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Responsável

Técnico – RT

MÓDULO 2
Sumário

Módulo 2 – Parte 1 5

Unidade 1 | Legislação Específica Do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 1 6

1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 7

2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 8

3 Vale-Pedágio Obrigatório 9

4 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório 9

5 Principais Aspectos da Regulamentação 10

6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio 12

7 Fiscalização do Vale-Pedágio 13

Atividades 15

Referências 16

Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 2 20

1 Pagamento Eletrônico de Frete 21

1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete 21

1.2 Definições 23

1.3 Formas de Pagamento 25

1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento 26

Atividades 27

Referências 28

Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 3 32

1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 33

2 Regulamentação do TRIC 35

2.1 Habilitação 35

3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos 37

2
Glossário 41

Atividades 42

Referências 43

Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do Motorista 47

1 Documentação Exigida 48

1.1 Motorista 48

1.1.1 Jornada de Trabalho do Motorista 48

1.2 Veículo 49

1.3 Mercadorias em Geral 50

1.4 Produtos Perigosos 51

2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor 52

3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte Rodoviário de Cargas 53

3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC 53

3.2 ISS ou ICMS? 55

3.3 Tributação pelo ICMS 56

4 Tributos Que Recaem sobre o Transporte Rodoviário de Cargas 58

Atividades 59

Referências 60

Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura dos Veículos 64

1 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Brasil 65

2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul 67

Atividades 69

Referências 70

Módulo 2 – Parte 2 74

Unidade 6 | Legislação Fiscal e Contrato de Seguro de Cargas 75

1 Obrigações Fiscais para Autônomos e Empresas 76

3
1.1 Empresas e Cooperativas 76

1.2 Autônomos 79

2 Legislação Fiscal Varia de Acordo com o Porte da Empresa 79

3 Consequências do Descumprimento da Legislação Fiscal 81

4 Contrato de Seguro de Cargas 81

4.1 Seguros nas Operações de Transporte 82

4.2 A Responsabilidade pelo Seguro 83

4.3 Seguros de Transportes de Carga 83

4.4 Seguros de Responsabilidade Civil do Transporte de Carga 84

Atividades 85

Referências 86

Unidade 7 | Legislação do Operador de Transporte 90

1 Transporte Multimodal X Transporte Intermodal 91

2 Composição de Cadeias Multimodais 92

3 A Legislação para o Operador de Transporte Multimodal (OTM) 93

4 Documentos Exigidos para o Transporte de Cargas 94

4.1 Conhecimento de Embarque 94

Atividades 96

Referências 97

Gabarito 101

4
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 2 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 1

6
Unidade 1 | Legislação Específica Do Transporte
Rodoviário De Cargas – Parte 1

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao Módulo 2 do curso Responsável Técnico – RT!


Como sabemos, o transporte rodoviário de cargas é uma atividade que necessita de
acompanhamento constante do governo. A seguir, vamos conhecer os principais órgãos
que atuam no setor e a legislação que deve ser obedecida para realizar essa atividade.
Bons estudos!

1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores

Fique atento! Cada órgão possui atribuições específicas com o objetivo de garantir o
bom funcionamento do transporte.

ÓRGÃO ATRIBUIÇÕES
Habilitar os transportadores por
Agência Nacional meio do Registro Nacional do
de Transportes Transportador Rodoviário de Cargas
Terrestres (RNTRC). Monitorar o valor do frete
(ANTT) cobrado. Formular normas, operação e
fiscalização.
Assegurar a livre circulação nas
rodovias federais, realizando
patrulhamento, cumprindo e fazendo
Polícia
cumprir a legislação especificada pelo
Rodoviária
Código de Trânsito Brasileiro e de-
Federal (PRF)
mais normas. Inspecionar e fiscalizar
o trânsito, assim como aplicar multas
impostas por infrações de trânsito.
Ministério da
Estabelecer regras e inspecionar as
Agricultura,
condições de acondicionamento de
Pecuária e
produtos agropecuários durante o
Abastecimento
transporte.
(MAPA)

7
Estabelecer regras e fiscalizar as
Agência Nacional
condições de acondicionamento
de Vigilância
de produtos como alimentos,
Sanitária
medicamentos e agrotóxicos, dentre
(ANVISA)
outros.
Fiscalizar a arrecadação dos impostos
que recaem sobre a prestação dos
serviços de transportes e sobre
Órgãos os produtos transportados. No
Fazendários contexto do transporte de cargas de
importação e exportação, esse papel
é exercido pela Secretaria da Receita
Federal.

2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

As principais regras que compõem a legislação do transporte rodoviário de cargas no


Brasil são determinadas pela Lei nº 11.442/07 e pela Resolução nº 4.799/2015, da
ANTT. Não podemos nos esquecer, também, da Lei nº 13.103/15, que regula e disciplina
a atuação do motorista profissional.

LEI DESCRIÇÃO
Determina que o transporte rodoviário de cargas poderá
ser exercido por pessoa física ou jurídica e a necessidade de
inscrição prévia do interessado no RNTRC (Registro Nacional
Lei nº 11.442/07
do Transportador Rodoviário de Cargas) da ANTT. A Lei
também dispõe sobre as regras de operação, principalmente
no que diz respeito à responsabilidade do transportador.
Detalha os critérios para a inscrição no RNTRC, além de
Resolução nº tratar de questões sobre a identificação dos veículos, o
4.799/15 conhecimento de transportes, as infrações e as penalidades
que podem recair sobre o transportador.
Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista. Tem o
Lei nº 13.103/15 objetivo principal de regular e disciplinar a jornada de trabalho
e o tempo de direção do motorista profissional.

8
3 Vale-Pedágio Obrigatório

O Vale-Pedágio obrigatório veio atender a uma antiga reivindicação das empresas


de transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros autônomos, que se sentiam
penalizados com os custos de pedágio em suas viagens. Sua regulamentação estabelece
as normas de fornecimento do Vale-Pedágio e institui: os procedimentos de habilitação
das empresas fornecedoras em âmbito nacional; a aprovação de modelos e sistemas
operacionais; as infrações e suas respectivas penalidades.

4 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório

Instituído pela Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, o Vale-Pedágio obrigatório foi


criado com o objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos
transportadores — a desoneração do transportador quanto ao pagamento de pedágio.

Com a criação desse dispositivo legal, os


embarcadores ou equiparados passaram a ser os
responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio
e pelo fornecimento do respectivo comprovante de
pagamento ao transportador. Até então, o custo
do pedágio era frequentemente incluído no valor
do frete contratado, obrigando o transportador a
assumir essa despesa, nem sempre repassada pelo
embarcador.

Ou seja, muitas vezes o embarcador considerava que o frete já tinha incluso o valor do
pedágio. Em outros casos, a empresa de transporte cobrava o custo do pedágio do dono
da carga, mas não transferia o valor correspondente para o transportador autônomo.
Além disso, mesmo quando recebia de volta o valor devido, o ressarcimento se fazia
moroso. O transportador pagava o pedágio ao realizar a viagem e só era reembolsado
algum tempo depois.

Tais distorções foram minimizadas quando o pagamento antecipado do pedágio


tornou-se obrigatório, e passou a realizar-se por meio do fornecimento de um Vale-
Pedágio.

9
Até 2002, as atividades de regulamentação, coordenação, delegação, fiscalização e
aplicação das penalidades pelo não fornecimento do Vale-Pedágio eram atividades
desempenhadas pelo Ministério dos Transportes. No entanto, a Medida Provisória nº
68/02, convertida na Lei nº 10.561/02, transferiu à ANTT essas competências.

Atualmente, o Vale-Pedágio obrigatório é regulamentado pela Resolução nº 2.885,


publicada no Diário Oficial da União em 23 de setembro de 2008. Essa resolução alterou
as regulamentações anteriores com o objetivo de estabelecer uma definição mais
precisa do papel de cada agente envolvido nas operações de transporte rodoviário de
carga (transportador, embarcador, operadoras de pedágio e empresas habilitadas a
fornecer o Vale-Pedágio obrigatório), quanto à responsabilidade e custos.

5 Principais Aspectos da Regulamentação

As definições de maior relevância presentes na Resolução nº 2.885 podem ser


resumidas nos seguintes itens:

• Definição mais precisa das responsabilidades pela instalação e operação do


sistema e modelos de Vale-Pedágio, e de seus custos;

• Possibilidade de utilização de quaisquer modelos e sistemas de Vale-Pedágio


obrigatório de empresas habilitadas pela ANTT;

• Disciplinamento das operações financeiras entre embarcador (dono da carga),


operador (de rodovias sob pedágio) e a empresa fornecedora do Vale-Pedágio
(empresa habilitada pela ANTT);

• Conforme art. 26 da Resolução nº 2.885, de 9 de setembro de 2008, o Regime


Especial para o Vale-Pedágio obrigatório foi extinto, ficando vedadas novas
concessões.

A Resolução ANTT nº 150, de 7 de janeiro de 2003, instituiu o Regime Especial. Com


ele, a empresa de transporte que fazia, para um só embarcador, transporte de carga
fechada ou de lotação, poderia solicitar Regime Especial, desobrigando o embarcador
da antecipação do Vale-Pedágio. Caso autorizado pela ANTT, o Vale-Pedágio era
desvinculado do valor do frete, ficando o embarcador obrigado a ressarcir seu valor
posteriormente.

10
E se a concessão para o Regime Especial ainda estiver válida?

A Resolução nº 2.885 determina que os beneficiários do Regime Especial, cujos


certificados se encontrem dentro do prazo de validade, devem anotar no Conhecimento
de Transporte o respectivo número.

Caso seja parado pela fiscalização, o transportador deverá

ee apresentar o número do certificado do Regime Especial anotado


no Conhecimento de Transporte. A fiscalização verificará sua
validade.

Aqueles que já o solicitaram e ainda não receberam o resultado


da análise devem informar no Conhecimento de Transporte o
número do protocolo da solicitação até a notificação de
deferimento ou indeferimento do pedido. Esse número também
será verificado pela fiscalização.

Veja a seguir alguns importantes aspectos regulamentados pela Lei nº 10.209,


Resolução ANTT nº 106/2002 e Resolução ANTT nº 149/2003.

• Subcontratação: A empresa de transporte que subcontratar o serviço fica


obrigada a repassar o Vale-Pedágio que recebeu do embarcador nos casos de
transporte de carga fechada ou lotação, e a adquirir e entregar ao transportador
(empresa subcontratada ou autônomo) nos casos de transporte de carga
fracionada.

• Carga fracionada: No transporte de carga fracionada não existe a obrigatoriedade


da entrega do Vale-Pedágio por parte do embarcador à empresa de transporte. O
pedágio deve ser cobrado mediante rateio, destacado no conhecimento e pago
com o frete. A empresa de carga fracionada que utiliza veículo próprio não está
obrigada a utilizar o Vale-Pedágio.

• Internacional: O transporte internacional rodoviário de carga, assim considerado


aquele em que o mesmo veículo inicia o transporte em um determinado país e
encerra a viagem em país diverso, não está sujeito à aplicação da lei do Vale-
Pedágio.

11
6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio

Com as mudanças na regulamentação e a efetiva implantação do Vale-Pedágio


obrigatório, todos são beneficiados: caminhoneiros, embarcadores e operadores de
rodovias.

Você sabe por quê?

Primeiro, os transportadores rodoviários de carga,


principalmente os autônomos, deixam, efetivamente, de
assumir o custo do pedágio. Apesar de estarem amparados
na legislação federal, é fato que alguns embarcadores
acabavam embutindo o valor da tarifa na contratação
do frete, obrigando o transportador a pagar o pedágio
indevidamente.

Como a negociação do Vale-Pedágio obrigatório não será mais feita em espécie, essa
possibilidade torna-se inviável.

Os embarcadores ou equiparados passam a ter maior controle sobre os itinerários


seguidos e garantem mais segurança no transporte de suas mercadorias. Fornecendo
o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador rodoviário, o embarcador ou equiparado
determina o roteiro a ser seguido, pois o vale obedece ao preço do pedágio de cada
praça.

hh
Para fazer uso do Vale-Pedágio, o transportador deverá passar
pelas rodovias previamente determinadas. Escolhendo o roteiro,
o embarcador corre menor risco com relação ao roubo de cargas.

Os Operadores de Rodovias pedagiadas também saíram ganhando!

Com o roteiro preestabelecido pelo embarcador, as operadoras de rodovias sob


pedágio garantem a passagem do veículo pela praça de pedágio, diminuindo o uso
das rotas de fuga para evitar o pagamento da tarifa. Isso representa uma redução
significativa de evasão de receitas.

12
Devemos nos lembrar, ainda, que as rodovias pedagiadas muitas

ee vezes oferecem condições mais adequadas de tráfego para os


veículos. Isso significa que os transportadores vão utilizar vias
melhores e seus caminhões sofrerão menores danos no médio e
longo prazos.

7 Fiscalização do Vale-Pedágio

A fiscalização do cumprimento da legislação do Vale-Pedágio é feita de duas formas:


direta ou provocada.

A direta é feita por iniciativa do fiscal junto ao embarcador, equiparado ou transportador


nas rodovias. É também realizada por meio de fiscalização direta junto às operadoras de
rodovias para a verificação da aceitação obrigatória do Vale-Pedágio e do cumprimento
das demais obrigações previstas na legislação. Já a fiscalização provocada é feita a
partir de denúncias sobre a existência de possíveis infratores.

A fiscalização da ANTT é feita nas rodovias federais. As demais

ee rodovias são fiscalizadas pelos órgãos competentes estaduais


ou municipais, através das secretarias de governo ou agências
reguladoras estaduais.

As principais infrações relativas ao Vale-Pedágio são:

• O embarcador não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador;

• O embarcador não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio


obrigatório no documento de embarque;

• As operadoras de rodovias sob pedágio não aceitarem o Vale-Pedágio obrigatório.

Verificada a infração, o órgão fiscalizador notifica o infrator sobre pagamento da multa


ou apresentação de defesa. Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa por cada
veículo que participe da infração e para cada viagem na qual não fique comprovada a

13
antecipação do Vale-Pedágio obrigatório. Já a operadora de rodovia sob pedágio que
não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório será penalizada com o pagamento de multa
referente a cada dia que deixar de aceitar os modelos habilitados pela ANTT.

14
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A legislação do transporte
rodoviário de cargas no Brasil é determinada pela Lei nº
11.442/2007 e pela Resolução nº 2.550/2008 da ANTT.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Vale-Pedágio obrigatório foi


criado com o objetivo de atender a uma das principais
reivindicações dos caminhoneiros autônomos — a
desoneração do transportador quanto ao pagamento de
pedágio, beneficiando apenas os caminhoneiros autônomos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

15
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os


procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.

_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

16
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.

_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017.

_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.

_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.


gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.

BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>.
Acesso em: maio 2017.

_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto


dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017.

17
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito


Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório


sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio
2017.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro


de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de
2014.

KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista.


Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set.
2015.

18
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.

RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível


em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
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QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality


Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017.

19
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 2

20
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte
Rodoviário de Cargas – Parte 2

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! Vamos continuar a conhecer a legislação


específica existente no país sobre o transporte rodoviário de cargas. Bons estudos!

1 Pagamento Eletrônico de Frete

1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete

A legislação brasileira estabelece importantes aspectos relacionados ao pagamento


do frete do transporte rodoviário de cargas. A seguir vamos conhecer os principais
aspectos regulamentados.

A Lei nº 13.103/2015 regulamenta o art. 5º-A da Lei nº 11.442,

ee de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros mediante remuneração.

A art. 5º-A da Lei nº 11.442/07 determina que o pagamento do


frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador
Autônomo de Cargas (TAC) deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema
financeiro nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de
pagamento regulamentado pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).

O Artigo 5-A determina ainda que:

§ 1º A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá


ser de titularidade do TAC e identificado no conhecimento de
transporte.

21
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte
rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário
da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista
no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes
contra os primeiros.

§ 3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de


Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) que possuir, em sua frota,
até 3 veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas (RNTRC) e as Cooperativas de Transporte
de Cargas.

§ 4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o


pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste artigo.

§ 5º O registro das movimentações da conta de depósitos ou do


meio de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá
como comprovante de rendimento do TAC.

§ 6º É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio


ou forma diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu
regulamento.

§ 7º As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento


eletrônico relativas ao pagamento do frete do transporte
rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC)
correrão à conta do responsável pelo pagamento.

22
1.2 Definições

Considerando a necessidade de garantir a


movimentação de bens em cumprimento a
padrões de eficiência e modicidade nos fretes,
e considerando os problemas causados ao
mercado de transporte rodoviário de cargas
pela adoção de sistemáticas ineficientes de
pagamento do frete, a ANTT regulamentou
o pagamento eletrônico do frete por meio da
Resolução nº 3.658/11.

O Art. 2º da Resolução traz algumas importantes definições. Para fins desta Resolução,
considera-se:

I. Operação de Transporte: viagem decorrente da prestação do


serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros
e mediante remuneração.

II. Código Identificador da Operação de Transporte: o código


numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de
Transporte nos sistemas específicos;

III. Contrato de Transporte: as disposições firmadas, por escrito,


entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições
para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas
por conta de terceiros e mediante remuneração;

IV. Contratante: a pessoa jurídica responsável pelo pagamento


do frete ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC) ou a seus
equiparados, para prestação do serviço de transporte rodoviário
de cargas, indicado no cadastramento da Operação de Transporte;

V. Contratado: o TAC ou seu equiparado, que efetuar o


transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante
remuneração, indicado no cadastramento da Operação de
Transporte;

VI. Subcontratante: o transportador que contratar outro

23
transportador para realização do transporte de cargas para o
qual fora anteriormente contratado, indicado no cadastramento
da Operação de Transporte;

VII. Consignatário: aquele que receberá as mercadorias


transportadas em consignação, indicado no cadastramento da
Operação de Transporte ou nos respectivos documentos fiscais;

VIII. Proprietário da carga: o remetente ou o destinatário da carga


transportada, conforme informações dos respectivos documentos
fiscais;

IX. Instituição de Pagamento Eletrônico de Frete: a pessoa


jurídica previamente habilitada junto ao Banco Central do Brasil
como Instituição de Pagamento e Emissor de Moeda Eletrônica,
e posteriormente habilitada junto à Agência Nacional de
Transportes Terrestres, por sua conta e risco;

X. Arranjo de Pagamento: conjunto de regras e procedimentos que


disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao
público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto
pelos usuários finais, pagadores e recebedores;

XI. Descrição dos Negócios: o(s) arranjo(s) de pagamento(s) do(s)


qual(is) fará(ão) parte, sistemática de funcionamento, indicação
dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação,
local da sede e das eventuais dependências;

XII. Instituidor de Arranjo de Pagamento: pessoa jurídica


responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo
uso da marca associada ao arranjo de pagamento; e

XIII. Emissor de Moeda Eletrônica: Instituição de Pagamento


que gerencia conta de pagamento de usuário final, do tipo
pré-paga, disponibiliza transação de pagamento com base em
moeda eletrônica aportada nesta conta, converte tais recursos
em moeda física ou escritural, ou vice-versa, podendo habilitar a
sua aceitação com a liquidação em conta de pagamento por ela
gerenciada.

24
1.3 Formas de Pagamento

O Art. 2º da Resolução nº 3.658/11 define como será efetuado o pagamento eletrônico


do frete. Segundo o artigo, o pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas
ao TAC ou ao seu equiparado será efetuado obrigatoriamente por:

• Crédito em conta bancária, seja corrente ou poupança; ou

• Outros meios de pagamento eletrônico habilitados pela ANTT.

Esse artigo determina ainda que o contratante e o subcontratante dos serviços de


transporte rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga,
serão solidariamente responsáveis pela obrigação prevista neste artigo, resguardado
o direito de regresso destes contra os primeiros.

As Cooperativas de Transporte de Cargas (CTC) deverão efetuar

ee o pagamento do valor pecuniário devido aos seus cooperados


por um dos meios de pagamento regulamentados pela ANTT.

Na utilização de conta de depósito para o pagamento do frete,


o emissor do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas
(CTRC) ou de seu documento substituto deverá fazer constar no
documento, além do Código Identificador da Operação de
Transporte (CIOT), as informações referentes a nome e número
da instituição bancária, número da agência e número da conta
de depósito onde será creditado o pagamento do frete.

É importante ressaltar que no recebimento do pagamento do frete por meio de


Pagamento Eletrônico de Frete (PEF), o TAC ou equiparado não terá despesas com:

• A habilitação e o recebimento da primeira via do cartão e de um cartão adicional


(que pode ser utilizado como cartão de débito)

• Consultas de saldo/extrato (desde que sem impressão)

• Transferência de valores para uma conta de depósito em qualquer instituição


bancária a cada quinze dias.

25
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº


4.592/2015, que trata do novo procedimento de habilitação de empresas
administradoras para Pagamento Eletrônico de Frete (PEF).

A nova norma alterou o processo de habilitação das


empresas para interessadas no PEF. De acordo com o
art. 12 da Resolução nº 4.592/2015, a ANTT habilitará
as instituições de pagamento eletrônico de frete –
antes denominadas de administradoras de meios de
pagamento eletrônico de frete – após a autorização
do Banco Central do Brasil (Bacen).

O Banco Central, para emitir o documento, faz uma série de exigências financeiras,
tecnológicas e documentais. A empresa interessada deve apresentar o pedido de
habilitação à ANTT, acompanhado de documentos como descrição do negócio,
indicação dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, local da sede,
regularidade junto ao Bacen para funcionar como instituição de pagamento, etc.

As empresas já habilitadas terão um prazo de 180 dias para adequar-se ao novo


regramento.

26
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O Vale-Pedágio obrigatório
veio atender a uma antiga reivindicação das empresas de
transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros
autônomos, que se sentiam penalizados com os custos de
pedágio em suas viagens.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Para fazer uso do Vale-Pedágio,


o transportador deverá passar pelas rodovias previamente
determinadas. Porém a escolha do roteiro, não diminui o
risco do embarcador corre com relação ao roubo de cargas.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

27
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os


procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.

_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

28
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.

_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017.

_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.

_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.


gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.

BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>.
Acesso em: maio 2017.

_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto


dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017.

29
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito


Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório


sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio
2017.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro


de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de
2014.

KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista.


Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set.
2015.

30
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.

RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível


em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.

QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality


Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017.

31
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS –
PARTE 3

32
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte
Rodoviário De Cargas – Parte 3

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 3! Atualmente o mercado internacional de


transporte rodoviário de mercadorias é atendido por mais de 100.000 empresas nacionais
e estrangeiras registradas no Brasil (ANTT, 2015). Pela dimensão e importância, é essencial
aos transportadores conhecerem sua regulamentação. Nesse sentido, a ANTT vem
simplificando os procedimentos para habilitação ao Transporte Rodoviário Internacional
de Cargas (TRIC) e, inclusive, ampliando as possibilidades de entrada de novos agentes no
mercado. Nessa unidade, veremos a terceira parte da legislação específica do transporte
rodoviário de cargas. Bons estudos!

1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas

Devido à sua posição geográfica na América do


Sul, o Brasil tem uma relação muito próxima
com diversos países vizinhos, com os quais
realiza grandes volumes de compra e venda
de mercadorias. Para a movimentação destas,
o transporte rodoviário é a modalidade
mais utilizada, ampliando sobremaneira o
intercâmbio de cargas.

Segundo a ANTT (2015), para a consecução dos intercâmbios, o Brasil mantém


historicamente acordos de transporte internacional terrestre com quase todos os
países da América do Sul. E, ainda conforme informações disponibilizadas pela Agência,
está em negociações com Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa.

Os acordos entre países buscam facilitar o incremento do

ee comércio, turismo e cultura no transporte de bens e pessoas,


permitindo que veículos e condutores de um país, contando com
trâmites fronteiriços simplificados, circulem com segurança nos
territórios dos demais países.

33
Contemplando as modalidades de transporte rodoviário e ferroviário, o Acordo sobre
Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul inclui Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai, sendo que entre Brasil e Venezuela refere-se
apenas ao transporte rodoviário. A negociação que está em andamento com a Guiana
também alude apenas ao transporte rodoviário, o único disponível atualmente.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de

cc Integração, com maior amplitude entre Argentina, Brasil,


Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone
Sul.

Para o crescimento do TRIC são realizadas negociações conjuntas


periódicas visando atender as crescentes necessidades dos
países, a incorporação dos avanços tecnológicos e operacionais,
maior grau de segurança e maior agilidade dos procedimentos
aduaneiros e imigratórios. Segundo a ANTT (2015), no caso do
Mercosul, os países-membros já atingiram estágio mais avançado
com a negociação e adoção de normas técnicas comunitárias.

Por meio das discussões e dos acordos firmados, os fluxos internacionais de bens e
pessoas tornam-se cada vez mais dinâmicos, competitivos e seguros, beneficiando as
empresas que importam e exportam mercadorias em diferentes países.

É importante ressaltar que, além dos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos
acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o
Acordo sobre Trânsito.

gg
Os atos legais e regulamentares, os procedimentos operacionais
e as informações estatísticas sobre o Transporte Internacional
Terrestre podem ser encontrados na página da ANTT. Confira!

www.antt.gov.br

34
2 Regulamentação do TRIC

Para regulamentar os procedimentos relativos ao TRIC, a ANTT publicou em 2006 a


Resolução nº 1474, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de
licenças e autorizações para a execução dos serviços de transporte internacional de
cargas. Essa regulamentação foi posteriormente alterada em 2012 pela Resolução
nº3826 da própria Agência.

As normas vigentes buscam garantir o cumprimento dos termos estabelecidos nos


acordos internacionais entre o Brasil e os demais países da América do Sul. Para isso, os
procedimentos contidos nessa resolução são para a expedição de Licença Originária,
de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário
de cargas, e de Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras.

Veja a seguir os principais aspectos relativos ao transporte rodoviário internacional de


mercadorias presentes na regulamentação.

2.1 Habilitação

Os procedimentos para uma empresa de


Transporte Rodoviário de Carga obter
autorização para o transporte internacional
estão regulamentados no Brasil por meio da
Resolução ANTT nº1.474, de 31 de maio de
2006. A habilitação para o transporte pode ser:

a) Licença Originária: Para habilitar-se ao


transporte rodoviário internacional de
cargas, a empresa deverá atender aos
seguintes requisitos:

• Ser constituída nos termos da legislação brasileira;

35
• Ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte dinâmica total
mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos
do tipo trator com semirreboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo
caminhão simples;

• Possuir infraestrutura composta de escritório e adequados meios de comunicação;

• Atender as especificações exigidas pela resolução Mercosul/GMC/Res. n° 25/11,


quanto aos veículos da frota a ser habilitada.

b) Autorização de Viagem de Caráter Ocasional: A empresa que solicitar


Autorização de Caráter Ocasional deverá apresentar as seguintes informações:

• Nome ou razão social da empresa responsável pela viagem ocasional;

• Origem e destino da viagem;

• Pontos de fronteira a serem utilizados durante o percurso;

• Tipo de carga a ser transportada, tanto na ida quanto no regresso;

• Relação dos veículos a serem utilizados e cópia autenticada dos respectivos


Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da apólice de
seguros de responsabilidade civil por lesões ou danos a terceiros;

• Cópia autenticada do certificado de inspeção técnica veicular periódica (CITV);

• Vigência pretendida para a autorização; e

• Número de inscrição do transportador no RNTRC, nos termos da resolução nº


437, de 2004.

c) Licença Complementar: A Licença Complementar autoriza, ainda, a entrada,


saída e trânsito dos veículos da empresa licenciada em território brasileiro,
através de pontos de fiscalização aduaneira.

O pedido de Licença Complementar será dirigido à ANTT, mediante requerimento de


representante legal da empresa no Brasil, ao qual deverão ser anexados os seguintes
documentos:

36
• Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 dias pelo
organismo nacional competente, e legalizada na representação diplomática do
Brasil no país de origem; e

• Procuração por instrumento público, outorgada a representante legal, único,


perante a ANTT, residente e domiciliado em território brasileiro e com poderes
para representar a empresa e responder por ela em todos os atos administrativos
e judiciais, facultado o substabelecimento com reserva de poderes.

3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos

A Regulamentação do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos tem como objetivo


proporcionar condições de segurança para todos os envolvidos no transporte, para
tanto seguem padrões internacionais ditados pela Organização das Nações Unidas
(ONU).

Em 1988, o governo federal aprovou o regulamento para o Transporte Rodoviário


de Produtos Perigosos com a publicação do Decreto nº 96.044/88, complementado
por algumas portarias do Ministério dos Transportes. Alguns anos mais tarde, a ANTT
atualizou estas normas por meio das Resoluções nº 420/04 e nº 3.632/11, dentre
outras.

A legislação sobre o transporte de produtos perigosos é complexa, pois para cada tipo
de produto há especificidades a serem consideradas. Veja a seguir uma lista com as 9
classes de Produtos Perigosos. Lembre-se de que cada classe deve ser identificada por
símbolos específicos.

37
Rótulos Classe
Classe 1: Explosivos
Subclasse 1.1:
Substâncias e artigos
com risco de explosão
em massa;

Subclasse 1.2:
Substâncias e artigos
com risco de projeção,
mas sem risco de
explosão em massa;

Subclasse 1.3:
Substâncias e artigos
com risco de fogo e
com pequeno risco
de explosão ou de
projeção, ou ambos,
Subclasses
mas sem risco de
explosão em massa;

Subclasse 1.4:
Substâncias e artigos
que não apresentam
risco significativo;

Subclasse 1.5:
Substâncias muito
insensíveis, com risco de
explosão em massa;

Subclasse 1.6: Artigos


extremamente
insensíveis, sem risco de
explosão em massa.

38
Classe 2: Gases

Subclasse 2.1: Gases


inflamáveis;

Subclasse 2.2: Gases não


Subclasses
inflamáveis, não tóxicos;

Subclasse 2.3: Gases


tóxicos.

Classe 3: Líquidos inflamáveis

Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas


à combustão espontânea; substâncias que, em
contato com água, emitem gases inflamáveis
Subclasse 4.1: Sólidos
inflamáveis, substâncias
autorreagentes e
explosivos sólidos
insensibilizados;

Subclasse 4.2:
Subclasses Substâncias sujeitas à
combustão espontânea;

Subclasse 4.3:
Substâncias que,
em contato com
água, emitem gases
inflamáveis.

39
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos
orgânicos

Subclasse 5.1:
Substâncias oxidantes;
Subclasses
Subclasse 5.2: Peróxidos
orgânicos.

Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias


infectantes

Subclasse 6.1:
Substâncias tóxicas;
Subclasses
Subclasse 6.2:
Substâncias infectantes.

Classe 7: Material radioativo

Classe 8: Substâncias corrosivas

Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos

40
Volumes contendo substâncias que apresentem risco para o meio ambiente também
devem ser marcados com simbologia específica (ANTT, 2011). Veja:

Rótulos Classe

Símbolo para o transporte de substâncias


perigosas para o meio ambiente

Fonte: ANTT (2004; 2011)

Glossário

Autorização de Viagem de Caráter Ocasional: Licença concedida para a realização de


viagem não caracterizada como prestação de serviço regular e permanente, ou aquela
que vier a ser definida em acordos bilaterais ou multilaterais.

Licença Complementar: Ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT, atendidos os


acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em outro país à prestação
e operação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas.

Licença Originária: Autorização necessária para realizar transporte rodoviário


internacional de cargas.

Produtos Perigosos: Para fins de transporte, os Produtos Perigosos são as


substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo que, por
suas características físico-químicas, representem risco para a saúde de pessoas, para a
segurança pública e para o meio ambiente.

41
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os procedimentos para uma
empresa de Transporte Rodoviário de Carga obter autorização
para o transporte internacional estão regulamentados no
Brasil por meio da Resolução ANTT nº 1.474/2016.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Os acordos entre países


buscam facilitar o incremento do comércio, turismo e cultura
no transporte de bens e pessoas, permitindo que veículos e
condutores de um país, contando com trâmites fronteiriços
simplificados, circulem com segurança nos territórios dos
demais países.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

42
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os


procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.

_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

43
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.

_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017.

_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.

_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.


gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.

BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>.
Acesso em: maio 2017.

_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto


dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017.

44
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito


Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório


sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio
2017.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro


de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de
2014.

KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista.


Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set.
2015.

45
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.

RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível


em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.

QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality


Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017.

46
UNIDADE 4 | DOCUMENTAÇÃO E
RESPONSABILIDADE PENAL DO
MOTORISTA

47
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade
Penal do Motorista

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 4! Vamos conhecer os documentos obrigatórios


do motorista e do veículo, a documentação estadual para o transporte, a legislação
específica para o exercício da profissão e a responsabilidade penal do motorista por crimes
praticados contra a Administração em geral. Bons estudos!

1 Documentação Exigida

1.1 Motorista

Você deve ter sempre em mãos sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que
deverá ser das categorias “C” ou “E”, conforme determina o CTB e deve apresentar o
documento original quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, como por exemplo,
a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

1.1.1 Jornada de Trabalho do Motorista

Para proteger a saúde dos trabalhadores, a Lei nº 13.103/15


regula a jornada de trabalho dos motoristas profissionais e o
tempo máximo que eles poderão ficar na direção do veículo
de maneira ininterrupta (BRASIL, 2015).

Essa lei ficou conhecida como “Lei do Caminhoneiro” e define


a quantidade máxima de horas seguidas que o motorista pode
dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso, um
intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre um
dia e outro de trabalho.

48
A jornada diária do motorista continua a ser de oito horas, com possibilidade de
duas horas extras, totalizando o máximo de dez horas. A cada seis horas ao volante,
o motorista deverá descansar 30 minutos. Esse tempo poderá ser fracionado, assim
como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas
contínuas.

Lembre-se de que o intuito da lei é evitar a pressão das empresas transportadoras


sobre os motoristas profissionais para que eles trabalhem mais do que sua saúde física
e mental permite.

hh
No caso dos transportadores autônomos é preciso ter atenção
redobrada!

Você é seu próprio patrão, então, é o único responsável por


cuidar de sua saúde. Procure obedecer aos limites estabelecidos,
pois eles foram criados para proteger a saúde e a vida dos
trabalhadores.

1.2 Veículo

Em relação ao veículo, é exigido o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo


(CRLV), que comprova que você pagou todos os impostos, taxas e multas, devendo ser
apresentado o documento original. Como você trabalha com o transporte remunerado
de cargas, é necessário apresentar também o registro do veículo no RNTRC.

49
1.3 Mercadorias em Geral

É exigido que você apresente:

DOCUMENTO DESCRIÇÃO
Comprova a posse da mercadoria e tem como principal
objetivo atender às exigências do Fisco quanto ao trânsito das
Nota Fiscal
mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e
fornecedores.
Comprova a contratação do transportador pelo embarcador
Conhecimento para a realização do serviço de transporte. Esse documento é
de Transporte emitido pelo transportador e indica que as mercadorias estão
Rodoviário sob sua responsabilidade para a entrega, de acordo com o que
está descrito no conhecimento.
Utilizada no transporte de carga a granel, de combustíveis
líquidos ou gasosos e de produtos químicos ou petroquímicos,
Autorização de quando, no momento da contratação do serviço, não
Carregamento forem conhecidos os dados relativos a peso, distância e
e Transporte valor da prestação do serviço. A utilização da autorização
de carregamento não dispensa a posterior emissão do
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas.
Utilizada pelo estabelecimento transportador que executar
serviço de coleta de cargas no endereço do remetente, e
Ordem de
destina-se a acobertar a prestação de serviço, do endereço do
Coleta de
remetente até o do transportador, para emissão obrigatória
Carga
do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, no qual
será anotado o número da respectiva ordem de coleta.
Obrigatória somente no transporte rodoviário de carga
Manifesto de fracionada, sendo utilizado pelos transportadores de cargas
Carga que executarem serviço de transporte intermunicipal e
interestadual.

50
1.4 Produtos Perigosos

Se você estiver transportando algum tipo de Produto Perigoso, qualquer que seja sua
classe, serão exigidos também:

DOCUMENTO ADICIONAL DESCRIÇÃO


Compatíveis com a carga, original,
Certificado de capacitação do veículo
expedido pelo INMETRO ou entidade
e dos equipamentos
por ele credenciada.
Contendo o número ONU (número
especificado pela Organização das
Documento fiscal do produto
Nações Unidas), classe ou subclasse,
transportado
nome apropriado para o embarque, e a
quantidade total por produto.
Escrita nos idiomas dos países de
origem, trânsito e destino da carga,
contendo:

• Identificação do expedidor ou do
fabricante do produto que forneceu as
instruções;

• Identificação do produto ou grupo


de produtos a que as Instruções se
Ficha de emergência e envelope para aplicam;
transporte
• Natureza dos riscos apresentados
pelos produtos;

• Medidas a serem adotadas em caso de


emergência (medidas a adotar em caso
de contato com o produto, incêndio,
ruptura de embalagens ou tanques,
realização de transbordo e telefones
de emergência dos bombeiros, polícia
e defesa civil).

51
Com observação de habilitação
para produtos perigosos (curso
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Movimentação e Operações de
Produtos Perigosos, MOPP).
Quando exigível (IBAMA, INMETRO,
Licença Especial
FEPAM, etc.).
Kit de emergência e EPI (Equipamento
Equipamentos de Segurança
de Proteção Individual).
Painel em formato de losango, onde
estão estipulados o símbolo gráfico e
Rótulo de Risco
a cor, que correspondem à classe do
produto perigoso transportado.
Painel retangular de cor laranja
contendo o número ONU e o número
Painel de Segurança
de risco do produto perigoso
transportado.

2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor

A responsabilidade civil – prevista no Código Civil – determina que o culpado é


obrigado a indenizar financeiramente sua vítima, por exemplo, por acidentes ou danos
provocados durante o transporte, quaisquer que sejam os danos, materiais ou morais.

A responsabilidade criminal é aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo
– dos valores fundamentais de sociedade, tais como a vida, a segurança, a integridade
física, a saúde, entre outros. Para isso, o Direito Penal identifica as infrações penais e
especifica as respectivas penalidades.

Um crime pode ser praticado por omissão. Por exemplo, um

ee acidente que ocorre devido a uma falha no veículo que poderia


ter sido detectada durante os procedimentos de manutenção
preventiva.

52
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL,
1997), ao proprietário do veículo caberá sempre a
responsabilidade por infrações referentes às condições do
veículo. Já ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
decorrentes de atos praticados na direção do veículo.

Lembre-se de que o Art. 291 do CTB estabelece que aos crimes


cometidos na direção de veículos automotores aplicam-se as
normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal.

3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte


Rodoviário de Cargas

Vamos agora conhecer algumas particularidades referentes à documentação para o


transporte e à documentação fiscal que variam de um estado para outro.

3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC

Como sabemos, o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) é


obrigatório no transporte da mercadoria. Ele deve ser emitido antes do início da
prestação do serviço pelo transportador.

53
No Conhecimento de Transporte existe um campo importante que deve ser preenchido
chamado Código Fiscal da Operação. Em algumas guias de CTRC esse campo se chama
CÓDIGO, enquanto em outras guias ele recebe a sigla CFOP. Tal código especifica o
tipo de serviço que está sendo realizado e a natureza fiscal do serviço.

Os códigos fiscais para serviços de transportes são:

5.351 (5.61) Prestação de Serviços de Transportes da


mesma natureza dentro do Estado

6.351 (6.61) Prestação de Serviços de Transportes da


mesma natureza para fora do Estado

5.352 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a


estabelecimento Industrial localizado no Estado. Incluindo
estabelecimento industrial de cooperativas.

6.352 (6.62) Prestação de Serviços de Transportes a


estabelecimento Industrial localizado fora do Estado. Incluindo
estabelecimento industrial de cooperativas.

5.353 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a


estabelecimento Comercial localizado no Estado. Incluindo
estabelecimento comercial de cooperativas.

6.353 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a


estabelecimento Comercial localizado fora do Estado. Incluindo
estabelecimento comercial de cooperativas.

54
5.357 5.63) Prestação de Serviços de Transportes a não
contribuinte no Estado

6.357 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a não


contribuinte fora do Estado

3.2 ISS ou ICMS?

A tributação pelo Imposto sobre Serviços


de Qualquer Natureza (ISS) ou Imposto
sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS) não é uma escolha do
prestador ou do contratante do serviço, e sim
uma determinação das legislações relacionadas
aos tributos envolvidos. Por incidirem sobre o
mesmo serviço, definir qual imposto deve ser cobrado — se ICMS ou ISS, causa dúvidas
para os contribuintes e para os usuários do serviço de transporte.

Os serviços de transporte serão tributados ou pelo ISS ou pelo ICMS dependendo do


trajeto no qual sejam prestados. A tributação por um deles elimina a outra alternativa.

Para definir qual tributação é devida, se ISS ou ICMS, precisamos

ee primeiro identificar o início e o término do serviço de transporte,


para então concluir se o percurso é municipal, intermunicipal ou
interestadual.

O serviço de transporte tem início quando o prestador coleta efetivamente a carga a


ser transportada, e termina quando o prestador do serviço entrega a carga no local
determinado pelo contratante ou usuário do serviço.

Quando o transporte começa e termina dentro de um mesmo município, é preciso


recolher o ISS. Quando o serviço de transporte sai do município, é preciso recolher o
ICMS.

55
3.3 Tributação pelo ICMS

O ICMS foi definido pela chamada Lei Kandir, que corresponde à Lei Complementar nº
87, de 13 de setembro de 1996. Ela dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito
Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

O segundo artigo da lei estabelece claramente as situações nas quais deve ser recolhido
o ICMS. Veja.

Art. 2º O imposto incide sobre:

I. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o


fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares;

II. Prestações de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias
ou valores;

III. Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer


meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão,
a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de
qualquer natureza;

IV. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não


compreendidos na competência tributária dos municípios;

V. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços


sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos municípios,
quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.

§ 1º - O imposto incide também:

I. Sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior,


por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;

56
II. Sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior;

III. Sobre a entrada, no território do estado destinatário, de


petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao estado onde estiver
localizado o adquirente.

Portanto, considerando apenas as situações que envolvem o serviço de transporte, o


ICMS é um imposto que deve ser recolhido quando tiver as seguintes características:

• Iniciar em um município e terminar em outro município: é o que chamamos de


serviço intermunicipal, ou seja, entre municípios;

• Iniciar em um estado e terminar em outro: é o que chamamos de serviço


interestadual, ou seja, entre estados; ou

• Iniciar fora do Brasil e ocorrer em um trecho intermunicipal ou interestadual no


Brasil.

O ICMS é devido ao estado onde for iniciada


a prestação do serviço, ou seja, deve ser
pago para o estado onde o caminhão for
carregado, exceto quando o início do
serviço de transporte acontecer fora do
Brasil. Nesse último caso, o ICMS será
devido ao estado onde o serviço terminar.

Alguns estados adotaram a isenção do


ICMS para algumas modalidades de
serviço. Portanto, dependendo do estado onde o transporte tenha iniciado, é preciso
verificar se existe ou não a isenção.

Um exemplo de isenção do ICMS no transporte ocorre no Estado do Rio Grande do Sul.


Todo transporte iniciado em território gaúcho, realizado por empresas transportadoras
nele sediadas, e cujo tomador (pagador) tenha inscrição estadual, está isento do
pagamento do ICMS.

57
Existem algumas situações em que, embora aparentemente seja uma prestação efetiva
de serviço de transporte, não o é. O simples fato de transportar uma mercadoria não
caracteriza a prestação de serviço de transporte para fins de tributação do ISS ou do
ICMS.

O transporte de carga própria, por exemplo, não é tributado com ICMS, pois não houve
efetiva prestação de serviço de transporte. Ou seja, nenhuma pessoa física ou jurídica
foi contratada para prestar o serviço de transporte propriamente dito.

4 Tributos Que Recaem sobre o Transporte Rodoviário de


Cargas

São muitos os tributos que incidem sobre a atividade de transporte rodoviário de


cargas. Porém, alguns merecem destaque. Veja.

TRIBUTOS DESCRIÇÃO
Imposto que é pago no início de cada ano
Imposto sobre Propriedade de Veículos
pelo proprietário do veículo e a cobrança é
Automotores (IPVA)
proporcional ao valor do veículo.
Proporcional ao valor do frete. Recai
Imposto sobre Circulação de Mercadorias sobre os serviços interestaduais e tem
e Serviços (ICMS) porcentagem variada de estado para
estado.
Proporcional ao valor do frete. Exclusivo
Imposto sobre Serviços de Qualquer para os casos de transporte intermunicipal
Espécie (ISS) e pode ser no máximo 5% do valor cobrado
pelo frete.
Tributo pago na compra de combustíveis
Contribuição de Intervenção sobre o e tem como finalidade investir os recursos
Domínio Econômico (CIDE) arrecadados na manutenção e construção
de rodovias.

58
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A Lei do Caminhoneiro e define
a quantidade máxima de horas seguidas que o motorista
pode dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso,
um intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre
um dia e outro de trabalho.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. A responsabilidade criminal é


aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo e
determina que o culpado é obrigado a indenizar
financeiramente sua vítima, por exemplo, por acidentes ou
danos provocados durante o transporte, quaisquer que sejam
os danos, materiais ou morais.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

59
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
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Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
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61
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
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de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

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de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
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62
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
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RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível


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Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
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63
UNIDADE 5 | LEGISLAÇÃO
REFERENTE A DIMENSÕES,
PESO E ALTURA DOS VEÍCULOS

64
Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões,
Peso e Altura dos Veículos

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 5! Nesta unidade, discutiremos um pouco sobre
a legislação brasileira define dimensões, peso e altura máximos dos veículos que trafegam
nas rodovias brasileiras. Bons estudos!

1 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Brasil

O que define a capacidade de carga é a maneira como os eixos se distribuem no veículo


e a distância entre os eixos. Os “Pesos Máximos por Eixo” são definidos pela Resolução
n° 210/06 do Contran:

ENTRE-
CARGA TOLERÂNCIA
EIXOS RODAGEM SUSPENSÃO EIXOS
(kg) (7,5 %)
(m)

Isolado simples direcional - 6.000(1) 6.450

Isolado simples direcional - 6.000(2) 6.450

Isolado dupla - - 10.000 10.750

Duplo simples direcional - 12.000 12.900

>1,20 ou
Duplo dupla tandem 17.000 18.280
≤ 2,40

não em >1,20 ou
Duplo dupla 15.000 16.130
tandem ≤ 2,40

Duplo simples+dupla especial < 1,20 9.000 9.680

>1,20 ou
Duplo simples+dupla especial 13.500 14.520
≤ 2,40

>1,20 ou
Duplo extralarga(4) pneumática 17.000 18.280
≤ 2,40

>1,20 ou
Triplo(3) dupla tandem 25.500 27.420
≤ 2,40

>1,20 ou
Triplo(3) extralarga(4) pneumática 25.500 27.420
≤ 2,40

65
(1) Para rodas com diâmetro inferior ou igual a 830mm

(2) Observada a capacidade e os limites de peso indicados pelo fabricante dos


pneumáticos e diâmetro superior a 830mm

(3) Aplicável somente a semirreboques

(4) Pneu single (385/65 R 22,5) aplicável somente a semirreboques e reboques


conforme a Resolução n. 62 de 22/05/98 do Contran
Fonte: Adaptado de Contran (2006) e DNIT (2012)

A Resolução nº 210/06 também estabelece as dimensões para veículos que transitem


por vias terrestres. O art. 1º estabelece as dimensões autorizadas para veículos, com
ou sem carga, sendo elas:

DIMENSÕES PERMITIDAS NO BRASIL


Largura máxima 2,60 metros
Altura máxima 4,40 metros
• Veículos não articulados: máximo de 14,00 metros;

• Veículos não articulados de transporte coletivo urbano de


passageiros que possuam 3º eixo de apoio direcional: máximo
de 15 metros;

• Veículos articulados de transporte coletivo de passageiros:


máximo 18,60 metros;
Comprimento total
• Veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-
trator e semirreboque: máximo de 18,60 metros;

• Veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou


ônibus e reboque: máximo de 19,80 metros;

• Veículos articulados com mais de duas unidades: máximo de


19,80 metros.
Nos veículos não articulados de transporte de carga, até
Comprimento
60 % (sessenta por cento) da distância entre os dois eixos,
máximo do balanço
não podendo exceder a 3,50 m (três metros e cinquenta
traseiro
centímetros)
Comprimento
O balanço dianteiro dos semirreboques deve obedecer à NBR
máximo do balanço
NM ISO 1726.
dianteiro
Fonte: Adaptado de Contran (2006)

66
2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul

Os veículos que circulam no Mercosul devem obedecer aos acordos firmados entre os
países membros. No Brasil, estes limites foram estabelecidos pelo Decreto nº 7.282
(BRASIL, 2010), que dispõe sobre o Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de
Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas.

Em seu Art. 4º, o Decreto nº 7.282 define os limites de pesos permitidos para a
circulação de veículos de transporte de carga no âmbito do Mercosul:

QUANTIDADE DE
EIXOS LIMITE (t)
RODAS
2 6
SIMPLES
4 10,5
4 10

DUPLO 6 14

8 18
6 14

TRIPLO 10 21

12 25,5

Fonte: Adaptado de Brasil (2010)

67
Já o art. 8º especifica as dimensões máximas permitidas:

DIMENSÕES PERMITIDAS NO MERCOSUL


• Caminhão simples: máximo de 14
metros

• Caminhão com reboque: máximo de


20 metros

Comprimento máximo • Reboque: máximo de 8,6 metros

• Caminhão-trator com semirreboque:


máximo de 18,6 metros

• Caminhão-trator com semirreboque e


reboque: máximo de 20,5 metros
Largura máxima (m) 2,60 metros
Altura máxima (m) 4,30 metros

Fonte: Adaptado de Brasil (2010)

68
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O que define a capacidade de
carga é a maneira como os eixos se distribuem no veículo e a
distância entre os eixos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O Decreto nº 7.282 define os


limites de pesos permitidos para a circulação de veículos de
transporte de carga no âmbito do Mercosul.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

69
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os


procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.

_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

70
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.

_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017.

_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
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BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

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71
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QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality


Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017.

73
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 2 –
PARTE 2
UNIDADE 6 | LEGISLAÇÃO
FISCAL E CONTRATO DE
SEGURO DE CARGAS

75
Unidade 6 | Legislação Fiscal e Contrato de Seguro
de Cargas

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 6! Segundo a legislação brasileira, tanto as


empresas quanto os profissionais autônomos devem cumprir uma série de obrigações
até mesmo antes de começarem a oferecer seus produtos e serviços. E tais obrigações
se estendem a todo o período de operação, com ações que devem ser realizadas
periodicamente. A seguir vamos conhecer esses encargos e saber como atender à legislação
fiscal. Bons estudos!

1 Obrigações Fiscais para Autônomos e Empresas

Todos os contribuintes devem estar atentos às obrigações fiscais determinadas pela


legislação brasileira, a qual pode sofrer alterações anualmente. Portanto, conhecer a
legislação fiscal e atualizar-se é essencial para os transportadores de carga, sejam eles
profissionais autônomos, cooperativas ou empresas de transporte.

1.1 Empresas e Cooperativas

As pessoas jurídicas e equiparadas, perante a Legislação Comercial, Fisco Federal,


Ministério do Trabalho e Previdência Social, independentemente do seu enquadramento
jurídico ou da forma de tributação, estão obrigadas a cumprir com várias obrigações ou
normas legais.

Ao abrir uma empresa, o empreendedor deve registrá-la na Secretaria da Receita


Federal, na Secretaria de Estado e Fazenda e nas Prefeituras Municipais. Quando a
empresa estiver formalizada e operando, deve pagar tributos federais, estaduais e
municipais, que variam de acordo com a atividade, como ICMS, IPI, ISSQN, CSLL, PIS,
recolhimento de INSS, entre outros.

76
Além disso, as empresas são obrigadas pela legislação trabalhista a emitir corretamente
notas fiscais, apresentar escrituração de livros e fornecimento de informações aos
órgãos de fiscalização e controle. Veja as principais obrigações.

Folha de Pagamento
Estatuto ou Contrato Social Contabilidade
GPS
Balanço Livro Diário Livro-Razão
GFIP
Declaração Anual do Imposto de Renda
das Pessoas Físicas (para os sócios)
GRFC

Declaração de Bens e Direitos no Exterior CAGED


(DBE/BACEN)
RAIS
DIRF
Contribuição Sindical
Imposto de Renda Retido na Fonte e
Comprovante de Rendimentos e Retenção Contribuição Assistencial
do IRF
Contribuição Associativa
Livro de Inspeção do Trabalho
Norma Regulamentadora 7 (Ministério do
Livro-Registro de Duplicatas Trabalho)

Sped Fiscal/EFD Norma Regulamentadora 9 (Ministério do


Trabalho)
Sped Contábil/ECD
Informes de Rendimentos das Pessoas
Sped Imposto de Renda/ECF
Físicas Informes de Rendimentos
das Pessoas Jurídicas Publicações
Livro-Registro de Empregados
Obrigatórias nas Empresas Limitadas
Livro-Registro de Inventário
SISCOSERV

Recentemente algumas regras fiscais foram modificadas: foram implantadas novas


regras do Supersimples e foi extinta a declaração do Imposto de Renda pelas empresas.

Para as empresas, tanto a entrega da Declaração de Informações

cc Econômico-fiscais das Pessoas Jurídicas (DIPJ) quanto a


escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) não
serão mais necessárias. Agora as empresas devem apresentar a
chamada Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

77
Na ECF devem ser informadas todas as operações que influenciem a composição da
base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

hh
A Escrituração Contábil Fiscal deve ser transmitida anualmente
ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último
dia útil do mês de setembro do ano seguinte ao ano-calendário
a que se refira.

A escrituração digital, que já era uma realidade para as empresas de maior faturamento,
agora foi estendida a todas as demais empresas, desde que exista distribuição de lucro
acima do limite legal. O prazo de entrega da ECF vence dois meses após a entrega da
Escrituração Contábil Digital (ECD), que deve ser feita até 30 de junho.

78
1.2 Autônomos

Os Autônomos e Profissionais Liberais estão sujeitos às seguintes obrigações:

CAGED

Declaração de Ajuste Anual do Imposto RAIS


de Renda das Pessoas Físicas
Contribuição Sindical
DIRF
Contribuição Confederativa
Imposto de Renda Retido na Fonte
Contribuição Assistencial
Livro de Inspeção do Trabalho Livro-
Registro de Empregados Folha de Contribuição Associativa
Pagamento
NR 7
GPS
NR 9
GFIP
Informes de Rendimentos das Pessoas
GRFC Físicas

Livro-Caixa

Portanto, se a empresa subcontrata profissionais autônomos, é importante saber se


eles estão atendendo corretamente à legislação fiscal. Lembre-se também de consultar
a legislação estadual e municipal, para cumprimento das obrigações fiscais (ICMS, ISS).

2 Legislação Fiscal Varia de Acordo com o Porte da Empresa

Em relação à legislação fiscal, os diversos enquadramentos para pessoas jurídicas e


equiparadas são:

79
• Empresas tributadas pelo Lucro Real, quer as com encerramento trimestral, quer
as empresas com encerramento anual, com pagamento mensal por estimativa ou
balanços de suspensão;

• Empresas tributadas pelo Lucro Presumido;

• Empresas optantes pelo Simples Nacional, quer sejam ME ou EPP,


independentemente da alíquota em que se encontrem;

• Pessoas Jurídicas isentas, assim definidas na legislação, como por exemplo, as


Associações Civis, Culturais, Filantrópicas e Recreativas, os Sindicatos etc.;

• Pessoas jurídicas imunes, assim definidas na legislação, como por exemplo, as


Instituições de Educação ou Assistência Social;

• As organizações dispensadas, também definidas na legislação, como por exemplo


os condomínios, que embora possuam inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas
Jurídicas (CNPJ) , recebem um tratamento fiscal diferenciado.

Não podemos deixar de mencionar a figura do


contribuinte inativo (sem movimento) e do arbitrado. O
primeiro é aquele que não efetuou nenhuma operação
com sua empresa em um determinado período. O
segundo é aquele que teve a sua escrita desclassificada
pelo fisco, sofrendo tributação arbitrada.

Lembre-se de que as obrigações previstas na legislação fiscal variam de acordo com


o porte e o tipo de regime tributário adotado pela empresa – Lucro Real, Lucro
Presumido, Simples Nacional ou Microempreendedor Individual (MEI).

No caso do MEI, as obrigações fiscais mensais são cumpridas com o pagamento de


carnê de valor único (DAS-MEI). As empresas que aderem ao Simples também pagam
um único boleto, que inclui os tributos federais, estaduais e municipais e varia segundo
a faixa de rendimentos do negócio.

O Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI) é

cc o instrumento para se fazer o pagamento mensal das obrigações


tributárias do Microempreendedor Individual.

80
3 Consequências do Descumprimento da Legislação Fiscal

Como todos sabemos, sonegar impostos é crime! Mas, você sabia que essa não é a única
consequência do descumprimento da legislação fiscal?

A seguir, confira cinco motivos para obedecer à legislação fiscal à risca:

• A empresa que descumpre a legislação fiscal está sujeita a multas e processos


judiciais;

• Toda empresa que não estiver em ordem com a legislação fiscal fica impedida de
participar de processos de licitação abertos por órgãos públicos;

• Também fica impedida de contrair empréstimos e financiamentos junto a


instituições de crédito oficiais e os principais bancos privados, ficando sujeita a
condições mais desvantajosas de instituições menores;

• Quando a empresa conta com a cumplicidade de agentes fiscais corruptos para


descumprir a legislação fiscal, fica sujeita ao pagamento contínuo de propina, o
que muitas vezes pode até sair mais caro;

• Empresas que sofrem com processos judiciais por sonegação têm um grande
abalo na sua imagem, e o mesmo vale para o proprietário, que terá que conviver
com a imagem arranhada, mesmo em outros empreendimentos.

4 Contrato de Seguro de Cargas

O seguro de carga visa cobrir prejuízos que podem ocorrer durante o transporte, sendo
você o comprador ou o vendedor da carga. Como previsto na legislação, a contratação
de seguros é obrigatória, tanto por parte da transportadora, quanto do embarcador.
A seguir vamos entender melhor como funcionam os seguros e a importância de sua
contratação.

81
4.1 Seguros nas Operações de Transporte

As mercadorias transportadas por quaisquer meios de transporte devem ter a proteção


de dois seguros:

• De transporte, com contratação facultativa por parte do dono da carga para


garantir os bens; e

• De responsabilidade civil, de contratação obrigatória por parte do transportador


para garantir o compromisso de recebimento e a entrega da carga.

A primeira categoria se divide em seguro de transporte nacional (mercado interno) e


internacional (exportação e importação). A segunda, de responsabilidade civil, abrange
vários tipos de seguros, que garantem ao transportador o reembolso das indenizações
que ele é obrigado a pagar para reparar eventuais danos à carga que transporta.

Você sabe por que o seguro de transporte é importante?

Durante o transporte muitos imprevistos podem ocorrer, gerando prejuízos para o


transportador, que é o responsável pela mercadoria durante todo o trajeto. O motivo
principal a justificar a contratação do seguro talvez seja o risco de se ter a carga roubada,
e até mesmo de ser levada junto com o veículo. E há também os riscos de acidentes
com o veículo de transporte. Em ambos os casos pode ocorrer a perda parcial ou total
da mercadoria. Mesmo quando a carga não é afetada pelo impacto, são comuns os
saques aos veículos acidentados.

Tanto no transporte nacional quanto no internacional o seguro cobre prejuízos


causados a bens e mercadorias em viagens sobre a água, vias terrestres (rodoviárias
e ferroviárias) e aéreas, ou em percursos que utilizam mais de um meio de transporte
(multimodal).

As coberturas são definidas conforme a atividade da empresa, o

ee tipo de carga e percurso, oferecendo meios de gerenciar as


operações de transportes para diminuir as perdas e os danos às
mercadorias.

82
4.2 A Responsabilidade pelo Seguro

Você sabe quem é o responsável pela contratação do seguro?

Os seguros de transportes e o de
responsabilidade civil são distintos, com
contratos diferentes. De acordo com o
Decreto nº 61.867/67 (BRASIL, 1967), que
regulamenta os seguros obrigatórios no
país, tanto o proprietário da carga como o
transportador devem contratar seguro para a
operação de transporte. Os seguros de cada
uma das partes são específicos, daí que as
apólices têm características próprias e não se
confundem.

O seguro do dono da carga é um seguro de bens, destinado a garantir determinado


patrimônio físico durante o seu transporte, independentemente da modalidade.
Dependendo do percurso, uma única apólice pode admitir mais de uma modalidade de
transporte (multimodal).

O seguro de responsabilidade da operação de transporte, por sua vez, é um seguro


porta a porta. Garante os bens transportados desde o momento do embarque da
carga no veículo transportador até o desembarque, isto é, quando as mercadorias são
descarregadas do veículo no destino final. As operações de carregar e descarregar
as mercadorias, em todos os meios de transporte, também precisam de cobertura
adicional.

4.3 Seguros de Transportes de Carga

Basicamente, esse seguro cobre danos e prejuízos causados à carga transportada. As


apólices são contratadas para dois tipos distintos de seguro de transportes: nacional
e internacional.

83
No transporte nacional a contratação do seguro pode ser feita em apólices avulsas –
uma para cada viagem – ou por apólice “aberta”, quando são várias viagens, que são
comunicadas uma a uma, por averbação, à apólice. A cobertura cobre danos e prejuízos
causados à mercadoria durante o transporte, roubo das mercadorias por ação de assalto
à mão armada ou desaparecimento da carga (quando o veículo também é roubado). A
cobertura contra roubo, no entanto, precisa ser contratada adicionalmente.

No transporte internacional o contrato deve ser feito de acordo com o risco da viagem
e a condição de venda e/ou compra envolvida na negociação. Costuma-se contratar um
seguro multimodal ou intermodal para cobrir riscos que podem ocorrer em todos os
meios de transporte. Além da indenização para eventuais perdas e danos à mercadoria
transportada, esse tipo de seguro cobre impostos, frete, lucros esperados e despesas
diversas.

4.4 Seguros de Responsabilidade Civil do Transporte de


Carga

Nessa categoria existem seguros obrigatórios e outros facultativos. Os compulsórios


são os seguintes:

• RCTR-C: Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga

• RCA-C: Responsabilidade Civil do Armador (Cargas)

• RCTR-VI: Seguro Responsabilidade Civil do Transportador em Viagem


Internacional (Danos à Carga Transportada)

Além dos seguros obrigatórios, existem os que podem ser contratados voluntariamente.
Entre eles, destaca-se:

• RCF-DC: Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por


Desaparecimento de Carga.

84
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Conhecer a legislação fiscal e
atualizar-se é essencial para os transportadores de carga,
sejam eles profissionais autônomos, cooperativas ou
empresas de transporte.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O seguro de carga visa cobrir


prejuízos que podem ocorrer durante o transporte, sendo
você o comprador ou o vendedor da carga.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

85
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o


Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os


procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.

_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

86
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
em: maio 2008.

_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017.

_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


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BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988.
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Acesso em: maio 2017.

_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto


dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017.

87
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília,
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito


Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório


sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
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_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio
2017.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro


de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de
2014.

KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista.


Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set.
2015.

88
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.

RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível


em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.

QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality


Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017.

89
UNIDADE 7 | LEGISLAÇÃO DO
OPERADOR DE TRANSPORTE

90
Unidade 7 | Legislação do Operador de Transporte

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 7! A seguir vamos apresentar os principais


aspectos do planejamento das cadeias multimodais e suas diferentes composições, bem
como a legislação e as exigências legais em relação ao transporte multimodal. Queremos
que você esteja preparado para escolher as combinações entre os modos de transporte,
de acordo com as características da carga que pretende transportar, e que conheça as
questões legais e fiscais envolvidas com a combinação escolhida. Bons estudos!

1 Transporte Multimodal X Transporte Intermodal

Estes dois termos são muitas vezes confundidos. A multimodalidade e a intermodalidade


são operações que se realizam pela utilização de mais de uma modalidade de transporte.
Isto significa: “transportar uma mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no
destino final utilizando veículos de modalidades diferentes”.

A intermodalidade utiliza dois ou mais modos, com emissão individual de documento


de transporte para cada modalidade, bem como pela divisão de responsabilidade entre
os transportadores dos diferentes modos.

A multimodalidade utiliza dois ou mais modos, porém é emitido apenas um documento


de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, desde a origem até o destino.

Esse documento é emitido pelo Operador de Transporte Multimodal (OTM), que


também toma para si a responsabilidade total pela carga sob sua custódia, durante
todo o trajeto.

A principal diferença entre intermodalidade e multimodalidade

ee é que na intermodalidade cada modo de transporte possui


documento específico para realização do transporte e na
multimodalidade o documento é único e acompanha a carga do
começo ao fim da viagem.

91
2 Composição de Cadeias Multimodais

No transporte multimodal de cargas podemos


utilizar diferentes composições. Em princípio,
existe mais de uma dezena de combinações de
cadeias multimodais. São alguns exemplos:

• Ferroviário – Rodoviário

• Ferroviário – Hidroviário

• Ferroviário – Aéreo

• Ferroviário – Dutoviário

• Rodoviário – Aéreo

• Rodoviário – Hidroviário

• Rodoviário – Dutoviário

• Hidroviário – Aéreo

• Hidroviário – Dutoviário

• Aéreo – Dutoviário

Porém, utilizando mais de duas modalidades, há a possibilidade de montagem de


outras combinações de cadeias multimodais. Por exemplo:

• Ferroviário – Rodoviário – Hidroviário;

• Ferroviário – Dutoviário – Aéreo;

• Rodoviário – Hidroviário – Aéreo – Dutoviário;

• Dutoviário – Ferroviário – Rodoviário – Aéreo – Hidroviário.

92
3 A Legislação para o Operador de Transporte Multimodal
(OTM)

A Lei nº 9.611, de 19/02/98, trata do Transporte Multimodal de Cargas. Ela o define


como sendo:

“Aquele transporte que, regido por um único contrato, utiliza


duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o
destino, e é executado sob a responsabilidade de um Operador de
Transporte Multimodal (OTM)”.

Além do transporte propriamente dito, esse tipo de operação inclui os serviços de


coleta, de unitização, de desunitização, de movimentação, de armazenagem e de
entrega de carga ao destinatário.

A Lei nº 9.611 define o Operador de Transporte Multimodal (OTM) como:

“Pessoa jurídica contratada como principal para a realização do


Transporte Multimodal de Cargas, da origem até o destino, por
meios próprios ou por intermédio de terceiros”.

Esta lei também determina a emissão do documento de transporte multimodal de


cargas, o qual evidencia o contrato e rege toda a operação. Nele, são mencionados os
locais de recebimento e entrega da mercadoria, sob responsabilidade total do OTM.

O OTM não precisa ser necessariamente um transportador, mas

ee assume, perante o contratante, a responsabilidade pela


execução do contrato de transporte multimodal, pelos prejuízos
resultantes de perda, por danos ou avarias às cargas sob sua
custódia, assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua
entrega, quando houver prazo acordado.

93
O exercício da atividade do OTM depende de prévia habilitação e registro na Agência
Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Caso o OTM deseje atuar em âmbito
internacional, deverá também licenciar-se na Secretaria da Receita Federal. O Decreto
Lei nº 3.411, de 12/04/2000, que regulamenta a Lei nº 9.611, define os requisitos
necessários para a obtenção das habilitações.

4 Documentos Exigidos para o Transporte de Cargas

Vamos relembrar quais são os principais documentos exigidos para a realização do


transporte.

4.1 Conhecimento de Embarque

É o documento fiscal de transporte de cargas emitido pela companhia transportadora,


que atesta o recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de
entrega das mercadorias ao destinatário legal, no ponto de destino pré-estabelecido,
conferindo a posse das mercadorias. Geralmente, o conhecimento tem três vias: uma
pertence ao transportador, outra ao embarcador e a última segue com a carga.

Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC): É


um documento fiscal de uso exclusivo do OTM utilizado na
execução do serviço de transporte intermunicipal, interestadual
e internacional. Evidencia o contrato de transporte multimodal
e rege toda a operação de transporte, desde o recebimento da
carga até a sua entrega no destino, podendo ser negociável ou
não negociável, a critério do expedidor.

94
O CTMC será emitido, no mínimo, em quatro vias, que terão a seguinte destinação: a
1ª via será entregue ao tomador do serviço; a 2ª via ficará fixa ao bloco para exibição
ao fisco; a 3ª via terá o destino previsto na legislação da unidade federada de início
do serviço; e a 4ª via acompanhará o transporte até o destino, podendo servir de
comprovante de entrega.

95
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A intermodalidade utiliza dois
ou mais modos, com emissão individual de documento de
transporte para cada modalidade, bem como pela divisão de
responsabilidade entre os transportadores dos diferentes
modos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O Operador de Transporte


Multimodal precisa ser necessariamente um transportador.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

96
Referências

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de


17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.

_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015.
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em:
maio 2017.

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Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
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_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações.


Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de
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Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
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_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas


para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as

97
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso
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_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº


1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <
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_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível


em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.

_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.


gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.

BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do


Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.

_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988.
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_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório


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República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
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_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
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99
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100
Gabarito

Módulo 2
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F F
Unidade 2 V F
Unidade 3 F V
Unidade 4 V F
Unidade 5 V F
Unidade 6 V V
Unidade 7 V F

101

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