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Responsável

Técnico – RT

MÓDULO 3
Sumário

Módulo 3 – Parte 1 5

Unidade 1 | Normas no Manuseio e Armazenagem de Carga 6

1 Normas de Higiene 7

2 Segurança das Cargas e dos Trabalhadores 9

Atividades 12

Referências 13

Unidade 2 | Normas de Movimentação e Acondicionamento de Cargas 14

1 Layout Interno de Armazenagem 15

2 Montagem e Preparação de Pedidos 17

Atividades 19

Referências 20

Módulo 3 – Parte 2 21

Unidade 3 | Unitização de Cargas 22

1 Artefatos de Unitização de Cargas 23

2 Paletes e Contêineres 24

3 Identificação dos Artefatos de Unitização e suas Cargas 26

Atividades 27

Referências 28

Unidade 4 | Processos de Armazenamento de Produtos Materiais 29

1 Arrumação dos Materiais no Armazém 31

2 Métodos para Alocação de Produtos 31

2.1 Alocação de Produtos Segundo a Rotatividade do Item 32

2.2 Alocação de Produtos Segundo o Tamanho do Item 32

2.3 Índice de Volume por Pedido (IK) 33

2
2.4 Agrupamento em Famílias 33

3 Endereçamento dos Produtos no Armazém 34

Atividades 37

Referências 38

Módulo 3 – Parte 3 39

Unidade 5 | Dimensionamento da Frota 40

1 Dimensionamento da Frota 41

2 Roteiro para o Dimensionamento da Frota 43

3 Gestão da Frota para Atendimento da Demanda 44

3.1 Parcerias 44

3.2 Terceirização 44

3.3 Franquias ou Franchising 45

Atividades 46

Referências 47

Unidade 6 | Adequação de Veículos e Equipamentos 48

1 A Logística e o Planejamento do Transporte 49

2 Planejamento das Escalas de Trabalho 50

3 O Nível de Serviço Considerado no Planejamento 51

3.1 Disponibilidade 51

3.2 Confiabilidade 52

3.3 Desempenho Operacional 52

Atividades 54

Referências 55

Unidade 7 | Manutenção da Frota 56

1 Manutenção e Manutenabilidade 57

2 Manutenção Preventiva e Corretiva 58

3
3 Manutenção Decorrente de Falhas no Equipamento 59

Atividades 62

Referências 63

Módulo 3 – Parte 4 64

Unidade 8 | Fatores Operacionais que Interferem no Planejamento da Operação do


Transporte 65

1 Fatores Operacionais que Devem ser Considerados para Desenvolver o Plano de Viagem 66

1.1 Veículo 66

1.2 Condutor 68

1.3 Cargas e Carrocerias 69

1.4 Manutenção 70

1.5 Tecnologia 71

1.6 Infraestrutura Viária 71

2 Plano de Viagem ou Rotograma 73

2.1 Dados que Devem Constar no Rotograma ou Plano de Viagem 73

Atividades 77

Referências 78

Unidade 9 | Procedimentos do Condutor para a Preparação da Viagem 79

1 Procedimentos Iniciais 80

2 Interpretação e Leitura de Mapas 83

3 Identificando as Rotas nos Mapas 88

4 Interpretação e Leitura de Guias Rodoviários 89

Atividades 93

Referências 94

Unidade 10 | Custos de Transportes 95

1 Modelos de Custos e Tarifação dos Serviços de Transporte 96

4
2 Variáveis Importantes – Cálculo dos Custos e Definição das Tarifas 97

2.1 Custos Fixos 97

2.2 Custos Variáveis 98

3 Gestão dos Custos e Formação de Preço 99

4 Controle de Custo Operacional 99

5 Como Dimensionar o Custo do Km Rodado 100

5.1 Custos Fixos 100

5.2 Custos Variáveis 103

Atividades 107

Referências 108

Unidade 11 | Elaboração de Contrato e Conhecimento de Transporte 109

1 Agentes Envolvidos na Prestação do Serviço de Transporte Rodoviário de Cargas 110

2 Fatores que Influenciam o Valor do Frete 111

3 Contratos de Transporte Rodoviário de Cargas 112

4 Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC) 114

Atividades 117

Referências 118

Módulo 3 – Parte 5 119

Unidade 12 | Procedimentos de Conferência da Carga e da Nota Fiscal 120

1 Conferência da Carga 121

2 Pedido de Mercadorias 123

3 Nota Fiscal 124

4 Definição ou Verificação da Rota de Coleta ou Entrega 125

4.1 Etapas da Roteirização 127

5 Lacres de Segurança 127

Atividades 129

5
Referências 130

Unidade 13 | Procedimentos de Carga e Descarga 131

1 Recebimento das Mercadorias nos Depósitos ou Armazéns 132

2 Ferramentas e Processos Necessários para a Descarga do Caminhão 133

2.1 Manual 133

2.2 Mecânica 134

2.3 Automática 134

3 Expedição das Mercadorias dos Depósitos ou Armazéns 135

4 Arrumação Adequada das Cargas nos Veículos 136

5 Condições e Dicas para a Operação dos Veículos 138

5.1 Tacógrafo 139

5.2 Uso do Conta-Giros 140

5.3 Regras Obrigatórias para Operação pelos Motoristas de Veículos de Transporte 140

Atividades 142

Referências 143

Gabarito 144

6
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 3 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | NORMAS NO
MANUSEIO E ARMAZENAGEM
DE CARGA

8
Unidade 1 | Normas no Manuseio e Armazenagem
de Carga

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao Módulo 3 do curso Responsável Técnico – RT!


As normas de higiene e segurança para manuseio e armazenamento de cargas são
importantes e devem ser seguidas à risca. Seu descumprimento pode afetar a saúde e a
segurança das pessoas, não somente dos consumidores, mas também de todos aqueles
que manipulam e movimentam os produtos transportados. Nesta unidade, estudaremos
normas sanitárias de segurança no manuseio de armazenagem de cargas. Bons estudos!

1 Normas de Higiene

A higiene das cargas deve ser observada principalmente no transporte de perecíveis,


pois estes poderão sofrer alterações microbiológicas, dependendo dos cuidados
durante sua manipulação.

A alteração microbiológica ocorre quando o produto é


contaminado por microrganismos e tem suas propriedades
comprometidas, podendo acelerar a deterioração.

Um exemplo dessa mudança de qualidade ocorre quando produtos lácteos não são
armazenados na temperatura adequada. Quando a embalagem fica estufada significa
que o produto fermentou, ou seja, sofreu uma alteração microbiológica que a torna
inadequada para consumo.

No entanto, é preciso ficar atento mesmo quando não há nenhuma mudança no aspecto
do produto, já que os microrganismos que podem estar presentes, como o próprio
nome diz, são muito pequenos (micro), invisíveis a olho nu. O consumo de produtos
contaminados, dependendo do tipo de microrganismo, pode originar doenças muito
graves.

Voltando ao tema...

Qual é a primeira coisa que você pensa quando se fala em higiene? Limpeza?

9
Ter cuidados com a higiene das cargas é principalmente garantir que embalagens,
materiais, equipamentos e manipuladores estejam limpos.

Mas, esses cuidados são suficientes para garantir a integridade do produto?

É claro que manter tudo isso limpo já ajuda bastante, mas, temos de saber quais são as
outras condições que podem contribuir para a deterioração e perda de uma carga,
principalmente de produtos perecíveis, como é o caso de muitos alimentos (hortaliças,
frutas, verduras, produtos lácteos etc.).

Os produtos perecíveis possuem validade


limitada. Para garantir um consumo seguro
não adianta somente respeitar a data de
validade. É preciso ficar atento para outros
detalhes como: a temperatura e a umidade
de armazenamento e transporte, a violação
da embalagem, a exposição ao sol, o tipo de
veículo ou material usado para o transporte
e a armazenagem. Além disso, todos os
equipamentos e utensílios empregados
devem estar adequadamente limpos.

hh
Para garantir a higiene dos produtos, não basta cuidar da limpeza
nos armazéns e veículos. É importante garantir a higiene das
outras instalações envolvidas no processo, como banheiros,
vestiários e refeitórios.

É importante saber que todos os produtos devem ser acondicionados, armazenados


e transportados com higiene, sob pena de deterioração ou comprometimento
da qualidade. Para manter a competitividade de sua empresa, mantenha seus
equipamentos e armazéns limpos!

10
2 Segurança das Cargas e dos Trabalhadores

A segurança está relacionada, principalmente, aos riscos durante o manuseio e à


movimentação das cargas. Se algumas medidas de precaução não forem tomadas
podem ocorrer acidentes, principalmente com as pessoas que estão em contato
direto com os produtos, como motoristas e trabalhadores que circulam nos locais de
movimentação e armazenagem.

Vale lembrar que as quebras e avarias nas mercadorias ocorrem com maior frequência
nas operações de carga e descarga, pois nestas etapas a manipulação das mercadorias
é inevitável.

Saiba como reduzir essas avarias:

• Utilizando veículos adequados, que facilitem a carga e descarga;

• Unitizando a carga sempre que possível;

• Treinando o pessoal que trabalha nas funções de carga e descarga;

• Usando equipamentos apropriados;

• Racionalizando o layout do armazém.

A movimentação e o acondicionamento muitas


vezes envolvem o manuseio de cargas pesadas
em equipamentos como empilhadeiras,
caminhões e guindastes. Por isso, muita
atenção às instruções de segurança.

Os trabalhadores também precisam ser


protegidos!

A legislação brasileira orienta empresas e trabalhadores quanto aos procedimentos


que devem ser seguidos para garantir a adequada segurança na movimentação de
cargas, seja ela manual ou mecânica.

11
A NR-11 estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de
trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao
manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a
prevenção de acidentes de trabalho. As principais orientações da NR-11 estão
resumidas a seguir (MTE, 1978c):

Atividade Norma de segurança


Os equipamentos utilizados na movimentação (guindastes,
empilhadeiras, esteiras rolantes e outros) devem ser calculados
e construídos para garantir resistência e segurança, além de
serem conservados em perfeitas condições de trabalho.
Operação de
elevadores, A carga máxima de trabalho do equipamento deve ser indicada
guindastes, em lugar visível.
transportadores Equipamentos de transporte motorizado devem possuir sinal
industriais e máquinas de advertência sonora (buzina).
transportadoras
Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases
tóxicos por máquinas transportadoras deverá ser controlada
para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos
limites permissíveis.
A distância máxima para o transporte manual é de 60 metros.
Além do limite de 60 metros, o transporte deve ser realizado
mediante impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de
mão apropriados ou qualquer tipo de tração macanizada.
Transporte de sacos
O piso do armazém deverá ser constituído de material não
escorregadio ou molhados.
A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos
locais de carga e descarga da sacaria.
O peso do material armazenado não poderá exceder a
capacidade de carga calculada para o piso.
O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar
a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas
de emergência etc.
Armazenagem de
O material empilhado deverá ficar afastado das estruturas
materiais
laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,5 m
A disposição de carga não deverá dificultar o trânsito, a
iluminação e o acesso às saídas de emergência.
O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de
segurança especiais a cada tipo de material.

Fonte: MTE (1978c)

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Você conhece a CIPA da sua empresa? A CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes.

Toda empresa que tenha um número superior a 20 funcionários

ee deve constituir essa comissão com representantes do


empregador e dos empregados, em números proporcionais à
quantidade de funcionários e de acordo com o grau de risco da
atividade.

Mesmo que na sua empresa não exista a CIPA, toda situação de risco deve ser
imediatamente relatada ao seu superior, para que medidas preventivas e corretivas
relacionadas à segurança possam ser tomadas de pronto.

13
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Quando a embalagem fica
estufada, significa que o produto fermentou, ou seja, sofreu
uma alteração microbiológica que a torna inadequada para
consumo.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Para garantir a higiene dos


produtos, basta apenas cuidar da limpeza nos armazéns e
veículos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

14
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

15
UNIDADE 2 | NORMAS
DE MOVIMENTAÇÃO E
ACONDICIONAMENTO DE
CARGAS

16
Unidade 2 | Normas de Movimentação e
Acondicionamento de Cargas

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 2! Todas as atividades desenvolvidas em


um armazém devem ser consideradas no momento da definição de seu layout. Mas,
para compreender melhor como são as operações nas áreas internas dos armazéns, é
essencial compreender três conceitos importantes, que veremos ao longo dessa unidade:
movimentação, acondicionamento e embalagem.

• Movimentação: mudança de mercadorias de um lugar para


outro.

• Acondicionamento: contenção de produtos (embalados ou


não).

• Embalagem: elemento que envolve, contém e protege os


produtos.

1 Layout Interno de Armazenagem

É a maneira como os homens, máquinas e materiais estão dispostos no interior de uma


instalação de armazenagem.

Os objetivos do layout são dois: (1) redução do custo e (2) maior produtividade das
máquinas, equipamentos, homens e espaços físicos. Para isso adotam-se as seguintes
medidas:

• Melhoria da utilização do espaço disponível;

• Redução da movimentação de material, equipamentos e pessoal;

• Definição de fluxo mais racional;

• Redução do tempo para o desenvolvimento dos processos;

17
• Oferta de melhores condições de trabalho.

Uma forma de organizar o layout de um armazém é dividi-lo conforme os serviços


realizados no processo de armazenagem. Os principais são:

Atividades do processo de armazenagem


Descarga, Retirada das mercadorias a serem armazenadas do
conferência e veículo transportador, inspeção e conferência das
recebimento mercadorias e da documentação na descarga.
Marcação e etiquetagem dos volumes recebidos,
Marcação e identificando o lote, data do recebimento, destino da
etiquetagem mercadoria e local onde será armazenada, identificação
de cargas perigosas etc.
Separação dos volumes conforme a natureza dos
produtos e as exigências de diferentes tipos de
Separação,
armazenagem. Ex: cargas perigosas, frigorificadas, cargas
segregação e
vivas etc. Em seguida, os produtos são encaminhados
endereçamento
aos seus respectivos endereços no armazém, onde
ficarão estocados.
Transferência adequada dos volumes, desde a área
Armazenagem
de recebimento do armazém até o local onde as
propriamente dita
mercadorias serão armazenadas.
Sequência de registros manuais, mecânicos ou
eletrônicos que relatem o histórico de ocorrências de
Registros e controle
cada lote de mercadorias, desde seu recebimento até
sua entrega final.
Montagem dos pedidos, a partir da requisição dos
materiais dos locais de armazenagem, de acordo com
Preparação de
os pedidos dos clientes. Envolve o empacotamento
pedidos
ou a unitização do pedido e seu envio para a doca de
expedição do armazém.
É feita a conferência da documentação de retirada, a
Preparação para a
identificação do lote no armazém, a transferência do
entrega
setor de armazenagem para o local da entrega etc.
Serviços adicionais prestados pelo armazém, além
Serviços acessórios das atividades básicas de armazenagem, tais como:
embalagem, montagem, limpeza, vigilância etc.

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2 Montagem e Preparação de Pedidos

É a atividade do armazém na qual as cargas menores (colocadas em paletes,


contêineres etc.) são separadas para formar o pedido de um cliente. Sua finalidade
é atender ao pedido do cliente na cor, tamanho, estilo, sem danos, na data marcada
e na quantidade pedida, nem mais nem menos. Isso será verificado na conferência
qualitativa e quantitativa realizada antes de carregar a mercadoria no veículo de
transporte, tal qual se efetuou no momento da entrada dos produtos no armazém, na
fase de recebimento.

Na maior parte dos armazéns, depósitos e terminais, os produtos são trazidos do


estoque e, a seguir, são acondicionados em caixas, paletes, contêineres. Esses volumes
são então marcados externamente com o nome e endereço do destinatário, para
serem, depois, enviados à doca de embarque.

A preparação dos pedidos demanda os seguintes cuidados:

a. Para uma separação perfeita, é necessário que o pedido ou ordem de separação


seja preenchido e recebido corretamente;

b. O documento de separação deve conter o nome do destinatário ou um código


para o nome, o local exato onde o item está estocado, o nome do produto e a
quantidade para formar o pedido;

c. A identificação nas prateleiras, estantes ou paletes, deve ser idêntica à pedida no


documento de separação e ambas devem ser iguais à identificação do produto;

d. A separação de pedidos também pode ser controlada por computador. Ele envia
um alerta para cada separador, informando quais itens devem selecionar e a
quantidade de cada um;

e. A maioria das operações de separação de pedidos é a combinação de três


métodos: a) a separação em carga unitizada — feita quando uma carga paletizada
do produto é retirada do estoque; b) a separação em lote de caixas fechadas; c)
a separação em caixa aberta — feita quando o pedido do cliente não comporta
uma caixa fechada.

19
hh
A separação de pedidos pode ser manual, motorizada,
automática ou uma combinação desses métodos.

Sistemas empregados para separar pedidos


Utiliza carrinhos de mão, com duas os quatro rodas, que
Sistema manual são empurrados pelo separador ao longo do depósito e
carregados manualmente.
Utiliza veículos guiados ou não para transportar e/ou
elevar o empregado do armazém ao longo das linhas de
Sistema motorizado
separação. Os paletes, os carrinhos ou os contenedores
são carregados manualmente pelo separador de pedidos.
Faz uso do computador para conduzir o indivíduo até o
Sistema automático local de separação e orienta-lo sobre a separação dos
pedidos.

A forma de separar os pedidos pode ser dividida em separação descontínua ou em


lotes. Na separação descontínua é montado um único pedido por vez, para o qual
são recolhidos no depósito os itens necessários à formação daquele pedido. Uma vez
montado, o pedido é transportado até a área de preparação de pedidos, onde pode
ser consolidado com outros pedidos, recebe a identificação, o nome do destinatário, e
aguarda o envio para a doca de expedição.

Já a separação em lotes consiste na seleção simultânea de itens de vários pedidos.


Depois de coletados no depósito, os itens dos diversos pedidos são levados até a
área de preparação dos pedidos, sendo então fracionados nas quantidades de cada
pedido, consolidados com os outros itens do pedido, identificados com o nome do
destinatário e o código do pedido, e depois aguardam o momento de serem enviados
para a expedição.

Destaca-se que a unitização de cargas facilita bastante o processo de separação e


preparação de pedidos, pois as mercadorias de cada cliente ficam colocadas sobre um
palete ou contenedor, devidamente identificado e com endereçamento no local de
estocagem até chegar o momento de fazer a entrega das mercadorias para aquele
cliente.

Cada armazém ou depósito poderá ter um layout diferente. É importante, porém, que
os princípios para uma boa movimentação dos materiais e pessoas sejam seguidos, pois
o processo de separação de pedidos envolve muitos deslocamentos de funcionários no
interior dos locais de armazenagem.

20
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A montagem e a preparação de
pedidos são atividades do armazém nas quais as cargas
menores (colocadas em paletes, contêineres etc.) são
separadas para formar o pedido de um cliente.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Na maior parte dos armazéns,


depósitos e terminais, os produtos são trazidos do estoque
e, a seguir, são acondicionados em caixas, paletes,
contêineres.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

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Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

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Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 3 –
PARTE 2
UNIDADE 3 | UNITIZAÇÃO DE
CARGAS

24
Unidade 3 | Unitização de Cargas

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 3! Os artefatos de unitização de cargas e as


embalagens são fundamentais para dar maior agilidade às operações de carga, descarga e
de transporte de materiais. Eles também são importantes na arrumação das mercadorias,
tanto no interior do armazém como nos veículos, pois oferecem melhores condições
de segurança à carga quando de sua movimentação. Além da proteção, permitem uma
ocupação otimizada dos espaços de armazenagem.

No primeiro módulo do curso já estudamos os conceitos relacionados à unitização. Vamos


relembrar!

A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou


volumes em uma carga maior, ou seja, é a arrumação de pequenos
volumes de mercadorias em unidades maiores e padronizadas,
possibilitando movimentações mecânicas.

Nesta unidade, vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre os artefatos empregados


na unitização de mercadorias. Bons estudos!

1 Artefatos de Unitização de Cargas

Você já imaginou como as operações de transporte e armazenagem ficariam complicadas


se grandes volumes de mercadorias não pudessem ser padronizados e unitizados?

Ficaria muito mais difícil calcular o peso das cargas e, consequentemente, determinar o
custo do seu transporte. Além disso, seria mais demorado prever o tempo a despender
em carregamento e descarregamento.

O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para a logística. Vamos conhecer
algumas!

• Permite movimentação de cargas maiores;

25
• Reduz o tempo de carga e descarga;

• Reduz o custo de movimentação e armazenamento de materiais;

• Permite maior ocupação volumétrica de armazéns e veículos;

• Melhora a organização do armazenamento;

• Facilita a localização de itens estocados;

• Facilita o inventário de materiais;

• Reduz a probabilidade de danos nos materiais estocados;

• Dificulta o furto de materiais estocados.

Porém, fazer uso de carga unitizada apresenta alguns inconvenientes. Veja os principais:

• Exige equipamentos especiais de movimentação e armazenamento;

• Dificulta a inspeção aleatória de carga;

• Os unitizadores precisam retornar ao proprietário.

Vamos conhecer as características dos dois principais artefatos de unitização de cargas!

2 Paletes e Contêineres

O palete é o elemento unitizador mais empregado e pode ser


feito de madeira, aço, alumínio, plástico e papelão.

Suas dimensões também podem variar, sendo que as mais comuns são:

• 0,80 m x 1,00 m

• 1,00 m x 1,00 m

26
• 1,00 m x 1,20 m

• 1,20 m x 1,20 m

A movimentação dos paletes

ee pode ser feita através de


empilhadeiras ou paleteiras
manuais ou elétricas. Lembre-se
de que os equipamentos elétricos
permitem a movimentação de
maiores quantidades em menor
tempo.

Os contêineres, também conhecidos como cofre de carga,


contentor ou contenedor, consistem em estruturas geralmente
metálicas, de grandes dimensões, que permitem acomodar,
estabilizar e proteger certa quantidade de materiais em seu
interior.

Esses equipamentos são habitualmente usados quando existe troca de modais de


transporte no percurso entre um fornecedor e o cliente, como na integração entre
navios e trens.

Existem contêineres para transporte terrestre, aéreo e

ee marítimo/fluvial, sendo mais utilizado o marítimo, que possui 20


ou 40 pés de medida.

Existem diversos modelos de


contêineres, podendo ser
refrigerados ou não, dependendo do
produto a ser transportado. Esses
grandes recipientes são também
utilizados como tanques de gases ou
líquidos para o transporte a granel.

27
3 Identificação dos Artefatos de Unitização e suas Cargas

Atualmente, tecnologias de código de barras e de etiquetas inteligentes estão


difundidas nas embalagens dos produtos e nos artefatos de unitização de cargas.
Elas contêm as informações necessárias para o gerenciamento dos fluxos logísticos
dos produtos no interior do armazém e nos veículos de transporte, mas também nos
outros pontos de comercialização e movimentação ao longo da cadeia logística.

Veja a seguir um exemplo de código de barras, presente em grande parte das


mercadorias atualmente comercializadas!

Os códigos de barras e as etiquetas inteligentes são fundamentais no processo


de rastreamento do produto durante a movimentação e a armazenagem entre o
fornecedor e o cliente. Com essa tecnologia, é possível conhecer a exata localização do
produto durante o seu deslocamento. Isso ajuda bastante no planejamento das vendas
e dos estoques, por exemplo.

28
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os artefatos de unitização de
cargas e as embalagens são fundamentais para dar maior
agilidade às operações de carga, descarga e de transporte de
materiais.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O palete é o elemento


unitizador mais empregado e pode ser feito de madeira, aço,
alumínio, plástico e papelão.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

29
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

30
UNIDADE 4 | PROCESSOS
DE ARMAZENAMENTO DE
PRODUTOS MATERIAIS

31
Unidade 4 | Processos de Armazenamento de
Produtos Materiais

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! A alocação do espaço físico para os


produtos dentro de um armazém refere-se ao layout físico da mercadoria ou, em outras
palavras, à determinação do local do depósito em que serão colocados os vários produtos.
Ela visa minimizar as despesas de movimentação de materiais, obter melhor utilização
do espaço do armazém, além de satisfazer a certas restrições relativas à localização do
produto, tais como segurança, seguro contra incêndio e necessidades de preparação dos
pedidos.

Nos armazéns ou em seus pátios, a carga deve ser disposta e endereçada de forma racional
(organizada e coerente) para que os movimentos sejam minimizados, e para que os itens
sejam encontrados rapidamente quando forem solicitados. Além disso, o bom arranjo das
cargas evita que haja deterioração, danos, perdas e contaminação entre os produtos.

Nesta unidade, vamos conhecer algumas técnicas de disposição dos produtos no interior
dos almoxarifados como forma de melhorar o serviço ao cliente e tornar a empresa mais
competitiva. Bons estudos!

32
1 Arrumação dos Materiais no Armazém

A disposição dos produtos no armazém pode ser baseada em quatro critérios. Veja!

Critérios para arrumação de produtos nos armazéns


Define que os itens geralmente requisitados juntos
devem ficar armazenados em locais próximos no interior
Complementaridade
do armazém. Exemplo: lápis, canetas e borrachas
escolares.
Considera que há itens que não podem ser colocados
Compativilidade próximos a outros. Exemplo: produtos alimentícios e
produtos de limpeza.
Considera a rotatividade de diferentes produtos nos
armazéns. Assim, itens com alta rotatividade são
Popularidade chamados de itens populares e devem ficar localizados,
sempre que possível, próximos às áreas de saída para
evitar viagens longas dentro do armazém.
Determina que sejam armazenados os itens pequenos e
Tamanho e peso
leves próximos da saída do armazém.

Com base nesses critérios, foram desenvolvidos alguns métodos intuitivos, com o
objetivo de dividir o espaço disponível no armazém entre os vários tipos de produtos,
de uma maneira racional e organizada, o que é buscado pela gestão moderna dos
armazéns, sejam eles automáticos ou manuais. Vamos estudar essas técnicas de
disposição dos produtos mais profundamente.

2 Métodos para Alocação de Produtos

Existem alguns métodos para dividir o espaço disponível no armazém entre os vários
produtos, de maneira racional. Este é um dos problemas que vêm sendo estudados
pela gestão moderna dos armazéns, considerando tanto os sistemas de alocação e
movimentação automáticos quanto os manuais.

33
2.1 Alocação de Produtos Segundo a Rotatividade do Item

Neste sistema, divide-se o espaço do armazém de acordo com a rotatividade do item,


de forma a reduzir as distâncias de deslocamento pelas máquinas e pessoas e o tempo
de formação dos pedidos.

Para atingir os objetivos de redução de distâncias e tempos, é necessário que os


produtos com alta rotatividade (aqueles que têm alta movimentação, que vendem
mais) sejam posicionados próximo às áreas de recepção ou expedição de mercadorias.

2.2 Alocação de Produtos Segundo o Tamanho do Item

Neste método, separam-se os itens de pequenos volumes dos de grandes volumes, de


maneira a permitir que os primeiros estejam localizados perto dos pontos de entrada
de mercadorias (recepção). Dessa forma, a movimentação pode ser diminuída, já que
uma maior quantidade de itens pode ser localizada nas vizinhanças das zonas de
recebimento e expedição dos produtos.

34
2.3 Índice de Volume por Pedido (IK)

O método consiste em combinar tanto o movimento quanto o volume solicitado do


produto como fatores importantes para a alocação de produtos no armazém. O Índice
de volume por pedido é definido pela razão entre o volume solicitado do produto (V)
e a quantidade diária de pedidos em que se requisita esse produto (P). Ele é calculado
pela equação:

Ik=Vk/Pk

Onde: k representa a quantidade de produtos ( k = 1, 2, 3, ... n )

Produtos com baixo Índice Ik devem ser alocados próximo às docas de recepção e
expedição, o que assegura que o maior volume de estoque será movimentado por
menores distâncias.

2.4 Agrupamento em Famílias

Este sistema propõe que a alocação dos produtos no armazém siga o critério de
se agrupar em locais próximos itens que possuem características comuns, ou que
aparecem com frequência nos mesmos pedidos.

São exemplos de famílias: mesmo tipo de produtos (telhas de barro, de cimento e de


plástico), itens fabricados no mesmo material (objetos de madeira agrupados próximos,
objetos de plástico agrupados em outro local), itens normalmente comprados juntos
(material escolar, utensílios domésticos, materiais de limpeza). Com esses critérios a
busca dos itens para montagem dos pedidos será facilitada.

35
3 Endereçamento dos Produtos no Armazém

Você sabe como se faz para encontrar um produto ou para destiná-lo a um determinado
local de estocagem no depósito?

Isso funciona mais ou menos como a atividade de distribuição e coleta dos correios.
Cada espaço nas prateleiras do depósito deve ter um endereço, tal qual temos o
Código de Endereçamento Postal (CEP), para identificar o endereço exato de nossas
residências.

Assim que a carga é recebida, é importante identificar o local para sua estocagem.
Aliás, essa decisão deve, preferencialmente, ser tomada antes do recebimento das
mercadorias, evitando possíveis contratempos.

A questão da localização envolve os métodos básicos de endereçamento das


mercadorias no armazém, que são: o sistema de endereçamento fixo, o sistema de
endereçamento variável e o sistema misto.

a. Sistema de Endereços Fixos

É designada uma localização permanente para cada produto, aos quais são associados
códigos. A vantagem deste método é a facilidade de localização do produto no
momento em que será procurado, pois ele estará sempre estocado no mesmo local
dentro do armazém. Isso possibilita maior agilidade na formação do pedido, reduzindo
o tempo de carregamento e a entrega dos produtos ao cliente.

Por outro lado, o sistema apresenta a desvantagem de criar espaços ociosos,


principalmente quando os níveis de estoque são inferiores ao pico da demanda, pois o
espaço deve ser sempre suficiente para acomodar a demanda máxima de cada produto.

b. Sistema de Endereços Variáveis

O princípio desse sistema é colocar o produto em qualquer lugar disponível no


momento de sua chegada ao depósito. Ele proporciona uma melhor utilização da
área do almoxarifado, pois permite preencher os espaços de forma mais organizada e
racional.

36
No entanto, para que o sistema funcione corretamente sem causar anarquia, as
exigências de planejamento são maiores. É necessária uma codificação dos produtos
bastante completa e eficaz, sendo mais indicado o uso de sistemas de armazenagem
automatizados, que utilizam computadores e programas de informática para endereçar
os produtos.

Além disso, esse sistema poderá resultar em aumento dos deslocamentos no momento
da formação dos pedidos, tendo em vista que um único tipo de produto pode estar
disposto em vários locais dentro do depósito. Portanto, o endereçamento variável
pode ser prejudicial à empresa se ela não contar com um rígido controle automatizado
dos estoques.

c. Sistema de Endereçamento Misto

Baseado na utilização das características dos dois sistemas anteriores. Em outras


palavras, determinadas categorias de produtos são aqui confinadas em certas zonas
dentro do armazém (endereço fixo). No interior dessas zonas, os itens são colocados
onde houver espaço disponível (endereço variável).

O endereçamento misto mostrou-se bastante eficiente em armazéns paletizados (que


usam paletes para armazenar mercadorias), com grande volume de movimentação.

Sugestões para selecionar o sistema de endereçamento dos estoques:

• Realizar a estocagem em função das características do produto (forma


de acondicionamento, densidade, grau de periculosidade, perecibilidade,
fragilidade, compatibilidade entre cargas diversas, estado físico etc.);

• Usar grandes áreas para grandes lotes de carga e vice-versa;

• Usar os locais mais altos de estocagem para os produtos que lá possam ser
colocados com segurança e eficiência;

• Estocar os itens de maior peso nos pisos mais resistentes e mais próximos da
área de expedição;

• Estocar os itens leves sobre os pisos menos resistentes ou sobre os mezaninos;

• Localizar próximos os itens idênticos ou similares;

37
• Usar localizações distantes e altas para os itens inativos (fora de uso, obsoletos),
ou para itens mais fáceis de serem manuseados (leves, pequenos etc.);

• Estocar os itens que têm pouca rotatividade, ou que demorarão a ser utilizados,
em áreas mais distantes do recebimento e da expedição, e nas posições mais
altas do depósito;

• Colocar os itens de maior rotatividade, ou que serão entregues imediatamente,


perto da expedição ou mesmo próximo da doca de saída, e em localização mais
baixa.

Seja qual for o sistema escolhido, a utilização do código de barras e de etiquetas


inteligentes para identificar o produto e seu endereço traz resultados bastante
positivos na gestão dos estoques. Com o advento das novas tecnologias, como o código
de barras e os sistemas informatizados de gestão de depósitos, basta entrar com os
códigos do item no computador que o sistema indica rapidamente sua localização nas
prateleiras ou estantes do armazém.

38
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos armazéns ou em seus
pátios, não é necessário que a carga seja disposta de forma
racional, pois de qualquer forma os itens serão encontrados
rapidamente quando forem solicitados.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. No sistema de alocação de


produtos segundo a rotatividade do item, divide-se o espaço
do armazém de acordo com a rotatividade do item, de forma
a reduzir as distâncias de deslocamento pelas máquinas e
pessoas e o tempo de formação dos pedidos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

39
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

40
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 3 –
PARTE 3
UNIDADE 5 |
DIMENSIONAMENTO DA FROTA

42
Unidade 5 | Dimensionamento da Frota

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 5! A administração da frota é a gestão dos


veículos usados pela empresa, e envolve aspectos desde o dimensionamento adequado até
a sua manutenção de forma eficiente, incluindo a roteirização, que permite determinar
uma melhor sequência de visitas a um determinado número de clientes no interior de uma
zona de coleta ou de distribuição. Bons estudos!

1 Dimensionamento da Frota

Para o dimensionamento da frota, a primeira providência que se deve tomar é estimar


ou conhecer a demanda.

A demanda pode ser entendida como a quantidade (peso ou


volume) do produto que será movimentado em determinado
intervalo de tempo.

Entretanto, podemos saber qual a demanda atual do produto, mas não sabemos
precisamente como o mercado se comportará amanhã devido a uma série de elementos,
como:

• As pessoas podem consumir mais ou menos produtos, interferindo na necessidade


por transporte;

• Há muitas empresas concorrendo no mesmo mercado, ou seja, há muita oferta


para pouca demanda;

• Há outros modos de transporte que podem substituir o caminhão para executar


determinado serviço de movimentação;

• As características da carga mudam ao longo do tempo (contêineres, paletes etc.),


tornando os veículos inadequados para executar o serviço;

43
• A configuração das cadeias logísticas evolui com o tempo, exigindo o uso de
veículos de diferentes capacidades, de acordo com as formas adotadas para
distribuição.

Podemos dizer que há duas situações distintas com as quais as empresas se defrontam
por ocasião do processo de dimensionamento da frota: (i) demanda desconhecida ou
(ii) demanda conhecida.

A primeira situação é aquela que traz maiores


problemas. Nesse caso precisamos prever a demanda.
O complexo trabalho de previsão é feito, em geral,
por profissionais que trabalham com números,
como economistas, engenheiros ou estatísticos, que
possuem conhecimentos profundos em modelos
matemáticos e estatísticos aplicado ao transporte.

A determinação das equações matemáticas e modelos para calcular a demanda pelo


serviço de transporte não será abordada neste curso.

gg
O livro Gerenciamento de transportes e frotas (VALENTE et
al., 2008) é uma excelente referência bibliográfica para
aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto. Confira!

Sabendo ou prevendo a demanda, em ambos os casos é conveniente, antes de tudo,


dividir esta demanda por transporte em função das distâncias a serem percorridas entre
a origem e o destino das cargas. Esse fator determina o tamanho e as características do
veículo que serão utilizados.

Em geral, temos duas situações a considerar:

• Transporte de cargas de longo curso que, em geral, é realizado na área rural,


ligando duas cidades que não estão situadas na mesma aglomeração. Há nessa
situação uma distância significativa entre o ponto de origem e o de destino da
carga (podem-se adotar distâncias acima de 200 km); e

• Transporte de cargas no meio urbano — são as entregas e coletas realizadas nos


centros urbanos ou aglomerações.

44
Se a empresa trabalhar nos dois tipos de mercado (urbano e rural), ela precisa
dimensionar uma frota com veículos de diferentes tamanhos e características para
atender às necessidades dos dois mercados. Caso ela opere somente em um mercado,
poderá ter uma frota mais homogênea em termos de capacidade e características
mecânicas.

2 Roteiro para o Dimensionamento da Frota

Veja a seguir um roteiro que sua empresa pode adotar para o dimensionamento da
frota:

Passo a passo para o dimensionamento da frota

Passo Descrição

Determinar / estimar a demanda mensal de cargas e suas unidades


1. Estimativa de demanda
(volume, peso etc).

Fixar os dias de trabalho durante o mês e as horas de trabalho por


2. Definir os dias de trabalho
dia.

Verificar as rotas a serem utilizadas, analisando o relevo, as


3. Análise da rota condições de tráfego, as condições do pavimento, o tipo de
pavimento etc.

Determinar a velocidade média de deslocamento durante o


4. Definição da velocidade
percurso.

Determinar os tempos de carga, descarga, paradas em filas,


5. Definição dos tempos de
paradas para refeição e descanso dos motoristas, as horas em
percurso e outras atividades
manutenção etc.

Analisar as especificações técnicas de cada modelo de veículo,


6. Seleção de veículos para escolher o que melhor atende ás exigências do transporte
desejado.

7. Avaliação da capacidade Identificar a capacidade de carga útil do veículo pode realizar.

8. Cálculo de viagem Calcular o número de viagens / mês que cada veículo pode realizar.

Determinar a quantidade de carga transportada por veículo e por


9. Cálculo da produtividade
mês.

Calcular o número de veículos necessários dividindo-se a demanda


10. Definição da quantidade
mensal de carga pela quantidade transportada por veículo e por
de veículos necessários
mês.

Acrescentar, ao número de veículos calculados, veículos adicionais


11. Definição da frota
para substituir os caminhões em manutenção. avariados etc.

45
3 Gestão da Frota para Atendimento da Demanda

Todos sabemos que a demanda oscila ao


longo do tempo, principalmente em função
do desempenho da economia do país. Caso a
empresa que tem frota própria dimensione
seus veículos para a maior demanda mensal,
como, por exemplo, nos meses de novembro
e dezembro, poderá enfrentar meses de
subutilização (ociosidade) em determinado
período do ano. E, como sabemos, manter
esses veículos parados gera aumento dos
custos.

Na prática as empresas usam alguns artifícios ou técnicas de gestão da frota para


evitar esses períodos de ociosidade ou insuficiência de veículos. Veja alguns exemplos:

3.1 Parcerias

Elas ocorrem entre duas ou mais empresas que se juntam para realizar determinado
serviço de transporte. As demandas por serviços das empresas são unidas, assim como as
frotas de veículos. Desta maneira, podem ser racionalizados os recursos (funcionários,
equipamentos e veículos). Ao atuarem em parceria, as cargas das empresas podem ser
colocadas no mesmo veículo, otimizando a capacidade.

3.2 Terceirização

A terceirização é o uso de serviços de terceiros por uma empresa. Quando uma


empresa tem uma demanda elevada de serviços e não tem frota suficiente, ela pode
contratar um transportador autônomo, por exemplo, para realizar parte do transporte.

46
Se a empresa possuir motoristas em excesso, pode também locar outros veículos para
executar o serviço. A terceirização evita que a empresa tenha que adquirir veículos
novos quando a demanda é elevada e vendê-los quando a demanda volta ao normal.

3.3 Franquias ou Franchising

Esse sistema é muito utilizado pelas empresas de transporte para expandir sua área de
atuação no mercado. Elas possuem filiais que podem ser oferecidas a outras empresas
que estejam interessadas em atuar com o nome da empresa franqueadora, aproveitando
sua experiência, conhecimentos e contatos acumulados no setor. Assim, um agente
de carga ou mesmo outro transportador pode adquirir uma franquia e trabalhar em
mercados onde o franqueador não tem acesso ou condições de atendimento direto.

47
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Não sabemos precisamente
como o mercado se comportará amanhã devido a uma série
de elementos, entre eles podemos citar as características da
carga que mudam ao longo do tempo, bem como outros
modos de transporte que podem substituir o caminhão para
executar determinado serviço de movimentação e mesmo o
aumento ou diminuição do consumo/demanda.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Entre o passo a passo que pode


ser adotado para o dimensionamento da frota encontramos
itens como analisar as especificações técnicas de cada
modelo de veículo e determinar a velocidade média de
deslocamento durante o percurso.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

48
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

49
UNIDADE 6 | ADEQUAÇÃO DE
VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS

50
Unidade 6 | Adequação de Veículos e Equipamentos

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 6! Para o responsável técnico, é imprescindível


conhecer as etapas do processo logístico de movimentação de cargas. Nesta unidade,
vamos estudar as atividades relacionadas ao planejamento da operação no transporte
rodoviário de cargas e discutir alguns aspectos do desempenho operacional. Por fim,
vamos conhecer aspectos do planejamento das escalas de trabalho dos condutores e do
uso dos veículos. Bons estudos!

1 A Logística e o Planejamento do Transporte

Como estudamos no Módulo 1, a logística é o processo de planejamento, implementação


e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e
informações relacionadas. Este planejamento envolve o deslocamento da carga desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades
do cliente.

A logística envolve as atividades de comprar, receber, armazenar,

ee separar, expedir, transportar e entregar o produto/serviço certo,


na hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível. Para isso,
é preciso contar com planejamento eficiente das atividades
logísticas!

O planejamento é responsável pelo bom andamento das atividades de movimentação


das mercadorias entre os pontos de fornecimento e os pontos de consumo. Mas isso
não é tudo! O planejamento deve preocupar-se, também, em oferecer ao consumidor
qualidade na prestação dos serviços, atendendo-o de acordo com suas necessidades.

hh
Para oferecer um serviço de qualidade, é imprescindível planejar
detalhadamente cada atividade logística!

51
2 Planejamento das Escalas de Trabalho

Esta atividade consiste, basicamente, em construir e organizar as sequências de viagens


que deverão ser executadas por cada um dos condutores, respeitando as restrições
legais, contratuais e sindicais. O resultado desse planejamento é um conjunto de
viagens programadas, que será executado em determinado período. Além disso, para
cada viagem programada deverá ser definido o motorista e o veículo que será utilizado.

Não se esqueça de respeitar os limites e diretrizes estabelecidos

ee pela Lei nº 13.103/15, que regula e disciplina a jornada de


trabalho e o tempo de direção dos motoristas profissionais.

O planejamento das escalas, seja ele semanal ou mensal,


pode ser abordado através de dois enfoques: cíclico ou
individualizado. O planejamento de escala cíclica consiste
em construir uma sequência contendo todas as jornadas
diárias de trabalho intercaladas por dias de folga. Esta
sequência constitui-se num ciclo de trabalho que é
repetida por todos os condutores, sendo que cada um a
inicia em uma posição diferente.

Já o planejamento individualizado consiste em construir


sequências individuais de jornadas de trabalho, levando
em consideração o histórico de cada condutor e horários
preferenciais individualizados.

No planejamento das escalas de trabalho, o objetivo principal da empresa não é de


economizar recursos humanos de forma indiscriminada, uma vez que o número de
condutores disponíveis está adequado às necessidades da empresa. A empresa deve
ter como foco principal a racionalização do processo de formação de escala de trabalho,
que resultará em benefícios tanto para os condutores quanto para a empresa.

52
3 O Nível de Serviço Considerado no Planejamento

A qualidade do gerenciamento dos fluxos de cargas e do gerenciamento dos serviços é


conhecida como nível de serviço logístico. Há três fatores fundamentais para identificar
o nível de serviço logístico ao cliente:

a. Disponibilidade

b. Confiabilidade

c. Desempenho

3.1 Disponibilidade

A disponibilidade compreende a capacidade da empresa de ter


o produto em estoque (disponível) no exato momento em que
ele é desejado pelo cliente.

Duas empresas vendem o mesmo produto e, no entanto, uma

cc delas não possui o produto em estoque quando o cliente vem


procurá-lo. Esta empresa não poderá atender o cliente no exato
momento em que ele efetivamente precisou do produto.

Neste caso, o cliente irá optar por comprar o produto na outra


empresa, que possui, em estoque, o produto necessário no
momento da procura. Caso este fato seja recorrente, o cliente
irá optar por procurar seus produtos diretamente na empresa
que terá o produto disponível no momento em que ele precisa.

53
3.2 Confiabilidade

Trata-se da variação de tempo em torno dos prazos fixados para o atendimento ao


cliente, para a entrega das mercadorias, etc.

A confiabilidade é a exatidão no cumprimento da programação


estabelecida para o serviço de transporte, além da manutenção
dos itinerários pré-fixados, caso sejam informados ao cliente.

Para o cliente, alguns atrasos eventuais decorrentes de situações inesperadas são


bastante compreensíveis. No entanto, quando estes atrasos passam a ser frequentes,
ou ocorrem situação especial em que o cliente dependa muito daquela entrega, ele
passa a não confiar mais no transporte.

hh
Uma empresa confiável é aquela que cumpre os prazos acordados
em contrato para disponibilizar o produto ao cliente!

3.3 Desempenho Operacional

Avalia se o nível de serviço oferecido ao cliente está de acordo com o que foi estipulado
no contrato. Ele pode ser medido por fatores como:

• Velocidade.

• Flexibilidade.

• Integridade das cargas transportadas.

Vamos compreender melhor o que é a flexibilidade. Este parâmetro está relacionado à


capacidade da empresa de lidar com solicitações extraordinárias de serviço dos clientes.
São exemplos: mudanças ocasionais nos serviços de entrega; entregas emergenciais; e
troca de produtos fornecidos com defeitos.

54
Para o cliente, o esclarecimento em relação a estas mudanças ocasionais é muitas
vezes mais importante do que a insatisfação pela ocorrência da mudança. Portanto,
caso as mudanças sejam necessárias, informe imediatamente ao cliente, justificando
os motivos e oferecendo as garantias de que ele será atendido da melhor maneira, tão
logo seja possível.

Como observamos, o planejamento e gestão do transporte rodoviário de cargas é uma


atividade ampla, ou seja, engloba um conjunto de atividades, para as quais é necessário
conhecimento abrangente para garantir o sucesso do planejamento do transporte.

Para o gestor é essencial a oferta de um bom nível de serviço logístico. Assim, o


planejador deve estar sempre atento à velocidade com que o sistema opera, à
flexibilidade oferecida pelos seus serviços e, principalmente, à garantia da integridade
das cargas transportadas.

55
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Além de envolver as atividades
de comprar, receber, transportar e entregar o produto/
serviço, o planejamento logístico inclui a organização de
viagens a serem executadas por cada um dos condutores,
respeitando as restrições legais, contratuais e sindicais.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Nível de serviço logístico é a


qualidade do gerenciamento dos fluxos de cargas e do
gerenciamento dos serviços. Disponibilidade, parcerias,
franquias e desempenho são alguns dos seus fatores
fundamentais para identificar o nível de serviço logístico ao
cliente.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

56
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

57
UNIDADE 7 | MANUTENÇÃO DA
FROTA

58
Unidade 7 | Manutenção da Frota

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 7! Nesta unidade, estudaremos a manutenção


veicular, que é um dos fatores que contribuem para a redução dos custos operacionais,
melhoria das condições de segurança e para a conservação do meio ambiente. Seu
objetivo é manter ou reestabelecer as condições operacionais de máquinas, equipamentos
e veículos, para que estes estejam adequadamente disponíveis para o transporte e a
movimentação das mercadorias ao longo das cadeias logísticas. Bons estudos!

1 Manutenção e Manutenabilidade

Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de
um veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Os principais objetivos da manutenção são:

• Otimizar os insumos, garantindo segurança e reduzindo os impactos ambientais;

• Garantir a frota disponível para a operação do serviço; e

• Manter o controle do histórico da manutenção veicular no período de vida útil do


veículo.

É importante lembrar que nem sempre reaproveitar e recuperar um item é a melhor


decisão a ser tomada. Insistir no uso de peças, veículos e equipamentos que tenham
ultrapassado muito sua vida útil pode ser antieconômico e inseguro.

Outro conceito fundamental no processo de manutenção é a manutenabilidade.

A manutenabilidade refere-se à capacidade ou grau de facilidade


de o veículo ter sua manutenção executada de modo adequado.

Ela é expressa em facilidade e economia de manutenção, disponibilidade do


equipamento, segurança e precisão na execução de ações de manutenção. Tem a ver
com as condições da garagem, ferramentas, equipamentos e oficinas.

59
2 Manutenção Preventiva e Corretiva

A manutenção preventiva é frequentemente efetuada de acordo com os critérios


preestabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de
algum serviço efetuado. Ela subdivide-se em:

• Manutenção sistemática: executada de acordo com o tempo de uso;

• Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento


após a evolução de um sintoma significativo.

hh
Especialistas recomendam que a manutenção sistemática seja
adotada somente se sua utilização criar uma oportunidade para
reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se
ela for imposta por exigência de produção ou segurança.

Um exemplo de manutenção preventiva em intervalos fixos é a


troca de óleo por quilometragem rodada.

Já a manutenção corretiva é aquela realizada, normalmente, após a ocorrência de


alguma falha. Esse tipo de manutenção é usado para corrigir as causas e efeitos de
ocorrências constatadas. Ela pode ser dividida em:

• Manutenção de melhoramento;

• Manutenção corretiva geral.

A manutenção de melhoramento é um
tipo de manutenção corretiva que reúne
ações corretivas para a melhoria dos
veículos, que passam a não precisar de
tanta manutenção devido ao aumento
da confiabilidade e desempenho. Ocorre
antes de a peça ou veículo quebrar, por
exemplo, quando o motorista comunica
que está percebendo um barulho estranho.

60
A manutenção corretiva geral acontece quando o caminhão quebra durante a operação.
Esse é o tipo de correção mais caro para a empresa pois, além de a peça quebrar, o
veículo fica parado e a carga não chega ao local combinado, o que deixa o cliente
insatisfeito.

Os custos da quebra não são apenas os da peça a ser trocada. Participam da composição
de custos, também: valor do guincho, assistência técnica, custo de veículo substituto,
mão de obra extra, entre outros. Devemos sempre evitar a manutenção corretiva!
Recomenda-se que a empresa efetue a manutenção de melhoramento, procurando
evoluir para a manutenção preventiva.

3 Manutenção Decorrente de Falhas no Equipamento

Quando o equipamento apresenta alguma falha que prejudique a operação, não há


saída. Ele precisará passar pela manutenção corretiva!

Uma falha ocorre quando o veículo apresenta um estrago,

cc avaria, pane, paralisação etc. — qualquer problema que impeça


o veículo de operar, ou que comprometa a segurança do
condutor ou da carga.

Quanto à velocidade ou forma de manifestação, as falhas podem ser:

• Falhas que ocorrem progressivamente;

• Falhas que ocorrem de forma repentina.

Quanto ao momento de aparecimento, podem aparecer falhas durante:

• O funcionamento do veículo;

• Após o veículo parar de funcionar.

Quanto ao grau de importância, podemos ter:

• Falhas parciais, comprometendo parcialmente o funcionamento do veículo;

61
• Falha completa, aquelas que param completamente o veículo.

Quanto à velocidade de aparecimento e grau de importância, podem ser:

• Por degradação e ao mesmo tempo progressiva e parcial;

• Catalítico, ao mesmo tempo repentino e total.

Quanto à origem, podem ser:

• Interna: relacionada à falha de um dos componentes do caminhão;

• Externa: causada por agente externo, por exemplo um acidente.

Quanto às consequências, as falhas podem ser:

• Crítica: suscetível a danos corporais ou de consequências inaceitáveis;

• Maior: de importância vital para a continuidade dos serviços;

• Menor: sem grandes consequências para a continuidade dos serviços

Quanto às características das falhas, estas podem ser classificadas em:

• Intermitente: perda repetitiva momentânea, completa ou parcial de função, que


aparece e desaparece;

• Fugitiva ou transitória: perda de curta


duração não repetitiva, completa ou
parcial de uma função requisitada;

• Sistemática: ligada a uma causa não


eliminável, a não ser por modificação
ou substituição de um determinado
componente;

• Reproduzível: que pode ser provocada ou induzida, simulando as suas prováveis


causas;

• De causa comum: que pode influenciar vários componentes do veículo.

62
Devemos, enfim, evitar o reaparecimento do defeito. Para isso, é necessário verificar as
causas das falhas e sua natureza (mecânica, elétrica, eletrônica, hidráulica, pneumática).
Quanto às causas, elas podem ser:

• Por fraqueza na concepção de fabricação;

• Por má utilização;

• Por má conservação;

• Por envelhecimento e desgaste;

• Primária: provocada por falha de apenas um componente;

• Secundária: ocorrida em um componente e causada por outro.

• Sabe-se ainda que cada modelo de falha degrada um item mecânico de modo
particular, mas geralmente os modos de falhas evoluem da seguinte forma:

Dentre os modos de falhas mecânicas em funcionamento, os principais são:

• Choque, geralmente provocado por acidente de comportamento;

• Sobrecarga: transportar acima do permitido levando a ruptura ou deformação;

• Fadiga: esforços alternados e repetitivos que levam à ruptura;

• Desgaste pelo uso: devido ao atrito, gera perda do material das superfícies;

• Abrasão: riscos por um corpo de dureza superior;

a. Erosão, devido a impacto de partículas em grandes velocidades;

b. Corrosões, de todas as naturezas (química, elétrica, bacteriana etc.); e

c. Fluência: deformação por tensão mecânica e térmica, que vira permanente.

A empresa deve buscar, na medida do possível, evitar que as falhas ocorram e, para isso,
a manutenção é um procedimento essencial. A avaliação dos efeitos e da eficácia da
manutenção para a gestão da frota é fundamental para que se possa buscar a melhoria
constante do processo e para garantir a confiabilidade e segurança da operação.
Como vimos, o tipo de manutenção deve ser, de preferência, preventivo, para evitar
a paralisação do veículo e seu impacto na qualidade do serviço e na rentabilidade da
empresa.

63
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A "manutenção preventiva
condicional" se difere da "manutenção corretiva geral" por
ser executada após a evolução de um sintoma significativo e
não quando o caminhão quebra durante a operação.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre as falhas mecânicas


que podem acontecer durante a operação, podemos citar a
Fadiga por impacto de partículas em grandes velocidades e a
Sobrecarga de todas as naturezas (química, elétrica,
bacteriana etc.)

Verdadeiro
( ) Falso
( )

64
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

65
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 3 –
PARTE 4
UNIDADE 8 | FATORES
OPERACIONAIS QUE INTERFEREM
NO PLANEJAMENTO DA
OPERAÇÃO DO TRANSPORTE

67
Unidade 8 | Fatores Operacionais que Interferem
no Planejamento da Operação do Transporte

Bem-vindo(a) à unidade 8! A operação do transporte deve ser realizada com planejamento


prévio para cumprir o contrato que foi estabelecido entre o dono da carga e a empresa
transportadora ou o transportador autônomo. Nesse sentido, diversos são os fatores que
interferem no planejamento da operação e no plano de viagem. Nesta unidade, iremos
estudá-los! Bons estudos!

1 Fatores Operacionais que Devem ser Considerados para


Desenvolver o Plano de Viagem

1.1 Veículo

Primeiramente, é necessário conhecer bem as


características da frota de veículos que se tem à
disposição para executar o serviço de transporte.
Por ocasião do dimensionamento da frota, chega-
se ao entendimento sobre as reais necessidades
em termos de equipamento (quantidade, tipo,
características operacionais, capacidade de carga,
entre outros aspectos) para atender à demanda
dos clientes.

São vários os tipos, tamanhos e marcas de veículos existentes no mercado e o


transportador deve estudar a composição adequada da frota, de modo a capacitá-la
para corresponder ao desempenho esperado.

De acordo com Valente, Novaes e Passaglia (2007), sinteticamente, pode-se dizer que
há duas situações distintas com as quais as empresas se defrontam por ocasião do
processo de dimensionamento da frota: demanda desconhecida e demanda conhecida.

68
A primeira situação, quando é preciso prever a demanda, é a que traz maiores problemas.
O complexo trabalho de previsão é, em geral, feito por profissionais que trabalham
com números – economistas, engenheiros de tráfego e transporte, estatísticos, entre
outras categorias profissionais – os quais possuem conhecimentos profundos em
modelos matemáticos e estatísticos.

Conhecendo ou prevendo a demanda, em ambos os casos é conveniente, antes de


tudo, classificá-la em função das distâncias a serem percorridas entre a origem e o
destino das cargas. Esse fator determina o tamanho e as características dos veículos
que serão utilizados.

Assim, teremos duas situações a considerar:

• Transporte de cargas de longo curso: em geral realizado na área rural, ligando


duas cidades que não estão situadas na mesma aglomeração. Há nessa situação
uma distância significativa entre o ponto de origem e o de destino da carga
(podem-se considerar distâncias acima de 200 km); e

• Transporte de cargas no meio urbano: são as entregas e coletas realizadas nos


centros urbanos ou aglomerações.

Se o transportador trabalha nos dois tipos de mercado (urbano


e rural), ele precisa de uma frota constituída por veículos
de diferentes tamanhos e características para atender às
necessidades dos dois mercados. Caso opere somente em um
mercado, pode ter uma frota mais homogênea em termos de
capacidade.

Um roteiro para o dimensionamento da frota de veículos é proposto por Valente,


Novaes e Passaglia (2007):

1. Determinar a demanda mensal de carga e sua unidade (volume, peso etc.).

2. Fixar os dias de trabalho durante o mês e as horas de trabalho por dia.

3. Verificar as rotas a serem utilizadas, analisando o relevo, as condições de tráfego,


as condições do pavimento, o tipo de pavimento etc.

4. Determinar a velocidade média de deslocamento durante o percurso.

69
5. Determinar os tempos de carga, descarga, paradas em filas, paradas para refeição
e descanso dos motoristas, as horas em manutenção etc.

6. Analisar as especificações técnicas de cada modelo de veículo, para escolher o


que melhor atende às exigências do transporte desejado.

7. Identificar a capacidade de carga útil do veículo escolhido.

8. Calcular o número de viagens/mês que cada veículo pode realizar.

9. Determinar a quantidade de carga transportada por veículo durante o mês.

10. Calcular o número de veículos necessários dividindo-se a demanda mensal de


carga pela quantidade transportada por veículo durante o mês.

11. Acrescentar ao número de veículos calculando unidades adicionais para


substituir os caminhões em manutenção, os avariados etc.

Veja que a definição do veículo ou da frota de veículos a se

ee utilizar para a execução do transporte influencia diretamente o


programa de manutenção que será adotado para os veículos
(marca, características operacionais, tipos etc.). E a frota já
estará direcionada ao transporte de uma carga específica, uma
vez que o transportador autônomo ou a empresa já terão
estudado seus mercados.

1.2 Condutor

O papel do condutor é fundamental na execução do transporte, além das características


técnicas exigidas para a condução dos diferentes tipos de veículos (toco, truck, reboque,
semirreboque) e de carrocerias (vários tipos de carga), ele precisa ter conhecimentos
adicionais de primeiros socorros, noções de meio ambiente e de saúde ocupacional,
para executar o planejamento da atividade de transporte com êxito.

70
Nesse sentido, os condutores precisam ter a habilitação exigida pela legislação para
os diferentes tipos de veículos e serem capacitados nos outros aspectos. Também
importante é a habilidade em utilizar as tecnologias embarcadas (GPS, computador
de bordo, botão de pânico etc.) para ajudar no gerenciamento da viagem e no
gerenciamento de risco (roubos, acidentes etc.).

Finalmente, os condutores necessitam ter conhecimentos básicos de manutenção e de


funcionamento dos veículos para poderem atuar em casos de emergência nas rodovias.

1.3 Cargas e Carrocerias

Vimos no Módulo 1 deste curso que há diferentes


tipos de carga. Cada tipo exige equipamento,
tecnologia, carrocerias e gerenciamento
adequados às suas características. É por isso,
por exemplo, que os produtos perigosos são
transportados em carrocerias e veículos bem
específicos, em função da classificação da
Organização das Nações Unidas (ONU) para essas
cargas.

Por outro lado, há cargas que exigem maiores cuidados por serem muito visadas por
ladrões. Esse fator exige que o motorista seja treinado especificamente para gerenciar
o risco e para utilizar diferentes tecnologias de apoio ao gerenciamento da viagem.

Outras mercadorias são perecíveis, e necessitam de carrocerias e cuidados especiais


por parte do condutor e do transportador, já que têm períodos curtos de validade,
precisando ser disponibilizadas aos clientes com maior rapidez e nos prazos combinados.

Também cabe destacar as cargas unitizadas em paletes e contêineres ou em outros


artefatos de unitização de cargas. Esse tipo de carga necessita de equipamentos
especiais para movimentação, carga e descarga nos caminhões.

Logo, a carga e o tipo de carroceria relacionam-se com os outros fatores operacionais


e influenciam diretamente o planejamento do transporte e as necessidades de
tecnologia e equipamentos específicos para a sua movimentação.

71
1.4 Manutenção

Os programas de manutenção da frota são vitais para o cumprimento dos níveis de


serviço prometidos aos clientes e são diretamente influenciados pelo tipo e pela
intensidade de uso do veículo. Também, dependem da forma de conduzir do motorista
e das condições de infraestrutura das vias.

Manutenção é um conjunto de ações para manter ou restabelecer


um bem em um estado específico, ou para assegurar um serviço.

Os programas de manutenção podem ser de três tipos:

• Manutenção corretiva

• Manutenção preventiva

• Manutenção preditiva

A manutenção corretiva é realizada,


normalmente, após uma falha. Esse tipo de
manutenção é usado para corrigir as causas e
efeitos de ocorrências já constatadas.

A manutenção preventiva é frequentemente


realizada de acordo com os critérios
preestabelecidos para reduzir probabilidades
de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado.

A manutenção condicional ou preditiva é fazer a manutenção quando o equipamento


realmente necessita.

A prática dessa manutenção exige mecânicos bem treinados e motoristas capacitados


para observarem qualquer alteração do veículo durante a operação. Além disso, é
fundamental uma integração entre a manutenção e a operação.

72
A base dessa prática está na inspeção com auxílio de equipamentos e/ou sentidos
humanos. Adicionalmente, é necessário conhecer os parâmetros de desempenho
de cada peça para um determinado ambiente de operação, de forma a identificar
problemas potenciais futuros e executar a manutenção antes.

1.5 Tecnologia

Atualmente, a tecnologia embarcada auxilia muito os transportadores e seus


condutores no planejamento e na execução da operação de transporte.

Hardwares como GPS, computador de bordo,


terminais de dados do motorista, entre outros,
permitem que o veículo seja acompanhado e
que se conheça, com precisão e de maneira
instantânea, sua localização geográfica, em
qualquer ponto do globo terrestre. Isso auxilia
as centrais de monitoramento a detectar
problemas como acidentes, roubos ou desvio
de rotas, por meio de informações passadas
por via satélite desde o veículo até a central.

As tecnologias embarcadas combinadas com sistemas modernos de transmissão


da informação permitem planejar melhor os deslocamentos, rastrear os veículos e
monitorá-los ao longo de todo o percurso.

1.6 Infraestrutura Viária

As rodovias ou estradas são os últimos fatores que têm influência e que precisam ser
obrigatoriamente considerados pela empresa ou pelo transportador autônomo nos
seus planos de viagem.

73
O tipo de rodovia, as condições de rodagem e de sinalização, os traçados e as
alternativas de caminhos diferentes para a execução da operação de transporte são
fundamentais para o cumprimento dos objetivos de atendimento aos clientes por
parte dos transportadores.

O estado de conservação e as características da infraestrutura viária têm efeitos na


forma de conduzir do motorista, na manutenção do veículo, no gerenciamento do risco
durante as viagens (roubos, acidentes, desvios de carga etc.) e no tempo de viagem.
Por esse motivo, o plano de viagem deve especificar com detalhes a infraestrutura
viária existente no trajeto do veículo.

Todos os fatores analisados têm inter-relação, e fornecem subsídios para a confecção


do plano de viagem.

Na sequência do curso, veremos como os diferentes fatores devem ser tratados no


plano de viagem ou rotograma.

74
2 Plano de Viagem ou Rotograma

A preparação dos dados necessários para o planejamento das operações de transporte


é de fundamental importância para o sucesso da execução do serviço de transporte.
Isso é conseguido com a elaboração do plano de viagem ou rotograma.

Rotograma ou plano de transporte é o instrumento que reúne


as informações relativas ao planejamento das viagens.

2.1 Dados que Devem Constar no Rotograma ou Plano de


Viagem

Os rotogramas representam o planejamento da viagem, o qual deve ser seguido


à risca pelos motoristas. Um rotograma deve obrigatoriamente conter as principais
informações sobre a rota: origem, destino, distância total, identificação do veículo,
modelo do veículo, tempo de viagem, velocidade média, pontos de referência, praças
de pedágio, postos policiais e de fronteira e pontos de entrega dos produtos aos
clientes.

Na melhor situação, o rotograma deve ainda conter as seguintes informações:

• Trechos de rodovia, indicando sigla, UF e nome das rodovias; extensão dos


trechos; tipo de pavimento (natural, pavimentado e duplicado); travessia de
balsas.

• Cidades mais próximas ao longo das rodovias, com prioridade para as cidades
maiores, com indicação da distância aproximada até o centro da cidade. No
caso de serviços na área rural, informações acerca da localização das fazendas e
propriedades rurais, das distâncias entre elas e entre a rodovia e as propriedades
etc., são de suma importância.

• Outras informações importantes ao longo da rota, tais como balanças, postos


fiscais, parques nacionais, pontes etc.

• Tempo de viagem e distância percorrida em cada trecho de rodovia ou estrada


rural.

75
Obeserve a seguir um modelo de rotograma, que será apresentado em duas partes.

76
77
Além desses dados, o cliente ou o embarcador deve: informar ao motorista as
características do produto que será entregue, a quantidade de itens, o peso ou volume
da carga, o endereço completo do(s) destinatário(s) da mercadoria; e fornecer toda a
documentação necessária para a viagem.

78
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Determinar a velocidade média
de deslocamento durante o percurso faz parte do roteiro
para o dimensionamento da frota de veículos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. A tecnologia embarcada não


auxilia os transportadores no planejamento e na execução
da operação de transporte.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

79
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

80
UNIDADE 9 | PROCEDIMENTOS
DO CONDUTOR PARA A
PREPARAÇÃO DA VIAGEM

81
Unidade 9 | Procedimentos do Condutor para a
Preparação da Viagem

A participação efetiva do condutor é fundamental para que o planejamento executado


para a viagem seja obedecido. Sem a consciência do papel do condutor para executar
o serviço, qualquer planejamento é fadado ao fracasso. Por isso, nesta unidade, vamos
destacar alguns cuidados e procedimentos que o motorista precisa realizar para seguir à
risca o plano de viagem. Bons estudos!

1 Procedimentos Iniciais

Antes de iniciar a viagem, é recomendável que o condutor adote alguns procedimentos


para que o percurso ocorra sem incidentes. Os seguintes cuidados podem ajudá-lo a
atingir esses objetivos:

• Procure conhecer bem o itinerário antes de iniciar a viagem.

• Verifique as condições de acondicionamento, distribuição e embalagem da carga.

• Identifique as paradas para embarque e desembarque de cargas.

• Observe os horários que devem ser cumpridos; nunca tente recuperar algum
tempo perdido.

• Conheça previamente o traçado das vias e rodovias pelas quais terá que passar.
Procure levar consigo um mapa com todas as vias e solicite informações do
trajeto quanto a: distância, locais de abastecimento, alimentação, repouso,
segurança da carga e do veículo, interrupção temporária ou definitiva do trecho
a ser percorrido, entre outras.

• Localize os postos da polícia rodoviária.

• Tenha sempre à mão os números de telefones úteis para qualquer emergência:

• Polícia Militar: 190; Polícia Rodoviária Federal: 191; SAMU: 192; e Corpo de
Bombeiros: 193.

82
Diretoria de Planejamento
SETOR DE TRANSPORTES
e Gestão
Pág: 1/1
FORMULÁRIO PLANO DE VIAGEM - F3 N.º: OPG_FORM_003
Rev: 00.01/12/11
TRANSPORTES

IDENTIDICAÇÃO DA VIAGEM
Protocólo da viagem Data de início da viagem: ___/___/____
Veículo utilizado: Responsável pela viagem:
Motorista(s) escalados:

INFORMAÇÕES OPERACIONAIS DA VIAGEM


Data de início da viagem: ___/___/____ Horário previsto de início da viagem: ___:____
Local de início da viagem: Número de passageiros:
Data de término da viagem: ___/___/____ Horário previsto de término da viagem: ___:____
Quilometragem inicial estimada: Quilometragem total a ser percorrida:
ROTA PROGRAMADA
TRANSPORTES

Origem Destino Via Km estimada

Existe trecho de terra a ser percorrido? ( ) Sim ( ) Não


Locais de abastecimento Estimativa de litros a serem abastecidos em cada evento

VISTORIA INICIAL
MOTORISTA E RESPONSÁVEL PELA VIAGEM

Item vistoriado Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo


Limpeza interna do veículo
Limpeza externa do veículo
Integridade dos equipamento de segurança
Integridade dos componentes do interior do ônibus
Funcionamento do banheiro
Documentação OK NÃO OK Equipamentos OK NÃO OK
F1 - Solicitação e autorização Macaco
F2 - Lista de passageiros Extintor
F3 - Plano de viagem Triângulo
F4 - Relatório de viagem Chave de roda
F5 - Relarório de anomalias Pneu de suporte
CRLV
Registro da descrição do estado geral do veículo no início da viagem:

_____________________________ _____________________________
Assinatura do motorista Assinatura do servidor responsável

___/___/_____ ___/___/_____

hh
Quando dirigir em estradas e rodovias, é recomendável que se
faça, antes da viagem, uma avaliação das condições da estrada.
Busque informações junto ao Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), à Polícia Rodoviária ou a
algum órgão regional responsável pelas rodovias.

Complementarmente, o plano de viagem deve ser apoiado pelo porte dos documentos
obrigatórios para o transporte de cargas, por parte do motorista.

83
Assim, deve-se sempre conferir a posse dos seguintes documentos relativos à carga:

• Nota fiscal

• Conhecimento de transporte rodoviário

• Autorização de carregamento e transporte

• Ordem de coleta de carga

• Manifesto de carga

Por outro lado, é necessário conferir a


documentação do condutor e do veículo. Para
o condutor é necessária a Carteira Nacional
de Habilitação (CNH) nas categorias “C” ou
“E” e, eventualmente, também a carteira
de identidade. Já para o veículo é exigido
o Certificado de Registro e Licenciamento
do Veículo (CRLV) e o registro do veículo
no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas (RNTRC).

É ainda muito importante que o Responsável Técnico ou o responsável pela expedição


e o motorista realizem a conferência da carga com a descrição apresentada na nota
fiscal, para se ter certeza de que a empresa está realmente transportando o que
está descrito na nota. Além disso, é necessário conferir as informações da carga
que constam no conhecimento de embarque, tais como peso, volume e quantidade,
evitando problemas no momento da entrega.

Nos casos de carga fracionada, conferir o manifesto é um procedimento muito


importante. Assim, é possível ter certeza de que a empresa não está deixando de
transportar nenhuma carga. Antes de sair, o motorista deverá verificar o lacre, para
assegurar que ele não estava violado antes do transporte.

Por fim, o motorista deverá conferir o roteiro e as estradas que irá seguir. O caminho
vai ajudar, inclusive, na disposição das mercadorias dentro do veículo.

84
2 Interpretação e Leitura de Mapas

Conhecer mapas e guias rodoviários e saber interpretá-los é de fundamental


importância para o trabalho do motorista. A leitura correta de um mapa permite, por
exemplo, que se utilize uma rota mais curta, mais segura e de melhor qualidade no
pavimento.

Um mapa é uma representação gráfica do conjunto de


municípios, estados, regiões ou países. Quando contém os
limites geográficos da área em questão, é chamado de mapa
político-administrativo.

O mapa político-administrativo ainda pode conter a representação das rodovias


federais, estaduais e municipais, das hidrovias, ferrovias, aeroportos e portos da área
representada.

Veremos aqui como interpretar os mapas rodoviários, pois você trabalha nesse
ambiente. Para isso, tomemos como exemplo o mapa rodoviário do Distrito Federal.

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em km REFERÊNCIAS

"
¬
NOVO GAMA Rodovia Estadual Coincidente DF
BR
Aeródromo Internacional

Em Pavimentação Barragem e Açude
¬
VALPARAÍSO DE GOIÁS Unidade Local Estadual Aeródromo Público
?

!
!
"
520
CIDADE OCIDENTAL FERROVIAS Posto de Polícia Rodoviária Federal
3
2PRF
¬

!
" Posto de Pesagem de Veículos ÷
Em Duplicação Rio e Lagoa Permanente
521

!
060 Existente com tráfego/
tráfego suspenso Praça de Pedágio )
"
P

251 Em Construção Porto

Salinas MG !
ut

!
Planejada Farol
!
" 436

ESCALA 1:130.000

Pavimentada Rio e Lagoa Intermitente


Rodovias federais pavimentadas: l e v a n t a d a s c om G PS e m 2 0 0 7 , s e g u n d o o P l a n o N a c ion a l d e Vi a ç ã o.

!
R e s p o n s á v e l : D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l d e I n f r a e s t r u t u r a d e Tr a n s p o r t e s – D N I T. 1 cm = 1.3 km

G O I Á S
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
R o d o v i a s e s t a d u a i s : l e v a n t a d a s c om G PS e a t u a l i z a ç ã o d a s i n for m a ç õ e s e m 2 0 0 2 . C r é d i t os e r e s p on s a b i -

Em Implantação Área Alagadiça


lidade ao fornecedor da base cartográfica digital: Departamento de Estradas de Rodagem - DER.
Projeção Policônica - Sirgas 2000 - MC -47°.45'

!
Rodovias federais não pavimentadas, rodovias federais planejadas, Portos e Outras Localidades:
id e n ti fic a d a s a p a r ti r d os m a p a s r od ov iá r i os d o D N I T e m s u a ú l t im a p u b l ic a ç ã o ( 2 0 0 2 ) . R e s p on s á v e l : D e - Elaboração:
040 Diretoria de Planejamento e Pesquisas – DPP
p a r t a m e n t o N a c i o n a l d e I n f r a e s t r u t u r a d e Tr a n s p o r t e s – D N I T.
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN

Em Pavimentação Barragem e Açude


!
F e r r o v i a s : o b t i d a s d a b a s e c a r t o g r á f i c a d i g i t a l d o P l a n o N a c i o n a l d e L o g í s t i c a d e Tr a n s p o r t e s – P N LT e m Apoio Técnico do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
2 0 0 7 , a j u s t a d a s à e s c a l a p o r C G P L A N / D N I T. C r é d i t o s e r e s p o n s a b i l i d a d e a o f o r n e c e d o r : C e n t r o d e E x c e -
050
l ê n c i a e m E n g e n h a r i a d e Tr a n s p o r t e s - C E N T R A N . 010
!
" Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos – 2011

Dunas
H i d r o v i a s : i d e n t i fic a d a s a p a r t i r d a “ B a s e c a r t og r á fi c a v e t or i a l co n t í n u a d o Br a s il a o m il io n é s i m o – b C IM d : Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN

!
"425
ve r s ã o 2 . 2 . R i o d e Ja n e i r o. I B G E , 2 0 0 7 . ” R e s p on s á v e l : D e p a r t a m e n t o N a c i on a l d e I n fr a e s t r u t u r a d e (61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br

!
Tr a n s p o r t e s – D N I T.
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Base cartográfica: todas as informações cartográficas complementares foram obtidas por meio do SICAD-
Sistema Cartográfica do Distrito Ferderal.

Implantada Salinas
!
-16°10' -16°10'

ÁREAS URBANAS
-48°10' -48° -47°50' -47°40' -47°30' -47°20' -47°10'

Em Implantação
! Área Alagadiça
FAZ. PALMA

!
"

Distância Parcial
Leito Natural ! 33
Capital/Região Metropolitana
! Dunas
Cidades
!
"

"

Planejada ÁREAS URBANAS


Trechos MP 082/2002
Concedida ! !
Acima de 500.000 habitantes P
Capital/Região Metropolitana ¬

Unidade Local Federal


Distância Parcial 100.000 a 500.000 habitantes
33 R ¬
Cidades
"

em km
"

10.000 a 100.000 habitantes

!
¬
Trechos MP 082/2002 Acima de 500.000 habitantes P
¬

"
! Unidade Local Federal
Abaixo de 10.000 «
¬

100.000 a 500.000 habitantes


-16°
R
¬
Em Duplicação
Estaduais !
" Localidades IBGE )
"

10.000 a 100.000 habitantes ¬

Duplicada !
" !
"
Outras Localidades
Abaixo de 10.000
*

«
!
"
¬
Em Pavimentação LIMITES
Em Duplicação
!
" !
" Internacional
Localidades IBGE )
"

Em Implantação
Pavimentada
!
" !
" Interestadual
Outras Localidades *

M"! I N A "!Intermunicipal
Em Pavimentação

Implantada
!
" S LIMITES
Interestadual em Litígio
Internacional
EM LITÍGIO

G
Em Implantação
!
"
E R AM
!
" I SI N
Interestadual

Distância Parcial
Leito Natural !
" !
"
Parque
A S
Nacional, Reserva
Florestal e Terras Indígenas
Interestadual em Litígio
33
EM LITÍGIO
"

G"!Aeródromo
E RInternacional
REFERÊNCIAS Intermunicipal
!
"
A Florestal
I SNacional,
"

Planejada


DF
Rodovia Estadual Coincidente
Concedida Parque Reserva BR
e Terras Indígenas
Unidade Local Estadual Aeródromo Público Distância Parcial 33 ?
"

em km REFERÊNCIAS
"

FERROVIAS Posto de Polícia Rodoviária Federal PRF


3
2
·
!
DF
Rodovia Estadual Coincidente Aeródromo Internacional
Existente com tráfego/ Unidade Local Estadual
BR
Posto de Pesagem de Veículos ÷
Aeródromo Público
tráfego suspenso Praça de Pedágio )
"P ?
FERROVIAS Porto
Posto de Polícia Rodoviária Federal
3
2 PRF

Existente com tráfego/ Farol


Posto de Pesagem de Veículos !
ut
÷
tráfego suspenso Praça de Pedágio )
"
P

Em Construção ESCALA 1:130.000 Porto


1 cm = 1.3 km !
Planejada
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
Farol ut
Projeção Policônica - Sirgas 2000ESCALA 1:130.000
- MC -47°.45'
Elaboração: 1 cm = 1.3 km
Diretoria de Planejamento
0 e Pesquisas
1.3 – DPP
2.6 3.9 5.2 6.5 km
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Apoio Técnico do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
Projeção Policônica - Sirgas 2000 - MC -47°.45'
Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos – 2011
Elaboração:
Diretoria de Planejamento e Pesquisas – DPP
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
(61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br
Apoio Técnico do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos – 2011

Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN


(61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br

www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br -16°10'


-47°10'

86
Observe que a figura tem várias partes:

— O mapa propriamente dito, com a representação da área geográfica do Distrito


Federal, as estradas, o meio urbano, os rios, as construções etc. Também contém
as divisões territoriais com os estados vizinhos. Veja que o estado de Goiás
aparece nos quatro lados do mapa do DF e o estado de Minas Gerais aparece na
parte inferior do mapa, fazendo divisa com o DF.

— Um mapa da América do Sul marcando em destaque o Distrito Federal para


localizá-lo no continente em relação aos outros estados do Brasil e em relação
aos demais países.

GMapa
O Multimodal
I Á S do Distrito Federal
HONDURAS -80° -60° -40°
EL SALVADOR
NICARÁGUA

10° COSTA RICA 10°


VENEZUELA GUIANA
PANAMÁ FRANCESA
GUIANA
HONDURAS -80° -60° -40°
EL SALVADOR
COLÔMBIA SURINAME
NICARÁGUA

10° COSTA RICA


EQUADOR
GUIANA

BRASIL
VENEZUELA
PANAMÁ FRANCESA
GUIANA
COLÔMBIA SURINAME

PERU
-10° -10°
EQUADOR

BRASIL
BOLÍVIA DISTRITO FEDERAL
Pacífico

PERU
-10°

PARAGUAI

BOLÍVIA DISTRITO FEDERAL


Pacífico

-30° -30°
co

URUGUAI PARAGUAI
o
n

ti

CHILE ARGENTINA
ea

n
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-30°
tl
Oc

co

URUGUAI
o

a
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n

ti

CHILE ARGENTINA

ce
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n
â

O
tl

-50° -50°
Oc

A
o

a
n

e
-80° -60° -40°c
O
-50°

— O título do mapa na parte superior (Mapa Multimodal do Distrito Federal).

— Um quadro no lado inferior esquerdo que contém a legenda do mapa e as


convenções dos códigos e sinais contidos no mapa.

87
CHILE ARGENTINA

t
ea

n
â
tl
Oc

A
o
a

n
ce
O -50°
-50°

-80° -60° -40°

CONVENÇÕES
RODOVIAS HIDROVIAS
Federais Hidrovia

Duplicada
" HIDROGRAFIA
Em Duplicação
! Rio e Lagoa Permanente

Pavimentada
! Rio e Lagoa Intermitente

Em Pavimentação
! Barragem e Açude

Implantada
! Salinas

Em Implantação
! Área Alagadiça

Leito Natural
! Dunas

Planejada
! ÁREAS URBANAS
Concedida

Distância Parcial
!
33
Capital/Região Metropolitana

Cidades
"

em km
"

Trechos MP 082/2002
! Acima de 500.000 habitantes P
¬

Unidade Local Federal 100.000 a 500.000 habitantes R


¬

Estaduais 10.000 a 100.000 habitantes ¬

Duplicada Abaixo de 10.000


"
! «
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-16°
Em Duplicação Localidades IBGE
oP
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Pavimentada Outras Localidades


reto
!
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Em Pavimentação
!
" LIMITES
JARDIM II Implantada Internacional
*
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Em Implantação
!
" Interestadual
!
"
285
! Leito Natural M"! I N A Intermunicipal
S em Litígio
Interestadual
EM LITÍGIO

G"!"!E R A Florestal
I SNacional,
O Planejada
*
E

Concedida Parque Reserva


e Terras Indígenas
Distância Parcial 33
"

em km REFERÊNCIAS
"

·
!
DF
Rodovia Estadual Coincidente BR
Aeródromo Internacional

Unidade Local Estadual Aeródromo Público


?
FERROVIAS Posto de Polícia Rodoviária Federal
3
2PRF

Existente com tráfego/


Posto de Pesagem de Veículos ÷
tráfego suspenso Praça de Pedágio )
"
P

Em Construção Porto

MG Planejada Farol
!
ut

P l a n o N a c ion a l d e Vi a ç ã o. ESCALA 1:130.000


1 cm = 1.3 km
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
0 0 2 . C r é d i t os e r e s p on s a b i -
em - DER.
Projeção Policônica - Sirgas 2000 - MC -47°.45'
Outras Localidades:
( 2 0 0 2 ) . R e s p on s á v e l : D e - Elaboração:
Diretoria de Planejamento e Pesquisas – DPP
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Tr a n s p o r t e s – P N LT e m Apoio Técnico do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
edor: Centro de Exce -
Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos – 2011

il a o m il io n é s i m o – b C IM d : Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN


on a l d e I n fr a e s t r u t u r a d e (61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br

www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br
das por meio do SICAD-

-16°10'
-47°20' -47°10'

88
A tabela de convenções, ou legenda, detalha todos os códigos e símbolos contidos
no mapa. Veja, por exemplo, que as rodovias que cortam o DF são classificadas em
rodovias federais e estaduais. Dentro dessa classificação, as rodovias são divididas
em: duplicada (pista dupla do tipo autoestrada), em duplicação, pavimentada, em
pavimentação, implantada, em implantação, leito natural (estrada de terra), planejada
e concedida (rodovia com pedágio). Cada um desses tipos de rodovia é representado
no mapa por um símbolo diferente.

Da mesma maneira, observe que são detalhadas as ferrovias existentes, em construção


e planejadas. As hidrovias também estão representadas com símbolo específico, assim
como os rios e lagos que compõem a rede hidrográfica do DF.

Há também uma simbologia específica para marcação das áreas urbanas e das
cidades. A capital do estado – no caso, Brasília – é normalmente representada por uma
figura maior (retângulo, quadrado, hexágono ou outra forma qualquer) pintada em
amarelo. Por outro lado, as cidades são representadas em função de sua população.
Quanto maior a população, mais visível é o símbolo utilizado. Note que as cidades são
representadas por círculos diferenciados no formato em função da população.

Nesse mapa, há quatro níveis de simbologia para as cidades:

— Cidades com população menor que 10.000 habitantes

— Cidades com população entre 10.000 e 100.000 habitantes

— Cidades com população entre 100.000 e 500.000 habitantes

— Cidades com população superior a 500.000 habitantes

A tabela de convenções ainda traz informações sobre as fronteiras do DF com os outros


estados e entre os municípios, e mostra também as fronteiras internacionais (mapa da
América do Sul).

Cabe destacar o item referência da tabela de convenções que lista os aeroportos, os


postos de polícia rodoviária, os portos, os faróis, as praças de pedágio, as balanças de
pesagem etc.

Todas essas informações são inseridas no mapa para definir a localização de cada um
dos pontos importantes constantes na tabela de convenções. Veja que fica muito
fácil localizar os pontos de interesse a partir do momento que aprendemos a ler e
interpretar a tabela de convenções. Isso nos permite interpretar o mapa completo.

89
hh
Outra informação importante no mapa é a escala em que ele foi
desenhado. Essa informação é encontrada na parte inferior da
tabela de convenções e nos permite medir as distâncias entre os
vários pontos de interesse do mapa: distâncias entre cidades,
quilometragem de uma rodovia rural não pavimentada, distância
para entrega de produtos em uma propriedade rural a partir de
um fornecedor de produtos etc.

Veja que a escala aparece com a seguinte notação – escala 1:130.000.

O que significa isso?

Essa relação nos diz que, para cada 1 centímetro de rodovia medido com uma régua
no mapa, a distância real percorrida pelo motorista na estrada corresponderá a 1.300
metros (1,3 quilômetros). Assim, a distância entre duas cidades separadas em linha
reta no mapa por 10 centímetros será igual a 13 quilômetros.

Exemplo:

Se você estiver consultando um mapa que fornecer a escala de 1:50.000? Qual será a
distância em quilômetros para cada 1 centímetro medido no mapa com uma régua?

Veja a resposta: cada 1 centímetro medido no seu mapa corresponderá a 50.000


centímetros de distância na realidade. Os 50.000 centímetros são equivalentes a 500
metros (cada metro tem 100 centímetros) ou 0,5 quilômetro (cada quilômetro tem
1.000 metros). Você percebeu como é fácil de interpretar as escalas? Pratique essa
transformação com outros mapas.

3 Identificando as Rotas nos Mapas

As rotas são caminhos a serem seguidos com base na orientação de mapas. No caso do
mapa rodoviário, as rotas são formadas por pontos localizados dentro da representação
contida no mapa, que facilita a localização das vias de acesso de um ponto a outro e
indica o trajeto que você pode fazer para entregar a mercadoria ao seu cliente.

90
Utilizando um mapa de rodovias federais da região Centro-Oeste, pode-se notar que
existe um número em cada rodovia que serve de identificação, podendo este número
ser associado ao nome da rodovia.

Veja que, para ir de Brasília a Goiânia, você pode escolher a rota que passa por Anápolis
(BR-060), indicada no mapa como uma rodovia federal duplicada.

Os mapas contêm normalmente a indicação dos pontos cardeais,

ee que permitem saber se você está indo na direção norte, sul,


leste ou oeste. Quando isso não estiver marcado no mapa, saiba
que a direção norte está sempre apresentada na parte superior
do mapa, ao contrário da direção sul, que está na parte inferior.
A direção oeste está à esquerda do mapa e a direção leste está
situada na parte direita do mapa.

4 Interpretação e Leitura de Guias Rodoviários

Existem também guias rodoviários que ajudam os motoristas e os outros usuários das
rodovias a se locomoverem entre dois pontos do território brasileiro, com todas as
informações necessárias para que a viagem corra bem.

Assim, nos diversos guias (www.estradas.com.br) são apontadas, ao longo das rodovias,
as cidades e regiões a que a rodovia dá acesso, servindo como pontos de referência para
chegar a um determinado destino. Para sair de um local de origem e chegar ao local
de destino, sabe-se que, ao longo da rota escolhida, deve-se passar por determinadas
cidades atendidas por aquela rodovia.

Vamos a um exemplo de interpretação de um guia rodoviário. Escolhemos a rota entre


São Paulo e Belo Horizonte, passando pela rodovia BR-381, chamada de Autopista
Fernão Dias.

91
A seguir está representado o guia dessa rodovia dividido em duas partes.

92
93
Nesse guia, é indicada, no centro, a marcação da quilometragem oficial e, nas laterais,
a quilometragem percorrida em cada sentido (São Paulo ou Belo Horizonte). Veja que
o quilômetro 0, indicado na coluna central da figura, representa a divisa dos estados
de São Paulo e de Minas Gerais. A leitura da coluna da direita indica que a divisa está
localizada a 90 quilômetros da cidade de São Paulo e a 473 quilômetros da cidade de
Belo Horizonte.

Outras informações sobre localização de pedágios, de postos fiscais e de postos da


polícia rodoviária federal estão disponíveis nesse guia. Observe com atenção, pois há
uma infinidade de informações úteis para o seu deslocamento.

hh
O próprio motorista pode montar o seu guia para deslocamentos
em algumas áreas rurais onde é oferecido o serviço de transporte,
a partir das informações coletadas nos mapas e nos guias
existentes na internet, principalmente.

O guia também informa sobre as cidades e localidades situadas à margem da rodovia,


marcadas na cor azul (Itapeva, por exemplo). Já na cor preta, estão apresentadas as
cidades distantes da rodovia (por exemplo: Monte Verde, 33). O número 33 indica que
Monte Verde está a 33 quilômetros de distância da Autopista Fernão Dias. Também
são apresentadas informações sobre o acesso a outras rodovias.

94
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. As rotas são caminhos a serem
seguidos com base na orientação de mapas.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Conhecer bem o itinerário


antes de iniciar a viagem é recomendável para que o percurso
ocorra sem incidentes.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

95
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

96
UNIDADE 10 | CUSTOS DE
TRANSPORTES

97
Unidade 10 | Custos de Transportes

Nesta unidade, vamos estudar conceitos relativos aos custos no transporte rodoviário de
cargas e conhecer a estrutura e os modelos de composição da tarifa desses serviços. Bons
estudos!

1 Modelos de Custos e Tarifação dos Serviços de Transporte

Não são apenas as empresas que devem preocupar-se em monitorar as finanças.


Para os autônomos, manter os custos sob controle é uma condição básica para ser
competitivo. Portanto, ter o conhecimento de todos os gastos que envolvem a sua
atividade é muito importante. Esses gastos são conhecidos como custos, e determiná-
los com precisão é essencial para você garantir a lucratividade do seu negócio.

Como se sabe, os custos no transporte estão muito relacionados à distância percorrida


(quilometragem). No entanto, alguns custos continuam existindo mesmo que seu
caminhão fique parado o mês inteiro!

Você sabe quais custos estão relacionados à quilometragem e quais são os custos que
você tem com o caminhão, mesmo que fique sem trabalho?

Para calcular o custo do transporte é importante que você

ee consiga fazer uma lista de todos os custos envolvidos com a sua


atividade. Isso é o que chamamos de Custo Total.

O modelo de custos e tarifação mais utilizado é aquele que calcula o Custo Total e
o divide pela quilometragem percorrida. O resultado será o valor que deverá ser
cobrado por cada quilômetro da viagem. Se você quiser usar um modelo um pouco
mais complexo, poderá considerar também a quantidade de carga transportada, ou
seja, quantos quilos ou quantas toneladas você vai transportar em cada viagem.

98
Com essas informações, poderá desenvolver um modelo para o cálculo dos seus custos
e, sabendo quanto gasta, você vai poder definir a tarifa, ou seja, quanto deve cobrar
para fazer cada serviço!

2 Variáveis Importantes – Cálculo dos Custos e Definição


das Tarifas

O Custo Total é a soma de todos os custos que surgem na


produção de uma mercadoria ou serviço.

O Custo Total (CT) divide-se em dois componentes: Custos Fixos (CF) e Custos Variáveis
(CV), isto é:

CT=CF+CV

2.1 Custos Fixos

São os custos que existem independentemente da quantidade de trabalho que você


tem. Isto quer dizer que esses custos não podem ser reduzidos mesmo que você fique
por um período sem trabalhar.

Exemplos de Custos Fixos no transporte rodoviário de cargas:

• Seguro do veículo

• Pagamento de empréstimo para a compra do veículo

• Licenciamento e IPVA

Você concorda que mesmo que seu caminhão esteja parado, o IPVA continua sendo
cobrado?

99
Alguns custos são cobrados todo mês, enquanto outros podem ser pagos de uma só
vez, no começo do ano. Então, como fazemos para considerar o CF quando vamos
calcular o valor do quilômetro?

Para isso você deverá somar todos os CF que você tem no ano e dividir pela quantidade
de quilômetros percorridos. Assim, você saberá qual o valor do Custo Fixo Médio de
cada quilômetro que você percorreu.

Portanto, o Custo Fixo Médio ( ) é a divisão entre o Custo Fixo (CF) e a quantidade
de quilômetros percorrida (Q),ou seja:

Como os Custos Fixos não variam, podemos deduzir que quanto mais viagens você
fizer e quanto mais carga você transportar, menor será o seu Custo Fixo Médio por
quilômetro ou por tonelada.

Para obter um valor aproximado do , você pode usar os valores históricos dos serviços
realizados, ou seja, o valor dos custos fixos dividido pela quantidade de quilômetros
que você percorreu no último ano.

2.2 Custos Variáveis

São aqueles que variam de acordo com a quantidade de serviços de transporte que
você realiza.

Exemplos de Custos Variáveis no transporte rodoviário de cargas:

• Combustível

• Pagamentos de pedágio

• Pneus

• Óleos lubrificantes

100
Os Custos Variáveis Médios ( ) são definidos como:

3 Gestão dos Custos e Formação de Preço

No transporte rodoviário de cargas, o custo está fortemente relacionado com a


distância percorrida. Quanto maiores forem as distâncias, mais longa será a viagem,
mais elevado será o custo, e mais caro será o preço do frete.

hh
Relacionar os custos com a distância percorrida é a principal
maneira de calcular o preço que você deverá cobrar por um
serviço de transporte!

Se você calcular seus Custos Fixos e Variáveis será possível calcular o Custo Total. Na
sequência, você poderá determinar o quanto custa cada quilometro rodado, utilizando
a seguinte expressão:

Custo( km ) = CT / Km

Onde CT é o custo total e Km é a quantidade de quilômetros rodados em um


determinado período.

Para calcular o preço que você deve cobrar por um serviço, você deverá multiplicar
o valor do km pela quantidade de quilômetros que você deverá rodar para fazer o
serviço.

4 Controle de Custo Operacional

Como vimos, o preço que você vai cobrar pelo serviço está relacionado ao custo que
você estima que vai ter.

O que acontece se o seu custo for maior do que você estava imaginando?

101
A resposta é clara: você não vai poder cobrar um valor adicional de seu cliente e terá
que assumir o prejuízo.

Portanto, você deverá fazer o controle dos custos operacionais constantemente, para
saber se eles estão próximos do que você estava imaginando ou se você está tendo
custos maiores do que o esperado. Esse controle é essencial para garantir que você
tenha alguma lucratividade com o seu trabalho e que não opere no prejuízo!

Para tanto, é necessário que você anote em um caderno todos os seus custos para
acompanhar e controlar de verdade o que ocorre na prática. O cálculo do valor do
frete que você irá cobrar deve estar sempre atualizado em relação aos valores que vai
registrando.

5 Como Dimensionar o Custo do Km Rodado

Vamos fazer agora um exercício prático para calcular o valor do km que você deverá
considerar, quando for calcular o frete para fazer uma entrega. Lembre-se de seguir o
método de cálculo separando custos fixos e variáveis.

5.1 Custos Fixos

Serão considerados os seguintes custos:

a) salário

b) licenciamento, IPVA e seguro obrigatório

c) despesas previdenciárias

d) manutenção preventiva

e) depreciação (valor para troca do veículo)

Vamos detalhar cada um deles!

102
a) Salário

Considere como custo fixo um valor mensal que você deseja receber, como se fosse
um salário. Mesmo que você seja seu próprio patrão, é importante que você tenha um
recebimento mínimo fixo, certo?

Vamos considerar um salário mensal de R$ 2.000,00.

Se você tiver um ajudante ou um motorista auxiliar, é importante, também, considerar


um salário para ele!

b) Licenciamento, IPVA e seguro obrigatório

Vamos usar como base:

Valor do licenciamento – de R$ 200,00;

Valor do IPVA – de R$ 2.600,00;

Valor do seguro obrigatório – de R$ 200,00.

No total, o custo com licenciamento, seguro e IPVA será de 3.000,00 por ano, ou seja,
R$ 250,00 por mês (basta dividir o valor total por 12 meses).

c) Despesas previdenciárias

O autônomo também precisa garantir sua aposentadoria! Por isso é importante


contribuir mensalmente com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O
valor da contribuição varia conforme a tabela disponibilizada pelo INSS, sendo que o
autônomo pode fazer a opção de contribuir com o teto ou com o mínimo, sempre no
percentual de 11 %.

Em nosso exemplo, estamos considerando um salário de R$ 2.000,00. Para o INSS ele


deverá recolher 11 % deste valor, ou seja, R$ 220,00.

O autônomo deve considerar também a contribuição mensal feita para o SEST SENAT,
que lhe dá direito ao atendimento odontológico, capacitação e atividades de lazer e
cultura. A contribuição é de 2,5 % sobre o seu salário.

Em nosso exemplo, 2,5 % de R$ 2.000,00 equivale a uma contribuição mensal de R$


50,00 para o SEST SENAT.

103
d) Manutenção preventiva

A manutenção do veículo é essencial e representa um custo médio de 1,6 % do valor


do veículo por ano. Supondo que um caminhão novo custe R$ 250.000,00, o custo
com a manutenção será de R$ 4.000,00 por ano, o que equivale a um custo mensal de
aproximadamente R$ 335,00.

Deste total, estima-se que metade seja custo com manutenção preventiva e metade
seja o custo com manutenção corretiva. Portanto, o custo com manutenção preventiva
seria de R$ 167,50.

e) Depreciação (valor para troca do veículo)

Por fim, vamos falar da depreciação. Ela representa a desvalorização de seu veículo ao
longo dos anos e deve ser considerada para o cálculo dos custos fixos. Lembre-se de
que você terá que trocar seu caminhão de tempos em tempos, e este custo deve ser
considerado no cálculo dos fretes.

No exemplo, consideramos o valor do caminhão novo como sendo de R$ 250.000,00.


Se você deseja ficar com ele por 10 anos, terá que pesquisar quanto vale um caminhão
como o seu, mas com 10 anos de uso. Se um veículo usado com 10 anos vale R$
150.000,00 podemos dizer que ele se desvalorizou R$ 100.000,00 em dez anos, certo?
Ou seja, aproximadamente R$ 10.000,00 a cada ano.

O valor da depreciação mensal será de aproximadamente R$ 835,00.

CUSTO FIXO / MÊS


a) salário R$ 2.000,00
b) licenciamento, IPVA e seguro
R$ 250,00
obrigatório
R$ 220,00 (INSS)
c) despesas previdenciárias
R$ 50,00 (SEST SENAT)
d) manutenção preventiva R$ 167,50
e) depreciação R$ 835,00
TOTAL R$ 3.522,50

104
Em resumo, teremos os seguintes custos fixos:

Para chegar ao valor do quilômetro, basta dividir o custo fixo mensal pela quantidade
média de quilômetros que você percorre todo mês.

Vamos considerar que você faça uma média de 2.000 quilômetros todo mês. Isso
significa que cada quilômetro que você roda tem um custo fixo de aproximadamente
R$ 1,762.

Custo fixo/km = R$ 1,762

5.2 Custos Variáveis

Serão considerados os seguintes custos:

a) combustível

b) material rodante (pneus)

c) lubrificantes

d) manutenção corretiva

e) limpeza e higienização

Vamos começar!

a) Combustível

Você sabe quantos quilômetros seu caminhão faz por litro de combustível?

Vamos supor que o seu caminhão consiga fazer uma média de 4 km por litro. Vamos
considerar que cada litro de óleo diesel custe R$ 2,50.

Isso significa que o custo de cada quilômetro com combustível é de R$ 0,625.

105
b) Material rodante (pneus)

Para calcular o custo com o desgaste dos pneus você precisa somar o valor dos pneus
com o valor da recapagem.

Exemplo:

Vamos imaginar que você faça apenas uma recapagem em cada pneu, a um custo de
R$ 250,00, e que o valor do pneu novo é de R$ 750,00. O custo total com a compra e
recapagem de cada pneu será de R$ 1.000,00.

Vamos considerar que você troque os pneus a cada 120.000 quilômetros rodados. Para
calcular o custo com material rodante por quilômetro basta dividir o custo do pneu
pelo total de quilômetros que ele dura antes da troca. Ou seja, o custo com cada pneu
será de R$ 0,0083 por quilômetro.

Vamos considerar agora que seu veículo possui 10 pneus. Portanto, o custo com
material rodante será R$ 0,083 por quilômetro.

c) Lubrificantes

O custo com lubrificantes inclui todos os tipos de óleo (motor, câmbio, diferencial etc.)
e varia conforme a quantidade de quilômetros rodados.

Vamos considerar que seu veículo utilize 20 litros de óleo para o motor a cada 10 mil
quilômetro rodados. Se cada litro de óleo custa R$ 8,00, você vai gastar R$ 160,00 a
cada 10 mil quilômetros. Portanto, o custo com óleo lubrificante de motor será de R$
0,016 por quilômetro.

Calculamos neste exemplo apenas o custo com óleo lubrificante do motor. Você
deverá considerar no cálculo do frete, o custo com todos os demais lubrificantes que
seu veículo utiliza!

d) Manutenção corretiva

Estima-se que o custo mensal com manutenção corretiva seja equivalente ao custo
mensal com manutenção preventiva. Portanto, o custo com manutenção corretiva
seria de R$ 167,50 por mês.

Se o veículo percorre em média 2.000 quilômetros a cada mês, o custo com manutenção
corretiva será de aproximadamente R$ 0,084 por quilômetro.

106
e) Limpeza e higienização

Para finalizar vamos falar da limpeza e higienização de seu veículo. Ela é fundamental
para atrair e fidelizar clientes!

Alguns postos de combustível oferecem esse serviço gratuitamente para seus clientes.
Entretanto, você não pode contar com a sorte e precisa considerar essa despesa.

Vamos considerar que você lave seu veículo a cada 5.000 quilômetros. Se cada lavagem
custar R$ 100,00, o custo será de R$ 0,020 por cada quilômetro.

Em resumo, teremos os seguintes custos variáveis:

CUSTO VARIÁVEL / KM
a) combustível R$ 0,625
b) material rodante (pneus) R$ 0,083
c) lubrificantes – óleo do motor R$ 0,016
d) manutenção corretiva R$ 0,084
e) limpeza e higienização R$ 0,020
TOTAL R$ 0,828

Lembre-se de incluir em seu cálculo os custos com os demais lubrificantes!

No nosso exemplo:

Custo variável/km = R$ 0,828

Para calcular o valor que deve ser cobrado por cada quilômetro, você terá que somar o
custo fixo e o custo variável por quilômetro rodado.

VALOR DO KM
Custo fixo/km R$ 1,762
Custo variável/km R$ 0,828
TOTAL R$ 2,590

Para calcular o frete de uma viagem, você deverá multiplicar o valor do custo de cada
quilômetro pela quantidade de quilômetros da viagem.

107
Lembre-se de considerar a ida e a volta!

Por exemplo, um cliente quer contratar seu serviço para realizar uma viagem entre
São Paulo e Campinas. Vamos considerar uma distância de 96 quilômetros na ida e 96
quilômetros na volta, totalizando 192 quilômetros.

O valor mínimo que você deve considerar é de R$ 2,59 por quilômetro. Portanto, o
valor mínimo que você deve cobrar do seu cliente para fazer a viagem sem trabalhar
no prejuízo é R$ 497,28. Ou seja:

2,59 X 192 = 497,28

Lembre-se, ainda, de cobrar os valores dos pedágios! Cada

ee estrada brasileira tem valores diferenciados de pedágio e você


deverá saber, aproximadamente, quanto vai gastar com eles!

108
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O modelo de custos e tarifação
mais utilizado é aquele que calcula o Custo Total e o divide
pela quilometragem percorrida.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso.O cálculo do valor do frete deve


estar sempre atualizado em relação aos valores registrados.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

109
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

110
UNIDADE 11 | ELABORAÇÃO DE
CONTRATO E CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE

111
Unidade 11 | Elaboração de Contrato e Conhecimento
de Transporte

O contrato é o instrumento jurídico que formaliza e regulamenta a prestação de serviços


de transporte entre um proprietário da carga e uma empresa transportadora ou um
transportador autônomo.

1 Agentes Envolvidos na Prestação do Serviço de Transporte


Rodoviário de Cargas

Denomina-se “embarcador” a empresa que pretende vender


seus produtos a um cliente e, portanto, necessita do transporte
para que a carga seja entregue no seu destino.

“Transportador” é o trabalhador autônomo ou a empresa que


prestará o serviço de transporte para o embarcador. O
transportador é o responsável pela execução do serviço de
transporte.

É importante entender que o frete tem um significado diferente segundo o ponto de


vista de cada agente:

a) Ponto de vista do transportador: o frete é a remuneração a ser recebida pelo


serviço prestado.

b) Ponto de vista do embarcador: o frete é a quantia (em reais) que ele está disposto
a pagar pelo serviço prestado.

hh
Perceba que essas visões podem ser conflitantes, pois para o
transportador o frete é uma remuneração, enquanto que para o
embarcador é um custo.

112
O valor a ser cobrado pelo serviço de transporte pode ser definido de três formas
distintas. Vamos conhecê-las:

• Frete determinado pelo custo: iremos calcular os custos esperados do


transporte e acrescentar uma margem de lucro.

• Frete determinado pelo consumidor: deve-se levar em consideração quanto o


cliente está disposto a pagar pelo serviço de transporte.

• Frete determinado pela concorrência: os fretes podem ser estabelecidos a partir


de um levantamento dos fretes cobrados pelos transportadores concorrentes,
inclusive dos que atuam em outros modos de transporte, como é o caso dos
transportadores ferroviários ou aquaviários. Nessa situação, comparamos
apenas os embarques semelhantes, em quantidade e em qualidade de serviços
de transporte.

Mas, o que realmente determina ou influencia o valor do frete, na prática?

Vamos estudar um pouco mais sobre isso!

2 Fatores que Influenciam o Valor do Frete

Para se chegar ao valor do frete, é necessário conhecer todos os custos envolvidos em


uma operação de transporte de cargas. Conhecendo esses custos, poderemos estipular
um valor para o frete que cubra os gastos de operação e manutenção do veículo de
transporte, e que considere a adição de uma margem de lucro para rentabilizar o
negócio.

São diversos os fatores que interferem no valor do frete, que vão desde o tipo de
veículo utilizado na execução do serviço, até forças externas que independem da
vontade do transportador.

113
O esquema apresenta alguns fatores que influenciam no valor do frete.
Hidrovia
Tipo de
"
Percurso
HIDROGRAFIA
Carga Tipo de
nd
o
! Rio e LagoaPARK
Permanente
Veículo
WAY

!
* E
Fu

Rio e Lagoa Intermitente


ho

!
" 055
ac

!
Ri

Barragem e Açude
Influências
!
Modalidade de Salinas
Frete Externas
Transporte

9
! Área Alagadiça

13
!
003
450 Dunas
Duração ou Volume de
!
Tempo
ÁREAS URBANAS
Tipo de
Carga
!
33
Capital/Região
Serviço
Metropolitana

Cidades
"

"

Feita a determinação do valor do frete, parte-se para a formalização do negócio de


prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas entre o embarcador e o
transportador.

Vamos conhecer os principais aspectos e modelos dos contratos existentes?

3 Contratos de Transporte Rodoviário de Cargas

Há diferentes formas de contratos realizados pelo transportador autônomo e pela


empresa de transporte de cargas:

• Contrato entre o transportador autônomo e o embarcador.

• Contrato entre empresa e embarcador.

• Contrato entre empresa e empresa: ocorre quando a empresa contratada pelo


embarcador terceiriza o serviço ou parte dele para outra empresa de transporte.

• Contrato entre empresa e agregado: nesse caso, a empresa terceiriza o transporte


para um transportador autônomo.

Em todas as situações, há um documento chamado contrato que regulamenta a


prestação do serviço.

114
Normalmente, um embarcador procura um
transportador autônomo, uma empresa
de transporte rodoviário de cargas ou de
outro modo de transporte de cargas para
realizar contratos duradouros, buscando um
verdadeiro parceiro para distribuir ou coletar
suas mercadorias no mercado. Assim, podem
ser estabelecidos contratos de prestação de
serviços entre embarcador e transportadores
não somente para uma viagem, mas por um
período de tempo estabelecido no documento.

Os principais elementos que devem constar em qualquer contrato de prestação de


serviços de transporte são os seguintes:

• Dados do contratante e do contratado;

• Objeto do contrato: descreve-se o material que deverá ser transportado e se


especifica a abrangência territorial do serviço;

• Dias e horários de prestação do serviço;

• Responsabilidades das partes;

• Multas por violação do contrato ou de cláusulas do instrumento;

• Remuneração pelo serviço prestado;

• Rescisão contratual;

• Prazo do contrato;

• Foro eleito para dirimir controvérsias;

• Local, data e assinaturas.

Obviamente, é fundamental que a empresa de transporte rodoviário de cargas ou o


transportador autônomo tenham auxílio de um profissional com conhecimento de
formalização de contratos (pode ser um advogado, um contador ou outro profissional
com os conhecimentos necessários), para levar a termo a negociação com o embarcador
ou com outra empresa de transporte de cargas.

115
gg
Muitos especialistas da área e páginas da internet disponibilizam
modelos de contratos de prestação de serviço de transporte.
Consulte os portais nos endereços a seguir e aprofunde-se neste
tema. Vale a pena!

www.guiadotrc.com.br

http://www.lex.com.br

www.paulicon.com.br

www.setcemg.org.br

www.sitecontabil.com.br

4 Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC)

Pode-se dizer que o conhecimento de transporte rodoviário de carga é usado para


cada viagem, enquanto o contrato formaliza relações de negócio de mais longo prazo,
envolvendo várias viagens para entrega e coleta de mercadorias entre o embarcador
ou expedidor e seu cliente ou recebedor do produto.

Nesse sentido, o CTRC é o documento que comprova a contratação do transportador


pelo embarcador para a realização do serviço de transporte rodoviário de cargas. É
emitido pelo transportador e atesta que as mercadorias estão sob sua responsabilidade
para a realização da entrega, de acordo com o que está descrito no conhecimento.

O CTRC apresenta as condições essenciais do contrato e as informações necessárias


para a execução do serviço de transporte. O documento possui as cláusulas principais
que definem a responsabilidade pela realização do serviço de transporte.

O conhecimento é basicamente dividido em quatro áreas distintas que definem o seu


layout básico.

116
• Área 1: expedidor, remetente ou embarcador, consignatário ou à ordem,
destinatário, competência, prazo aproximado de transporte, nota fiscal e outras
cláusulas (área superior à esquerda).

• Área 2: localidade de origem, descrição do serviço de transporte, localidade de


destino (área superior à direita).

• Área 3: marcas e número, nº de volumes, descrição das mercadorias, peso bruto


ou volume e valor da mercadoria (área central).

• Área 4: forma de pagamento do frete, campos para carimbo de negociável ou


não negociável, frete, GRIS, pedágio, assinaturas e observações.

Além do embarcador e transportador, na Área 1 do conhecimento são feitas referências


a outros atores do transporte: destinatário e consignatário.

O destinatário é a pessoa física ou jurídica para quem é enviada


a carga, e o consignatário é a pessoa física ou jurídica autorizada
pelo destinatário a receber a carga.

Na Área 2, são inseridas as informações sobre o serviço que será prestado pelo
transportador, informando a origem e o destino da carga.

Já na Área 3, estão discriminadas as informações sobre a carga transportada. E, na


Área 4, aparecem as informações dos elementos que compõem o valor do frete, que
vão desde impostos e taxas (ICMS e pedágio) a valores adicionados pelo risco de
transporte da carga (GRIS).
003
450
10.000 a 100.000 habitantes
!
"055
¬ TORORÓ Via
Nome do emitente Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas___ª
*
E
N° 000.000 - Série_____-_____(subsérie)
CATETINHO Endereço
"
! Abaixo de 10.000 -16°____/____/____
Natureza da prestação:___________Código________
3

«
¬
Insc. Estadual e CNPJ Local e data da emissão:

4 End.
!
"
Remetente: Localidades IBGE Destinatário:
End. 15
001
251
)
"


" Outras Localidades
! *
Município UF. Município UF.
!

3
2
!
"
Insc. Est.
PRF LIMITESCNPJ Insc. Est. CNPJ GAMA
*
E
Ri

Consignatário Redespacho - Frete: Pago A pagar


oS

040
End. "! Internacional
Empresa:
aia
2

Frete:"
!
Município UF. End.
Ve

ÁREA ALFA Interestadual

M"! até:I N A Interestadual


S
lh

050 Pago A pagar Município UF.


a

*
E
EM LITÍGIO
Calculado em Litígio CNPJ/CPF Conhecimento N°
!

G"!"!E RMINISTÉRIO A Florestal


IDA SNacional,
Mercadoria transportada
Intermunicipal Veículo
Natureza da carga Quant. Espécie Peso (Kg) M3 Oul NF N ° Valor da mercadoria Marca Placa Local UF
3

Parque Reserva
! e Terras Indígenas
Mercadoria transportada Coleta SANTA PRISCA
33
Frete peso/vol MARINHA
Frete valor SEC/CAT Despacho Pedágio Outros Total prestação Base de cálculo TAQUARAL ICMS
Alíquota
"

REFERÊNCIAS Entrega
"

*
E
1

*
E
*
E
ÁGUA QUENTE
·
!
DF *
E
Rodovia Estadual Coincidente Recebimento: Aeródromo Internacional *
E
OBS:
BR JATAL
!

___________________________________________________________________________
_____________________,___/___/_____ Assinatura do destinatário
Aeródromo
495 Público
!
" ?
!
"
Nome, endereço e inscrições estadual e no CNPJ do impressor; n° da AIDF, a data e quantidade
495
Posto de Polícia Rodoviária Federal
3
2 Rib
de impressão; o n° de ordem do 1° e do último impresso e a sua série e subsérie
PRF eirã
3

SAIA VELHA o

117
O CTRC deve ser emitido, no mínimo, em três vias originais,

ee assinadas pelo remetente e pelo transportador. A primeira via


será entregue ao remetente; a segunda acompanhará as
mercadorias; e a terceira ficará em poder do transportador.

Caso seja necessário, cópias do CRTC poderão ser emitidas para cumprir outras
disposições legais como, por exemplo, para o controle do ICMS.

hh
É fundamental para o transportador formalizar um instrumento
que defina a forma e as responsabilidades na prestação do
serviço de transporte. Isso evita complicações futuras e garante
a execução do que foi combinado entre a empresa e o
embarcador.

Por outro lado, a execução do serviço de transporte com obediência a prazos, custos,
responsabilidades e qualidade do serviço prestado cria uma espécie de relacionamento
duradouro com o embarcador, levando o transportador a garantir seu mercado e a
estabelecer uma verdadeira parceria.

118
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Denomina-se “transportador”
a empresa que pretende vender seus produtos a um cliente
e, portanto, necessita do transporte para que a carga seja
entregue no seu destino. 

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O CTRC é o documento que


comprova a contratação do transportador pelo embarcador
para a realização do serviço de transporte rodoviário de
cargas.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

119
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

120
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 3 –
PARTE 5
UNIDADE 12 | PROCEDIMENTOS
DE CONFERÊNCIA DA CARGA E
DA NOTA FISCAL

122
Unidade 12 | Procedimentos de Conferência da
Carga e da Nota Fiscal

Para fazer o transporte rodoviário de cargas é necessário que os procedimentos de


conferência tornem-se uma rotina a ser naturalmente cumprida antes da operação. Trata-
se de checar os dados relativos à carga, aos documentos, às condições de operação do
veículo e ao acondicionamento adequado dos produtos. Esses cuidados evitam acidentes,
erros nas entregas e coletas de mercadorias e ainda, atrasos no atendimento aos clientes.
Bons estudos!

1 Conferência da Carga

Depois de montados os pedidos nos armazéns ou no terminal do transportador ou


do cliente, é necessário fazer uma conferência da carga a ser entregue, mediante
observação do pedido feito pelo cliente e dos dados constantes na nota fiscal de
entrega das mercadorias. A conferência deve ser efetuada da mesma maneira quando
os produtos chegam ao terminal ou depósito.

Uma conferência correta evitará retrabalho, demoras e problemas para a entrega da


mercadoria ao cliente.

A conferência da carga será feita de duas maneiras:

a) Conferência quantitativa

b) Conferência qualitativa

A conferência quantitativa tem o objetivo de conferir se a mercadoria foi selecionada


na especificação correta; se a quantidade de itens está de acordo com o que foi
discriminado no pedido do cliente ou mesmo na nota fiscal de entrega ou de coleta; se
as unidades de carga para acondicionar a mercadoria estão de acordo com a nota fiscal,
entre outros aspectos.

Por outro lado, o exame qualitativo ou conferência qualitativa foca-se na verificação


da qualidade do produto. Devem-se observar: se o produto precisa ser transportado
em uma temperatura definida; se os invólucros estão isentos de avarias; e, também, se
os produtos estão dentro dos prazos de validade de consumo ou utilização.

123
Veja uma síntese do que deve ser feito na conferência.

O exame quantitativo e qualitativo dos materiais


recebidos deve incluir:

a) A especificação (descrição da mercadoria);

b) A quantidade (número de itens);

c) A unidade (caixa, saco, kg, tonelada, palete,


contêiner etc.);

d) A qualidade (temperatura, avarias, prazos de validade etc.); e

e) Os preços das mercadorias.

O transportador autônomo, ou um conferente sob sua orientação, verifica se os itens


que serão entregues são idênticos aos do pedido do cliente, ou de outro documento de
entrega de mercadorias, que pode ser, por exemplo, uma nota fiscal ou o documento
de transporte (conhecimento de transporte de carga).

É comum que a empresa-cliente estipule um percentual mínimo de tolerância para


itens fora dos padrões encontrados no lote. Portanto, qualquer lote que exceder esse
percentual mínimo não será recebido.

hh
Quando a mercadoria for entregue ao comprador, este tem o
direito de abrir, examinar, contar, pesar, medir, comprovar e
confrontá-la com amostras em seu poder, cabendo-lhe o direito
de recusar, devolver, e não receber tudo aquilo que não estiver
exatamente dentro do combinado.

Esse direito é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor. Portanto, o profissional


encarregado pela conferência deverá conhecer bem os materiais que entram e saem
do armazém.

Vamos ver um exemplo de pedido e outro de nota fiscal de entrega ou de coleta da


mercadoria!

124
2 Pedido de Mercadorias

Observe que o pedido do cliente especifica as mercadorias desejadas, a quantidade


de cada item, o nome e o endereço do comprador, o prazo desejado para recebimento
dos produtos, entre outras informações úteis para a realização da entrega, tais como
os dados do transportador responsável pela execução do serviço.

Essas informações podem ser repassadas ao fornecedor por meio de uma simples
carta comercial, via Correios, e-mail, fax e também por modernos sistemas de troca
de documentos eletrônicos entre dois agentes de uma cadeia logística, o EDI (em
inglês Electronic Data Interchange). O pedido também pode ser feito no próprio site
da Internet do fornecedor, onde se disponibilizam arquivos e ferramentas específicos
para o cliente utilizar.

125
gg
Para maiores detalhes sobre o funcionamento da tecnologia EDI
para a solicitação de um pedido, acesse o portal EDI Basics
através do link a seguir. Confira!

www.edibasics.com.br/o-que-e-edi/

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REFERÊNCIAS
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Rodovia Estadual Coincidente DF


BR Application
Aeródromo Internacional
!

Assim, as informações podem ser checadas diretamente com o documento do pedido


do cliente.

3 Nota Fiscal

A nota fiscal de compra da mercadoria pode ser usada para a realização da conferência.
Nela estão todas as informações do cliente, tais como nome ou razão social, endereço,
CNPJ etc.

A nota fiscal contém a especificação das mercadorias a serem entregues, com suas
respectivas quantidades, pesos, volumes e valores unitários dos itens. Ela acompanha
o transporte da mercadoria em todo o trajeto, desde a origem da carga até seu destino
final.

126
É necessário, ainda, que o transportador se assegure de que o veículo de transporte
alocado para o serviço comporta o lote de mercadorias a serem entregues. Nesse
sentido, torna-se importante confrontar o peso e o volume da carga com a capacidade
da carroceria do caminhão, evitando excessos nesses dois quesitos e, também, a
ociosidade de espaços.

Não se esqueça jamais de verificar a Lei da Balança para se

ee certificar de que o veículo não carregará mais peso do que é


permitido por eixo, pela legislação brasileira.

4 Definição ou Verificação da Rota de Coleta ou Entrega

Há várias maneiras de atender aos clientes para a entrega de mercadorias a partir de


um depósito ou terminal:

• Um veículo atende um único cliente de cada vez e volta ao depósito após a


entrega. Recomendável quando a mercadoria solicitada preenche uma carga
complete.

• Um veículo carrega a mercadoria de diversos clientes e, após todas as visitas.

• Para entrega dos produtos, retorna ao depósito.

127
• Diversos veículos são utilizados para a distribuição de mercadorias
simultaneamente.

Ao fim, todos voltam ao depósito.

A alternativa escolhida por cada transportador para fazer a distribuição dos produtos
deve ser analisada caso a caso. Uma das práticas utilizadas e que poderá facilitar o
planejamento das visitas para entrega ou coleta de mercadorias é a roteirização.

A roteirização é entendida como um método de busca da melhor


sequência de visitas a um determinado número de clientes, no
interior de uma zona de coleta ou de distribuição.

Entende-se por sequência a ordem estabelecida para as entregas/coletas. A sequência


de atendimento 1-2-3-4-5-6-7 (supondo-se que cada número seja um cliente a ser
atendido) é um exemplo. Uma alternativa seria adotar a sequência 1-3- 5-7-2-4-6 para
atender aos mesmos clientes.

Como podemos ver, diferentes combinações de clientes da zona de distribuição


formam vários roteiros. Esse processo procura:

• Reduzir as distâncias percorridas para realizar as tarefas.

• Reduzir o tempo para realizar as tarefas.

• Otimizar o uso dos veículos (peso, volume, horas de utilização).

• Racionalizar o uso da mão de obra (motoristas e ajudantes).

• Servir como subsídio para o dimensionamento da frota.

128
4.1 Etapas da Roteirização

Quanto maior o número de clientes, mais complexa é a roteirização e, em geral, é


necessário o uso de métodos sofisticados e de programas de computador. Segundo
Ballou (2006), pode-se, entretanto, definir algumas regras práticas para efetuar
a roteirização em situações mais simples, sem a necessidade de aplicar modelos
matemáticos complexos.

hh
Em alguns casos o processo de roteirização pode se limitar à
definição da rota, ou seja, do caminho a seguir para ir do ponto
de entrega até o cliente. São normalmente os casos em que a
entrega ou coleta é feita com carga completa, quando então o
caminhão parte do fornecedor e vai até um único cliente.

Nesses casos, tenta-se encontrar a rota com a menor extensão, isso se as outras
condições de infraestrutura das vias (relevo, qualidade do pavimento, etc.) não
atrapalharem o caminho da rota de coleta ou entrega

5 Lacres de Segurança

Realizada a conferência dos produtos por meio dos documentos fiscais e definida a
rota para entrega, o veículo de transporte pode então ser carregado.

Para garantir a execução do serviço de transporte com segurança, sem extravios,


danos ou roubos de carga, usam-se, normalmente, lacres de segurança para trancar
a carroceria e não permitir o acesso à mercadoria antes da chegada ao destino final.

São muitos os tipos de lacres existentes no mercado, e servem para diferentes usos
e aplicações no transporte de cargas: transporte de valores, de documentos, de
combustíveis, de malotes, de carga geral etc.

129
Vale dizer que o perfeito trancamento da carroceria do caminhão aliado ao
monitoramento do veículo por meio de GPS ou outra tecnologia reduz muito as
possibilidades de roubos ou tentativas de roubo de cargas, uma vez que a carga está
isolada e o veículo tem sua rota toda rastreada.

130
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Julgue verdadeiro ou falso.
Vários roteiros podem ser formados de acordo com as
diferentes combinações de clientes da zona de distribuição.
Este é um processo que busca reduzir distâncias e tempo,
otimizar a utilização dos veículos, além de servir para o
dimensionamento da frota.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Estão entre os objetivos da


conferência qualitativa verificar se a mercadoria foi
selecionada na especificação correta, se as unidades de carga
para acondicionar a mercadoria estão de acordo com a nota
fiscal e verificar se o produto precisa ser transportado em
uma temperatura definida.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

131
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

132
UNIDADE 13 | PROCEDIMENTOS
DE CARGA E DESCARGA

133
Unidade 13 | Procedimentos de Carga e Descarga

A carga e a descarga do veículo de transporte nos armazéns, depósitos e terminais de


seus clientes são processos fundamentais para o sucesso da operação de transporte e
de logística. A agilidade, a segurança e os cuidados no manuseio e na movimentação da
carga garantem melhores níveis de atendimento aos clientes. Bons estudos!

1 Recebimento das Mercadorias nos Depósitos ou Armazéns

Ao chegar ao depósito ou armazém, o caminhão passa pela portaria, é, normalmente,


pesado na balança e, em seguida, é encaminhado à doca de descarga para que as
mercadorias sejam retiradas (descarga do caminhão).

hh
Nas docas, um conferente vai realizar um exame de avarias e
conferência. Caso ele encontre irregularidades significativas,
poderá recusar a carga. Por isso, é importante que você
acompanhe todo o processo!

Se a conferência confirmar todos os dados constantes na nota fiscal (quantidade de


itens, tipos de mercadorias, embalagem correta, produto sem danos, etc.), inicia-se o
processo de descarga, com o acostamento do caminhão na doca indicada.

Se estiver tudo certo, é iniciada a descarga das mercadorias. Os objetivos do


recebimento ou recepção são os seguintes:

• Retirar a carga do veículo.

• Conferir a mercadoria.

• Efetuar a sua triagem.

• Encaminhar a carga para o local onde ficará


estocada, ou para o local de formação de
carga na doca de embarque.

134
2 Ferramentas e Processos Necessários para a Descarga do
Caminhão

O processo de descarga dos veículos em armazéns e depósitos pode ser feito de


diferentes maneiras e com equipamentos diversos. Os métodos de descarga podem
ser (i) manuais; (ii) mecanizados; e (iii) automáticos.

Vejamos as características de funcionamento de cada método.

2.1 Manual

Segundo Alvarenga e Novaes (2000), o manual é o método mais simples de descarga,


porém, exige um planejamento adequado. São duas as alternativas mais usuais de se
realizar a descarga manual:

1. Os trabalhadores entram no caminhão e pegam um volume (caixa, saco, item),


carregando-o até o local de recepção.

2. Forma-se uma linha de operários ligeiramente separados entre si desde o interior


do veículo até o local de recepção. O primeiro operário apanha o volume e o
repassa para o segundo e assim por diante, até que o volume seja depositado no
local de recepção pelo último homem da linha.

Esse tipo de descarga é adequado para os itens que formam pequenos volumes e têm
peso unitário não elevado (o ideal é que os volumes não pesem mais do que 20 kg).

135
2.2 Mecânica

O método de descarga mecânica garante


maior agilidade ao processo e é realizado com
a ajuda de empilhadeiras, esteiras, carrinhos
transportadores ou mesmo paleteiras.

Normalmente, esse tipo de descarga é utilizado


quando as mercadorias estão paletizadas,
conteinerizadas ou unitizadas por outro tipo de
artefato no interior do caminhão.

Os equipamentos de descarga podem retirar com agilidade a mercadoria do interior


de veículo e deslocá-la para dentro do armazém até o local em que serão recebidas e
conferidas.

2.3 Automática

O método mais moderno é o automático, que não utiliza mão de obra e lança mão de
equipamentos modernos controlados por computador.

Essa alternativa para descarga utiliza equipamentos modernos, flexíveis e facilmente


deslocáveis de um ponto a outro das docas do armazém. São esteiras rolantes,
elevadores e outros equipamentos que permitem retirar a carga do veículo, sob
controle de softwares programados previamente.

O processo de descarga é muito mais ágil e se ganha tempo na execução das entregas
de mercadorias aos clientes.

Recebimento significa a entrada da mercadoria no armazém ou


depósito.

136
Qualquer que seja o método escolhido para a descarga do caminhão, o veículo precisa
ser conduzido a uma doca de recepção da mercadoria, onde fará a acostagem. São
duas as alternativas mais utilizadas para estacionar o caminhão em frente à doca para
a descarga da mercadoria: acostagem a 45 graus e acostagem a 90 graus.

As figuras ilustram os dois exemplos de acostagem.


ut

Farol
¬
Área de VALPARAÍSO DE GOIÁS Área de
Acumulaçao ESCALA 1:130.000 Acumulaçao
CIDADE OCIDENTAL
1 cm = 1.3 km ¬
0 1.3 2.6 3.9 5.2 6.5 km
Área de
Descarga !
"
521 Plataforma
Elevada
Projeção Policônica - Sirgas 2000 - MC -47°.45'
Elaboração:
Área dede Planejamento e Pesquisas – DPP Plataforma
Diretoria
Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN
Descarga
Apoio Técnico
Elevada
do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT
em Dente
de– Serra
Documentação: Rede Rodoviária do SNV – Divisão em Trechos 2011

Coordenação Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN


(61) 3315-4151 - planejamento@dnit.gov.br

www.dnit.gov.br - ouvidoria@dnit.gov.br

3 Expedição das Mercadorias dos Depósitos ou Armazéns

A expedição refere-se à saída das mercadorias do terminal ou do armazém para serem


distribuídas aos clientes.

Assim, logo que um pedido é recebido, a mercadoria é separada e levada para uma
área de preparação dos pedidos no interior do armazém, onde os produtos serão
agrupados por cliente ou por entrega.

Na expedição também é feita a conferência dos produtos antes de serem carregados


nos veículos. Esse procedimento evita erros no envio dos pedidos e complicações na
entrega ao cliente, o que geraria um alto custo de retorno da mercadoria, além de
desagradar o cliente.

De maneira similar ao que se faz no processo de descarga, a expedição consiste em


carregar o veículo com a mercadoria solicitada pelo cliente.

137
hh
Os mesmos métodos e equipamentos utilizados para a descarga
são necessários no processo de carregamento. A escolha de um
ou de outro método dependerá do produto movimentado, dos
recursos existentes na empresa e dos investimentos realizados
para tornar o processo mais rápido, mais seguro e com maior
qualidade de serviço.

No carregamento de mercadorias a serem entregues a vários

ee clientes em uma só viagem, devem-se priorizar as cargas


destinadas ao último cliente – colocá-las em primeiro lugar na
carroceria do caminhão. Por outro lado, os primeiros clientes
que serão atendidos devem ter suas mercadorias colocadas por
último na carroceria.

Esse procedimento simples e lógico permite agilidade no processo de descarga e evita


manuseios desnecessários com parte da carga que será entregue aos próximos clientes
da rota planejada.

4 Arrumação Adequada das Cargas nos Veículos

Primeiramente, é necessário que cada tipo de carga tenha à disposição um veículo


com carroceria e características adequadas para a movimentação do produto. Só esse
requisito já permitirá um bom arranjo da carga no interior da carroceria.

Mas, isso não é suficiente.

Veja outros cuidados essenciais que precisam ser observados na arrumação da carga:

• Unitize a carga, sempre que possível, em paletes, contêineres ou outro artefato


de unitização disponível.

138
A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou
volumes em uma carga maior, ou seja, é a arrumação de pequenos
volumes de mercadorias em unidades maiores e padronizadas,
para que possam ser movimentadas mecanicamente.

• Reduza ao máximo a movimentação manual da carga.

• Os equipamentos de movimentação devem ser revisados periodicamente,


mantidos em boas condições de operação e utilizados para a carga nas situações
e nos usos recomendados pelo fabricante. Em suma, não se deve usar o
equipamento indistintamente para todas as situações de carregamento e tipos
de produtos.

• O peso das embalagens movimentadas manualmente não deve ser maior do que
20 kg.

• Sempre faça o planejamento prévio da atividade de carregamento do veículo,


evitando improvisações e acidentes.

• Nem os equipamentos e nem os veículos de transporte devem trabalhar acima de


sua carga máxima. Observe a capacidade de carga dos veículos e não se esqueça
de verificar os valores máximos de carga permitidos pela legislação brasileira.

• Em veículos com carroceria aberta, deve-se realizar a amarração da carga com


utensílios e ferramentas adequadas (cordas, lonas etc.), dando o equilíbrio
necessário à carga e ao veículo de transporte.

A seguir podem ser observados exemplos sobre consequências de cargas mal-


acondicionadas ou mal-arrumadas nos veículos de transporte.

Evite essas situações, pois elas podem provocar acidentes no

ee percurso. Por outro lado, caso o transporte e a arrumação não


sejam feitos com cuidado, haverá riscos de danificar os produtos.
Produtos danificados serão recusados e você poderá ser
responsabilizado pelo prejuízo.

139
No segundo semestre de 2015, o Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN) publicou a
Resolução nº 552/2015 que fixa os requisitos
mínimos de segurança para amarração das
cargas transportadas em veículos de carga.
Em seus primeiros 12 artigos, a Resolução
especifica como deve ser a amarração em
diferentes tipos de veículos e de carrocerias.

Já no seu artigo número 13, a Resolução especifica as


sanções previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para
as situações em que não são cumpridas as disposições da
Resolução nº 552/2015. Os artigos do CTB que tratam dessas
sanções são os seguintes: 169, 230, 235 e 237.

gg
Não deixe de verificar o conteúdo da Resolução nº 552, de 2015,
sobre amarração de cargas nos veículos. Acesse essa Resolução
e leia-a integralmente através do link a seguir. Confira!

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=303505

Obedeça às leis e normas vigentes. Isso garante sua segurança e a dos outros usuários
das rodovias e terminais de cargas.

5 Condições e Dicas para a Operação dos Veículos

Para a condução de veículos, principalmente os de grande porte, existem recomendações


técnicas que resultam em mais rendimento, economia e facilidade de operação. Assim,
antes de colocar o caminhão em funcionamento, o condutor deve ler atentamente o
manual. Conheceremos a seguir algumas recomendações e equipamentos essenciais
para a operação do veículo.

140
5.1 Tacógrafo

O tacógrafo é um equipamento destinado a registrar


instantaneamente a velocidade, o tempo e a distância. O
tacógrafo grava essas informações em discos chamados
diagramas. Todas essas funções são realizadas instantaneamente
e em período integral, pois o tempo parado durante a operação
também é registrado. Assim, em qualquer momento durante a
viagem, a base de operações pode verificar situações de
descumprimento das normas e enviar advertências e orientações
que auxiliem o cumprimento do plano de viagem preestabelecido.

Antes de iniciar qualquer viagem, é obrigatório verificar se o tacógrafo está preparado


e em perfeitas condições de funcionamento. O tacógrafo fica localizado no painel em
frente ao motorista, se for analógico. No caso do tacógrafo digital, está frequentemente
posicionado no centro do painel do veículo ou no suporte superior da cabine. Isso varia
de acordo com cada veículo.

Como verificar se ele está preparado para o início da viagem?

Primeiro, verifique se o horário exibido no tacógrafo


está correto. Na sequência, avalie se o disco do
tacógrafo encontra-se no lugar correto.

Se o tacógrafo utilizar discos de apenas um dia, eles


deverão ser trocados diariamente (não é necessário
acertar o horário de troca no tacógrafo). Se o
tacógrafo utilizar discos semanais, a troca poderá
ser feita a cada semana (ao fim do sétimo dia).

A troca semanal do disco só deve ser utilizada se


um único motorista dirigir o veículo durante todo
o período. Então, o próprio tacógrafo registrará os
horários em que o motorista iniciou e finalizou seu
trajeto.

141
Se tudo for verificado em uma fiscalização de rotina, certamente o motorista não terá
aborrecimentos.

5.2 Uso do Conta-Giros

Conta-giros consistem em instrumentos criados para medir rotações de um motor em


rotações por minuto (RPM). Esses equipamentos são instalados com a finalidade de
possibilitar o monitoramento do funcionamento do motor.

No que diz respeito ao funcionamento de conta-giros em caminhões, observe se o


veículo está funcionando na sua faixa de rotação normal, que em geral varia entre 500
e 800 RPM.

Alguns veículos podem ter faixas recomendadas diferentes. Consulte o manual do


fabricante.

5.3 Regras Obrigatórias para Operação pelos Motoristas de


Veículos de Transporte

A seguir serão apresentadas algumas regras que devem ser cuidadosamente seguidas
na operação de caminhões, principalmente os de grande porte.

• Antes de iniciar a operação, não beba qualquer tipo de bebida alcoólica, nem
tome qualquer alucinógeno ou estimulante que altere seus reflexos.

• Somente dê partida no motor após acomodar-se confortavelmente no assento


da cabine.

• Não toque no escapamento com o motor em funcionamento, nem mesmo


durante algum tempo após tê-lo desligado. O escapamento permanece quente
por vários minutos e pode causar lesões na pele.

142
• Não deixe seu caminhão em funcionamento por longos períodos em ambientes
fechados ou de pouca ventilação, pois os gases do escape são tóxicos e prejudiciais
à saúde.

• Antes de descer da cabine, desligue o motor, acione o freio de mão, engrene a 1ª


marcha reduzida e retire a chave do contato.

Seguindo esses procedimentos, o motorista pode fazer o veículo funcionar com toda
segurança. Lembre-se disso!

143
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os métodos de descarga
utilizados por veículos em armazéns e depósitos, podem ser
manuais, mecanizados e automáticos. Sendo que o método
mais moderno é o “automático”, pois garante maior agilidade
ao processo e é realizado com a ajuda de empilhadeiras,
esteiras, carrinhos transportadores ou mesmo paleteiras.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Os métodos e equipamentos


utilizados para a descarga são diferentes dos utilizados no
processo de carregamento. A escolha de um ou de outro
método dependerá do produto movimentado, dos recursos
existentes na empresa e dos investimentos realizados para
tornar o processo mais rápido, mais seguro e com maior
qualidade de serviço.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

144
Referências

ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000.

BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e


distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no6.813,
de 10 de julho de 1980. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 11 – Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais. Publicada em 08 de junho de 1978 e suas
alterações. Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E60
12BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: abr. 2015.

CENTODUCATO, D. O sonho de dez entre dez gestores de logística. Rev. Tecnologística


– Especial TI, ago. 2010. Disponível em: < http://www.gpspamcary.com.br/
tecnologistica_ed_especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: março 2015.

CNT — Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT de rodovias: 2014.


Brasília: CNT, 2014.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de transporte


e frotas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

145
Gabarito

Módulo 3
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V V
Unidade 2 V V
Unidade 3 V F
Unidade 4 F V
Unidade 5 V V
Unidade 6 F V
Unidade 7 V F
Unidade 8 V F
Unidade 9 V V
Unidade 10 V V
Unidade 11 F V
Unidade 12 V F
Unidade 13 F F

146

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