou a presença somente de brasas. Mas o cuidado deve se concentrar nos gases
ainda quentes, especialmente nas elevações da edificação, que se indevidamente
ventilados podem entrar em ignição ou mesmo explodir. O mais comum é que o
decaimento pelo exaurimento dos combustíveis ocorra após a fase de
desenvolvimento completo, mas pode acontecer pela simples retirada do
combustível a qualquer tempo.
b. Decaimento pela quebra da reação química em cadeia – Se
decaimento é a diminuição da liberação de calor do incêndio, qualquer
intervenção que ocasione isso pode ser chamada de decaimento. A quebra da
reação química em cadeia só pode extinguir o incêndio por intervenção artificial.
Alguns sistemas ativos de extinção de incêndios, visando proteger o patrimônio
presentes nos compartimentos, agem liberando agentes químicos que interferem
na combustão sem abafar, resfriar ou retirar o combustível. Por terem maior
afinidade com o comburente, com os vapores provenientes da termólise ou com
os subprodutos da combustão, impedem que a combustão se concretize.
c. Decaimento pela retirada de calor – Assim como a quebra da reação
química em cadeia o resfriamento decorre de uma extinção artificial. É isso que as
equipes de bombeiros fazem ao jogarem água na fumaça ou no combustível. A
outra possibilidade é a ativação de sprinklers previamente instalados no
compartimento. Geralmente esse acionamento ocorre nas fases incipientes ou de
desenvolvimento. Pois se fosse na de desenvolvimento completo não se
justificaria o investimento em sistemas como esse.
No vídeo a seguir há duas possibilidades de resfriamento, uma por
acionamento dos sprinklers e outro pela aplicação do pulso longo de alta vazão
(ZOTI).
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INDICADORES
● ocorrem em fumaças altamente inflamáveis e com elevadas
temperaturas no interior do compartimento;
● antecedem a ocorrência de Rollover e Flashover;
● a temperatura estará em torno de 600° C.
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INDICADORES
● ocorrem em fumaças altamente inflamáveis e com elevadas
temperaturas no interior do compartimento;
● são precedidos de GhostFlames;
● são evidentes indicadores da eminência de Flashover;
● pode mostrar a localização do foco.
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INDICADORES
● ocorrem em fumaças altamente inflamáveis e com elevadas
temperaturas no exterior do compartimento sinistrado;
● decorrem de fumaça com temperatura acima ou no ponto de
ignição;
● podem preceder Blackdraft ou Flashover;
● não permitem supor a existência ou não de chama no interior da
edificação;
● são precedidos de fumaça quentes e turbulenta;
FLASHFIRE (tradução literal: fogo rápido). Esse fogo rápido acontece quando o
combustível da fumaça altamente inflamável está adequadamente misturado ao
comburente. No entanto não está aquecida suficientemente para entrar em
combustão. Logo ela precisa apenas de uma fonte de calor. Esse fenômeno
acontece comumente nos cômodos adjacentes aos compartimentos sinistrados.
Quando o incêndio entra em decaimento por subventilação há condições para
queima lenta. Tal queima lenta além de aquecer os combustíveis e produzir
termólise consome poucos vapores oriundos da decomposição térmica. A
produção de vapor aumenta a pressão e faz com que esses vapores sejam
expulsos para os compartimentos onde ainda não há combustão nem temperatura
elevada. Essa fumaça, geralmente na cor caqui, se acumula nas partes
superiores da edificação, especialmente nos pavimentos superiores. Mas pode
acontecer em edificações de apenas um pavimento ou no mesmo pavimento do
local incendiado. Logo, para formar o triangulo do fogo só é necessária uma fonte
de calor que pode vir da abertura inadequada do compartimento de origem ou do
acendimento de uma lâmpada na peça da edificação, por exemplo. E importante
destacar que o Flashfire pode atingir bens que até então eram salvados e não
sinistrados.
INDICADORES
● ocorrem em fumaças altamente inflamáveis sem elevadas
temperaturas no exterior do compartimento;
● atingem geralmente os salvados;
● indicam que no compartimento de origem pode haver queima lenta;
● a fumaça não está no ponto notável de temperatura chamado de
ignição.
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INDICADORES
● Ambiente totalmente fechado;
● Ausência de chamas no interior da edificação;
● Janelas, portas e maçanetas aquecidas;
● Oleosidade e escorrimento nas vidraças;
● Fumaça preta, caqui e turbulenta pulsante nas frestas superiores;
● Entradas de ar pulsante nas frestas inferiores;
● Presença de Flameover.
● Efeito algodão.
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Bom estudo!
Objetivos Específicos
Ao final da lição o aluno deverá:
→ Conhecer as vantagens e desvantagens do uso da água;
→ Identificar as propriedades físico-químico da água;
→ Entender a micropulverização a água;
→ Conceituar pressão nominal, pressão residual e perda de carga;
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Introdução
A água atua na combustão principalmente por resfriamento, sendo a sua
elevada eficiência de arrefecimento resultante da grande capacidade de absorver
calor.
A água é mais eficaz quando usada sob a forma de chuveiro, dado que as
pequenas gotas de água vaporizam mais facilmente que uma massa de líquido e
possuem área total de contato maior, absorvendo mais rapidamente o calor da
combustão. É o agente extintor "universal". A sua abundância e as suas
características de emprego, sob diversas formas, possibilitam a sua aplicação em
diversas classes de incêndio.
Como agente extintor a água age principalmente por resfriamento e por
abafamento, podendo paralelamente a este processo agir por emulsificação e por
diluição, segundo a maneira como é empregada.
A água só perde para o hidrogênio e o hélio em calor específico e, dentre
os líquidos à temperatura ambiente, é o que apresenta maior calor latente de
vaporização. O calor específico da água é da ordem de 1 cal/g °C, ou seja, para
elevar em 1°C a temperatura de 1 grama de água é necessário 1 caloria. Quer
dizer que cada grama de água lançada em um incêndio absorverá 1 caloria para
cada grau centígrado de temperatura que elevar.
Uma massa de 1 Kg de água lançado em um incêndio, considerando a
temperatura inicial de 20°C, terá o volume inicial de 1 litro. Esses 1000 gramas de
água absorverão calor no estado líquido até atingir a temperatura de 100°C,
quando então passará para o estado de vapor. 1000g x 80°C (de 20 para 100°C)
= 80.000 cal ou 80 Kcal.
Além do calor específico da água ser alto, o calor latente de vaporização
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expansão).
No entanto, possui características desfavoráveis ao combate a incêndio:
alta tensão superficial, baixa viscosidade e bom condutor de corrente elétrica.
..
3 2 Elementos que interferem na utilização da água no combate
a incêndios
A aplicação de água por uma linha de mangueira pode ser muito
diversificada. A forma e eficiência com que a água é lançada varia conforme
vários fatores: Pressão, vasão, fluxo de água e jato.
3.2.1. Pressão
Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, isto é, no
serviço de bombeiros, a pressão é a força que se aplica na água para esta fluir
através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma extremidade a outra. É
importante notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a outra
extremidade do tubo estiver fechada por uma tampa, a água estará “empurrando”
a tampa, apesar de não estar fluindo.
Quanto maior a pressão imprimida pela bomba, maior pode ser a
velocidade com que flui a água ao deixar o esguicho. Em consequência disso, em
um esguicho com a regulagem mantida, a pura variação da pressão acarretará
mudanças no jato como alcance, dispersão, fragmentação, etc.
b) Pressão estática - é a pressão sobre um líquido que não está fluindo, por
exemplo, uma mangueira com esguicho fechado, sendo pressurizada por uma
bomba. A ação da gravidade pode, também, produzir pressão estática. Por
exemplo, no fundo de um tanque haverá pressão, resultante do peso da água
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f) Efeito Bernoulli
Para entender o funcionamento da aplicação da espuma e da ventilação
hidráulica (tópicos que serão vistos adiante) é necessário que se entenda o efeito
Bernoulli. O efeito Bernoulli ocorre na movimentação dos fluídos, por isso, aplica-
se à água e também ao ar, como aos demais fluídos.
O princípio de Bernoulli indica que um fluído, ao passar por um
estreitamento, como o de um tubo Venturi, ganha velocidade, energia cinética, às
custas da pressão do fluído. É o que se pode ver na figura ao lado, com um fluxo
de ar (flow) fazendo com que a água (no tubo estreito inferior) penda para o lado
esquerdo devido à diferença de pressão do fluído nas duas partes do tubo maior.
Esse princípio tem vasta aplicação na atividade de bombeiros. Como visto
anteriormente, ele explica e permite o funcionamento do aparelho entrelinhas e do
esguicho produtor de espuma. Além disso, verificamos o princípio também no
emprego das variadas técnicas de manejo do esguicho.
3.2.2. Vazão:
Quanto maior a vazão, maior a quantidade de água que flui, o que é óbvio. Menos óbvio
é que a vazão interfere na fragmentação do jato e, principalmente, é o fator que mais
influi no “recuo” da mangueira. Quanto maior a vazão, maior a força que o jato d'água faz
empurrando a mangueira para trás e maior também será o golpe de aríete provocado
pela interrupção brusca no fluxo de água.
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3.2.5. Velocidade:
A velocidade com que a água sai interfere no formato, na fragmentação e no
alcance do jato d'água. Interfere também no recuo, no entanto, menos que a vazão. Ela é
diretamente influenciada pela pressão imprimida pela bomba, mas pode ser alterada por
outros meios como fechamento parcial do esguicho e a posição do anteparo do esguicho.
*Falta de EPI/EPRA;
Todos em uma operação devem saber o modo de atuação, pois, como uma
edificação tem geralmente no mínimo 4 lados, não é possível que o responsável
vigie todas as frentes de combate. Isso quer dizer que uma linha pode não saber
o que a outra está fazendo, podendo gerar um problema caso não se saiba o
modo de atuação.
A guarnição deve trabalhar como uma equipe, onde cada bombeiro tem
sua missão definida conforme o protocolo de procedimentos para as situações.
frisar isso, por mais redundante que pareça. Muitas ações de combate não tem o
objetivo de apagar o fogo, de extinguir as chamas. Muitas vezes o combate
requer ações que focam outros objetivos.
Pode ainda ser feito com o uso de jatos neblinados ou neblina direcionados
para o sistema sinistrado, pois, assim, além de bloquear a radiação, o combate
pode ser realizado simultaneamente.
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2) explosões;
ATAQUE DIRETO
ATAQUE INDIRETO
ATAQUE COMBINADO
A grande geração de vapor, como dito, pode ser um problema. Este fato
pode decretar a morte de vítimas no interior do cômodo. Por isso, essa técnica só
deve ser usada em cômodos em que se verifique a queima lenta (fase de
decaimento pela depleção de oxigênio). Havendo vítimas nesse ambiente,
certamente já estarão mortas, quer pela baixíssima concentração de oxigênio,
quer pelo elevado calor previamente atingido.
A fim de não gerar vapor em excesso, deve-se cuidar para não aplicar
pulsos em excesso e não varrer a aplicação de cada pulso. Se o objetivo é atingir
uma área maior, usa-se mais pulsos (dois alvos, dois pulsos). Também limita-se a
quantidade de água disparada trabalhando com uma vazão mínima no esguicho
(30gpm ou cerca de 115lpm).
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O neblinado amplo tem o alcance muito reduzido, mas uma maior capacidade de
resfriamento e gera vapor com grande velocidade quando atinge a capa térmica.
Vê-se assim, que a técnica é recomendada para combate no modo ofensivo com
o incêndio na fase de desenvolvimento (pré-flashover).
Essa técnica também pode ser usada tanto ofensiva quanto defensivamente17, da
mesma forma que o pulso neblinado curto, porém, para cômodos com médias
dimensões ou com teto alto.
Pode ser usado em cômodos menores quando, após usar o pulso neblinado curto,
verifica-se a ineficiência deste face à quantidade de calor produzido.
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“PENCILING”
- Para corredores – I.
golpe de aríete.
Observação:
PROTEÇÃO DE ROLLOVER
2. O operador do
esguicho lança dois pulsos
neblinados curtos sobre a
porta, visando deixar em
suspensão uma neblina de
água na região superior
próxima à porta.
Ao proceder a
abertura, os gases aquecidos
que escapam terão menos
chance de se inflamarem, já
que se misturarão à neblina e
perderão calor ao mesmo
tempo em que a neblina
transforma-se em vapor,
diluindo os gases;
3. O auxiliar da linha,
posicionado para a abertura
da porta de modo protegido,
abre a porta deixando à
mostra uma pequena fresta;
4. Pela fresta o
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Conforme as
condições confirmadas, a
abordagem prossegue de
modo diferente.
POSICIONAMENTO
OBSERVAÇÃO
ROTATIVA
TATO
AGUAR
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TATO AGUAR
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Características dentro da
edificação:
a) Presença de chamas em
algum cômodo;
b) Chamas tocando o teto ou a
capa térmica;
c) Ambiente ventilado
d) Fumaça quente irradiando
muito calor para os materiais do
ambiente ocasionando
termólise;
e) Risco de fenômenos de
ignição da fumaça sem onda de
choque
Procedimentos:
a) P.O.R.T.A.
Características:
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a) Fumaça cáqui
b) Saindo em lufada (ou pulsos) pelas frestas superiores das portas e janelas
c) Ar sendo sugado pelas frestas inferiores
d) Oleosidade nos vidros
e) Sons abafados no interior (efeito algodão)
f) Ambiente fechado, subventilado;
g) Sem luminosidade de chamas
h) Sem crepitar de chamas
i) Plano neutro no piso
Procedimentos :
a) P.O.R.T.A.
b) Pulsos: dois curtos – um acima de cada integrante da linha e um pulso médio
pelo vão da porta
c) Saturação por neblina.
Por isso, um ambiente em fase inicial deve ser abordado com toda atenção
e cautela e com os bombeiros adequadamente equipados.
FOCOS EM DESENVOLVIMENTO
Como já vimos anteriormente, na fase de desenvolvimento, a concentração
de oxigênio no ambiente permite a ocorrência de vivas chamas.
Deve-se tomar o cuidado para não jogar água em excesso, tanto para não
provocar danos materiais como também para não abaixar o nível da capa de
fumaça pela expansão do vapor d’água. O objetivo não é abaixar a fumaça. Isso
provocará a diminuição da visibilidade. A meta é tão somente o resfriamento dos
combustíveis da fumaça para que não entrem em ignição. Outro risco de jogar
água em excesso é que se a capa de fumaça abaixar demais pode sufocar
possíveis vítimas que se encontrem no ambiente ou nos ambientes anexos.
Uma vez estabilizado, o ambiente ele pode ser penetrado para a extinção
do foco por penciling ou até jato mole.
FOCOS INCUBADOS
Um ambiente em queima lenta apresenta uma série de riscos. O primeiro
deles é o sub-dimensionamento da potencialidade lesiva que apresenta. Por
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Nunca se deve esquecer que, mesmo que não haja oxigênio para a queima
viva, a termólise ocorre até com 0% de O2. Isso significa que, enquanto estiver
quente, o ambiente acumulará vapores combustíveis.
Assim que os sinais de risco diminuir, a porta deve começar a ser aberta
lentamente enquanto o operador do esguicho procura saturar a região superior do
cômodo nas imediações da porta na parte interna com pulso neblinado médio.
Uma vez que o ambiente foi abordado, ele deve ser dominado. Em um
ambiente em queima lenta, o calor e a fumaça devem ser dissipados para
prevenir novas ignições. Isso deve ser feito por meio de uma das técnicas de
ventilação. Os possíveis focos devem ser resfriados para que não entrem em
ignição à medida que a fumaça for expulsa.
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Objetivos:
Introdução:
Zona Morna – área com menor exposição aos riscos para seus ocupantes
onde pode permanecer equipamentos e bombeiros que darão suporte àqueles
que estão na Zona Quente.
Considerando tais aspectos consideramos que:
TÁTICA OFENSIVA – Combate e progressão na ZONA QUENTE;
TÁTICA DEFENSIVA – Combate a partir da ZONA MORNA.
FUMAÇA PRETA
- Rica em carbonos não consumidos;
- Indica que o teor de Oxigênio está entre 21 à 15% no ambiente;
- Indica que há chamas dentro dos compartimentos.
FUMAÇA BRANCA
- Rica em vapor de água;
- Indica que o incêndio está em secagem na fase inicial;
- Indica controle mediante agentes extintores.
FUMAÇA CAQUI
- Rica em vapores da pirólise;
- Indica que o incêndio está em decaimento por hipoventilação;
- Indica ambiente explosivo.
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Naturalmente, por si só, um sistema de comando e controlo não chega para que
as organizações atinjam qualquer resultado esperado. Porém, sem um sistema de
comando e controlo eficaz, nenhuma organização será capaz de atingir o
sucesso. Se aplicado eficazmente, um sistema de comando e controle
potencializa a capacidade da organização. Quando utilizado de forma ineficiente,
pode conduzir ao insucesso. Os sistemas de comando e controle são, deste
modo, um importante fator crítico de sucesso em qualquer organização.
“Quem está confuso na finalidade, não consegue responder ao seu inimigo” Sun
Tzu (A Arte da Guerra)
LIDERANÇA TOMADA
DE DECISÃO
DECISÃO
Para que tudo isto seja possível, é indispensável que o responsável esteja
investido de autoridade para poder atuar. Porém, essa autoridade não deve ser só
formal e institucional, isto é, derivada da função que o responsável exerce ou
baseada em regulamentos e normas. A autoridade exercida pelo responsável
deve ser, também, uma autoridade pessoal ou funcional, que é fundamental por
assentar na competência profissional e na capacidade de liderança.
REAÇÃO
Processos interativos
Convém ter presente que, por si só, a alta tecnologia não garante a eficácia
de um sistema de comando e controlo. Antes de mais, é necessário que se
disponha de pessoal qualificado e de doutrina, normas e procedimentos. Os
componentes da estrutura de apoio só existem para auxiliar as pessoas a
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Continuidade de comando
Clareza da cadeia de comando
Integração de comando
Descentralização
Confiança
Cooperação e compreensão mútuas
a. Unidade de comando:
Define-se como a subordinação de todos os meios a um único
comandante. E, ainda, a regra de que cada indivíduo só recebe ordens de um
único indivíduo – o seu chefe direto. Este princípio está em consonância com
comando único exposto na legislação operacional da proteção e socorro. Todos
os meios existentes em qualquer teatro de operações de proteção e socorro ficam
sob as ordens do COS.
Por outro lado, qualquer unidade operacional tem um chefe a quem cabe,
em exclusivo, orientar o pessoal que faz parte dessa unidade.
b. Continuidade de comando:
d. Integração de comando:
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
e. Descentralização:
f. Confiança:
A incerteza representa tudo o que não se sabe sobre uma dada situação.
Pode existir uma grande convicção sobre os factos que se observam numa dada
situação. Apesar disso, algumas dúvidas podem persistir em relação ao que
concluir sobre esses mesmos factos. Como não é possível eliminar totalmente a
incerteza, esta deve ser enfrentada e reduzida a um nível aceitável.
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Fase Passos
a. Recolher informação:
Por exemplo, optar por uma estratégia ofensiva, quando não há vítimas no
interior e a cobertura está na iminência de ruir, pode colocar as equipas em risco,
desnecessariamente. Neste caso, tendo em conta o risco em causa, a opção
deveria ser por uma estratégia defensiva.
Todas estas questões devem ser tidas em conta no plano de ação. O plano
de ação deve estabelecer as metas específicas que, quando alcançadas,
conduzam os trabalhos ao objetivo final.
Como atrás referido, a informação deve ser relevante para o recetor. Não
há qualquer vantagem na transmissão em pormenor tudo o que se passa na
operação. A informação deve ser clara e concisa. A sua eficácia melhora quando,
apenas, inclui os pormenores que interessam ao recetor. Porém, deve haver o
cuidado de não excluir informação que pode afetar indiretamente a atividade ou a
segurança de uma equipa, como, por exemplo, as atividades desenvolvidas por
outras equipas situadas em local próximo da primeira.
c. Controlar as atividades:
Os pontos de situação devem ser feitos numa base regular pelas estruturas
subordinadas em relação às estruturas de nível superior. As informações devem
fluir do chefe de equipa para o chefe de grupo (se existir), do chefe de grupo para
o comandante de setor e do comandante de setor para o COS (ou para o oficial
de operações). Ou seja, nos teatros de operações, o ponto de situação não é algo
que comece no comandante de setor e termine no COS.
Por outro lado, cabe ao COS assegurar que todos os envolvidos na cadeia
de comando são informados com regularidade das alterações do plano de ação,
do desenvolvimento da situação e dos progressos que vão sendo alcançados. A
atualização das informações interessa tanto ao pessoal que tem tarefas
específicas no teatro de operações, como aos responsáveis das estruturas
subordinadas.
Objetivos:
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Introdução:
3º) Com tais informações o operador deve acionar o alarme, para as guarnições,
retransmitindo todos os dados até então coletadas para o comandante
operacional do dia.
Todavia, operador da Central deve sempre ter em mente que todo e qualquer
acionamento de apoio a ocorrências, somente deverá ser realizado mediante
solicitação do comandante de operações, sob pena de prejudicar o
comandamento da operação no local do sinistro.
Sempre que possível, a aproximação do local deve ser feita através de rotas que
permitam circundar a edificação por todas as suas faces, mesmo que
parcialmente. Este procedimento proporcionará uma noção mais precisa das reais
condições do incêndio.
Reconhecer;
Avaliar;
Decidir.
O reconhecimento da situação consiste na identificação do problema, ou
seja, a reunião de todas as informações disponíveis a respeito das anormalidades
que estão ocorrendo. Importante ressaltar que no reconhecimento da situação,
além da análise visual realizada pelo comandante da operação, somam-se as
informações de terceiros, como do proprietário do edifício, moradores vizinhos,
etc., os quais poderão contribuir sobremaneira para que diversos aspectos ocultos
ao comandante, tais como: tipo de estrutura da edificação, tempo de início do
incêndio, etc., sejam trazidos ao seu conhecimento.
a) Energia Elétrica:
O combate ao incêndio propriamente dito, deve ser precedido do corte de
energia elétrica da edificação, evitando assim acidentes com a utilização de água
sobre superfícies energizadas.
Colapso Estrutural:
Um incêndio de grandes proporções em edificações produzirá a irradiação de
altíssimas temperaturas, as quais atuarão violentamente sobre a estrutura do
edifício. Os elementos com funções estruturais, sofrem uma redução progressiva
de seção, quando expostos a ação do fogo, o que poderá conduzir ao colapso da
estrutura. Como regra geral, qualquer deformação aparente é sinal de risco e
deve ser rigorosamente avaliada.
Explosões:
Outro risco importante a ser considerado em operações de resgate e combate a
incêndios, refere-se as explosões.
O procedimento padrão, sempre que o edifício não possuir sistema de gás central
canalizado, será o seguinte:
locais aquecidos pelo incêndio, deverão ser realizadas sob resfriamento de jato
neblinado de água.
e) Queda de Objetos:
Nos incêndios em edificações é comum a queda de objetos sobre as regiões
circunvizinhas do edifício durante as operações de combate a incêndios, tais
como: pedaços de telhas, vidros estilhaçados, pequenas partes da alvenaria da
edificação, entre outros.
Fumaça:
De acordo com o explicado anteriormente, nos produtos da combustão, a fumaça
é um impiedoso inimigo dos bombeiros em situação de incêndio, principalmente
em edificações verticalizadas, onde as rotas de fuga são restritas e os processos
de ventilação são mais difíceis de serem realizados.
Chama e Calor:
A produção de chamas e calor também são características desse tipo de incêndio,
podendo colocar em risco a integridade física dos bombeiros que estiverem
próximos à edificação. A carga de incêndio existente na edificação, principalmente
de ocupação comercial (escritórios), geralmente é muito alta, favorecendo a
rápida propagação do incêndio, produzindo grande quantidade de chamas e
irradiando fortes ondas de calor.
c. Armador de ligação;
d. Auxiliar de ligação;
Montagem de Estabelecimento
Guarnição Reduzida
Montagem de Estabelecimento
Guarnição Padrão
Montagem de Estabelecimento
Guarnição Ampliada
ouvir o pronto das linhas de ataque ordenará ao COV o envio de água. Por
fim, se posicionará em local seguro para coordenação do ataque.
c. Condutor e Operador de Viatura – Cabe ao COV conectar a primeira
mangueira e operar a bomba.
d. Chefe da primeira linha - Aguardará o comando de “Bomba Armar”, se for
necessária transportará e conectará a sexta mangueira na linha de ligação
(L6) na demais mangueiras ou no divisor. Transportará e conectará as
mangueiras pares da primeira linha (A2P, A4P e A6P) e o esguicho.
Quando ele conectar o esguicho, se certificar que as demais conexões
estão prontas e que o Auxiliar está em posição gritará ou avisará no rádio
“primeira linha pronta”.
e. Chefe da segunda linha - Aguardará o comando de “Bomba Armar”, se for
necessária transportará e conectará a quinta mangueira na linha de ligação
(mangueira L5) na demais mangueiras ou no divisor. Transportará e
conectará as mangueiras pares da segunda linha (A2S, A4S e A6S) e o
esguicho. Quando ele conectar o esguicho, se certificar que as demais
conexões estão prontas e que o Auxiliar está em posição gritará ou avisará
no rádio “segunda linha pronta”.
f. Auxiliar da primeira linha – Aguardará o comando de “Bomba Armar”.
Transportará e conectará a quarta mangueira da linha de ligação (L4) nas
demais mangueiras ou no divisor. Transportará e conectará as mangueiras
impar na linha de ataque da segunda linha (A1S, A3S e A5S) nas demais,
no divisor e no esguicho.
g. Auxiliar da segunda linha – Aguardará o comando de “Bomba Armar”.
Transportará e conectará a terceira mangueira da linha de ligação
(mangueiras L3) nas demais mangueiras ou no divisor. Transportará e
conectará as mangueiras impar na segunda linha de ataque da (A1S, A3S
e A5S) nas demais, no divisor e/ou no esguicho.
h. Chefe da Linha de Ligação - Aguardará o comando de “Bomba Armar
Transportará e conectará a segunda mangueira da linha de ligação (L2)
nas demais mangueiras ou no divisor. Transportará e entregará ao Chefe e
Auxiliar da segunda linha as mangueiras de 1 ½, sem ingressar na zona
quente.
i. Auxiliar de Linha de Ligação – Aguardará o comando de “Bomba Armar”.
Transportará e conectará a primeira mangueira da linha de ligação (L1) nas
demais mangueiras ou no divisor. Transportará e entregará ao Chefe e
Auxiliar da primeira linha mangueiras de 1 ½, sem ingressar na zona
quente.
Guarnição Padrão
e. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Ordena o Chefe de linha 1 e auxiliar de linha 1 a checar caixa de
incêndio que será utilizada para o combate, antes da conexão,
verificar pressão e operância do Sistema Preventivo da
Edificação.
● Ordenar a subida da equipe (Chefe Linha 2 e Auxiliar de linha 2)
de combate pelas escadas, até o pavimento inferior ao
incendiado ou, se as condições permitirem, até o mesmo
pavimento.
Considerações:
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Considerações:
Guarnição Reduzida
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
a. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Checar caixa de incêndio que será utilizada para o combate,
antes da conexão, verificar pressão e operância do Sistema
Preventivo da Edificação.
● Ordenar a subida da equipe de combate pelas escadas, até o
pavimento inferior ao incendiado ou, se as condições permitirem,
até o mesmo pavimento.
Considerações:
Considerações:
Içamento de Ligação
Guarnição Padrão
Observação: Até o 3º pavimento é utilizado o mesmo padrão de
montagem de estabelecimento, porém é considerado içamento de Linha /
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a. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Determina a quantidade de mangueiras que serão utilizadas de
acordo com a altura em que está ocorrendo o incêndio;
● Define se o divisor será posicionado no andar imediatamente
inferior ao incêndio ou no mesmo pavimento caso seja possível;
● Ordenar a subida da equipe de combate pelas escadas, até o
pavimento inferior ao incendiado ou, se as condições permitirem,
até o mesmo pavimento
● Responsável pela comunicação via rádio, entre solo e andar do
incêndio, checando e recebendo o pronto das amarrações,
ligações e linhas dos seus respectivos responsáveis para
comandar a pressurização do sistema.
● Por fim, se posicionará em local seguro para coordenação do
ataque.
Considerações:
c. Chefe de Linha 1
● Conduz os fardos de mangueiras de ligação e ataque,
acondicionados em Zig Zag e em “O”, contendo o esguicho de
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
d. Auxiliar de Linha 1
● Sobe transportando um cabo e uma mochila de suprimentos
contendo, adaptação, redução, chave de mangueira, cabos
solteiro e divisor até o andar determinado pelo CG, e lança o
cabo para baixo.
● Após o pronto do CG, iça a ligação e realiza a ancoragem em um
ponto seguro, com o auxílio do chefe de linha.
● Assume a sua linha e dá voz de pronto a mesma.
e. Chefe de Linha 2
● Se houver necessidades operacionais de delimitação e
sinalização da cena, o mesmo executa.
● Auxilia o COV nas amarrações de juntas das mangueiras e na
extremidade da última mangueira usando os cabos lançados ao
chão pelo auxiliar
● Sobe realizando as ancoragens nas demais juntas da ligação que
estão nos pavimentos inferiores ao do incêndio.
● Identifica o local do divisor, e sobe ordem do CG estabelece
outra linha de ataque.
f. Auxiliar de Linha 2
● Auxilia o COV nas amarrações de juntas das mangueiras e na
extremidade da última mangueira usando os cabos lançados ao
chão pelo auxiliar
● Sobe ordem do CG, sobe conduzindo os fardos de mangueiras
de ligação e ataque, acondicionados em Zig Zag e em “O”,
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Içamento de Ligação
Guarnição Reduzida
Observação: Até o 3º pavimento é utilizado o mesmo padrão de
montagem de estabelecimento, porém é considerado içamento de Linha /
mangueira, e não é necessário amarrações das conexões stors, nem ancoragem
das mangueiras nos pavimentos inferiores ao do combate. .
a. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Determina a quantidade de mangueiras que serão utilizadas de
acordo com a altura em que está ocorrendo o incêndio;
● Define se o divisor será posicionado no andar imediatamente
inferior ao incêndio ou no mesmo pavimento caso seja possível;
● Ordenar a subida da equipe de combate pelas escadas, até o
pavimento inferior ao incendiado ou, se as condições permitirem,
até o mesmo pavimento
● Responsável pela comunicação via rádio, entre solo e andar do
incêndio, checando e recebendo o pronto das amarrações,
ligações e linhas dos seus respectivos responsáveis para
comandar a pressurização do sistema.
● Por fim, se posicionará em local seguro para coordenação do
ataque.
Considerações:
c. Chefe de Linha
● Conduz os fardos de mangueiras de ligação e ataque,
acondicionados em Zig Zag e em “O”, contendo o esguicho de
vazão regulável conectado na extremidade interna da mangueira
em ‘O’. até o local determinado pelo Chefe de Guarnição.
● Realiza o içamento e a ancoragem da ligação junto com o
auxiliar.
● Realiza a ancoragem do divisor no local determinado pelo CG.
● Conecta a extremidade da mangueira acondicionada em Zig Zag
no divisor e desenvolve a linha até o local próximo do incêndio;
● Coloca a mangueira em “O”, no chão, conecta a mangueira na
linha de ligação, que ao ser pressurizada estará pronta para o
ataque.
● Chefe de linha certifica-se que as demais conexões estão
prontas, que o auxiliar está em posição e avisará no rádio “linha
Pronta”.
d. Auxiliar de Linha
● Sobe transportando um cabo e a mochila de suprimentos
contendo, adaptação, redução, chave de mangueira, cabos
solteiro e divisor. até o andar determinado pelo CG, e lança o
cabo para baixo.
● Após o pronto do CG, iça a ligação e realiza a ancoragem em um
ponto seguro, com o auxílio do chefe de linha.
● Desce aos pavimentos inferiores, realizando as ancoragens nas
demais juntas da ligação.
● Sobe para assumir a sua linha e dá voz de pronto a mesma.
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a. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Determinar a quantidade de mangueiras que serão utilizadas de
acordo com a altura em que está ocorrendo o incêndio;
● Define se o divisor será posicionado no andar imediatamente
inferior ao incêndio ou no mesmo pavimento caso seja possível;
● Sobe transportando a mochila de suprimentos contendo, divisor,
chave de mangueiras, cordeletes, corda, redução/adaptação.
● Ordenar a subida da equipe de combate pelas escadas, até o
pavimento inferior ao incendiado ou, se as condições permitirem,
até o mesmo pavimento
● Responsável pela comunicação via rádio, entre solo e andar do
incêndio, comandará a pressurização do sistema via rádio ao
condutor e coordenará a ação das linhas.
Considerações:
c. Chefe de Linha 1
d. Auxiliar de Linha 1
e. Chefe de Linha 2
● Se houver necessidades operacionais de delimitação e
sinalização da cena, o mesmo executa.
● Conduz um fardo com duas mangueiras de 38 mm
acondicionadas em Zig Zag e em “O”, Contendo o esguicho de
vazão regulável conectado na extremidade interna da mangueira
em ‘O’.
● Assim que Chefe de Linha 1 e o Auxiliar de Linha 1 subirem o o
chefe de linha 2 sobe, fazendo o seio da ligação retirando a
mesma das quinas da escada e assume o divisor. Fará as
conexões ao divisor.
● Ao chegar no local do combate realiza o transporte e
desenvolvimento das linhas de ligação e ataque junto com o
auxiliar de linha 2.
f. Auxiliar de Linha 2
● Conduz um fardo com duas mangueiras de 38 mm
acondicionadas em Zig Zag e em “O”, Contendo o esguicho de
vazão regulável conectado na extremidade interna da mangueira
em ‘O’.
● Assim que o Chefe de Linha 1 e o Auxiliar de Linha 1 subirem o
Auxiliar de linha 2 sobe, fazendo o seio da ligação retirando a
mesma das quinas da escada e assume o divisor. Fará as
conexões ao divisor.
a. Comandante de Guarnição
● Chegando ao local confirmar o andar do incêndio.
● Definir o melhor local de acesso para a equipe.
● Determinar a quantidade de mangueiras que serão utilizadas de
acordo com a altura em que está ocorrendo o incêndio;
● Define se o divisor será posicionado no andar imediatamente
inferior ao incêndio ou no mesmo pavimento caso seja possível;
● Sobe transportando a mochila de suprimentos contendo, divisor,
chave de mangueiras, cordeletes, corda, redução/adaptação e
duas mangueiras de 38mm acondicionadas Zig Zag e em “O”,
Contendo o esguicho de vazão regulável conectado na
extremidade interna da mangueira em ‘O’.
● Ordenar a subida da equipe de combate pelas escadas, até o
pavimento inferior ao incendiado ou, se as condições permitirem,
até o mesmo pavimento
● Assim que Chefe de Linha e o Auxiliar subirem o CG sobe,
fazendo o seio da ligação retirando a mesma das quinas da
escada e assume o divisor. Fará as conexões ao divisor.
● Responsável pela comunicação via rádio, entre solo e andar do
incêndio, comandará a pressurização do sistema via rádio ao
condutor e coordenará a ação das linhas.
Considerações:
c. Chefe de Linha
d. Auxiliar de Linha
Desmontagem de estabelecimento.
OPERAÇÕES OFENSIVAS
São ações - agressivas - de combate ao incêndio, realizadas desde que as
condições permitam o acesso da guarnição no interior da edificação com
segurança. Tais ações agressivas, visam a extinção do incêndio, o seu
confinamento – evitar a propagação – e o resgate das vítimas de forma célere. As
operações ofensivas se caracterizam principalmente pela entrada e permanência
do bombeiro com segurança no interior das edificações, observe na figura abaixo
os procedimentos a serem adotados em operações ofensivas.
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
OPERAÇÕES DEFENSIVAS
As operações defensivas são práticas que se caracterizam geralmente pelo
combate externo à edificação, em virtude dos riscos iminentes aos bombeiros no
seu interior, forçando assim, o comando da operação optar pelo
desencadeamento de operações defensivas de enfrentamento ao sinistro com
objetivo de evitar a propagação do incêndio para outros pavimentos, da própria
edificação ou edificações vizinhas.
a) Busca inicial;
b) Busca avançada.
As equipes de busca realizaram procedimentos com intuito de salvamento
das vítimas no interior das edificações, devendo obrigatoriamente observar alguns
fatores: as fases do incêndio, a localização e o número de vítimas.
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a) Entradas Forçadas
As entradas forçadas ocorrem quando a guarnição devido a barreiras (muros,
portas, janelas, sacadas, etc...) não conseguem acessar à área do incêndio. O
grau de dificuldade dessa atividade está diretamente relacionado com o tipo de
obstáculo encontrado.
b) Ventilação
A ventilação (extração planejada e sistemática de calor, fumaça e gases do
incêndio da edificação) é considerada a principal ação tática de proteção que
visa substituir a atmosfera quente e contaminada existente nos ambientes
fechados do local sinistrado. Trata-se de uma ação de suporte que facilita o
trabalho durante os serviços de confinamento e extinção do fogo.
c) Iluminação
A iluminação é a ação das equipes de bombeiros que visa garantir a visibilidade
no local do sinistrado e em consequência aumentar a segurança, pois é comum
os colapsos no fornecimento de energia elétrica no incêndio.
d) Abertura de Acessos
Abertura de acessos são as ações para garantir um acesso da água sobre um
foco de incêndio oculto. Trata-se de um procedimento importante, pois caso os
espaços vazios não forem abertos e observados, o fogo poderá propagar-se
comprometendo a estrutura da edificação. Esses trabalhos implicam na derrubada
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de paredes, forros, tetos falsos, abertura de pisos, tudo para permitir o ataque de
um fogo oculto.
Todavia, quando fazer a abertura de portas faça-o com cuidado, verifique a sua
temperatura com um toque das mãos. Não fique em pé ou defronte a uma porta,
mantenha-se lateralmente a ela e abra agachado. Se houver fogo no
compartimento, o calor e os produtos da combustão passarão por cima de você.
Utilize as portas que abrem em sua direção como um “escudo” e sempre tenha
uma linha de proteção para adentrar no local sinistrado pois tais ações visam
resguardar os Bombeiros dos fenômenos “Backdraf e Flashover”.
7.2.13 Rescaldo
7.2.14 Desmobilização
operacional.
vistoria.
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Introdução
A presente lição irá abordar a aplicação do Sistema de Comando de
Incidentes no Combate a Incêndios. Para tanto, utilizar-se-á como base teórica
o Manual de Combate a Incêndios de Goiás. No referido Manual, para demonstrar
como a ferramenta SCI pode ser empregada de uma forma eficiente em uma
operação de combate a incêndios, é trazido um estudo de caso, demonstrando
como podem ser aplicadas as fases do combate a incêndios ligados aos oito
passos da tarjeta de campo1 para organizar o sinistro. Na sequência, são
1 Ferramenta de SCI utilizada pela primeira equipe que chega com capacidade
operacional para atender o sinistro. Tal ferramenta será melhor explicada em outra
disciplina.
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Aviso do incidente
Assumir e estabelecer o PC
8.3.3 Reconhecimento
Tarjeta de campo: Avaliar da Situação
PRESSÃO VOLUME
8.3.4 Planejamento
Assim que finalizar a avaliação/reconhecimento, de posse do conhecimento
da situação atual do incidente, o comandante do incidente fará o planejamento
das ações de resposta. Esta fase do combate a incêndio está diretamente ligada
ao quinto e sexto passo da tarjeta de campo, que consiste basicamente em traçar
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8.3.5 Estabelecimento
Tarjeta de campo: Estabelecer as instalações, solicitação dos recursos
adicionais
b) Seção de Operações
como esta, o ideal é que o chefe da seção de operações crie divisões ou grupos
para facilitar o gerenciamento das ações de resposta. Uma opção seria dividir a
colocando um supervisor para cada face, utilizando por exemplos letras para
Outra opção, que será empregada nesta ocorrência, é criar uma divisão interna e
outra externa, colocando para tanto um supervisor responsável por cada uma.
No caso de optar pela organização por grupos, esse incidente poderia ser
da vítima que descolou para o terraço, e seria criado outro grupo ou divisão para
c) Seção de Planejamento:
seu Cartão T (formulário SCI 219) para o encarregado da área de espera e assim
d) Seção de logística
ações que servirão para dar o suporte necessário as equipes que estão atuando
e) Unidade Médica
magnitude, esteja prevista uma equipe para dar um suporte pré-hospitalar aos
que não possua recursos médicos disponíveis, os bombeiros que saem de dentro
Para este incidente serão estabelecidas as seguintes ações por essa unidade:
Empenho de uma equipe USA para fazer a avaliação dos membros das
tratamento de lesões.
• Realizar substituição de cilindros e ajustes das EPRA’s dos bombeiros que saírem
do shopping e que serão novamente designados;
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f) Unidade de Comunicação
• Comandante do incidente
Oficial de segurança
• Comandante do incidente
resposta.
8.3.6 Controle
Nesse momento o Comandante do incidente verificará o andamento das ações
atribuições que lhes foram repassadas estão sendo devidamente cumpridas. Para
tanto, neste incidente ele irar questionar cada uma realizando as seguintes
perguntas:
a) Oficial de segurança
d) Chefe da logística
▪ Verificação de locais que devem ser preservados durante a execução das demais
atividades
▪ Verificação dos produtos de alto valor existentes nas lojas, principalmente de
comércio de joias e eletrônicos, visando à preservação destes;
▪ Verificação da existência de produtos perigosos nas lojas da praça de
alimentação.
▪ Estrutura da edificação visando preservar a integridade física dos bombeiros que
farão as atividades de rescaldo no local
8.3.8 Rescaldo
Essa fase, assim como a Inspeção final, foi estabelecida como uma ação
planejada desde o momento que foi realizado o planejamento da operação. Neste
momento ela será executada, e nesse caso consistirá basicamente em:
• Empenhar uma equipe do ABT que estava na área de espera para realização das
atividades, visto que as equipes que estavam atuando no combate estão bastante
desgastadas;
• Assim que a atividades estiverem concluídas, devido a magnitude e complexidade
do incidente a equipe que ficou responsável apenas pelo rescaldo deverá ficar no
local por mais 3 horas, atentando para uma possível reignição do incêndio.
8.3.9 Desmobilização
Tendo finalizado as ações de resposta ao incidente chega então o momento de
realizar as atividades atinentes ao processo de desmobilização, para esse
incidente serão realizadas as ações abaixo elencadas:
Resumindo
Nesta lição você aprendeu, utilizando como base um caso concreto, como se dá a
aplicação do Sistema de Comando de Incidentes no Combate a Incêndios. Faça
agora os exercícios e estude para a avaliação final.
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9.VENTILAÇÃO CONTROLADA EM
OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS
Caro aluno,
Bons estudos.
OBJETIVOS:
10. Descrever os passos dos membros de uma guarnição ventilação forçada num
incêndio.
Introdução
Sabemos que dos produtos da combustão é a vapor de água, vapores da
pirólise, carbono não consumido e outros gases que compões a fumaça. E que
nos compartimentos lidamos com fumaça quente, móvel, inflamável, tóxica e
opaca. Disso decorre que qualquer operação que vise controlar incêndios deverá
manejar de forma técnica os gases e vapores produzidos no incêndio. No entanto,
ao se retirar o produto da combustão necessariamente vamos substitui-lo por
comburente. O que torna complexa as iniciativas de ventilação.
a) Quanto ao Meio.
Toda ventilação implica em pelo menos uma abertura de saída dos vapores e
outra de entrada de ar limpo. Nesse caso podemos usar aberturas já existente
nas edificações o criar buracos nas paredes ou nos telhados. Geralmente os
meios criados serão destrutivos e os meios existentes podem ser destrutivos ou
não. Quanto a isso, a facilidade e a agilidade do uso de aberturas existente
deverá ser a primeira escolha dos bombeiros.
b) Quanto ao Fluxo.
Nesse aspecto a Ventilação pode ser vertical ou horizontal. Quando
dizemos vertical nos referimos a aberturas feitas nos tetos e telhados. Por
corrente de convecção a fumaça aquecida irá logicamente ser escoada para o
exterior do cômodo. Já no tipo horizontal percorrerá toda a área entre a abertura
de saída e a de entrada. Nesse caso pode-se usar portas e/ou janelas que farão a
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
troca do ar limpo pela fumaça. Como o fluxo horizontal pode sofrer influências
descontroladas, vento externo por exemplo, e a propagação do calor é menor
quando o fluxo é vertical deve-se preferir esse último.
c) Quanto ao Método.
A fumaça tende a sair dos cômodos sinistrados naturalmente. No entanto, isso
pode ser potencializado com o uso de equipamentos específicos. Logo, os dois
métodos podem ser natural ou forçada. No método natural o bombeiro irá
manipular apenas as aberturas de forma a proporcionar o escoamento da fumaça
e entrada de ar. Já na Ventilação Forçada, com uso de equipamentos, há duas
possibilidades: a negativa e a positiva.
Mas qual preferir? Como a ventilação natural depende muito das correntes
de ar externas, esse método não promove um real controle da ventilação. As
alterações do sentido do vento podem prejudicar as operações. Já a ventilação
forçada, se bem treinada, é realmente controlada. Além disso, é possível
proporcionar uma ventilação natural e depois de avaliação fazer uso de
equipamentos.
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COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
d) Quanto a Técnica.
Nesse aspecto a VC pode ser defensiva ou ofensiva. Será defensiva
quando o fluxo do ar limpo e o escoamento da fumaça não passarem pelas áreas
atingidas pelas chamas. Com isso é possível as áreas onde estão os salvados
ficarão mais limpas e com menor risco de flashover. Já quando o ar limpo rico em
comburente é conduzido até as áreas atingidas estamos proporcionando uma
Ventilação Ofensiva.
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR – ABM
COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Procedimentos
4º Se a ventilação natural não for suficiente, o que é improvável, para uma boa
visualização do interior do cômodo proceda a ventilação forçada;
COMANDANTE DE GUARNIÇÃO
CHEFE DE LINHA
AUXILIAR DE LINHA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS