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Responsável

Técnico – RT

MÓDULO 1
Sumário

Apresentação 5

Módulo 1 – Parte 1 8

Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 9

1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas 10

2 Modalidades de Transporte 11

2.1 Modo Rodoviário 12

2.2 Modo Ferroviário 13

2.3 Modo Aquaviário 13

2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo) 14

2.5 Modo Dutoviário 14

3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões 15

3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras 15

3.2 O Histórico da Integração Nacional 16

3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje 17

Atividades 20

Referências 21

Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 24

1 Classificação dos Caminhões 25

2 Tipos de Carroceria 27

3 Classificação das Mercadorias 29

3.1 Carga Geral 29

3.2 Carga a Granel 30

3.3 Carga Frigorificada 30

3.4 Neo-granel 30

2
3.5 Produto Perigoso 31

Atividades 32

Referências 33

Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 36

1 Importância da Embalagem 37

2 Classificação das Embalagens 38

3 Tipos de Embalagem 40

Atividades 44

Referências 45

Módulo 1 – Parte 2 48

Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e Mercado Regulado 49

1 O Princípio da Livre Concorrência 50

2 Concentração na Oferta ou na Demanda 52

2.1 Monopólios e Oligopólios 52

2.2 Monopsônios e Oligopsônios 54

3 Mercado Regulado 55

Atividades 58

Referências 59

Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do Serviço de Transporte 62

1 Entidades e Agentes Públicos 63

1.1 Agente Público Responsável pelo Planejamento dos Transportes 63

1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de Transportes 64

1.3 Agente Público Responsável pela Regulação 64

1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas Agropecuárias 65

2 Entidades e Agentes Privados 65

2.1 Embarcador ou Expedidor 65

3
2.2 Transportador 66

2.3 Operadores Logísticos 67

2.4 Estações Aduaneiras de Interior (EADI) 67

2.5 Despachante Aduaneiro 68

2.6 Operador de Transporte Multimodal (OTM) 68

Atividades 69

Referências 70

Gabarito 73

4
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Responsável Técnico – RT!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

Este curso possui carga horária total de 125 horas e foi organizado em 4 módulos,
conforme a tabela a seguir.

Módulos Unidades Carga Horária

Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 2h

Parte 1 Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 2h

Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 2h

Módulo 1 Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e


2h
Mercado Regulado
Parte 2
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do
2h
Serviço de Transporte

Carga Horária Total do Módulo 1 10h

Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte


4h
Rodoviário de Cargas – Parte 1

Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte


4h
Rodoviário de Cargas – Parte 2

Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte


Parte 1 4h
Rodoviário de Cargas – Parte 3

Módulo 2 Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade


4h
Penal do Motorista

Aula 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e


4h
Altura dos Veículos

Unidade 6 | Legislação Fiscal e Contrato de Seguro


4h
Parte 2 de Cargas

Unidade 7 | Legislação do Operador de Transporte 4h

Carga Horária Total do Módulo 2 28h

5
Unidade 1 | Normas Sanitárias e de Segurança no
3h
Manuseio e Armazenagem de Cargas
Parte 1
Unidade 2 | Normas de Movimentação e
4h
Acondicionamento de Cargas

Unidade 3 | Embalagem e Unitização de Cargas 4h

Parte 2 Unidade 4 | Processos de Armazenamento de


4h
Produtos e Materiais

Unidade 5 | Dimensionamento da Frota 4h

Parte 3 Unidade 6 | Adequação de Veículos e Equipamentos 4h

Unidade 7 | Manutenção da Frota 4h


Módulo 3
Unidade 8 | Fatores Operacionais que Interferem
4h
no Planejamento da Operação do Transporte

Unidade 9 | Procedimentos do Condutor para a


4h
Parte 4 Preparação da Viagem

Unidade 10 | Custos de Transportes 4h

Unidade 11 | Elaboração de Contrato e


4h
Conhecimento de Transporte

Unidade 12 | Procedimentos de Conferência da


4h
Parte 5 Carga e da Nota Fiscal

Unidade 13 | Procedimentos de Carga e Descarga 4h

Carga Horária Total do Módulo 3 51h

Unidade 1 | Estatísticas e Causas de Acidentes


4h
Rodoviários com Caminhões

Unidade 2 | Meio Ambiente e o Cidadão 4h


Parte 1
Unidade 3 | Normas e Procedimentos de Segurança 4h

Unidade 4 | Saúde no Trabalho 4h

Unidade 5 | Noções de Combate a Incêndio 4h

Módulo 4 Unidade 6 | Conceito de Logística e de Cadeia


4h
Logística

Unidade 7 | Organização e Controle da Operação de


4h
Parte 2 Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns

Unidade 8 | Noções de Gestão do Transporte 4h

Unidade 9 | Adequação e Manutenção de


4h
Instalações Operacionais

Carga Horária Total do Módulo 4 36h

6
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.

Bons estudos!

7
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 1 –
PARTE 1
UNIDADE 1 | O TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS

9
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 1 do curso Responsável Técnico – RT! O


transporte possibilita o deslocamento das pessoas e a movimentação de cargas. Ele
ajuda a melhorar a integração entre regiões e permite que pessoas e cargas possam
ser transportadas de um país para outro. Nesta unidade, vamos conhecer mais sobre a
importância do transporte e algumas de suas características. Bons estudos!

1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas

Você já parou para pensar na importância do transporte para o desenvolvimento de


uma sociedade? Ele é o responsável direto pelo desenvolvimento.

O que isso quer dizer?

Isso significa que, quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o
seu desenvolvimento. Você sabe por quê?

Porque a agropecuária, a indústria, o comércio e outros serviços dependem diretamente


do transporte de matérias-primas e de produtos, bem como do deslocamento das
pessoas até o mercado de consumo. Além disso, ele permite o acesso das pessoas ao
trabalho, ao lazer, à saúde, à educação, à cultura e à informação.

No Brasil, a movimentação dos produtos é realizada por todas as modalidades, mas, o


modo rodoviário é o mais utilizado, sendo responsável por mais de 60% de toda a carga
movimentada no país. Observe a figura.

Figura 1: Movimentação de produtos no Brasil

10
O caminhão é o veículo mais utilizado no transporte rodoviário de cargas. Sua
característica principal é a flexibilidade para realizar o transporte “porta a porta”, ou
seja, tem a capacidade de coletar a mercadoria no local de produção e levá-la até o
destino final.

Na verdade, o transporte rodoviário deveria ser utilizado para movimentar mercadorias


em pequenas e médias distâncias ou servir de transporte complementar aos modos
ferroviário e aquaviário. Isso porque sua capacidade de carga é pequena. Assim sendo,
cabe bem menos carga em um caminhão do que em um trem ou em um navio.

Segundo dados da ANTT (2017), o transporte rodoviário é realizado por mais de 500
mil transportadores no Brasil, aproximadamente:

• 417.046 mil autônomos;

• 118.496 mil empresas;

• 282 cooperativas.

Como podemos perceber, o transportador é um agente de grande importância no


sistema de transporte brasileiro. Ele possibilita que as mercadorias sejam movimentadas
entre as empresas e os consumidores.

Agora vamos conhecer as diferentes modalidades de transporte de cargas.

2 Modalidades de Transporte

Cinco modalidades ou modos de transporte são utilizados para o deslocamento das


pessoas e para a movimentação de cargas. São eles: rodoviário, ferroviário, aquaviário,
aéreo e dutoviário.

Você já tinha ouvido falar de todos eles?

11
2.1 Modo Rodoviário

Este modo é utilizado tanto para o transporte


de passageiros quanto para a movimentação de
cargas. A infraestrutura utilizada é composta
por vias urbanas e rurais. Podemos destacar,
também, o uso dos terminais rodoviários e pontos
de parada no transporte de passageiros, e dos
armazéns, depósitos e centros de distribuição no
transporte de cargas.

A infraestrutura rodoviária é composta por 1.721.088,7 km de

ee rodovias: pavimentadas federais, estaduais e municipais (12 %),


não pavimentadas (78,58 %) e planejadas (9,14 %) (CNT, 2017).

Existem equipamentos e instalações de apoio que ajudam a


viabilizar as operações de transporte. Por exemplo: semáforos,
centrais de monitoramento, postos de pesagem, centros de
fiscalização, postos de contagem e postos da Polícia Rodoviária,
dentre outros.

gg
No site do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), você vai encontrar mais informações a
respeito da infraestrutura de transporte. Confira!

http://www.dnit.gov.br/

12
2.2 Modo Ferroviário

Corresponde a todo transporte que é feito sobre


trilhos. Exemplos: trem, metrô, VLT (Veículo
Leve sobre Trilhos). No modo ferroviário,
são transportados passageiros e cargas. A
infraestrutura é composta basicamente pelas
estradas de ferro, os trilhos e os equipamentos
de apoio, além das estações, terminais e centros
de controle e monitoramento das viagens.

hh
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), o sistema ferroviário brasileiro tem mais de 29 mil
quilômetros de trilhos. Ele está presente em todas as regiões,
mas se concentra no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

2.3 Modo Aquaviário

Abrange o transporte que é feito por mar,


rios e lagos. No modo aquaviário, podem ser
transportados passageiros e cargas. Este modo
pode ser dividido em:

• Transporte hidroviário, no qual as vias são os


rios, lagos e lagoas.

• Transporte marítimo, no qual as vias são os


oceanos e mares.

O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios que são vias navegáveis, além de
mais de 7 mil quilômetros de costa (litoral) para a navegação de cabotagem (transporte
ao longo da costa).

13
gg
Você pode encontrar mais detalhes sobre a malha hidroviária
brasileira no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ). Confira!

http://www.antaq.gov.br/

2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo)

No modo aéreo, são os aviões que transportam


passageiros e cargas. As rotas aéreas são as vias
pelas quais as aeronaves trafegam, e são conhecidas
como aerovias. A infraestrutura conta, ainda, com
os aeroportos, que são terminais de decolagem e
aterrissagem de aviões.

gg
Você pode descobrir mais detalhes sobre o transporte aéreo no
site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Confira!

http://www.anac.gov.br/

2.5 Modo Dutoviário

Este modo é utilizado exclusivamente para


movimentar mercadorias. Ele é composto por dutos
(uma espécie de tubulação), que são as vias por
onde as cargas são movimentadas.

Os dutos utilizados neste modo podem ser


classificados em:

14
• Oleodutos: transportam petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), querosene dentre outros.

• Minerodutos: transportam minério de ferro, concentrado fosfático e outros


minerais.

• Gasodutos: transportam o gás natural e outros gases.

3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões

As mercadorias produzidas nos mais


variados locais podem ser distribuídas e
consumidas em todo o território nacional.
Isso é possível graças aos avanços
tecnológicos aplicados ao transporte
e à abrangência de suas diversas
modalidades nos estados e regiões
brasileiras. A essa troca de mercadorias
entre produtores e consumidores,
chamamos intercâmbio de cargas.

3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras

O setor de transportes deve ser visto de forma global. Nesse sentido, não há como
dissociar o planejamento de transportes do planejamento econômico e social do país,
tema que envolve decisões quanto à localização das indústrias, ao suprimento de
insumos e à distribuição de produtos, ou seja, aspectos relacionados ao planejamento
logístico (SCHROEDER; CASTRO, 1996).

Como sabemos, o desenvolvimento dos diversos setores que compõem a economia de


um país requer a oferta de meios adequados e eficientes de transporte. No entanto,
Galvão (1996) ressalta que os transportes constituem apenas um fator de facilitação, e
não necessariamente funcionam como causa ou pilar do crescimento econômico.

15
O lento processo de integração dos estados brasileiros e as profundas desigualdades
inter-regionais de desenvolvimento podem ser corrigidos com o desenvolvimento de
sistemas eficientes de transporte que permitam melhor comunicação entre as regiões
e a redução das desigualdades regionais.

Um detalhe importante que deve ser considerado quando falamos em integração


regional e intercâmbio de cargas pelo território nacional é a crescente interiorização
da produção agroindustrial.

Nas últimas décadas, a fronteira agrícola e pecuária vem se

ee expandindo para as regiões Centro-Oeste e Norte, enquanto a


indústria de base e de bens de consumo cresce bastante na
região Nordeste.

Segundo Vilaça (2013), essas mudanças fizeram com que a


distância média percorrida para a distribuição de cargas no
Brasil aumentasse em 11% nas ferrovias e em 16% nas rodovias,
entre 2006 e 2012. Ou seja, estamos indo mais longe em busca
de mercadorias e transportando produtos por todo o território
nacional.

3.2 O Histórico da Integração Nacional

A integração entre os estados e regiões sempre foi uma preocupação no Brasil. Por
ser um país de grandes dimensões e de baixa densidade, os vazios territoriais levaram
ao isolamento econômico e geográfico, dificultando o intercâmbio entre produtores
e consumidores brasileiros. Como ressalta Galvão (1996), essa é uma preocupação
antiga, presente desde os tempos coloniais.

No século XIX, alguns planos de transporte foram elaborados com o propósito de


interligar as distantes e isoladas províncias em busca da constituição de uma nação
verdadeiramente unificada. Galvão (1996) destaca que, décadas mais tarde, no século
XX, o Brasil ainda possuía regiões economicamente isoladas, fato que resultou na
ideologia nacionalista de marcha para o Oeste. Na época, o Governo Federal buscou a
integração nacional por meio de grandes obras rodoviárias e da construção de Brasília.

16
Na primeira metade do século XX o Brasil sofria de relativo isolamento entre as
economias regionais, e a produção industrial se encontrava bastante concentrada em
pequena área do território nacional.

Você sabe como as cargas eram distribuídas


pelo Brasil em tal período?

A cabotagem era o único sistema de


transporte de caráter nacional e, em muitos
casos, a única modalidade de comunicação
entre as regiões. As ferrovias também
chegaram a exercer um papel relevante,
embora em grau menor, na unificação dos
mercados de certas partes das economias de
regiões diferentes (GALVÃO, 1999).

Já na segunda metade do século XX, foi possível notar uma intensificação das ligações
inter-regionais. Apesar de ainda haver grande concentração industrial, as trocas de
mercadorias entre regiões iniciaram um crescente processo de integração. Galvão
(1999) ressalta que, após a efetivação de um programa nacional de construção de
rodovias nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil reduziu o isolamento das economias
regionais. Assim, a expansão do comércio inter-regional foi resultado do avanço no
processo da integração econômica do país, com a formação de um mercado nacional
unificado.

3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) (2014) aponta que a baixa


qualidade dos serviços logísticos no Brasil repercute diretamente na competitividade
do produto nacional e na atração de novos investimentos. Dessa forma, estradas de má
qualidade, portos ineficientes, cabotagem pouco expressiva, escassez de ferrovias e
de áreas de armazenagem, entre outros fatores, afetam a indústria e a sua capacidade
de integração às cadeias globais de produção.

Ou seja, as ligações existem, mas elas poderiam estar muito melhores...

17
A CNI (2014) destaca que a indústria brasileira precisa de redes integradas de
transportes e sistemas logísticos eficientes para possibilitar maior crescimento. Nesse
sentido, Silveira (2013) afirma que as diversas cadeias de produção, de comércio e
de serviços são cada vez mais dependentes dos sistemas de transportes, pois uma
boa conexão entre as redes de transporte e as atividades econômicas resulta em
diminuição significativa de custos. Essa ligação transparece na formação de eixos
territoriais de intenso adensamento de atividades econômicas e populacionais, como
também em expressivas interações espaciais, frutos de movimentações financeiras, de
mercadorias, de pessoas e de informações entre as regiões.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014), a


distribuição espacial das redes de transportes no território brasileiro revela uma
predominância do modo rodoviário, em especial na região Centro-Sul, com destaque
para o estado de São Paulo.

O IBGE destaca que o estado de São Paulo é o que


apresenta melhor infraestrutura de transportes
entre as cidades do interior e a capital, incluindo
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do
Tietê. Ademais, localizam-se nesse estado o maior
aeroporto do país, Guarulhos, instalado na região
metropolitana da capital, e o porto organizado
com maior movimentação de cargas, o Porto de
Santos.

Apesar de sua desigual distribuição pelo território brasileiro, a malha rodoviária


possui vascularização e densidade muito superiores aos demais modos de transporte
em praticamente todos os estados. Isso mostra a predominância dessa modalidade
para a circulação de mercadorias e pessoas no país, à exceção da região amazônica,
onde a circulação por vias fluviais tem papel importante, uma vez que a densidade
da rede fluvial é naturalmente propícia a esse tipo de transporte. Estudos do IBGE
(2014) destacam também a alta densidade de ligações de transporte nas Regiões
Metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Você sabe dizer porque essas regiões possuem uma malha de transportes mais adensada?

Um dos fatores para a concentração está relacionado à produção das mercadorias. São
Paulo abriga a maior parte das indústrias do país. Por esse motivo, muitas rodovias
federais ligam a capital paulista a outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e Curitiba. Tais rodovias reúnem os maiores fluxos de mercadorias e pessoas, ligando

18
também o Oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o Noroeste paranaense e o estado de
Mato Grosso do Sul, caracterizados pela elevada produção agropecuária associada ao
agronegócio (IBGE, 2014).

Outro fator preponderante está ligado à produção agropecuária. A Região Sul, o


Centro-Oeste e o estado de São Paulo se destacam, o que pode ser confirmado pela
concentração espacial dos principais armazéns de grãos, uma vez que eles tendem a se
localizar próximo às áreas produtoras.

Segundo o IBGE (2014), a ligação entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o
entorno de Salvador e o de São Luís também se destacam pela elevada acessibilidade.
Por outro lado, é interessante notar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte
é mais escassa, como: o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a
área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção
do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e o do Madeira.

As áreas adensadas e os vazios logísticos são resultado da dinâmica de produção e de


distribuição de mercadorias no Brasil. Elas interferem nos fluxos de mercadorias e no
grau de integração entre as regiões.

E como podemos reduzir essas lacunas de integração?

Para ampliar o intercâmbio de mercadorias é importante investir na ampliação das


infraestruturas, bem como no acesso às informações, pois a falta de infraestrutura
eleva o valor dos produtos, fazendo com que eles se tornem menos competitivos no
comércio nacional e internacional.

19
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o IBGE, o estado
de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de
transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas últimas décadas, a fronteira


agrícola e pecuária vem se expandindo para a região
Nordeste, enquanto a indústria de base e de bens de consumo
cresce bastante nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

20
Referências

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21
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23
UNIDADE 2 | TIPOS DE CARGAS,
CARROCERIAS E VEÍCULOS

24
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! O transporte de cargas pode ser efetuado
por diferentes tipos de veículos. No transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão,
que pode apresentar diferentes composições. Nesta unidade, vamos conhecer os principais
tipos e suas aplicações na movimentação de cargas. Bons estudos!

1 Classificação dos Caminhões

Você sabe que existem diversos modelos de caminhões e que cada um é utilizado
para um serviço de transporte específico. Existem algumas maneiras para classificar
os caminhões de carga. Uma delas consiste em dividi-los entre veículos rígidos e
articulados.

Mas, o que são veículos rígidos?

São aqueles que trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. São os


caminhões chamados de “tocos ou trucks”.

E os articulados?

São aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são
formados por um cavalo mecânico e uma carreta.

25
Os veículos também podem ser classificados em função do peso máximo transmitido
ao pavimento. Esta classificação é apresentada pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA):

Tipo de veículo Peso transmitido


Semileves 3,5t < PBT < 6t
Leves 6t < PBT < 10t
Médios 10t < PBT < 15t
Semipesados

Caminhão-chassi PBT > 15t e CMT < 45t

Caminhão-trator PBT > 15t e PBTC < 40t


Pesados

Caminhão-chassi PBT > 15t e CMT > 45t

Caminhão-trator PBT > 15t e PBTC > 40t

Legenda:

Peso Bruto Total (PBT): Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento,
constituído da soma da tara mais a lotação.

Peso Bruto Total Combinado (PBTC): Peso máximo transmitido ao pavimento pela
combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque, ou do caminhão mais o
seu reboque ou reboques.

Capacidade Máxima de Tração (CMT): É o peso que a unidade de tração é capaz de


tracionar, indicado pelo fabricante, com base em condições sobre suas limitações
de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos que
compõem a transmissão.
Fonte: Adaptado de ANFAVEA (2014) e Brasil (2007)

26
gg
A Portaria do Denatran nº 63/09 e suas alterações, homologa os
veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e
de passageiros, com seus respectivos limites de comprimento,
Peso Bruto Total (PBT) e Peso Bruto Total Combinado (PBTC)
para circulação nas vias públicas. Mais detalhes estão no site do
Denatran. Confira!

www.denatran.gov.br

Outra classificação é a apresentada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura


de Transportes (DNIT) na qual os veículos são classificados de acordo com seus eixos
(DNIT, 2012). As variações são muitas, sendo que atualmente os caminhões podem ter
entre dois e nove eixos!

2 Tipos de Carroceria

Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo
é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem alguns
que são mais utilizados.

Veja a seguir uma lista, com exemplos de caminhões, organizada em função do tipo de
carroceria. Certamente você já dirigiu pelo menos um deles!

27
Definição e tipos de cargas
Ilustração Tipo de carroceria
transportadas

Usados para mercadorias que não


estragam nem perdem a qualidade
Caminhões abertos quando transportadas ao ar livre. Em
caso de chuva, são usadas lonas para
proteger a carga.

Em geral apresentam o formato de


Caminhões cobertos um vagão para proteger as cargas
das condições climáticas adversas.

A carroceria possui um refrigerador


para conservar a temperatura
Caminhões
interior. Utilizados no transporte
refrigerados
de carne, derivados do leite,
medicamentos, dentre outros.

A carroceria tem o formato de um


tanque. Utilizados para o transporte
Caminhões-tanques
de produtos líquidos, como
combustível.

A carroceria cilíndrica tem estrutura


Caminhões-tanques reforçada para suportar a pressão
para gás a granel dos gases transportados, como GLP
e amônia.

Usados para transportar contêineres,


Caminhões de
engradados amarrados com cordas
plataforma ou estrado
ou correntes, entre outros produtos.

Caminhões- Utilizados para o transporte de


cegonheiros diversos tipos de veículos.

São caminhões basculantes,


Caminhões de
utilizados no transporte de entulhos,
caçamba
terra, cascalho.

28
Caminhões para
Usados no transporte de botijões de
transporte de botijões
gás.
de gás

Caminhões Usados para o transporte de cana-de-


canavieiros açúcar.

Caminhões para
Usados para o transporte de bovinos,
transporte de animais
equinos e outros animais.
vivos

Usados para o transporte de bebidas,


Caminhões para
geralmente acondicionadas em
transporte de bebidas
engradados.

3 Classificação das Mercadorias

Veja algumas formas de agrupar conceitualmente as mercadorias.

3.1 Carga Geral

Carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser


soltas ou unitizadas:

• Soltas (não unitizadas): itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos,


fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores etc.

• Unitizadas: agrupamento de vários itens em unidades de transporte.

29
3.2 Carga a Granel

Carga líquida ou seca (sólida) embarcada e


transportada sem acondicionamento, sem marca de
identificação e sem contagem de unidades. Exemplos:
petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos etc.

3.3 Carga Frigorificada

Carga que necessita ser refrigerada ou congelada para


conservar as qualidades essenciais do produto durante
seu transporte e sua armazenagem. Exemplos: frutas
frescas, laticínios, pescados, carnes etc.

3.4 Neo-granel

Carregamento formado por conglomerados


homogêneos de mercadorias de carga geral sem
acondicionamento específico, cujo volume ou
quantidade possibilita o transporte em lotes, em um
único embarque. Exemplo: transporte de veículos.

30
3.5 Produto Perigoso

Carga composta por produtos que, por sua natureza


físico-química, podem provocar acidentes, danificar
outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda,
gerar riscos para as pessoas.

31
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Anfavea, o
caminhão classificado como leve tem peso transmitido de 6 t
< PBT < 10 t.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Os caminhões cegonheiros são


usados para transportar contêineres, engradados amarrados
com cordas ou correntes, entre outros produtos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

32
Referências

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de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v.
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33
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
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35
UNIDADE 3 | EMBALAGENS E
SÍMBOLOS DE SEGURANÇA

36
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança

Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a) à unidade 3! Cada produto deve ter a embalagem que se
adapte melhor a ele. É preciso observar a maneira como o produto será transportado e os
danos que podem ocorrer. A seguir vamos compreender melhor o papel da embalagem.
Bons estudos!

1 Importância da Embalagem

A principal função da embalagem é proteger contra danos. Mas ela tem outras funções,
como: conter o produto para ele não vazar; facilitar o transporte e o consumo; tornar
o produto mais atraente.

Para a maioria dos produtos, a embalagem deve funcionar como uma barreira contra
fatores como: temperatura, odores, animais, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem
não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida,
principalmente se ele for perecível.

Além da função de proteção ao produto, as embalagens permitem a inclusão de


tecnologias de rastreamento do produto.

Você sabe o que é rastreamento?

É um serviço que permite acompanhar o histórico do produto ao longo da cadeia


logística. É possível conhecer suas características, saber por onde ele passou e qual
sua localização exata no momento da consulta.

O rastreamento é um serviço que disponibiliza as informações

ee necessárias para o acompanhamento completo do processo de


fabricação, desde a aquisição e análise das matérias-primas, até
o processamento e destino final de cada item.

37
2 Classificação das Embalagens

Figuras Tipo Descrição


Embalagem que entra
em contato direto com
o produto. Deve haver
Embalagem de compatibilidade entre os
contenção ou primária materiais do produto e
os da embalagem, para
que o produto não seja
comprometido.

Embalagem utilizada para


Embalagem de
apresentar o produto
apresentação ou
ao usuário, no ponto de
secundária
venda.

As embalagens quaternárias e quintenárias são muito utilizadas para a unitização de


cargas.

Figuras Tipo Descrição


Embalagem que tem a função
de proteger várias unidades
Embalagem de de produtos. As embalagens
comercialização ou de comercialização,
terciária agrupadas em quantidades
predefinidas, formam uma
unidade de movimentação.
Formada por um conjunto
de embalagens de
Embalagem de comercialização, para que
movimentação ou possa ser movimentada por
quaternária equipamentos mecânicos,
como paleteiras e
empilhadeiras.

38
Embalagem utilizada para
dar maior agilidade à carga,
descarga e transporte de
longa distância. Importantes
Embalagem para na arrumação das cargas
o transporte ou em armazéns e veículos,
quintenária pois oferecem segurança
na movimentação, proteção
contra avarias e melhor
ocupação dos espaços de
armazenagem.
Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990)

Você sabe o que é a unitização?

A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga


maior, ou seja, é a arrumação de pequenos volumes de mercadorias em unidades
maiores e padronizadas, para que possam ser movimentadas mecanicamente.

Os equipamentos de unitização mais utilizados são os paletes e os contêineres.

O palete pode ser feito de madeira,


aço, alumínio, plástico ou papelão.

Já o contêiner é uma estrutura


sempre metálica, muito utilizada para
o transporte rodoviário, ferroviário e
aquaviário.

39
O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para o transporte:

• Permite a movimentação de cargas maiores;

• Reduz o tempo de carga e descarga;

• Permite melhor ocupação dos armazéns e veículos;

• Reduz a probabilidade de danos nos materiais estocados.

3 Tipos de Embalagem

Existe grande variedade de tipos, formas e modelos de embalagem que podem ser
utilizadas para envolver, conter ou proteger produtos.

Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser
projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características das
mercadorias: forma, peso, dimensões, material, perecibilidade, fragilidade, dentre
outras.

Embalagem Tipo Descrição

Recipiente geralmente
fabricado em madeira,
Barril alumínio ou plástico,
destinado a conter
produtos líquidos.

Recipiente cilíndrico
Botijão usado para
armazenagem de gás.

40
Recipiente
normalmente utilizado
para produtos maiores
Caixa de madeira e mais pesados,
que não podem ser
transportados em caixas
de papelão ou plástico.
Embalagem não
retornável com laterais
coladas, grampeadas
ou fixadas. Utilizada
Caixa de papelão para mercadorias
ondulado de consumo e bens
industriais variados,
para estocagem,
movimentação e
transporte.
Geralmente
reutilizável, encaixável
e confeccionada em
polietileno de alta
Caixa plástica
resistência. Seu uso
mais frequente é para
produtos agrícolas,
pesca e avicultura.
Recipiente geralmente
fabricado em vidro,
com boca estreita,
Frasco
destinado a acomodar
líquidos (medicamentos,
perfumes).

Engradado de madeira
ou material plástico
Garrafeira
destinado a conter
garrafas.

41
Normalmente possuem
corpo cilíndrico,
com tampa e fundo.
Latas Utilizadas para
acomodar líquidos,
pastas ou sólidos em
conserva.
Moldados em
diferentes formas e
tamanhos, utilizados
Potes plásticos principalmente para
armazenar alimentos,
tais como iogurtes e
margarinas.
Embalam materiais de
construção (cimento,
Sacos de papel
cal), produtos químicos,
multifolhados
açúcar, café, farelos,
cacau, sal.
Utilizados para embalar
produtos agrícolas
que necessitam de
Sacos têxteis ventilação. Embalam
também produtos
industrializados como
açúcar e farinha.
Utilizados para embalar
principalmente
cereais. Fabricados
de polipropileno em
diversos tamanhos,
possuem resistência
Sacos plásticos
superior à de outros
sacos. Muito utilizados
para acondicionar
fertilizantes, rações e
produtos granulados,
dentre outros.

42
Utilizado para
acondicionar materiais
líquidos ou sólidos,
em grãos ou em
Tambor
pó. Adequado para
acondicionar tintas,
sólidos, pastas, pós e
produtos químicos.

Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990)

43
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A unitização é o processo de
agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga
maior.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Para cada tipo de produto são


indicadas embalagens específicas, que devem ser projetadas
e fabricadas da maneira mais compatível possível com as
características das mercadorias.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

44
Referências

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VILAÇA, R. Infraestrutura e competitividade logística. Tecnologística Online,


2013. Disponível em: <http://www.tecnologistica.com.br/artigos/infraestrutura-e-
competitividade-logistica/>. Acesso em: 21 ago. 2015.

47
Responsável
Técnico – RT

MÓDULO 1 –
PARTE 2
UNIDADE 4 | NOÇÕES DE LIVRE
CONCORRÊNCIA E MERCADO
REGULADO

49
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e
Mercado Regulado

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Um dos aspectos importantes que devem
ser conhecidos pelos profissionais e pelas empresas de transporte está relacionado ao
funcionamento do mercado em que atuam. É necessário compreender as diferenças entre
mercados de livre concorrência e mercados regulados, além de compreender as dinâmicas
dos mercados de transporte de cargas. Bons estudos!

1 O Princípio da Livre Concorrência

Você sabe o que significa dizer que existe livre concorrência?

A livre concorrência é imprescindível para o funcionamento do sistema capitalista. Ela


existe quando se pode verificar a presença de diversos produtores ou fornecedores de
um mesmo produto ou serviço concorrendo entre si (PANTONI, 2011).

E por que a livre concorrência pode ser benéfica?

Quando duas ou mais empresas concorrem entre si, elas são forçadas a aprimorar seus
métodos e técnicas, impactando positivamente nos custos e nos preços cobrados dos
consumidores. Em situações como esta, em geral, os consumidores são beneficiados e
a economia de mercado alcança maior êxito.

A concorrência é um dos alicerces da economia liberal e tem por finalidade assegurar


o regime de economia de mercado. Segundo Pantoni (2011), um dos pressupostos da
concorrência é a não existência de monopólio ou qualquer outra forma de distorção do
mercado livre, como os oligopólios ou monopsônios. A livre concorrência traz consigo
a ideia de competição entre pessoas e empresas na busca de um do mesmo objetivo ou
vantagem, desde que estejam atuando em condições de igualdade.

Para Pantoni (2011), na área econômica, este conceito representa a disputa entre
as empresas para atender a uma maior quantidade de consumidores, e assim fazer
crescer e obter maior e melhor espaço no mercado. Bagnoli (2005, p. 61) esclarece

50
que o mercado com livre concorrência é aquele que apresenta condições para que os
agentes econômicos (empresas, fornecedores, vendedores) tenham oportunidade de
competir de forma justa no mercado, destacando-se por sua qualidade e eficiência.

No entanto, nem sempre o fato de ter um mercado com muitos competidores faz dele
um mercado livre. Nesse sentido, devemos diferenciar a livre concorrência da livre
iniciativa.

A livre iniciativa significa a possibilidade de os agentes


econômicos entrarem no mercado sem que o Estado crie
obstáculos. Já a livre concorrência significa que os agentes
econômicos competem entre si em condições de igualdade.

Portanto, é muito mais simples garantir a livre iniciativa do que a livre concorrência!

Pantoni (2011) ressalta que, apesar de distintos, a


livre iniciativa e a livre concorrência são conceitos
complementares. Só há livre concorrência quando
existe livre iniciativa (BASTOS, 2004, p. 144). Segundo
esta autora, a livre iniciativa caracteriza-se pela
liberdade individual de ação no plano da economia. Já
a livre concorrência se apresenta como o “princípio econômico” pelo qual o livre jogo
das forças determina os preços praticados.

Como assim?

Ora, em um mercado de livre concorrência os preços são estabelecidos de acordo com


uma concorrência entre as empresas. Quanto maior a concorrência, menores tendem
a ser os preços.

Segundo Andrade (2003, p. 131-151), em um mercado ideal, ou seja, onde ocorre


concorrência, as empresas têm dimensão pequena em relação ao tamanho do
mercado em que atuam. Por este motivo, nenhuma empresa tem condições de definir
isoladamente os preços no mercado.

51
2 Concentração na Oferta ou na Demanda

Nem todos os mercados funcionam em ambientes de concorrência perfeita, sendo,


alguns, imperfeitos (monopólios, oligopólios, monopsônios, oligopsônios). Nesses
casos, existe apenas uma ou poucas empresas que abastecem o mercado ou apenas
um ou poucos consumidores para um mesmo produto.

2.1 Monopólios e Oligopólios

No monopólio, existe apenas uma empresa que vende determinado produto ou


serviço. Ela atua sem qualquer tipo de concorrência, ou seja, ela tem maior poder
de estabelecer seus preços, pois os consumidores só possuem uma alternativa para
a compra. Por esta razão, o preço será em geral mais alto, e a produção, menor, o
que resulta em situação de ineficiência. Nesses casos, o monopolista pode optar por
diminuir sua produção para elevar os preços até atingir o ponto em que a quantidade
produzida gere à empresa o lucro máximo (CADE, 2015).

Apesar de trabalhar sem concorrentes, não é incorreto dizer que

ee a empresa pode colocar qualquer preço. Segundo Varian (2006),


mesmo em situação de monopólio, ela sempre dependerá da
existência de consumidores dispostos a pagar o preço desejado
pela empresa.

Além dos preços mais elevados, o monopólio tem outros efeitos


negativos. Mayer (2009) ressalta que, por dominar o mercado, o
monopolista não possui interesse em buscar ou implementar
inovações tecnológicas, seja para reduzir seus custos, seja para
melhorar o serviço que oferece ou o produto vendido a seus
consumidores.

Mas não é apenas o consumidor que sai perdendo...

52
No longo prazo, o monopolista permanece estagnado e afeta sua própria capacidade
de monopólio. Por não acompanhar as constantes evoluções na produção, ele abre
espaço para que empresas mais modernas entrem no mercado e acabem com o
monopólio.

Talvez você já tenha ouvido falar, também, dos monopólios naturais. Neste tipo
de mercado, os investimentos iniciais necessários são muito elevados e os custos
marginais são muito baixos. O alto valor do investimento inicial faz com que apenas
uma ou poucas empresas tenham força e capacidade para implementar a infraestrutura
mínima necessária. Uma vez construída a rede de fornecimento, que representa o
maior investimento, os custos de uma unidade adicional (uma expansão, por exemplo)
são proporcionalmente baixos.

Os monopólios naturais são caracterizados, por serem bens exclusivos, e com muito
pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados
pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam
melhor quando são protegidos, ou seja, quando o governo concede exclusividade na
exploração de determinado serviço durante um longo tempo, com a finalidade de
garantir o retorno dos investimentos. Geração e distribuição de energia elétrica e
fornecimento de água são exemplos clássicos de monopólios naturais.

Em geral, o monopólio natural é a forma mais eficiente de se produzir um bem ou


serviço. Essa situação é geralmente observada quando existem elevadas economias de
escala ou de escopo em relação ao tamanho do mercado (CADE, 2015).

Nos mercados do tipo oligopólio não há exclusividade. Nesses casos, existem poucas
empresas relativamente grandes, sendo que cada uma delas representa um percentual
elevado do mercado. No entanto, mesmo que não exista exclusividade, essas poucas
empresas possuem grande poder de mercado e uma grande fatia de consumidores
garantida.

hh
É importante ressaltar que existem diferenças entre o oligopólio
e o cartel. Ambas as formas são combatidas, pois o oligopólio
tende a levar o mercado a uma situação de ineficiência e preços
mais elevados. Mas, o Cartel é crime!

53
O oligopólio é algo espontâneo e se caracteriza pela junção de
alguns produtores que têm a percepção de que é mais lucrativo
agir de maneira interdependente do que de forma solitária. Ele
prejudica os consumidores por não terem muitas alternativas de
escolha e deve ser evitado.

A Constituição Federal protege a livre iniciativa, os direitos dos consumidores e a


liberdade de trabalho, combatendo o monopólio e o oligopólio por serem prejudiciais
para os consumidores, mas entende que estas não são situações ilegais. Por outro lado,
a Constituição Federal (CF) criminaliza práticas de dumping, e cartéis, entre outras, que
incidem de forma negativa sobre a ordem econômica, situações previstas no artigo 4
da Lei nº 8.137/90 (BRASIL, 1990).

O dumping se caracteriza por ser a venda de um produto por um


valor menor que o de mercado e o de custo, de forma a eliminar
a concorrência. O cartel é uma união de empresas que tem como
objetivo aumentar o preço dos produtos ou restringir a oferta
para os consumidores, dominando assim o mercado e suprimindo
a livre iniciativa.

2.2 Monopsônios e Oligopsônios

Uma quantidade pequena de empresas e a falta de concorrência afetam o funcionamento


do mercado. Além disso, são ainda consideradas estruturas de concorrência imperfeita
os casos em que a quantidade de consumidores é pequena e capaz de influenciar
fortemente os preços de mercado. Essas estruturas são chamadas monopsônios e
oligopsônios e foram explicadas pela primeira vez por Robinson (1960).

Monopsônios são as estruturas de mercado que possuem


inúmeros vendedores, mas apenas um comprador, chamado de
monopsonista.

54
O monopsônio é inverso ao caso do monopólio, no qual existe apenas um vendedor e
vários compradores. Um comprador monopsonista tem grande poder de mercado e
pode influenciar os preços de um determinado bem, variando apenas a quantidade
comprada.

Tal situação ocorre, por exemplo, quando uma


grande empresa de molho de tomate compra
sozinha toda a produção de tomates de uma
localidade. Se ela for a única empresa de molho da
região, os produtores são praticamente obrigados
a vender toda a sua produção pelo preço que a
empresa oferece. Eles até poderiam vender para
outra empresa, localizada mais distante, mas, os
custos da operação e do transporte acabariam inviabilizando o negócio e trazendo
riscos de perda da safra.

Condição semelhante também pode ser encontrada em mercados com mais de um


comprador (mais de uma empresa que compre os mesmos produtos), mas cuja
quantidade de compradores seja suficientemente pequena o suficiente para lhes
garantir o poder de compra. O conjunto de poucas empresas compradoras acaba sendo
mais forte do que o conjunto de muitos produtores. Nesse caso, o mercado é chamado
de oligopsônio.

O oligopsônio é inverso ao caso do oligopólio, este caracterizado pela existência


de apenas alguns vendedores e vários compradores. Os oligopsonistas têm poder
de mercado e podem influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a
quantidade comprada. Essa estrutura é intermediária entre a de monopsônio e a de
mercado plenamente competitivo.

3 Mercado Regulado

O princípio da livre concorrência está previsto no artigo 170, inciso IV da Constituição


Federal (CF) e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida
por agentes econômicos com poder de mercado (CADE, 2015). Nesse sentido, a

55
Regulação dos mercados tem como principal intuito garantir a livre concorrência,
ou seja, garantir que todos os agentes econômicos possam atuar em condições de
igualdade.

É importante esclarecer que a Constituição não condena o exercício do poder


econômico. Ela busca evitar situações de abuso, as quais devem ser alvo de intervenção
estatal, coibindo excessos, tais como os cartéis e monopólios de fato, que possam
atrapalhar o livre funcionamento das estruturas do mercado.

Na década de 1990, o Brasil passou por uma Reforma Administrativa que alterou
algumas relações do Estado com a sociedade. Um dos aspectos principais foi a criação
de Agências Reguladoras, que têm a atribuição de fiscalizar e regularizar setores da
economia no Brasil. Com a criação das agências, a prestação direta de alguns serviços
públicos foi repassada à iniciativa privada, ficando estas com a tarefa de monitorar
o funcionamento dos serviços, e de regular o setor quando necessário (FERNANDES,
2003).

O Estado preservou a atuação direta em algumas atividades, como o poder de polícia e


a regulação econômica. Nas demais atividades, o Estado transferiu a tarefa de prestar
o serviço para a iniciativa privada e passou a aprimorar a regulação em diversos setores
por meio da atuação das Agências Reguladoras (SILVA, 2002).

O CADE (2015) pontua algumas vantagens do mercado regulado. Segundo o Conselho,


em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço,
os preços praticados tendem a manter-se nos menores níveis possíveis. Portanto, para
conseguirem permanecer no mercado, as empresas precisam buscar constantemente
formas de se tornarem mais eficientes, e assim aumentar os seus lucros. À medida que
tais ganhos de eficiência são conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre
uma readequação dos preços, que beneficia o consumidor.

A livre concorrência não garante apenas que os consumidores


sejam beneficiados com preços menores. Mercados nos quais as
empresas são obrigadas a competir estimulam a criatividade e a
inovação das empresas.

56
No entanto, nem toda norma dirigida aos agentes econômicos pode ser considerada
uma atividade regulatória. As Agências precisam assegurar a prestação de serviços
adequados, de qualidade, não se limitando a normas negatórias, e devendo ser
prescritivas, identificando especificamente o que a empresa regulada pode e deve
fazer (SILVA, 2002).

Fernandes (2003) ressalta que a atividade econômica não precisa apenas ser regulada. É
necessário que existam mecanismos regulatórios que garantam a adequada prestação
de serviços públicos. Assim, percebe-se a nítida intervenção estatal regulatória a partir
das prescrições de normas, processos técnicos, e padrões mínimos a que os agentes
econômicos, que desejem atuar no respectivo setor econômico regulado, devem
obedecer (SILVA, 2002).

57
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Monopsônios são as estruturas
de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas
um comprador, chamado de monopsonista.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. A livre concorrência não


garante apenas que os consumidores sejam beneficiados
com preços menores.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

58
Referências

ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio


de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v.
1, 1. ed., p. 131-151, 2003.

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ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução n° 4.799, de 27 de


julho de 2015. Regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro
Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e dá outras providências.
Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: dez. 2015.

_______. Entraves burocráticos, exigências legais e tributárias do transporte


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BAGNOLI, V. Direito econômico. São Paulo: Atlas, 2005.

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BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos, 2004.

BOWERSOX, D. J.; CLOSS. D. J. Logística empresarial: o processo de integração de


cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.

BRASIL. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito


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dez. 2014.

_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de

59
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o transporte


multimodal de cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: < http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: maio 2017.

_______. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem


tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências.
Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm>.
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CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Perguntas gerais sobre defesa


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CNI – Confederação Nacional da Indústria. Eixos logísticos: os projetos prioritários da


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CNT – Confederação Nacional do Transporte. Boletim estatístico. Brasília, 2015.


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DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Quadro de


fabricantes de veículos. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/
Pesagem/peso_maximo_QFV.htm>. Acesso em: maio 2017.FERNANDES, M. As agências
reguladoras no contexto do estado democrático de direito. In: PEREIRA, C. (Org). O
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GALVÃO, O. J. A. Comércio interestadual por vias internas e integração regional no


Brasil: 1943-69. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 53, n. 4, out./
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=S003471401999000400005>. Acesso em: ago. 2015.

_______. Desenvolvimento dos transportes e integração regional no Brasil: uma


perspectiva histórica. Planejamento e políticas públicas, n. 13, jun. 1996.

60
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logística dos Transportes no
Brasil. Mapa Logística dos Transportes no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000001970441112201
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MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
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MOURA, R. A.; BANZATO, J. M. Embalagem: acondicionamento, unitização e


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de Adam Smith. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 84, jan. 2011. Disponível
em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/ index.php?n_link=revista_artigos_
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SCHROEDER, E. M.; CASTRO, J. C. Transporte rodoviário de cargas: situação atual e


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SILVEIRA, M. R. Infraestruturas e logística de transportes no processo de integração


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competitividade-logistica/>. Acesso em: 21 ago. 2015.

61
UNIDADE 5 | ENTIDADES
ENVOLVIDAS NA PRESTAÇÃO
DO SERVIÇO DE TRANSPORTE

62
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do
Serviço de Transporte

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 5! No Brasil, diversas instituições estão


envolvidas direta ou indiretamente com a operação, o uso ou a regulação dos diferentes
modos de transporte disponíveis para mercadorias. A seguir, vamos conhecer as principais
entidades, suas características e sua participação nas operações de transporte rodoviário
de mercadorias. Bons estudos!

1 Entidades e Agentes Públicos

Vamos começar esta unidade falando dos diversos agentes públicos que estão
envolvidos com a prestação dos serviços de transporte de cargas, tanto no
planejamento de sistemas e da infraestrutura, quanto na regulamentação, fiscalização
e normatização dos variados fatores que regem a atividade.

1.1 Agente Público Responsável pelo Planejamento dos


Transportes

O Ministério dos Transportes (MT), o Ministério da Defesa (MD) e o Ministério do


Orçamento Planejamento e Gestão (MPOG) são as entidades públicas envolvidas no
planejamento dos transportes brasileiros.

O MT ocupa o mais alto nível da organização da área de transporte, sendo responsável


por determinar a política nacional de transporte. A preocupação maior do Ministério
centra-se na formulação, coordenação e supervisão de políticas e participação no
planejamento estratégico (ANTT, 2011).

63
1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de
Transportes

No transporte rodoviário, a responsabilidade pela infraestrutura de transportes, de


acordo com a legislação vigente, está sob a custódia do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O DNIT foi criado com o objetivo de implementar,


em sua esfera de atuação, a política formulada para a
administração da infraestrutura do Sistema Federal de
Viação, compreendendo sua operação, manutenção,
restauração ou reposição, adequação de capacidade,
e ampliação mediante construção de novas vias e
terminais (ANTT, 2011).

1.3 Agente Público Responsável pela Regulação

As Agências Reguladoras distinguem-se pela independência administrativa, autonomia


financeira e funcional e mandato fixo de seus dirigentes. A ANTT é o órgão responsável
pela regulação e fiscalização dos transportes terrestres em território nacional. Suas
atribuições estão relacionadas à concessão, permissão e autorização. A ANTT possui
competências para atuar nos seguintes seguimentos de transporte (ANTT, 2011):

• Ferroviário: exploração da infraestrutura ferroviária concedida; prestação do


serviço público de transporte ferroviário de cargas e de passageiros.

• Rodoviário: exploração da infraestrutura rodoviária concedida; prestação do


serviço público de transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

• Dutoviário: cadastro de dutovias.

• Multimodal: promoção do transporte multimodal e habilitação do Operador de


Transportes Multimodal (OTM).

• Terminais e vias: concessão da exploração.

64
1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas
Agropecuárias

A missão conferida ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é a


formulação e a implementação de políticas para o desenvolvimento do agronegócio,
integrando os aspectos de mercado tecnológicos, organizacionais e ambientais com o
atendimento dos consumidores do País.

No contexto do sistema de transporte de cargas, o Ministério

ee determina a exigência de diversos documentos específicos, a


depender da carga a ser transportada.

São exemplos de documentos exigidos: o documento para o


controle do trânsito de animais, Guia de Trânsito Animal (GTA), e
o controle do trânsito de produtos de origem animal, que pode
ser o Certificado de Inspeção de Produtos, a Guia de Trânsito de
Produtos ou o Certificado de Inspeção Sanitária (CIS).

2 Entidades e Agentes Privados

Vamos conhecer agora quais são as principais entidades privadas envolvidas com a
prestação dos serviços de transporte rodoviário de mercadorias.

2.1 Embarcador ou Expedidor

O embarcador é normalmente o dono das mercadorias. Em geral, ele representa a


empresa que necessita do deslocamento de produtos entre dois pontos em uma
cadeia de suprimentos. Também conhecido como expedidor ou remetente de cargas,
é ele quem está despachando a carga, ou seja, quem está expedindo a nota fiscal.

65
Podemos dizer que o expedidor é o responsável pela entrega da carga ao transportador,
a qual deverá estar devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos
documentos necessários ao cumprimento das formalidades legais perante a fiscalização
tributária, alfandegária, de polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou
Municipal. Portanto, o expedidor é a pessoa física ou jurídica que celebra o contrato de
transporte com o transportador.

O expedidor é responsável pela

ee exatidão
declarações
das indicações
constantes
ou
nos
documentos necessários à emissão
do Conhecimento de Carga, bem
como pelos danos resultantes de
declarações ou indicações inexatas, irregulares e/ou
incompletas.

2.2 Transportador

O transportador é aquele responsável pelo transporte da carga, ou seja, empresas


ou autônomos que possuem transporte a oferecer. Portanto, os transportadores
rodoviários são aqueles que realizam movimentação de cargas por meio do modo
rodoviário, seja a carga a transportar própria ou não (ANTT, 2011).

De acordo com a legislação brasileira, o exercício da atividade de transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros é efetuada mediante remuneração e o transportador
deve estar previamente inscrito e habilitado no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas (RNTRC).

66
2.3 Operadores Logísticos

Segundo a ANTT (2011), os operadores logísticos são


empresas especializadas que prestam serviços que
integram atividades de armazenagem, processamento
de pedidos, movimentação de cargas, gerenciamento de
estoques, sistemas de distribuição e de gerenciamento
de transporte, entre outras atividades.

Para facilitar a vida das empresas, os operadores são


contratados para realizar funções de gestão e distribuição dos materiais e, em alguns
casos, também fornecem suporte físico e a infraestrutura necessária para a realização
das operações.

2.4 Estações Aduaneiras de Interior (EADI)

Os Portos Secos, como são conhecidas as EADI, são recintos alfandegados de uso
público, nos quais são executadas as operações de movimentação, armazenagem e
despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem.

Como ressalta a ANTT (2011), alguns portos secos apresentam maior importância
para o transporte intermodal, já que servem de plataformas de integração dos modos
de transporte. As características inerentes dos portos secos que agregam também
serviços como armazéns, pátios para contêineres, sistemas informatizados, agilidade
nas operações, trâmites alfandegários e outros, representam um atrativo para os
usuários de transporte, bem como para os operadores.

67
2.5 Despachante Aduaneiro

É o profissional que representa o importador ou exportador na intermediação dos


serviços aduaneiros. Deve estar credenciado pela Secretaria da Receita Federal para o
exercício das atividades, órgão que dispõe sobre a forma de investidura nas funções de
despachante aduaneiro e de ajudante de despachante aduaneiro.

2.6 Operador de Transporte Multimodal (OTM)

A figura do OTM foi definida na Lei n° 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Este operador é
a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do Transporte Multimodal
de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros.
O Operador de Transporte Multimodal poderá ser transportador ou não transportador,
sendo que o exercício de suas atividades depende de prévia habilitação na ANTT. Cabe
a ele emitir o Conhecimento de Transporte Multimodal de Carga.

Quando o OTM puder habilitar-se para operar em outros países, ele deverá atender,
além das normas estabelecidas pela ANTT, todos os requisitos que forem exigidos
em tratados, acordos ou convenções firmadas pelo Brasil com o país de destino da
mercadoria.

68
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O expedidor é o responsável
pela entrega da carga ao transportador, a qual deverá estar
devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos
documentos necessários ao cumprimento das formalidades
legais perante a fiscalização tributária, alfandegária, de
polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou
Municipal.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O despachante aduaneiro é o


profissional que representa o importador ou exportador na
intermediação dos serviços aduaneiros.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

69
Referências

ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio


de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v.
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72
Gabarito

Módulo 1
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V V
Unidade 4 V V
Unidade 5 V V

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