Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
í
|
-
l
MIH
39 EDIÇÃO
ni"T
XLLA
/tnTn
77/*/*+- I I i i
Qyv-Xtr'
'Ví». /•£*.—'«>■
>TÜ
@ I
HflRCEio M. M. Pelissoh
Prefácio
O estudo dos mecanismos das reações constitui sem dúvida a
quinta-essência da compreensão e domínio do conhecimento da Química
Orgânica. Não é raro um estudante, após estudar os mecanismos, mostrar-
-se admirado com a vastidão e complexidade dos dados experimentais
que podem ser explicados com um número surpreendentemente pequeno
de princípios gerais.
Com este livro, o Prof. Dr. Marcelo M. M. Pelisson propicia-nos um
agradável e breve passeio por este mágico mundo das explicações simples
para fenômenos complexos e fornece-nos material para estudo, consulta
e trabalho. Bem-estruturado, o livro cobre os pontos mais importantes
da matéria, sem aprofundamento nos aspectos que pertencem mais ao
domínio dos especialistas.
Nota-se, ao longo de todo o texto, a preocupação do autor
em manter um constante nível de excelência didática e científica,
qualificando corretamente as diversas propostas mecanísticas como
"bem-estabelecidas" ou como sugestões ainda sujeitas a verificações e
esclarecimento.
Trata-se, enfim, de material didático de ótima qualidade para ser
utilizado em cursos universitários de Química Orgânica.
CAPÍTULO 1 - Introdução........ 11
1. Introdução............................. 12
1.1. Tipos de mecanismos. 12
1.2. Tipos de reações........ 14
Apêndice... 161
Gabarito.... 167
Bibliografia. 181
Introdução
1. Introdução
Um mecanismo de reação é o processo pelo qual uma reação
ocorre, ou seja, quais ligações são quebradas, em qual ordem, quantos
passos são envolvidos, a velocidade relativa de cada etapa etc.
Para se determinar completamente o mecanismo de uma reação,
deve-se especificar a posição de todos os átomos, incluindo os do
solvente, e a energia do sistema em todos os pontos do processo. No
entanto, detalhar cada um desses itens pode se tornar uma tarefa árdua
e algumas vezes irrelevante para o entendimento do processo global de
uma reação.
Neste livro procuramos focar o mecanismo das reações sob o ponto
de vista do fluxo de elétrons, ou seja, principalmente como as ligações
são quebradas e como são formadas.
Apesar de a maioria das reações já possuir mecanismo proposto
com um bom grau de certeza, nenhum mecanismo é profundamente
conhecido. Em alguns casos, existem vários mecanismos propostos
para uma mesma reação, e todos explicam completamente os resultados
obtidos na reação.
A+ : B-
í 1
CAPÍTULO 1 - Introdução
AcfeB A. •B
X—Y
X Y
A=B
Á—B
a) Substituição
a.1) Via radical livre
Y- A—X Y—A X-
a.2) Nucleofílica
Y@
n
A—X YX@
—A
a.3) Eletrofílica
Y0 A—X Y—A x0
Todas as espécies são mostradas sem carga, uma vez que
reagentes e/ou substratos com diferentes cargas poderão sofrer
reações análogas.
b.2) Nucleofílica
W Y
O > I I
A=B Y—W wQ A—
b.3) Eletrofílica
Y W Y
A=B
n
Y—W w@
O I
A—B
I
A —B
I
CAPÍTULO 1 - Introdução
c) Eliminação
W X
IR) l^> A=B + X@ + WQ
A—B
d) Oxidação e redução
Reações orgânicas de oxirredução recebem a classificação de
oxidação ou de redução de acordo com a variação no número de
oxidação do substrato orgânico. Muitas reações de oxidação e
redução podem ser classificadas quanto a um dos três tipos acima,
mas muitas outras não.
EXEReíei0S>i ...
Q-01 Desenhe as setas curvas necessárias para as reações abaixo:
Br
I .
a) Br. H2C=CH2 H2C—ch2
H H H H
I I + I + I
b) H-N ; H-O-H H-N —H + :O—H
I
H H
e) xo -OCH/JHj = HaC-
f
—OCHaCHa
'OH ’
9
X
H?c 'O-
•'
H OR'
o
! 0
---- - HaC' 'x>
+ CHjCHaOH
:t?H-
I + h2o
+ h2o + HQ
ch2oh
+ LiOH +AI(OH)3
H3C
CAPÍTULO 1 - Introdução
OH
+ H2CT2O/ + Q2Q3
Br Br
I I
g) H2C=CH2 + Br2 h2c—ch2
Z\ (*'■•
2. Mecanismo De Substituição Via Radicais
Livres
2.1. Halogenação do metano
Vamos examinar o mecanismo da cloração do metano com
bastantes pormenores.
calor ou luz
CH4 Cl2 CH3CI HCI
metano cloro clorometano ácido clorídrico
Tal mecanismo é válido, não só para a cloração, como também
para a bromação, e não só do metano, como de outros alcanos; pode
aplicar-se igualmente a reação desses halogênios com muitos outros
compostos, que, embora não sendo alcanos, apresentam na respectiva
molécula porções de natureza semelhante à dos alcanos. Mais importante
ainda: o estudo das provas em que se apoia o mecanismo permite-nos
aprender algo do modo como o químico procede quando estuda o que
se passa durante uma reação química.
Entre os fatos que se tem de justificar, temos os seguintes:
I. O metano e o cloro não reagem no escuro à temperatura ambiente.
II. A reação ocorre no escuro desde que a temperatura seja superior a
250 °C.
III. A reação ocorre à temperatura ambiente sob ação de luz ultravioleta.
IV. A reação torna-se muito lenta na presença de uma pequena quantidade
de O2.
calor ou luz
(D Cl—Cl Cl- Cl- cisão homolitica
(2) Cl-
O'
H—CH3 H-CI + -CH3
O Colisão provável
Cl. H—CH3 H—Cl + -CH3 <== e produtiva.
h-Q>h3 H3C—H
x Colisão provável,
H3C- + • uh3 x— mas /mproclutiva
hQ;h3
(2) Cl. H-CI + -CHs
Passos
propagadores
(3) h3c ■ CP-CI H3C— Cl + -Cl
Subsequentes repetições de (2) e (3) até que:
Cl ci
Cl2 | I
H3C—CH2-CH3 luz, 25°C ** H3C ch2“CH2 h3c—ch-ch3
Cl ci
Cl2 I I
H3C—CH2-CH;,-CH3 -» H3C—CHj-CHj-CHa H3C—CHj-CH-CHj
luz,25°C
Butano 1-cloro butano 2-clorobutano
28% 72%
CAPÍTULO 2 - Mecanismo de Substituição Via Radicais Livres
ÇHj
Cl2
H3C—ch-ch3 HgC—CH-CH2 h3c—c-ch3
luz, 25°C
Cl
Metilpropano 1 -cbro-2-metilpropano 2-cloro-2-metipropano
64% 36%
Br
Br2 I
H3C—CH3 h3c—ch2
luz, 127°C
Etano brorroetano
Br Br
&2 I I
H3C—CHj-CHa HaC—CH2-CH2 h3c—ch-ch3
luz, 127 °C
Propano 1 -bromopropano 2-brorropropano
3% 97%
Br &
&2 I I
H3C—CH2-CH2-CH3 H3C—CHj-CHj-CHj HgC—d-fe-CH-CH,
luz, 127°C
Butano 1 -bromobutano 2-bromobutano
2% 98%
CH.
Br;
H3C—CH-CH3 HaC—CH-CH2 h3c—c-ch3
luz, 127°C
Br
Metilpropano 1 -brorro-2-metilpropano 2-bromo-2-metipropano
<1% >99%
H H H H
Butano remoção do H H H H H Q H
H secundário I I I Cl2
H-
H H H H H H H H
Mecanismo de
Substituição
Nucleofílica
3. Mecanismo De Substituição Nucleofílica
Na substituição nucleofílica, o reagente (nucleofílico), que ataca
o substrato, leva o par de elétrons para formar a nova ligação química.
O grupo que é substituído leva consigo o par de elétrons da ligação
rompida.
Y@
n
A—X Y— A x@
Grupo Grupo de
Alquílico saída (nucleófugo)
solvente
R—X + Y — R—Y X
Substrato Nucleófilo
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
Mecanismo SN2
Neste mecanismo, ocorre o ataque do nucleófilo ao carbono numa
posição 180° em relação ao nucleófugo (backside attack).
Y -C-X Y — C— X
/
A ligação C-Y é formada enquanto a ligação C-X é quebrada. A
energia necessária para quebrar a ligação C-X é fornecida pela formação
simultânea da ligação C-Y. O grupo X deve sair para que o grupo Y possa
entrar, para evitar que o carbono fique com mais do que oito elétrons na
sua camada mais externa.
No estado de transição, o carbono central passa do estado híbrido
sp3 para sp2, adquirindo um orbital p perpendicular. Um lóbulo do orbital p
irá formar overlap com o reagente nucleofílico e o outro lóbulo irá formar
overlap com o nucleófugo.
Y CDjCDX
V = K-[RX][Y]
HisC6\ H13C6\
H—( Br H—( OH
h3c H3C
Exemplos:
Br OH
brometo de butila 1-butanol
OH a
I
CH3—CH2—CH—CH3 + HO CH3—CHg—CH—CH3 + H2O
álcool s-butílico cloreto de s-butila
Mecanismo
H.
:ÕH H*
H* ' Cl
I l^> I
CH3-CH2-CH-CH3 - CHa-CHj-CH-CHa CH3—CHj—CH—CH3 + H2O
cr-'
b) Formação de éteres assimétricos (reaçao de Williamson)
R— X + -► R— O— R' + X-
+
Exemplos:
O—CHj—CH3
CHj- O-Í2- Br NaOH
ÇH3
H3G— o— oh + H3C—Br Na
ch3
c) Formação de tioéteres
R—X + -S—R' R- R'
Exemplo:
S—CH3
NaOH
H3C—I
Exemplo:
H2SO4
ch3—ch2-oh 140 “C* CH3-CH2-O— CHg— CH3 + H2O
álcool etíllco éter etíllco
Mecanismo
H H
CHj-CHj-ÕH H*
HSQi' <S| HÕ—CH2-CH3
CHa-CHj CHs-Ot-d—CHj-Ok
Io
. H
HSOa'
CHa-CHj-O—Ofe—CHj
r r' _
i
R— N— R1
R—X R'3N X “
Exemplo:
ch3
CH3[CH2]nBr (CH3)3N H25C12—N—CH3 Br"
CH3
f) Hidrólise de epóxidos
O OH OH
+ H2O
H + ou OH"
LÓ-
Exemplo:
OH OH
O H+ I I
/ \ + H2O h2c—ch2
oxido de etileno etilenoglicol
Mecanismo SN1
A substituição nucleofílica unimolecular consiste num mecanismo
de dois passos:
V = K-[RX]
G-
i+
©3
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
H
í.
Cátion metila
R
?
H
I
Cátion 1o
R-
r
Cátion 2o
R-
r
R
Cátion 3o
H
T+ H
R—»-C
I
H2C’ cI +
H H
ii H
H
1
\T
<
H
8+ 8+ 8+
Voltemos agora ao estudo da substituição nucleofílica.
Exemplos:
ÇH3
h3c— o-+ch2
H
çh3 ÇH3
H3C— C— C H~C H3
ÇH3
H3C—C—CH2- ch3
+
ch3 CH3
I
H3C—Ç—I -------
ch3
H3C—
ch3
h20: H3C- ré o
CH, H I’
H3C—C----OH
CHg
33
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
x„
R'
-120°
O carbono do grupo carbonila está particularmente susceptível
ao ataque de um nucleófilo, devido à tendência do oxigênio de adquirir
elétrons (mesmo sob pena de ganhar uma carga negativa) e ao estado
relativamente desimpedido do reagente trigonal.
A substituição nucleofílica acílica processa-se em dois passos,
sempre com a formação de um composto tetraédrico, e pode ocorrer
tanto em meio básico como em meio ácido.
a) Em meio básico
R
z
C=O
I
R-C.
%=o
o- +
X ■
Reagente Reagente
xí>
Intermediário Resultante Grupo
Trigonal Nucleófilo Tetraédrico Trígonal Nucleófugo
Carga negativa Base mais fraca
no oxigênio sai mais fácil
b) Catalisada por ácido
Mais susceptível ao
ataque nucleófilo
z* H+ IZ
R ( R.
z
'c=ó: C=Ô' R-C/O
x • X ’P-H
R R +zH
HX + 'c=o - J?C=O" X
Zx z
Z@ + R'-
V X z— y...x X@
R' R"
C Tetraédrico C pentavalente
Ataque obstruído Instável
Z0 z X + X@
O’
C Trigonal C Tetraédrico
Ataque relativamente Estável
desobstruído
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
a) Formação de ésteres
a. 1) Ácidos carboxílicos mais álcoois
H+
RCOOH R'OH RCOOR' + H2O
Exemplo:
O
o,eci-b
HO,8CH3 + HjO
Mecanismo
HjO*
,8-ch3
ho’-ch3
H/j:
+■ H3O' O,8-ch3
a.2) Anidrídos ou cloretos de ácidos mais álcoois ou fenóis
Exemplos:
o o
II II NaOHt + H3CCOOH
^CHa +
Z-°
H3o-cr NaOHf Z/° HCI
HOCHjCtfe
a och2ch3
b) Formação de amidas
b.1) Amonólise de ésteres
Exemplo:
Exemplo:
o O
II II Z/° .0
c. h3o-c^ + H3C— 0^
H3c< CH3 + 2 NH3
nh2 onh4+
•39
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
NH2
+ 2 NH3
+ NH4Q
H20: hA H
OH
R^^CH-H H
h3o+ HO£o±r-
' XQ-h
H2O: R
R‘OH
Mecanismos da hidrólise básica: (reação global irreversível)
r:QR' O5
HjSQ,
+ HOCHjCHa
O
Ácido benzoico Etanol
OCHsCHa
+ H2O O
NaOH O'Na+
Benzoato de etila + HOCH2CH3
H+
RCOOH + NH4+
RCONH2 + H2O -----
OH' RCOO' + nh3
Exemplos:
O
NH2 H2SO4 OH
+ H2O + NH4+HSO4'
NaOH
ch3ch2ch2c^ + H2O ch3ch2ch2c + NH3
nh2 O’Na+
butanoamida butirato de sódio
Exemplo:
O
4 H2O
anidrido butanodoico
(anidrido succínico)
hocxxh2ch2cooh
ácido butanodioico
+ H2O
Formas canônicas
Passo 2 (rápido)
x-
Exemplo:
OjN NOJ
OjN NjO Ní>
•<—► etc.
+ H3CCT —- + HsCjO'
N20 NzO
Passo 1 (lento)
®
N=N
03
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
Passo 2 (rápido)
Exemplo:
NaNOg
HzSOjiac)
Passo 1
NH2‘ NH3 + cr
Passo 2
k'""' :NH3
ou
K_^:NH3
NH2
Exemplo:
NH2 NH2
nh2~
+
1
H Br
77
Qual o produto obtido da etanólise do cloreto de t-butila? Descreva
Q-02
os passos sabendo que o mecanismo é SN1.
b) ch3c(;hch2ch3
SH
c) CH3<pHCH22 CH3
occh3
O
d) CH3tpHCH2CH3
sch3
b) CH3CH2CH2I
c) ch3ch2och2ch2ch3
d) CH3CH2CH2SCH3
O
II
e) CH3COCH2CH2CH 3
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
+ ^H3
f) H3c—1\|—CH2CH2CH3Br'
CH3
g) ch3ch2ch2cn
a) CHsCHgCHjCHjBr ou CHsCH^HCHs
Br
<pH3
b) CHgCHjCpHCHa ou H3Q—Ç—CH3
Br Br
c) CH3CH2CH2CI ou CH3CH2CH2Br
d) CH3(jíHCH2CH2Br ou CHâChWHCH^r
CH3 CH3
BT\ H
PH3 L-CH3
H-/C \ H-/C—'
H3C OH
h3c oh
A 8
OH'
a) HOCH2CH2Br H2C------CH2
H2O
OH'
b) H2NCH2CH2CH2CH2Br
H2O
H p
T p)
H-C-O-H e
‘O.
, I
.C-C-H
H
I // I
H O H
XD
obteve-se um éster e água. Verificou-se que as moléculas de água
continham átomos de oxigênio radioativo isótopo l8O. Com base nessa
informação, pode-se prever que o isótopo ,8O estava presente somente
no(s):
A. ( ) oxigênio 1
B. ( ) oxigênio 1 e 2
C. ( ) oxigênio 2
D. ( ) oxigênio 2 e 3
E. ( ) oxigênio 3
®)
CAPÍTULO 3 - Mecanismo de Substituição Nucleofílica
I. OH + HjC—ONa
II. ♦ CH.
I
H
O O
oooa-tcHj
III. H-t, ' 'C< " + CHjCHjOH
o o
IV. + NaOH ONa + H3C— NHj
I
H
V. a + HjC—OH + NaO + Hp
ocorrem:
A. ( ) apenas I e II.
B. ( ) apenas I, III e IV.
C. ( ) apenas II e IV.
D. ( ) apenas I, II e V.
E. ( ) apenas III, IV e V.
CH2-CH2
Br
I II
Mecanismo de
Substituição
Eletrofílica
4. Mecanismo De Substituição Eletrofílica
A maioria das substituições em sistemas alifáticos são nucleofílicas.
Em sistemas aromáticos, a situação é inversa, porque a alta densidade
eletrônica atrai espécies positivas (eletrófilos) mais efetivamente do que
espécies negativas (nucleófilos). Em substituições eletrofílicas, o reagente
eletrófilo é uma espécie positiva ou um átomo com carga parcial positiva
de uma molécula polar.
Y0 A—X Y—A xQ
4.1. Substituição eletrofílica aromática
Em substituições eletrofílicas aromáticas, os grupos de saída mais
importantes são aqueles que existem sem o par de elétrons da última
camada. O grupo de saída mais comum para essas reações é o próton (H+).
Tipol
Passo 2 (rápido)
5+l<- S+
Reações típicas
A substituição eletrofílica aromática inclui uma grande variedade
de reações, sendo que as mais importantes - nitração, sulfonação,
halogenação e reações de Friedel-Crafts - são apresentadas não só pelo
benzeno como por quase todos os anéis aromáticos.
a) Nitração
NO2
H2SO4
+ HNO3 HjO
Benzeno Nitrobenzeno
Mecanismo
Passo 1
H-Õ-NO2 + H2SO4 H—Õi-NO2 + HSO4'
H
Passo 2
■Q
H—O-NO2 + NO2 + H2O
Passo 3
no2 NO2 © NO2
H H H
■ r
©
Passo 4
®<\h NO2
NO2 HSO4‘ + H2SO4
b) Sulfonação
SO3H
S03
H2SO4 h2o
Mecanismo
Passo 1
2 H2SO4 SO3 + H3O+ + HSO4‘
Passo 2
O H
-II
S=O SO3’ etc.
II
O
Passo 3
SO3
SO3' HSO4 + H2SO4
Passo 4
SO3H
H3O+ + h2o
c) Halogenação
+ Br HBr
Benzeno Bromobenzeno
Mecanismo
2 Fe + 3 Br2 2 FeBr3
CAPÍTULO 4 - Mecanismo de Substituição Eletrofílica
Passo 1
Passo 2
Br
H
:Br-j-FeBr3’ Br
+ HBr + FeBr3
d) Alquilação de Friedel-Crafts
AICI3
+ PCI HCI
Benzeno Alquilbenzeno
Exemplo:
çh3 C(CH3)3
aici3
HaC—C—•'ch3 + HCI
Cl
Benzeno í-butilbenzeno
Mecanismo
Passo 1
CH3 ^AICI3 ÇH3
H3C-C-CI: h3c-c+ + AICI4
i
CH3 ch3
Passo 2
ÇFb
-CH3
ÇH3
CHs
Ç-CHa
CH3
Passo 3
<^:CljAICI3- h3c
ch3
e) Acilação de Friedel-Crafts
o
II
c
aici3
+ RCOCI + HCI
Exemplo:
O
II
zz° c.
AICI3 ■CH3
+ H3C—c' HCI
Cl
Benzeno metilfenilcetona
Mecanismo
Passo 1
h3c-c
z° H3C-Ô=Ô: h3c-c=Ô + AICI4'
(2CI: AICI3
Passo 2
X' ?c H3 C-CH3
O
Passo 3
f-' :ÕI-AICI3‘
1.CH V*
ch3
COCH3 + HCI + AICI3
S0
CAPÍTULO 4 - Mecanismo de Substituição Eletrofílica
Reação é
+ Y+ mais rápida
H
Grupo G íon arênio
cede elétrons estabilizado
Reação é
+ Y+
mais lenta
H
Grupo G íon arênio
saca elétrons instabilizado
Teoria da orientação:
Ativadores do tipo -R cedem elétrons para o anel aromático em
virtude dos seus efeitos indutores. Certos grupos (-NH2 e -OH) atuam,
porém, como poderosos ativadores da substituição eletrofílica aromática,
apesar de conterem átomos eletronegativos com efeito indutor de sacar
elétrons.
No caso desses grupos, apesar de eletronegativos, o átomo
ligado diretamente ao anel possui um ou mais pares de elétrons não
compartilhados. O par de elétrons não compartilhado pode participar da
ressonância do anel aromático e, por conseguinte, contribuir com uma
quarta forma canônica, relativamente estável:
CAPÍTULO 4 - Mecanismo de Substituição Eletrofílica
Ataque na
posição Orto
W
Y3 Y
W
Y
H —1| 'H— Íí H
Particularmente estável:
todos os átomos com o
octeto completo
Ataque na
posição Meta
W
Y+
Ataque na
posição Para
W
Particularmente estável:
todos os átomos com o
octeto completo
Em virtude da contribuição das estruturas híbridas, particularmente
estáveis, resultantes dos ataques nas posições ortoepara, a substituição
nessas posições ocorrem mais rapidamente.
De modo análogo, os desativadores do anel aromático, frente
à substituição eletrofílica, o fazem por efeito indutivo dos átomos
eletronegativos, ou seja, grupos desativadores cujo átomo ligado
diretamente ao anel não possui par de elétrons desemparelhados orientam
a substituição sempre na posição meta. Podemos entender como esses
grupos afetam a orientação se examinarmos as estruturas de ressonância:
Ataque na
posição Orto
Particularmente instável
Ataque na
posição Meta
Ataque na
posição Para
Particularmente instável
Exemplos:
NO2
no2
no2
o-nitrotolueno p-nitrotolueno m-nitrotolueno
59% 37% 4%
Br
Br2
2,4,6-Tribromofenol
-100%
NO2 NO2 no2
HNO3
H^Qt
no2
•9no2
no2
HNO3
NO2
m-nitro(trifluormetil)benzeno
-100%
+ HBr
Br
Mecanismo
Passo 1
OH
+ H+ Tautomeria
Cetona Enol
Passo 2
H H
I I .
O: 0+
+ Br’
Br—Br Br
Passo 3
H
'I . :Bn
O+
HBr
Br
CAPÍTULO 4 - Mecanismo de Substituição Eletrofílica
E5 Acidez relativa:
H—OH > H—OR > H-C=CR > H—NH2 > H-CH=CH2 > H-CH2CH3
pKa 15,7 16-17 25 38 44 50
Passo 2
n
Y-W W Y
-H- LU-ô-
i i i i
Esse novo radical poderá, ainda, adicionar em outra ligação dupla,
gerando um novo radical. A repetição dessas adições em ligações duplas
poderá formar cadeias, curtas ou muito longas, sendo esse o mecanismo
de polimerização via radicais livres.
CAPÍTULO 5 - Mecanismo de Adição Via Radicais Livres
H2C=CH2
n = hw
Superfície
metálica
CH3
H
H3C— CH3
sinestérea (sin)
isômero meso
__ E1V
antiestérea/\
(anti)
mistura racèmica
co2h co2h
Pt
h2
25°
#•)
CAPÍTULO 5 - Mecanismo de Adição Via Radicais Livres
Exemplo:
h3c-ch2X, /CH2-CH3
Pd/CaCO.,
h3c— ch-csc—ch2-ch3 + h2
(Catalisador de Lindlar) H
c/s-3-hexeno
97%
Pt
h2c=ch-ch=ch-ch2-ch3 2H2
25°
CH3(CH2)4CH3
12 3 4
Pt
h2c=ch—ch=ch—ch2-ch3 H2 h3c—ch=ch—ch3-ch3
12 3 4 25°
cat.
+ 3H2
+ 1 H2
cat.
00-0*0
33,3% 0% 0% 66,6%
OH OH
cat.
+ 2H2
Mecanismo
Passo 1
peróxido
•O-W
Br—H Br • + H—O-W
Passo 2
p,
U-ó-
Passo 3
O
H—Br Br H
I I
Br—Ç— + Br •
Exemplos:
Adição eletrofílica: orientação de Markovnikov
Br'
H3C—CH—CH3 H3C—<pH—CH3
cátion 2° Br
HBr
H3C—ch=ch2
X H3C—CH2—CH2
cátion 1°
Adição via radical livre: orientação anti-Markovnikov
• I |Qr
5.4. Polimerização
Polímeros são substâncias que consistem em moléculas muito
grandes (macromoléculas) formadas a partir da repetição de subunidades.
As subunidades moleculares, usadas para sintetizar polímeros, são
chamadas de monômeros e as reações, pelas quais os monômeros se
conectam, são chamadas de polimerização.
A polimerização de alcenos e seus derivados , iniciada por radicais
livres, leva à formação de polímeros por reações sucessivas de adição.
Mecanismo
Passo 1
O O O
II II o II
2R—C—O-, 2R- + 2 CO2
Passo 2
’ O
h2cXch R—CH2-CH
R1 R1
Passo 3
4
R—CHp-CH
Passo 4
4
nH2C=ÇH
R1 RHHt CH2-CH
n À,
t 4;
r4ch2-ch4■CH-CH
i r4ch2-ch4'CH=CH
MI I
H R, n R1
n "'x
+
R-^-CH^ÇH-^-’ R-^CF^-CH-^-1
■CH2-CH CH2-CH2
n R1
Tfi.
CAPÍTULO 5 - Mecanismo de Adição Via Radicais Livres
Exemplos:
peróxido ~^-H2C—ch2-^
nH2C=CH2
Etileno Polietileno
peróxido
nHjC—(pH
Cl Cl
Cloreto de vinila Policloreto de vinila (PVC)
Exemplo:
n H2C=CH— <p=CH2
calor +-H2C—CH= tp-CHzÀ-
ch3 \ CH3 In
Isopreno poli-isopreno
(borracha natural)
ZZj
Q-01 O “zingebereno”, uma fragrância extraída do gengibre, tem fórmula
molecular C15H24 e não possui ligação tripla. Sabendo que 1 mol de
“zingebereno" absorve 3 mois de H2 na hidrogenação catalítica, quantas
ligações duplas e quantos anéis existem nesse composto?
Q-02 O “esqualeno” é importante intermediário na biossíntese de
esteroides, sua fórmula molecular é e não possui ligação
tripla. Quando submetido a hidrogenação catalítica, fornece um composto
de fórmula C30H62. Quantas ligações duplas e quantos anéis existem nesse
composto?
ch3
H
Um composto X tem fórmula molecular C6He e é opticamente ativo.
Q-06
A hidrogenação catalítica de X leva à formação de um composto
Y com fórmula molecular C5H10, que é opticamente inativo. Qual a fórmula
estrutural de X e Y?
r©
Mecanismo de
Adição Nucleofílica
6. Mecanismo De Adição Nucleofílica
No primeiro passo da adição nucleofílica, o nucleófilo leva um par
de elétrons para um carbono de uma ligação dupla ou tripla, forçando os
elétrons n a ir para o outro átomo da ligação e criando, assim, um ânion.
O segundo passo é a combinação do ânion com a espécie positiva.
Passo 1
Y
A^B - I
Y-W A-B + w+
Passo 2
x Y W Y
Y I I I
W+ A-B A-B
8+
!-L 8+ 8+
C=C-
“H
Passo 2
CN <?■ ÇN !
—c-c-
H+ l
CAPÍTULO 6 - Mecanismo de Adição Nucleofílica
Exemplo:
O O
CH=CH—CH3 CH2—(jJH—CH3
+ HCN
CN
R / "Z z Z
;c=o R—C—0~ | R—C—OH + Z”
r,z Cf rJ h-z R'1
Mecanismo 2:
Rx r*H—Z Z
^H "Z
:c=õ- (J
' « ^C=O R—C— OH
R'z R,Z Cf R'1
:Ò’h2 ho
H3C r
'
H3°* H3C,
HC
>=0: - “ 'c=o*
v— == H3C-C-0Hi == h3c-'c—oh + h3o+
H H■ z KJ H
h
aldeido diol geminal
3®
CAPÍTULO 6 - Mecanismo de Adição Nucleofílica
NaOH
HCN
Mecanismo
Passo 1
HCN NaOH *■ Na+ + 'CN + HgO
Passo 2
'O, CN
“CN
Passo 3
NC HO
H
HO'
b) Adição do reagente de Grignard
Exemplo:
(j)MgBr
HgC— CHMgBr + /C—CH2-CH3 HaC— CH; -tp—CH2-CH3
Reagente de H H
Grignard
Mecanismo
pi-CHzCHa
H \ O'
Etapa 1 CH3CH2—Ó—CH2CH3 + +MgBr
/ Adição \
\ nucleolihca ] 6” . 8_ + H
H3C—CHg: MgBr
l< 1 H OH
CH3CH2—A—CHjCHa + 'OH
Etapa 2 ■ XoHaCHa
(Hidrólise ) CH3CH; H
H
ó
Mecanismo
Passo 1
1. LiAIH 4 / éter anidro
2. HgO
S
I
O—Li+—S
ó
Passo 2
Li+
S
(S = solvente)
I
(*O—Li + — S
b1-
O’Li+
+ AIH3
CAPÍTULO 6 - Mecanismo de Adição Nucleofílica
Passo 3
:Õ;Li+ H OH
ó ó
d) Adição de amônia e derivados
LiOH
H H O
I I I
Passo 1 — N : — N-C
I
H H
I
I
Adição
nucleofílica
H O' H iOH
Passo 2 —N-L
I I
Passo 3 —N—
T ?H —N=Ç— + HjO f Eliminação
Exemplo:
<pH3
ch3
N—NH2
+ H2N-NH2 + H2O
ff
d) C6H5CCH3, depois H2O
H2N-NH2
G^fíi...
Mecanismo de
Adição Eletrofílica
\ íí
il\® $ . .
i?'" li® "'
a
... .6^
O
f -
-
VLÁ' - ,- '.í í .. li®
)#.i .... I-
(í® ®í
7. Mecanismo De Adição Eletrofílica
Nesse mecanismo, o primeiro passo ocorre quando uma espécie
positiva (reagente eletrofílico) se aproxima da ligação dupla ou tripla e
converte um par de elétrons 7t em um par de elétrons o. O segundo passo
é a combinação da espécie positiva formada com uma espécie carregando
um par de elétrons.
Passo 1
Y
A=B Y+ A+-B
Passo 2
Y W Y
»+ I I I
W A-B A-B
Regra de Markovnikov
De acordo com o mecanismo, o reagente eletrófilo se fixa a
qualquer um dos carbonos da ligação dupla para formar um carbocátion.
Por exemplo, na adição de HCI ao propeno, se o reagente eletrófilo
(H*) se dirigir para o carbono 2, formar-se-á um cátion primário; se
for para o carbono 1, formar-se-á um cátion secundário. Uma vez
formado, o carbocátion reage rapidamente com o Cf para formar o
produto da reação. Levando-se em conta que o intermediário mais
estável é carbocátion secundário, o único produto dessa reação será o
2-cloropropano (gráfico 2).
H3C-CH2-CH2
Energia
H3C—Cl ch3
h3c— ch=ch2
Cl çi
HgC—CH2—CH2 Ou H3C—CH—CH3
Caminho da reação
:Cl7
H3C-CH-CH3 -^*h3c-ch-ch3
cátion 2° Cl
H+
H3C-CH=CH2
X H3C— ch2—ch2
cátion 1o
H3C—CH^CH=CH2
1 -buteno
molécula simétrica
a) Adição de HX
Exemplos:
HCI
5®
CAPÍTULO 7 - Mecanismo de Adição Eletrofílica
<pH3 <pH3
H3C—c=ch2 + HBr HaC— CH3
Br
b) Hidrataçao de alcenos
A hidrataçao de alcenos catalisada por ácidos também obedece à
regra de Markovnikov. Dessa forma, excetuando-se a hidrataçao do eteno,
não é possível a obtenção de álcoois primários.
Exemplos:
H+
H2C—CH2 + HgO HsC—CH2
Eteno Etanol
álcool 1°
fH3 ÇH3
H+
H3C C= CH2 4- H2O H3C— (j)—CH3
OH
2-metilpropeno álcool t-butílico
Mecanismo
Passo 1
ÇH3 CH3
H3C-C=Cíí> H3C-C— Cl-fe
+ I
H
H3O+
Passo 2
ÇH3 CH3
H3C-é-CI-b
h3c—c—ch3
H2Õ: H'
.0* H
Passo 3
ÇH3 ch3
H3C— C— CH3 H3C— C— Cl-b + H3o+
H
Z
H ' H20:
OH
c) Adição de X2
Os alcenos reagem rapidamente com Cl2 e Br2 à temperatura
ambiente e na ausência de luz, portanto o mecanismo dessa reação não
deve envolver a formação de radicais livres.
Br Cl
cr
Br-Br H2C—CHj 1 -bromo-2-cloroetano
H2C=CFb (J [Õ2H4&] +--- Br I
etileno T
Br’ cátion r H2C—OH2 1 -iodo-2-bromoetano
intermediário
Br OH
HO’
I- H2C—C-Hg 2-bromoetanol
CAPÍTULO 7 - Mecanismo de Adição Eletrofílica
cátion halônio
Estereoespecificidade da adição
Tomemos como exemplo a adição de Br2 ao frans-2-buteno. Caso
o mecanismo ocorresse via formação de um carbocátion, a reação não
seria estereoespecífica e, portanto, deveriamos obter uma mistura de três
isômeros do 2,3-dibromobutano, como ilustrado a seguir.
O primeiro passo desse mecanismo seria o ataque dos elétrons n
do alceno ao bromo, com consequente formação do carbocátion. Esse
ataque poderia ocorrer, de forma equivalente, em ambas as faces do
alceno, o que levaria à formação dos carbocátions intermediários (1) e (2)
nas mesmas proporções.
Passo 1
trans-2 -buteno
Br^
O segundo passo desse mecanismo seria o ataque nucleofílico do
ânion Br ao carbocátion formado. Uma vez que a estrutura do carbocátion
é planar, o ataque do ânion Br também poderia ocorrer pelas duas faces
de cada um dos intermediários. Isso levaria, portanto, à formação dos
três isômeros abaixo.
Passo 2
(a)
Br
H.. "Í
H3C
Br
—
4H-------- Br
(a)
Br CHg
H-... (+)-2,3-dibromobutano
:Br:
H3C-
Br Br- H
CB,
(-)-2,3-dibromobutano
Passo 1
z_\
Br+
(1) H...
120° (D , H3C-
CH3
trans-2-buteno cátion halônio
h3c ■H Br’
Passo 2
Br+
H... ch3
:Brs HàO 'H
’> /
(b) Hjc/i &
(1)
r
Br---- —H
== Br---- —H
4 Br
(c) CH3
(c)
(d) meso-2,3-dbrorrobutano
(d) Br
& (2)
H3C Br
Passo 1
120°
.. H
p (1) H...
h3c««
Z\ .. H
'CH3
:Br:
|(b)
(a’l CHj
H- ------ H
= Br‘
H—y
Br- Br Bf/ -------Br
h3c
ch3 ch3
(+)-2,3-dibromobutano (c) t(d) (-)-2,3-dibromobutano
,.H
*CH3
(2)
d) Formação de haloidrinas
Quando a adição de X, em alcenos é realizada em solução aquosa,
o produto obtido em maior quantidade é uma haloidrina.
\ /
/C=C\ ++ xX22 ++ hH22oO —— — ç-ç—
í ?H + HX
abeno haloidrina
Apesar de ocorrer a formação de ácido hipo-haloso (HXO) quando
Xj é misturado à água, existem indicações de que esses compostos não
resultam da adição de ácido hipo-haloso. O mecanismo mais apropriado
para essa reação é, como já foi discutido, a reação do X2 com o alceno
(formação do cátion halônio) seguido do ataque eletrofilico da água ao
cátion halônio.
&
CAPÍTULO 7 - Mecanismo de Adição Eletrofílica
Exemplos:
CH3 çh3
H3C— C=CH2 + Cl2 + h2o h3c— c— ch2 + HCI
OH Cl
2-metilpropeno
1 -cloro-2-metil-2-propanol
Mecanismo
Passo 1
çh3 ch3
h3c-c=ch2 h3c-c-ch2 + cr
CI-CI cí+
u*
Passo 2
H2Õ:
X |
çh3
h3c-c-ch2 h3c-c-ch2-ci
Cci +
H H
Passo 3
çh3 çh3
h3c-c-ch2-ci - h3c—c—ch2 + H3O+
HO Cl
H'' '‘H *■ H2O:
a) adição de HX
Alcinos reagem com HCI e HBr para formar haletos de vinila, se for
usado um mol-equivalente do ácido, ou dialetos geminais de alquila, se
forem usados dois mol-equivalente do ácido. O mecanismo passa pela
formação de um carbocátion e obedece à regra de Markovnikov.
Exemplos:
H3C\ ,H
H3C—C=C— CH3 + HBr
Br' CH3
2-butino (Z)-2-cloropropeno
H3C—C=C— H
HCI HsC\■c=<H HCI
■
?'
H3C—<p—CH3
Clz H Cl
propino 2-cloropropeno 2,2-dicloropropano
Mecanismo
Passo 1
H+
h3c h carbocátions vinílicos
H3C-C=C- H xc=cz são menos estáveis que
+ 'h carbocátions alquílicos
Passo 2
h3cs h3cx H
:CI:- XH H Cl
c=c:
H
CAPITULO 7 - Mecanismo de Adição Eletrofílica
Passo 3
Passo 4
:CI:
Cl
I
H3C-C-CH3 H3C-C-CH3
z^ll +
C>CI Cl
b) Adição de H2O
A hidratação dos alcinos segue os mesmos moldes da hidratação
de alcenos catalisada por ácido. No entanto, o enol obtido da adição
do primeiro mol de água tautomeriza para aldeído (no caso do etino) ou
cetonas (demais alcinos).
Exemplos:
H—C=C— H + H2O
H+
H2C=C—H
?H H3C— (\
H
H+ ?H
H3C— C=CH2= H3C— c— ch3
í?
HoC— C=C— H + H2O
c) Adição de X2
Alcinos reagem com Cl2 e Br2 da mesma forma que os alcenos, e,
novamente, se for usado um mol-equivalente do halogênio, obteremos
um dialeto vicinal ou tetra-haletos de alquila, quando forem usados dois
mol-equivalente do halogênio.
A maioria das reações de haletos em alcinos são adições
antiestéreas e, portanto, fornecem frans-dialoalcenos.
X2 Xx / X2
—c=c— / X
X X
Exemplos:
Br CO2H
HO2C-C=C-CO2H + Br2 ---- * c=<
HO2C Br
Ácido butinodioico Ácido trans-2,3-dibromobutenodioico
70%
Mecanismo
Passo 1
c.-*■ Br-Br
ho2c—c=c— co2h
Br*
HO2C-C=C-CO2H + Br'
Passo 2
7^
Br. CO2H
ho2c-c=c- co2h c=c:
HO2C Br
a) Adição de HX
Quando 1,3-butadieno é tratado com 1 mol de HCI, ocorre adição
eletrofílica em apenas uma das ligações duplas. No entanto, não ocorre a
formação apenas do produto esperado, 3-cloro-1 -buteno, mas também
do 1-cloro-2-buteno.
Exemplo:
H2C=CH-CH=CH2
HCI | ?
HsC—ch-ch=ch2 + h3c—ch=ch—ch2
?
25 °C
1,3-butadieno 3-cloro-1 -buteno 1 -cloro-2-buteno
78% 22%
CAPÍTULO 7 - Mecanismo de Adição Eletrofílica
Mecanismo
Passo 1
Passo 2
Cl
(a) ^1: (a) H3C— CH-CH=CH2 adição 1,2
(b)
H3C— CH=-CH“CH2
Cl
8+ 3+ (b)
H3C— CH=CH—CH2 adição 1,4
b) Adição de X2
Da mesma forma que na adição de HX, a adição de um mol-
-equivalente X? em dienos conjugados leva também à formação do produto
de adição 1,4.
Exemplo:
Br Br Br Br
Br2
H2C=CH-CH=CH2 H2C-CH-CH=CH2 + HaC-CH^CH-CHa
1,3-butadieno 1,2-dibromo-3-buteno 1,4-dibromo-2-buteno
I Br2 Br2
r
Br Br Br Br
I I I I
HzC- CH-CH- CH2
1,2,3,4-tetrabromobutano
Ignorando-se o fato de um segundo mol de X2 poder também
ser adicionado, o mecanismo é essencialmente o mesmo que ocorre na
adição de X,a alcenos.
Mecanismo
Passo 1
Br-Br
HjC=CH— ch=ch2 HjC— CH— CH=CH2 + Br'
Passo 2
Br^> Br Br
HgC—'cH—CH=CH2 I I
H2C— CH=CH— CH2 adição 1,4
:Br’:J
ou
Br Br Br
I I
h2c-ch-ch=ch2 H2C-CH-CH=CH2 adição 1,2
EXER®Í®I®<51
Li
A. ( ) redução com Hl
B. ( ) oxidação forte
C. ( ) oxidação fraca
D. ( ) hidratação catalítica
E. ( ) nenhuma das respostas
<pH3
e) CHaCHCCIBrCHa
<pH3
1) CH3CHCQ2H
dieno dienófilo
+ rz
■K<®
CAPÍTULO 8 - Mecanismo de Adição Pericíclica
30 °C
100%
25 °C
100%
Mecanismo
rw
EXERSÍSIQfLi
í? O
II
Hv/Cx
CH CH3 cII <OMe
a) + H b)
CH2 ,OMe
H C'
II
O
+
Q-03 Qual dieno e qual dienófilo devem ser usados para formar os
compostos abaixo?
çh3 p
H
b) O
•CN O
d) I e)
OCH3
O isopreno (2-metil-1,3-butadieno) deve ser armazenado a
Q-04
baixas temperaturas, para evitar não só a polimerização,
mas principalmente a reação de adição 4+2. Desenhe os 8 isômeros
possíveis da reação de Diels-Alder entre duas moléculas de
isopreno.
Mecanismo de
Eliminação
..JL, t
___------------- -
9. Mecanismo De Eliminação
As reações de eliminação podem ser classificadas quanto à posição
relativa dos dois grupos que serão eliminados: a, p ou y.
—c—w co wz
carbeno
A principal aplicação sintética dessas espécies tem sido a formação
de ciclopropanos pela adição de carbenos a ligações duplas.
Exemplo:
+ CH212 + Zn + Znl2
Passo 2
H^: +
p-eliminação
Quando dois grupos são eliminados de átomos de carbono
adjacentes (um carbono é a, o outro p), é formada uma nova ligação dupla
ou tripla. Essa reação é chamada de p-eliminação.
ÍJÍ©
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
w/n Z .
T
-----o—o-----
a| p|
y-eliminação
Quando dois grupos são eliminados de carbonos em posição y
entre eles temos a formação de ciclopropanos.
w
a c y
p
C—C
C
+ WZ
Tf + G: + H+
Passo 1
+ G: tento
Passo 2
'0=0' + H+ rápido
Desidratação de álcoois
A desidratação de álcoois catalisada por ácido é uma típica reação
de eliminação do tipo E1. A facilidade de desidratação obedece à ordem
de reatividade (3° > 2o > 1°) do mecanismo E1. Observe as temperaturas
e concentrações do ácido necessárias para a desidratação dos álcoois a
seguir:
HgSO/ifçonc.^
HgCp—(pHg H2C— CH2 + H2O
180°C
H OH
álcool primário
OH
H3PO4 85%
+ H2O
165°C
cicloexanol
(álcool secundário)
ílíl»
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
Mecanismo
Passo 1
ÇH3 h ÇH3
h3c—c-c( h3c—C+ + H2O
Óh3 H Ah,
carbocátion
Passo 3
H2Õ: H^CH3
H—C—CZ /CH3
h2c=c^ + h3o+
/ \
H CH3 ch3
ÇH3
H3C—c— ■CH=CH2
fH3 CH3
H3PQ185%
H3C—<p—(pH-CI-b
80 °C cpHa <pH3 <pH3 (jJHs
CH3 OH
---- ► H3C— C=C— CH3 + HaC—C—C=CHj
80% 20%
Mecanismo
Passo 1
ÇH3 ch3
H3C—C-----CH—CH3 ■ H3C-C-----CH-CH3
CH3 :OH |_|3q+ ch3 +oh2
Passo 2
ÇH3 çh3 +
1 —ch-ch3
h3c—ò h3c—c—ch-ch3 + h2o
ChPÒ+ h2 ch3
Passo 3
ch3 çh3
H3C— C----- CH—CH3 H3C— C----- CH—CH3 rearranjo
+ I
ÍhT ch3
carbocátion 2° carbocátion 3°
Passo 4
CH3 CH3 ÇH3 ch3
-CH2-C^-C-CFb h3c-c=c-ch3 + h30+
H
H2Õ:^Z ou
r ■lfl*'1
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
Mecanismo E2
O mecanismo E2 envolve duas espécies químicas (cinética de 2a ordem)
em apenas um passo. Uma base ataca um hidrogênio e simultaneamente o
grupo de saída se separa, formando a nova ligação dupla.
Passo único
'c=c; + HB + G:
I ío
---- C-T-C— •c=c; + H2O + X’
Exemplo:
Br
KOH . KOH I
H3C-CH2-CH2-Br H3C-CH=CH2 H3C-CH-CH3
etanol etanol
1 -bromopropano propeno 2-bromopropano
Exemplo:
Tr
H3C-CH2-CH-CH3
KOH r
H3C-CH=CH-CH3 + H3C-CH2-CH=CH2
etanol
2-bromobutano 2-buteno 1-buteno
81% 19%
Exemplo:
■l®
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
Mecanismo
CBr
H3Cx ch3
h3c-ch?c-ch3
l\_T I :c=c
H CH3 H' XCH3
:Ó—CH2-CH3
ou
:0-CH2-CH3
CBr H
H3C— CH2-c£cH2
H3C-H2C H
zc=c'
ch3 h3cz 'h
Estereoquímica da reação de E2
Evidências experimentais indicam que os cinco átomos envolvidos
no estado de transição de E2 (incluindo a base) devem estar no mesmc
plano. A planaridade é requerida para que ocorra "overlap" dos orbitais
de forma apropriada para a formação da ligação dupla. Existem duas
formas distintas em que os cincos átomos envolvidos poderão ocupar o
mesmo plano: antiestérea (ou antiperiplanar) e sinestérea (ou
sin-periplanar).
eliminaçãcant/estérea eliminaçãos/nesférea
ou antiperiplanar ou sin-períplanar
(preferida)
QH 5' ’
c/s-2-buteno
H
H;
•H
jJV-h H3C -H -
H- H- -CH3 -------
ci 5-
estado de transição CFfe
mais estável írans-2-buteno
íl®
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
1,2-difenilpropeno
4
,0
H3( --- L- H H ---- CH3 H3O- ------ H ch3
Br
3r---- —H H----- — Br H- Br H
Enantiômeros Enantiômeros
chamados Erítro chamados Treo
Diasteroisômeros
CHO CHO
H OH HO H
H OH H OH
CH2OH ch2oh
Eritrose Treose
O produto (1,2-difenilpropeno) também existe sob a forma de
estereoisômeros, mas, nesse caso, um par E e Z de estereoisômeros
geométricos.
H5C6\ H H5C6\ H
O O
^c.II II
ch3
h3c ■CsHg H5C6
(E)-1,2-difenilpropeno (Z)-1,2-difenilpropeno
Apesar de o produto (E)-1,2-difenilpropeno ser mais estável do
que seu isômero (Z), se a reação de eliminação de HBr for realizada
no par de enantiômeros Eritro, obteremos apenas o alceno
(Z)-1,2-difenilpropeno.
H
H3C
CfeHs
sp— CèH5
h3c—r-h CfeH5
Br--- —H V H5Cfe—
CfeH5 H5C6
H
Erítro (E)-1,2-difenilpropeno
:0h
H
-I h3c
h3c- CfeH5
H_cz CfeH5
h—cr
\
^Br CfeHs
(Z)-1,2-difenilpropeno
Pelas mesmas razões mecanísticas esclarecidas anteriormente,
essa estereoespecificidade pode ser também observada no par de
isômeros Treo. Nesse caso, obtém-se o (E)-1,2-difenilpropeno apesar de
não ser o isômero mais estável:
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
:(5h
H3C
CfeH5
yp—CfeHs
H3C---- ---- H CfeH5
H---- —Br
H5Q5 H5Cfe— CP
CfeHs \
H
Treo
C
(£)-1,2-difenilpropeno
A estereoespecificidade dessa reação é mais pronunciada ainda nos
compostos cíclicos. Um exemplo clássico desse comportamento é a reação
de eliminação de HCI do cloreto de mentila e do cloreto de neomentila.
CH(CH3)2
Cloreto de neomentila H
CH(CH3)2
Cloreto de mentila
Num ciclo-hexano, o estado de transição antiperíplanar só pode
ser alcançado pelos grupos em orientação axial.
axial
equatorial
axial
antiperíplanar
Dessa forma, quando o cloreto de neomentila é tratado com etóxido
de sódio, ocorre eliminação de HCI, formando uma mistura de 3-menteno
e 2-menteno. A proporção obtida desses dois compostos está de acordo
com a regra de Saytzeff.
CH3CH2O:^~\
H
CH(CH3)2
h3
3-menteno
78%
Cloreto de neomentila
CH(CH3)2
2-menteno
22%
Entretanto, contrariando a regra de Saytzeff, quando o cloreto de
mentila é tratado com etóxido de sódio, ocorre a formação apenas de
2-menteno. Isso ocorre porque, no cloreto de mentila, apenas um hidrogênio
pode assumir posição antiperiplanar com o cloro, e, para que isso ocorra,
é necessário que a conformação com os três ligantes em equatorial mude,
para que o cloro ocupe a posição axial e possa sofrer eliminação.
H
H
CHfCHalg
H3< a
H H Cloreto de mentila
CH(CH3)2 2-menteno
100%
ch3ch2õ :
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
Eliminação de X2
Di-haletos vicinais (principalmente dibrometos) dão origem a alcenos
pelo tratamento por Nal em acetona pelo mecanismo de E2.
Exemplo:
Passo 2
Br’ + IBr Br2 + r
Eliminação E2 versus E1
Para sabermos qual mecanismo é preferido numa reação de
eliminação, não podemos considerar a natureza do substrato (1o, 2o ou 3o),
pois de 1° para 3°, se verifica que tanto a reatividade por E2 cresce (em
resultado da maior estabilidade do alceno que se forma), quanto a reatividade
por E1 cresce (devido à maior estabilidade carbocátion do intermediário).
Se nos atentarmos, porém, no papel desempenhado pelo outro
reagente, podemos notar uma profunda diferença: a velocidade de E2
depende da concentração do substrato e da base (bimolecular), enquanto a
velocidade de E1 depende só da concentração do substrato (unimolecular).
Portanto, quanto mais forte e/ou mais concentrada for a base, maior a
tendência de o mecanismo ocorrer via E2.
Eliminação contra substituição
Os reagentes usados na eliminação-1,2 promovida por base são,
geralmente, haletos de alquila e bases ricas em elétrons. Considerando-
-se que esses são os mesmos reagentes utilizados na substituição,
haverá quase sempre a concorrência entre eliminação e substituição.
Nas reações bimoleculares (E2 e SN2), ocorre em primeiro
lugar o ataque do nucleófilo (base). Se o ataque ocorrer no hidrogênio 0,
ocorrerá eliminação, se o ataque ocorrer no carbono do haleto, ocorrerá
substituição.
E2 contra SN2
Eliminação aumenta
RX 1o 2o 3o
Substituição aumenta
u E1 contra SN1
Mecanismo E1cB
O mecanismo E1 cB envolve também dois passos. No primeiro
passo, o hidrogênio deixa o substrato sem o par de elétrons da ligação,
formando um carbânion. No segundo passo, o par de elétrons do carbânion
forma a ligação dupla, expulsando o grupo de saída.
Passo 1
;B
H G
—Ç-Ç
I I
— + HB
Passo 2
—Ç-Ç— ‘c=c; + G:
H H \ zH
Oi
Passo 1 —0—0— C=CZ + HB +X‘ mecanismo E2
xz \
\ H
Passo 2 o=cz 0=0, + HB
xz \ xz
mecanismo E1cB
'0=0,
Passo 3 —C=i + x-
Exemplo:
Mecanismo
CH3 O^c/CH3
+
H^
CAPÍTULO 9 - Mecanismo de Eliminação
Mecanismo
H
O
íi-5 í?
C.r>Cx.
OH
i II
CH^ CH2 CH3
+ CO2
a) 1-hepteno ou c/s-2-hepteno
b) c/s-2-hepteno ou trans-2-hepteno
c) trans-2-hepteno ou 2-metil-2-hexeno
d) 2-metil-2-hexeno ou 2,3-dimetil-2-penteno
CH3
ch3
CH2OH
ó
ÇH3
-OH
H+ CH3O~Na'1',
Q-12 V00® Precisa preparar éter metil-isopropílico por uma das duas
reações abaixo. Qual delas daria o melhor resultado? Por quê?
a) CH3ONa + (CH3)2CHI -> CH^CHÍCHJ,
b) (CH^CHONa + H3CI -» CH3OCH(CI-y2
a) CHgCHjCH^HgBr + CHsO’
b) CH3CH2CH2CH2Br + (CHdsCO'
d) (CHáaGI + CH3O-
H3Ç
e) + CH3O’
H H
H3Ç
D 4 + CH3OH
H CH3
05®
Oxidação e
Redução
f- ■•■■■
/ \'
í
II
* ,V C. :
í //
í "'. -í
-
'-'■ •■W’
O R—NH2
RCI
RNH2 I
—<p—Cl
O
Cl ?
—<p—Cl
I I Cl
OH OH
-2 0 +2 +4
í@§ 1
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
10.1. Oxidação
10.1.1. Oxidação dos álcoois
A oxidação de álcool implica em remoção de um ou mais hidrogênios
do carbono a que está ligado o grupo -OH (carbono carbinólico).
Um álcool primário contém dois hidrogênios carbinólicos, podendo
perder um, formando aldeído, ou dois, formando ácido carboxílico.
R—CH2-OH
[O]
R-(\
//° [O]
R-C^
Z/°
H OH
V
R—(j>-OH
[O]
O
II
R—C—R
R
T
R—<p-OH
[O]
não há reação
R
z/° + MnC>2
R—CH2-OH + KMnO4 + KOH(aq)
O'K+
/O R-<O
+ HCI (aq) + KCI
+
O'K+ OH
O mecanismo é extremamente complexo, envolvendo transferência
de elétrons, formação de uma série de espécies radicalares, vários estágios
de oxidação do Mn e formação de éster mangânico.
A oxidação ocorre em duas etapas, sendo que a primeira etapa
leva à formação de aldeído. A segunda etapa, oxidação do aldeído para
ácido carboxílico, está ilustrada a seguir.
Mecanismo
Passo 1
Passo 2
o o‘
R-cVí) R-C-OH
\
HO--7 J 'H H
Passo 3
/O
R-C-OH — R—c' + MnO3 + HO‘
XOH
H \^MdO4
Passo 4
Exemplo:
Íf9<!
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
Exemplo:
K2Cr2Oy ZO
CH3CH2CH2CH2-OH ch3ch2ch2c/
H2SO4 h
1 -butanol butanal
P.E. = 118°C P.E. = 78 °C
Mecanismo
Passo 1
H Z----- ~'''XO2) H
■| ♦
H O ,OH
R-C-ÕH HO-Cr-OH = - ------ - c-o-c/
R-i ----- - R-C-O-C/
I " II I \
H O HI. j!, (U, OH HO: 'OH
^h3o*
H O
II
R—<p—O—Cr-OH + H2O :=
H O h h2+o^oh 2
Passo 2
H O'
R-C-vO’Oill' + h3o+
)—Cr-OH + Cr-OH
II II
H O O
H2Õ:'
As etapas finais que levarão à transformação dos íons Cr (IV) em
íons Cr3 são complicadas e não serão abordadas aqui.
Caso o aldeido não seja removido da solução aquosa, ocorrerá
um equilíbrio entre o aldeido e sua forma hidratada. Esse equilíbrio pode
novamente ser oxidado, levando à formação de ácido carboxílico.
Passo 3
H H H
R-éâ I
R—C—O'
I
R-C-OH
I
+oh2 OH
H20- hidrato
Passo 4
H O H O
1 II
R-C-OH + ‘O—Cr-OH + H+ R—C—O—Cr-OH + H20
II I II
OH O OH O
Passo 5
OH O O'
R-C-jO^Cr-OH Cr-OH + H3O+
R—C=O
Í3 IK I II
H o; OH O
H2Çp
Isso explica por que, na ausência de água, não ocorre a formação
do ácido carboxílico.
í@3
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
Exemplo:
OH
3 + 2 H2Cr2O4 + 6H* acelona» + 2Cr3* + 8H2O
35 °C
I I HIO4 ou I I
c—
Pb(H3CCOO)4’ Íí II
OH OH O o
Exemplo:
H3<p
O O
H3C—(p—OH II II
HIO4 H—C—CH3
H3C—O—CH3 +
H—<p— OH
H3C
Mecanismo
O
HgC—<p—OH
+ IO4’ + HiO
H—tp— OH H-r
H3C H3C
Passo 2
O <pH3
(f=CO + o=(p
CH3 ch3
+ IO3
H3C
Hidroxilação de alcenos
O tratamento de um alceno com KMnO4 diluído em meio básico
a frio leva à formação de um diol vicinal. O mecanismo da formação do
1,2-glicol é sinestéreo e a reação é chamada de s/n-hidroxilação.
Exemplo:
KMnO4 T
0 °C OH'
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
Mecanismo
Passo 1
H H
O, O
Mi\
O' O
Oz V
Passo 2
vários r + MnO2
+ OH'
passos
O, O
OH OH
/Mn'
apenas isômero
xo- meso
Exemplo:
H3C—CH=CH—CH3
KMnO4 2 H3C—d
//°
H+ OH
Ozonólise
O ozônio reage rapidamente com alcenos, formando compostos
instáveis chamados ozonídeos primários, que se rearranjam espontanea
mente para compostos chamados ozonídeos.
z
+ Zn + H2O ;c=o + o=' + Zn(OH)2
O—O
ozonídeo
Exemplos:
ÍJÍW
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
I.O3
HgCrCHjf-tpH—CH2 h3c-ch2-(]>=o
2. Zn/H2O
ch3 ch3
Exemplo:
COOH
KMnO4
Exemplos:
JOOH
H2-CH2-CH2—CH3
KMnO4
+ 3CO2 + 3H2O
quente
;ooh
KMnO4
+ 2H2O
quente
ch3 COOH
10.2. Redução
As reações importantes de redução, na sua grande maioria, já foram
detalhadas em outras seções, pois geralmente ocorrem por mecanismos
de adição de hidrogênio.
Existem muitos outros tipos de reações de redução, por mecanismos
bastante complexos, que não serão discutidos aqui. Exemplificaremos
apenas a reação de redução de carbonila para CH2 devido à sua
importância sintética. Vale lembrar que a redução de carbonilas para álcoois
é bem mais comum e simples de ser executada, tanto por mecanismo via
radical livre quanto por adição nucleofílica de H~.
O
II Zn—Hg
R—C—R' R—CHj-R1
HCI
Mecanismo
+ H+
II
R—C-R' — R—C-R'
?= H + H
R—C—R' —
R—C—R'
l^>
Zn Zn Zn +Zn Zn Zn Zn Zn
H2O
R—CH2- R' 2 H? R—C—R'
— II
Zn + Zn Zn
Exemplo:
O
CH2CH2CH3
CH2-CH3 Zn—Hg
HCI
OH OH
R-<° OH
1. LÍAIH4
2. H+
R—CH2OH
Exemplos:
CH2OH
1. LiAIH4
2. K
10.2.3. Redução de derivados de ácido carboxílico com LiAIH4
a) Redução de ésteres de ácidos carboxílicos a álcoois
Ésteres de ácidos carboxílicos também podem ser reduzidos a
álcoois pelo hidreto de lítio e alumínio (LiAIH4). A reação é bastante efetiva
e funciona para todos os ésteres de ácidos carboxílicos. O mecanismo é
semelhante à redução de ácidos carboxílicos por este hidreto.
Após complexação do lítio com oxigênio, a carbonila sofre ataque
nucleofílico do ânion H".
R—
/z° I.UAIH4
R— CH2-OH + HO—R'
O—R' 2X
Exemplos:
O
CHj-OH
O—CHj-CHj 1UA|H4
+ CH3— CH2— OH
Th*
benzoato de etila álcool benzílico etanol
1. UAIH4 OH
H(
2. H +
y-butirolactona 1,4-butanodiol
R—C/
Z/° LiAIH4
R— CH2-NH2
nh2
íKlíl
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
Exemplo:
O
II
C. CH2-NH2
NH2 LiAIH4
benzenamida benzilamina
Exemplo:
LÍAIH4
N=C—CHj—CH2—C=N H2N— Q-fe- CHj— CH2— CHj— nh2
butanodinitrilo 7,4-diaminobutano
10.2.4. Redução de nitrocompostos
Ambos os nitrocompostos, alifáticos e aromáticos, podem ser
reduzidos para aminas, apesar dessas reações serem muito mais aplicadas
em nitrocompostos aromáticos, devido à maior disponibilidade destes
últimos.
Muitos reagentes redutores têm sido usados para reduzir
nitrocompostos; dentre eles, estão os metais Zn, Sn ou Fe (ou ainda outros
metais) em meio ácido, H2 / catalisador e LiAIH4.
Zn / HQ ou
R—NO2 R—NH2
H2/Pd—C
Exemplo:
NQ, NH2
Fe/HQ
nitrobenzeno anilina
0®
Mecanismo
metal
metal Õ-H
N-O? H* N=O
EXER®Í®Í®S< ]
Q-01 Se submetermos uma mistura de etano, etanol, acetaldeído e ácido
acético à oxidação prolongada pelo permanganato de potássio,
devemos obter, no final da reação:
A. ( ) etano, acetaldeído e ácido acético
B. ( ) ácido acético
C. ( ) etano, acetaldeído e ácido
D. ( ) etano e ácido acético
E. ( ) nenhuma das respostas anteriores
t W) 1
CAPÍTULO 10 - Oxidação e Redução
Q - 02 Mostre com qual oxidante cada uma das reações pode ser realizada:
O
CH2OH
a) ? H
O
CH2OH
? OH
b)
OH O
c) ?
d) ?
HCCH2CH2CH2CH
O O
e)
O ? II II
HOCCH2CH2CH2COH
a)
OH
b)
ô
o ?
ó
?
O
o OH
? OH ?
C) HO'
O OH
ns?)
Outros Mecanismos
sTíH/
V.
11. Outros Mecanismos
Devemos citar ainda que determinadas reações se processam
pela combinação de dois ou mais mecanismos citados anteriormente.
A classificação dessas reações quanto ao mecanismo é complexa e, em
alguns casos, deve ser feita em passos independentes.
Exemplos:
11.1. Halofórmio
Esta reação é específica para metilcetonas e foi muito utilizada para
identificar esses compostos.
Exemplo:
CH3 NaOH
+ 312 + HCI3 + 31’
Mecanismo
Passo 1
'O H
xc=c
~:ÕH XH
+ h2o
Passo 2
7:Õ: H
^C=d O
CF H
I H + r
CAPÍTULO 11 - Outros Mecanismos
Passo 3
'O I
''c—c
'h
+ HjO
zsÕH
Passo 4
:£5:“ I
c=c/ O
II I
C.
Passo 5
■°x ./ I
,:ÕH
+ h2o
Passo 6
C:Õ:“ J
^*0=0
Passo 7
’O OH
Cl3 Cl3
-:ÕH
Passo 8
+ Cl3
Passo 9
Cl3 HCI3
Exemplo:
H
H3CO2H + NH4+
H3C—CN + H2O
OH'
------ *■ H3COO + NH3
Passo 1
H+
H3C—C= N: s—f H3C— C=N—H
Passo 2
Passo 3
cH+ Qf zH H
h3c— c=n-h H3C—C=N + H3C—Ç— N
ó. H Có.
" H +
"
<0.
H
l-l
H
Passo 4
H.+ H H2Õ:
/ H2Õ: OH
H3C— C— N H2 - H3C—C-NH2 H3C-(Cnh3
Co. Óh q+ OH
+ H
Passo 5
H...
:NH3 /O
h3c-ç-nh3 h3c— c' - h3c—c' + +nh4
ot-r OH 'OH
Exemplo:
CH3—CH^Br + Mg éter CHg-CHg-MgBr
11.4. Formação do sal de diazônio
Sais de diazônio são ótimos reagentes para reações de
substituição, pois o grupo N2 é um ótimo grupo de saída. A preparação
de sais de diazônio é feita tratando-se aminas primárias com sais de
nitrito (geralmente NaNO2) e um ácido forte (geralmente H2SO4). Apesar de
ocorrer com qualquer amina primária, essa reação é mais frequentemente
realizada com aminas primárias aromáticas, pois sais de diazônio alifáticos
são muito instáveis.
Exemplo:
NH2 N2
NaNCfe
H2SO4
Mecanismo
Passo 1
2HNO2 -► N2Q3 + H20
Passo 2
H
L
N—N=O
H
I + NO2
Passo 3
H H
Çl ♦
N—N=O
I
N—N=O
I + H+
H
íl§@
CAPÍTULO 11 - Outros Mecanismos
Passo 4
H
I
N—N—O N=N—OH
tautomeria
Passo 5
•O ..
N=N—OH N=N:
+ OH-
CH.'3
CHjCOCHj + CH3NH2—►CH3— N = c(
CH.'3
A. ( ) adição eletrofílica
B. ( ) substituição nucleofílica bimolecular
C. ( ) substituição eletrofílica
D. ( ) adição nucleofílica
E. ( ) adição nucleofílica seguida de eliminação
íl®
CAPÍTULO 11 - Outros Mecanismos
d) H2SO4 frio
e) H2SO4 frio depois H2O quente
f) HBr
g) Hl
h) H2, Pt
i) Br2, Kl em acetona
j) KMnO4, OH-, frio
k) KMnO4, H+
l) O3, depois Zn e H2O
m) Br2 em H2O
n) HBr, peróxido
CH2CH2CN
H2, Pd,
Q-11 A cantaridina é um poderoso vesicante (causador de bolhas)
extraído de besouros secos (mosca espanhola). A sua síntese foi
realizada pela primeira vez por Gilbert Stork, da Universidade de Columbia,
em 1953. Forneça os reagentes que estão faltando.
o
a
L //
-CO-.CHj
b
//
■CC^CFb c
XCO2Cbh
CÜ2CH3
d MsCI
II II ll
éojChb |CHOMs
[CHzOH
OOFb ;i-feOH CH^OMs
o
,OH
CjHaSH H2
-OH Ni
I ÓHjSCcHs | CHjSQH,
CHjSQHj CHiSQHj
Q
.OH
-OH 'CHO
CO^H
CO2H
CH,
Apêndice
Apêndice
Resumo das reações por função
Alcanos
X2 Substituição
R-X + HX (via radical livre)
(X = Cl ou Br)
O2
R-H COa + HjO Combustão completa
(em excesso)
O2
Cffujgem) + CO + h2° Combustão incompleta
Alcenos e ciclenos
H2 Hidrogenação
Pt. Ni ou Pd (adição syn)
Adição de HX
X=Cl Broul (eletrofilica via Markovnikov)
H3O* Hidratação
(via Markovnikov)
H2O
X2 Halogenação
(X = Cl ou Br) (adição anti)
H2
R—CH2-CH2-R Hidrogenação
Pt
X; Rs X X2
(um mol equiv.)
X R—CX2-CX2-R Halogenação
X R
R—C=C-R
HX
(um mol equiv.)
R
H
x X
R
HX
R-CH2-CX2-R Adição de HX
D O3 R-C'° %-R
Ozonólise
2) HjO 'OH HOZ
Dienos conjugados
X
X2 R
R Adição 1,4 de X2
(X = Clou&)
X
H
HX R
R Adição 1,4 de HX
X = Cl Br ou I
X
R
Ciclização de Diels-Alder
H H
H2 I I
CH2-CH2-CH2
H X
HX I I
CH2-CH2-CH2
(X = Cl Br ou I)
X X
X2 I I
(X = Cl ou Br) ch2-ch2-ch2
Apêndice
Aromáticos
no2
HNO3
HOH Nitração
H2SO4
SO3H
SCfa
Sulfonação
HjSOj
X2
HX Halogenação
Fe ou AIX3
(X = Cl Br ou 0
R-X Alquilação de
Fe ou AIX3 Friedel-Crafts
(X = Cl, Br ou I)
Acilação de
Fe ou AIX3 Friedel-Crafts
(X = Cl, Br ou I)
\ Haletos orgânicos
HO’
R—OH Álcool
R'O'
R—OR' Éter
O
/z
R'C O
O’ II
R-OCR' Éster
(SN2)
R-X CN
(R = H3C, 1°, ou 2o) R—CN Nitrila
(X = Cl, Br, ou I)
HS'
R—SH Tiol
R'3N Sal de amônio
R-N-R'3X’
quaternário
r r—1 lodeto de alquila
h2o
R—OH Álcool (SN1)
R'OH
R-OR' Éter (SN1)
HO"
, /
R-X — C=C Alceno (Eliminação)
R'O’ ’ \
(R = 3°)
(X = Cl, Br, ou I) HS'
R—SH Tiol (SN1)
r
R—I lodeto de alquila (SN1)
y> ÁlCOOiS
álcool 1o ZO [O] O
R'-Cz R'-Cz
CrC>3 'H "OH
■Oxidaçao
ou KMnO4 álcool 2o
R‘—C—R"
O
Aldeídos e cetonas
H OH
H;
Ni R’ R'
1) LiAlHj H OH
Redução
2) H+ R- R'
O
HCI H H
R' R' Zn R' R'
HIO R-C'°
+ HCI3 Reação de Halofórmio
(só metilcetonas) SOH
í©3-
Apêndice
Ácidos carboxílicos
R—OH R-<O
HOH Esterificação
H* O—R'
1) L1AIH4
R—CH2-OH Redução
2) H+
OH R-CZz° +
HOH Neutralização
O O
Calor II ll
R—C—O—C—R + H2O Desidratação
O
NH3
R-cf calor». R—+ HgO Formação
de amidas
O'NH? 'nh2
H?O R-C*°
HO—R' Hidrólise ácida
H* 'OH
'OH R-C*° Hidrólise básica
HO—R'
(saponificação)
'O'
1) LÍA1H4
R-CH2-OH HO—R‘ Redução
2) H*
HNR,R2
r-<°.r, HO— R‘ Formação de amidas
N
I
R?
Cloretos de ácidos carboxílicos
H2O O
R—Cz HCI Hidrólise
OH
R'-OH ,O
R—Cz + Cf + HOH Formação de ésteres
OH O-R'
R—0^° HNR,R2 O
R Sl R-< .Rr + HCI Formação de amidas
I
R2
O
R-<o- O O
R—C—O—C—R' + Cl’ Formação de anidridos
HíO R-CZz° o.
'C— R Hidrólise
XOH Ho"
O O
II II R'-OH R-CZ° O.
R-C-O-C-R ^C— R Formação de ésteres
'O-R' HOZ
Gabarito
Capítulo 1 - Introdução
Br
1. a) Br. h2c=ch2 H2C—CH2
H H H H
b) h-i^H-O-H
h-u I +
H-N-H :O—H
I
H H
£t>- •t>-
C) H3C-&-CI: HsC-ÇtlÇI: ==± H3C—Ó—Õ—CH3 + :Clz
r :Ó-CH3
^-zÔ-CHa
J H
H2O=> H' 'H
Ãh
H*
o r:sr O
u
HsCV*'■OCHjCHa =
^^L-OCHjCHs
HjC^oh = X h”
h^Xo'.
”OR'
----- * H3C'
E 0
^O + CH3CH2OH
e)
:ÕH-
2. a) Substituição
b) Eliminação
c) Substituição
d) Redução
e) Adição
f) Oxidação
g) Adição
h) Eliminação
h3c- I
H2C— -► CHa + H2C=CH2 + -CH3 Propagador
9. C
Çh3 çh3
H3C-|-CH2-CH-ChVCH3 CH, + HpC— C— CH2-CH3
Çlb
H3C—CH2—CH-CH2-CH3 CH, + H3C—CH=CH-CH2-CH3
CH3
H3C—CH2| CH-CH2-CH3 H2C=CH2 + H3C—CHj—CH2-CH3
h3c—ch=ch-ch3
10.2 compostos, 1 -cloro-2-metilpropano
11.1-cloropentano (21%), 2-cloropentano (53%), 3-cloropentano (26%).
12.1 -bromo-2,2,3,4,4-pentametilpentano (1,1%), 1 -bromo-2-t-butil-3,3-
-dimetilbutano (0,2%), 3-bromo-2,2,3,4,4-pentametilpentano (98,7%).
1.
Hjd:
Gabarito
2. Chfe \ CH3 H
HaC-ó-ci —«- cr HsC-C®' HaC-CHj-ÕH —► HaC-C-Ô-ChrCH3
CH3 CHj
CH3
H* - HaC-C-O-CI^-CHa
CHa
3. a) etanol b)H2S
c) acetato de potássio d) H3CSNa*
4. a) NaOH/H2O b) Nal/acetona
c) etanol/NaOH d) H3CS Na*
e) acetato de potássio f) (H3C)3N
g) KCN
5. a) O-feCHjCHsCHjBr 1°>2°
b) CHaCHjCHCI-b 2°>3°
i-
c) ChfeCHaCHjBr &>CI
d) CHaCHCHjCi-tBr menos impedido
6. Br .ÇHs
H ic—<PH
s
HaC7 -PH
H* + Br'
H
a
z\
©
CH3
•H
<a)
H,C £
____
==
&
&
r
—H
H
» y 1
^(a) OS
VCH, meso -2,3-dibromobutano
Br H
4c_?Ó-CH3
H3C* (+)-2,3-ditxomobutano
A H
(a)
H ____
4 ■a
a_x
CH3
^4, h——a
c«>
(•)-2.3-d>bromobutano
7. a)
l-p O
b) Br A
OV-ÇHj
ÍBr
6. a) ch3
.SO3H
COCH3
b) 1,3-dicloro-2-nitrobenzeno
c) 1,3-dimetoxi-2-nitrobenzeno
d) NH2 f) ÇCI3
Br NO2
'Cl
NHCOCH3 SO3H
7. Anel B
Capítulo 5 - Mecanismo de adição via radicais livres
1. 3 duplas
1 ciclo
2. 6 duplas
0 ciclos
3. H3C—CH2-C=CH2 h3c—ch=c— ch3 h2c=ch—ch—ch3
ch3 ch3 ch3
4. ch2 ÇHg
ô ó
::ó
R
ch3 çh3
5.
6 CH3
"Pt
\2
R'
D
ó
CH3
H
6. CH3 CH3
□X
□
Y
7. C
D®
Gabarito
5.
•<g* H'
Cll
OH
I
H3C—C—CH3 H3c—c—CH3 H3C—Ç—CHj HoC-O^CH.
ha
H2O: HO J
H* + HjC— C—CH3
o'8
r
HO
6. D
7. D
8.
1. C 2. C 3. D 4. D 5. A
6. O H* não possui par de elétrons para formar duas ligações.
7. Halogenação com Br2.
e
H—O—CH, o-cu,
/ HH»
’ _ © HjC—un ÕH I
8. H3C—G=CH'22 --------- ►- HjC—
► HaC —ÇG——CH3
Oh ------------- ► HjO—Ç-CH3 --------- ► H^C— G
-— CHj
~ ♦ H-
CHj CH3
CHa CH3 CHj
.ch3 Ha bH
n Õl HaC ,<>b
<„ HjC-^-CHÍ-CH-CHj
H
zc=c;xH
—a H/J=CH—CH—CH, (a)
1. A
O
H3<
OCH3
CH3 b)
OCHj
H3(
H3
b)
ÇH,
O
CN
OCH3
Gabarito
h3\
6. H-,0
CHj
CHj
CH,
A estrutura B é mais estável, pois não possui a repulsão entre o grupo t-butil e os
H axiais.
8. a) eliminação de HCI com NaNH2
b) desidratação com H,SO.
c) desidratação com H2SO4
d) eliminação de HCI com NaNH2
e) eliminação de HCI com NaNH2
f) desidratação com H2SO4
íHsOH
H3CO\_^
O mecanismo de desidratação ocorre via E1.
O mecanismo de desalidnficação ocorre via E2 e deve ser entre grupos em
axial.
11. a) 2 NaNH2
b) 2 NaNH2
c) Adição de Br2 seguido de 2 NaNH2
12. reação (b) pois na reação (a) teriamos eliminação de Hl do haleto 3o
13. a) desidratação com H2SO4
b) substituição com HCI
c) desidratação com H2SO4 e adição de HCI
d) desidratação com H2SO4, adição de Br2 e depois eliminação com 2 NaNH2
14. a) h3C—CH>-CH2—CHj-O—CH,
b) H3C—d-h-CH2=CH2
ÇH3
c) h3c—c-o-ch3
CHj
CM,
d) H3C—C=CH2 + H3COH
íl/75
Gabarito
OCH3
15. SN2: nâo é possível o ataque pelo lado de dentro do anel.
SN1: o carbocátion deve ser planar, o que é mais difícil para este tipo de carbono.
14. HC=C—CHj—CHj—CH3
B C
15.
16. meso-2,3-butanodiol
17. a) 1. O3, 2. H2O; Zn/HCI
b) LiAIH,; Zn/HCI
c) KMnO./H-; LiAIH,
9. a) NaCCNa
b) DC CD
c) CH3CH2D
d) CH3CH2ONa
Gabarito
e) CH3CH2OD
f) ch3ch2ch2d
10. o
CHsCHjCN CHjCHjCHj-biHs
H2, Pd
H2, Pd
11. a) H3CO2CCsCCO2CH3
b) Hj/cat.
c) 1,3-butadieno
d) LiAIH4
e) KMnO4/OH-/frio
f) NalO4
g) 1. H5C6MgBr
2. H2O
h) H*
i) H3CCOCI/NaOH
j) KMnO/H-
k) H2SO4
Bibliografia
Carey, F.A. & Sundberg, R.J. Advanced Organic Chemistry - Parts A and
B, 3'd Edition, Plenum Press, 1990.
March, J. Advanced Organic Chemistry, 3rd Edition, John Wiley & Sons.
1985.
Scudder, P.H. Electron Flowin Organic Chemistry, John Wiley & Sons, 1992.