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1 INTRODUÇÃO 3
2 FINALIDADE E OBJETIVOS 5
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 6
4 EQUIPES DE MERGULHO 22
4.1 Especificação das equipes de mergulho 24
4.1.1 Equipe nível 1 24
4.1.2 Equipe nível 2 25
4.1.3 Equipe nível 3 26
4.1.3.1 Riscos associados à poluição e contaminação 27
4.1.4 Equipe nível 4 29
4.2. Aspectos gerais 31
5 CREDENCIAMENTO DE MERGULHO 32
5.1 Estrutura e Plano de Ensino 33
5.2 Coordenação e corpo docente 34
5.3 Condições para aprovação 35
6 QUALIFICAÇÃO, REQUALIFICAÇÃO E RECICLAGEM 35
6.1 Qualificação 35
6.2 Requalificação 36
6.3 Reciclagem 36
7 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS 37
7.1 Acionamento da equipe de MSP 39
7.2 Preparação do equipamento 39
7.2.1 Equipamentos mínimos 41
7.4 Deslocamento 44
7.5 Análise da cena 45
7.6 Sistema de Comando de Operações 46
7.7 Ações de segurança 47
7.8 Disposição dos equipamentos e materiais 47
7.9 Plano de buscas 48
7.10 Execução de Buscas 50
7.11 Encerramento ou suspensão das Buscas Submersas 51
7.11.1 Encontro do objeto 53
7.11.2 Esgotamento do recurso de Ar 53
7.11.3 Em atenção aos limites impostos pelas TLSD 54
7.11.4 Alterações climáticas e ambientais que ofereçam risco 55
7.11.5 Exposição excessiva dos militares e esgotamento físico 56
7.11.6 Surgimento de riscos 57
7.11.7 Prescrições diversas 57
7.12 Finalização dos trabalhos no local 58
7.11 Atividades pós-operação 59
8 RESPONSABILIDADES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE MERGULHO 60
8.1 Oficial de Mergulho da Unidade 60
8.1.1 Controle de treinamentos 61
8.1.2 Controle de equipamentos 62
8.1.3 Definição das equipes 62
8.1.4 Controle do livro de registro de mergulho 62
8.2 Supervisor da equipe de MSP 63
8.3. Mergulhadores 65
9 PLANO DE EMERGÊNCIA 65
9.1 Tipos de acidente de mergulho mais comuns 66
9.2 Ativação do plano 69
9.3 Responsável pela ativação 69
9.4 Desenvolvimento da ativação 69
9.5 Remoção do militar acidentado 71
9.6 Detalhamento das fases do plano e critérios para estruturação 71
9.6.1 Prevenção 71
9.6.2 Resposta 73
9.6.3 Alarme 75
9.6.4 Acionamento dos recursos 75
9.6.5 Transporte de emergência 75
9.6.6 Mobilização adicional de recursos 76
9.6.7 Confecção de relatório 76
9.6.8 Atribuições gerais 77
BIBLIOGRAFIA 78
ANEXO A - QUESTIONÁRIO OPERAÇÕES SUBMERSAS 80
ANEXO B - CHECKLIST 82
ANEXO C - TABELAS DE LIMITES SEM DESCOMPRESSÃO (TLSD) 83
ANEXO D - CADERNETA DE MERGULHO INDIVIDUAL 86
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Vital (1997), de 1957 até 1997, num período de 40 anos, foram registrados
14 óbitos em serviço, relacionados às operações submersas. Após esse período, até o
presente ano, foram registrados mais 3 óbitos em serviços da mesma natureza, de um total
de 55 óbitos de militares em serviço.
Considerando os dados contidos no Anuário Estatístico do CBMMG, para o ano de 2021,
das 416.222 ocorrências atendidas, apenas 217 envolvem o mergulho autônomo,
representando um volume percentual de apenas 0,05% de ocorrências. Neste contexto,
temos mais de 30% de todos os acidentes fatais envolvendo militares em serviço, ocorridos
em um universo extremamente restrito de atuação, configurando um dado alarmante.
Somados a estes fatores, os dispositivos contidos na NORMAM 15, norma editada pela
Marinha do Brasil, em que consideram-se condições perigosas executadas no mergulho
autônomo a movimentação de carga submersa, a visibilidade baixa, a realização de
mergulhos em águas poluídas e a existência de obstáculos submersos.
2 FINALIDADE E OBJETIVOS
A presente Instrução Técnica Operacional (ITO) tem por finalidade atualizar e disciplinar as
ações dos militares do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) em
atendimento às ocorrências envolvendo operações submersas de modo que sejam mais
efetivas e seguras para as guarnições. A presente ITO tem ainda como objetivo específico:
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Acidente descompressivo
Água contaminada/poluída
Qualquer porção de água que teve suas condições naturais e características físicas e
químicas alteradas em decorrência da presença de materiais, organismos causadores de
doenças ou substâncias que podem ocasionar problemas de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 80% das doenças
no mundo sejam causadas pela ingestão de água imprópria para o consumo.
De acordo com as definições do Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, águas
poluídas podem não ser contaminantes. A poluição decorre da modificação das
características físicas e químicas da água, como presença de resíduos, plástico,
detergentes, matéria orgânica, etc.
Apnéia
Autonomia de Gás
Cálculo realizado para estimar o tempo médio de trabalho que poderá ser desempenhado
pelo mergulhador submerso, como fator subsidiário à segurança na operação de mergulho,
para além do controle de tempo de mergulho imposto pelas tabelas de limites sem
descompressão.
A = Q/C
A: Autonomia
Q: Quantidade de ar disponível no cilindro (considerar o volume do cilindro e sua
pressão de trabalho)
C: Consumo (obtido pelo cálculo da TCS)
Deve-se considerar, para o cálculo de autonomia, os cilindros contendo 200 BAR de ar
comprimido, volume de ar com o qual os mergulhos, sob qualquer condição, devem ser
iniciados, devendo ainda prever a reserva de segurança de 50 BAR no cilindro, em que
seu uso (emergencial) não deve ser considerado para cálculo de autonomia em
hipótese alguma, conforme exemplo abaixo:
Bail Out
Barotrauma
Todo trauma ocasionado pela variação de pressão sem a devida equalização das pressões
dos espaços aéreos corporais, com a pressão ambiente, podendo ocasionar lesões sobre
tecidos e cavidades corpóreas.
Bússola submersível
Cabo de fundo
São cordas ou cordins que vão da superfície até o fundo, tendo suas extremidades
amarradas a uma bóia na superfície da água e a uma poita no fundo do balneário. Serve
para auxiliar o mergulhador na descida e subida de forma controlada e segura.
Cabo guia
Câmara de descompressão
Colete equilibrador
Comutador de Gás
Condições perigosas
Sua pressão máxima admitida de trabalho é de 200 BAR, com função precípua de
armazenamento de ar sob pressão, ao qual se acoplam válvulas reguladoras de pressão.
Descompressão
Acidente de mergulho decorrente de formação de bolhas de gás inerte nos tecidos do corpo
humano ou na corrente sanguínea, em quantidade capaz de produzir lesões de gravidade
variável. Em geral, é evitada pelo cumprimento de tabelas de limites sem descompressão,
que estabelecem um retorno gradual à superfície.
Efeito direto da variação de pressão que ocorre quando o mergulhador, tendo inspirado ar
comprimido em profundidade, retorna a superfície sem expiração adequada, causando
lesões importantes e de alto risco.
Esse efeito é provocado pela Lei de Boyle, quando a pressão externa diminui devido ao
processo de retorno à superfície, e o volume de ar retido no interior dos pulmões (ou outra
cavidade aérea) aumenta, sem que seja exalado. Como os tecidos e estruturas rígidas e
semi-rígidas têm sua dilatação, expansão, complacência ou elasticidade limitada, poderá
haver uma hiperdistensão das estruturas, que poderão se romper.
Equipamento autônomo de circuito aberto
Também denominado Unidade de SCUBA (sigla para Self Contained Underwater Breathing
Apparatus), é o equipamento básico utilizado nas operações ordinárias de mergulho do
CBMMG que garante ao mergulhador a autonomia respiratória enquanto submerso.
Equipe mínima
Equipe composta por 3 mergulhadores, cuja característica das equipes será alterada de
acordo com a profundidade e complexidade das operações de mergulho, sendo dividida
em 4 níveis.
Esmagamento
Mergulhos nos quais o tempo de fundo e/ou a profundidade ultrapassam os limites impostos
pela tabela de limites sem descompressão, implicando em riscos maiores para o
mergulhador.
Fonte alternativa de ar
Gancho de Recuperação
Assim, estando o bombeiro militar agindo em seu estrito cumprimento do dever legal
associado ao estado de necessidade em função das situações adversas que o meio líquido
oferece em determinadas condições, o uso do gancho de recuperação é o meio mais
adequado.
Nos casos em que seja possível o emprego de métodos menos invasivos, somado à
inexistência de potencializado risco à saúde ou a vida do militar, estes deverão ser
empregados em detrimento do uso do gancho.
Por fim, o emprego do gancho de recuperação deve ser devidamente relatado no REDS,
fazendo constar no relatório em que parte do corpo o equipamento se prendeu.
Indicado por uma letra contida na tabela de limites sem descompressão, relaciona-se com
a quantidade de nitrogênio residual retido no organismo de um mergulhador após um dado
mergulho, que deve ser considerado para o mergulho repetitivo.
Harness de segurança
Hipercapnia
Lift bag
Manômetro
Mergulhador
Nesse caso, a atividade será precedida de avaliação da Equipe de Mergulho (com função
de assessoria) e de autorização do Comandante da UEOP/fração até o nível mínimo de
Pelotão BM.
Narguilê
Operações Submersas
Parada de Descompressão
Rebreather
Redemoinho
Reflutuação
Procedimento realizado para trazer à superfície objetos de peso elevado que superem a
capacidade dos mergulhadores, sendo para tanto utilizado suprimento de ar alternativo,
que deve ser ancorado à carga para inflagem de equipamentos específicos. A depender da
carga do objeto e da acessibilidade do local, guindastes poderão ser utilizados, desde que
operados por pessoal capacitado.
Regras de Segurança
Remanso
Cessação de movimento da água, com leve retorno devido a presença de anteparo natural,
após verificada correnteza. Água estagnada.
Roupa seca
Tem, nas variações de sua composição, seu emprego com máscara full face ou capacete
tipo KMB, que garante isolamento integral do mergulhador com o meio, sendo empregado
nos casos em que as equipes de mergulho devem garantir o isolamento total em relação
ao meio aquático.
Roupa úmida
Stage
Durante todo o percurso de retorno, a válvula reguladora deve ser mantida na boca do
mergulhador.
Supervisor de mergulho
Tabela de Descompressão
Tabela que fornece o tempo máximo de fundo permitido em cada profundidade, respeitados
os limites não-descompressivos.
Usada para determinação do tempo de Nitrogênio residual nos mergulhos repetitivos, que
apresenta valores pré-definidos a serem considerados no mergulho repetitivo, limitando o
tempo a variar de acordo com a profundidade. Fornece grupos de repetição para intervalos
de superfícies maiores que 10 (dez) minutos e menores que 12 (doze) horas.
TCS
Sigla para Taxa de Consumo na Superfície, é o cálculo utilizado para verificar a quantidade
de ar (em bar) consumidas pelo mergulhador individualmente, em determinado período de
tempo e em determinada profundidade, que fornecem, a partir do seu emprego em
planejamento específico, a autonomia de ar para cada mergulhador.
Exemplo:
É o tempo gasto pelo mergulhador, desde que ele deixa o fundo até chegar à superfície,
momento em que, naturalmente, em decorrência da redução de pressão absoluta, ocorre a
descompressão dos gases.
Umbilical
Conjunto formado pela mangueira, cabo guia, linha de comunicação entre outras, se
houver, usados nos equipamentos de mergulho dependente.
Válvulas reguladoras
4 EQUIPES DE MERGULHO
Via de regra, as operações de mergulho deverão ser iniciadas às 8 horas da manhã e serão
executadas enquanto as condições de luminosidade natural permitirem, principalmente na
parte seca da operação, que poderá ser mantida ainda na disponibilidade de luminosidade
artificial.
Detalhamento de
ocorrências Nº de ocorrências até 5mt de 780
envolvendo profundidade
afogamento e busca e
recuperação, Nº de ocorrências com profundidade 163
compreendidas entre compreendida entre 5mt e 8mt
2018 e 2022
Nº de ocorrências com profundidade 94
compreendida entre 8mt e 18mt
- Para mergulhos não descompressivos com profundidades maiores que 30 metros, deverá
ser realizada análise criteriosa de riscos, seguindo os pré-requisitos previstos em plano de
emergência.
Ainda que o afogamento ocorra em águas próprias para banho, na água doce, o próprio
cadáver, considerando o seu processo de decomposição, pode liberar substâncias
contaminantes no meio líquido.
Os agentes infecciosos que podem estar contidos e portanto ser transmitidos por
cadáveres, incluem Mycobacterium tuberculosis, hepatite B e C, vírus da Aids (HIV) e
demais agentes contaminantes.
Nos casos de afogamento em que o cadáver inicia seu processo de decomposição no meio
líquido, ocorre um processo denominado maceração. Trata-se de um fenômeno destrutivo
do cadáver caracterizado pelo amolecimento dos tecidos e órgãos, seguido de seu
desprendimento das estruturas do corpo, se fragmentando, mais evidenciado nas
extremidades dos membros superiores. O referido fenômeno pode ser potencializado ou
retardado, dependendo da temperatura da água, bem como presença de outros organismos
na água.
Nos casos em que o cadáver não for predado por animais da fauna aquática ou apresentar
lesões de arrasto severas, ou em decorrência do atrito e de sua movimentação, o processo
de maceração terá início entre 18 horas e 24 horas após o óbito, momento em que fluidos
corporais, com potencial contaminante, poderão ser liberados para o meio líquido,
considerando a abertura de uma via de contaminação pela derme.
Ainda, para os casos em que presume-se o afogamento secundário, tendo como fator
precursor o ferimento causados por armas de fogo ou arma branca, em que o corpo
apresenta lesões ou perfurações cutâneas que caracterizam vias de infecção ou contato
com o meio com possibilidade de extravasamento de fluidos corporais para o meio, os
mergulhadores deverão priorizar o emprego da roupa seca e máscara tipo full face
para a execução das atividades submersas, considerando o potencial de contaminação.
Por fim, ocorrências que se desenvolvam em decorrência de uma grande descarga de
chuva após um longo período de seca, devem ter especial atenção no planejamento
considerando os riscos de contaminação. Isso deve-se ao fato de que uma chuva de grande
volume após um longo período de seca, vai carrear para os balneários, principalmente os
rios, grande quantidade de poluentes e contaminantes em suspensão na atmosfera ou que
foram depositados no solo ao longo do tempo, em um fenômeno denominado first flush
(primeiro escoamento).
A NBR 15227/2007 (ABNT, 2007), norma regulamentadora que define metodologias para
aproveitamento da água pluvial por edificações, recomenda inclusive descarte dos
primeiros 2 mm de precipitação, devido ao potencial contaminante desta primeira descarga.
Desse modo, um balneário tido como próprio para banho e que faz captação recorrente de
água pluvial, pode se tornar impróprio após uma forte precipitação, sendo necessário o
emprego de roupa seca para ocorrências desta natureza, após avaliados os riscos pelo
comandante da operação.
- Mergulhos que exijam a atuação de equipes de nível 4 deverão ser precedidos de análise
criteriosa de riscos e emprego de redundância, seguindo os pré-requisitos previstos em
plano de emergência.
Todo mergulhador em trabalho submerso deverá possuir comunicação direta com o apoio
de superfície, seja por meio de cabo guia, ou por meio de fonia acoplada à máscara tipo
full face. Métodos de busca que impliquem na supressão do cabo guia, considerando o
risco adicional de enroscos, deverão empregar simultaneamente 2 mergulhadores
submersos, operando no mesmo cabo de fundo e portanto em contato ininterrupto entre
eles, e ainda, com possibilidade imediata de contato com a superfície, via cabo de fundo
acoplado à bóias sinalizadores utilizadas para comunicação.
Para toda operação submersa que seja realizada em locais de visibilidade reduzida, que
impossibilitem o mergulhador de situar sua localização no ambiente e de identificar
anteparos e obstáculos durante seus trabalhos, deverá ser empregado o capacete
adequado para a atividade de mergulho.
5 CREDENCIAMENTO DE MERGULHO
Por meio do credenciamento, o mergulhador terá seu contato com o ambiente submerso
durante tempo prolongado, sendo submetido à níveis de estresse psicológico mais
acentuados, como simulação de pane em equipamentos tornando-o apto às atividades
cotidianas do mergulho, quer sejam ocorrências, treinamentos ou a manutenção e
conservação dos equipamentos.
O corpo docente para os treinamentos deverá ser composto por militares preferencialmente
da unidade, credenciados e/ou possuidores de curso de qualificação e que, sempre que
possível, tenham experiência de atuação na região e área de articulação da Unidade.
O responsável por coordenar os trabalhos será preferencialmente o Oficial de Mergulho
da UeOp, auxiliado por 01 (um) SubTen/Sgt, ambos possuidores de curso de qualificação
(CMaut ou MASA).
6.1 Qualificação
6.2 Requalificação
6.3 Reciclagem
Para tanto, deverão ser observados e ministrados os conteúdos e suas respectivas carga-
horárias já previstos na matriz curricular do credenciamento, descritos nesta instrução
técnica operacional, no intuito de manter atualização e a proficiência constante dos
mergulhadores da corporação.
Nos casos em que a busca for realizada com o objetivo de recuperação de bens, objetos,
embarcações, aeronaves, inspeção ou manutenção de equipamentos submersos, o
emprego das equipes do CBMMG deverá ser precedido de criteriosa análise preliminar de
risco, sendo ainda avaliada previamente a existência do interesse público ou privado na
realização do MSP, para que seja verificada a necessidade de cobrança de TSP.
Nenhum mergulho para resgate de bens materiais será realizado sem a autorização do
Comandante do BBM/Fração destacada responsável pela área.
Todos os dados devem ser confirmados quando a guarnição estiver no local da ocorrência.
Os procedimentos a seguir devem ser adotados no âmbito das UEOp, por militar
responsável:
- inspeção dos demais equipamentos como: lanternas (verificação da carga das baterias e
pilhas), bússolas, computadores de mergulho, pranchetas, lift-bags etc;
- hidratação das partes de silicone das máscaras, bocais das válvulas, respiradores e nos
calcanhares das nadadeiras, com gel hidratante específico;
Na maioria dos casos, a operação submersa ocorre em zona rural e distante de fontes de
recursos logísticos, por isso, os recursos pré-hospitalares e a garantia de uma primeira
resposta a um possível mergulhador acidentado são de extrema importância. Portanto, para
toda operação é importante a disponibilização de DEA em perfeito funcionamento, cilindro
portátil de O2, com máscara de não-reinalação oronasal, além da bolsa de resgate com
outros materiais básicos.
O militar de serviço deve relatar, de forma antecipada, ao seu Chefe Direto, qualquer
dificuldade encontrada para manter as condições mínimas de segurança em um local de
ocorrência, e este deverá repassar ao Escalão Superior para demais providências.
- Cilindros de mergulho com teste hidrostático válido, de acordo com as normas da ABNT,
com volume mínimo de 11 litros, na proporção de 2 cilindros completamente cheios para
cada componente da equipe;
- Colete equilibrador para controle de flutuabilidade, próprio da atividade;
- Profundímetro;
- Máscara semi-facial;
- Relógio submersível;
- Computador de mergulho;
- Lanterna;
- Nadadeiras;
- Máscara tipo full face ou capacete do tipo KMB, para os casos em que seja realizado o
mergulho dependente com garantia de estanqueidade completa e console para controle de
suprimento de ar comprimido / mesa de comunicação;
- Bússola;
- Computador de mergulho;
- Harness de segurança;
- Comutador de gás;
- Bail Out
- Stage;
- Rebreather;
Qualquer queixa ou limitação física ou psicológica deve ser manifestada pelo militar no
momento de assunção do serviço, sob pena de comprometimento da segurança da
operação e risco à saúde e à vida, propriamente dito. Os exames médicos dos
mergulhadores deverão ser mantidos atualizados, bem como o militar escalado para o
serviço, com possibilidade de empenho em operações submersas, deverá estar apto nos
exames médicos requeridos para o nível de mergulho a ser desempenhado, incluídos
aqueles exigidos por meio do Programa de Saúde Ocupacional do CBMMG.
7.4 Deslocamento
No local da ocorrência, a primeira medida a ser tomada pela equipe de mergulho ao chegar
no local do afogamento é a realização de uma análise pormenorizada de todos os fatores
que vão influenciar no atendimento da ocorrência.
- O tipo de corpo d’água onde serão realizados os mergulhos (rio, lago, lagoa, açude,
represa, cachoeira, etc);
- A balneabilidade das águas, conforme relatório da Agência Nacional das Águas (ANA)
levantado pelo COB local ou concessionária de abastecimento de água regional/local. Em
águas contaminadas mergulhe sempre com isolamento corporal completo garantido pela
roupa seca e full face;
- Evite mergulhar próximo a paredes de pedras, principalmente aquelas formadas por ação
antrópica, pois algumas pedras podem estar soltas e cair sobre os mergulhadores;
- Na possibilidade de existência de locais com “teto”, mergulhe sempre guiado por cabos
de fundo, ancorados ao cabo guia e uso de capacete
- A incidência de fenômenos naturais como “cabeça d’água” geram riscos repentinos que,
em muitos casos, superam a capacidade de resposta da guarnição BM. Procure
informações sobre eventos pluviométricos à montante que possam causar o fenômeno
onde será realizado o mergulho;
- Necessidade de apoio policial para realizar a segurança do local e da viatura que ficará
sem a presença de BM’s próximos;
- Profundidade do local, que pode ser identificada por meio do uso de poita e cordas;
O chefe da guarnição, caso necessário, deverá solicitar apoio dos órgãos de segurança,
como a PMMG e Guarda Municipal, para atuarem no isolamento. O cumprimento de todas
as determinações e definições contidas nesta instrução, para cada ação,
comportamento e operação, dentro de sua especificidade, configuram o mais
imprescindível aspecto de segurança a ser seguido pelos mergulhadores do
CBMMG, com vistas a garantir a segurança do mergulhador em todos os casos.
Após o isolamento do local e definição das zonas de operação, como zona quente, zona
morna e zona fria, deve-se estabelecer o palco da operação de mergulho.
Todos os materiais e equipamentos que possam ser usados na ocorrência devem ser
colocados e bem organizados na zona morna, em local acessível aos mergulhadores e
adequado de maneira que facilite a sua utilização e conferência pós operação.
Preferencialmente, deve-se usar uma lona para evitar o contato direto do material com o
solo. Os equipamentos devem ficar protegidos de terra, areia e ao abrigo de luz solar.
Para os casos em que o mergulho ocorra em águas impróprias para banho, deverá ser
estabelecido o corredor de descontaminação, conforme MABOM - Mergulho Autônomo,
que especifica o emprego adequado da roupa seca.
A definição do plano de busca será realizada de acordo com as diversas variáveis que
serão levantadas pela equipe de mergulho no local, com base no levantamento inicial de
informações e metodologia básica para atendimento à ocorrências de Mergulho de
Segurança Pública, preconizadas pela International Association of Nitrox & Technical
Divers - I.A.N.T.D.
Garantida a segurança dos militares e demais envolvidos na operação, devem ser definidas
as técnicas e táticas a serem empregadas para alcance do objetivo. Neste momento serão
definidos os equipamentos empregados, levantamento de todas as possibilidades e
métodos de busca mais adequado ao local, considerando as diversas opções de busca e
métodos possíveis de emprego. Neste momento, deverá ser preenchido o checklist de
mergulho, definido no ANEXO B desta ITO, de forma a pormenorizar detalhes de
equipagem e ações a serem desenvolvidas, em atenção aos critérios de segurança já
estabelecidos.
O processo de decomposição produz gases no interior do organismo, que por sua vez
induzem a flutuabilidade positiva do cadáver. Este processo ocorre a partir de 24 horas
em até 72 horas após a notificação da ocorrência/óbito, podendo variar quanto à
temperatura da água e profundidade onde o corpo se encontra. Em locais em que a
temperatura do balneário é acentuadamente baixa, o processo de decomposição, formação
de gases e por consequência a reflutuação, pode se prolongar por até 5 dias.
Após esse período, a busca será encerrada no local sinalizado para o afogamento, devendo
a guarnição considerar a possibilidade de reflutuação espontânea do corpo em princípio,
ou movimentação em relação ao último ponto de avistamento. Assim, as buscas devem ter
sua continuidade por via terrestre, às margens do balneário, ou traçada estratégia de busca
submersa diversa, de modo a percorrer outras áreas que não tenham sido objeto de busca,
para evitar retrabalho, a depender da natureza do balneário, presença de correnteza, etc.
Assim, são definidas diversas situações em que a operação submersa deverá ser suspensa
ou encerrada, de acordo com a avaliação do supervisor de mergulho, principalmente para
atender aos critérios de segurança.
7.11.1 Encontro do objeto
Toda operação deverá contar com recursos sobressalentes. Nos casos em que a operação
envolve 4 mergulhadores, deverão ser considerados 4 cilindros de suprimento de ar, com
1 cilindro reserva para cada mergulhador que se encontrar submerso.
Nos casos em que o objetivo da busca não tenha sido encontrado na profundidade de
busca, e que o tempo de fundo tenha sido limitado na referida profundidade no decorrer da
atividade, bem como nos casos em que a profundidade tiver valor maior que extrapole o
limite de segurança para utilização do gás comprimido, a operação deverá ser encerrada.
Nos casos em que a ocorrência seja iniciada em períodos com baixa luminosidade, a
depender do local e dos recursos disponíveis, a visibilidade da operação que ocorre
também na superfície, considerando a função dos mergulhadores de segurança, do guia
de mergulho, será comprometida.
Nos casos em que a visão seja o mecanismo de controle e recurso determinante para uma
comunicação adequada, além do acompanhamento ininterrupto do mergulhador submerso,
deslocamento das bolhas, comunicação via cabo, entre outros, e o recurso passe a ser
comprometido pela baixa luminosidade local, a operação deverá ser suspensa, para a
garantia da segurança dos mergulhadores.
Ainda, caso não seja possível, no período noturno, manter o controle e a suspensão do
trânsito de veículos aquáticos no local das buscas, considerando a dificuldade para que
estes possam verificar e identificar a presença de mergulhadores no local por meio das
bóias de sinalização, o mergulho deverá ser suspenso.
Por fim, é necessário uma análise do bioma local e qual o tipo de vida subaquática coexiste
no local da busca (ex; jacaré; piranha), para que precauções sejam tomadas, garantindo a
segurança dos mergulhadores.
São raros os casos em que os militares envolvidos na operação sofrerão desgaste físico
que impeça a continuidade da atividade, antes que outros fatores, como o cumprimento das
TLSD, induzam o encerramento ou suspensão da atividade.
A maioria das operações de mergulho realizadas pelo CBMMG ocorrem em locais nos quais
as guarnições não têm conhecimento prévio das características do balneário, sua natureza
de fundo, etc.
Nestes casos, o conhecimento do local e seus riscos se dará apenas com a progressão da
atividade na busca pelo objetivo da operação.
Em alguns casos, os riscos encontrados poderão extrapolar a capacidade logística e de
resposta por parte da guarnição, principalmente no caso de acidentes. Descargas
repentinas de materiais poluentes/tóxicos, existência de tubulações submersas danificadas
que apresentem alta vazão, imperceptíveis na superfície; existência de equipamentos
energizados no local, como bombas de sucção, entre outros, que em todos os casos tem
seu risco potencializado devido a baixa visibilidade local, demandam a suspensão da
atividade para que uma revisão do planejamento seja realizada.
Desse modo, para os exemplos citados, a tubulação que apresente alta vazão poderá ser
isolada, os equipamentos energizados deverão ser devidamente desenergizados pelos
responsáveis, para que a atividade tenha sua continuidade de forma segura.
Não só após a finalização das buscas, mas ao término de qualquer operação de mergulho
em que tenha havido a submersão de militares, o registro da atividade deverá ser realizado
no REDS, bem como em registro individual do mergulhador.
Uma mesma ocorrência, que se prolongue por mais de um dia e enseje em substituição de
equipes, deverá constar em um único REDS, no intuito de manter a fidedignidade das
estatísticas. Para tanto, todos os recursos humanos e materiais empregados na operação
deverão constar no registro a ser controlado no posto de comando, para os casos em que
tenha sido acionado o SCO, ou por atribuição de responsabilidade do comandante da
operação definido para cada dia de operação.
Em todos os casos, iniciado o mergulho, caso seja necessário sua interrupção, esta se dará
após criteriosa análise do comandante da operação/supervisor de mergulho. Quando
ocorrer interrupção dos trabalhos de mergulho por razões de segurança, esta deverá ser
comunicada imediatamente ao comando a que estiver subordinado a guarnição, que
determinará os procedimentos a serem adotados, no que couber.
Para os casos em que tenha sido feito o encontro e recuperação do cadáver, a retirada da
água deve observar os preceitos de humanidade, profissionalismo e, acima de tudo,
cuidado e sensibilidade, principalmente na presença de familiares no local.
O corpo submerso, ao ser encontrado deve ser marcado com uso de equipamentos
(decomarker, carretilha, lift bag, marcadores de superfície), mantendo-o no local onde foi
encontrado, devendo permanecer submerso até a chegada da perícia, para evitar a
exposição desnecessária. Caso a GUBM opte por reflutuar o corpo e retirá-lo do local
encontrado, este deverá ser amarrado, removido para um local seguro e preservado até a
chegada da perícia técnica.
A guarnição deve, sempre que possível, prezar pela preservação do local e do objeto
encontrado. Caso seja vislumbrado a necessidade de preservação de vestígios e locais de
crime, conforme preconizado por ITO específica, os objetos devem ser acondicionados,
ainda dentro da água, em recipientes ou invólucros que preservem suas características
originárias, até que sejam repassados para a perícia, com a devida atenção aos
procedimentos regulamentares referentes à Cadeia de Custódia.
Tão logo as guarnições tenham atingido o objetivo das buscas, os serviços de perícia e
remoção por parte dos órgãos competentes deverão ser acionados. O serviço de remoção
deve ser acionado e deve-se preservar a integridade do corpo e sua imagem, não
permitindo que sejam feitas imagens visuais por populares próximos, por meio de câmeras
fotográficas ou qualquer outro tipo de equipamento.
De posse das informações coletadas no local da ocorrência, bem como o que foi executado
pela guarnição, o REDS deve ser confeccionado contendo, no mínimo, as seguintes
informações:
- O que foi feito pela guarnição (detalhar objetivo da busca, método de busca utilizado,
mergulhadores empenhados, profundidade atingida, fatores adversos;
A definição dos militares que irão compor a equipe de mergulho para o atendimento de
pronta-resposta, conforme item 4 desta ITO, é de responsabilidade de cada CBU/Chefe de
Serviço, observando-se as configurações de cada equipe.
O Oficial de Mergulho da Unidade poderá ser consultado para a escolha da equipe que
venha ser necessária no atendimento de situações complexas como a recuperação de
aeronaves, embarcações ou veículos submersos ou que envolvam um planejamento de
mergulho mais elaborado, com uso de diversas técnicas, recursos e militares, não se
tratando de uma ocorrência habitual de recuperação e/ou resgate.
Nesse caso, sua função será de assessor técnico do Comandante de Unidade, devido ao
seu conhecimento na área, cabendo-lhe o julgamento técnico, para a tomada de decisão
da autoridade competente.
Deve-se envidar esforços para retirar todo o pessoal flutuante no local que possa ser um
fator de risco para a equipe, equipamentos e viaturas. A Polícia Militar deve ser acionada
em apoio sempre que necessário.
Peça-os para aguardarem em local distante da cena para que o impacto emocional não
venha afetar as atividades da operação, nos casos em que forem realizadas buscas de
vítimas de afogamento, por exemplo. Seja direto, objetivo e claro nas informações. Tenha
empatia e profissionalismo quando for repassá-las aos familiares.
- Cuidar para que nenhuma atividade externa que ofereça riscos aos mergulhadores ocorra
no entorno da operação, antes e durante o mergulho propriamente dito;
em caso de acidente;
- Fazer com que os integrantes realizem a dupla checagem dos equipamentos antes de
iniciar a entrada na água;
- Manter-se sempre alerta para o surgimento dos fatores que ensejam a interrupção da
operação, na garantia da segurança da equipe de mergulho;
- Solicitar recursos adicionais (perícia, funerária, guincho, etc) quando necessário, incluindo
o contato prévio com o operador da câmara hiperbárica para os casos em que o recurso
deve ser previsto;
8.3. Mergulhadores
9 PLANO DE EMERGÊNCIA
Os efeitos diretos ou primários são aqueles que resultam da ação mecânica da pressão
sobre as células e espaços corporais.
- Diretos (causam lesões ou traumas devido à falta da equalização das pressões dos
espaços aéreos corporais):
Barotrauma total;
Barotrauma da roupa;
- Bioquímicos:
Apagamento.
- Biofísico:
Doença descompressiva.
- dor;
- perda da capacidade auditiva, que pode ser parcial ou total;
- zumbido;
- sangramento pelo conduto auditivo;
- surdez temporária ou permanente;
- vertigem, desorientação espacial, náuseas e vômitos;
- equimoses faciais;
- sangramento pelo nariz;
- hemorragias do globo ocular e nas conjuntivas;
- deslocamento da retina e hemorragia intraocular.
- dor intensa sobre o seio da face afetado
- dor torácica crescente ou sensação de aperto ao respirar ou tossir;
- dispneia;
- enfisema mediastinal;
- enfisema subcutâneo;
- edema agudo de pulmão com lesão local;
- tosse com produção muco sanguinolenta;
- pneumotórax;
- redução dos sons respiratórios;
- fadiga
- mal-estar;
- confusão mental;
- dores articulares, nas costas ou abdominais;
- erupções cutâneas, coceira, manchas vermelhas ou azuladas na pele;
- dormências;
- formigamento;
- paralisia;
- perda do controle da bexiga ou do intestino;
- tosse severa, boca espumante;
- dispneia;
- convulsões;
- cegueira parcial ou total;
- parada cardiorrespiratória (PCR).
Para que o referido plano seja efetivo, de acordo com a NORMAN 15, é necessário que
fatores como treinamento adequado para conhecimento das ações e das ferramentas de
estabelecimento de SCO no local de atendimento da ocorrência, conhecimento de pontos
de apoio real e potencial locais, adequado aparato logístico de suporte básico de vida e da
própria atividade sejam sejam atendidos.
O referido plano será ativado quando houver constatação de qualquer fato que caracterize
um acidente de mergulho, de qualquer natureza, principalmente pela manifestação de
sinais e sintomas típicos. Para tanto, é necessário que o tipo de acidente seja devidamente
identificado, o que influenciará na tomada de decisão e etapas sequenciais do Plano de
Emergência.
- Pelo próprio militar acidentado, para os casos em que a manifestação dos sintomas
ocorrer em momento posterior à operação.
- O militar responsável pela ativação do plano, após realização do resgate e avaliação dos
sinais vitais do mergulhador acidentado, deverá proceder com a adoção dos primeiros
socorros previstos na ITO 23 (P603).
- Tipo de acidente;
9.6.1 Prevenção
Como base teórica das instruções, esta Instrução Técnica Operacional deverá ser utilizada.
Do mesmo modo, deverá ser observada nas outras ações preventivas, principalmente no
planejamento de operações, suprimindo assim os riscos de acidentes de maneira efetiva.
Aliado a isso, deverá ser feita uma Análise Preliminar de Risco. Trata-se de uma avaliação
prévia de riscos decorrentes da atividade, considerando as características e dos perigos
relativos à natureza do trabalho e do local onde será realizado, antes do início de cada
operação de mergulho. Por meio dessa análise, de modo preventivo, riscos poderão ser
identificados e suprimidos, para que a operação transcorra com maior segurança.
- Visibilidade no local;
- Correntes submarinas;
- Enrosco e aprisionamento;
- Evacuação hiperbárica;
Sendo assim, os primeiros socorros devem ser realizados com atenção à diversos fatores
e variáveis ocasionadas pela atividade. Após avaliação do estado da vítima seguindo a ITO
23, e para o caso de identificação de sinais/sintomas como dores articulares, fadiga,
coceira, e erupção da pele, os seguintes procedimentos deverão ser adotados:
- Aplique RCP se necessário. Em caso de PCR, proceder RCP utilizando dispositivo bolsa-
válvula-máscara, dotado de reservatório com fonte de oxigênio, fluxo de 15l/min;
- No caso de convulsões não contenha o paciente, apenas ampare sua cabeça e evite com
que se lesione por choques mecânicos;
- Se o transporte de emergência for por via aérea (helicóptero), oriente o piloto para a
OBRIGATORIDADE de voar na menor altitude possível, com máxima de 300 m. Em caso
de aviões, a cabine deve estar pressurizada a 1 ATA (pressão do nível do mar).
Para os demais casos, como afogamentos, barotraumas por efeitos diretos, hipotermia,
entre outros, os procedimentos adotados deverão seguir protocolos previstos na ITO 23.
9.6.3 Alarme
Nos casos em que haja suspeita ou confirmação de acidente de mergulho do tipo Mal
Descompressivo, o acionamento imediato do COBOM deverá ser realizado, considerando
a necessidade de uso da medicina hiperbárica e aparato logístico suplementar.
A logística para o transporte de emergência será feita a depender de cada caso, em decisão
conjunta entre o militar responsável descrito no item 9.3, juntamente da equipe em campo,
e também a equipe de regulação médica (AAS), para que seja realizado o contato com o
hospital de Medicina Hiperbárica.
- Prover meios para a garantia da continuidade das operações da sua Unidade, incluindo o
revezamento dos responsáveis por posições-chave.
Todo o registro do acidente e ações de resposta previstas neste plano deverão ser
registradas no REDS (Registro de Evento de Defesa Social) para fins de registro, amparo
e salvaguarda de direitos do militar acidentado.
BIBLIOGRAFIA
CROCE, Delton e CROCE JR., Delton. Manual de Medicina Legal. São Paulo: Saraiva,
2012.
NOAA. National Oceanic and Atmospheric Administration. Diving Manual, Diving for
Science and Technology. Fourth Edition: U.S. Department of Commerce, United States,
2001. Publishing Company 2355 North Steves Boulevard, P.O. Box 30100 30100
Flagstaff,AZ, USA 86003-0100, ISBN 0-941332-70-5.
DADOS DO SOLICITANTE
NOME:___________________________________________________________________________
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TELEFONE:_______________________
RELATO DO OCORRIDO:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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NOME:___________________________________________________________________________
_____
CARACTERÍSTICAS:________________________________________________________________
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VESTIMENTA______________________________________________________________________
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CARACTERÍSTICAS:________________________________________________________________
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DADOS DO LOCAL
LOCALIZAÇÃO:
_______________________________________________________________________
REFERENCIAS:____________________________________________________________________
___
COORDENADAS
______________________________________________________________________
OUTROS:_________________________________________________________________________
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TIPOS DE
POLUENTES:_________________________________________________________________
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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ANEXO B - CHECKLIST
*Para mergulhos realizados após deslocamento via terrestre em que haja uma redução de
altitude (redução da pressão atmosférica), deverá ser observada tabela específica de
acúmulo de nitrogênio residual ocasionado durante o deslocamento para operação,
conforme tabela acima.
ANEXO D - CADERNETA DE MERGULHO INDIVIDUAL
__________________________________________
SUPERVISOR