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C 3-5

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO

ESTADO – MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

OPERAÇÕES
QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E NUCLEARES

1a. Edição
1987

CARGA

EM..........................
Portaria n º 050-3a. SCh/EME, de 09 de outubro de 1987

MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 – OPERAÇÕES QUÍMICAS,


BIOLÓGICASE NUCLEARES

O Chefe do Estado Maior do Exército, usando das atribuições que lhe


conferem os Art. 50 e 59 das “Instruções Gerais para as Publicações do Ministério do
Exército” (IGPMEx), aprovadas pela Portaria Ministerial n º 890, de 26 de setembro de 1985,

RESOLVE

1. Aprovar o Manual de Campanha C3-5 – OPERAÇÕES QUÍMICAS,


BIOLÓGICAS E NUCLEARES, 1 ª Edição, 1987.

2. Revogar o Manual de Campanha C3-5 – OPERAÇÕES QUÍMICAS,


BIOLÓGICAS E RADIOLÓLGICAS (QBR), Port EME, de 18 Mar 64.

Gen Ex FERNANDO VALENTE PAMPLONA


Chefe do EME
NOTA

Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação de sugestões que


tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem a supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo e a
linha do texto a que se referem, deve conter comentários apropriados para seu entendimento
ou sua justificação.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de acordo
com artigo 75 das IGPMEx, podendo ser utilizada a carta-resposta constante no final desta
publicação.
ÍNDICE DOS ASSUNTOS

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ÁS OPERAÇÕES


QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E
NUCLEARES
ARTIGO I - Generalidades....................................... 1- 1 a 1 -4 1-1
ARTIGO II - Responsabilidade do Comando e
Coordenação de Estado-Maior............. 1- 5 a 1- 9
CAPÍTULO 2 CARACTERÍSTICAS DOS AGEN-
TES E MUNIÇÕES QUÍMICAS
ARTIGO I Agentes químicos................................. 2- 1 a 2- 6 2-1
ARTIGO II Meios de disseminação........................ 2- 7 a 2- 12
ARTIGO III Efeitos das condições meteorológicas.. 2- 13 a 2- 16
ARTIGO IV Efeitos de terreno................................. 2-17 a 2-20
CAPÍTULO 3 EMPREGO DE AGENTES
QUÍMICOS TÓXICOS
ARTIGO I Possibilidades e características............ 3-1 a 3-8
ARTIGO II Efeitos não persistentes........................ 3-9 a 3-11
ARTIGO III Efeitos persistentes.............................. 3-12 a 3-14
CAPÍTULO 4 EMPREGO DE AGENTES
QUÍMICOS INQUIETANTES,
FUMÍGENOS E INCENDIÁRIOS
ARTIGO I Emprego de agentes químicos
inquietantes........................................... 4-1 a 4-6
ARTIGO II Emprego da fumaça.............................. 4-7 a 4-13
ARTIGO III Emprego dos incendiários.................... 4-14 a 4-19
ARTIGO IV Necessidade de munição fumígena...... 4-20 a 4-23
CAPÍTULO 5 OPERAÇÕES QUÍMICAS COM
AGENTES TÓXICOS
ARTIGO I Introdução............................................. 5- 1 a 5-4
ARTIGO II Análise de alvo para emprego de
agentes químicos.................................. 5 – 5 a 5-8
ARTIGO III Segurança da tropa............................... 5-9 a 5-15
ARTIGO IV Ataque químico não persistente........... 5-16 a 5-19
ARTIGO V Ataque químico persistente.................. 5-20 a 5-24
ARTIGO VI Operações químicas especiais.............. 5-25 a 5-37
CAPÍTULO 6 OPERAÇÕES BIOLÓGICAS
ARTIGO I Introdução............................................. 6-1 a 6-10
ARTIGO II Emprego de agentes biológicos contra
pessoal.................................................. 6-11 a 6-19
ARTIGO III Agentes biológicos contra pessoal e
sistemas e sistemas de lançamento
hipotéticos............................................ 6-20 a 6-22
ARTIGO IV Emprego dos herbicidas e
esterilizantes do solo............................ 6-23 a 6-31
CAPÍTULO 7 OPERAÇÕES NUCLEARES
ARTIGO I Efeito radioativo, efeitos e tipos de
arrebentamento nuclear........................ 7-1 a 7-5
ARTIGO II Sistemas de lançamento e segurança
de tropa................................................. 7-6 a 7-7
ANEXO A TABELAS DE CONSUMO DE
MUNIÇÕES QUÍMICAS.................... A1 – A –8
ANEXO B TABELAS DE INTERVALOS PARA
EMISSÃO DE FUMAÇA.................... B-1 A B-2
ANEXO C POSSIBILIDADES DOS SISTEMAS
DE LANÇAMENTO........................... C-1
ANEXO D ESTIMATIVAS DE BAIXAS............. D-1
ANEXO E CARACTERÍSTICAS DE AGENTES
BIOLÓGICOS..................................... E-1 e E-2
ANEXO F FATORES DE CONVERSÃO........... F-1

CAPÍTULO 1
INTRODUÇĂO AS ALTERAÇŐES QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E NUCLEARES

ARTIGO I

GENERALIDADES

1-1 FINALIDADE

Este manual tem por finalidade descrever o emprego de Agentes Químicos:


Causadores de Baixa, Inquietantes, Incapacitantes, Fumígenos e Incendiários. Agentes
Biológicos e Armas Nucleares.

1-2. OBJETIVOS

a. Fornecer subsídios sobre o emprego tático dos agentes químicos e


biológicos.
b. Prever uma orientação em operações nucleares.
Observação: este manual deve ser consultado com outros manuais,
principalmente o C3-40, para assuntos de defesa, descontaminação QBN e segurança na
instrução.

1-3. OPERAÇŐES QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E NUCLEARES (QBN)

O termo QBN refere-se coletivamente aos agentes químicos, biológicos


e nucleares; normalmente é usado para denotar uma atividade generalizada tal como
treinamento QBN, em defesa QBN. Os termos “operações químicas”, “operações biológicas"
ou "operações nucleares" são usados individualmente neste manual, para denotarem tipos
específicos de atividades ele, em operações táticas, tem seguintes significados:
a) Operações Químicas _ As operações química referem-se ao emprego de
agentes químicos de guerra para produzirem baixas no inimigo.

b) Operações Biológicas _ tais operações biológicas referem se ao emprego de


agentes biológicos para produzirem baixas entre o pessoal, animais e vegetais.

c) Operações Nucleares _ As Operações Nucleares referem se ao emprego de


armas nucleares para causar baixas ao pessoal e também contaminar áreas e materiais,
restringindo seu uso pelo inimigo.

1- 4. CONTROLE GERAL DAS OPERAÇŐES QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E NUCLEARES.

A autorização para iniciar o emprego tático dos agentes químicos causadores de


baixas, agentes biológicos e armas nucleares, não compete ao comandante local, que deverá
receber ordens, através dos escalões superiores, para o emprego destes agentes. Não existem
restrições sobre o emprego inicial de agentes químicos inquietantes, agentes fumígenos e
incendiários. As operações com estes agentes devem ser realizadas em todos os níveis dentro
do exército de campanha, sujeitas ao controle do comandante do teatro de operações e
normalmente coordenadas com mais próximo escalão superior e unidades vizinhas.

a. Operações Químicas - uma vez autorizadas as operações químicas deverão


ser planejadas e executadas por grandes unidades e sujeitas a as restrições de controle do
comandante do teatro de operações. As unidades de nível baixo de divisão poderão receber
ordens de executar as operações.

b. Operações Biológicas - uma vez autorizadas, as operações biológicas serão


planejadas e executadas pelas grandes unidades e sujeitas das restrições de controle do
comandante do teatro de operações.

c. Operações Nucleares - uma vez autorizadas, as Operações Nucleares serão


planejadas e executadas sob o comando direto do comandante do teatro de operações.
ARTIGO II
RESPONSABILIDADE DO COMANDO E COORDENAÇĂO DE ESTADO-MAIOR

1-5. O COMANDANTE

Embora o comandante deva aceitar sugestões do seu estado maior, ele é o


responsável pela ação, envolvendo o emprego de agentes causadores de baixas e agentes
biológicos. O comandante determinará quando e onde os agentes químicos e biológicos
deverão ser empregados para apoiar as operações bélicas.

1.6. O OFICIAL DE DEFESA QBN DA UNIDADE

O oficial de defesa QBN é assessor do comandante e faz parte de seu Estado-


Maior especial, para assuntos relativos as operações QBN, bem como assuntos ligados à
defesa QBN. Durante o combate, cabe ao oficial de defesa QBN a previsão logística para as
operações QBN e a execução das medidas de defesa QBN. Durante os períodos que não sejam
os de combate, a oficial de defesa QBN cabe, basicamente, o planejamento e treinamento das
operações QBN e das medidas de defesa QBN. O oficial de defesa QBN de uma unidade tem
as seguintes missões:

a. assessorar o comandante e seu estado-maior em assunto QBN, incluindo o


planejamento e coordenação para uso de munições químicas e biológicas por várias armas em
operações bélicas;

b. a assessorar o comandante e seu estado-maior na defesa QBN, incluindo o


levantamento de áreas perigosas, medida de defesa emissão dos alarmes e preparação dos
planos de defesa QBN;

c. supervisionar a instrução QBN no âmbito da a unidade;

d. determinar a necessidade, distribuição, armazenamento e documentação de


suprimentos, munições e equipamentos QBN;
e. planejar pedidos de emprego das tropas QBN;

f. supervisionar exercícios táticos sobre treinamento QBN, através do comando;

g. supervisionar tecnicamente, exercícios e operações sobre as seguintes ações


QBN:

(1) descontaminação de áreas contaminadas com agentes QBN;


(2) planejamento no emprego dos agentes QBN;
(3) planejamento e coordenação de levantamento de níveis de contaminação
QBN em áreas;
(4) levantamento das zonas perigosas, a partir de ataques QBN;
(5) e difusão de mensagens de alerta e controle de áreas contaminadas e
perigosas, a partir de ataques QBN;
(6) previsão de baixas e grau de risco de ataques biológicos e nucleares;
(7) operação, utilização e manutenção do armamento, equipamento e material
QBN;
(8) emprego das medidas de proteção contra a guerra QBN;
(9) emprego das medidas de primeiros socorros para as vítimas de agentes
QBN;
(10) emprego de sentinelas-de-gás.

1-7. O OFICIAL DE DEFESA QBN DO ESTADO-MAIOR

As atividades de ESTADO-MAIOR, associadas com a conduta tática e apoio


logístico, são planejadas e coordenadas pelo oficial de operações (E/3).
O Oficial especialista em defesa QBN faz parte do estado-maior especial e
acessora o oficial de operações nos assuntos relacionados com a guerra QBN.
O oficial de defesa QBN de um estado-maior tem como atribuições:
a. confecção de uma NGA QBN para difusão nas unidades subordinadas ao
comando;
b. análise de objetivos para ataques com agentes químicos é biológicos;
c. planejamento de ataques nucleares, quando assessorar o comandante do
teatro de operações;
d. planejamento de ataques químicos e biológicos;
e. confecção e atualização da carta de situação QBN;
f. difusão de mensagens de alerta, controle de áreas contaminadas e sob perigo
de contaminação QBN;
g. previsão de baixas e graus-de-risco de ataques biológicos e nucleares.

1-8 APOIO QUÍMICO E BIOLÓGICO DE OUTRAS FORÇAS

Quando os objetivos estão adiante excedem o alcance das forças terrestres, o


comandante e pode solicitar o apoio químico ou biológico apropriado.
A necessidade do apoio tático químico e biológico é solicitada a força aérea,
através dos oficiais de ligação desta força. Os pedidos para apoio da força aérea são enviados
através do oficial de ligação de apoio aéreo de cada escalão de comando. O oficial de apoio
aéreo encaminha-se os pedidos ao seu centro de apoio de operações táticas da força aérea.

a. Informações Fornecidas- O pedido para uma missão química ou biológica,


aerotática ou naval, enviado através do centro de operações táticas, inclui as seguintes
informações:
(1) localização do objetivo;
(2) descrição do objetivo;
(3) resultados e o tipo do agente com a missão será usado;
(4) a importância parte tática do ataque;
(5) hora do ataque;
(6) distância do objetivo e direção das tropas amigas;
(7) controle especial de informações, designação de linhas avançadas, meios
especiais de designação de objetivo e linha de controle de bombardeio;
(8) possível em interferência que o ataque químico com biológico possa ter
com as operações nas unidades amigas e vizinhas e sobre as atividades de civis amigos;
( 9 ) outras informações julgadas necessárias.

b. Medidas de coordenação anterior ao ataque.


(1) as necessidades de munição química ou biológica.
(2) a mais adequada munição química ou biológica que deve ser empregada e a
melhor hora e método de ataque.
(3) a disponibilidade da munição química ou biológica terrestre.
(4) a disponibilidade e condições para as tropas de apoio químico.
(5) outras informações técnicas peculiares, tais como provável duração e grau
de eficácia do agente químico indicado.

c. Medidas de coordenação após ataque.


Após um ataque químico ou biológico ter sido efetuado, o comandante que o
solicitou informa ao oficial de defesa QBN, do escalão superior sobre os aspectos do ataque,
incluindo eficácia do sistema de agentes químicos utilizados no mesmo.

1-9. PLANO DE FOGOS QUÍMICOS E NUCLEARES

Os dados de planejamento para o apoio de fogo químico e nuclear podem ser


incluídos como um apêndice específico do plano de apoio de fogos ou fazer parte dos planos
de fogos dos meios que os executam (artilharia, morteiro, aéreo e naval).
Os planos de fogos químicos e nucleares são elaborados nos órgãos de
coordenação do apoio de fogo (centro de coordenação de apoio de fogo - CCAF, ou elementos
de coordenação de apoio de fogo - ECAF), integrados a manobras e a outros fogos
convencionais no escalão considerado e submetido à aprovação de escalões superiores.
CAPÍTULO 2

CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES E MUNIÇŐES QUÍMICAS

ARTIGO I
AGENTES QUÍMICOS

2-1. GENERALIDADES

Os agentes químicos são taticamente classificados dentro dos seguintes grupos:


AGENTES QUÍMICOS CAUSADORES DE BAIXA; AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES; AGENTES QUÍMICOS

INCAPACITANTES; AGENTES FUMÍGENOS E AGENTES INCENDIÁRIOS.

Os agentes químicos são descritos em detalhes no C 3-40. A codificação do


exército brasileiro para qualquer agente químico é uma combinação de letras e números,
freqüentemente usada em lugar do nome do agente químico.

2-2 AGENTES QUÍMICOS CAUSADORES DE BAIXA

Os agentes químicos produzem efeitos graves em pessoal, quando em contato


com a pele ou quando inalado. Os padrões dos agentes químicos tóxicos são descritos
detalhadamente no manual C3-40. Os agentes causadores de baixa mais importantes para uso
em combate são:

a. Agentes Tóxicos dos Nervos


GB - Sarin. É um líquido volátil, não persistente, de ação muito rápida, que
produz baixas por inalação ou contato com a pele. Quando disseminado por munições
químicas, normalmente, produz grande quantidade de vapores. Sua ação é sobre as
terminações nervosas, reagindo com a enzima colinesterase, desequilibrando os sinais para os
músculos. A morte ocorre de um a 15 minutos.

VX - É um líquido pouco volátil, persistente, de ação lenta. Também pode ser


absorvido pela pele ou por inalação e os sintomas que provoca, são os mesmos vistos para o
GB.

b. Agentes Vesicantes
HD - Mostarda Destilada. É um líquido oleoso, denso, de pouca volatilidade e
persistente. Produz baixas quando em contato com os olhos, pele e quando seus vapores são
inalados ou ingeridos. Sua açăo é retardada de 4 a 6 horas, sendo insidiosa e lenta. Devido a
sua baixa volatilidade, é mais apropriado para interditar áreas.

L - Lewisita. é um líquido de características semelhantes as da mostarda


destilada, acrescidos em sua composição de Arsênio, o que lhe dá efeitos mais tóxicos.

c. Agentes Sufocantes
CG- Fosgênio. é um gás incolor, não persistente, que penetra no organismo por
inalação. Seus principais efeito são retardados de 3 a 4 horas, com produção de lesões nos
vasos capilares do aparelho respiratório e derrame nos alvéolos pulmonares, culminando com
um edema pulmonar e geralmente, a morte. É mais apropriado para ataque de surpresa.
d. Agentes Tóxicos do Sangue
AC- Ácido Cianídrico. é um líquido muito volátil, não persistente, de ação
rápida. Penetra no organismo por inalação, formando o “íon cianeto", que reage com o sangue,
impedindo a troca de oxigênio nas células dos tecidos, produzindo a morte por asfixia. Caso a
morte não ocorra em poucos minutos, a recuperação poderá vir em poucas horas.
CK- Cloreto de Cianogênio. É um gás incolor, não persistente, de ação rápida.
Penetra no organismo por inalação, transformando-se em ácido cianídrico. Seus efeitos e
sintomas são semelhantes aos do ácido cianídrico. Satura rapidamente os filtros das máscaras
contra gases.

2-3.AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES


Os agentes químicos inquietantes produzem irritação temporária ou efeitos de
incapacidade fisiológica, quando em contato com os olhos e pele ou quando inalados. Seu
principal emprego é no treinamento da tropa, do controle de distúrbios e pequenas operações
de combate. Os principais agentes químicos inquietantes são:
a.CN (Cloroacetofenoma) - CN é um agente de ação rápida que, quando
espargido como aerosol, causa um intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos, pele e todo o
sistema respiratório superior;
b.DM (Adamsita) -DM é um sólido que, quando disseminado em aerosol,
causa violentos espirros, náuseas e vômitos. A DM deve ser lançada em combinação com um
irritante de ação rápida, como o CN, para obter efeitos combinados;
c.CS (Ortoclorobenzilmalononitrilo)- É de rápida ação nos olhos, nariz e
garganta; em altas concentrações, também pode causar vômitos. É um sólido usado para
controle de distúrbios, podendo ser disseminado em munições tipo queima, em granadas tipo
arrebentamento e por meio de espargidores mecânicos de aerosol;
d. CL (Cloro)- É um agente tóxico usado principalmente em câmaras de gás
para treinamento de tropas. É um gás irritante, de ação rápida sobre o aparelho respiratório.

2-4. AGENTES QUÍCOS INCAPACITANTES


Os agentes químicos incapacitantes, ou psicoquímicos, foram desenvolvidos
recentemente, visando a obtenção de um grupo de agentes que, diferentes de seus
antecessores, pudessem ser usados com eficiência, para fins defensivos, sem causar mortes ou
lesões graves. Os efeitos fisiológicos e mentais produzidos, incapacitam o combatente
temporariamente, permitindo uma recuperação completa desses efeitos. Podem ser
empregados também, em controle de distúrbios. Os principais agentes incapacitantes são:

a.LSD-25-Ácido Lisérgico Destilado- É um pó branco brilhante que, quando


inalado, provoca alucinações e descontrole muscular. Seus principais efeitos são a midríase, a
piloereção, aumento da atividade reflexa e paralisia espástica. Sendo um psicoquímico, as
reações da vítima estarão relacionadas com a carga emocional que já possui. Assim, enquanto
algumas vítimas podem reagir passivamente, outras podem tornar-se violentas. Doses
excessivas podem provocar insuficiência respiratória e a morte.
b.BZ- Gás Paralisante- Também na forma de pó, é absorvido pelo organismo
por inalação. Seus principais efeitos são ataque cardíaco, retenção urinária, prisão de ventre,
redução da atividade física e mental, alucinações, sonolência, elevação da temperatura do
corpo, dor de cabeça e algumas vezes conduta maníaca, normalmente a vítima permanece
parada à mercê desses efeitos, sem iniciativa para realizar movimentos. Doses excessivas
podem provocar efeitos semelhantes aos tóxicos dos nervos e a morte.

2-5.AGENTES FUMÍGENOS
Os agentes Fumígenos são aqueles que por sua própria queima, por hidrólise ou
por combustão, lançam em suspensão no ar partículas sólidas ou líquidas, provocando um
efeito de escurecimento, que vem a ser a fumaça. Os principais agentes Fumígenos são:
a.SGF- SGF é óleo especial de petróleo que produz uma fumaça branca muito
densa, quando vaporizada por condensação. Normalmente, não causa reações fisiológicas
adversas quando o pessoal fica exposto a ela em concentrações no terreno e não tem efeito
adverso sobre o material;
b. WP (Fósforo Branco). WP é um sólido que entra em combustão quando
exposto ao ar, formando uma densa fumaça Branca de grande intensidade. Com o PWP
(Fósforo Branco Plástico) é uma mistura de WP e borracha sintética;
As partículas em combustão do agente dispersado pelo arrebentamento da
munição podem causar graves queimaduras em pessoal, dolorosas e de lenta cicatrização;
c. HC (Mistura de Hexacloretana). é um sólido que, quando entra em
combustão, produz uma fumaça branca acinzentada, ligeiramente menos densa que a
produzida pelo WP. A longa exposição e concentrações desta fumaça pode irritar ou
incapacitar pessoal desprotegido;
d. FS (Mistura Trióxido de Enxofre e Ácido Clorosulfônico) - FS é um
líquido que, quando exposto ao ar, forma fumaça branca menos densa que aquela formada
pelo WP. É uma fumaça ácida, que irrita a pele do pessoal exposto e é altamente corrosiva
para alguns tipos de materiais e pintura;
e. Fumígenos de sinalização - são produzidos por combustíveis que conta em
um corante orgânico. Quando o combustível é queimado, o corante é vaporizado e
condensado para gerar a fumaça colorida.

2-6 AGENTES INCENDIÁRIOS

São agentes químicos utilizados para provocar incêndios, destruir material,


matar, incapacitar ou desmoralizar o pessoal inimigo. Os principais agentes incendiários são:

a. NP - e gasolina gelatinosa- é uma substância obtida na mistura da gasolina


comum com o espessador NAPALM. Queima todos os materiais combustíveis com que entra
em contato. Sua temperatura de queima oscila entre 650 °C e 750 °C. É empregado em
bombas de aviação, granadas, e lança-chamas;
b. MG - Termita - é um metal que queima violentamente a uma temperatura
de 2000 °C, fazendo queimar todos os materiais combustíveis que entre em contato, inclusive
sob a água. Não é empregado propriamente para provocar incêndios mais sim para destruir
determinados materiais.

ARTIGO II
MEIOS DE DISSEMINAÇÃO
2-7 GENERALIDADES
A ação eficaz dos agentes químicos varia, largamente, com o meio de
disseminação. A agentes químicos podem ser lançados por munições do tipo queima,
explosivas, espargidores, geradores e a lança-chamas.

2-8 MUNIÇÃO EXPLOSIVA

A munição tipo explosiva inclui granadas de artilharia e morteiros, mísseis,


foguetes, bombas, granadas e minas terrestres. Quando um artefato carregado com agente
químico atinge o alvo, uma carga secundária causa o arrebentamento da munição e dispersa a
carga química. Parte do agente permanece na cratera, outra é decomposta pela explosão e a
maior parte formam uma nuvem de vapor e aerosol (camada líquida ou partículas sólidas em
suspensão no ar).
a. Formação de nuvens - as dimensões da nuvem de vapor e aerosol formadas
são influenciadas pelo tipo importância do agente químico, tipo de espoleta, carga de
arrebentamento, natureza da carga (superfície ou ar), espessura da parede da granada , tempo e
terreno. Se houve arrebentamentos suficientes sob condições adequadas na área de alvos, as
nuvens adjacente se fundirão, para formar uma contínua nuvem sobre a maior parte da área de
alvos.
b. Ação da nuvem - as porções de vapor e aerosol da nuvem trabalham em
vento superficial até perderem sua eficácia e pela diluição com o ar. A maior parte das
partículas líquidas ou sólidas do agente químico cai ao solo ou atinge qualquer superfície. As
maiores e mais pesadas de partículas descem mais rapidamente do que as menores e mais
leves.

2-9. MUNIÇÃO TIPO QUEIMA

A munição do tipo queima opera sob o princípio da queima de uma mistura


química, inflamada por um misto iniciador, que irá lançar no ar os aerosóis do agente tóxico
ou as partículas de fumaça, conforme o fim a que se destina a munição. São, normalmente, do
tipo queima, algumas granadas e os tubos fumígenos.

2-10 GERADOR DE FUMAÇA


O gerador de fumaça é um equipamento que produz fumaça pela vaporização
de óleo fumígeno e posterior lançamento na atmosfera, onde se condensa pela mudança brusca
de temperatura. Possui uma camada de combustão que gera galor para vaporizar o óleo e um
sistema de descarga, que lança o vapor deste óleo na atmosfera em alta velocidade. Sua
fumaça é empregada para operações de cobertura.

2-11 ESPARGIDOR

O espargidor é um equipamento destinado a lançar aerosóis do agente tóxico no


ar. É apresentado sob duas formas:
a. Tanque Espargidor - empregado pela aviação para lançar a agentes
químicos líquidos no ar, a baixa altitude. Ao ser lançado, o agente químico entra em contato
com o ar e subdivide-se em gotículas, caindo por gravidade, contaminando o terreno, material
e pessoal;
b. Espargidor Tipo Pressão - empregado em tropas a pé, embarcadas em
viaturas ou helicópteros, para lançar no ar agentes químicos em pó. O agente químico é
lançado pela ação de ar comprimido e tem pequeno alcance. Quando portátil, é adequado
contra distúrbios civis e, quando embarcados, para contaminar o terreno, material e pessoal.

2-12 LANÇA-CHAMAS

O lança-chama é uma arma de pequeno alcance, destinada ao emprego direto de


fogo, para provocar incêndios e contra pessoal, principalmente, pelo efeito moral que produz
sobre a tropa inimiga. Utiliza ar comprimido para lançar o combustível líquido ou espessado,
que é ignizado ao sair da arma. Pode ser empregado por tropas a pé ou embarcado em viaturas
blindadas.

ARTIGO III
EFEITOS DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

2-13. GENERALIDADES
O tempo influencia os agentes químicos, na forma de aerosol ou de vapor, mais
do que aqueles agentes químicos em forma líquida ou sólida. A ação e a eficácia dos agentes
químicos de vapor e aerosol são influenciados pela estabilidade do ar, velocidade do vento,
temperatura, umidade e precipitação. Os agentes químicos líquidos usados para contaminar
terreno, são influenciados pela temperatura e pela precipitação. A FORÇA AÉREA tem a
responsabilidade de informar aos Comandos Terrestres, com grande antecedência, a previsão
meteorológica para operações específicas. O oficial de informações obtém estas previsões do
tempo do Serviço de Meteorologia da FORÇA AÉREA.
Os postos meteorológicos da ARTILHARIA não fornecem a previsão do
tempo, embora possam ser usados, dentro de suas possibilidades, para complementar algum
dos dados úteis.

2-14. GRADIENTE TÉRMICO VERTICAL

a. A estabilidade do ar, em operações que se empregam agentes químicos,


depende muito da temperatura da superfície e sobre a qual esta camada de ar desloca-se.
Em operações militares é considerado como GRADIENTE TÉRMICO
VERTICAL, a diferença algébrica (de 0,5 em 0,5 graus centígrados) existente entre as
temperaturas do ar ambiente, compreendidas entre 1,80 m e a 0,30 m do solo. Os tipos de
gradiente săo:

(1) condição de Lapse ou Gradiente Vertical Negativo:


(a) quando a temperatura varia inversamente com a altitude, verifica-se a
condição de LAPSE, que prevalece, normalmente, nos dias de céu sem nuvens, ou
parcialmente nublado, no período compreendido entre duas horas após o ICMN e duas horas
antes do FCVN, não obstante o decréscimo da temperatura com o aumento da altitude é tanto
mais profundo quanto maior for a proximidade do solo. Esta situação é devido a turbulência
térmica, isto é, correntes verticais geradas pelo aquecimento do ar superficial;
(b) as nuvens dos agentes químicos lançados numa atmosfera nesta
situação, serão rapidamente dispersadas;
(c) a turbulência mecânica devido a ventos de 16 a 19 Km/h, tende a
impedir condições de instabilidade fortes;
(d) a variação da Lapse é de -1 °C a -3,5 °C, entre 1,80 m e 0,30 m do
solo, podendo ser mais baixa sobre grandes massas dágua;
(e) havendo Lapse, durante o dia, a tendência é de ocorrência, durante a
noite, de inversão.

(2) condição de Inversão ou Gradiente vertical positivo:


(a) quando a temperatura varia diretamente com a altitude, verifica-se a
condição de INVERSĂO que prevalece, normalmente, em noites claras de seu límpido ou
pouco nublado, no período compreendido entre o FCVN e o ICMN;
(b) haverá um mínimo de corrente de conversão (pouca turbulência) e, em
conseqüência, um máximo de estabilidade do ar;
(c) na condição de inversão, quando o vento não ultrapassar os 8
quilômetros por hora, o gás ou fumaça será mais persistente que em qualquer outra condição;
(d) diz-se que a Inversão, quando o gradiente variar entre + 1 °C e + 3,5 °
C, ou mesmo mais elevado;
(3) condição de Neutra:
(a) a situação entre Lapse e Inversão é chamada de NEUTRA. Esta
condição, também é conhecida como ISOTERMIA e ocorrerá quando, praticamente, não
houver variação sensível da temperatura do ar nas diferentes camadas de ar. Sob esta situação,
quase não há correntes verticais ou turbulências;
(b) ocorre, normalmente, quando o céu está muito encoberto (neutralizando
açăo do sol) ou como período de transição entre a condição de Lapse e Inversão, ou vice
versa;
(c) estas transições ocorrem, geralmente, de 2 (duas) horas depois do ICMN
até 2 (duas) horas antes do FCVN;
(d) o gás e a fumaça lançados nestas condições permanecerão eficazes, se a
velocidade do vento não for grande. Corresponde a um gradiente entre + 0,5 °C e -0,5 °C;
b. Classificação pormenorizada dos gradientes, em função das diferenças
de temperaturas.
Os gradientes podem ser subdivididos conforme a maior ou menor diferença de
temperatura, dentro de seus limites, como demonstra o quadro abaixo:

GRADIENTES
CONDIÇÕES DE A
INVERSÃO FORTE - + 3o C
INVERSÃO MODERADA +2ºC + 3o C
INVERSÃO + 1O. C + 1,5o C
NEUTRA + 0,5 º C - 0,5o C

LAPSE -1ºC - 1,5o C


LAPSE MODERADA -2ºC - 3o C
LAPSE FORTE - - 3o C

c. influência da velocidade dos ventos no gradiente vertical.


(1) a velocidade dos ventos pode vir a influenciar, sobremaneira, os gradiente
de verticais, modificando suas características, conforme vê-se abaixo:
DIA DIA OU NOITE
NOITE CLARA(3)
VENTO DE
SUPERFÍCIE MUITO MEIO
(Km/h) COBERTA COBERTA
FORTE MODERADO LEVE
(1) (2)
5 N N N 0 P(4)
5 a 10 N N 0 0 P
10 a 20 N 0 0 0 P
20 0 0 0 0 0

N = GRADIENTE NEGATIVO (LAPSE)


P = GRADIENTE POSITIVO (INVERSÃO)
0 = NEUTRA

(1) AO MEIO-DIA, NO VERÃO


(2) AO MEIO-DIA, NO INVERNO
(3) PARA A COMPREENDIDA ENTRE O FCVN E O ICMN
(4) A PREVISÃO DO DESLOCAMENTO DA NUVEM NÃO É CONFIÁVEL.

(2) Os ventos de grandes velocidades dissiparão as nuvens de agentes químicos,


diminuindo assim a sua persistência. Os ataques químicos com agentes não persistentes, sobre
grandes áreas, serão mais eficientes quando a velocidade do vento não for superior a 32 Km/h,
ao passo que sobre pequenas áreas, a velocidade deve ser menor do que 12 Km/h.
(3) os efeitos negativos das altas velocidades do vento poderão ser parcialmente
os compensados se a concentração dos agentes químicos for estabelecida, rapidamente, na
área do objetivo, acarretando, conseqüentemente, um aumento no consumo de munição, o que
poderá não ser desejável e até mesmo inviável, a face à disponibilidade de munições químicas
(4) com ventos de grande velocidade, a taxa de evaporação dos agentes
químicos líquidos sobre o terreno é aumentada. Tal fato acarretará um aumento no perigo da
emanação de vapores tóxicos, que poderão ser facilmente dispersados pelos mesmos ventos
que os provocaram.

d. Estimativa da velocidade e do vento.


A velocidade do vento poderá ser estimada, através da tabela de Beaufort,
apresentada à abaixo:

TABELA - BEAUFORT - ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO VENTO

INDICAÇÃO
N º DA ESCALA VELOCIDADE VELOCIDADE DESCRIÇÃO
BEAUTFORT (MPH 1) (Km/h) GERAL
0 1 2 Calmo A fumaça sobe verticalmente.
1 1a3 2a4 Aragem A direção do vento é mostrada
pela fumaça e não pela
ventoinha.
2 4a7 6 a 11 Brisa fraca O vento é sentido na face; as
folhas balançam; a ventoinha
move-se.
3 8 a 12 13 a 19 Brisa leve Folhas e ramos em movimento;
bandeirola estende-se.
4 13 a 18 21 a 29 Brisa Moderada Poeira, papel e pequenos ramos
movimentam-se.
5 19 a 24 30 a 38 Brisa fraca Os arbustos oscilam.
6 25 a 31 40 a 50 Brisa forte Grandes ramos em movimento;
assobiam os fios telegráficos.
7 32 a 38 51 a 61 Vento moderado As árvores inclinam-se.
8 39 a 46 62 a 74 Vento fresco Quebram-se os ramos nas
árvores; dificultada a
progressão.
9 47 a 54 75 a 86 Vento forte Estragos nas estruturas leves,
dificuldade no caminhar no
ombro.
10 55 a 63 87 a 101 Tufão Danos em grandes estruturas.
11 64 a 75 102 a 120 Tempestades Grandes danos; acontecimento
raro.
12 75 120 Ciclone conseqüências imprevisíveis.

(1) Milhas por hora 1,6 Km/h


1 Nó = 1,8 Km/h

2-15 TEMPERATURA
A eficácia da maioria dos agentes tóxicos varia com a temperatura.
Temperatura alta aumenta a taxa de evaporação dos agentes químicos no solo e diminuir a
duração da eficácia; o inverso ocorre a baixas temperaturas. A variação da temperatura limita
uso tático da maior parte dos agentes químicos e depende das propriedades físicas e químicas
do agente e no modo pelo qual é lançado.

a. Temperatura Superficial

(1) a quantidade de calor solar recebida por uma porção da superfície da terra,
depende grandemente da inclinação desta superfície, de sua direção de exposição em relação
ao sol, da altitude, da latitude e da estação no ano.
(2) para o Brasil, de outubro a março, e em grande zona subtropical, o sol está
ao sul, sendo assim mais quente a sudoeste.
(3) as partes da superfície terrestre expostas ao sol sob um céu limpo,
normalmente se aquecem mais do que as sob um céu nublado, mas em compensação à noite,
aquelas se esfriam mais rapidamente e que estas. A temperatura superficial depende também
das suas propriedades térmicas.
(4) as variações da temperatura superficial são mais elevadas:
(a) sobre as terras que sobre as águas;
(b) num solo árido um do que num recoberto de vegetação
(c) em terreno aberto do que num recoberto de vegetação
(d) nos solos escuros do que nos claros;
(e) nos solos de vegetação seca do que nos de vegetação abundante

b. Variação diária

(1) da temperatura superficial


(a) até ao meio-dia a temperatura superficial cresce progressivamente,
sendo a máxima atingida pouco depois desta hora.
(b) durante a tarde, a temperatura superficial cai e o resfriamento prossegue
com menor rapidez durante a noite, para chegar a um mínimo no fim da madrugada.
(c) Em casos extremos pode-se ter variações até superiores a 50 °C. Em
terreno coberto de pastagens, essa variação fica entre 15 °C e 30 °C, nos dias claros de verão,
sendo bem menor no inverno.
(2) Da temperatura do ar
(a) tem conduta similar à da temperatura superficial. O esfriamento da
superfície à tarde, provoca o resfriamento do ar em contato com ela; similarmente, quando a
superfície se aquece pela manhã, grande quantidade de calor é transferida por condução para o
ar adjacente e, então, por convecção, para cima.
(b) as camadas de ar mais próximas à superfície se aquecem ou se resfriam
mais rapidamente que as mais elevadas. Essa influência da variação da temperatura superficial
na do ar é nula a partir de 1,80 m, aproximadamente.
(c) A 1,80m acima do solo, o máximo de temperatura é alcançado de uma a
duas horas depois de ter sido atingido o máximo de temperatura superficial, conforme a
velocidade do vento e a turbulência. Nesta pequena diferença, a variação diária de temperatura
é muito inferior à da própria superfície.

(3) do Gradiente térmico vertical


(a) o aquecimento da superfície do solo, depois do nascer do sol, destrói
rapidamente inversão, de forma a atingir uma condição de neutra, até 2 horas depois do nascer
do sol. A esta mudança denominamos "transição matutina". Daí, até o meio-dia, o aumento da
temperatura superficial faz cair o denominado "Gradiente térmico vertical".

(b) a condição de lapse resultante atinge seu máximo concomitantemente


com a da temperatura superficial, pouco depois do meio-dia. À medida que a tarde a
superfície se resfria, a situação de lapse diminui, até atingir a condição de neutra, cerca de 2
horas antes do pôr-do-sol. Esta mudança, por sua vez, recebe a denominação de um "transição
vespertinas".

2-16 UMIDADE E PRECIPITAÇÃO

Uma grande umidade relativa a aumenta a eficácia de alguns agentes químicos,


tal como, o agente vesicante HD.
Os agentes químicos que se hidrolisam rapidamente poderão ser prejudicados
pela umidade elevada.
A umidade não deve diminuir seriamente a eficácia da maior parte dos agentes
químicos em concentrações em campanha. Chuvas fortes ou permanentes dissolvem e
arrastam agentes químicos líquido.

ARTIGO IV
EFEITOS DO TERRENO

2-17 GENERALIDADES

A açăo e eficácia da maioria dos agentes químicos são influenciados pelo


contorno, condições da superfície o terreno e pela presença ou ausência de árvores e a
vegetação. (fig. 2-4)

2-18 CONTORNO DO TERRENO

Nuvens de agentes químicos tendem a espalhar-se sobre terrenos


movimentados e vales e profundos, permanecendo em comum ravinas e reentrâncias, terrenos
baixos, depressões e circundando obstáculos. Ventos locais, vindo de vales baixos à noite e de
planaltos durante o dia, devem desviar a as nuvens ou alterar as condições de previsão do
tempo; do mesmo modo, eles devem produzir condições favoráveis para as nuvens
deslocarem-se. Terreno irregular ou acidentado incluindo o terreno coberto com capim alto ou
mata, retardam o fluxo da nuvem, solo úmido propicia, ao cair da noite, constante fluxo de
nuvens sob algumas condições; grandes córregos e rios devem dividir o caminho das nuvens
de aerosol ou vapor. Obstáculos tais como edifícios de grupos de árvores dissiparam o vapor
ou nuvens de aerosol. Sobre as terras adjacentes e grandes massas dágua, as brisas, durante o
dia, sopram normalmente da água e, durante a noite, da terra.
2-19 CONSISTENCIA DO SOLO

Condições do solo influenciam a extensão da nuvem de agente, penetração da


granada, cratera, e grau de contaminação líquida da granada química de artilharia, que detona
ao impacto com o solo. A presença de chuva ou neve altera a condição da superfície do
terreno.
a. Solo macio. A munição química explosiva tende a penetrar no solo antes de
arrebentar. A maioria das nuvens químicas são, deste modo, afuniladas para cima, numa altura
suficiente para causar alguma dispersão e perda de sua eficácia. Também, parte da carga
química permanece na cratera. Sob condições desfavoráveis, a perda do agente químico,
conseqüente do afunilamento e da cratera, deve ser alta em cerca de 20% do total da carga.

b. solo consistente. Não ocorre perda apreciável de agente químico quando a


munição química cai em solo consistente. O agente líquido contamina a superfície e o contato
é perigoso, além disso, um agente químico líquido evapora-se mais rapidamente, e alcança
uma melhor transformação em vapor nos solos consistentes, do que nos solos macios.

c. solo poroso. Se a superfície sobre a qual o agente químico cai é porosa,


infiltra-se rapidamente, diminuindo a eficácia. O grau de evaporação em solo poroso é, em
geral, mais baixo do que o obtido sobre a superfície não absorvente. Superfície encoberta com
areia é muito mais absorvente do que a superfície coberta com capim rasteiro.

2-20 ARVORES E VEGETAÇÃO

Uma concentração mais forte de nuvens de agentes tóxicos químicos pode,


geralmente, ser mais persistente em areia de floresta do que em terrenos abertos. As áreas de
floresta possuem cobertura suficiente para esconder mais do que 90% do terreno à abaixo
delas. Em operações químicas, uma área contendo árvores dispersas ou grupos de árvores ou
arbustos, é considerada terreno aberto. Durante o dia as temperaturas são, geralmente, mais
baixas em áreas matosas do que em um terreno aberto. Em áreas matosas, quando as árvores
estão sem folhas ou um de a folhagem é destruída por um ataque químico ou de alto
explosivos, a luz solar castiga o solo modificando gradiente térmico.
a. áreas de florestas. As nuvens iniciais formadas por munição tipo queima,
dentro de florestas e debaixo de abrigo, são, comparativamente, menores, e contém mais altas
concentrações do que aquelas nuvens formadas em terreno aberto. Dentro da floresta existem,
normalmente, baixas velocidades de vento (variando de 0 a 5 km/h) e mais folhagens, arbusto
e árvores frondosas para retardar a corrente de ar; conseqüentemente, nuvens de agentes
químicos formados dentro de florestas deslocam-se mais vagarosamente do que sobre terreno
aberto ataques químicos com espargidores não são tão eficazes, quando realizados sobre densa
floresta, mas são eficazes quando realizados em campo aberto.
b. Área de vegetação. A contaminação de área com vegetação por agentes
químicos líquidos, tais como HD, é geralmente mais eficaz contra tropas a pé, do que em
terreno aberto, porque aumenta a probabilidade das tropas tocarem na vegetação contaminada.
CAPÍTULO 3

EMPREGO DE AGENTES QUÍMICOS TÓXICOS

ARTIGO I

POSSIBILIDADES E CARACTERÍSTICAS

3-1 GENERALIDADES

Os agentes químicos causadores de baixas têm possibilidades, características e


efeitos que devem ser examinados e cuidadosamente avaliados, para antes que eles possam ser
empregados, para se obter maiores vantagens em operações táticas. Os agentes químicos são
empregados, basicamente, para produzir baixas entre o pessoal inimigo. Sob a forma de vapor
ou aerosol, para produzir baixas pela inalação, ou como líquido para produzir baixas pelo
contato com a pele.

3-2 REDUÇÃO NA EFICÁCIA INIMIGA

Os agentes químicos causadores de baixas, eficazmente empregados, não


somente podem causar severas perdas e inimigas pessoais, mas também podem reduzir
drasticamente o poder do fogo inimigo, eficiência de operações, eficácia de combate e
capacidade de manobra. Esta redução na eficácia resulta das seguintes reações inimigas há um
ataque químico:
a. as medidas de defesa exigidas hoje durante um ataque químico sobre o
objetivo;
b. a atividades de descontaminação exigidas para permitir continuo uso de
áreas atingidas;
c. interferência com as atividades normais, resultantes do uso do equipamento
de proteção após o ataque químico;
d. afastamento e tratamento dos baixados, reduzindo em efetivo, o poder de
combate.

3-3 CLASSIFICAÇÃO

As munições e agentes químicos, para seu lançamento, podem ser classificados


para produzir um indesejado efeito numa dada situação. Os agentes químicos causadores de
baixas diferem, entre si, na ação fisiológica e no efeito sobre o alvo. Os efeitos sobre pessoal
variam desde a inquietação até a morte. Estes efeitos podem ser alcançarmos pelo ataque
direto sobre pessoal, ou pela contaminação no terreno e material. Por exemplo, o VX é eficaz,
restringindo o uso do terreno e material, e causando baixas. O GB pode produzir baixas letais
ou de incapacidade, sem danificar instalações e objetos. Estas instalações, objetos e material
podem ser recuperados pela descontaminação, se necessário.

3-4 PERSISTENCIA

Sob condições favoráveis, alguns agentes causadores de baixas podem


permanecer eficazes na área de alvos, por um apreciável período de tempo , criando, dessa
maneira, um contínuo risco para aqueles que já estão na área. Pela seleção de uma adequada
combinação munição-agente, o tempo de duração da eficácia do agente na área do objetivo
pode variar de minutos, horas ou até dias.

3-5 PENETRAÇÕES DE FORTIFICAÇÕES

A maioria dos agentes químicos causadores de baixas podem ser disseminados


como vapor ou aerosol. Os vapores tóxicos ou aerosóis formam uma nuvem que pode penetrar
pelas aberturas das fortificações de instalações e envolver a maioria dos obstáculos do campo
de batalha. Esta característica das nuvens de agente e reduzem a eficácia da cobertura.

3-6 ÁREA ATINGIDA


Ventos podem mover nuvens de vapor ou aerosol dos agentes químicos a
considerável distância do objetivo. Este movimento de vento, conduzindo a nuvem tóxica,
aumenta grandemente a eficiência total do agente.

3-7 EFEITOS CONTRA TROPAS ABRIGADAS

Os agentes químicos causadores de baixas podem ser usados contra áreas de


alvos, nas quais se conhece a existência de tropas inimigas, mas não se conhece sua
localização exatamente. As nuvens de agentes químicos causadores de baixas podem envolver
tropas inimigas escondidas e produzir baixas. Desta maneira, as nuvens químicas tem
capacidade de redução, da eficiência de camuflagem das tropas inimigas e das medidas de
proteção.

3-8 EFEITOS DA FRAGMENTAÇÃO

Em adendo aos efeitos dos agentes químicos causadores de baixas, munições


químicas de arrebentamentos produzem algumas baixas entre as tropas inimigas, proveniente
dos efeitos de estilhaçamento da carga da granada.

A eficiência do estilhaçamento da munição química de agente tóxico dos


nervos, por exemplo, é aproximadamente uma vez e meia maior do que aquela que
corresponde a granada de alto explosivo, sobre as mesmas condições.

ARTIGO II
EFEITOS NĂO PERSISTENTES

3-9 GENERALIDADES

Num ataque químico não persistente, o agente químico tóxico é disseminado


como vapor ou aerosol, para matar ou incapacitar pessoal. O agente é lançado sobre o objetivo
por munições tipo arrebentamento e tipo queima, destinando-se a produzir densa nuvem de
vapor ou aerosol. A nuvem de vapor ou aerosol formada, é eficaz contra pessoal desprotegido,
no ponto de lançamento do agente e na direção do vento. A nuvem tóxica permanece eficaz na
área de lançamento por muitos minutos e, dependendo do tempo e terreno, deve continuar
causando perigo, de acordo com o os movimentos dos ventos de superfície.

3-10 OBJETIVO

Os principais objetivos de uma parte do químico não persistente são:

a. produzir baixas pelo efeito surpresa. quando o pessoal inimigo está


equipado com máscara de proteção, e é bem treinado em seu uso, é essencial que o agente seja
lançado diretamente sobre a área, no mais curto tempo possível. Desde que as tropas bem
treinadas realizem ações de proteção rapidamente, a surpresa da concentração do agente é,
conseqüentemente, necessária para causar uma dosagem de baixas, antes que a tropa inimiga
possa colocar a máscara;
b. inquietação. A alta toxidez de alguns agentes químicos, tais como o GB,
impõe baixas perigosas entre o pessoal sem máscaras de proteção, até em baixa concentração.
Os efeitos de inquietação podem ser conseguidos, quando as granadas de GB são lançadas
intermitentemente e no interior da área, para forçar o pessoal a permanecer com a máscara,
durante longo período de tempo. Granadas de GB, intercaladas com fogo de alto explosivo,
causam medidas de proteção e alerta do inimigo. Algumas baixas podem ser esperadas, como
resultado do uso de máscaras de proteção, durante longo período. Mesmo baixas moderadas,
interferem no ajuste a adequado da máscara de proteção e causam algum escapamento.
Contudo, quando fogos de inquietação com agentes químicos tóxicos são repetidos por um
longo período de tempo, o pessoal ficará alertado este alerta, diminuirá sua vulnerabilidade,
devido à quebra da surpresa do ataque;
c. baixas produzidas devido a pouca disciplina de gás. O pessoal num ataque
químico é exposto ao agente por falta de adestramento em colocar a máscara rapidamente, por
haver máscaras danificadas ou gastas e por falhas de um eficiente sistema, para alertar todo o
pessoal e na área de alvos e na direção das nuvens tóxicas superficiais. Pessoal dormindo e
grupos ou homens e isolados, tais como aqueles em trabalho e reconhecimento, são
particularmente vulneráveis;
d. baixas produzidas através dos efeitos acumulativos. Algumas das
exposições ao GB baixam a colinesterase no organismo. Repetidas as posições, até para
baixas dosagens, sob um período de dias ou semanas, baixam, gradativamente, o nível de
colinesterase, até que haja a baixa do homem. Cada exposição ao GB aumenta, então, a
vulnerabilidade individual para sucessivos ataques. A completa a recuperação fisiológica da
exposição aos agentes tóxicos dos nervos, tais como o GB, geralmente requer muitos meses;
e. baixas produzidas dentre o pessoal desprotegido. Quando as informações
indicam carência de equipamento de proteção entre o pessoal inimigo, as baixas podem
facilmente ser obtidas pela disposição do pessoal no objetivo, a baixas concentrações de
agentes químicos causadores de baixas, sobre o longo período de tempo. Nesta situação, não é
necessário lançar altas concentrações de agentes químicos tóxicos, num curto período de
tempo.

3-11 TÉCNICAS PARA ATAQUES QUÍMICOS NÃO PERSISTENTES

O consumo e a técnica de lançamento de munição química, para um ataque


químico não persistente, são planejadas para conseguir-se efeitos de surpresa ou letais nas
dosagens.
a. Dosagem do ataque de surpresa. A dosagem de surpresas refere-se aos
efeitos de vapor ou aerosol, que são mantidos por uma concentração de munição química
sobre área de alvos, dentro de um período de 30 minutos. Na dosagem de surpresa no
objetivo, num ataque com concentrações de munições químicas, os efeitos de ventos baixos
são considerados por sua eficiência. Formas de munição químicas podem ser de artilharia,
morteiro, foguetes, concentrações HORA NO ALVO, ou sem SALVAS DE BATERIA ou DE
GRUPOS. A lenta cadencia de tiro e o pequeno raio de ação dos canhões de artilharia devem
exigir uma concentração de fogos de muitas unidades de artilharia, de diferentes calibres, para
cobrir apreciáveis áreas de alvos. Foguetes químicos podem cobrir melhor do que canhões de
artilharia. Cuidadoso planejamento de fogos e horários dos fogos de artilharia são exigidos,
para um máximo efeito de surpresa. A surpresa de dosagem dos fogos químicos inicia com a
preparação de artilharia. Se a munição química é lançada, em horário anterior ao início dos
fogos de preparação de artilharia, o pessoal inimigo do objetivo será alertado para a iminência
do ataque, pela iniciação de fogos de altos explosivos e colocará suas máscaras de proteção.
Fogos de munição químicas, no início da preparação da área de impacto, diminuem os perigos
para as próprias amigas, atacando através da área.

b. dosagem total de ataque. A dosagem total de ataque refere-se aos efeitos


totais de vapores o aerosol, que podem ser obtidas através exige de o lançamento de munições
químicas, num período de tempo variável, dependendo das condições meteorológicas e
terreno. Ataques de dosagem letal são eficazes, quando usados como parte de um trabalhoso e
planejado programa, num período de muitos dias ou semanas, para causar baixas, através de
pouca disciplina de gás do inimigo e através dos efeitos acumulativos de exposições repetidas.
as dosagens totais são também eficazes, quando usadas contra pessoal desprotegido.
Concentrações de munições químicas podem ser lançadas no objetivo ou fora dele; neste
último caso, ventos de superfície farão deslocar a nuvem tóxica, para se obter total cobertura
da área. Um máximo de baixas é obtido com êxito, por concentrações de munições químicas
sobre a área. Como as nuvens tóxicas deslocam-se com ventos de superfície, elas são eficazes
contra outros objetivos em seu caminho. Um ataque de dosagem total é mais eficaz à noite,
porque as condições meteorológicas existentes são mais favoráveis neste horário e o pessoal
estará menos alerta do que durante o dia. Os fogos de dosagem total devem ser associados
com fogos de alto e explosivos.

ARTIGO III

EFEITOS PERSISTENTES

3-12 GENERALIDADES

Em ataques químicos persistentes, o agente causador de baixa é empregado


para produzir baixas ou restringir o uso do terreno, equipamento e material. O agente pode ser
lançado sobre o objetivo por munições tipo queima, arrebentamento e por espargimento aéreo.
Os agentes HD e VX são mais persistentes e a contaminação dá-se pela queima da munição
HD e pela evaporação do agente líquido. Baixas acontecem pela exposição do pessoal ao
vapor de HD ou HD líquido. HD e usualmente o VX produzem baixas de efeitos demoradas,
que devem ser considerados em planejamento.

3-13 OBJETIVOS

Os principais objetivos de um ataque químico persistente são:


a. tornar ineficientes a proteção das máscaras e causar baixas. A HD e o
VX podem produzir baixas entre o pessoal protegido com máscaras. A HD líquida ou em
vapor produz baixas, primeiramente através do contato com a pele. A contaminação da HD
líquida é mais eficaz em terrenos de vegetação densa, desde que o pessoal inimigo ao
movimentar-se nestas áreas, inadvertidamente, exponha sua pele, fardamento, armamento ou
equipamento, ao contato com a folhagem. O vapor de HD, da combustão da munição ou da
evaporação do agente líquido no solo, é eficaz contra os olhos, superfícies da pele e pulmões
do pessoal. As baixas resultantes da exposição da pele ao vapor da HD são melhor obtidas
sob condições de calor e umidade, quando a superfície da pele está úmida. Roupas protetoras
dão ao pessoal quase completa proteção contra concentrações de campanha de vapores HD.
HD e o VX devem produzir, no entanto, algumas baixas entre pessoal com máscaras ou
usando roupas protetoras, por sua facilidade em penetrar vagarosamente em roupas protetoras
permeáveis;

b. retardar as manobras. Em muitos casos a tropa, por força da concentração,


será forçada a colocar as máscaras ou roupas protetoras. O uso destes equipamentos diminui a
capacidade de progressão, aumentando a vulnerabilidade o fogo convencional. A
descontaminação do pessoal e equipamento é tempo consumido e impõem um encargo
logístico adicional inimigo;

c. forçar tropas inimigas a evacuar uma área. A contaminação de uma área


ocupada apresenta três alternativas para o inimigo: permanecer na área aceitar baixas, e
evacuar área, ou gastar tempo, mão-de-obra e materiais para descontaminá-lo. A
descontaminação da área, no máximo reduz o perigo, mas não pode eliminar completamente;

d. aumento da eficiência de campos de minas. A contaminação líquida de


campos de minas aumenta a eficácia destes obstáculos, pela maior dificuldade na abertura de
brechas nos campos de minas e pela demora ou reparação de instalações e material
danificados. Pessoal engajado nestas atividades deve usar roupas de proteção, para reduzir o
risco de baixas.

3-14. TÉCNICAS DE ATAQUE QUÍMICO

O consumo de munição química para um ataque persistente destina-se a ambos


os efeitos de contaminação: efeito líquido e efeito de vapor. A HD e o XV podem ser
lançados contra alvos, por armas de campanha, tais como canhões, obuseiros, morteiros e
foguetes. O fogo químico de artilharia deve ser distribuído, adequadamente no interior da
área. A duração de fogo não é fator crítico e é determinada pela situação tática; missões de
fogo acima de 15 minutos são aceitáveis.
a. Ataque por contaminação líquida. Para operações que visam retardamento
de manobra, a HD e o XV devem ser usados sobre terrenos ocupados ou não ocupados. Para
manter a eficácia da contaminação líquida, são exigidos fogos para ativar a contaminação.
b. Ataque de vapor. A HD pode ser usada para efeitos de vapor sobre
objetivos ocupados, contanto que se deseje obter baixas a longo prazo e que tropas amigas não
pretendam, imediatamente, penetrar na área do objetivo. Unidades de artilharia executarão
eficácias com granadas de HD, até que a concentração desejada seja conseguida.
CAPÍTULO 4

EMPREGO DE AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES, FUMÍGENOS E


INCENDIÁRIOS.

ARTIGO I

EMPREGO DE REGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES

4-1. GENERALIDADES

Agentes químicos inquietantes são usados para, temporariamente, incapacitar


pessoal inimigo. Eles podem também ser usados contra prisioneiros de guerra rebelados e para
controlar distúrbios civis. Em baixas concentrações, eles são usados para treinamento de
tropas amigas na defesa contra um ataque químico. A seleção do apropriado agente químico,
para o uso numa situação particular, depende dos efeitos fisiológicos desejados e avaliação
dos meios de disseminação para o agente.

4-2. CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES

Os agentes químicos inquietantes consistem de sólidos que podem cair ao solo,


em partículas diminutas (micropulverizadas) ou diluídos num solvente. Em geral, agentes
químicos inquietantes micropulverizados são mais persistentes do que agentes líquidos. Os
agentes químicos inquietantes, quando são usados em concentração de campanha, não afetam
o pessoal.
Os agentes químicos inquietantes usados em locais fechados, em altas
concentrações, podem incapacitar pessoal, por muitas horas e causar sérias reações
fisiológicas. Os seguintes agentes químicos inquietantes são usados contra pessoal inimigo:
a.CN. Irrita as vias respiratórias superiores e, em complemento, causa um intenso fluxo de
lágrimas dentro de segundos de exposição sem máscara. Em altas concentrações, a CN é
irritante para a pele e pode causar uma sensação de queima e coceira, especialmente nas partes
úmidas do corpo. Algumas sensações individuais de náuseas seguem-se à exposição da CN.
O pessoal exposto à CN, por poucos minutos, fica incapacitado para uma ação
eficaz;
b.DM. Requer 15 a 30 minutos para produzir efeitos máximos, sendo freqüentemente
combinado com a CN, em munições, para efeito mais rápido. A reação fisiológica da DM é
suficientemente violenta para incapacitar pessoal, por várias horas, após a exposição. A DM é,
particularmente, usada contra violentos distúrbios. Alimentos e suprimentos d´água expostos à
DM são envenenados; desta maneira ela deverá ser usada com cuidado;
c.CS. É usado principalmente em operações de controle de distúrbios. É eficaz até em
concentrações extremamente baixas. Seus efeitos sobre os olhos e sistema respiratório são
produzidos dentro de segundos e continuam, por 5 a 10 minutos, após o pessoal ficar exposto
ao ar fresco. Durante esse tempo, o pessoal fica incapacitado de ação efetiva.
O número de partículas durante a exposição determina a eficácia do CS.
Qualquer quantidade de CS que o indivíduo inale antes de colocar a máscara ou aquela
quantidade de CS que é absorvida pela máscara, enquanto ela está sendo colocada, continua a
ser eficaz, dando a impressão que a máscara está defeituosa. Esta impressão, acumulada com
efeitos, tais como, pressão no peito, náusea e uma sensação de queima nos olhos leva,
freqüentemente, a vítima a retirar sua máscara, expondo o organismo a maior ação do CS ou
algum outro agente químico que esteja sendo usado.

4-3. EFEITOS DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO TERRENO

Os fatores de tempo de terreno que afetam o emprego de agentes


químicos inquietantes são: direção e a velocidade do vento, Gradiente Térmico Vertical,
contorno do terreno e tipo de vegetação. Folhagem e capinzal aumentam a persistência dos
agentes micropulverizados.
4-4. MÉTODOS DE LANÇAMENTO

A seleção dos métodos mais eficazes à disseminação dos agentes inquietantes,


depende do tamanho da área de alvos e característica do objetivo ocupado pelo pessoal. Os
aviões têm capacidade de espargir agentes químicos em grandes áreas. As munições e
equipamentos que podem ser usados para espargir agentes químicos e irritantes incluem:
a.espargidor de do montada em veículo ou helicóptero (M5). É um equipamento destinado
a realizar o espargimento na atmosfera, de agentes químicos inquietante micropulverizados. A
dispersão do agente poderá ser feita com equipamento montado em viatura de campanha, ou
helicóptero voando a baixa altura. O alcance do espargidor, na ausência de vento, é de 12
metros. A altura ideal de espargimento em helicóptero é de 20 a 30 metros. A capacidade do
reservatório de aproximadamente, de 100 e a pressão para o espargimento fornecido por um
cilindro de ar comprimido. Para se obter melhor efeito, espargimento deverá ser realizado com
a viatura deslocando-se a 15 km/h, enquanto que o helicóptero deverá fazê-lo de 60 km/h a 75
km/h. Em ambos os casos, o veículo deverá deslocar-se contra o vento e o tiro deverá ser
realizado para a retaguarda;
b.espargidor portátil. É um equipamento destinado a dispersar manifestação pública,
controlar distúrbios e evitar um choque entre populares. O equipamento é transportado nas
costas do operador e funciona por intermédio de uma corrente de ar comprimido, que lança na
atmosfera o agente químico micropulverizado. O alcance do espargidor, na ausência de
ventos, é de 12 metros. A capacidade dos reservatórios é de 20 litros. O tiro contínuo dura,
aproximadamente, 19 segundos, enquanto o tiro intermitente, com jatos de 5 a 6 segundos,
pode durar até 30 segundos. O tiro intermitente permite cobrir uma área maior com uma
concentração mais baixa, porém eficaz. Os tiros devem ser realizados contra o vento;
c.granadas. Empregadas em combate, em instrução e no controle de distúrbios civis,
apresentam constituições variadas, de acordo com o tipo, a carga e o emprego particularizado
que possui. Podem ser do tipo queima ou arrebentamento.

4-5. EMPREGOS DE AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES EM ÁREAS AMIGAS.

Quando empregado contra distúrbios em áreas amigas, os agentes químicos


inquietantes são usados em suficiente quantidade, para produzir um imediato e decisivo efeito.
Vias de acesso para as turbas civis, amotinados e revoltados, devem ser deixadas para que eles
escapem do avanço das nuvens de agentes químicos e inquietantes. Exceto em emergência
extrema, os agentes químicos inquietante não devem ser usados quando pacientes em
hospitais ou em crianças em escolas possam ser afetados. Sob estas condições o emprego de
agentes químicos é coordenado com o Oficial de Estado-Maior para atividades civis (E5).

a.Granadas do tipo arrebentamento podem ser lançadas ou projetadas por um lançador de


granadas, sobre ou à frente dos amotinados. As granadas do tipo arrebentamento explodem no
ar de maneira que o arrebentamento ocorra alguns metros sobre as cabeças dos amotinados.

b.Espargidor portátil. quando uma grande concentração de agentes é necessária, maior do


que aquela que possa ser obtida pelas granadas comuns, espargidores portáteis são usados.
Eles são empregados para que a nuvem de a gente seja sustentada, até que os amotinados
sejam forçados a deixar a área.

4-6. EMPREGO DE AGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES EM ÁREAS INIMIGAS

Existem situações especiais em que agentes químicos inquietantes


podem ser empregados, efetivamente, contra tropas inimigas:

a.obter informações. Os agentes químicos podem ser usados para subjugar


tropas inimigas em carros de combate, postos avançados, tocas, casamatas e
outros pontos fortes, para captura de pessoal a ser interrogado pelo oficial de
informações;

b.proximidade de civis amigos. Agentes químicos inquietantes podem ser


usados para subjugar tropas inimigas cercadas, nas proximidades de civis
amigos, em edifícios, cidades e áreas de passagem secundárias, sem sérios
danos aos civis;

c.interferência com proteção química. Agentes químicos inquietantes podem


ser usados para interferir na proteção química de tropas inimigas para fazer o
subseqüente uso dos agentes tóxicos, mais eficiente.
ARTIGO II

EMPREGO DE REGENTES QUÍMICOS INQUIETANTES

4-7. GENERALIDADES

A fumaça é empregada em combate para reduzir a eficiência da observação


inimiga. Esta redução é obtida pelo lançamento da fumaça sobre os postos de observação
inimigo, instalações, unidades amigas e também, entre os postos de observação inimigos e
tropas amigas. Alguns tipos de fumaça são usados nas operações de sinalização.

4-8. CARACTERÍSTICAS DA FUMAÇA

A característica da fumaça produzida por gerador de fumaça e tubos fumígenos


são diferentes das características das produzidas pela munição tipo arrebentamento.
A fumaça produzida pela munição de WP (fósforo branco) dá origem a uma
coluna durante 2 ou 3 segundos após o seu arrebentamento e, sob determinadas condições,
poderá formar um “efeito cogumelo”. Esta coluna começa a se desfazer quando esfria e
poderá fundir-se com outros arrebentamentos para formar uma nuvem. O PWP (fósforo
branco plástico) queima mais devagar que o WP, produzido fumaça de menor "efeito de
coluna”. (Fig. 4-1)
a.Fumaça de Cobertura - A fumaça de cobertura é geralmente de cor branca ou cinza, o que
permite o máximo efeito de obscurecimento. A situação tática e logística abrange planos de
dissimulação que têm grande influência na escolha dos efeitos de fumaça de cobertura a serem
os usados. (Fig 4-2)
A fumaça poderá ser empregada para produzir:

(1)Teto de Fumaça - É uma densa concentração de fumaça por cima de uma área para impedir
a observação inimiga conseqüentemente, os bombardeios de precisão. A visibilidade do teto
de fumaça é restrita, Permitindo limitadas operações de tropas amigas;
(2)Neblina de fumaça - É uma concentração de fumaça lançada sobre uma área para reduzir a
observação inimiga durante o dia ou nas noites claras de luar. A observação inimiga reduzida,
permitindo às forças amigas operar facilmente no interior da neblina. A visibilidade na
neblina é, normalmente, de 135 a 180 metros de alcance;
(3)Cortina de Fumaça - É um lançamento vertical de fumaça colocado entre a observação
inimiga e as unidades amigas, a fim de obscurecer a observação terrestre;
(4)Fumaça de Cegar - É uma concentração de fumaça lançada diretamente sobre as posições
inimigas para obscurecer a observação sobre a área amiga. É lançada através de meios aéreos
ou terrestres.
b.Fumaças de Sinalização - A fumaça de sinalização é utilizada em várias cores, com a
finalidade de:
(1)marcar, no terreno, posições amigas ou inimigas;
(2)transmitir mensagens específicas por um código de combinação de cores.

4-9. EFEITOS DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

A velocidade e a direção exercem grande influência sobre a eficiência da


fumaça de cobertura. Outros fatores do tempo têm pequena influência sobre a fumaça
produzida pelos geradores e moderada influência sobre as produzida por outros meios.
a.Velocidade do Vento - a melhor velocidade de vento para estabelecimento e manutenção de
uma fumaça de cobertura varia com o tipo de fumaça que está sendo lançada. A fumaça,
geralmente não é eficaz à velocidade de vento superior a 30 km/h, porque os ventos fortes
dissipam as nuvens rapidamente.
(1)A fumaça de hexacloretano (HC) é mais eficaz a velocidade do vento compreendida entre 9
a 25 km/h. A velocidade abaixo de 9 km/h a fumaça HC desloca-se vagarosamente e eleva-se
muito alto do solo, não sendo por isso eficiente.
(2)A fumaça de fósforo branco (WP) é mais eficaz à velocidade do vento compreendida entre
16 e 30 km/h e em velocidades inferiores a 16 km/h, a fumaça WP produzirá um "efeito de
coluna" bem acentuado, o que não acontecerá com a fumaça de PWP.
(3)A fumaça produzida pelos geradores de fumaça é mais eficaz à velocidade de vento
compreendida entre 9 a 20 km/h. Para velocidades inferiores a 9 km/h fica difícil de se
formaram fumaça de cobertura de apreciável profundidade.
b.Direção do Vento - A direção do vento tem influência na localização e emprego dos
geradores de fumaça e na área de impacto das munições fumígenas de arrebentamento. As
previsões de tempo de longo alcance não deverão ser consideradas nas operações fumígenas.
Estas exigem o estudo de todas as direções de vento locais. Quando o WP for usado como
fumígeno ou causador de baixa, a munição será lançada diretamente sobre o alvo, respeitando-
se a direção do vento.
c.Estabilidade do Ar - As nuvens de fumaça são afetadas pelo gradiente de temperatura. Em
geral, a fumaça é empregada eficientemente sob as mais extremas condições de estabilidade
do ar.
d.Umidade - O poder de obscurecimento e a persistência da fumaça são, geralmente, mais
eficazes, sob condições de grande teor de umidade.

4-10. EFEITOS DO TERRENO

Em geral, as nuvens de fumaça sofrem influência do terreno. O terreno pouco


acidentado ou plano é o mais favorável para o emprego de fumaça; entretanto, a fumaça
poderá ser empregada em qualquer tipo de terreno. Em terrenos planos ou poucos acidentados,
a fumaça poderá se expandir e se uniformizar melhor do que em terrenos acidentados.
Construções e terrenos variados tendem a dispersar a fumaça, obrigando, desse modo, o
planejamento para a cobertura de uma maior área e para obtenção de maior uniformidade na
fumaça. A fumaça se dispersa mais em terrenos abertos do que em florestas. Terrenos muito
acidentados, com grandes elevações rompem a cobertura de fumaça, causando brechas.

4-11. MÉTODOS DE LANÇAMENTO

A seleção do melhor método de lançamento de fumaça para uma operação


peculiar é função da situação tática, resultados desejados, condições meteorológicas, terreno e
viabilidade de munição fumígena.
b.Cobertura em território amigo. Cobertura fumígena em grandes áreas do território amigo
é melhor realizada pelo uso de geradores de fumaça.
c.Cobertura em território inimigo. Cobertura fumígena em pequenas áreas em território
inimigo, é melhor realizada pelo uso de PWP e HC lançados por morteiros, artilharia ou
foguetes.Os efeitos contra pessoal de WP e PWP produzem um resultado compensador.
Os aviões dotados de tanques espargidores são de grande eficiência porque são
capazes de lançar, rapidamente, fumaça de cobertura sobre o território inimigo.

4-12. O EMPREGO DA FUMAÇA EM ÁREAS AMIGAS

Nas áreas amigas, a fumaça deverá ser usada para impedir a busca de
informações pelo inimigo, oriundas da prévia observação, e para iludir e atrair a sua atenção
para as áreas sem importância. A fumaça é também usada para ocultar os clarões de tiros de
canhão, posições de artilharia, construção de posições, estradas principais de reabastecimento,
manobra de tropas e outras atividades no ataque ou na defensiva.
a.Falsa Cortina de Fumaça -O principal uso da fumaça se caracteriza na obtenção da
dissimulação do combate. Pelo emprego da fumaça, com objetivo de atrair a atenção do
inimigo para áreas sem importância, ele poderá ser levado a atacá-las com grande gasto de
munição e sem nenhuma vantagem.
b.Proteção de Zonas de Retaguarda -a fumaça poderá ser empregada, eficazmente, na
defesa de instalações vitais para reduzir ao máximo as baixas sobre o pessoal e evitar os danos
de destruição de material causados por algumas incursões da Força Aérea inimiga. Embora a
fumaça não afete a precisão do bombardeio inimigo de grandes altitudes pelo radar, ele poderá
causar embaraços sobre as aeronaves que se mantém no solo para evitar, inicialmente,
detecção pelo radar. O uso de falsas cortinas é aconselhável em complemento ao uso de
fumaça de cobertura sobre instalações muito bem protegidas.
c.Coordenação – uso de fumaça para as operações amplas de cobertura, necessita de
coordenação do Estado-Maior e supervisão para assegurar que a cobertura é eficaz e capaz de
reduzir a interferência com as operações das tropas amigas. O comando tático mais elevado,
relativo a uma operação, deverá estar informado sobre a operação fumígena, até que o efeito
total da fumaça dentro da missão recebida, tenha sido adequadamente calculado e explorado.
As forças amigas deverão ser avisadas do emprego da fumaça até que possam planejar a
obtenção do máximo de vantagem do ocultamento propiciado e se conservarem preparadas
para uma possível interferência com a fumaça. O emprego da fumaça por uma a unidade tática
exigir a coordenação com os altos escalões, somente quando existe a possibilidade de
eficiência fora da zona de operações da unidade.
4-13. EMPREGO DA FUMAÇA EM ÁREAS INIMIGAS

A fumaça poderá ser usada nas áreas inimigas para cegar a observação,
diminuir a eficiência de fogos ajustados, designar alvos para o ataque, marcar a linha de
segurança de bombardeio sinalização.

ARTIGO III
EMPREGO DOS INCENDIÁRIOS

4-14. GENERALIDADES

Os incendiários sempre tiveram largo emprego nas guerras, constituindo


mesmo a ação principal em alguns teatros de operações. São utilizados no combate para
explorar o medo natural do homem ao fogo, para causar baixas em locais fechados, destruir
material, viaturas, camuflagem e vegetação, ou descontaminar áreas contaminas por agentes
químicos tóxicos.

4-15. CARACTERÍSTICAS DOS INCENDIÁRIOS

a.Incendiários extensivos. Suas características variam com a consistência do combustível


usado. O combustível expressado pode ser projetado de um lança-chamas a uma distância
maior e queima mais tempo que o combustível líquido. Queima na água, fixa-se no objetivo e,
em algumas ocasiões, pode envolvê-lo, atingindo pontos inacessíveis do mesmo.
Os incendiários extensivos são normalmente empregados para incendiar
grandes áreas.

a.Incendiários Intensivos. Produzem um intenso efeito localizado de calor. Eles são usados
para destruir ou danificar material não inflamável, tais como armas abandonadas.
Os incendiários intensivos são normalmente empregados para incendiar
pequenas áreas.
b.Os incendiários são usados quer pelas forças terrestres, quer pelas forças aéreas. Porém, não
é comum um tanque de incendiários em larga escala realizado nas tropas terrestres. Isto é mais
adequado à Força Aérea, em operações táticas contra áreas de estacionamento, depósitos de
suprimento e contra o pessoal abrigado, ou ainda em incursões estratégicas contra cidades e
zonas industriais inimigas.

4-16. EFEITO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO TERRENO


O uso dos incendiários não é afetado pelas condições do tempo como os
demais agentes químicos, sendo o vento o que exerce maior influência, auxiliando inclusive, a
propagação de incêndios.
As precipitações reduzem o efeito dos incendiários extensivos sobre o alvo.
O terreno tem pouca ação sobre os incendiários, sendo que as irregularidades
do terreno interferem no lançamento e não na ação dos incendiários sobre o alvo.

4-17. MÉTODOS DE LANÇAMENTO

Os incendiários intensivos podem ser lançados por meios aéreos ou terrestres.


As bombas incendiárias foram as primeiras armas incendiárias lançadas por aeronaves para
apoiar as operações de campanha. Dentre os meios utilizados para lançamento de incendiários
pelas forças terrestres encontramos:
a.Lança-chamas portátil ou montado em viatura. Os lança-chamas podem projetar a chama
sobre o alvo num único jato ou em jatos sucessivos. O alcance varia com o tipo e consistência
do combustível, direção e velocidade do vento, pressão aplicada, topografia e vegetação do
terreno. A duração de cada jato pode ser controlada pelo atirador. A precisão do tiro depende
da consistência da mistura de combustível, do vento e da experiência do atirador;
b.Artifícios Incendiários. Consistem de recipientes improvisados cheios de combustível e
armados com explosivos, espoletas ou granadas. Os artifícios podem ser ainda:
(1)mina incendiária terrestre. Acionada por um dispositivo de tração;
(2)fornilho incendiário. O combustível de queima é lançado sobre uma área pré-selecionada;
(3)pirotécnicos. Produz brilho de pequena intensidade, para iluminar uma área limitada, por
pouco tempo.

4.18 EMPREGO DO INCENDIÁRIO EM ÁREAS AMIGAS

As minas terrestres e incendiarias e outros artifícios incendiários são usados em


operações ofensivas e defensivas, mais são empregadas, principalmente, em operações
defensivas. Podem ser usadas sozinhas ou para suplementar outro tipo de campos de minas,
para causar baixas e incêndios. Elas podem ser empregadas ao longo da linha de um campo de
minas químicas e auto explosivas, reforçando as demolições ou os obstáculos artificiais, ou
para dar segurança às forças a frente das posições de combate, para prevenir a aproximação
inimiga à noite. Os artifícios incendiários são usados para:

a.segurança contra a aproximação inimiga. Eles são usados em áreas desenfiadas ou


durante de períodos de limitada visibilidade;
b.produzir baixas. O calor radiante, fragmentos do reservatório e salpicos de combustível
poderão causar baixas;
c.deter o inimigo pelo efeito psicológico. O repentino aparecimento da chama de um artifício
incendiário, bem como de um lança-chamas, é eficaz contra os ataques inimigos.

4-19. EMPREGO DO INCENDIÁRIO EM ÁREAS INIMIGAS

O lança-chamas portátil é uma arma de assalto de pequeno alcance, empregado


principalmente na ofensiva. É, às vezes, utilizado para apoiar unidades de infantaria quando
estas se encontram a poucos metros do objetivo. Os incendiários são empregados para:

a.matar ou incapacitar tropas inimigas. O incendiário é lançado, diretamente, sobre pessoal


em campo aberto ou através de aberturas em fortificações ou veículos blindados. As baixas
são produzidas pelo calor, associadas às queimaduras ou a sufocação provocada pela falta de
suprimento de oxigênio, se o alvo for recinto fechado, tal como uma casamata;
b.desmoralização do pessoal. O incendiário é lançado diretamente sobre o pessoal em tocas,
abrigos fortificado, casamatas, carros de combate imobilizados, edificações, fossas e
trincheiras para a desmoralização, através do medo natural que o fogo não controlado produz
no homem;
c.apoio em áreas de limpeza. O incendiário é empregado para destruir camuflagem,
vegetação e outros materiais inflamáveis. Ele pode ser um usado para descobrir
embasamentos inimigos camuflados e campos de minas. Pode ainda ser empregado para
apoiar na descontaminação de passagens e trilhas, através de áreas contaminadas com agentes
tóxicos químicos.

ARTIGO IV
NECESSIDADE DE MUNIÇÃO FUMÍGENA

4-20. GENERALIDADES

As tabelas de consumo de munição fumígena foram confeccionadas para as


diversas condições meteorológicas e do terreno. As tabelas de consumo de munição de
Artilharia serão somente usadas a título de orientação. As necessidades de consumo, nas
atuais operações fumígenas, variam consideravelmente para cada missão específica. A
quantidade de munição fumígena necessária para manter uma cortina de fumaça, deverá ser
melhor determinada pela observação do que pelas tabelas. Observadores treinados serão
necessários para ajustar uma cortina de fumaça em larga frente, modificá-la de acordo com as
condições meteorológicas, torná-la isenta de falhas e estreitamentos e, finalmente, aumentar
ou diminuir o gasto de munição fumígena.

4-21. CONSUMO DE MUNIÇÃO FUMÍGENA

As tabelas de consumo de munição fumígena, desde a tabela A7 até a tabela A9


dão o número aproximado de impactos por minuto, necessários para manterem uma cortina de
fumaça de 500 metros de frente. Sob condições normais, três minutos serão necessários para
ajustar o fogo sobre o objetivo e um minuto, aproximadamente, para estabelecer a cortina de
fumaça.
a.cortina de fumaça - Uma cortina de fumaça será estabelecida por meio do tiro de salva,
usando-se duas vezes a quantidade de munição prevista para o primeiro minuto da
manutenção da cortina de fumaça.
b.Fumaça de cegar - Para um efeito de cegar numa frente de 500 metros, tomam-se,
aproximadamente, duas vezes a quantidade de munição necessária à manutenção de uma
cortina de fumaça.

4-22. POSSIBILIDADES DAS UNIDADES

As possibilidades das unidades para estabelecer e manter uma cortina de


fumaça ou uma fumaça de cobertura variam, consideravelmente, com as condições
meteorológicas da área. O tamanho da aérea sobre a uma unidade tem capacidade de
estabelecer e manter uma cortina de fumaça, poderá ser determinada através o emprego de
dois fatores:
a.a possibilidade da unidade em lançar munições fumígenas sobre o alvo (regime tiro).
b.munição necessária para cobrir 500 metros de frente (conforme as tabelas ).

4-23. USO DAS TABELA

As tabelas, em anexo, de consumo de munição fumígena foram confeccionadas


à base do metro e do hectare (hectare = 10.000 metros quadrados). Os seus elementos poderão
ser considerados ótimos para as condições fixadas. As tabelas indicam o número de tiros que
deverão cair no objetivo; nenhum desconto será feito para as granadas adicionais que, devido
às características de dispersão das armas, são necessárias para garantir que o número exato
atinge o alvo. Qualquer margem de segurança para o cumprimento da missão será de
responsabilidade do Comandante da unidade de tiro, até que a dispersão varie com cada tipo
de arma e aumente com o alcance.

CAPÍTULO 5

OPERAÇÕES QUÍMICAS COM O AGENTE TÓXICO


ARTIGO I

INTRODUÇÃO

5-1.GENERALIDADES

Os agentes químicos são empregados taticamente, para apoiar o Comandante


na execução de sua missão. A escolha do agente a ser utilizado dependerá:

a.da missão;
b.do objetivo e plano de operações;
c.das condições meteorológicas e do terreno;
d.do efeito desejado;
e.das propriedades do agente e munições disponíveis;
f.da rapidez com que se pretende ocupar os objetivos do ataque químico.

O emprego de qualquer agente químico requer considerações do Estado-


Maior, no que concerne à capacidade e disponibilidade de armas para lançar o agente,
necessidade de munição e segurança da tropa, bem como, da população civil.

5-2. OBJETIVOS TÁTICOS

O planejamento para emprego de agentes químicos é integrado dentro do


esquema de operações. Os possíveis objetivos estáticos, em operações de químicas visam:

a.amaciar posições inimigas - Agentes químicos são usados contra posições inimigas,
fortemente defendidas, para enfraquecê-las pelas baixas provenientes dos agentes lançado;
b.impedir o apoio de operações inimigas - Agentes químicos são usados para produzir
baixas entre as tropas inimigas em reserva , ou em áreas de reunião ou concentração. Estes
agentes são também usados sobre posições inimigas de artilharia, morteiros e mísseis,
instalações logísticas e postos de observação, para causar baixas e restringir seu uso, ou forçar
sua evacuação. Fogos químicos de interdição restringem operações inimigas pela produção de
baixas, limitando o uso de terreno e instalações e requerendo prolongado uso de máscaras. A
contaminação de instalações danificadas torna demorada sua reparação, porque obriga o
pessoal a usar roupas de proteção e máscaras, enquanto trabalha;
c.produção de baixas com mínimo de destruição em instalações vitais - Instalações vitais,
previstas para uso futuro pelas forças amigas, devem ser atacadas com agentes químicos,
reduzindo-se a destruição a um mínimo. As baixas no pessoal inimigo evitarão danos ou
destruição nas com previsão de utilização por nossas tropas;
d.impedir ou canalizar movimento inimigos – Agentes químicos podem ser usados para
reforçar barreiras naturais ou obstáculos, para impedir ou canalizar o avanço inimigo. A
contaminação química líquida usada para a reforçar um campo de mina ou obstáculos,
dificulta as operações de limpeza e retarda as aberturas de brechas nos campos de minas,
tornando morosa a reparação de instalações e material danificados;
e.apoio ou isolamento de posições inimigas - Agentes químicos podem ser usados para
contaminar rotas inimigas de suprimento e reforço, podendo deste modo apoiar o isolamento
das posições inimigas. A contaminação desses objetivos deve ser planejada e coordenada com
a manobra das forças amigas;
f.apoio na proteção dos flancos - Agentes químicos podem ser empregados, para contaminar
terreno selecionados e desta maneira dificultar operações inimiga contra um flanco exposto. O
emprego nesta situação obriga o inimigo a evitar as áreas contaminadas ou atravessá-las
correndo o risco de baixas no pessoal e contaminação do material.

5-3. PLANEJAMENTO TÁTICO

Os fatores fundamentais, considerados no planejamento do emprego de agentes


químicos e a seqüência em que são relacionados pelo Estado-Maior de um comando são:
a.seleção de alvos – A seleção de alvos para o ataque com agentes químicos requer
coordenação de reconhecimento, estudo de informações e avaliação pelo Estado-Maior de
alvos inimigos e áreas suspeitas de conter alvos compensadores. Alvos com tropas, que são
vulneráveis ou apropriados para ataques químicos, são normalmente selecionados;
b.efeitos desejados - Antes que um agente químico seja selecionado para o uso contra um
objetivo designado, os efeitos desejados devem ser determinados. A situação tática poderá
existir:
(1)efeitos imediatos, efeitos retardados, ou a ameaça de baixas continuadas;
(2)restrição ao uso do terreno ou materiais, pelo inimigos, durante determinado período de
tempo;
(3)restrição ao uso de importantes instalações pelo inimigo, sem destruí-las, de maneira que
elas possam ser utilizadas pelas forças amigas;
(4)neutralização de fortificações inimigas, que não são vulneráveis aos altos explosivos
convencionais, ou não são apropriadas para ataques com armas nucleares.
c.seleção de agentes químicos - o agente químico é selecionado para emprego contra o
objetivo designado, devendo ser considerado os seguintes fatores:

(1)a qualidade do tipo da proteção disponível das tropas inimigas;


(2)o estado moral e do treinamento químico defensivo inimigo;
(3)probabilidade dos efeitos fisiológicos no inimigo;
(4)o sistema de alarme de ataque químico do inimigo;
(5)o equipamento de detecção e identificação de agentes químicos do inimigo;
(6)o tempo e terreno do campo de batalha;
(7)capacidade e limitações dos agentes químicos amigos.

d.seleção de armas - as armas que podem, eficazmente, lançar o agente químico designado
para o alvo, são selecionadas. Em complemento aos meios de lançamento, considerações são
feitas sobre a capacidade e disponibilidade da munição química. Devem ser reunidas as armas
necessárias ao ataque à área;
e.medidas para a segurança da tropa - As exigências para a segurança de tropa são
determinadas e difundidas para as unidades de tropa participantes. Elas incluem distâncias
estimadas dos riscos e perigos no evento abaixo e detalhes das áreas contaminadas.

5-4. COORDENAÇÃO

O emprego de agentes químicos numa operação tática deve ser, rigorosamente,


coordenado com outras operações em desenvolvimento e com operações de forças amigas
vizinhas. A contaminação do terreno, essencial a operações futuras planejadas, é geralmente
evitada. Um ataque químico a ser feito, em área onde correntes de ar poderão ter acesso às
tropas amigas, deverá ser coordenado cuidadosamente e aprovado pelo escalão superior mais
próximo. O emprego de agentes químicos é, normalmente, coordenado até divisão ou escalão
superior, mas em situações especiais, esta responsabilidade deve ser delegada às unidades
subordinadas. Tal coordenação é realizada no Centro de Coordenação de Apoio de Fogo
(CCAF) do escalão considerado.

ARTIGO II

ANÁLISE DE ALVO PARA EMPREGO DE AGENTES QUÍMICOS

5-5. FINALIDADE

A análise do alvo para emprego de agentes químicos tem como finalidade


determinar, pelo exame dos alvos conhecidos e potenciais inopinados, aqueles que são
compensadores para ataque químico e as possibilidades das armas terrestres disponíveis para
atacar os alvos escolhidos. Com base nesta análise, o plano para emprego dos agentes tóxicos
pode ser preparado no CCAF, com a assistência do Oficial de Guerra Química. Os fogos da
Guerra Química são planejados e integrados no plano de apoio de fogo. A análise pode
consistir em um rápido um estudo mental, ou pode ser desenvolvida em forma escrita e
detalhada. Tudo depende da quantidade de informações disponíveis sobre os alvos inimigos,
da nossa disponibilidade em meios de lançamento, do grau de coordenação necessário e da
urgência do ataque.

5-6. PLANO DA UNIDADE APOIADA

O plano da unidade apoiada é considerada fundamental na análise do alvo para


emprego de agentes químicos. Todo apoio químico deve ser planejado de forma a prestar
contribuição máxima ao plano de operações da unidade apoiada e deve ser perfeitamente
coordenado com os demais planos de fogos. Isto deve ser feito nos primeiros estágios do
planejamento e cada alvo provável deve ser analisado separadamente. A natureza e as
características do alvo não determinam, por si só, o processo de ataque. A importância do
alvo, medida por seu grau de influência sobre as operações da unidade, deve, também, ser
considerada.
5-7. MEMENTO DE ANÁLISE DO ALVO

Na análise do alvo, para emprego de agente químico, segue-se o memento


normal, em 5 parágrafos, do estudo de situação, apresentando numa seqüência lógica os
fatores atinentes à Guerra Química e nele, o Oficial de Guerra Química analisa as nossas
linhas de ação (possibilidade dos ataques químicos) e as compara com as possibilidades do
inimigo (alvos), com fim de determinar as linhas de ação (ataques químicos) que apoiarão, da
melhor maneira , a manobra da unidade apoiada.

a.Parágrafo 1 – Missão (Finalidade do Ataque Químico)


O parágrafo 1 da análise do alvo contém a finalidade do ataque químico, que
deve ser enunciado de forma concisa. A finalidade do ataque pode ser dada pelo E3 ou
deduzido dos resultados desejados pelo Comandante ou do conceito da operação. O
comandante pode enunciar os resultados desejados de vários modos. Pode enunciar a duração
do retardo da ação inimiga, qual unidade inimiga deve ser neutralizada, qual o tipo desejado
de perdas (imediatas, retardadas ou para incapacitar), ou simplesmente que deseja perdas em
certa área. Normalmente, o comandante especifica como os agentes tóxicos serão empregados.
Por exemplo, ele pode declarar: “Os agentes tóxicos serão empregados no aproveitamento do
êxito com prioridade na proteção dos flancos expostos da unidade que a executa".
b.Parágrafo 2 - Situação (Característica do Alvo)
O parágrafo 2 trata principalmente da descrição do alvo e de todos os fatores
que podem influir na seleção de alvos para o ataque com agentes tóxicos. A situação do
inimigo e das forças amigas, as possibilidade do alvo e as considerações que afetam as
possíveis linhas de ação, são aqui consideradas. Do estudo de situação do E2 e do boletim
periódico de informações de artilharia podem ser extraídos informes e informações sobre o
alvo. Do estudo de situação do comandante e da análise de alvo do comandante da artilharia,
podem ser obtidos detalhes sobre as possibilidade do inimigo e as nossas linhas de ação.

c.Parágrafo 3 – Análise (Possibilidade do Ataque)


O parágrafo 3 trata principalmente do exame das possibilidade da unidade no
tocante ao ataque químico de alvos, à luz das possibilidade de inimigo. A possibilidade do
inimigo de interferir no cumprimento da missão da unidade é importante consideração. Este
parágrafo pode incluir a relação das diferentes armas disponíveis, juntamente com as
características de lançamento de cada uma delas, englobando, também, a munição necessária
para cada alvo. Os fatores pertinentes que possam ter influência na análise detalhada, tais
como as recomendações sobre as armas que devem ser empregadas, a munição disponível e
limitações de munição química, os meios de lançamento, e a “HNA” devem ser considerados.
Compete ao Oficial de Defesa Química determinar os consumos necessários de munição para
obter-se os resultados desejados sobre os alvos escolhidos, usando as tabelas constantes deste
manual, a repartição de munição química por unidade, as condições de proteção existentes no
alvo e os dados técnicos referentes às condições meteorológicas e ao terreno.

d.Parágrafo 4 – Avaliação e Conclusões


O parágrafo 4 tem como finalidade considerar as vantagens e desvantagens dos
processos de ataque químico em apreço e discutir o valor relativo de cada um, em termos de
resultados desejados. Abrange a avaliação dos efeitos sobre o alvo dos agentes tóxicos
escolhidos e lançados sob condições específicas, com isto, à luz dos parágrafos 1,2 e 3 da
análise, obtém-se a base para as conclusões que consistem num relacionamento, em ordem de
prioridade dos vários processos de ataque químico que levarão à obtenção dos resultados
desejados.

e.Parágrafo 5 - Propostas
O parágrafo 5 relaciona todas as e informações de que o E3 necessita para
decidir se devem ser aceitas, inteira ou parcialmente, as propostas do Oficial de Guerra
Química relativas ao apoio a ser dado ao plano de operações da unidade. Este parágrafo inclui,
para cada alvo:
(1)Localização e tipo dos alvos recomendados para ataque com agentes químicos.
(2)Agente Químico a ser considerado.
(3)Tipo de unidade de artilharia que pode ser empregada no lançamento do agente e
quantidade de munição química necessária.
(4)Hora do ataque.
(5)Limitações do tempo total necessário para a completa realização do lançamento.
(6)Medidas de segurança da tropa, individuais e coletivas e medidas de coordenação com as
unidades vizinhas.
(7)Instruções para órgãos de busca, com vistas à análise depois do ataque.
5-8. MEMENTO

A – MEMENTO. ANÁLISE DE ALVO PARA EMPREGO DE AGENTES


QUÍMICOS

1. MISSÃO

Enunciar a finalidade do ataque químico.

2.SITUAÇÃO

Descrever os alvos e todos os fatores que afetam a escolha de alvos para


ataque, com agentes tóxicos.
a.Situação das Forças em Presença.
(1)Situação das Forças Inimigas - Estender-se, tanto quanto for necessário, para auxiliar a
análise dos alvos propostos.
(2)Situação das Forças Amigas - Como (1) acima. Enunciar os efeitos dos agentes tóxicos
sobre a missão da unidade e o plano de operações.
b.Características do Alvo - (Para cada alvo considerado)
(1)Descrição do Alvo - Descrever o alvo, incluindo o seu tipo (pessoal, material ou acidente
do terreno), efetivo e quantidade de material.
(2)Localização do Alvo - Dar as coordenadas, a localização em relação às forças amigas, as
características do terreno e a precisão da localização.
(3)Dimensões e Forma do Alvo - Dar as dimensões e forma do alvo e a distribuição do
pessoal e material.
(4)Vulnerabilidade - Definir o tipo e o grau de cobertura do alvo, incluindo o tipo de material
e da construção, sua mobilidade e a densidade de pessoal e material.
(5)Terreno e Condições Meteorológicas - Fazer uma análise sucinta das condições
meteorológicas e do terreno na área do alvo, incluindo aqueles aspectos de terreno que podem
afetar os meios de lançamento e o processo de ataque. Considerar cuidadosamente a previsão
das condições meteorológicas para o período no qual se deseja empregar agentes químicos.
c.Possibilidade do alvo - Estudar a possibilidade que cada alvo tem de afetar o cumprimento
da missão da unidade.
d.Outros Fatores - Relacionar e estudar todos e qualquer um dos seguintes fatores e outros, se
houver, que tenham influência sobre a escolha do processo de ataque ou meios de lançamento:
(1)urgência de ataque - Considerar o tipo de alvo (estático ou móvel) e sua possibilidade;
(2)contramedidas do inimigo - Considerar a capacidade do inimigo em reduzir os efeitos dos
agentes, em impedir o seu lançamento eficaz e em tomar contramedidas após o ataque;
(3)disciplina e moral do inimigo - Considerar o efeito deste fator sobre o tipo e quantidade
necessários do agente, a hora e a duração do ataque;
(4)Criação de Obstáculos – Considerar se, da contaminação produzida, resultará qualquer
obstáculo para as manobras das forças amigas;
(5)surpresa – Considerar os fatores que contribuem para obtenção da surpresa, inclusive a
menor duração prevista para o ataque, os meios de lançamento e as restrições quanto às
regulações;
(6)hora do ataque - Considerar a hora do ataque já que ele tem influência sobre o consumo de
munição;
(7)retardo da produção de perdas – Estudar o retardo aceitável na influência do agente;
(8)perdas entre civis - Considerar o número e a situação de civis no alvo, bem como qualquer
implicação decorrente.
e.Meio de Ataque - Considerar os meios de lançamento disponíveis e as necessidades de
munição com os quais é possível atacar-se o alvo; indicar os meios de lançamento mais
exeqüíveis.

3. ANÁLISE

Analisar cada meio de ataque químico em relação às características do alvo,


possibilidades do alvo e outros fatores.
a.Arrebentamento em percussão ou no ar, para obtenção do efeito máximo.
b.Considerando os consumos propostos da munição escolhida, face à disponibilidade e aos
efeitos sobre as operações futuras.
c.Estimativa das perdas inimigas e da contaminação do solo.
d.Análise dos obstáculos criados.
e.Precauções a serem tomadas pelas forças amigas. Considerar os efeitos de persistência e os
riscos na direção do vento.

4. AVALIAÇÃO E CONCLUSÕES
Considerar as vantagens e desvantagens de cada meio de ataque e decidir qual
deles dá melhor apoiou cumprimento da missão da unidade.

5. PROPOSTA

Apresentar a proposta do plano para o emprego de agentes químicos,


considerando para cada alvo:
a.localização e tipo do alvo;
b.agentes químicos a empregar;
c.unidade de lançamento e quantidade de munição necessária;
d.hora do ataque;
e.limitações de prazos para a execução do lançamento;
f.medidas de segurança da tropa e coordenação necessárias;
g.plano de análise pós-ataque.

ARTIGO III

SEGURANÇA DA TROPA

5-9. GENERALIDADES

O emprego de agentes tóxicos cria, para as tropas amigas, certos riscos, que
devem ser levados em conta pelo comandante. Estes riscos são, geralmente, criados pela
direção do vento. Há outros riscos para as forças amigas, tais como os decorrentes de
imprecisões nos sistemas de lançamento. No entanto, estes últimos são causados por fatores
de ordem técnica, que sobre os quais o Oficial de Guerra Química não tem controle, e, em
conseqüência, não serão considerados neste capítulo.
5-10. RISCO DE CORRENTE DA PERSISTÊNCIA DO AGENTE

O pessoal em área contaminada por agente tóxico é exposto a uma determinada


concentração cuja duração varia com a quantidade e o tipo de agentes e as condições
meteorológicas e do terreno. As tropas amigas não devem receber ordem de penetrar em área
contaminada, a não ser que tenham equipamento protetor, que a área haja sido
descontaminada ou que tenha decorrido tempo suficiente para atenuação da contaminação.
Contudo, deve-se reconhecer que considerações táticas podem forçar o comandante deixar de
lado essas precauções relativas à segurança da tropa.

5-11. RISCO NA DIREÇÃO DO VENTO

As nuvens de agentes tóxicos deslocam-se na direção do vento, quando as


condições meteorológicas e de terreno são favoráveis. Estas nuvens podem acarretar riscos a
vários quilômetros do ponto de lançamento, na direção do vento. Considerações de ordem
tática podem exigir do comandante o emprego de agentes tóxicos, quando o vento sopra na
direção das forças amigas. Nestas condições, as tropas amigas devem ser alertadas antes do
ataque químico, a fim de que possam se proteger. O afastamento máximo do efeito de
contaminação, em relação ao ponto de lançamento e na direção do vento, e a área total afetada
dependem, principalmente, das condições meteorológicas, porém, para fins de planejamento, a
área de risco na direção do vento pode ser considerada com igual a uma área 10 vezes maior
que a área do alvo.

5-12. MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Quando decidir empregar agentes tóxicos, o comandante deve exigir que sejam
tomadas medidas de proteção adequadas para garantir a segurança das forças amigas; os
elementos empenhados, no escalão Companhia, devem ser notificados do ataque químico na
véspera de seu desencadeamento. Assim, terão a oportunidade de verificar o funcionamento
de detectores de agentes químicos e se os operadores especialistas estão disponíveis. As
máscaras individuais são inspecionadas para verificação de defeitos em suas partes como
filtros, óculos, etc... e é feita a ajustagem. Os operadores de detectores de agentes químicos
são destacados, durante o ataque, para junto dos elementos em primeiro escalão. Quando a
situação tática permite, o comandante pode determinar que as tropas amigas observem o
intervalo de segurança antes da entrada em áreas contaminadas e permaneçam a uma distância
de segurança, na direção do vento, em relação ao alvo.

5-13. TRAVESSIA DELIBERADA DE TERRENO CONTAMINADO

Quando tropas amigas recebem a missão de atravessar uma área contaminada


por agentes químicos, o Comandante decidirá da conveniência ou não de aberturas de faixas
de segurança através da área perigosa. A descontaminação em larga escala de áreas
contaminadas, na vizinhança das posições principais não é praticável. Quando o tempo e a
situação tática permitirem, faixas de segurança poderão ser abertas através de área
contaminada, porém o trabalho poderá chamar a atenção do inimigo e acarretar às tropas
amigas a perda de vantagem do fator surpresa. Tropas protegidas por máscaras poderão, com
segurança, atravessar deliberadamente áreas contaminadas, em veículos. Tropas com
equipamento completo, de roupas protetoras permeáveis, poderão atravessar áreas
contaminadas, a pé, com baixo índice de risco, 3 ou mais horas após a contaminação inicial.

a.Decisão do Comando – Quando a urgência da situação tática exige a travessia de uma área
contaminada, sem abertura de faixas de segurança, os Comandantes deverão fazer com que
suas tropas atravessem-na, sem usarem roupa protetora. O número e o rigor das baixas que
poderão ser produzidas entre as tropas que transpuserem a área contaminada, serão
influenciados pelos seguintes fatores:

(1)natureza e concentração do agente contaminante;


(2)presença de vegetação e tipo de terreno;
(3)condições meteorológicas;
(4)profundidade e largura da região contaminada;
(5)tempo gasto na área e resistência do inimigo, à sua travessia;
(6)tipo de roupas usadas pelas tropas;
(7)medidas de proteção tomadas pelas tropas antes de entrarem na área contaminada;
(8)medidas de descontaminação pessoal da tropa depois de atravessar a área contaminada.
b.Precauções especiais contra os agentes da série "G" - Quando as tropas precisarem
atravessar terreno contaminado pelos agentes da série “G”, deverão ser instruídas para
tomarem as precauções adequadas contra o perigo dos vapores desses agentes oriundos das
roupas contaminadas.
Dever-se-á ter o cuidado de manter as tropas dispersadas e afastadas de recintos
fechados pelo menos 1 hora depois da área ter sido contaminada, bem como, proceder a
descontaminação de roupas e equipamento.

c.Precauções especiais contra Agente VX - Quando as tropas necessitarem atravessar


terreno contaminado com agentes VX, deverão evitar ao máximo o contato com o terreno e
vegetação. As roupas e equipamentos contaminados deverão ser descontaminados ou
removidos.

5-14. DISTÂNCIA DE SEGURANÇA TOMADA NA DIREÇÃO DO VENTO

Os agentes químicos tóxicos originam vapores perigosos para as tropas, pelo


que se deverá fazer uma previsão das distâncias a favor do vento, durante as contaminações de
áreas do terreno. As áreas a sotavento dos perigos oriundos de agentes químicos tóxicos são
calculadas e registradas na carta de situação ou no calco de operações e fornecidas para as
unidades que provavelmente ficarão expostas.

Distância em metros, a favor do vento, por uma área


Natureza Dimensão da área contaminada por HD, cujo perigo de vapor poderá existir.
do do alvo a favor do Ver nos 1, 2 e 3 abaixo.
Terreno vento (em metros) Tempo quente e úmido Temperatura amena (entre 11º
(acima de 26ºC ou 80ºF) e 26ºC ou 60º ou 80ºF)
Vegetação 200 900 1600
Rasteira 500 2200 4100
Argiloso 200 1100 2100
ou
500 2700 5200
Arenoso
1.Para o deslocamento de nuvens de HD em terreno matoso, tomar a casa correspondente à
“VEGETAÇÃO RASTEIRA” e multiplicar os dados achados por 0,5.

2.Estas distâncias aplicam-se somente sobre terreno relativamente plano, que não contenha
árvores, casas ou mudanças bruscas de contorno.

3.As condições de estabilidade do ar favoráveis que permitem um deslocamento amplo são,


raramente, encontrada sob alta temperatura, porque a atmosfera nestas condições tende a
difundir e dissipar a nuvem tóxica, antes que ela possa começar o seu deslocamento a uma
distância considerável a sotavento da área do alvo.

5-15.TEMPO DE SEGURANÇA PARA ÁREAS CONTAMINADAS

Os agentes químicos tóxicos, de um modo geral, são eficazes sob a forma


líquida ou estado de vapor, contra tropas durante um espaço variável de tempo.
a.Agente Tóxico dos Nervos (GB ou VX) – Os perigos resultantes dos agentes líquidos
tóxicos dos nervos terão maior duração do que os resultantes desses mesmos agentes em
estado de vapor, especialmente em terrenos baixos, crateras de granadas de artilharia e abrigos
individuais.
(1)O VX e o GB líquidos permanecem nas crateras de granadas de artilharia por um longo
período de tempo, dependendo das condições meteorológicas e do terreno. As tropas serão
alertadas, a fim de evitar as crateras nas áreas contaminadas com VX ou GB, até que sejam
feitos os testes de identificação indicando que existem condições de segurança. Não se deverá
estipular nenhum tempo de segurança, por menor que seja, para permitir a ocupação destas
crateras contaminadas pelas tropas que não usarem mascarás protetoras, porque a persistência
dos agentes líquidos variará com inúmeros fatores.
(2)O vapor de GB, na área do alvo, dissipa-se logo após o ataque químico. As tropas
designadas para ocuparem a área contaminada com o GB deverão permanecer com as
máscaras ajustadas, até que os testes indiquem que as concentrações de GB, causadores de
baixas, não permanecerão por muito tempo. As partes baixas ou regiões matosas retém o
vapor de GB por um período de tempo maior do que o restante da área.
(3)O tempo de segurança para a entrada de tropas no interior das áreas a sotavento do alvo,
bem como, a duração de exposição de tropas na direção da nuvem tóxica, poderá ser avaliada
pelo tempo em que a nuvem tóxica se dissipar na área. Devido ao efeito de arrastamento e
outras variações, a nuvem tóxica tende a alongar-se na direção do vento. Uma margem de
segurança de 10 minutos deverá ser acrescida ao tempo de deslocamento de nuvem tóxica
para compensar as variações. Por exemplo, quando a velocidade do vento for de 16Km/hora
(9 nós) e a distância de deslocamento da nuvem tóxica, a favor do vento, de 1,5 quilômetro,
pelo menos 16 minutos (6 minutos do deslocamento da nuvem mais 10 minutos de margem de

TEMPO APROXIMADO DEPOIS DA


CONTAMINAÇÃO PARA UTILIZAR A ÁREA
USANDO ROUPAS
SEM USAR ROUPAS
PROTETORAS E
PROTETORAS
MÁSCARAS
TIPO DE
PROCEDIMENTO TEMPERATURA
TERRENO
AMENA AMENA
ELEVADA ELEVADA
(Entre 11º (Entre 11º
(Acima de (Acima de
26ºC ou 60º 26ºC ou 60º e
26ºC ou 80ºF) 26ºC ou 80ºF)
e 80ºF) 80ºF)

Solo Argiloso, USANDO MÁSCARAS (3)


Areia ou Capim 0 0
Rasteiro 36h 36h
TRAVESSIA (2)
(Atravessar a área Vegetação
4h 2h 36h 36h
em duas horas ou Baixa
menos) Vegetação Alta,
Inclusive Selva
12h 6h 4d 2d
e Floresta
Densa.
Solo Argiloso SEM USAR MÁSCARAS
AVANÇOS SOB
ou Vegetação 24h 8h (4)
FOGO
Baixa 3d 2d
(Contato com o
Vegetação Alta,
solo, 1 hora; tempo
Inclusive Selva
total na área, 2 2h 24h 6d 4d
e Floresta
horas)
Densa.
Solo Argiloso
ou Vegetação 1h 1h 4d 3d
OCUPAÇÃO Baixa
(Sem remover o Vegetação Alta,
solo, 24 horas) Inclusive Selva
1h 1h 4d 4d
e Floresta
Densa.
Solo Argiloso
ou Vegetação 24h 8h 4d 3d
OCUPAÇÃO Baixa
(Ataque envolvente Vegetação Alta,
sob fogo, 24 horas) Inclusive Selva
2d 24h 6d 4d
e Floresta
Densa.
segurança), deverão decorrer antes que as tropas amigas, desprovidas de máscaras protetoras,
posam ocupar, com segurança, a área a favor da direção do vento.

TABELA 5.2 – DURAÇÃO DE PERIGO NUMA ÁREA CONTAMINADA POR HD.


(1)

(1)A contaminação da área é baseada no consumo médio de (120 a 600 kg) ou (240 a 1200
libras) de HD por hectare.
(2)Para homens protegidos por roupas protetoras, quando a travessia for realizada de dia e as
áreas de contaminação pesadas puderem ser evitadas ou descontaminadas, o tempo poderá ser
reduzido para 1,5 do tempo.
(3)Para homens se deslocando numa área contaminada por 2 horas, sem roupa protetora, o
fator que impõe limitações é o vapor perigoso.
(4)O tempo aproximado em que tropas sem máscara poderão ocupar determinadas áreas,
aplicar-se-á aos homens com ou sem roupas protetoras. O vapor perigoso é o fator que impõe
limitações.

b.Agente Vesicante (Mostarda Destilada - HD) – A mostarda destilada (HD), lançada sobre
a área do alvo, constitui um perigo para o pessoal amigo, decorrente da contaminação líquida
e do vapor desprendido, segundas as condições meteorológicas e outros fatores indicados na
tabela 5-1.

ARTIGO IV

ATAQUE QUÍMICO NÃO PERSISTENTE

5-16. GENERALIDADES
Os ataques químicos não persistentes poderão ser feitos contra alvos ocupados
pelas tropas inimigas ou com a finalidade de aumentar a eficácia de outros apoios de fogos.
São mais eficientes quando realizados com o objetivo de impedir a proteção inimiga contra as
munições de HE (alto-explosivo). O ataque químico não persistente é especialmente útil
quando um ataque nuclear contra zonas desenfiadas puder ocasionar obstáculos para as
manobras das tropas amigas ou lhes criar problemas de segurança.

5-17. NAS OPERAÇÕES OFENSIVAS

Os ataques químicos não persistentes são realizados contra alvos ocupados


pelas tropas inimigas, incluindo os que se encontram na direção das forças atacantes. São
normalmente integrados dentro dos fogos preparatórios contra alvos suspeitos ou conhecidos.
O GB poderá ser usado:
a.para produzir baixas entre as tropas inimigas na área designada para a penetração e para
auxiliar as unidades atacantes na ruptura inicial. O GB poderá também ser usado contra as
reservas inimigas. Quando possível, o ataque químico não persistente é levado a efeito para
possibilitar o assalto das tropas amigas sem a proteção de máscaras. Todavia, os fogos
inimigos de contrapreparação lançados sobre as forças atacantes, poderão incluir agentes
químicos tóxicos, que obriguem a ajustagem imediata da máscara protetora;
b.para produzir baixas sem alvos ocupados ou em áreas suspeitas de ocupação pelas tropas
inimigas, antes do ataque, sob condições meteorológicas favoráveis, quando o vento não
conduz as nuvens tóxicas sobre as tropas amigas;
c.para inquietar deliberadamente as tropas inimigas pelo fogo químicos e intermitente mantido
por um longo período de tempo. O sono será assim difícil, por causa do esforço físico
despedido pelo uso prolongado da máscara, diminuindo o moral e poder combativo da tropa.

5-18. NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

Os ataques químicos não persistentes são feitos contra tropas inimigas sempre
que houver um proveitoso objetivo para infligir baixas ou para retardar o ataque, obrigando
essas tropas ao uso de máscara. Assim, poderão ser usados nas concentrações de tropas
inimigas, no apoio às forças amigas ao longo da linha de frente dos campos de batalha, no
apoio às forças atacantes ou aos contra-ataques.
O GB poderá ser usado:
a.sobre objetivos além da linha de frente, antes que o ataque se desenvolva. Os objetivos de
maior proveito da linha de frente são as concentrações da tropa de reserva, conhecidas ou
suspeitas, posições de ataque, postos de comando e posições de bateria;
b.durante a noite, contra concentrações de trapas conhecidas ou suspeitas, para produzir
baixas na área do alvo ou inquietar grandes área na direção do vento. Pela seleção apropriada
de objetivos e duração do tempo em que o fogo químico atua durante a noite, as tropas
inimigas poderão ficar expostas a uma concentração letal e sujeitas ao uso de máscaras
protetoras, determinado por freqüentes sinais de alarme.

5-19. EM COORDENAÇÃO COM O ATAQUE NUCLEAR

Quando um ataque químico não persistente for efeito em coordenação com


ataque nuclear, deverão estabelecer-se condições, a fim de que o ataque permaneça
inalterável. O ataque químico sucede ao ataque nuclear. O ataque químico não persistente
poderá ser feito em coordenação com ataque nuclear, para:
a.produzir baixas nas zonas de segurança próximas aos alvos nucleares. Para obter
segurança da tropa amiga num ataque nuclear em alvos situados nas proximidades da mesma
é necessário dispor em profundidade o ponto zero desejado. O raio de efeitos perigosos de
armas nucleares selecionadas poderá não ser suficiente para causar baixas significantes na
crosta das forças inimigas, impedindo as unidades amigas de uma rápida penetração nas
posições inimigas. O GB poderá ser vantajosamente empregado, nessas zonas, para auxiliar as
tropas amigas a vencerem a resistência inicial da crosta de resistência se as condições do
vento permitirem ou se o Comandante estiver disposto a conduzir a fase inicial do ataque com
tropas equipadas com máscaras protetoras;
b.causar baixas sem criar obstáculos - O uso de armas nucleares em regiões boscosas, ou
em habitações, poderá originar obstáculos ao movimento das forças amigas, em virtude de
arremessar pelos ares pedaços de árvores ou fragmentos de pedras.
O GB poderá ser empregado nessas áreas, sem causar obstáculos ao
movimento.
c.causar baixas sem contaminação - A maior parte das explosões nucleares é empregada,
taticamente, com muito êxito (com uma altura de explosão suficiente para obter efeitos
significativos sobre os objetivos), dando origem a uma área de contaminação induzida de
radiação gama e nêutrons. O raio de efeitos perigosos desta contaminação induzida é
semelhante ao raio de efeitos perigosos para as tropas abrigadas. Desta maneira, a manobra de
tropas a pé deverá ser limitada somente à área fora dos efeitos radioativos perigosos das armas
empregadas. O emprego de tropas de montanha não é limitado, desde que a área esteja
relativamente desimpedida e os obstáculos provenientes de árvores arremessadas pelo ar ou
fragmentos de pedra, sejam evitados. Quando os planos são feitos para o emprego de armas
nucleares em apoio a um ataque, os pontos zero desejados deverão ser suficientes. Assim, as
forças de ataque poderão, ainda, fazer frente à resistência das forças inimigas na linha de
ataque. Ainda que as forças inimigas não sofram pesadas baixas de explosões nucleares em
quaisquer de seus flancos, podem ser esperadas consideráveis desorganizações. O GB poderá
ser vantajosamente empregado nesta área para tirar partido da desorganização e abalos
sofridos pelas tropas inimigas, resultantes da ação nuclear, e obter um nível elevado de baixas.
O ataque químico não persistente deverá ser realizado logo após ao ataque nuclear para
consumar os efeitos de surpresa, antes de serem restabelecidos o controle e a disciplina.

ARTIGO V

ATAQUE QUÍMICO PERSISTENTE

5-20. GENERALIDADES

Os ataques químicos persistentes poderão ser levados a efeito contra alvos


ocupados ou não, pelas tropas inimigas. Sob condições meteorológicas favoráveis, um ataque
químico pressente poderá produzir baixas retardadas entre tropas inimigas equipadas com
máscaras protetoras.

5-21. OPERAÇÕES OFENSIVAS

Os ataques químicos persistente são realizados sobre áreas em que as forças


amigas não pretendam penetrar imediatamente, porque a contaminação resultante restringirá a
manobra das tropas a pé. O VX ou HD poderão ser usados para proteger os flancos das forças
atacantes. Os ataques químicos persistentes são especialmente eficazes quando desfechados
sobre as reservas inimigas. Estes ataques poderão contaminar posições defensivas com o
objetivo de fixar o inimigo em posições não contaminada, suscetíveis de receberem o ataque
com outras armas. Além disso, poderão neutralizar os postos de observação e as posições de
bateria do inimigo.

5-22. OPERAÇÕES DEFENSIVAS

Os ataques químicos persistente são feitos para contaminar trechos do terreno


importante ao esquema de manobra do inimigo, tais como, caminhos de aproximação, pontos
chaves do terreno, posições de bateria e zonas de reunião. Esses ataques têm grande de valor
na defensiva, desde que a contaminação seja estabelecida antes do ataque. O terreno
contaminado dificulta o ataque das tropas inimigas, obrigando-as a usar roupas protetoras e
demais equipamentos de proteção, ou correr o risco da travessia de áreas contaminadas, sem
roupas protetoras. Os ataques químicos persistentes poderão ser usados para contaminarem
pontos críticos que foram danificados por alto-explosivos ou armas nucleares, retardando
assim, o serviço de reparação dos mesmos. Estes ataques ainda poderão ser usados para
canalizar os ataques inimigos por vias de acesso favoráveis à defesa, e para compelir o
inimigo a se deslocar em áreas que facilitem o contra-ataque amigo. Ainda poderão ser usados
para contaminar gargantas entre tropas amigas e para proteger flancos, especialmente quando
as forças amigas estiverem desenvolvidas em grandes frentes. O terreno contaminado com
agentes químicos tóxicos deverá sofrer, periodicamente, novas contaminações, a fim de
restringir ao máximo o seu uso pelo inimigo, durante um longo período de tempo.

5-23. CAMPOS MINADOS E BARREIRAS DE AGENTES TÓXICOS

As minas químicas são empregadas para restringir o uso do terreno pelo


inimigo para operações ulteriores de abertura de campos de minas retardadas, e para infligir
no pessoal que tentar atravessar a área contaminada. Quando permitido, as minas químicas
tóxicas poderão ser empregadas para a confecção de um campo de minas químicas ou
barreiras. Poderão ser usadas ainda com minas de alto explosivo, para formar um campo
minado combinado de minas químicas e de minas de HE. O critério de cada emprego
contribuirá para dar o plano defensivo global.

a.Campo de minas químicas - As minas químicas poderão ser usadas para contaminar
pontos chaves do terreno, obstáculos, demolições e base de pontes. Quando usados para
produção inicial de efeitos tóxicos, os campos de minas químicas deverão ser ativados pela
detonação de todos ou da maior parte dos campos minados. A mina química M1, carregada
com HD ( Mostarda Destilada), é utilizada para detonações simultâneas. A mina química
terrestre M1poderá ser carregada com VX. Para obtenção de efeitos máximos, as minas
químicas serão detonadas logo que as tropas inimigas iniciarem a penetração na área
contaminada. A autorização para detonar o campo de minas químicas é delegada ao menor
escalão responsável pela defesa do campo minado.
b. Campos combinados de minas químicas e minas de HE - A confecção dos campos
minados normalmente faz parte do plano de defesa da Divisão (ou escalão superior). Estes
campos minados serão mais eficazes quando as minas químicas empregadas forem ativadas
por contrato. A mina química terrestre M 23, carregada com VX, é empregada para ativar o
contato e também com armadilhas que impeçam a sua retirada. As minas químicas fazem
parte de um campo de mina padrão de forma irregular. Recomenda-se no emprego de mina
química na proporção aproximada de um para quatro de HE. O emprego de minas de HE
reduzirá velocidade da travessia, obrigando assim, a uma maior exposição ao solo
contaminado. As minas químicas retardarão as operações de aberturas de brechas e
desaconselharão o uso de explosivos como técnica para a rápida limpeza dos campos
minados. A integração de minas químicas nos campo de minas de HE é feita pela adoção de
fileiras de minas químicas ou conjuntos de minas de químicas e HE, nas margens no campo
minado, sem nunca penetrar no interior.

c. Emprego das minas químicas – As minas químicas não são normalmente


na proteção ou defesa de campos minados, exceto aquelas que se destinam a integrar o
sistema de barreiras. As minas de químicas são particularmente adequadas para o emprego nas
barreiras químicos. O seu uso poderá ser autorizado pelo Comandante da Divisão, sujeito à
restrições do Comandante do Teatro de Operações.

d. Segurança da tropa. - Quando as condições do vento forem desfavoráveis,


o Comando responsável deverá tomar medidas de segurança para as tropas amigas, antes da
detonação simultânea de grande número de minas químicas. A detonação de um campo
minado próximo às tropas amigas sob condições desfavoráveis, poderá resultar num aerosol
ou vapor perigoso na direção do vento para essas tropas. Minas químicas, ativadas por
contato, não ocasionam efeito perigoso significativo na direção do vento, visto que, somente
pequenos grupos ou minas isoladas são provavelmente detonadas.

5 -24. ABERTURA DE BRECHAS EM CAMPOS DE MINAS COMBINADOS

Os campos inimigos de minas químicas e HE, combinados, não deverão


permitir a canalização ou a ação retardadora sobre o avanço das forças amigas atacantes.
Depois que o uso inicial dos agentes químicos tóxicos for autorizado, as tropas designadas
abrirem brechas nos campos minados, deverão usar roupas protetoras permeáveis (roupas
normais de combate, impregnadas quimicamente), máscaras protetoras e luvas, prontas para
serem adaptadas rapidamente a fim de reduzir ao máximo os efeitos das explosões de minas
químicas. As roupas protetoras impermeáveis e máscaras são usadas pelas tropas designadas
para abrir brechas numa área ou campo de minas contaminados, por meios mecânicos ou
explosivos. Como os campos minados são normalmente batidos por fogos de armas de apoio,
essas armas serão primeiro neutralizadas e depois consumada rapidamente a abertura da
brecha e a travessia do campo com o emprego dos veículos disponíveis.

ARTIGO VI

OPERAÇÕES QUÍMICAS ESPECIAIS

5-25 GENERALIDADES

A doutrina para o emprego de agentes químicos tóxicos em apoio às


operações ofensivas e defensivas aplica-se, geralmente, às operações especiais. Modificações
desta doutrina poderão ocorrer devidos às características da área de operações, a natureza da
operação especial, as condições em que são conduzidas as operações, ou combinação desses
fatores.

5-26. ATAQUE A UMA POSIÇAÕ FORTIFICADA


Se o isolamento de uma posição fortificada não for possível por um
desbodamento será necessário realizar um ataque frontal para neutralizá-la, através de um
ponto qualquer vulnerável..

a. Ataque Químico Não Persistente - Os ataques químicos não persistentes


são eficazes contra as tropas em fortificações inimigas não protegidas pelo equipamento de
proteção. Munições de GB detonadas próximo do alvo projetam uma porção da nuvem tóxica
no interior da posição. Impactos diretos não serão necessários. Quando as informações acerca
da exata posição das fortificações individuais forem ineficientes,os ataques químicos não
persistentes serão realizados sobre toda a área fortificada.As fortificações individuais e bem
localizadas serão atacadas como se fossem diferentes objetivos.
b. Ataque químico persistente - Os ataques químicos persistentes são
eficazes contra flancos e posições de reserva que o inimigo dispõe para desfechar o contra-
ataque. Estes ataques químicos poderão ser feitos para interditar posições inimigas que são
ultrapassadas e que não necessitam ser ocupados ,imediatamente, pelas forças amigas. As
condições de segurança da tropa, particularmente os vapores perigosos na direção do vento e a
presença da contaminação persistente deverão ser estimados antes que o ataque químico
persistente seja desfechado.

5-27. TRAVESSIA DE CURSOS D’ÁGUA E DEFESA DE UMA MARGEM AMIGA

O ataque na travessia de um rio vadeável requer uma técnica especial e


uma preparação tática proporcional ao tamanho do curso d’água resistência relativa das
forças. Unidades de guerra química e equipamento especial deverão ser empregados. Planos
alternados para o ataque químicos serão preparados levando-se em consideração a mudança
das condições meteorológicas.

a. Ataque químico não persistente - os ataques químicos não


persistentes são eficazes contra concentrações de tropas inimigas para travessia de cursos
d'água.
b. Ataque químico persistente. Os ataques químicos persistentes contra
posições de travessia do inimigo poderão interferir e retardar sua tentativa para cruzar o rio.

5-.28. COMBATE Á NOITE


O combate à noite é caracterizado pelo decréscimo de eficiência do fogo
ajustado e pelo aumento de dificuldade de movimento, observação, comunicação e segurança.
A cerração e a fumaça produzem condições idênticas às da escuridão.Os agentes químicos
tóxicos poderão ser empregados para compensar o decréscimo de eficiência de fogo ajustado,
por meio de contaminação de áreas de segurança inimigas selecionadas. Todavia, os fogos
químicos são planejados a base de reconhecimento e observação de urnas. Os agentes
químicos tóxicos são mais eficazes durante a noite, devido a estabilidade das condições
meteorológicas.

a. Ataque químico não persistente. Quando o GB for usado em ataques


noturnos sobre alvos que comprometam a segurança da tropa amiga, o ataque químico não
persistente deverá ser feito de maneira que, tão logo as forças amigas atacantes tenham
penetrado na área do alvo, os perigos da contaminação já tenham sido dissipados
completamente. Alvos profundos localizados a retaguarda do objetivo, tais como reservas
serão bons alvos se a direção do vento for favorável, ou se estiverem fora do alcance do
deslocamento da nuvem perigosa na direção das tropas amigas.
b. Ataque químico persistente - Os ataques químicos persistentes deverão ser
realizados com muita cautela; as tropas amigas terão muito mais dificuldade em evitar ou
transpor, durante a noite, as áreas contaminas, do que se fizessem à luz do dia.

5-29. COMBATE NAS FLORESTAS E ÁREAS EDIFICADAS

O combate nas florestas, da mesma maneira que o combate nas cidades, é


caracterizado pela dificuldade de observação e controle de tropas, pela redução da eficácia do
fogo ajustado e pelo aumento da importância do combate aproximado.
a. Ataque químico não persistente – Devido à corbetura e ao ocultamento
oferecidos pelos bosques e áreas edificadas, torna-se difícil a escolha de um alvo cuja
possibilidade de cobertura por ataque químico não persistente adquira grande importância.
b. ataque químico persistente. A persistência dos agentes químicos tóxicos
aumenta nas florestas

5.30. OPERAÇÕES DE MONTANHA


As operações De montanha são caracterizadas pelo terreno, que retrata e
restringe a mobilidade, e pela atitude que domina os vales e vias de comunicações. Espaldões,
abrigos e posições preparadas encontra-encostas poderão constituir excelentes abrigos para
defesa e são completamente invulneráveis aos altos explosivos e, quase sempre, invulneráveis
ao ataque nuclear.
a. Efeitos das condições meteorológicas e do terreno. As condições
meteorológicas e o terreno exercem influência sobre o emprego de agentes químicos tóxicos
nas regiões montanhosas. Os ventos preponderantes são modificados pelas correntes aéreas
locais ao longo dos vales, e pelos movimentos do ar acima ou abaixo do declive das
montanhas. A previsão da direção e da extensão do deslocamento da nuvem é difícil e requer
conhecimento das condições meteorológicas locais. As nuvens químicas tendem a se afunilar
por entre os vales, mantendo maior concentração de vapor no solo do que nas encostas.

b. Ataque químico não persistente - Os ataques químicos não persistentes


serão mais eficazes do que altos explosivos, contra posições bem abrigadas. A nuvem de
agente poderá penetrar nos abrigos e espaldões.

c. Ataque químico persistente. Os ataques químicos persistentes são


realizados com a objetivo de contaminar pontos críticos, tais como, fortificações, posições de
bateria, posições de reserva e postos de comando.

5-31 COMBATES EM DESFILADEIROS

O combate em desfiladeiros Se caracterizar pela canalização da tropa sobre


uma área relativamente estreita, com obstáculos de ambos os lados. O espaço para a manobra
é limitado e a presença ou ausência de obstáculos e contaminação química têm influência no
êxito das operações.
a. Ataque químico não persistente. Nas operações ofensivas, os atacantes
químicos não persistentes são eficazes na zona de penetração contra as tropas inimigas que
defendem o desfiladeiro, quando os ataques nucleares não criarem obstáculos indesejáveis
pela contaminação radioativa ou pelos efeitos do sopro. Nas operações defensivas, quando as
forças amigas estão localizadas em terreno elevado nos flancos, e têm comandamento sobre o
desfiladeiro, os ataques químicos não persistentes serão eficazes contra tropa inimigas nos
vales e terrenos baixos.
b. Ataque químico persistente. Nas operações ofensivas, os ataques
químicos persistentes são feitos contra pontos chaves do terreno, nas encostas dos
desfiladeiro e, provavelmente, contra as vias de acesso para os contra-ataques e inimigos.

5-32. COMBATE NA NEVE E SOB FRIO INTENSO

O combate na neve sob frio intenso se caracteriza por vários problemas, como
a retenção de caloria no pessoal. Abrigos e outras instalações necessárias ao desenrolar das
operações são de capital importância. Embora possam ser exigidas preparações especiais,
equipamentos e técnicas de emprego, os agentes químicos tóxicos poderão ser empregados
para apoiarem as operações ofensivas e defensivas. Alguns agentes químicos tóxicos
apresentam problemas de armazenamento sob frio intenso. Sob grossas camadas de neve, a
munição química , no momento do impacto, ficará enterrada na neve e o agente tenderá a ficar
abafado. A munição química produz menos devido à baixa temperatura e o efeito do
sepultamento na neve. Por outro lado, a baixa temperatura aumenta a persistência dos agentes
químicos tóxicos em ambas as formas, líquida ou em estado de vapor. As baixas temperaturas
reduzem , também, a eficiência da proteção das máscaras, o que torna necessário acionar o
sistema de sinais de alarme. As dificuldades de movimento e suprimento reduzem a
disponibilidade em Artilharia. Maior segurança, pois, existe em se empregar os agentes
tóxicos químicos por processos aéreos em operações na neve do que em outras operações

a. Ataque químico não persistente. Os ataques químicos não persistentes são


proferidos contra tropas inimigas em abrigos e fortificações, porque as tropas amigas poderão
necessitar dessas fortificações para proteger - se contra o frio intenso. A Artilharia é
normalmente melhor concentrada sobre alvos isolados do que sobre zonas. Os ataques
químicos não persistentes são, também, preferíveis aos de alto-explosivos e nucleares, contra
instalações que as forças amigas pretendem ocupar e usar. O GB permanece rente ao solo sob
frio intenso, e poderá ser absorvido pelas roupas de frio.Mais tarde ele poderá vaporizar-se
sob o calor dos abrigos e veículos e, assim, causar baixas.

b Ataque químico persistente. A persistência do VX é aumentada pelo


tempo frio. Poderá ser útil para contaminar gelo e neve, utilizados como fonte de suprimento
d’água.Os ataques químicos persistentes têm usos limitados, porque as espessuras das roupas
de frio impede o agente líquido de entrar em contato com a pele dos combatentes..
5-33. OPERAÇÕES NA SELVA

As operações na selva caracterizam-se pela dificuldade de observação e apoio


de fogos . As condições climáticas exercem profunda influência sobre as operações na selva
O calor, a umidade do ar, acompanhados de sol resplandecente e chuvas tropicais,deverão ser
levados em consideração no emprego dos agentes químicos tóxicos. A velocidade do vento e
a turbulência do ar são baixas na selva, o que aumenta a persistência das nuvens tóxicas.

a. Ataque químico não persistente. Os ataques químicos não persistentes são


eficazes contra tropas inimigas abrigadas em fortes posições defensivas difíceis de serem
destruídas pelo emprego de alto explosivo.Devido às operações na selva serem vagarosas e
planejadas, o tempo será normalmente empregado para uma longa preparação dos fogos
químicos não persistentes nas operações ofensivas. O lançamento de agentes químicos tóxicos
pelo ar é eficiente e constitui o único meio utilizável para o ataque dos diferentes objetivos.

b. Ataque Químico Persistente. Nas operações defensivas,as vias de acesso


inimigas para as nossas posições serão obstruídas com barreiras ou outro meio qualquer.Os
ataques químicos persistentes são feitos sobre essas barreiras, a fim de impedir o avanço das
tropas adversárias. Quando a aproximação das forças inimigas for canalizada pela escassez de
munição, as minas químicas terrestres serão integradas no sistema defensivo de barreiras.

5-34. OPERAÇÕES NO DESERTO

As operações no deserto caracteriza-se pela esparsa vegetação e limitadas


fontes de água , extrema variação de temperatura e dependência de operações de suprimento,
particularmente suprimento d’água. Equipamentos e instruções especiais são necessários para
as operações no deserto.As oportunidades de amplo emprego de agentes químicos tóxicos são
geralmente limitadas. Estes agentes apresentam problemas de armazenagem devido às
diferenças de temperatura que ocorrem durante o dia e durante a noite. A condição de forte
lapse durante o dia dissipa as nuvens tóxicas rapidamente e exige grande consumo de
munição.
a. Ataque químico não persistente. O ataque químico não persistente será
eficiente somente durante a noite, sob a condição de inversão.

b. Ataque químico persistente. A eficiência dos ataques químicos


persistentes com HD é limitada, devido à exigência de grande quantidade de munição e a
rápida dissipação do agente líquido no solo.

5-35. OPERAÇÕES DE GUERRILHA E CONTRAGUERRILHA

a. Operações de Guerrilha As operações de guerrilha caracterizam-se pela


pequena semi-independência das forças, operando contra forças inimigas superiores operando
em qualquer tipo de terreno, desde o terreno montanhoso até o coberto de vegetação intensa
(selva). Equipamentos, armas especiais e métodos de operações são frequentemente
necessários. As táticas empregadas- pequenas unidades atacando rapidamente de surpresa
unidades inimigas, comboios ou trens de suprimento evitando operações de grande
envergadura – favorecem o emprego de agentes químicos tóxicos em pequena
escala.Suprimentos, armazenagem e transporte são problemas associados ao emprego de
agentes químicos tóxicos nas operações de guerrilha.

b Operações de contraguerrilha - Os agentes químicos tóxicos poderão ser


empregados nas operações de contra guerrilha. Estas operações ocorrem normalmente em
áreas montanhosas, florestas densas, densas e regiões pouco povoadas.. Quando as operações
de guerrilhas tiverem lugar em áreas ocupadas pelos civis amigos, deverão ser empregadas
agentes químicos irritantes.

5.36. OPERAÇÕES ANFÍBIAS

As operações anfíbias combinadas apresentam muitos problemas técnicos e táticos


que requerem o emprego de organização especial, equipamento e métodos de operações. .
Planos para o emprego de agentes químicos tóxicos com o objetivo de apoiarem as operações
anfíbias são feitos simultaneamente e integrados no plano geral de apoio ao fogo. Os ataques
químicos contra objetivos selecionados apóiam as operações de desembarque previstas para
facilitarem o ataque terrestre.
Usados também contra fortificações costeiras do inimigo, precedendo imediatamente o
ataque terrestre, reduzirão o número de baixas entre as tropas de assalto (fig.5.1). A força
Aérea e a Marinha fornecerão o apoio de fogo químico, antes e durante o assalto terrestre.

a Ataque químico não persistente. Os ataques químicos não persistentes ( fig.5-1)


são feitos contra tropas inimigas em posições fortificadas resistentes ao alto explosivo.Um
vento dirigido para a praia ou de flanco é desejável para reduzir ao máximo o perigo para as
tropas amigas.

b. Ataque químico persistente Os ataques químicos persistente são feitos para


contaminar instalações vitais de transporte, tais como pontes demolidas e assim isolar a
cabeça de praia, impedindo os reforços das reservas inimigas. Considerações deverão ser
feitas, para as necessidades de redes de estradas das forças amigas, designadas para realizar a
penetração em território inimigo e estabelecer cabeças de praia defensivas.
5.37 OPERAÇÕES AEROTERRESTRES

As operações aeroterrestres, , da mesma maneira que as operações anfíbias apresentam


muitos problemas de ordem técnica e tática, que necessitam de organização especial,
equipamento e métodos de operações. Planos para o emprego de agentes químicos tóxicos no
apoio a uma operação aeroterrestre serão elaborados concomitantemente e integrados no plano
geral de apoio de fogo. Estes planos variam com a natureza do plano de aterragem e com o
plano tático terrestre proposto.

a Ataque químico não persistente- Os ataques químicos não persistentes deverão ser
feitos contra objetivos selecionados dentro da área antes de ser realizado o assalto
aeroterrestres e conseqüentemente visam, apoiar as operações terrestres nesta área. Os ataques
químicos de apoio ao assalto aeroterrestres serão planejados para que, as nuvens tóxicas se
dissipem das zonas de lançamento e aterragem, antes do assalto. A importância capital dos
ataques químicos, durante suas fases iniciais, pertence à Força Aérea, embora as forças
Terrestres possam lançar foguetes dentro do alcance recomendável. A reduzida quantidade e o
calibre das armas de apoio de fogo terrestre limitam, inicialmente, as possibilidades do ataque
químico desfechado pelas tropas assaltantes. Os ataques químicos não persistentes são
eficazes nas adjacências ou dentro das próprias zonas de aterragem, quando se desejam
baixas, independente de obstáculos ou destruições provenientes de alto-explosivos ou armas
nucleares.

b. Ataque Químico Persistente- Os Ataques Químicos Persistentes não são realizados


normalmente contra alvos nas zonas de aterragem devido ao efeito de baixas retardadas e
possíveis interferências com as manobras das tropas amigas. Todavia para ajudar as forças
amigas na defesa de sua área, a qual não tencionam ocupar, os agentes químicos tóxicos,
poderão ser empregados para contaminar vias de acesso, elevações e outros pontos críticos do
terreno.
Capítulo 6

OPERAÇÕES BIOLÓGICAS

ARTIGO 1

INTRODUÇÃO

6-1. GENERALIDADES

Os conceitos de guerra têm-se modificado ao longo da história da humanidade,


acompanhando o progresso tecnológico. Ontem, os esforços bélicos dirigiam-se aos exércitos
adversários, hoje, de modo global, a tendência é atingir todas as forças vivas da nação
adversária, que possam vir a influir no esforço de guerra. Dentro deste raciocínio, enquadra-se
a Guerra Biológica, que tem por objetivos principais as tropas e a população civil. Face às
conquistas no campo da Engenharia Genética, pode-se concluir que a guerra biológica é hoje
uma poderosa arma estratégica nas mãos da humanidade, com enormes chances de levar a um
colapso total os esforços bélicos adversários.

6-2. CONCEITO ATUAL DE GUERRA BIOLÓGICA

Compreendemos hoje, como Guerra Biológica, o emprego intencional dos chamados


agentes biológicos, através de sistemas de lançamento ou armas especiais, a fim de causar
baixas no pessoal, destruir plantações, dizimar rebanhos de animais úteis e poluir ou destruir
reservas de víveres.
6-3.CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA GUERRA BIOLÓGICA

A Guerra Biológica apresenta, na atualidade, algumas características básicas, quais


sejam:
a. custo, relativamente baixo dos meios de ataque, porém alto e de eficiência
duvidosa, no que se refere à defesa;
b. ser mais insidiosa que outras formas de guerra, já que em casos remotos não será
possível determinar " quanto", "nem como",o ataque foi ou está sendo realizado;
c. requerer íntima colaboração entre a comunidade científica e militares;
d. possibilidade de servir como meio dissuassório, nas mãos de uma pequena
potência, frente à ameaça atômica de uma grande nação;
e. modificação da epidemiologia das doenças, tanto pelas características do agente a
empregar, quanto pelos meios de disseminação dos mesmos, dificultando sobremaneira, as
medidas de defesa;
f. perigo de retroatividade, isto é, de voltar-se contra quem lançou, visto que as
epidemias não são circunscritas com facilidade;
g. possibilidade, através da Engenharia Genética, de modificações na disposição do
código genético dos Agentes Biológicos, para dificultar a identificação e a proteção, ou, até
mesmo, criar microorganismos desconhecidos, através de sucessivas mutações em laboratório;
h.tratar-se, pelas características expostas, de uma guerra eminentemente estratégica,
sem fronteiras para a imaginação humana, prestando se por isto à sabotagem à surpresa.

6-4. AGENTES BIOLÓGICOS

Agentes biológicos são microorganismos vivos, seus produtos tóxicos ou compostos


herbicidas. O seu emprego visa, principalmente: causar baixas na troca inimiga, pela morte ou
incapacitação, através de doenças; ferir ou matar animais domésticos e rebanhos e danificar ou
destruir alimentos, produtos agrícolas, reduzir o rendimento da produção ou destruir
plantações. O homem deve ser considerado o objetivo principal no emprego de agentes
biológicos. São considerados agentes biológicos:

a. microrganismos vivos
(1) Bactérias- vegetais unicelulares e aclorofilados.
(2) Cogumelos- vegetais uni ou pluricelulares e aclorofilados.
(3) Rickettsia- seres unicelulares, de natureza indeterminada muito próximas das bactérias e
de vida parasitária.
(4) Protozoários- animais elementares, unicelulares.
(5) Vírus- seres formados por ácidos nucléicos e proteínas.

b. toxinas- substâncias segregados por microorganismos, causadores de males em


pessoas e animais. Exemplo: Botulina, substância segregada pela bactéria Clostridium
Botolinum ;

c. herbicidas- compostos químicos de largo uso nas lavouras. Possuem características


de dissecar, desfolhar ou esterilizar através de hormônios vegetais.

6-5. CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES BIOLÓGICOS

Os agentes biológicos diferenciam-se entre si em relação aos efeitos produzidos sobre


o homem, animais e plantas. As possibilidades, características e limitações de cada agente
biológico deverão ser conhecidos e devidamente ponderadas, antes que o agente possa ser o
empregado, para obter uma grande vantagem nas operações táticas. Algumas características
básicas, relacionadas abaixo, aplicam-se com algumas modificações à maior parte dos agentes
biológicos.
a.Grande Cobertura- os agentes biológicos poderão cobrir grandes áreas,
relativamente com pouco gasto de munição.
b. Dificuldade de Detecção- os agentes biológicos não produzem nenhuma reação
fisiológica imediata, não podendo por isso, serem detectados pelos sentidos físicos.
c. Flexibilidade- os agentes biológicos poderão ser selecionados para produzir a morte
ou diferentes graus de incapacitação no pessoal inimigo.
d.Efeitos Retardados Causadores de Baixas- o emprego dos agentes biológicos
deverá ser coordenado com os futuros planos de operações, tendo-se em vista as
características do período de incubação e dilatação eventual deste período, para cada agente
escolhido.
e.Ineficiência sobre o Material- os agentes biológicos afetam somente organismos
vivos, não possuindo qualquer efeito sobre material.
f. Alta capacidade de Penetração- por suas dimensões microscópicas penetram
facilmente nos organismos vivos, através de suas portas de entrada: pele e mucosas, aparelho
respiratório aparelho digestivo.

6.6 REQUISITOS DOS AGENTES BIOLÓGICOS

Os agentes biológicos devem ser analisados, previamente, antes da decisão do seu


emprego. Influenciarão na escolha do agente e na decisão, os seguintes requisitos:

a. requisitos essenciais
(1) produzir o efeito no objetivo
(2) produção em grande escala
(3) resistência à manipulação
(4) eficiente disseminação
(5) estabilidade

b. requisitos desejáveis
(1) oferecer segurança no manuseio
(2) difícil identificação, proteção e imunização
(3) período curto reconhecido de incubação
(4) atingir mais de uma espécie de alvos
(5) disseminação por vários meios
(6) produzir efeito psicológico.

6-7.. EFEITOS DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

As condições meteorológicas influenciam a nuvem de aerosol como um todo. O


tamanho das partículas no interior das nuvens provoca pequenas diferenças entre a densidade
do aerosol e a do ar. Em conseqüência, o aerosol reagirá às condições do tempo da mesma
forma que o ar ao seu redor. Direção e velocidade do vento, luz solar, umidade relativa,
temperatura, a estabilidade do ar e a precipitação podem afetar aerosóis, da seguinte maneira:

a. velocidade e direção do vento- estes fatores determinam a direção na qual a


nuvem de aerosol se deslocará e o tamanho da área que será coberta. Espargimentos de
agentes biológicos, com uma alta taxa de caimento, podem ser empregados eficientemente
com ventos de alta velocidade da ordem de 16 a 32 km hora. A essas velocidades, a nuvem
pode se deslocar sobre grandes áreas durante o período de sobrevivência do agente. Baixas
velocidades do vento diminuem a distância e tempo do deslocamento da nuvem, reduzindo a
área coberta. Ventos de baixas velocidades, entretanto, tendem a aumentar o tempo de
permanência dos agentes sobre o alvo, e desta forma, aumentar a dose inoculada em alvos
pessoais.Variadas mudanças na direção dos ventos de baixas velocidades, normalmente
desviam o agente da área do alvo, reduzindo a uniformidade do efeito;

b. luz solar os raios ultravioleta da luz solar matam os microorganismos. A despeito


do baixo poder de penetração da radiação ultravioleta, para a maior parte dos
microorganismos, seu efeito letal é completo e dá lugar num certo espaço de tempo, sob
contato direto. Disseminando-se um aerosol durante as horas noturnas, elimina-se os efeitos
da radiação ultravioleta;

c. evaporação e umidade relativa- as partículas líquidas de um espargimento


biológico podem ser reduzidas, em tamanho, pela evaporação. A diminuição da quantidade do
líquido numa partícula cria um correspondente aumento na porcentagem de sais no líquido em
torno do agente. Isto resulta num aumento da pressão osmótica (relativa à difusão de
partículas líquidas, através das paredes das células) que tende a retirar fluidos das células e
conseqüentemente a desidratar os microorganismos vivos. A taxa de evaporação depende da
umidade relativa e temperatura do meio ambiente, em torno da partícula. A taxa de
evaporação é reduzida pela disseminação dos agentes assim afetados, durante condições de
alta umidade relativa. A baixa umidade relativa contribui para a estabilidade de alguns agentes
biológicos e, assim sendo, sua disseminação seria mais eficiente em tais condições;

d. temperatura - a temperatura tem pouco efeito sobre a porção viva de um


espargimento biológico. Um aumento de temperatura, no entanto, é normalmente seguido por
um aumento da taxa de evaporação. Altas temperaturas (75 a 82 °C) tendem a matar a maioria
das bactérias vegetativa, bem como os agentes nas formas de vírus ou rickettsia; entretanto,
estas temperaturas não são, normalmente, encontradas em condições de campanha. Baixas
temperaturas tendem a congelar o aerosol, após sua disseminação. Este congelamento tende a
preservar o agente e a diminuir sua taxa de decaimento;
e- gradientes verticais - os gradientes de temperatura, condições de Lapse, inversão
a neutralidade, afetam agente biológico na forma de aerosol, da mesma maneira que afetam as
nuvens de agentes químicos. Condições da inversão e neutralidade são mais eficientes para o
deslocamento da nuvem, porque esta mantém uma altura compatível de inalação, pela tropa
alvo. A turbulência, que ocorre durante a condição de Lapse, causará uma difusão vertical das
nuvens, com uma natural perda do agente para as camadas mais altas de, em conseqüência,
redução da área coberta;

f. precipitação- pesadas e prolongadas precipitações reduzirão, substancialmente, o


número de partículas de agentes no ar. Altas umidades relativas, associadas às chuvas fracas,
precipitarão menor quantidade de agentes do que fortes chuvas.

6.8 EFEITOS DO TERRENO

As nuvens de agentes biológicos, na forma de aerosol, comportam-se da mesma


maneira que as de agentes químicos. O contorno do solo em terrenos ondulados, cria
turbulência no vento, que vem a modificar as influências da difusão vertical da nuvem de
aerosol. O solo terá efeito, somente quando relacionado a absorção e reflexão do calor, que
influencia em determinados gradientes de temperatura.

6.9 MÉTODOS DE DISSEMINAÇÃO

Os agentes biológicos poderão ser disseminados sobre os objetivos inimigos, através


dos seguintes métodos:

a. por Aerosol - a exposição do aparelho respiratório e da pele, ao agente biológico, é


aconselhada por disseminação do agente na forma de aerosol. Um aerosol é constituído de
partículas finamente divididas, líquidas ou sólidas, suspensas no meio gasoso ( ar) . Exemplos
comuns de aerosol são: poeiras, resíduos industriais e fumaça.
O agente biológico na forma de aerosol é definido com sendo partículas em suspensão
no ar, contendo microorganismos patogênicos vivos.
(1) características da disseminação por aerosol:
(a) dificuldade de detecção - o agente biológico na forma de aerosol, em
concentrações no terreno, não podem ser detectados pelos cinco sentidos;
(b) capacidade de penetração - as partículas de aerosol se difundem do mesmo
modo que um gás. A nuvem de aerosol é transportada pelo vento, sendo capaz de se
difundir em estruturas com deficiência de vedação, e que não estejam equipadas com
filtros adequados;
(c) dificuldade de diagnóstico - sintomas clássicos de uma doença associada
com as particularidades patogênicas dos microorganismos, são baseados no
estabelecimento de uma infecção, através das portas de entrada normais. Certos
microorganismos são capazes de causar infecção, por mais de uma porta de entrada. A
infecção, estabelecida por portas de entrada anormais, resultará num grupo de sintomas
de difícil diagnóstico. Dois ou mais microorganismos poderão ser dis- seminados,
aumentando a dificuldade de diagnóstico. O aumento de tempo requerido para o
diagnóstico e tratamento adequados acentuam o sucesso do ataque com
microorganismos na forma de aerosol.
(d) aumento da taxa de letalidade - certas doenças têm diferentes períodos de
incubação, tempo de incapacitação e taxa de letalidade, quando o microorganismo
penetra no organismo através de uma porta de entrada que não lhe é característica. Um
exemplo seria a introdução de microorganismo diretamente na corrente sanguínea,
visando atingir os diversos tecidos do corpo. Os dados ilustram a diferença na taxa de
letalidade de doenças selecionadas, quando a doença for adquirida através do aparelho
respiratório :

DOENÇA VIA NORMAL DE VIA ANORMAL DE


PENETRAÇÃO PENETRAÇÃO
PELE Ap. RESPIRATÓRIO
Carbúnculo Antraz 5 A 20 % 99 %
Peste 20 A 30 % 95 %
(e) altas concentrações - o pessoal poderá ser exposto a doses maciças de um
determinado agente na forma de aerosol. Desta forma, a imunização adquirida pelo alvo,
possivelmente, será vencida pelo uso dos agentes selecionados;
(f) aumento da susceptibilidade - o homem tem uma constante necessidade de
oxigênio. Isto aumenta a possibilidade de contato com os microorganismos em suspensão.
(2) Tamanho das partículas - para o agente biológico ser eficiente na forma de aerosol,
ele deve atingir pessoal. Os microorganismos devem estar vivos, sendo capazes de produzir
infecção e possuir tamanho que permita ser introduzido, profundamente, no interior dos
pulmões, onde a infecção será mais provável de ocorrer.
(3) Formação do aerosol - há três métodos gerais de formação de aerosol com agentes
biológicos. Isto pode ser realizado por pressão, através de uma pulverização, espargimento ou
força explosiva :
(a) geradores - partículas podem ser formadas pelo forçamento do agente na forma
líquida, através de um pulverizador, numa pressão regulada. O tamanho das partículas é
determinado pelos seguintes fatores: pressão, tamanho dos orifícios, viscosidade do agente e
umidade relativa. O controle do tamanho de partículas sólidas (agente na forma seca) pode ser
obtido pelo fracionamento, antes da disseminação. Exemplo: Espargidor M5;
(b) espargimento - o aerosol com partículas de tamanho ideal pode ser produzido pelo
arrastamento do agente na forma líquida, dentro de uma tubulação, em alta velocidade. Uma
aplicação deste princípio são os tanques espargidores usados em altas velocidades. Exemplo:
Tanque de espargimento para aviação;
(c) força explosiva - os agentes biológicos podem ser disseminados por meios
explosivos, entretanto, o tamanho das partículas líquidas é difícil de controlar, e parte do
agente é destruída pelo calor e choque da explosão da munição. O volume total e a
concentração do agente suportarão o baixo rendimento e ainda produzirão aerosóis, que
resultarão numa adequada cobertura de área, com altas concentrações de microorganismos.
Exemplo: Mísseis dirigidos, foguetes, etc.
(4) Estabilidade do agente na forma de aerosol - um agente biológico é mais eficiente
quando o agente disseminado for capaz de permanecer vivo, virulento, em tamanho correto e
as partículas permanecerem no ar. Desde o instante em que o aerosol é criado, certos fatores
físicos e ambientais afetam a estabilidade. Os aerosóis eventualmente se espalham e tornam-se
muito diluídos para serem eficientes. As condições ambientais provocam nos agentes em
aerosol uma perda gradativa na sua capacidade de produzir infecções. Este declínio na
capacidade do aerosol é chamado "TAXA DE DECAIMENTO" do aerosol, sendo expressa
em porcentagem de decaimento (morte) de microorganismos por mjnuto.
Taxa de Decaimento = Morte de Microorganismo x 100
Minuto
A taxa de decaimento difere de agente para agente e pelas condições meteorológicas.
A taxa de decaimento é de máxima importância no planejamento de coberturas de áreas,
segurança de tropa, efeitos casuais e operações de descontaminação.
b. Diversos
(1) Vetores - vetores (insetos, roedores, etc.) poderão ser disseminados sobre áreas
inimigas, através de vários métodos (foguetes, mísseis, espargidores especiais, etc.). Por
intermédio de seus meios naturais de locomoção, entrarão no sistema ecológico da região,
vindo a contaminar, direta ou indiretamente, objetivos inimigos.
(3)Sabotagem - agentes biológicos poderão ser lançados, diretamente, por um
elemento, sobre objetivos inimigos. O normal é a disseminação na natureza, visando,
primeiramente o aparelho respiratório e secundariamente, o aparelho digestivo,
usando como meios naturais o ar, água e alimentos. Um inimigo em potencial pode
usar a sabotagem, antes de uma declaração de guerra, ganhando assim uma
significativa vantagem. É o principal, por ser o mais insidioso, método de
disseminação, fato este que se deve à facilidade em transportar-se uma grande
quantidade de microorganismos dentro de pequenos recipientes.

6-10. TÉCNICAS DE ATAQUE BIOLÓGICO

Os dois métodos gerais de ataque a um objetivo com agentes biológicos são descritos
abaixo. Os agentes biológicos poderão ser disseminados em forma de aerosol, a fim de
contaminar o homem por meio de inalação pelas vias respiratórias e digestivas, e, em forma
de vetores, para contaminar o homem através da pele. Os vetores poderão frustrar a proteção
oferecida pelo uso da máscara contra os aerosóis e poderão manter os agentes na área por um
tempo maior que os aerosóis.
a. Ataque Sobre o Objetivo - Os agentes biológicos serão disseminados diretamente
sobre o objetivo. Este processo de ataque proporciona o máximo controle operacional. Depois
que o agente for distribuído de maneira uniforme sobre o objetivo, a velocidade e a direção do
vento não constituirão fatores decisivos.
b. Ataque Fora do Objetivo - Os agentes biológicos serão disseminados a boa
distância da área do objetivo a favor do vento. O agente, uma vez liberado, será transportado
pelo vento sobre o objetivo.

ARTIGO II
EMPREGO DE AGENTES BIOLÓGICOS CONTRA PESSOAL

6-11. GENERALIDADES

Agentes biológicos devem ser usados, taticamente, para apoiar o comando no


cumprimento de sua missão. Ataques biológicos são, particularmente, eficazes na fase
preparatória de um ataque coordenado em larga escala. Eles são também eficazes em qualquer
campanha, onde haja a necessidade de se usar todos os meios possíveis de desgaste das forças
inimigas. Por exemplo, numa operação defensiva ou ofensiva onde o inimigo, inicialmente,
tem a superioridade em efetivo humano, ataques biológicos podem auxiliar o Comandante, de
modo que a situação tática prevaleça, até que a retomada da ofensiva seja favorável às forças
amigas. A escolha do agente biológico a ser usado contra pessoal, depende da missão e
objetivo do Comandante, seu plano de operações, efeitos desejados, a disponibilidade do
agente e munições, e a sensibilidade da tropa no objetivo. O emprego de agentes biológicos
exige considerações do ESTADO-MAIOR e, disponibilidade de armas para lançamento do
agente, requisição de munição, e segurança das tropas e civis.

6-12. POSSIBI LIDADES

Os agentes biológicos poderão ser escolhidos, com a finalidade de produção de baixas


letais ou temporárias, nas áreas de combate ou nas zonas de retaguarda do inimigo. Os agentes
letais poderão ser empregados para reduzir a superioridade numérica inimiga. Os agentes
incapacitantes poderão ser empregados para provocar baixas, que necessitem de grande
quantidade de medicamentos, de exaustivas técnicas de tratamento e pessoal.especializado
para tratá-las, impedindo desta maneira, as operações militares do inimigo (Anexo "E").

6-13. OBJETIVOS TÁTICOS


Planos para emprego de agentes biológicos são integrados no esquema de manobra do
Exército de Campanha. Os agentes biológicos são utilizados para:

a. desgastar posições inimigas- Agentes biológicos podem ser usados contra fortes
posições inimigas, para enfraquecê-las, pela produção de baixas entre as tropas inimigas
defensoras. Ataques biológicos devem ser antecipados por uma ação coordenada e planejada,
para permitir o período de incubação da doença, durante o avanço das tropas amigas;

(4)impedir apoio de operações inimigas - Agentes biológicos podem ser usados,


para produzir baixas entre tropas inimigas em zonas de reunião. Ataques biológicos
também afetam o pessoal das posições de artilharia e posições de mísseis, postos de
observação, instalações logísticas e instalações de comunicações, deste modo
impedindo o apoio às unidades de combate inimigas.

6-14. PLANEJAMENTO TÁTICO E ANÁLISE DE ALVOS

O conceito da operação do Comandante fornece a base para a análise biológica do


alvo. É fornecida orientação para determinação dos resultados desejados, graus de risco
aceitáveis para tropas amigas, limitações, restrições e outros assuntos relacionados.
Fatores fundamentais que são considerados, quando o emprego de agentes biológicos é
planejado, e a seqüência na qual eles são, normalmente, considerados no centro de operações
táticas do Comandante superior são:

a. seleção de objetivos - A seleção de objetivos, para ataque com agentes biológicos,


exige coordenação de reconhecimento ao nível de Exército de Campanha, estudos de
informações e relatórios e avaliação pelo Estado Maior, sobre áreas suspeitas de conter alvos
compensadores. Objetivos em pessoal, que são vulneráveis ou apropriados para um ataque
biológico, são normalmente selecionados. Sistemas de armas biológicas podem complementar
ou suplementar outros sistemas de armas;

b. efeitos desejados - Antes que um agente biológico seja selecionado, para uso contra
um alvo designado, o efeito desejado deve ser determinado. A situação tática deve exigir
efeitos letais ou de incapacitação, e produção de baixas com efeitos imediatos ou retardados;
(5)seleção do agente biológico -O agente biológico que pode provocar os efeitos
desejados é selecionado para emprego contra o objetivo designado. Deve-se levar em
consideração: a taxa de decaimento do agente, sua capacidade de produzir baixas, a
susceptibilidade do pessoal no objetivo e o tempo exigido, para que o agente
absorvido pelo organismo produza a doença, vindo a atingir plena eficácia nas
baixas. As seguintes características do alvo são também consideradas:

(1)a qualidade e tipo de proteção disponível para o pessoal inimigo;


(2)o estado do treinamento defensivo biológico inimigo e o moral;
(3)o sistema de alarme do inimigo;
(4) os sistemas ou planos de detecção e laboratórios especializados inimigos, para
detectar agentes biológicos;
(5) as condições meteorológicas e o terreno na área de alvos.

d. influência das características do objetivo sobre a seleção do agente biológico


-Como orientação geral no planejamento, a seleção de um agente biológico, para emprego
contra alvos táticos, deve ser influenciada pelas seguintes características dos objetivos:

Características do Objetivo Características do Agente


1.TROPAS INIMIGAS DO 1º ESCALÃO LETAL OU INCAPACITAÇÃO
2.ALTA PORCENTAGEM DE CIVIS INCAPACITAÇÃO
3.PROXIMIDADE DE TROPAS AMIGAS ALTO GRAU DE DISSOLUÇÃO
4.GRANDES ÁREAS BAIXA TAXA DE DECAIMENTO

(6)seleção de armas e munições - Deverão ser selecionadas as armas que poderão


lançar, com mais eficiência, o agente-munição sobre o objetivo. Em relação às armas
empregadas; dever-se-ão considerar as possibilidades e o consumo de munição
biológica e as necessidades de dissimulação do ataque. As munições biológicas são
classificadas de acordo com os métodos de emprego. Os três métodos básicos de
emprego são: ponto de origem, múltiplos pontos (área) de origem, e linha de origem.
Munições de ponto de origem são aquelas que lançam o agente em forma de aerosol
de um ponto fixo; a nuvem do agente formado dependerá do vento para cobrir o
objetivo: Munições de múltiplos pontos são aquelas cujos impactos atingem
desigualmente uma área circular; cada impacto dá origem a um aerosol, que se
mistura com nuvens vizinhas de agentes, para cobrir melhor o objetivo. Este método
de emprego depende menos da direção e velocidade do vento do que os outros dois
métodos. Munições de linha de origem são aquelas que produzem um aerosol numa
linha, oriundo de cada ponto fixo ou móvel ;
(7)influência das características do objetivo sobre o emprego das munições Para
orientação geral do planejamento, a seleção do método de emprego das munições
biológicas contra objetivos táticos, poderá ser influenciada pelas seguintes
características do objetivo:

CARACTERÍSTICAS DO OBJETIVO MÉTODO DE EMPREGO


1) Pequenas áreas Ponto, múltiplo ponto ou linha de origem
2) Ataque fora do objetivo selecionado, ou em Ponto ou linha de origem
apoio de fogos
3) Direção do vento conhecida dentro de 45º Múltiplo ponto ou linha de origem
graus
4) Grandes áreas Múltiplo ponto ou linha de origem
5)Ataque sobre o objetivo selecionado ou em Múltiplo ponto ou linha de origem
apoio de fogos
6) Direção do vento não conhecida Múltiplo ponto
7)Ineficiente sistema de alarme Ponto, Múltiplo ponto ou linha de origem

6-15. COORDENAÇÃO

O emprego dos agentes biológicos em operações normais deverá ser, cuidadosamente,


coordenada com o planejamento das operações futuras e com as operações das tropas amigas
vizinhas. Um ataque biológico que poderá acarretar uma nuvem de agentes biológicos, a favor
do vento, sobre os limites de outras unidades amigas, necessitará evidentemente, de
coordenação com as unidades afetadas e com o Escalão imediatamente superior. O emprego
de agentes biológicos será, normalmente, coordenado com o Exército de Campanha, mas em
situações especiais, esta responsabilidade poderá ser delegada a escalões mais baixos.

6-16. OPERAÇÕES OFENSIVAS


Agentes biológicos são eficazes quando empregados para apoiar ofensivas, sobre alvos
relativamente profundos, tais como, reservas de Exércitos de campanha, quando um retardo na
produção de baixas é aceitável. Objetivos inimigos próximos à linha de contato ( LC), não
serão atacados com agentes biológicos, quando um retardo na produção das baixas não for
aceitável.

6-17. OPERAÇÕES DEFENSIVAS

Nas operações defensivas, que se caracterizam por uma sucessão de posições


retardadoras, os agentes biológicos poderão ser usados contra alvos dentro do alcance da linha
de contato. As baixas biológicas poderão não se verificar, a tempo de afetar a defesa de cada
posição retardadora, mas se verificarão, eventualmente em algumas posições retardadoras, e
provavelmente, a tempo de permitirem às forças amigas iniciarem suas operações ofensivas.
O espaço de tempo gasto por uma unidade, para defender uma posição, influenciará na seleção
de alvos em que serão empregados os agentes biológicos.

6-18. OPERAÇÔES ESPECIAIS

A doutrina para o emprego dos agentes biológicos nas operações ofensivas e


defensivas aplica-se de um modo geral, às operações especiais. Algumas modificações desta
doutrina poderão ser introduzidas nas seguintes operações especiais, devido ao terreno e as
condições meteorológicas.

a. Regiões de Neve e Frio Intenso - O índice de extinção dos agentes biológicos não é tão
grande nestas regiões, como nas regiões temperadas ou tropicais. A capacidade de cobertura
da área pelas munições biológicas é aumentada, e a necessidade de refrigeração da munição é
reduzida. Alguns fatores, que se aplicam às operações químicas nas regiões frígidas, tais
como, o decréscimo de eficiência de proteção das máscaras sobre as tropas, o comportamento
das nuvens, a diminuição da eficiência da munição, aplicam-se muito bem às operações
biológicas.

b. Selva -Nas selvas a velocidade do vento predominantemente é baixa e a temperatura média


é elevada. Estas características poderão reduzir a capacidade de cobertura da área e aumentar
o consumo de munição biológica produtora de aerosol. É um excelente ambiente para a
disseminação de vetores contaminados com agentes biológicos.

c. Ilhas -Forças inimigas localizadas em ilhas isoladas constituem alvos ideais para agentes
biológicos. A segurança da tropa não será problema. Nos desembarques anfíbios, os ataques
biológicos deverão ser realizados durante a progressão, com a finalidade de obter o tempo
necessário para a produção de baixas. Os ataques biológicos serão feitos antes dos fogos
preparatórios, para garantir a surpresa e impedir que o inimigo seja alertado.

d. Contraguerrilha -Quando as forças guerrilheiras inimigas estão operando em montanhas,


selvas, florestas densas ou áreas pouco povoadas, poderemos lançar mão dos agentes
biológicos, para combatê-las; porém, como estas mesmas forças operam em áreas ocupadas
por população amiga, deveremos usar somente agentes biológicos de incapacitação. As forças
guerrilheiras, normalmente, não possuem meios suficientes de proteção, técnicas adequadas
de tratamento ou pessoal em número suficiente, para tratar de grande número de baixas.

6-19. SEGURANÇA DA TROPA


O emprego dos agentes biológicos. poderá dar origem a uma área perigosa, na qual as
forças amigas terão que operar. Haverá um pequeno risco para as tropas amigas dotadas de
meios normais de proteção e, adequado sistema de alarmes. Todavia, o Comandante poderá
querer empregar suas tropas nas áreas perigosas, embora lhe seja impossível alertá-las sobre
todos os perigos. A decisão do Comando em aceitar o risco previsto dependerá, sobretudo, da
urgência da situação tática. O Comandante será avisado dos prováveis efeitos de exposição
aos perigos, pelo oficial de defesa QBN e oficial médico. Os riscos que resultarão em baixas
letais, entre tropas não alertadas, serão inadmissíveis. Os que resultarão em baixas por
incapacitação, deveria ser mantidos em número suficientemente baixo, para impedir um efeito
significativo sobre a eficiência tática ou moral das unidades amigas, na direção do desloca-
mento da nuvem biológica.

a. Decisão do Comando -O Comandante decidirá acerca do risco máximo aceitável,


como um perigo na direção do vento para as tropas amigas, adotando os seguintes critérios:

(1) risco insignificante -Perigo provocado por aerosol biológico que, apesar disso, não
exige a colocação da máscara protetora, ou outra qualquer precaução por parte das tropas;
(2) risco moderado -Perigo provocado por agente biológico, que poderá determinar o
uso da máscara protetora, por um curto período de tempo;
(3) risco de emergência -Perigo provocado por agente biológico, que exigirá o uso da
máscara protetora pelas tropas amigas, durante a passagem da nuvem biológica.
c.Medidas de Segurança da Tropa -Quando um risco inadmissível, para as tropas amigas,
resultar de um ataque biológico contra as forças inimigas, uma ou mais das seguintes linhas de
ação poderão ser adotadas na proteção das unidades:

( 1) utilizar um agente-munição biológica de pequeno raio de ação;


(2) realizar o ataque biológico sob condições meteorológicas menos favoráveis, a fim
de diminuir a cobertura da área;
(3) retirar as tropas da provável área de exposição;
(4)assegurar-se de que todas as tropas estarão alertadas contra o ataque biológico, e
protegidas pela máscara durante o tempo de passagem do aerosol inicial, ou durante o tempo
em que permanecerem em área contaminada.

ARTIGO III
AGENTES BIOLÓGICOS CONTRA PESSOAL E SISTEMAS DE LANÇAMENTOS
HIPOTÉTICOS

6-20. GENERALIDADES

Para preencher as necessidades de ensino da Guerra Biológica, sem que se venha a


quebrar o sigilo que a natureza do assunto requer, lançamos mão de um artifício, criando uma
família de agentes biológicos e meios de lançamentos hipotéticos.

a. Agentes Biológicos Hipotéticos - Três agentes biológicos são utilizados para este
fim.

(1) Infecção de Toledo - Agente letal (Símbolo "CC")


(2) Fadiga Mortal e Febre Primaveril- Ambos de baixa letalidade (Símbolos "BB" e
"AA" respectivamente).
OBSERVAÇÃO: Pormenores sobre cada um deles são encontrados na Tabela 6.1.
b. Sistemas hipotéticos de lançamento -Vários são os processos de lançamento de
possível utilização. Suas possibilidades estão condensadas na Tabela 6-2.

6-21. SELEÇÃO DE AGENTES BIOLÓGICOS E CÁLCULO DA MUNIÇÃO

a. Seleção do Agente -É realizado através da Tabela 6-1. Para a seleção do agente a empregar
devemos levar em consideração os seguintes fatores preponderantes:
(1) grau de letalidade ou incapacitação desejado;
(2) tempo necessário para alcançar o nível de baixas desejado;
(3) margem de segurança para tropas amigas (grau de risco para as tropas que
operam na região para a qual o vento conduz a nuvem do agente).

b. Seleção dos meios de lançamento -Após a escolha do agente biológico, a primeira medida
será a escolha do meio de lançamento; para isso verificamos a capacidade de cobertura do
sistema e a porcentagem de baixas que se deseja conseguir. Os dados fornecidos para as
alturas de arrebentamento foram confeccionados para mísseis.
Estas ADA (Altura de Arrebentamento), altas ou baixas, deverão ser indicadas, quando
utilizamos este processo de lançamento. O arrebentamento a alta altura (ADA .alta) aumenta o
raio de ação, mas diminui a porcentagem de baixas, ocorrendo o inverso para a baixa altura de
arrebentamento (ADA - baixa). A Tabela 6-2 nos dará o raio de ação e a porcentagem de
baixas para um dado agente e munição.

c. Cálculo da munição -Devemos ter em mente que um aumento na munição a empregar


contra um objetivo, dará maior certeza de baixas, mas não significará necessariamente, um
aumento na porcentagem de baixados. A munição deverá, pois, ser calculada levando em
consideração a área alvo e o número de impactos necessários para cobri-lo.

Número de Disparos = Área do alvo______________


Cobertura por tiro (Tabela)

6-22. EXEMPLO
Um Centro de Comunicações de um país ocupado por um agressor tem 100 km2 de
área. Nela o inimigo possui depósitos, QG e tropas de segurança. Há população na área.
Nossas forças planejam um ataque aerotransportado sobre este Centro para dentro de 5 dias. O
Comando deseja um mínimo de 40% de baixas, entre as tropas inimigas e, o mínimo de
mortes entre a população civil, bem como, quer as tropas agressoras incapacitadas no mínimo
até 5 dias após o ataque. Deseja-se evitar, se possível, a incapacitação prolongada, para
diminuir o tratamento médico entre a população civil e inimigos capturados.

Pergunta-se:
a. Qual (is) o (s) agente (s) biológico (s) que pode (rão) ser empregado (s)?
b. Qual o meio de lançamento a ser utilizado
SOLUÇÃO
1. Escolha do Agente
a. Dados
Objetivos: centro de comunicações, depósitos;QG e tropas de segurança.
Ataque: aerotransportado em 5 dias.
Imposições do Esca1ão Superior :
(1) mínimo - 40% de baixas;
(2) mínimo de mortes na população;
(3) tropas inimigas incapacitadas, no mínimo, até 5 dias após o ataque;
(4) evitar incapacitação prolongada.

b. Estudo comparativo dos agentes disponíveis -Tabela 6-1.


(1)Análise

Características do AB Melhores Agente(s) para a Justificativa


situação
Tempo para atingir nível de AA e CC Tempos mais baixos
baixas
Taxa de decaimento AA e BB Morte dos microorganismos
mais rápida
Sobrevivência AA e BB Menos estáveis
Capacidade de causar baixas AA De acordo com a imposição
(40%)
Grau de incapacitação AA 1. De acordo com a imposição
( 5 dias após Atq )
Sintomatologia AA Sintomas reversíveis e de fácil
tratamento
TABELA 6.1

FAMÍLIA DE AGENTES BIOLÓGICOS HIPOTÉTICOS

AGENTES FADIGA FEBRE PRIMAVERIL INFECÇÃO DE


SÍMBOLO MORTAL TOLEDO
CARACTERÍSTICA BB AA CC
S
TEMPO PARA 2 a 5 DIAS 1 A 3 DIAS 1 A 3 DIAS
ATINGIR NÍVEL
DE BAIXAS
TAXA DE DIA 50% 50% 5%
DE
NOITE 30% 20% 1%
CAIMNET
O

SOBREVIVÊNCIA 48 HORAS 24 HORAS ALTAMENTE


ESTÁVEL
CAPACIDADE DE 10 A 30% 50 A 70% 80 A 100%
CAUSAR BAIXAS
GRAU DE 3 MESES 6 A 10 DIAS VARIÁVEL
INCAPACITAÇÃO
PORCENTAGEM 0 A 10% 2 A 3% 90 A 100%
DE MORTES
ENTRE OS
BAIXADOS
SINTOMAS INCAPACITAÇÃ FEBRE ALTA; DORES FEBRE ALTA;
O MUSCULARES;VÔMIT INFLAMAÇÕES
PROLONGADA; OE GLANDULARES;
LESÃ DA DIARRÉIA;EXTREMA TOSSE,PNEUMONI
NASOFARINGE PROSTAÇÃO A;
LESÕES CUTÂNES

(2) Conclusão
Concluímos, pela análise anterior, que o melhor agente, para a situação imposta pelo
Escalão Superior, é a Febre Primaveril (AA).

2. Escolha do Sistema de Lançamento


Escolhido o agente (Febre Primaveril -AA), passemos ao Sistema de Lançamento, que
melhor cumpra nossa missão.

a. Dados
Área a ser coberta -100 km2
Baixas desejadas - no mínimo 40%

b. Estudo Comparativo dos Sistemas de Lançamento -Tabela 6-2.

SISTEMAS ADA ÁREA % UTILIZAÇÃ JUSTIFICATIVA


COBERT BAIXAS O SIM/NÃO
A AGENT
E “AA”
2
MISSIL X ALTA 100 KM 25% NÃO Baixa porcentagem de
baixas (mínimo de 40%)
BAIX 50 KM2 50% NÃO Não cobre a área do
A objetivo
MISSIL Y ALTA 200% 25% NÃO Baixa porcentagem de
baixas(mínimo de 40%)
BAIX 100% 50% SIM Atende às imposições
A (S=100Km2% de baixas-
mínimo de 40%)
ESPARGIMENT - 1000% 25% NÃO Baixa porcentagem de
O AÉREO baixas(mínimo de 40%)

c. Conclusão
Conclui-se, pela análise do item anterior, que o melhor sistema de lançamento, para a
situação e agente escolhido, é o míssil Y,detonado à ADA -Baixa.

3. Solução Final
Melhor Agente -Febre Primaveril (AA)
Melhor Sistema de Lançamento -Míssil Y à ADA -Baixa.

TABELA 6.2
SISTEMAS HIPOTÉTICOS DE LANÇAMENTOS
SISTEMAS DE A CAPACIDADE PORCENTAGEM DE BAIXAS
LANÇAMENTO D DE Fadiga Febre Infecção
A COBERTURA Mortal Primaveril Toledo
MISSIL X A
L S=100 Km2
T 70% 25% 60%
A R= 5,7 Km
B
A S=50km2
I 90% 50% 80%
X r= 3,5 Km2
A
MISSIL Y A
L S=200Km2
T 70% 25% 60%
A R= 5,7 Km2

B
A S=100Km2
I 90% 50% 80%
X R= 5,7 Km
A

ESPARGIMENTO
AÉREO S= 1000 Km2 60% 25% 50%
(50x20)

LEGENDA:
S= ÁREA / r = RAIO
ARTIGO IV
EMPREGO DOS HERBICIDAS E ESTERILIZANTES DO SOLO

6-23. GENERALIDADES

Os herbicidas são empregados para matar ou prejudicar o crescimento das plantas,


dissecar (as folhas secam-se e caem), regular o crescimento (inibem, aumentam e alteram os
processos fisiológicos das plantas) e ainda como esterilizantes do solo (para evitar o
crescimento das plantas). 0 herbicida deve ser judiciosamente controlado. A maioria dos
herbicidas comerciais não serve para aplicações militares, por isso foram selecionados apenas
os melhores.
a. Requisitos militares -os herbicidas, para aplicações militares, devem ser rápidos na
ação e atacar plantas. Para consecução deste objetivo, eles devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicações civis, e requerem as mesmas medidas de segurança. 0 estudo
abaixo realizado está baseado na experiência conseguida no VIETNAME.

b. Aplicações militares -- 0 emprego em combate deste material baseia-se na


destruição das plantas que possam oferecer coberta ao inimigo, ou fornecer-lhe alimento.

6-24. OPERAÇOES CONTRA GUERRILHEIROS

Nestas operações os guerrilheiros dependem de uma grande parte dos alimentos


obtidos na região, para sobreviver, e por isso constituem-se em um dos locais mais
vulneráveis para um ataque com herbicidas. A eliminação destas fontes de abastecimento
diminuirá a capacidade de sobrevivência os guerrilheiros. Os herbicidas são o meio ideal para
destruição destas fontes. A densa vegetação natural proporciona local de refúgio, esconderijo,
ataque e defesa para os guerrilheiros. Pelo desfolhamento podemos limitar sua cobertura
natural e permitir que nossas forças possam atacá-los através de operações terrestres ou
aéreas.

6-25. EMPREGO

Os herbicidas são eficazes para :


a. limpar as margens de vias de acesso, estradas e caminhos terrestres ou fluviais, que
passem por regiões de grande cobertura vegetal, a fim de evitar emboscadas;
b. destruir as fontes de suprimento de guerrilheiros;
c. limpar campos de tiro, vias de acesso e sistema de barreira de um perímetro de
defesa;
d. limpar a vegetação em torno de instalações importantes, centros de comunicações e
bases aéreas;
e. limpeza de campos de instrução de tiro, para demarcação de áreas de alvos e zonas
de impacto;
e.limpeza de áreas de densa vegetação, para facilitar a implementação de grandes
projetos de construção, e para finalidades sanitárias e de saúde. Podem ser
empregados para demarcar regiões por onde serão construídas rodovias, além do que,
pela morte das árvores o trabalho de desmatamento será facilitado.

6-26. MÉTODOS DE DISSEMINAÇÃO

Vários processos poderão ser utilizados, porém, independentemente do processo


empregado, permanece constante a solução de 7,5 galões (28 litros) por hectare ou 3 galões
(12 litros por acre), para realizar uma eficaz desfolhação. Um acre equivale a
aproximadamente 4.047m2.
O herbicida pode ser aplicado puro ou diluído em água ou óleo diesel. Em caso de
dúvida consulte as instruções que acompanham o herbicida.
Podem ser empregados:
a. bombas de espargimento com herbicidas utilizados no emprego em tempo de paz;
b. espargidores militares;
c. aparelhos de descontaminação;
d. espargidores comerciais;
e. tanques de espargimento montados em aviões ou helicópteros; o sucesso da
operação dependerá, além da experiência do piloto, dos seguintes fatores:
(1) altitude de vôo;
(2} velocidade da aeronave e do vento;
(3) tamanho da área-alvo;
{4) condições meteorológicas (precipitações).
OBSERVAÇÃO: A velocidade ideal do vento está entre 30 e 50 km por hora, e
a altura de espargimento deverá ser a mais próxima possível das copas das árvores.

6-27. FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NAS OPERAÇÕES COM

HERBICIDAS

a. As operações só deverão realizar-se, as solicitação por escrito, na qual deverá


constar :
( 1) fotografias ou cartas da região ;
(2) tipo de operação: herbicida ou desfolhamento;
(3) descrição da área;
(4) coordenadas do alvo em UTM;
(5) comprimento e largura da área em metros, acres ou hectares;
(6) tipo de vegetação ou plantação;
(7) método de disseminação mais recomendado.
b. Alertar a população local com antecedência para evitar efeitos psicológicos
negativos.
c. O pessoal encarregado dos Assuntos Civis deverá providenciar o pagamento, em
dinheiro ou alimentos, aos sitiantes ou moradores que tiverem acidentalmente afetadas suas
colheitas.

6-28. AGENTES HERBICIDAS

Os mais empregados como herbicidas são os derivados do ácido fenoxiacético e o


ácido cacodílico. Como esterilizantes: o ebromacil, o picloram e o manurom. Como
dissecante o cacodilato de sódio.
a. 2,4 -D
a. Propriedades: É o ácido 2,4- D -diclorofenoxiacético
C6H2 (0 CH2 COOH) CI2
É um pó cristalino, de cor branca ou amarela, solúvel no álcool, éter e acetona, pouco
solúvel na água.
(2) Embalagem: pode vir acondicionado em sacos de 25 (vinte e cinco) quilos
ou tonéis de 100 (cem) litros.
(3) Toxidez: em doses normais não ataca o homem ou animais, bem como, não
produz redução séria dos microorganismos que habitam o solo. A dose de 40
(quarenta) gramas é a D L 50 (Quantidade de líquido, em gramas, sobre a pele,
considerada letal para 50% do pessoal exposto) de um homem de 80 (oitenta) quilos.
(8)Danos: uma hora após a aplicação a ação se dará sobre todas as plantas folhosas.

b. Ácido cacodílico
(1) Propriedades: é o ácido dimetilarsênico.
C6 H2 (OCH2 COOH) CI2 Sua forma é a de cristais de1iqüescentes . É inodoro e incolor.
(2) Embalagem: em tonéis de 12 (doze) litros ou em solução nos tonéis de 200
(duzentos) litros.
(3) Toxidez: em doses normais não atinge o homem ou animais. A D L 50 é de
1,4 mg/quilo do peso corporal.
(4) Danos: é utilizado para controlar algas, fungos e plantas aquáticas. Mostrou
bastante eficiência na destruição de cereais em grãos, principalmente arroz. Não
esteriliza o solo.

c. 2, 4, 5. T
É um derivado do ácido fenoxiacético: o tridorofenoxiacético e de fórmula estrutural
C6 H2 CI3 OCH CO2 H.
(1) Propriedades: cor parda, sólido, solúvel no álcool e insolúvel na água. É fornecido
em sais aminados ou de sódio. Ataca pouco os metais.
(2) Embalagem: em sacos de 25 ou 100 quilos.
(3) Emprego: é empregado como herbicida ou hormônio vegetal.
(4) Danos: ataca as plantas silvestres e seca a folhagem.
(5) Toxidez: irrita os olhos, nariz e garganta, porém não é tóxico.

d. Mistura laranja
É a mistura de 2, 4-D e 3, 4, 5- T nas seguintes proporções:
50% N-butil éster de 2, 4-D + 50% N-butil éster de butil 2, 4, 5-T.
Constitui-se no herbicida mais utilizável nas operações militares.

( 1) Emprego: herbicida de grande eficiência. Atinge as folhas em dois dias e provoca


sua queda entre uma e seis semanas. Tem efeito esterilizante no solo, durante uma a cinco
semanas. A mistura é utilizada na quantidade de um a dois galões por acre (três a cinco galões
por hectare) , dissolvidos em óleo diesel.

6-29. ALGUNS DANOS CAUSADOS ÀS PLANTAS

a. O caule algumas vezes forma alças e dobra-se.


b. Em algumas espécies o caule e folhas secam e a planta morre.
c. Em algumas plantas o caule permanece verde, porém incha, racha-se ou
formam calosidades.
d. Em algumas plantas as raízes tornam-se muito desenvolvidas.
e. Em algumas plantas as raízes secam e apodrecem.

6-30. LIMITAÇOES DOS HERBICIDAS ATUALMENTE EMPREGADOS

a. Vegetação muito densa requer espargimentos repetidos, para que o herbicida possa
penetrar entre as folhagens.
b. Há plantas que resistem a certos herbicidas.
c. Os herbicidas são eficazes, somente quando empregados no ciclo de
desenvolvimento ativo (usualmente após a estação chuvosa).
d. O inimigo pode mudar a camuflagem, a fim de combinar com as cores adiquiridas
pela planta atacada pelo herbicida.
e. Não tem valor no ataques de surpresa, porque os herbicidas em uso levam algum
tempo para atuar. Por outro lado, as plantas tropicais verdes reagem de modo diverso daquelas
da selva. Nas selvas a desfolhação só ocorre entre a terceira e a quinta semana.
f. Quando os herbicidas são espargidos sobre as copas das árvores, há penetração de
agentes e um pouco dele é levado pelo vento. Um segundo espargimento não terá efeito até
que o primeiro tenha-se desenvolvido. Quando se empregar o 2, 4-D e 2, 4, 5- T , convém
repetir o espargimento um mês após o primeiro.

6-31. PROCESSOS DE ESPARGIMENTOS

Espargimentos aéreo ou por viaturas, tratamento individual e pulverização.


CAPÍTULO 7

OPERAÇÕES NUCLEARES

ARTIGO I

EFEITO RADIOATIVO, EFEITOS E TIPOS DE ARREBENTAMENTO NUCLEAR

7-1. GENERALIDADES

As armas nucleares poderão ser empregadas, taticamente, para produzir contaminação


radioativa, causar danos ao material, armamento, equipamento e viaturas, causar perdas pelos
efeitos mecânicos e térmicos. Os efeitos da contaminação radioativa restringirão, de maneira
significativa, as operações e manobras das unidades amigas, exigindo por isto, grande
coordenação para o seu uso.

7-2. CARACTERI'STICAS DOS MATERIAIS RADIOATIVOS

a. Tipos de radiação

A contaminação radioativa poderá resultar da precipitação da radioatividade induzida,


proveniente de um arrebentamento nuclear, ou da disseminação de agentes nucleares. Nestes
casos, as fontes poderão emitir um ou mais tipos de radiação nuclear, que são constituídas
por :
(1) partículas
-Alfa (a) - Núcleo de Hélio
-Beta (β) -Elétrons
-Nêutron (n)
(2) radiação eletromagnética
-Gama(γ)
-Raios X (R-X) - No caso de explosão no ar, os Raios X são originados na Bola de
Fogo, não participando da radiação inicial.

b. Efeitos sobre o organismo


(1) Alfa (α ) Pequeno alcance no ar (uma folha de papel barra), grande risco para
contaminação interna (ingestão: inalação ou feridas).
(2) Beta ( β ) .Alcança alguns metros no ar. E m contato com a pele produz
"queimaduras-Beta". Grande risco para contaminação interna (ingestão, inalação ou feridas).
(3) Gama (γ). Grande alcance e penetração. Provoca sérios danos às células vivas. Em
grandes doses pode matar. Absorção proporcional à massa do material.
(4) Nêutrons (n). Grande alcance e penetração. Proteção muito complexa, pois exige
blindagens especiais. Causa sérios danos aos tecidos vivos.
(5) Raios-X (R-X). Características semelhantes às da radiação Gama (γ).

7-3. MÉTODOS DE DISSEMINAÇÃO


Os dois métodos básicos de disseminação dos materiais radioativos são:

a. resultante de uma explosão nuclear -Uma arma nuclear poderá ser


deliberadamente detonada acima: abaixo ou sobre a superfície do alvo, até que a precipitação
resultante contamine a área com materiais radioativos;
b. sem explosão nuclear - Os agentes radiológicos poderão ser lançados diretamente
sobre a área do objetivo, sem que ela seja envolvida pela detonação nuclear. Os meios de
disseminação constam de bombas, ogivas de mísseis e aviões controlados pelo rádio.

7-4. ENERGIA E EFEITOS DE UM ARREBENTAMENTO NUCLEAR

a. Liberação de energia de um arrebentamento nuclear

A energia liberada durante uma explosão nuclear ultrapassa, consideravelmente, a dos


explosivos clássicos. Dois tipos de reação nuclear produzem esta energia :

(1) a fusão de átomos de núcleos leves, que são o Deutério e Trítio (isótopos de
hidrogênio);
(2) a fissão de átomos de núcleos pesados, que são o Urânio e Plutônio.
Para uma mesma massa de "combustível nuclear" a fusão libera,
aproximadamente, três vezes mais energia do que a fissão.
A energia liberada por uma arma (denominada de Potência da Arma) é expressa em
milhares de toneladas (Kilotons ou KT), ou em milhões de toneladas (Megatons ou MT),
equivalentes de TNT.
A energia produzida, no momento da explosão, em um espaço muito restrito, conduz à
formação de uma "Bola de Fogo". A temperatura, inicialmente, atinge muitos milhões de
graus, e a pressão eleva-se a milhões de atmosferas. Esta Bola de Fogo, no caso de uma
explosão acima do solo, dilata-se rapidamente e eleva-se na atmosfera.
Em conseqüência das reações nucleares colocadas em jogo, uma parte da energia é
liberada sob a forma de radiação nuclear (Gama e Neutrônica). A radiação Gama, por
ionização do meio ambiente, conduz à aparição de um impulso eletromagnético. .

b. Transferência de energia ao meio ambiente


A transferência ao meio ambiente, da energia produzida por uma explosão nuclear.
efetua-se, instantaneamente, sob as seguintes formas:
(1) térmica - Uma frente de "calor" propaga-se a partir do ponto de explosão, sob a
forma de um impulso térmico;
(2) mecânica -Uma onda de choque, caracterizada por um impulso de forte pressão,
desenvolvendo-se, concentricamente, a partir do Ponto Zero (PZ). A frente da onda
(superpressão) é seguida de uma subpressão, acompanhada de ventos violentos, podendo
atingir centenas de quilômetros por hora.
(3) Reflexão da Onda de Sopro - A onda de sopro de um arrebentamento no ar é
refletida, quando atinge a superfície da terra. Essa onda refletida desloca-se, mais
rapidamente, que a primitiva, porque estará se movendo através do ar já aquecido por esta
última. Esse fato faz com que, a onda refletida, alcance a onda origina e a ela se associe. Essa
associação é chamada de efeito MACH. A distância, a partir do ponto zero, em que ocorre o
efeito MACH, depende da potência da arma e da altura de arrebentamento.
c. Radiação Nuclear - As radiações Gama e Neutrônicas de grande energia propagam-
se no meio ambiente, a partir do Ponto Zero {Ponto do solo imediatamente acima ou abaixo
do arrebentamento). Esta energia é subdividida da seguinte maneira:
(1) Radiação Inicial -Emitida durante o 1º minuto, após a explosão, composta,
basicamente, de radiação gama e neutrônica;

(2) Radiação Residual - Emitida após o 1º minuto da explosão. É subdividida em:

(a) induzida - Provocada por Nêutrons, emitidos durante o 1º minuto, que transformam
diversos elementos do solo (manganês, silício, sódio, alumínio, prata) em radioisótopos, que
emitem radiações Alfa (α ), Beta (β) e Gama (γ) e por resíduos da reação nuclear;
(b) precipitada - Proveniente da elevação, a grandes altitudes, da nuvem composta por
partículas levantadas do solo e, também, resíduos da reação nuclear, que podem ser carreadas
a centenas de quilômetros.
(c) residual propriamente dita - Continuação da radiação residual, após o 1º minuto,
aqui colocada, somente para fins didáticos, não possuindo expressão tática.

d. Radiação Eletromagnética - É uma conseqüência da interação das radiações


nucleares (Gama) sobre a matéria. O impulso eletromagnético aparece, dentro do raio de ação
das radiações nucleares, para as explosões dentro da atmosfera.

As porcentagens das radiações citadas acima, irão depender, dos seguintes fatores:
(1) da constituição do armamento (tipo, potência, elemento fissionável utilizado, forma
e etc.);
(2) da altura de arrebentamento.
OBSERVAÇÃO: Para uma explosão exo-atmosférica, altura de arrebentamento maior
do que 30 km, somente a forma "Radiação Eletromagnética" chega ao solo.

e. Efeitos provocados por um arrebentamento nuclear

A liberação, sob as diferentes formas, da energia de um arrebentamento nuclear,


conduz a diferentes efeitos sobre o material e pessoal, submetidos a sua ação;

(1) efeitos mecânicos:


(a) esmagamento devido a superpressão;
(b) arrastamento pela subpressão e ventos;

(2) efeitos térmicos - Alterações físicas nos materiais, podendo levá-los à combustão.

OBSERVAÇÃO: Há de ressaltar-se os efeitos da luminosidade da Bola-de-Fogo,


sobre a visão do pessoal que, se estiver olhando diretamente para o clarão, poderá ter a vista
ofuscada, ou até mesmo, a retina queimada. Alguns equipamentos ópticos poderão ter sua
resistência modificada.

(3) efeitos das radiações nucleares:


(a) irradiação do pessoal ;
(b) alterações físicas nos materiais sensíveis à radiação (componentes eletrônicos, etc.)
(c) contaminação de água, alimentos e instalações;

(4) efeitos das radiações eletromagnéticas - criação de correntes induzidas nos


circuitos elétricos (Postos rádio, etc.).

OBSERVAÇÃO: os efeitos das radiações eletromagnéticas, para explosões táticas, são


mascarados por outros efeitos, mecânicos em particular .
A importância dos efeitos produzidos diminui, à medida que a distância do ponto da
explosão aumenta.

f. Danos a um objetivo

Os efeitos indicados no item anterior poderão traduzir-se por danos ocasionados ao


pessoal (perdas) e ao material.

1) Danos ao Material - A medida dos danos causados ao material pode ser avaliada,
segundo critérios diferentes.
a) Material Militar (viaturas, armamentos, etc...) - 0 tempo de reparação pode
servir, como medida, dentro de um contexto particular, num ambiente nuclear:
b) Infra-estruturas - Redução das possibilidades (limitar a classe logística de
um ponto ou barrar vias de acesso) pode ser usada como critério.

2) Classes de Danos - os danos são classificados por graus, em graves, moderados e


leves. Essas classes ou graus de danos podem ser descritos, como se segue:
a) o dano leve não impede o uso imediato do material ou instalação; para que
possa ser feito completo uso dos mesmos, pode ser necessário algum conserto, a ser
efetuado por quem os estiver utilizando;
b) o dano moderado impede o uso de um material ou instalação até que sejam
realizadas grandes reparações;
c) o dano grave (ou dano pesado) impede o uso do material ou instalação
permanentemente. A reparação, nesse caso, é geralmente mais dispendiosa que a
substituição, ou se torna mesmo impossível.
É suficiente, normalmente, um dano moderado para impossibilitar o uso do
equipamento (ou material). Em muitas situações, os resultados obtidos por esse grau de dano
serão suficientes, para apoiar operações táticas. Segue-se então que, baseando-se os planos na
obtenção de danos moderados, ao invés de graves, serão necessárias menores armas ou menor
número delas. Deve haver situações, no entanto, em que apenas danos graves produzirão os
resultados desejados.

As classes ou graus de danos para vários tipos de elementos de alvos resultantes de


efeitos do sopro estão expostos no quadro da figura.
EXEMPLO:Danos causados pelo sopro -Figura 7-4.

g. Tipos de arrebentamento

1) Classificamos os tipos de arrebentamento, de acordo com o raio da Bola-de-Fogo


(Rbf) em relação à altura de arrebentamento (ADA).
a) No ar -Explosão acima da terra ou água, a uma ADA maior que o Rbf. Pode
ser subdividido em: Ar Alto, Baixo e Grande Altitude.
b) Na superfície - Explosão na superfície da terra ou água, ou a uma ADA
menor do que o Rbf .
c) Sob a superfície - Explosão com o centro da Bola-de-Fogo, abaixo da
superfície.
ELEMENTO DO ALVO GRAVE MODERADO LEVE
Aeronave estacionada Dano além da reparação econômica Necessária grande reparação Necessária pequena reparação ou nenhuma
Artilharia Garande dano no mecanismo de recuo, rodas Algum dano no mecanismo de recuo, Pequenas fraturas de lentes
ou conteira; possível desmembramento rodas e conteira
Pontes desmoronamento Contraventos rachados, capacidade da Alguma torção visível; capacidade da
ponte reduzida de 50% ponte não alterada
Edifício Paredes rachadas ou caídas; torção ou queda Paredes estaladas: pequena torção da Janelas e portas lançadas para dentro
de madeiramento ou vigas de armação armação; divisões internas rachadas
ou desmoronadas
Linhas e material de comunicações Desmembramento; torres e postes derrubados Não aplicável o termo , porque a Dano em antenas; algumas linhas
transição de dano grave para leve é rebentadas
súbita
Obras de organização do terreno desmoronamento Menos que 50% aterradas Menos que 10% aterradas
Florestas Até 90% de arvores derrubadas. Zona Aproximadamente 30 % de árvores Poucas árvores derrubadas; alguma quebra
intransponível por viaturas e muito difícil derrubadas; queda de grandes galhos. de galhos. Área transponível por viaturas
para pessoal a pé e blindados Área transponível por blindados e
viaturas após limpeza
Morteiros; canhão s/ recuo; MTR e armas Desmembramento Reparos ou tripéstorcidos ou Pequenas rachas ou fraturas
portáteis quebrados; coronhas quebradas
Tranques – depósitos de óleo Graves torções; costuras rompidas Alguma torção; cobertura derrubada Cobertura danificada
Material rodante de estrada de ferro Grande torção da armação dos carros; Danos nos emborcados e no corpo Quebra de vidros; alguns danos nos carros;
emborcações dos carros, pedem grandes reparos usáveis
Suprimentos em embalagens Embalagens rompidas; conteúdo danificado Não aplicável o termo , porque a Dispersão de caixotes, caixas ou latas
ou derramado transição de dano grave para leve é
súbita
Carros de combate Danos na torre, armamento principal e nas Emborcações; danos na torre e nas Danos nas antenas
lagartas; possível desmembramento lagartas
Viaturas de rodas Grande torção do chassi; possível Chassi rebentado; carroceria com Vidros quebrados; carroceria com mossas;
desmembramento; nova montagem ou mossas; grandes reparos necessários usáveis
substituição necessária

Fig. 7-4. Graus de Dano pelo Sopro


FOTOS
TIPOS DE
ARREBENTAMENTO RESULTADOS OBTIDOS OBSERVAÇÕES
Sob a Superfície Danos a estruturas subterrânes O efeito mecânico é
(abrigos, oleodutos,etc.) preponderante
Na Superfície (1) -Desmoronamentos
-Danos a objetivos
subterrâneos ou pouco
enterrados
-Crateras
-Precipitação radioativa
-O efeito preponderante varia
Ar Baixo
com a natureza de arma e do
(2)
No objetivo e com a potência.
Ar -Criação de uma zona de
radiação induzida, mas sem
desmoronamentos.
-Melhor efeito térmico
Ar Alto
(3)
Grande Altitude Destruição dos meios de Só o efeito eletromagnético
transmissão e informática alcança o solo

Fig.7-10.
(1)ADA 55(KT)4/10 (ADA em metros)
55(KT)4/10 = Raio da Bola-de-Fogo
(2)55(KT)4/10 ADA 150(KT)1/3
(3) 150(KT)1/3 ADA 300(KT)1/3
OBSERVAÇÃO: Para cálculo das raízes(1/2,1/3 e 4/10) utilizar a fig.7-11.Potência dos
números
Nº RAIZ POT. POT. 0,5 Nº RAIZ POT. POT. 0,5
CÚBICA 0,4 Ou RAIZ CÚBICA 0,4 Ou RAIZ
(1/3) (4/10) QD. (1/2) (1/3) (4/14) QD. (1/2)
0,5 0,794 0,758 0,707 700 8,88 13,8 26,5
1 1,00 1,00 1,00 750 9,09 14,2 27,4
2 1,26 1,32 1,41 800 9,28 14,5 28,3
4 1,59 1,74 2,00 850 9,47 14,9 29,2
6 1,82 2,05 2,45 900 9,65 15,3 30,0
8 2,00 2,30 2,83 950 9,83 15,5 30,8
10 2,15 2,51 3,16 1000 10,0 15,9 31,6
12 2,29 5,70 3,46 1200 10,6 17,1 34,6
14 2,41 2,88 3,74 1400 11,2 18,1 37,4
15 2,47 2,96 3,87 1600 11,7 19,2 40,0
16 2,52 3,03 4,00 1800 12,2 20,0 42,4
17 2,57 3,11 4,12 2000 12,6 20,9 44,7
18 2,62 3,18 4,24 2200 13,0 21,8 46,9
20 2,71 3,32 4,47 2400 13,4 22,5 49,0
25 2,92 3,62 5,00 2600 13,8 23,3 51,0
30 3,11 3,90 5,48 2800 14,1 23,9 52,9
35 3,27 4,15 5,92 3000 14,4 24,6 54,8
40 3,42 4,38 6,32 3200 14,7 25,3 56,6
45 3,56 4,58 6,71 3400 15,1 25,8 58,3
50 3,68 4,78 7,07 3600 15,3 26,4 60,0
55 3,80 4,96 7,42 3800 15,6 27,0 61,6
60 3,91 5,15 7,75 4000 15,9 27,6 63,3
65 4,02 5,31 8,06 4200 16,1 28,2 64,8
70 4,12 5,47 8,37 4400 16,4 28,6 66,3
75 4,22 5,63 8,66 4600 16,6 29,2 67,8
80 4,31 5,77 8,94 4800 16.9 29,6 69,3
85 4,40 5,91 9,22 5000 17.1 30,2 70,7
90 4,48 6,05 9,49 5200 17.3 30,7 72,1
95 4,56 6,18 9,75 5400 17.6 31,0 73,5
100 4,64 6,30 10,0 5600 17.8 31,5 74,8
110 4,79 6,56 10,5 5800 18.0 32,0 76,2
120 4,93 6,80 11,0 6000 18.2 32,5 77,5
130 5,07 7,00 11,4 6500 18.7 33,5 80,6
140 5,19 7,22 11,8 7000 19.1 34,5 83,7
150 5,31 7,42 12,3 7500 19.6 35,5 86,6
155 5,37 7,50 12,5 8000 20.0 36,5 89,4
160 5,42 7,62 12,7 8500 20,4 37,3 92,2
165 5,48 7,70 12,9 9000 20,8 38,2 94,9
170 5,54 7,80 13,0 9500 21,2 39,0 97,5
175 5,59 7,90 13,2 10.000 21,5 39,9 100,0
200 5,85 8,33 14,1 11.000 22,2 41,4 105,0
250 6,30 9,10 15,8 12.000 22,9 43,0 110,0
300 6,69 9,80 17,3 13.000 23,5 44,2 114,0
350 7,05 10,4 18,7 14.000 24,1 45,6 118,0
400 7,37 11,0 20,0 15.000 24,7 47,0 122,0
450 7,66 11,5 21,2 16.000 25,2 48,0 126,0
500 7,94 12,0 22,4 17.000 25,7 49,0 130,0
550 8,19 12,5 23,5 18.000 26,2 50,0 134,0
600 8,43 12,9 24,5 19.000 26,7 51,5 138,0
650 8,66 13,4 25,5 20.000 27,1 52,5 141,0
EFEITOS CONDIÇÕES TERRENO
METEOROLÓGICAS
-Chuva diminui a pressão da onda -Encostas aumentam os efeitos do
MECÂNICO de sopro. sopro.
-Umidade em grande quantidade -Contra-encostas diminuem.
também diminui as pressões. -Terrenos muito íngremes: a pressão
-Em locais acima de 2000 m, acima dobra nas encostas e reduz-se à
do nível do mar, a pressão metade nas contra-encostas.
atmosférica menos reduz a distância -solos arenosos e desagregados,
da propagação da onda. florestas densas e áreas construídas
- Nevoeiros, nuvens e o gradiente (cidades)absorvem a energia do
térmico, influenciam,mas não pode sopro.
ser avaliados praticamente. -Água e gelo aumentam a energia do
sopro, pela reflexão.
-Solo com pedras soltas, áreas
construídas ou arenosas (areia fina)
fornecem materiais que podem
tornar-se projeteis ,lançados ao
espaço.
-Nuvens,neve, nevoeiro e chuvas -Ondulações do terreno, árvores ou
podem absorver e reduzir a radiação qualquer objeto opaco, situados
TÉRMICO térmica. entre a bola-de-fogo e o objetivo,
- Fumaça artificial absorve 90% da pode oferecer certa proteção.
radiação térmica. -Superfícies lisas (água, cobertas
-nuvens acima do ponto zero, com neve, areia, etc.) reforçam o
podem refletir as ondas, efeito térmico.
diretamente,sobre o objetivo. -Tocas individuais oferecem boa
proteção .

-Radiações gama e neutrônica -Ravinas, depressões,


INICIAL perdem pouca energia ao atravessar movimentações do terreno, oferece
RÁDIO (Durante o 1º o ar (por difusão ou absorção) uma fraca proteção.
ATIVO Minuto) -Densidade do ar(ligada a altitude)é -Tocas oferecem 50% de proteção
um fator importante na atenuação de para arrebatamento na dos MT.
gama e nêutrons -Montanhas, colinas elevadas,
situada entre o pessoal e o
arrebatamento, oferecem proteção
quase total.
-A proteção das florestas é
negligenciável.
-Em arrebatamento no ar e
RESIDU- IN superfície, elementos no solo
AL DU como:sódio, alumínio, manganês e
(Após o ZI silício , em particular, capturam
1º minu- DA nêutrons e passam a emitir radiação
to) gama e beta.(Negligenciável a mais
de 30 cm abaixo da superfície)
-Figura simétrica e localizada no
terreno sob a explosão.

PRE -Ventos acima de 8 Km./h carregam Tocas cobertas oferecem grande


CIPI a nuvem formada, espalhando a proteção(90%)
TADA contaminação radioativa(chuva
radioativa ou FALL-OUT)
ARTIGO II
SISTEMAS DE LANÇAMENTO E SEGURANÇA DA TROPA

7-6. GENERALIDADES

Denomina-se lançamento de uma arma nuclear, o processo empregado para colocá-la


no ponto de detonação escolhido, ou em suas imediações. Cabe ao sistema de lançamento
colocar a arma na posição adequada e na trajetória apropriada, de modo que o sistema de
espoleta-detonador possa detoná-la no momento oportuno, no lugar previsto para o
arrebentamento, ou ainda, em ambos.Embora o sistema espoleta-detonador constitua uma
parte da arma nuclear suas características estão intimamente relacionadas com as do sistema
de lançamento.
a. As características dos sistemas, que devem ser considerados no emprego das armas
nucleares, compreendem:
(1) alcance (máximo e de utilização);
(2) precisão (em alcance, direção e altura) ;
(3) efeitos desejados do arrebentamento;
(4) grau de confiança do sistema ;
(5) rapidez (prazo de intervenção) ;
(6) sensibilidade à detecção e contra medidas do inimigo;
(7) efeitos do terreno e condições meteorológicas;
(8) possibilidades de lançamento, em coordenação com a manobra;
(9) apoio logístico.

b. Características dos sistemas

(1) Alcance - O alcance de uma arma pode ser definido como a distância, contada no
plano horizontal, entre a origem e o ponto de queda. O alcance, dentro de certos limites,
aumenta à proporção que se aumenta a elevação do tubo de lançamento, como também pode
aumentar, em função de uma carga de projeção mais forte.
Empregando-se a carga mais forte e uma elevação próxima de 45°, obtêm-se o alcance
máximo da arma (caso particular das granadas de artilharia). Normalmente, leva-se em
consideração, para fins de utilização de um sistema de lançamento, não o alcance máximo,
mas sim o chamado alcance de utilização, que é sempre e menor do que o alcance máximo.
(2) Precisão -As armas nucleares não estão livres de limitações, nem pode ser feita a
previsão de seus resultados, com absoluta certeza. Devem ser levadas em conta as várias
possibilidades de erro inerentes ao seu uso, particularmente, os desvios que se apresentam no
lançamento.
No emprego das granadas de artilharia a predição dos efeitos é calculada, em
resultados médios, de um certo número de tiros. No emprego de armas nucleares devem ser
considerados, apenas, os resultados prováveis de um único arrebentamento.
(3) Rapidez (prazo de intervenção) - É dado pela possibilidade do sistema intervir
sobre um determinado objetivo, em maior ou menor espaço de tempo. Este espaço de tempo é
também chamado de Prazo de Intervenção e, é função do sistema de lançamento e de ser o
alvo inopinado ou previsto.
A tabela abaixo fornece-nos os dados de planejamento, no que tange aos prazos de
intervenção. Os prazos nela previstos são considerados, logicamente, após a decisão de atirar.

Fig.7-13. Prazos de intervenção


SISTEMAS DE PRAZOS DE INTERVENÇÃO Intervalo entre lançamentos
LANÇAMENTO Sucessivos de um mesmo
Alvo Alvo previsto tubo lançador
inopinado
CANHÃO:
-Pequeno alcance 10 min 5 min 10 min
-Alcance médio 15 min 5min 10 min
-Longo alcance 30 min 10 min 15 min

FOGUETE: De 30 a 1 h De 5 a 10 min De 15 min a 30 min


MÍSSIL De 30 min a De 10 a De 15 min a 2 h
3h 30 min
AERONAVE:
-De caça 1 h + o tempo 10min+otempo -
de vôo de vôo
Bombardeiro tático 2h+ o tempo 20min + o tem -
e míssil tático de vôo pó de vôo
-Bombardeiro estratégico 6h + o tempo - -
de vôo
COLOCAÇÃO São necessárias 2 h para a
-Carga de demolição colocação e preparo da explosão -

(4) Efeitos desejados -Os efeitos desejados determinarão :


(a) o ponto zero desejado (PZ) ;
(b) a necessária altura de arrebentamento (ADA) , pois este fator afeta a
avaliação dos danos, a segurança da tropa, a precipitação radioativa e as imposições
eventuais. Embora nunca se possa apresentar uma predição, absolutamente certa ou
garantida, o oficial de estado-maior que souber avaliar, cuidadosamente, as
probabilidades de êxitos, inerentes a vários planos, proporcionará, a seu comandante,
uma sólida base para decisão;

(5) grau de Confiança -As análises de alvos são baseadas, normalmente, na hipótese de
que uma arma nuclear deve partir com pleno êxito, do canhão ou lançador; funcionar com
propriedade na sua trajetória; chegar ao final do trajeto e detonar em algum ponto, na
vizinhança do alvo, na altura necessária. A influência do grau de confiança de um sistema
sobre a probabilidade total de um ataque com pleno êxito, deve ser levado em conta. O
processo normal para levá-lo em conta é providenciar um meio alternativo para atacar o alvo,
no caso em que a primeira arma não venha a funcionar corretamente. Este meio alternativo
poderá ser o emprego de outra arma nuclear, ou o do fogo maciço de alto explosivo,
dependendo este emprego da natureza e importância do alvo e das dotações de artefatos
nucleares.

c. Sistemas de Lançamento Utilizados

( 1) Canhão - Sob a designação -canhão -podem incluir-se os canhões e obuseiros. O


canhão pode ser: rebocado, autopropulsado, ou transportado. Uma das funções do canhão é
atirar projeteis comuns de alto explosivo. A possibilidade do canhão atirar granadas nucleares,
explora a grande flexibilidade deste sistema e seu alto grau de confiança e precisão. As
unidades de canhões compreendem grupos de duas ou mais baterias de tiro, com duas ou mais
peças cada uma.
Característica s:
(a) o canhão apresenta alto grau de confiança e possibilidade de lançar , rapidamente,
uma arma nuclear no ponto e no momento desejados;
(b) as granadas nucleares, lançadas por canhão, são relativamente invulneráveis às
contramedidas inimigas, durante o trajeto no ar, por causa da velocidade com que se
deslocam;
(c) o canhão pode lançar armas nucleares, sob quaisquer condições meteorológicas; no
entanto, sempre sofre influência das mesmas;
(d) o canhão é o mais preciso dos sistemas de lançamento para armas nucleares;
(e) o canhão é um elemento excepcionalmente flexível, nas mãos do comandante tático
terrestre, não só por causa dos meios de coordenação e direção, inerentes à doutrina de
emprego da artilharia, mas também por causa da facilidade com que os projeteis podem ser
disparados;
(f) o emprego de canhões, para lançamento de ogivas nucleares, ficaria condicionado à
existência de um conflito localizado, em que outros sistemas de maior alcance e potência não
pudessem ser utilizados, quer seja motivos táticos ou políticos.
(2) Mísseis e Foguetes
Eles podem ser classificados:

(a) quanto à natureza do alvo


-De emprego geral.
Utilizado contra alvos terrestres, que não requeiram um míssil ou foguete especial
-Especial.
Utilizado para realizar ações cujas características requeiram míssil ou foguete
específico, tais como, entre outros, as ações de lançamento de minas ou destruição de veículos
blindados de combate, aeronaves, navios e outros alvos especiais.

(b) quanto aos pontos extremos da trajetória.


-Solo-Solo (SS).
O ponto inicial e ponto de impacto estão no solo.
-Solo-ar (SA).
O ponto inicial está no solo e o ponto de impacto no espaço aéreo.
-Solo-mar (SM).
O ponto inicial está no solo e o ponto de impacto está na superfície do mar.
-Ar-Solo (AS).
O ponto inicial está no espaço aéreo e o ponto de impacto está no solo.
-Ar-Ar (AA).
O ponto inicial e o ponto de impacto estão no espaço aéreo.

(c) quanto ao sistema de guiamento.


-Míssil teleguiado.
Aquele cujo sistema de guiamento se encontra fora do míssil e que atua sobre o
mesmo a partir de sinais de comando situados à distância.
-Míssil autoguiado.
Aquele cujo sistema de guiamento se encontra no próprio míssil atuando por
meio de sinais de excitação recebidos do alvo ou por ele refletidos.
-Míssil misto.
Aquele dotado de sistemas de autoguiamentoe de teleguiamento.

(d) quanto à velocidade.


-Míssil subsônico.
Aquele cuja velocidade máxima não ultrapassa a velocidade do som no ar.
-Míssil supersônico.
Aquele cuja velocidade máxima ultrapassa a velocidade do som no ar.

(e) quanto à trajetória nominal.


-Míssil balístico.
Aquele cuja trajetória nominal é predominantemente balística. Trajetória
nominal é o da trajetória após o engenho perder contato físico com o sistema de
lançamento.
-Míssil de cruzeiro.
Aquele cujo curso de cruzeiro constitui a maior parte da trajetória nominal.
Fig. 7-14.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÍSSEIS E FOGUETES
QUANTO A (o) (S) TIPO

NATUREZA DO ALVO
• De emprego geral
• Especial

PONTOS EXTREMOS DA TRAJETÓRIA • Solo- Solo (SS)


• Solo-Ar (AS)
• Solo-Mar (SM)
• Ar-Solo (AS)
• Ar-Ar (AA)
SISTEMA DE GUIAMENTO
• Teleguiado
• Autoguiado
• Misto

VELOCIDADE • Subsônico
• Supersônico

TRAJETÓRIA NOMINAL • Balístico


• De cruzeiro

(3) Aeronaves - Corno aeronaves compreende-se: os aviões de caça, os aviões leves de


bombardeio (tático ou de combate) e os bombardeiros médios e pesados (estratégicos).
(a) Aviões de Caça.
O avião de caça, normalmente, lança suas bombas por meio de processos de
bombardeio de mergulho e de baixa altitude.
Pode-se admitir que, no caso de lançamento de uma arma nuclear por um avião de
caça, os desvios em relação ao alvo serão relativamente pequenos.
O tempo necessário para ser obtido o apoio de armas nucleares, lançadas por aviões de
caça (a não ser que existam aviões de alerta no solo) deve compreender;
-aprovação da missão
-preparação do avião e da arma
-tempo de vôo.

(b) Bombardeiro Leve (Tático ou de Combate)


O Bombardeiro Leve, normalmente, lança as bombas por meio de processo controlado
no solo, ou por sistema de bombardeiro horizontal livre, de grande altitude. Não há problema
no que diz respeito ao alcance, enquanto estiver em jogo apenas o apoio tático do exército.

(c} Bombardeiros Médios e Pesados (Estratégicos)


Estes aviões lançam bombas de grandes altitudes. Admite-se que os desvios no
lançamento sejam maiores que os de qualquer aeronave.
Este tipo de lançamento não deve ser usado no apoio direto do exército de campanha,
exceto em situações especiais, devendo, no entanto, ser empregado, para bater alvos
estratégicos profundos.

(d) A confiança depositada no lançamento de armas nucleares, por meio de aeronaves,


é um tanto limitada. Diversas são as razões, dentre as quais destacamos:
-vulnerabilidade da aeronave à ação inimiga;
-dependência de alguns sistemas de pontaria para bombas, na identificação do
alvo, ou de ponto inicial pelo piloto;
-dependência das condições meteoro lógicas.
O lançamento também não atende, muito rapidamente, às necessidades de um
Comandante terrestre. Para que tenha apoio de aviação, as missões de cooperação e
coordenação devem ser levados em conta.

(4) Carga Nuclear de Demolição (pré-colocação)

Depois de serem colocadas em locais adequados, certas armas nucleares podem ser
detonadas, por telecomandos ou mecanismos reguladores de tempo. Tais detonações são
muito úteis, para demolir estruturas naturais ou artificiais, bem como, para criar obstáculos.
(a} A colocação prévia oferece a vantagem de poder ser escolhido, precisamente, o
ponto de arrebentamento.
(b} As munições nucleares de demolição, sendo transportáveis por helicópteros, por
transportes blindados ou por qualquer tipo de viatura, asseguram grande flexibilidade, quanto
às possibilidades de sua aplicação.

7-7. SEGURANÇA DA TROPA

As questões relativas à segurança de tropas amigas, nas operações nucleares, devem


ser estudadas sob os seguintes aspectos:
a. controle radiológico -Todos os militares que venham a operar em ambientes
nucleares devem conduzir, junto ao corpo, dosímetros que possam fornecer uma leitura
imediata das doses de radiação recebidas. Estas doses serão anotadas em fichas individuais
pelos Cmt Pel, que comunicarão ao Cmt Cia, estes ao Cmt Btl e posteriormente, ao escalão
superior, para que se possa controlar os níveis de radiação de sua unidade e determinar suas
possibilidades de emprego, bem como, a que doses poderá ser submetida;

b. gradação do risco -A unidade padrão, para doses absorvidas por pessoal, é o REM
(abreviatura inglesa de Roentgen Equivalent Man). Orientação para os Comandos, quanto à
exposição do pessoal, é detalhada no C 3-40 (Defesa Contra Ataques QBN). Para exposições
deliberadas, de tropas amigas, a gradação de riscos pode ser avaliada da seguinte maneira:
1) risco negligenciável -5 R EM
2) risco moderado. -20 R EM
3) risco de emergência -100 R EM

c. proteção individual -O perigo inicial associado à contaminação radioativa é a


radiação gama. Devido ao poder de penetração da radiação gama, será difícil obter uma
completa proteção para as tropas que atravessarem a área contaminada. Todavia, alguma
proteção será oferecida pelo u~ de carros blindados ou de outros veículos, trafegando em
estradas previamente escolhidas, que permitirão boa velocidade e continuidade no trânsito;

d. considerações sobre o decaimento da radiação e a exposição radioativa - O


decaimento radioativo poderá ser previsto de acordo com as leis físicas; contudo, o índice
médio de extinção varia com a fonte de radiação. O decaimento dos produtos oriundos da
fissão nuclear, na precipitação radioativa normal, poderá ser calculado por meio de tabelas,
gráficos e ábacos. As cartas de dosagem total de radiação e ábacos poderão ser usadas, para a
previsão da quantidade total de radiação, quando as tropas operarem em áreas contaminadas;

e. localização de área contaminada -Não se poderá fazer a previsão exata da


localização da área contaminada, bem como da taxa de dosagem da radioatividade resultante
da precipitação, principalmente, devido às variações do vento; todavia, será possível prever
uma área geral, na qual exista grande segurança para toda a contaminação de significação
militar; no entanto, somente através de levantamentos radiológicos, será possível localizar
definitivamente a área contaminada;

f. responsabilidade do comando -A proteção será obtida pela limitação do tempo de


exposição, pelo emprego de abrigos, evitando as áreas contaminadas, ou pela combinação
dessas medidas. É uma atribuição do Comando decidir acerca das linhas de ação adotadas,
condizentes com a situação tática, que completarão a missão e ao mesmo tempo
proporcionarão uma exposição mínima.
ANEXO A
TABELA – MORTEIRO 4.2 – AGENTE CG

CONSUMO DE MUNIÇÃO PARA PRODUÇÃO DE BAIXAS POR


SURPRESA – TIROS
POR Ha

DURAÇÃO DO TIRO VELOCIDADE DO VENTO(Km/h)

12
4,0 8,0 16
1 minuto 50 75 95 120
2 minutos 75 90 115 135

OBSERVAÇOES:

1. os consumos acima cobrirão, aproximadamente, 80% do objetivo com uma concentração


letal em 2 minutos. Para cobrir-se 50%, adotar a metade desses valores. Para obter-se 90%,
multiplicá-los por 1.5;
2. para objetivos superiores a 4 Ha, multiplicar os consumos por 1 ,5;
3. para ventos acima de 12,8 Km/h ou condições de Lapse não empregar o Morteiro 4.2;
4. os consumos acima aplicam-se a terreno limpo ou boscoso, unicamente, sob condições de
inversão ou de neutralidade.-

TABELA – MORTEIRO 4.2 – AGENTE CK


CONSUMO DE MUNIÇÃO PARA PRODUÇÃO DE BAIXAS POR
PENETRAÇÃO NOS FILTROS
Velocidade do vento NEUTRALIDADE INVERSÃO
Km/h
4,0 600 t/Há 300T/Há
8,0 1800 t/Há 1000 t/Ha

OBSERVAÇÕES:
1. os tiros devem ser espaçados tão uniformemente quanto possível sobre o objetivo;
2. a maior quantidade de munição deve ser lançada nos primeiros 10 a 15 minutos, seguida da
quantidade necessária para forçar o inimigo a permanecer com a máscara por cerca de 60 mi-
nutos;
3. os dados referem-se a terreno descoberto;
4. as necessidades para terreno boscoso são menores do que as indicadas. Deve-se reduzir de
20%.
TABELA-EFEITO DE GÁS (OBUS 105mm)-GB
ALVO DE GRANDES DIMENSÕES, TERRENO DESCOBERTO OU
LIGEIRAMENTE COBERTO

GRADIENTE VELO ATAQUE DE DOSAGEM ATAQUE DE DOSAGEM


CIDAD TOTAL
DE DE SURPRESA
E
TEMPERATURA DO (30 segundos)
VENT
-18,0a -0,5ª Acima -18,0ºa -0,5a Acima
O
(Km/h) -1,0ºc 16,0º C 16,0º C -1,0ºC -16,0ºC 16,0ºC
a. Ataque de dosagem para incapacitar
-Tiros por Há- 50% de área coberta-35 mg-min/m3
4 79 73 66 9 7 6

8 37 31 28 14 11 9
Lapse
16 36 24 18 20 17 14
Neutralidade 4 38 33 32 2 2 1

8 22 18 16 5 3 2

16 22 12 11 9 6 5

32 39 17 13 19 12 9

64 73 37 24 42 27 20

4 29 25 22 1 1 1
Inversão
8 19 15 13 2 1 1

16 20 11 8 5 3 2

b. Ataque de dosagem letal


-Tiros por Há- 50% de área coberta- 70 mg-min/m3
13 8
LAPSE 4 110 104 95 10
8 20 13
52 44 40 16
16 51 34 25 29 24 20

4 66 58 55 9 3 1
8 38 31 28 8 5 4
16 39 21 19 16 11 8
Neutralidade
32 67 29 23 33 21 16
64 112 63 42 73 47 35

4 51 44 38 1 1 1
8 32 22 4 1
Inversão
26 3
16 35 19 14 9 5 4

OBSERVAÇÃO:
Para cobertura de 30%, multiplique por 0,7;
Para cobertura de 80%, multiplique por 1,6

TABELA- EFEITO DE GÁS (OBUS E CANHÃO 155MM0-GB


ALVOS DE GRANDES DIMENSÕES,TERRENO DESCOBERTO OU
LIGEIRAMENTE COBERTO

GRADIENTE VELO ATAQUE DE DOSAGEM ATAQUE DE DOSAGEM


CIDAD TOTAL
DE DE SURPRESA
E
TEMPERATURA DO (30 segundos)
VENT
-18,0a -0,5ª Acima -18,0ºa -0,5a Acima
O
(Km/h) -1,0ºc 16,0º C 16,0º C -1,0ºC -16,0ºC 16,0ºC
a. Ataque de dosagem para incapacitar
-Tiros por Há,para cobertura de 50% da área do alvo, com uma dosagem de35 mg-min/m3
4 20 19 17 3 2,5 2,5

8 11 9 7 5 4 3
Lapse
16 13 8 6 8 7 5
Neutralidade 4 10 9 9 1 1 1

8 6 5 5 1 1 1

16 6 5 3 2 1,5 1

32 10 5 3 5 3 2

64 22 10 5 11 7 5

4 9 7 6 1 1 1
Inversão
8 5 4 4 1 1 1

16 5 3 2 1 1 1

b. Ataque de dosagem letal


-Tiros por Ha-para cobertura de 50% da área do alvo com uma dosagem de 70 mg-min/m3
5 4
LAPSE 4 29 26 24 4
8 7 4
16 13 10 6
16 18 11 8 11 16 8

4 17 16 14 2 1 1
8 10 8 8 2 1 1
16 10 6 5 4 3 2
Neutralidade
32 17 9 5 8 5 4
64 38 17 9 18 12 2

4 16 12 11 1 1 1
8 9 7 1 1
Inversão
7 1
16 9 5 4 2 1 1

OBSERVAÇÃO:
Para cobertura de 30%, multiplique por 0,7;
Para cobertura de 80%, multiplique por 1,6.
TABELA
CONSUMO DE MUNIÇÃO DE MOSTARDA (HD) PARA EFEITO DE CONTAMINAÇÃO DE GÁS
TIROS POR HECTARE PARA OBTER O EFEITO DESEJADO COM
Efeito Tempo de exposição (em horas) a Mrt 4.2 OBUS 105 OBUS 155
desejado uma temperatura de
Para Velocidade do vento VELOCIDADE DO VENTO
produzir 50 13 º 20ºC 30ºC 38ºC Velocidade do vento
% de perda C 4 Km/h 8 Km/h 16 Km/h 32 Km/h 4 Km/h 8 Km/h 16 Km/h 32 Km/h
de pessoal 4 Km/h 8 Km /h 16 Km/h 32 Km /h
alvo
L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I L N I

Irritação dos 1 ½ ¼ 1/8 16 14 10 22 21 11 26 22 15 29 24 20 27 24 22 39 34 24 46 44 39 65 53 32 10 10 8 12 11 9 13 12 10 16 14 11


olhos do 2 1 ½ ¼ 9 8 6 14 12 8 16 13 12 24 21 17 23 22 18 27 22 20 34 32 29 51 39 26 9 8 6 11 10 8 12 11 9 14 12 10
pessoal sem 4 2 1 ½ 8 6 6 10 9 8 13 10 9 20 16 13 20 17 16 20 18 17 24 22 20 39 29 22 6 5 4 9 8 6 10 09 8 12 10 9
máscara 8 4 2 1 6 6 4 9 8 6 11 9 8 15 13 12 17 15 12 17 12 13 22 20 15 36 27 18 5 5 4 8 6 5 9 8 6 11 9 8
16 8 4 2 5 5 4 9 8 5 10 8 8 13 11 10 13 12 10 15 11 10 20 17 12 34 24 15 4 4 4 6 5 4 8 6 5 10 8 5

Incapacidad 1 ½ ¼ 1/8 52 45 35 63 53 39 80 63 46 108 77 59 108 83 70 121 95 77 166 123 95 243 157 108 30 28 20 36 32 23 44 39 26 58 46 32
e do pessoal 2 1 ½ ¼ 33 29 20 40 35 24 56 45 30 69 59 41 63 54 42 84 63 47 102 89 66 192 108 82 20 17 12 24 22 15 34 27 18 46 36 24
com 4 2 1 ½ 24 21 15 33 27 17 42 35 24 65 47 30 45 36 27 62 47 32 84 64 48 162 88 64 16 13 10 20 18 11 27 20 15 33 29 18
máscara 8 4 2 1 18 17 11 26 21 13 38 28 17 63 45 27 34 29 18 47 38 24 76 53 33 138 83 54 12 10 06 16 13 9 24 17 12 33 23 16
(transpirand 16 8 4 2 16 14 9 22 18 11 33 24 15 58 42 24 27 23 15 42 32 18 66 51 30 120 72 48 11 9 5 15 11 8 22 15 11 29 20 15
o em tempo
úmido)
Incapacidad 1 ½ ¼ 1/8 95 83 64 114 95 72 144 113 86 198 144 108 174 154 128 212 174 144 - - 189 - - 202 53 48 36 63 56 41 78 66 46 105 83 59
e do pessoal 2 1 ½ ¼ 58 52 36 72 62 44 101 81 57 125 120 71 128 98 75 147 113 89 180 156 111 288 198 148 33 28 21 41 36 26 63 54 38 84 56 42
com 4 2 1 ½ 41 35 26 56 46 30 76 62 45 119 86 57 81 64 50 111 86 59 153 118 88 256 165 117 26 21 15 33 28 18 45 36 26 66 50 33
máscara 8 4 2 1 30 27 18 44 35 23 68 50 32 114 81 50 58 50 33 84 65 45 138 95 62 240 154 101 18 16 11 26 21 13 40 33 22 56 42 28
(tempo 16 8 4 2 26 21 13 40 30 18 60 46 29 108 72 42 45 39 26 72 56 34 120 84 54 193 132 84 15 12 9 21 18 11 36 30 18 46 36 24
seco)

Nota- dados para condições médias em terreno limpo. Para terreno coberto, de densas vegetações ou para selva tropical, multiplicar o valor da tabela por 0,5
para obter o consumo adequado.

- os espaços em branco indicam consumo excessivo

- para cobertura de 30 % multiplicar por 0,7; para cobertura de 80% multiplicar por 1,6

Legendas: L (lapse) , N (neutro) , I (inversão)


TABELA
CONSUMO DE MUNIÇÃO DE MOSTARDA (HD)PARA EFEITO DE
CONTAMINAÇÃO DE LÍQUIDO
a. Consumo de Munição para contaminação inicial (por hectare)

MUNIÇÃO MORTEIRO 4,2 E L OBUS 105 mm OBUS OU CANHÃO


RJ3.5 155mm
Número de tiros 96 160 42
p/hectare

b. Fatores a empregar quando da reativação da contaminação

FATOR FATOR TEMPERA FATOR


FATOR RERRENO VELOCIDADE DO TURA DA SUPER GRADIENTE DE
VENTO (A 1,80 m FÍCIE DO SOLO TEMPERATURA
DO SOLO EM (EM
DESCAMPADO) DESCAMPADO)

CAMPO....... 1 2,0 Km/h........ 3,1


4,0 Km/h........ 1,8 -1,0ºC. ......... 12,5
FLORESTA OU 4ºC..........7,0
6,0 Km/h........ 1,3
SELVA........ 1 8,0 Km/h........ 1,0 10ºC..........4,0 Lapse.................. 0,7
TERRENO LIMPO 10,0 Km/h........ 0,8 16ºC..........2,5 Neutra................. 1,0
OU ARENOSO 2 12,0 Km/h........ 0,7 Inversão.............. 1,3
16,0 Km/h........ 0,6
20ºC..........1,6
20,0 Km/h........ 0,5 27ºC..........1,0
24,0 Km/h........ 0,4 32ºC..........0,7
32,0 Km/h........ 0,3 38ºC..........0,4
43ºC..........0,3
50ºC..........0,2
* Multiplicando-se os fatores terreno, velocidade do vento, temperatura da superfície do solo e
gradiente de temperatura, obtém-se o número de horas, após o qual, cerca de 50% da
contaminação ter-se-á evaporado.
** Para reativação: usar 50% da munição inicial.

TABELA
MUNICÃO FUMÍGENA EXIGIDA PARA OBUS 105 mm
CORTINA DE FUMAÇA
Número de tiros por minuto necessários para manter uma cortina de fumaça de
500 metros.
DIREÇÃO DO VENTO
A FAVOR DE FRENTE DE FLANCO Oblíquo
( 6 horas)
( 12 horas) ( 3 ou 9 horas) (17 horas)

22 22 8 17
EFEITO DE CEGAR
Número de tiros por segundo para manter o efeito de cegar de 500 metros de frente
50 39 8 33
CORTINA DE FUMAÇA PRODUZIDA POR GRANADA DE EJEÇÃO DA BASE
Número máximo de metros entre os
pontos de impacto das granadas (paralelo
Cadência de tiro por ponto de impacto
à frente)
(tiros por minuto)

DIREÇÃO DO VENTO VELOCIDADE DO VENTO


6 e 12 horas 3 e 9 horas 5 16 23
27 360 1,0 1,5 2,0

LEGENDAS : (1) Para estabelecer uma cortina de fumaça, fazer o tiro por
salva, atirando com munição fumígena durante dois minutos.
(2)Para estabelecer a cortina inicial, use dois tiros por ponto
de impacto tão rapidamente quanto possível. Para manter a cortina use o regime de
tiro indicado.

MORTEIRO 4.2
CONSUMO DE MUNIÇÃO PARA MANTER CORTINA DE FUMAÇA DE 500 METROS
(VENTO DE FLANCO) – TIROS POR MINUTO

UMIDAD GRADIENTE DE CARGA WP CARGA FS


E TEMPERATURA VELOCIDADE DO VENTO VELOCIDADE DO VENTO
RELATI (em Km/h) ( em Km/h)
VA
3 8 16 24 32 40 48 3 8 16 24 32 40 48
30% Lapse forte 20 20 18 - - - - 12 15 24 - - - -
Lapse moderada 12 12 10 10 12 - - 8 8 18 20 - - -
Neutralidade 8 8 6 6 8 8 10 5 5 18 10 12 15 20
Inversão 5 5 4 - - - - 3 3 5 - - - -

60% Lapse forte 15 15 12 - - - - 10 10 18 - - - -


Lapse moderada 8 8 6 8 8 - - 6 6 10 12 15 - -
Neutralidade 5 5 4 4 5 6 8 4 4 6 8 10 12 15
Inversão 3 3 2 - - - - 2 2 3 - - - -

90% Lapse forte 10 10 10 - - - - 6 8 12 - - - -


Lapse moderada 6 6 5 5 6 - - 4 4 8 10 - - -
Neutralidade 4 4 3 3 4 5 5 3 3 4 6 8 8 10
Inversão 2 2 2 - - - - 2 2 2 - - - -

OBSERVAÇÕES: - Para estabelecer a cortina: salvas de 2(dois)minutos;


- nunca atirar menos de dez granadas de WP ou 15 (quinze) de FS, na
salva inicial que se faz para estabelecer a cortina.
- os dados da tabela referem-se a ventos de flanco.Para ventos de escarpa
ou de frente, multiplicar os dados por 2;para ventos seguindo,multiplicar por 21/2;
- os dados referem-se a impactos no solo. Para impactos sobre a água:
Caso do WP – multiplicar por 1,4;
Caso do FS – multiplicar por 1,6.

TABELA
MUNIÇÃO FUMÍGENA NECESSÁRIA PARA OBUS 155 mm E CANHÃO 155 mm

PROTEÇÃO (CORTINA) FUMÍGENA


Número de tiros por minuto necessário para manter uma cortina de fumaça de 500 metros(1)
DIREÇÃO DO VENTO
A FAVOR DE FRENTE FLANCO OBLÍQUO
(3 ou 9 horas)
(6 horas) (12 horas) (17 horas)

7 7 3 3
EFEITO DE CEGAR
Número de tiros por minuto para manter um efeito de cegar a 500 metros de frente.
17 11 3 11
CORTINA DE FUMAÇA PRODUZIDA POR GRANADA DE EJEÇAÕ DA BASE (2)
Número máximo de metros entre os pontos de impacto CADÊNCIA DE TIRO POR PONTO DE IMPACTO
de granada (paralelo à frente) ( tiros por minuto)
DIREÇÃO DO VENTO VELOCIDADE DO VENTO )Km/h_
6 e 12 horas 3 e 9 horas 5 16 23
27 360 06 0,9 1,2

LEGENDAS
a. – Para estabelecer uma cortina de fumaça, fazer o tiro por salva, atirando
durante dois minutos.Espaçar igualmente os tiros na frente a cobrir;
b. –Para estabelecer a cortina inicial, fazer dois tiros por ponto de impacto, tão
rapidamente quanto possível, para manutenção da cortina, após isto, atirar com
o regime indicado.
ANEXO B

TABELA DE INTERVALOS PARA OS GERADORES DE FUMAÇA M3 A3


VELOCIDADE GRADIENTE DE TIPO DE TERRENO INTERVALO ENTRE OS DISTÂNCIA EM METROS DA
DO VENTO LINHA DE GERADORES
TEMPERATURA GERADORES
EM Km/h PARA A ÁREA VITAL

NEBLINA COBERTURA

INVERSÃO Sobre a água 90 45 450


1-14 Aberto 110 55 550
NEUTRA Florestas 140 70 700
LAPSE
INVERSÃO
15 - 25 NEUTRA

LAPSE

INVERSÃO
26 - 32 NEUTRA

LAPSE Sobre a água 40 20 200


Aberto 50 25 250
Florestas 90 45 450

CONSUMO DE ÓLEO FUMÍGENO POR HORA/GERADOR....................... 200litros


CONSUMO DE GASOLINA POR HORA/GERADOR................................... 12litros

TABELA DE INTERVALOS PARA OS TUBOS FUMÍGENOS


VELOCIDADE DO GRADIENTE DE TIPO DE INTERVALO ENTRE DISTÂNCIA EM
VENTO TEMPERATURA TERRENO OS TUBOS METROS DA
Km/h FUMÍGENOS(metros) LINHA DE
TUBOS
FUMÍGENOS
NEBLINA COBERTURA PARA A ÁREA
VITAL
TODOS ABERTO / ÁGUA 50 25 250
1 - 14 LAPSE FLORESTAS 60 30 300
INVERSÃO/ 70 35 350
NEUTRA
TODOS ABERTO / ÁGUA 40 20 200
15 - 25 FLORESTAS 50 25 250

TODOS ABERTO / ÁGUA 30 15 150


26 - 32
FLORESTAS 40 20 200
ANEXO C
POSSIBILIDADES DOS SISTEMAS DE LANÇAMENTOS

SISTEMA DE ALCANCE CADENCIA DE TIRO (1) ORGANIZAÇÃO MUNIÇÃO


LANÇAMENTO ( em (nº de tiros por peça) QUÍMICA
metros) (Agente
Carga)
30” 4’ 10’ 15’
a 1’
Obus 105 mm 11.000 3 12 30 45 6/Bia 3/Grupo
Obus 155mm 14.000 2 8 20 30 6/Bia 3/Grupo
GB
Canhão 155 mm 23.000 1 4 10 15 4/Bia 3/Grupo
HD

Mrt 4.2” (2) 4.500 10 50 80 105 12Cia 1/Brigada CG, CK,


e HD
20

(1) Cadência de tiro conseguida por guarnição com nível de treinamento excelente.
A cadência de tiro varia com o grau de treinamento e experiência das guarnições
(2) Cadência de tiro inicial de 20 tiros por minuto(por peça) durante 2 minutos (causar baixas)
A cadência cai para 5 tiros por minuto (por peça), podendo ser mantida nesse ritmo por 60 minutos, aproximadamente.
Para contaminação de áreas considerar a cadência normal de 5 tiros por minuto.
ANEXO D
TABELA- CÁLCULO PARA ESTIMATIVAS DE BAIXAS

COBERTURA (ALVO)
SITUAÇÃO DE TROPA
50 80
30

PORCENTAGEM DE BAIXAS

5 – 10 10 – 15 15 – 25 ENGAJADAS EM ATIVIDADES LEVES

10 – 20 20 - 40 40 – 50 ENGAJADAS EM ATIVIDADES
PESADAS,SOB EXTREMO CALOR,
FATIGADAS, DURANTE O ATAQUE OU
SOB QUALQUER SITUAÇÃO QUE
AUMENTE O RITMO RESPIRATÓRIO

3 5 8 QUANDO DISPÕE DE ÓTIMOS


SISTEMAS DE ALARME E DE
DETECÇÃO OU COM A MÁSCARA JÁ
AJUSTADA.
ANEXO F
ANEXO E – TABELA COM CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS AGENTES BIOLÓGICOS

DOENÇA MICRO- PODER DE EFEITOS SOBREVIVÊNCIA CONTÁGIO VACINA TERAPIA EPIDEMI OBSERVAÇÕES
ORGANISMO INFECÇÃO CIDADE

POR BACTÉRIAS
Sob a forma
Antraz Bacillus 20.000 Sob a forma de esforços Inalação (também para Antibióticos Baixa Um dos mais
(Carbúnculo Anthracis Microorganismos respiratória é fatal animais); infecções de pele Obtenível
altamente estáveis agentes
) de inalados se não for tratado
estável
Alto.1300 Febre permanente Inalação, ingestão (também Obtenível na Afeta homens e
ou febre alta Para animais)
Brucelose Brucella microorganismos Estabilizado URSS Antibióticos Baixa animais
periódica,raramen
Melitensis
te fatal. com dextrina e domésticos
produtos
propéicos
Baixo,por Grave infecção Ingestão(também para Indesejável
animais)
Cólera Vibrio ingestão intestinal;algumas - Reduz difícil Alta sua utilização
Cholerae gravidade e
vezes fatal através dos
incidência
sistemas de água

Alto.3200 Na forma aguda Inalação,ingestão(também antibiótico Afeta homens e


Mormo Malleomyces microorganismos febre - para animais) insatisfatória Baixa animais
mallei
de inalados alta,freqüentemen domésticos
te fatal
alto Febre Doença muito rara
meliodose normalmente - Inalação, ingestão,i(também Insatisfatória difícil alta e da qual se
Whitmorella para animais).
fatal;produz conhece muito
Pseudomallei
loucura e delírio pouco
Alto. 3000 Muito grave; - Inalação,ingestão,infecção Somente a forma
PESTE microorganismos freqüentemente por pulgas respiratória da
Pasteurella obtenível antibiótico
fatal peste é desejável
Pestis Alta
para ser usada
como biológico
Muito alto.50 Febre grave;5-8% instável Inalação,ingestão,picadas de antibiótico Bom agente
TULARE Pasteurella microorganismos fatal insetos obtenível nenhuma biológico “a parte
Tularensis
MIA inalados de problemas
quanto à
estabilidade

POR VIRUS
Dengue Alto;mordida de Febre mais Picadas de mosquito,inalação Pode ser usado
dengue viruses um único incapacitante alta obtenível difícil baixa como agente
mosquito;2 conhecida, muito incapacitante
microorganismos raramente fatal
inalados
caxumba alto Incapacitante,mas inalação Produção em difícil alta Pequeno uso com
- não é grave - massa agente
biológico,por sua
imunidade
difundida
Poliomie baixo Grave,incapacitaç 85%sobrevi Ingestão, inalação de ar Produção em difícil Uso limitado pela
Baixa infectividade e
lite - ão permanente, ve 23 h entre úmido massa baixa
imunidade difundida
algumas vezes 21-24ºC em
fatal. aerosol.
ANEXO E – TABELA COM CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS AGENTES BIOLÓGICOS
DOENÇA MICROORGANISMO PODER DE EFEITOS SOBREVIVÊNCIA CONTÁGIO VACINA TERAPIA EPIDEMICIDADE OBSERVAÇÕES
INFECÇÃO

psitacose alto Febre branda - Inalação, ingestão, satisfatória antibióticos alta Pássaros são portadores da
- para picada de insetoaa doença,imunidade pode
alta,algumas ser facilmente difundida
vezes fatal
Varíola Poxvirus Alto,por poucos Grave, Inalação, ingestão Produção difícil alta Imunidade geralmente
variolae microorgasnismos freqüentemente - em massa difundida
fatal
Febre - Alto,pela mordida Tipo de febre - Picadas de Produção difícil nenhuma Doença
amarela de um único icterícia;30% mosquitos,inalação em massa subtropical;conseguindo
mosquito de mortalidade sobreviver emclimas
temperados,é muito
perigoso.
POR RIQUETZIAS
FEBRE R COXIELLA Muito alto; 1 Febre por 1 semana;1% estável Inalação,ingestão,picadas obtenível antibióticos nenhuma Muito
BURNETTI microorganismo de mortalidade de carrapatos infecciosa
inalado; 10-6g de
tecido infectado
TiFo Rickettsia alto Grave,freqüentemente pobre Picadas de Produção antibióticos Alta;mas Indesejável ,
epidêmico prowazeki fatal piolhos,inalação,ingestão em massa não como agente
homem a biolódico,por
homem ter pouca
estabilidade

POR FUNGOS
Coccidioimicose Coccodioides 1350 esporos Provoca febre Sob a forma inalação insatisfatória antibióticos baixa Altamente
(febre do immitis alta,raramente de esporos é estável.AB,desejável,se
vale,reumatismo fatal altamente a vacina estiver sendo
do deserto) estável produzida.
POR TOXINAS

BOTULISMO Clostridium Dose tóxica 60-70% de Decompõe-se Inalação Obtenível difícil nenhuma Mais rápida do
botulinum 0,12 mg mortalidade no ar em 24 h ingestão Um toxóide que outros
AB,tropas
podem ocupar
após 24 horas

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE ALGUNS AGENTES BIOLÓGICOS SÃO MOSTRADAS NESTA TABELA


.Todas elas são baseadas em ocorrências naturais da doença,podendo naturalmente , ser alteradas, uma forma altamente resistente de
poliomielite, por exemplo pode ser usada.Poucas das propriedades dos microorganismos causadores de doenças como TULAREMIA E
FEBRE AMARELA, por exemplo podem ser modificadas, ao passo que algumas como TIFO, SÃO QUASE INTEIRAMENTE
INADEQUADAS.Agentes para os quais as vacinas são produzidas em massa , a CAXUMBA é indesejável como AB, mas está incluída por
comparação.
Anexo E
ÍNDICE ALFABÉTICO Prf Pag

A
Abertura de brechas em campos de minas combinados.......................... 5-24 5-16
Agentes
--biológicos..................................................................................6-4 6-2
-fumígenos .................................................................................. 2-5 2-3
-herbicidas .................................................................................. 6-28 6-19
-incendiários ............................................................................... 2-6 2-4
Agentes químicos
-causadores de baixa....................................................................2-2 2-1
-incapacitantes............................................................................. 2-4 2-3
-inquietantes ............................................................................... 2-3 2-23
Apoio químico e biológico de outras forças............................................1-8 1-4
Área atingida .......................................................................................... 3-6 3-2
Arvores e vegetação................................................................................ 2-20 2-13
Ataque a uma posição fortificada............................................................ 5-26 5-16

C
Campos minados e barreiras de agentes tóxicos..................................... 5-23 .......... 5-15
Características
-básicas da guerra biológica ........................................................6-3............. 6-1
-da fumaça .................................................................................. 4-8 ............ 4-4
–dos agentes biológicos............................................................... 6-5............. 6-2
-dos agentes químicos inquietantes............................................. 4-2............. 4-1
-dos incendiários .........................................................................4-15 .......... 4-9
-dos materiais radioativos............................................................7-2 ............ 7-1
Classificação (emprego de agentes químicos tóxicos)............................ 3-3............. 3-2
Combate
-à noite......................................................................................... 5-28 .......... 5-17
-em desfiladeiros..........................................................................5-31........... 5-19
-na neve e sob frio intenso ..........................................................5-32 .......... 5-19
-nas florestas e áreas edificadas ..................................................5-29 .......... 5-18
Conceito atual de guerra biológica.......................................................... 6-2............. 6-1
Consistência do solo................................................................................2-19 .......... 2-12
Consumo de munição fumígen................................................................4-21........... 4-11a
Contorno do terreno ................................................................................2-18 .......... 2-11
Controle geral das operações químicas, biológicas e nucleares.............. 1-4............. 1-2

Coordenação .
-(com ataque nuclear) ................................................................. 5-19 .......... 5-13
-(emprego de agentes biológicos contra pessoal)........................ 6-15........... 6-10
-(operações químicas com agentes tóxicos) ............................... 5-4 ............ 5-3

Danos causados às plantas ......................................................................6-29 .......... 6-20


Distância de segurança tomada na direção do vento............................... 5-14 .......... 5-9

Efeitos
-contra tropas abrigadas ..............................................................3-7 ............ 3-2
-da fragmentação......................................................................... 3-8 ............ 3-3
-das condições meteorológicas (emprego de fumaça)................. 4-9 ............ 4-6
-das condições meteorológicas (operações biológicas) .............. 6-7............. 6-3
-das condições meteorológicas e do terreno
(emprego de agentes químicos inquietantes)..............................4-3............. 4-2
-das condições meteorológicas e do
terreno (emprego dos incendiários)............................................ 4-16 .......... 4-9
-do terreno (emprego da fumaça)................................................ 4-10 .......... 4-7
-do terreno (operações biológicas) ..............................................6-8 ............ 6-5
Emprego
- da fumaça em áreas amigas....................................................... 4-12........... 4-7
- da fumaça em áreas inimigas.....................................................4-13 .......... 4-9
-de agentes químicos inquietantes em áreas amigas....................4-5 ............ 4-3
-de agentes químicos inquietantes em áreas inimigas................. 4-6 ........... 4-3
-de herbicidas ..............................................................................6-25........... 6-18
-do incendiário em áreas amigas..................................................4-18........... 4-10
-do incendiário em áreas inimigas............................................... 4-19 .......... 4-10
Energia e efeitos de um arrebentamento nuclear.....................................7-4 ............ 7-2
Espargidor .............................................................................................. 2-11 .......... 2-5
Exemplo (seleção do agente, cálculo da
munição e seleção dos Meios de lançamento).........................................6-22........... 6-14

Fatores que devam ser levados em consideração


nas operações com herbicidas ............................................................... 6-27........... 6-19
Finalidade
-(análise de alvo para emprego de agentes químicos)................. 5-5 ............ 5-3
-(do manual ) .............................................................................. 1-1 ............ 1-1

G
Generalidades
-(agentes biológicos contra pessoal e sistemas de lança-
mentos hipotéticos)......................................................................6-20........... 6-12
-(agentes químicos)...................................................................... 2-1 ........... 2-1
-(ataque químico não persistente)................................................5-16........... 5-12
-(ataque químico persistente) ......................................................5-20........... 5-14
- (efeito radioativo, efeitos e tipos de arrebentamento nuclear).. 7-1............. 7-1
-(efeitos das condições nucleorológicas)..................................... 2-13........... 2-5
-(efeitos do terreno) .................................................................... 2-17 .......... 2-11
-(efeitos não persistentes) ........................................................... 3-9 ............ 3-3
-(efeitos persistentes) ..................................................................3-12........... 3-5
-(emprego da fumaça)..................................................................4-7 ............ 4-4
-(emprego de agentes biológicos contra pessoal)........................ 6-11........... 6-7
-(emprego de agentes químicos inquietantes)..............................4-1............. 4-1
-(emprego dos herbicidas e esterilizantes do solo) ..................... 6-23........... 6-17
-(emprego dos incendiários) ....................................................... 4-14........... 4-9
-(meios de disseminação) ........................................................... 2-7............. 2-4
-(necessidades de munição fumígena)......................................... 4-20........... 4-11
-(operações biológicas) ...............................................................6-1 ............ 6-1
-(operações químicas em agentes tóxicos).................................. 5-1............. 5-1
-(operações químicas especiais) ................................................. 5-25........... 5-16
-(possibilidades e características)................................................ 3-1 ............ 3-1
-(segurança da tropa) .................................................................. 5-9 ............ 5-7
-(sistemas de lançamento e segurança da tropa)..........................7-6 ............ 7-15
Gerador de fumaça.................................................................................. 2-10 .......... 2-5
Gradiente térmico vertical ...................................................................... 2-14........... 2-6

Influência das condições meteorológicas e do terreno............................ 7-15 .......... 7-14

Lança-chamas......................................................................................... 2-12 .......... 2-5


Limitações dos herbicidas....................................................................... 6-30........... 6-20
M

Medidas de proteção................................................................................ 5-12.......... 5-8


Memento .................................................................................................5-8 ............ 5-5
Memento de análise de alvo.................................................................... 5-7............. 5-4
Método de lançamento
-fumígenos .................................................................................. 4-11........... 4-7
-incendiários................................................................................ 4-17 .......... 4-10
-inquietantes................................................................................ 4-4 ............ 4-2
Métodos de disseminação
-biológica..................................................................................... 6-9 ............ 6-5
-herbicida .................................................................................... 6-26 .......... 6-18
-nuclear........................................................................................ 7-3 ........... 7-2
Munição
-explosiva ................................................................................... 2-8 ............ 2-4
-tipo queima.................................................................................2-9............. 2-5
O

Objetivos
-de um ataque químico não persistente........................................3-10........... 3-3
-de um ataque químico persistente.............................................. 3-13 .......... 3-5
-(do manual)................................................................................ 1-2............. 1-1
-táticos dos agentes biológicos.................................................... 6-13 .......... 6-8
-táticos (para emprego de agentes químicos)...............................5-2............. 5-1
O comandante..........................................................................................1-5 ............ 1-2
O oficial
-de defesa QBN da unidade......................................................... 1-6 ............ 1-3
-de defesa QBN do Estado.Maior................................................1-7............. 1-3
Operações
-aeroterrestres ,............................................................................ 5-37 ......... 5-22
-anfíbias ...................................................................................... 5-36 .......... 5-21
-contra guerrilheiros (emprego dos
herbicidas e esterilizantes do solo).............................................. 6-24........... 6-18
-defensivas {agentes biológicos contra pessoal e sistema
de lançamentos hipotéticos) ......................................................6-17 .......... 6-11
-defensivos (ataque químico não persistente)..............................5-18........... 5-13
-defensivas (ataque químico persistente)..................................... 5-22.......... 5-14
-de guerrilha e contraguerrilha.....................................................5-35........... 5-21
-de montanha............................................................................... 5-30 .......... 5-18
-especiais (emprego de agentes biológicos contra pessoal).........6-18 .......... 6-11
-na selva.......................................................................................5-33 .......... 5-20
-no deserto .................................................................................. 5-34........... 5-20
-ofensivas (ataque químico não persistente)................................5-17........... 5-12
-ofensivas (ataque químico persistente)...................................... 5-21........... 5-14
-ofensivas.(emprego de agentes biológicos contra pessoal)........ 6-16 .......... 6-10
-químicas, biológicas e nucleares. .............................................. 1-3 ............ 1-1
P

Penetração de fortificações......................................................................3-5 ............ 3-2


Persistência.............................................................................................. 3-4 ........... 3-2
Planejamento tático
-e análise de alvos (emprego de agentes biológicos contra
pessoal)....................................................................................................6-14........... 6-8
-(Operações Químicas com agentes tóxicos).......................................... 5-3 ............ 5-2
Plano da unidade apoiada (análise de alvo para emprego de
agentes químicos..................................................................................... 5-6 ............ 5-4
Plano de fogos químicos e nucleares.......................................................1-9 ............ 1-5
Possibilidades
-das unidades(necessidade de munição fumígena)..................................4-22 .......... 4-11
-dos agentes biológicos........................................................................... 6-12 .......... 6-8
Processo de espargimento dos herbicidas................................................6-31 .......... 6-21

Redução na eficácia inimiga....................................................................3-2............. 3-1


Requisito dos agentes biológicos............................................................ 6-6............. 6-3
Risco
-decorrente da persistência do agente......................................................5-10........... 5-8
-na direção do vento................................................................................ 5-11 .......... 5-8

Segurança da tropa
-(emprego de agentes biológicos contra pessoal).................................... 6-19 .......... 6-12
-(operações nucleares)............................................................................. 7-7 ............ 7-20
Seleção de agentes biológicos e cálculo de munição.............................. 6-21........... 6-13
T

Técnicas
-de ataque biológico................................................................................ 6-10........... 6-7
-de ataque químico.................................................................................. 3-14........... 6-7
-para ataques químicos não persistentes..................................................3-1............. 3-4
Temperatura.............................................................................................2-15........... 2-10
Tempo de segurança para áreas contaminadas........................................ 5-15........... 5-10
Travessia
-de cursos d’água e defesa de uma margem amiga..................................5-27........... 5-17
-deliberada de terreno contaminado........................................................ 5-13........... 5-8

Unidade e precipitação............................................................................ 2-16 .......... 2-11


Uso das tabelas........................................................................................ 4-23........... 4-12
DISTRIBUIÇÃO
1. ÓRGÃOS
Gabinete do Ministro .................................................................................................1
Estado-Maior do Exército.......................................................................................... 20
DGP, DEP, DMB, DEC, SCT....................................................................................5
DEE, DFA, CTEx ..................................................................................................... 3
DAM, DME, DMM, DMCE, DFPC.......................................................................... 5
DTelecom .................................................................................................................. 1
DT, DMI, DSau.......................................................................................................... 3
SGEx, CIE .................................................................................................................2

2. GRANDES COMANDOS E GRANDES UNIDADES

Comandos Militares de Área......................................................................................7


Regiões Militares........................................................................................................10
Divisões......................................................................................................................5
Brigadas .....................................................................................................................27
Grupamentos de Engenharia...................................................................................... 2
Artilharias Divisionárias ........................................................................................... 5

3. UNIDADES

Infantaria.................................................................................................................... 138
Cavalaria.....................................................................................................................52
Artilharia ................................................................................................................... 74
Engenharia .................................................................................................................40
Comunicações............................................................................................................ 10
BLog ..........................................................................................................................38
BSup .......................................................................................................................... 1
B D Mun.....................................................................................................................1
B M Armt................................................................................................................... 1
F Esp ..........................................................................................................................2
DOMPSA................................................................................................................... 2
Fron ........................................................................................................................... 12
Dst Alfa Omega..........................................................................................................2
P E ............................................................................................................................. 10
Guarda........................................................................................................................ 6
Aviação.......................................................................................................................2

4. SUBUNIDADES (autônomas ou semi.autônomas)

Infantaria ................................................................................................................... 6
Cavalaria.....................................................................................................................38
Artilharia ................................................................................................................... 38
Engenharia .................................................................................................................24
Comunicações............................................................................................................ 34
Material Bélico...........................................................................................................11
Intendência................................................................................................................. 4
Fron ........................................................................................................................... 4
PE .............................................................................................................................. 12
Guarda........................................................................................................................ 14
Prec Pqdt.................................................................................................................... 2
Cia Cmdo (grandes unidades e grandes comandos}.................................................. 44
Def QBN ................................................................................................................... 2
Organizações de valor Pel.......................................................................................... 24

5. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

ECEME ..................................................................................................................... 5
EsAO ......................................................................................................................... 10
AMAN .......................................................................................................................20
EsSA ..........................................................................................................................15
CPOR......................................................................................................................... 25
NPOR ........................................................................................................................ 49
IME.............................................................................................................................2
EsSE, EsCom , EsACosAAe, EslE, CIGS, EsMB, CIPqdt GPB, CIG E, Es
A Ex .......................................................................................................................... 18
EsPCEx...................................................................................................................... 2
Colégios Militares...................................................................................................... 5

6. OUTRAS ORGANIZAÇÕES
Arq Ex ....................................................................................................................... 1
Bibliex ....................................................................................................................... 1
C Doc Ex.................................................................................................................... 1
Es Nl...........................................................................................................................1
E G G C F...................................................................................................................1
ANEXO F

FATORES DE CONVERSÃO

1 metro....................................................................39,4polegadas
1 metro....................................................................1,1jarda
1 quilômetro........................................................... 0,6milha
1 milha.................................................................... 1,6quilometro
1pé.......................................................................... 30,48cm
1nó.......................................................................... 1,15milha por hora ou
1,85Km/h
1 jarda quadrada..................................................... 0,8m2
1 hectare..................................................................10.000m2
1 hectare..................................................................11.960jardas quadradas
1 milha quadrada.................................................... 259hectares
1 miligrama.............................................................1/1 000grama
1 onça......................................................................28,35gramas
1 libra......................................................................453,6gramas
Grau Fahrenheit...................................................... 9/5(C+32)
Grau Centígrado..................................................... 5/9(F-32)

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