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C 34-1

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

EMPREGO DA GUERRA
ELETRÔNICA

2ª Edição
2009
C 34-1

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

EMPREGO DA GUERRA
ELETRÔNICA

2ª Edição
2009 CARGA

Preço: R$ EM.................
PORTARIA Nº 024-EME, DE 22 DE ABRIL DE 2009

Aprova o Manual de Campanha C 34-1 – Emprego


da Guerra Eletrônica, 2ª Edição, 2009.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que


lhe confere o artigo 113 das IG 10-42 – INSTRUÇÕES GERAIS PARA A
CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO
ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército
nº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 34-1 – EMPREGO DA


GUERRA ELETRÔNICA, 2ª Edição, 2009.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua


publicação.
Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 34-1 – EMPREGO DA
GUERRA ELETRÔNICA, 1ª Edição, 1999, aprovado pela Portaria nº 100-EME, de
28 de outubro de 1999.

_________________________________________
Gen Ex DARKE NUNES DE FIGUEIREDO
Chefe do Estado-Maior do Exército
NOTA

Solicita-se aos usuários deste Manual de Campanha a


apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou
que se destinem à supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas, mencionando a página, o
parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários
apropriados para seu entendimento ou sua justificação.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de
acordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕES
GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS
ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria
do Comandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.
ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Prf Pag

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
ARTIGO I - Generalidades ........................................ 1-1 a 1-3 1-1
ARTIGO II - Sinopse Histórica ................................... 1-4 1-3
CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTOS DE GUERRA ELETRÔNICA
ARTIGO I - Conceitos Básicos ................................. 2-1 a 2-12 2-1
ARTIGO II - Relações entre as Atividades de GE ....... 2-13 e 2-14 2-5
CAPÍTULO 3 - DIVISÕES DA GUERRA ELETRÔNICA
ARTIGO I - Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica 3-1 a 3-6 3-1
ARTIGO II - Medidas de Ataque Eletrônico ................ 3-7 a 3-10 3-7
ARTIGO III - Medidas de Proteção Eletrônica ............. 3-11 a 3-13 3-11
CAPÍTULO 4 - PRINCÍPIOS E FORMAS DE EMPREGO
DA GUERRA ELETRÔNICA
ARTIGO I - Princípio de Emprego da Guerra Eletrô-
nica .......................................................... 4-1 a 4-9 4-1
ARTIGO II - Formas de Emprego da Guerra Eletrôni-
ca ............................................................. 4-10 4-3
CAPÍTULO 5 - DESDOBRAMENTO DOS MEIOS DE
GUERRA ELETRÔNICA TÁTICA
ARTIGO I - Introdução ............................................... 5-1 5-1
ARTIGO II - Posições ................................................ 5-2 5-2
Prf Pag
ARTIGO III - Desdobramento ...................................... 5-3 5-2
ARTIGO IV - Plataformas Aéreas ................................ 5-4 e 5-5 5-4

CAPÍTULO 6 - PLANEJAMENTO DA GUERRA ELETRÔ-


NICA TÁTICA
ARTIGO I - Responsabilidade do Estado-Maior ......... 6-1a 6-3 6-1
ARTIGO II - Coordenação do Estado-Maior ................ 6-4 6-5
ARTIGO III - Planejamento de Guerra Eletrônica ......... 6-5 a 6-14 6-7

CAPÍTULO 7 - GUERRA ELETRÔNICA EM APOIO ÀS


OPERAÇÕES
ARTIGO I - Introdução ............................................... 7-1 e 7-2 7-1
ARTIGO II - Operações Ofensivas .............................. 7-3 a 7-11 7-2
ARTIGO III - Operações Defensivas ............................ 7-12 a 7-14 7-7
ARTIGO IV - Ações Comuns às Operações Básicas ... 7-15 a 7-18 7-10
ARTIGO V - Operações Complementares .................. 7-19 a 7-22 7-12
ARTIGO VI - Operações sob Condições Especiais de
Ambiente .................................................. 7-23 a 7-26 7-13
ARTIGO VII - Operações com Características Espe-
ciais .......................................................... 7-27 a 7-31 7-16
ARTIGO VIII - A GE nas Operações Psicológicas........ 7-32 e 7-33 7-20
ARTIGO IX - A GE nas Operações Combinadas ......... 7-34 a 7-37 7-20

ANEXO A - GLOSSÁRIO DE TERMOS E ABRE-


VIATURAS ............................................... A-1

ANEXO B - ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA


ELETRÔNICA - 1ª FASE (MEMENTO
COMENTADO).......................................... B-1

ANEXO C - ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA


ELETRÔNICA - 2ª FASE (MEMENTO
COMENTADO).......................................... C-1

ANEXO D D - ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA ELE-


TRÔNICA - (MEMENTO COMENTADO) .... D-1

ANEXO E - PLANO DE RECONHECIMENTO DE


GUERRA ELETRÔNICA ......................... E-1
Prf Pag

ANEXO F RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO DE


GUERRA ELETRÔNICA ......................... F-1

ANEXO G PARÁGRAFO 3º DA ORDEM DE


OPERAÇÕES (MEMENTO COMENTADO) G-1

ANEXO H ANEXO DE GUERRA ELETRÔNICA À


ORDEM DE OPERAÇÕES (MEMENTO
COMENTADO).......................................... H-1

ANEXO I RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO . DE


GUERRA ELETRÔNICA ......................... I-1

ANEXO J PEDIDO DE BUSCA ................................. J-1 e J-2 J-1


C 34-1

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

ARTIGO I
GENERALIDADES

1-1. FINALIDADE
O presente manual destina-se a estabelecer os princípios doutrinários do
emprego da Guerra Eletrônica (GE) aplicáveis à Força Terrestre.

1-2. TERMINOLOGIA
A terminologia empregada neste manual encontra-se listada no Anexo A -
GLOSSÁRIO DE TERMOS E ABREVIATURAS.

1-3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. O emprego das forças militares presentes no espaço de batalha tem sido
grandemente influenciado, nos conflitos modernos, por alguns fatores, dentre os
quais se destacam:
(1) o rápido avanço tecnológico, propiciando manobras mais precisas,
sistemas de armas mais letais, deslocamentos mais acelerados de forças
militares, limites de atuação mais profundos e emprego de forças em combate não
linear;
(2) a importância do sincronismo das ações táticas, visando à aplicação
do poder de combate no momento e local decisivos; e
(3) a valorização do maior conhecimento possível sobre a força oponente
para o assessoramento aos chefes em todos os níveis do processo decisório.

1-1
1-3/1-4 C 34-1

b. No cenário atual da guerra, a presença desses aspectos, que agilizam


o ciclo de tomada de decisão, incrementa, cada vez mais, a aplicação das
atividades de comunicações e de reconhecimento, dentre outras consideradas
como ferramentas desse processo. Isso levou, pelo uso da eletrônica e da
optrônica, uma grande variedade de sistemas militares a irradiar energia eletro-
magnética no espaço.
c. Essa evolução não só criou novas possibilidades, mas também novas
vulnerabilidades, porquanto a emissão indiscriminada de sinais eletromagnéticos,
com a livre propagação das ondas, oferece a qualquer um, inclusive ao inimigo,
a possibilidade de explorá-la em seu proveito.
d. Desde a invenção do telégrafo sem fio, a História tem fornecido
impressionantes exemplos do impacto da GE nas operações militares. Emprega-
da adequadamente e integrada ao conceito da operação, ela constitui um
verdadeiro multiplicador do poder de combate. Atualmente, suas implicações são
amplamente reconhecidas e suas potencialidades consideradas indispensáveis
à sobrevivência das forças e ao sucesso da missão.

ARTIGO II
SINOPSE HISTÓRICA

1-4. HISTÓRICO DA GUERRA ELETRÔNICA


a. O desenvolvimento científico ao longo da história tem causado contínua
transformação nos armamentos e, com isso, constantes modificações ocorrem
na mecânica do combate.
b. Considera-se o marco inicial da GE a Batalha Naval de Tsushima que
praticamente decidiu a Guerra Russo-Japonesa, em 1905, visto que a esquadra
russa interceptou as comunicações de telegrafia sem fio (TSF) entre o cruzador
auxiliar Shimano Maru e o Almirante Heihachiro Togo, comandante da esquadra
japonesa.
c. Com o desenvolvimento do telégrafo e do código Morse, em 1844, pelo
americano Samuel Morse; do telefone, em 1876, pelo escocês Alexander Graham
Bell; do receptor de ondas eletromagnéticas e da antena, pelo russo Alexander
Popov; das transmissões de voz por meio de ondas eletromagnéticas, em 1893,
pelo brasileiro Roberto Landell de Moura; e das transmissões de telegrafia por
meio rádio, em 1897, pelo italiano Guglielmo Marconi, muitas aplicações bélicas
foram incrementadas com os novos equipamentos gerados por essas descober-
tas e invenções.
d. Durante a 1ª Guerra Mundial (I GM), ocorreram vários eventos históricos,
nos quais as ações de busca de interceptação, monitoração e bloqueio das
comunicações por meios eletromagnéticos mostraram ao mundo que a tecnologia
aplicada no desenvolvimento dos equipamentos eletroeletrônicos não podia estar
distante do emprego das armas em terra, mar e ar.

1-2
C 34-1 1-4

e. No período entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial, as aplicações da tecnologia


nos domínios das comunicações permitiram o desenvolvimento de métodos e
processos de criptografia, fundamentados em equipamentos elétricos e mecâni-
cos, para propiciarem maior segurança nas comunicações por fio e rádio.
f. Em 1938, antecedendo a 2ª Guerra Mundial (II GM), a Inglaterra instalou,
na costa sul das ilhas britânicas, uma rede de radares, com a finalidade de
controlar o Canal da Mancha, considerando a hipótese de um conflito com a
Alemanha. Em 1939, registra-se a primeira missão de Inteligência do Sinal (Intlg
Sin), no campo das não-comunicações (NCom), efetuada pelo dirigível Graf
Zeppelin, que procurou rastrear essa rede de radares britânicos.
g. Em 1940, durante a Batalha da Grã-Bretanha, foram desenvolvidas as
primeiras ações de GE contra os sistemas de navegação e bombardeio utilizados
pela Força Aérea alemã. Por outro lado, a Alemanha instalou uma verdadeira
"muralha radar" para detectar a penetração dos aviões britânicos e norte-
americanos sobre o solo alemão.
h. Sem dúvida, a II GM foi um campo de desenvolvimento dos equipamentos
eletrônicos, criando os verdadeiros alicerces da GE. Entre o final do citado conflito
e a Guerra da Coréia, em 1950, ocorreu um amortecimento no desenvolvimento
de equipamentos específicos de GE. Porém, ao longo do conflito, o rearmamento
eletrônico foi buscado pelos Estados Unidos da América e seus aliados, para
diminuir as ações dos norte-coreanos e dos chineses, que utilizavam tecnologias
soviéticas na defesa aérea. No período, foram enfatizadas as ações de GE no
campo das não-comunicações.
i. A Guerra do Vietnã apresentou novos aspectos operacionais, como, por
exemplo, o surgimento de missões “Wild Weasel”, organizadas pelos norte-
americanos para neutralizar e procurar destruir os sistemas de armas antiaéreas,
dirigidos por radares, tudo de procedência soviética. Durante o conflito, foram
desenvolvidos dispositivos de salto e agilidade de freqüência, respectivamente,
para conjuntos-rádio e radares.
j. Os conflitos entre Israel e países árabes (Guerra dos Seis Dias e Yom
Kippur) apresentaram novas características para a GE, pela apresentação de
dispositivos de tecnologia mais apurada como o radar-doppler; os mísseis
infravermelhos portáteis; mísseis anticarro comandados por fio; o emprego de
engodos infravermelho; os veículos aéreos não tripulados (VANT); e dispositivos
eletroópticos.
l. Durante o conflito no Atlântico Sul, entre a Argentina e a Grã-Bretanha
(Guerra das Malvinas ou das Ilhas Falklands), as ações de GE se fizeram
presentes, principalmente pelos britânicos, comprovando que os conflitos não
podem prescindir dos meios e das ações de GE.
m. Encerrando essa breve sinopse histórica, na qual se procurou evidenciar
o emprego das ações de GE, chega-se à Guerra do Golfo (1990/1991) entre os
países da coalizão e do governo do Iraque. O emprego da GE, além de multiplicar
o poder de combate dos aliados, poupou-lhes muitas vidas.

1-3
C 34-1

1-4
C 34-1

CAPÍTULO 2

FUNDAMENTOS DE GUERRA ELETRÔNICA

ARTIGO I
CONCEITOS BÁSICOS

2-1. GUERRA ELETRÔNICA (GE)


a. Chama-se GE ao conjunto de atividades que visam desenvolver e
assegurar a capacidade de emprego eficiente das emissões eletromagnéticas
próprias, ao mesmo tempo em que buscam impedir, dificultar ou tirar proveito das
emissões inimigas.
b. A GE engloba as seguintes atividades:
(1) Guerra Eletrônica Tática (GE Tat);
(2) Inteligência do Sinal (Intlg Sin); e
(3) Aprestamento de Guerra Eletrônica (Apr GE).

2-2. GUERRA ELETRÔNICA TÁTICA


a. É a atividade de GE realizada no nível tático, com o objetivo de impedir,
dificultar ou tirar proveito das emissões inimigas.
b. Essa atividade é realizada, por exemplo, pela Companhia de Guerra
Eletrônica (Cia GE), doutrinariamente orgânica da Divisão de Exército (DE).

2-3. INTELIGÊNCIA DO SINAL


a. É a atividade de GE, de natureza passiva, permanentemente exercida
desde o tempo de paz, crise ou conflito, com o objetivo de produzir conhecimentos

2-1
2-3/2-5 C 34-1

predominantemente para os níveis operacional e estratégico, a partir das fontes


de sinais.
b. A Inteligência do Sinal (Intlg Sin) tem o objetivo de formar um banco de
dados de referência a respeito das fontes de sinais das forças oponentes ou
adversas.
c. No Exército Brasileiro, o Sistema de Inteligência do Sinal é formado pelo
Centro de Inteligência do Sinal (CIS), órgão central, e pelos Centros Regionais de
Inteligência do Sinal (CRIS), devendo existir pelo menos um CRIS por Comando
Militar de Área.

2-4. APRESTAMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA (Apr GE)


a. É a atividade de GE que, atuando desde o tempo de paz, visa à
preparação da Força por meio da pesquisa, do desenvolvimento, da capacitação
de recursos humanos e do estabelecimento das funções logísticas.
b. Como tarefa complementar da preparação da Força por meio da
pesquisa, a atividade de Aprestamento de Guerra Eletrônica engloba a Análise e
a Avaliação Operacional do Sistema de Guerra Eletrônica do Exército.
(1) Análise Operacional - Metodologia científica que visa fornecer aos
comandantes informações de base qualitativa e quantitativa, a fim de verificar o
desempenho de um sistema de Guerra Eletrônica após o seu desenvolvimento ou
fabricação. Tem a finalidade de acompanhar o desempenho, propiciar a otimização
do emprego em qualquer nível de atuação e melhorar o desempenho dos
processos para o cumprimento de uma missão.
(2) Avaliação Operacional - Processo pelo qual se avalia a efetividade e
a adequabilidade operacional de um sistema, sob condições usuais de operação.
A condução dessa avaliação provê informações sobre organização, requisitos de
pessoal, doutrina, instruções operacionais, documentação de software, publica-
ções e guias de manutenção.
(3) Efetividade Operacional - Grau de adequação de um sistema aos seus
requisitos operacionais, quando inserido no cenário para o qual foi concebido.

2-5. CAMPOS DE ATUAÇÃO DA GE


A Guerra Eletrônica atua em dois campos distintos (Fig 2-1):
a. Comunicações (Com) – Enquadra os sinais eletromagnéticos e
equipamentos utilizados para o trânsito de informações. São empregados, neste
campo, radiotransmissores, multicanais, sistemas troncalizados e receptores
em geral.
b. Não-Comunicações (NCom) – Enquadra os sinais eletromagnéticos e
equipamentos utilizados na produção de informações. São empregados, neste
campo, radares em geral, sensores infravermelho, intensificadores de imagens e
diversos armamentos que empregam guiamento por ondas eletromagnéticas.

2-2
C 34-1 2-5/2-7

Fig 2-1. Campos de atuação da GE

2-6. RAMOS DA GE
As atividades de GE dividem-se em ramos (Fig. 2-2), em função dos
objetivos que norteiam seu emprego. São eles:
(1) Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE) – Ramo da Guerra
Eletrônica, de natureza passiva, que visa obter dados do oponente,a partir das
emissões eletromagnéticas de interesse utilizadas pelo oponente;
(2) Medidas de Ataque Eletrônico (MAE) – Ramo da Guerra Eletrônica
que visa impedir ou dificultar o uso do espectro eletromagnético pelo oponente,
pelo uso da irradiação, reirradiação, reflexão, alteração ou absorção intencional
de energia eletromagnética; e
(3) Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) - Ramo da Guerra Eletrônica
que busca assegurar a utilização eficaz e segura das próprias emissões
eletromagnéticas, a despeito das ações de GE empreendidas pelo oponente ou
formas de interferências não-intencionais.

2-7. AÇÕES ABRANGIDAS PELA GE


a. Pelas MAGE
(1) Busca de interceptação (BI)
(2) Monitoração (Mon)
(3) Localização eletrônica (Loc Elt)
(4) Registro (Reg)
(5) Análise de GE (Anl GE)
b. Pelas MAE
(1) Não-destrutivas
(a) Bloqueio (Blq)
(b) Despistamento (Dptt)
(2) Destrutivas
(a) Emissão de Energia Direcionada (EED)
(b) Guiamento de Armas pela Emissão do Alvo (GAEA)

2-3
2-7/2-12 C 34-1

c. Pelas MPE
(1) Ações antiMAGE
(2) Ações antiMAE

Fig 2-2. Ramos e ações da GE

2-8. ALVO ELETRÔNICO


Qualquer sistema de comunicações ou de não-comunicações que seja de
interesse para a GE.

2-9. FREQÜÊNCIAS PROIBIDAS (Frq Prb)


São aquelas que não devem sofrer ataque eletrônico de qualquer tipo. São,
normalmente, publicadas por escalões muito elevados, como grandes comandos
combinados.

2-10. FREQÜÊNCIAS VIGIADAS (Frq Vig)


São as empregadas pelos sistemas de comunicações e eletrônicos do
oponente, de interesse imediato da GE.

2-11. FREQÜÊNCIAS PROTEGIDAS (Frq Ptg)


São aquelas em que a GE pode realizar apenas MAGE. Normalmente, são
as freqüências empregadas pelas forças amigas nas operações de combate.

2-12. ORDEM DE BATALHA ELETRÔNICA DO INIMIGO (OBEI)


Documento sob a forma de listagem, calco ou imagem, contendo a
identificação, a localização e o dispositivo dos sistemas eletrônicos de uma
organização militar de interesse.

2-4
C 34-1 2-13/2-14

ARTIGO II
RELAÇÕES ENTRE AS ATIVIDADES DE GE

2-13 INTERAÇÃO ENTRE AS ATIVIDADES DE GE


a. O Apr GE interage com a GE tática e Intlg Sin por meio da pesquisa, do
desenvolvimento, da logística e da capacitação dos recursos humanos (Fig 2-3).
b. A GE tática relaciona-se com a Intlg Sin por meio do intercâmbio de dados
e conhecimentos.

Fig 2-3. Interações das Atv GE

2-14. LIMITES ENTRE INTELIGÊNCIA DO SINAL E GUERRA ELETRÔNICA


TÁTICA
As técnicas operacionais empregadas nas atividades de GE Tat e na Intlg
Sin são semelhantes. Em razão dessa proximidade, são utilizados como critérios
básicos para diferenciá-las: a finalidade, o nível de comando, o tempo de
execução, o tempo de análise e as características técnicas dos equipamentos.
Alguns desses critérios estão descritos na Tab 2-1.

2-5
2-14 C 34-1

Critério Inteligência do Sinal Guerra Eletrônica Tática


Finalidade 1) Produzir conhecimento a partir das 1) Elaborar a Ordem de Batalha
fontes de sinais para os níveis Eletrônica do Inimigo (OBEI).
operacional e estratégico. 2) Produzir conhecimentos para o
2) Manter atualizado o BD Sin para Cmt Tático a respeito das forças
orientar emprego da GE Tat. Da oponentes.
própria Intlg Sim e atender outros 3) Realizar ataques eletrônicos
demandas. contra os sistemas oponentes.
3) Poderá ser empregada para apoiar 4) Cooperar com a Intlg Sin.
forças em combate.
Nível de - Pode atuar em todos os níveis de - Atua predominantemente no nível
Comando comando. Contudo, aumenta de tático, podendo ser empregada,
importância no nível operacional e eventualmente, nos níveis
estratégico. operacional e estratégico.
Tempo de - Trabalha permanentemente, desde o - Trabalha junto às operações
Execução tempo de paz, crise e conflito. militares.
Tempo de - Realiza, predominantemente, a - Realiza, predominantemente, as
Análise análise sem a pressão do tempo. análises com a pressão do Tempo.

Tab 2-1. Critérios para diferenciação de Intlg Sin e GE Tat

2-6
C 34-1

CAPÍTULO 3

DIVISÕES DA GUERRA ELETRÔNICA

ARTIGO I
MEDIDAS DE APOIO DE GUERRA ELETRÔNICA

3-1. GENERALIDADES
a. Definição - MAGE é o ramo da GE, de natureza passiva, que visa obter
dados e informações das emissões eletromagnéticas do inimigo por meio de suas
ações.
b. As emissões inimigas, uma vez interceptadas, localizadas, analisadas
e integradas a outras fontes, fornecem ao Cmt das operações conhecimentos, tais
como: valor da força oponente, seu desdobramento e outros dados ou conheci-
mentos úteis ao planejamento do combate.
c. Os conhecimentos obtidos por meio das MAGE são empregados para
avaliar as ameaças, orientar o emprego de ações de MAE e elaborar a OBEI.

3-2. AÇÕES ABRANGIDAS PELAS MAGE


a. Busca de Interceptação (BI) - É a sintonia deliberada em uma faixa de
freqüências ou de certo número de freqüências específicas, com a finalidade de
interceptar e reconhecer sinais ativos de interesse, bem como realizar medições
de seus parâmetros técnicos.
b. Monitoração (Mon) - É a sintonia deliberada de uma emissão eletromag-
nética de interesse por um determinado período de tempo, para a obtenção de
dados de interesse.

3-1
3-2/3-3 C 34-1

c. Localização Eletrônica (Loc Elt) - Consiste na determinação, por


meios eletrônicos, das prováveis coordenadas geográficas de um emissor de
energia eletromagnética.
d. Registro (Reg) – É o armazenamento dos dados obtidos e de seus
parâmentos técnicos, a fim de permitir a posterior análise reprodução. Exemplos:
gravação do áudio, dos parâmetros técnicos de um emissor (rádio ou radar) e
outros dados julgados úteis.
e. Análise de GE (Anl GE) - É um método pelo qual se procura investigar,
correlacionar e interpretar os resultados obtidos, com a finalidade de produzir
conhecimentos (Conhc) oriundos das fontes de sinais.
f. As ações de busca de interceptação, monitoração e localização eletrôni-
ca também são chamadas de Aquisição de Dados.

3-3. LOCALIZAÇÃO ELETRÔNICA


a. A ação de Loc Elt de um emissor de energia eletromagnética pode ser
realizada por duas técnicas básicas: Direção de Chegada e Diferença de Tempo
de Chegada (Fig 3-1).

Fig 3-1. Técnicas básicas de Loc Elt

b. Direção de Chegada
(1) É a técnica utilizada pela maioria dos atuais sistemas de localização
eletrônica, devido ao custo reduzido e simplicidade.
(2) Consiste em determinar, utilizando equipamentos eletrônicos, a
direção de chegada (azimute ou “Direction Finding – DF”) de uma emissão
radioelétrica. Com a junção de duas ou mais linhas de azimute de um alvo é
possível calcular as coordenadas da área provável do emissor-alvo.
(3) Essa técnica pode ser implementada por dois processos distintos:
a localização horizontal e a vertical.

3-2
C 34-1 3-3

(a) Localização Horizontal


1) A localização horizontal é realizada por receptores e siste-
mas especiais de antenas que permitem estabelecer a direção e o sentido das
emissões.
2) Se as medidas forem efetuadas de pontos adequadamente
afastados, a interseção dessas direções (azimutes ou DF) indicará uma área
provável da localização do emissor.
3) A localização horizontal pode ser feita em um único momento
(Fig 3-2), empregando, simultaneamente, dois ou mais equipamentos de determi-
nação de direção, ou com um único equipamento realizando medidas de azimute
(DF) em posições sucessivas (Fig 3-3).

Fig 3-2. Localização horizontal em um único momento

Fig 3-3. Localização horizontal com um único equipamento

3-3
3-3 C 34-1

(b) Localização Vertical


1) A localização vertical é empregada nos sistemas que utilizam
apenas um posto para fornecer as coordenadas do emissor oponente. Nessa
técnica, o posto de MAGE utiliza a direção de chegada (azimute ou DF) e a altura
da ionosfera para calcular, de forma aproximada, a origem desse sinal.
2) Essa técnica somente é eficiente para sinais eletromagnéti-
cos na faixa de freqüência de HF, que sofrem refração na camada ionosférica.
3) Na Figura 3-4 é exemplificado, de forma geral, como é
efetuada a Loc Elt de um posto emissor.

Fig 3-4. Localização vertical por onda espacial (HF)


c. Diferença do Tempo de Chegada
É uma técnica que exige um cálculo mais complexo e fornece uma
localização mais exata do emissor. Subdivide-se em dois processos: Medida do
Tempo de Chegada (“Time Of Arrival - TOA”) e Medida da Diferença do Tempo de
Chegada (“Time Difference of Arrival - TDOA”)
(1) Técnica TOA – Essa técnica emprega dois receptores de MAGE
formando uma linha-base e só pode ser aplicada quando se conhece o exato
momento em que o sinal foi emitido. De posse desse dado, são traçadas
circunferências com a medida da distância entre o receptor e o alvo. Por meio da
interseção de duas ou mais circunferências, é possível determinar a localização
do alvo. (Fig 3-5)

3-4
C 34-1 3-3

Fig 3-5. Sistema de Loc Elt por tempo de chegada (TOA)

(2) Técnica TDOA – É a técnica empregada quando não se sabe a hora


exata em que o alvo emitiu um sinal. Baseia-se na premissa de que qualquer sinal
transmitido chegará em tempos diferentes em cada posto de MAGE desdobrado
no terreno. Utilizando-se processos matemáticos complexos, é possível traçar
linhas (parábolas) que irão coincidir em um determinado ponto, o qual determinará
as coordenadas do alvo emissor (Fig 3-6).

3-5
3-3/3-5 C 34-1

Fig 3-6. Sistema de localização por diferença de tempo (TDOA)

3-4. ANÁLISE DE GUERRA ELETRÔNICA


a. A Anl GE possui a seguintes divisão:
(1) Análise de Mensagem (Anl Msg);
(2) Análise de Tráfego (Anl Trf);
(3) Análise de Localização Eletrônica (Anl Loc Elt);
(4) Análise Técnica (Anl Tec); e
(5) Análise Final.
b. Essas 05 (cinco) divisões de Anl são interdependentes, uma vez que
essas ações não ocorrem obrigatoriamente na seqüência apresentada, sendo
realizadas simultaneamente na maioria da vezes.

3-5. DESCRIÇÃO DAS DIVIÕES DA ANÁLISE DE GE


a. Análise de mensagem - É o método de investigação voltado para o
processamento das mensagens em claro ou criptografadas, com o objetivo de
produzir conhecimentos sobre os alvos eletrônicos, a partir do conteúdo das
mensagens interceptadas. Divisão de análise aplicado no campo das Comunica-
ções.

3-6
C 34-1 3-5/3-7

b. Análise de tráfego - Visa à produção de conhecimentos sobre os alvos


eletrônicos, a partir do estudo da taxa de ocupação do espectro, da direção e do
fluxo das mensagens transmitidas pelo oponente.
c. Análise de localização eletrônica – Consiste na avaliação dos
resultados de localização eletrônica fornecidos pelos postos de MAGE, procuran-
do avaliar os aspectos que afetam a sua precisão, com objetivo de reduzir a área
provável da localização do emissor.
d. Análise técnica - Objetiva produzir conhecimentos sobre os alvos
eletrônicos, a partir do estudo dos parâmetros técnicos das emissões eletromag-
néticas provenientes dos emissores oponentes.
e. Análise final - É o método de investigação que procura correlacionar e
interpretar os resultados provenientes das demais divisões da análise, com a
finalidade de obter conhecimentos sobre os alvos eletrônicos. Um dos produtos
da Análise Final é a OBEI.

3-6. CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE GE QUANTO AO TEMPO DISPONÍVEL


a. Análise imediata - É aquela realizada pelo operador imediatamente
após o contato com o sinal emitido pelo oponente. Tem a finalidade de estabelecer
o nível de interesse do sinal, identificar ameaças e priorizar os alvos disponíveis,
quando não houver orientação do escalão superior.
b. Análise corrente - Visa à produção de conhecimento, a fim de responder
aos PB (Pedidos de Busca) enviados pelo maior escalão superior ou atender aos
interesses da Força. Deve ser realizada com a maior brevidade, de modo que o
conhecimento produzido seja empregado em tempo hábil para auxiliar na tomada
de decisões que norteiam as operações correntes.
c. Análise de longo prazo - É realizada sem pressão do tempo, visando à
produção de conhecimentos, principalmente, nos níveis operacional e estratégico.

ARTIGO II
MEDIDAS DE ATAQUE ELETRÔNICO

3-7. GENERALIDADES
As MAE, por definição, envolvem as ações para impedir ou reduzir o uso
efetivo do espectro eletromagnético do inimigo, bem como destruir, neutralizar ou
degradar sua capacidade de combate, usando energia eletromagnética ou
armamento guiado pela emissão do alvo.

3-7
3-8/3-9 C 34-1

3-8. CLASSIFICAÇÃO DAS MAE


As Medidas de Ataque Eletrônico podem ser divididas em Não-Destrutivas
e Destrutivas.

3-9. MAE NÃO-DESTRUTIVAS


São aquelas que empregam a energia eletromagnética para impedir ou
degradar os sistemas do oponente, sem, no entanto, causar nenhum tipo de dano
físico ao oponente. Podem ser subdivididas em Bloqueio e Despistamento.
a. Bloqueio - São técnicas que visam à degradação e supressão da
utilização do espectro eletromagnético pelo oponente. Pode ser realizado utilizan-
do-se técnicas ativas, conhecida como bloqueio eletrônico, ou por técnicas
passivas, chamadas de bloqueio mecânico.
(1) Bloqueio Eletrônico
(a) Consiste na deliberada irradiação de energia eletromagnética,
com o propósito de restringir ou anular o desempenho de equipamentos ou
sistemas eletrônicos em uso pelo inimigo. Ele é usado para impedir, ou pelo
menos dificultar, a recepção de sinais nos equipamentos inimigos de detecção,
de radiocomunicações, de navegação eletrônica, de sistemas de identificação
eletrônica e de direção e controle de armas.
(b) O Bloqueio Eletrônico pode ser classificado, quanto ao método, em:
1) Bloqueio de ponto (Blq Pt) – Utiliza transmissores de faixa
estreita e sintonia precisa (Fig 3-7). É empregado individualmente sobre a largura
de banda ocupada no espectro pelo receptor do oponente, e sua eficiência
depende diretamente da obtenção da freqüência exata de operação, o que pode
ser feito pelas MAGE. A grande vantagem desse tipo de bloqueio consiste na
maior concentração de energia numa estreita faixa de freqüência.

Fig 3-7. Bloqueio de ponto

3-8
C 34-1 3-9

2) Bloqueio de barragem (Blq Br) – utiliza transmissão de


energia eletromagnética em larga faixa de freqüência, quando comparada com a
largura de banda sintonizada pelo receptor do oponente, negando ou dificultando
o seu emprego (Fig 3-8).

Fig 3-8. Bloqueio de barragem

3) Bloqueio de varredura (Blq Var) – utiliza transmissores de


faixa estreita com sintonia variável no tempo, executando uma varredura em
freqüências selecionadas (Fig 3-9). A vantagem deste tipo de bloqueio é a
cobertura de largas faixas de freqüência sem a perda de densidade de potência,
característica do bloqueio de barragem.

Fig 3-9. Bloqueio de varredura

3-9
3-9 C 34-1

(2) Bloqueio Mecânico – É obtido quando se empregam meios físicos


que refletem a energia eletromagnética dos sensores inimigos com a finalidade
de degradar ou anular a capacidade de detecção do oponente. Exemplo: grande
quantidade de “chaff” (Fig. 3-10) e refletores angulares.

Fig 3-10. Cartucho de “Chaff”

b. Despistamento - São técnicas utilizadas com o propósito de induzir o


oponente ao erro na interpretação ou no uso das informações recebidas pelos
seus sistemas eletrônicos. As MAE de despistamento podem ser classificadas
quanto ao método e quanto aos meios empregados.
(1) Quanto ao método
(a) Despistamento manipulativo - É o conseguido pela alteração,
absorção e reflexão das emissões eletromagnéticas oponentes (Exemplo:
tecnologia de furtividade – “Stealth”), ou pela emissão dissimulada de sinais
próprios (exemplo: uma subunidade transmitindo mensagens falsas para simular
a atuação de brigada, induzindo o inimigo ao erro ao tentar interpretar os dados
adquiridos); e
(b) Despistamento imitativo (Dptt Imt) - É o obtido quando se uitiliza
a intromissão nos sistemas oponentes, com o objetivo de levá-lo a erro (Exemplos:
transmissão de mensagens falsas em uma rede-rádio do oponente, reirradiação
de um pulso radar com o objetivo de dificultar o seu correto funcionamento).
(2) Quanto aos meios empregados
(a) Despistamento eletrônico (Dptt Elt) - Consiste no despistamento
realizado por meio de deliberada irradiação de energia eletromagnética.

3-10
C 34-1 3-9/3-13

(b) Despistamento mecânico (Dptt Mec) - Consiste no despistamento


pelo emprego de meios físicos para refletir ou absorver a energia eletromagnética
com a finalidade de iludir o inimigo (Exemplo: Materiais Absorvedores de Radiação
Eletromagnética - MARE).

3-10. MAE DESTRUTIVAS


As MAE destrutivas visam causar dano físico ao oponente, valendo-se do
emprego ativo ou passivo do espectro eletromagnético para atingir os propósitos
do ataque eletrônico. As MAE destrutivas podem ser classificadas em:
a. Emissão de Energia Direcionada (EED) - Consiste na emissão
eletromagnética de alta potência, capaz de causar danos ao material ou pessoal
do oponente (exemplos: bomba eletromagnética e feixe de laser de alta potência).
b. Guiamento de Armas pela Emissão do Alvo (GAEA) - Consiste no
emprego de sistemas de armas com sensores próprios que, na fase de guiamento,
orientam-se pela emissão do alvo. Visa à destruição de sistemas e plataformas
oponentes (Exemplo: mísseis antirradiação).

ARTIGO III
MEDIDAS DE PROTEÇÃO ELETRÔNICA (MPE)

3-11. GENERALIDADES
As MPE, por definição, constituem as ações que asseguram o uso efetivo
do espectro eletromagnético.

3-12. OBJETIVO DAS MPE


As MPE dividem-se, quanto ao objetivo, em antiMAGE e antiMAE:
a. MPE antiMAGE - Têm por finalidade negar ao inimigo a busca de
interceptação, monitoração, localização eletrônica e análise de nossas emissões
por intermédio de suas MAGE.
b. MPE antiMAE - Visam minimizar o efeito das MAE inimigas ou os efeitos
colaterais do emprego das MAE, por parte das forças amigas, sobre nossos
equipamentos.

3-13. AÇÕES DE PROTEÇÃO ELETRÔNICA


Para a execução das MPE, é necessária a adoção das seguintes ações:
a. Controle de Emissões - São as ações que têm os seguintes propósitos:
(1) controlar as emissões de nossos próprios equipamentos, com a

3-11
3-13 C 34-1

finalidade de impedir a detecção, pelo inimigo, dos sinais eletromagnéticos


emitidos (Controle das Irradiações Eletromagnéticas – CIEM); e
(2) planejar, coordenar e supervisionar o uso do espectro eletromagné-
tico, de modo a evitar ou reduzir a interferência mútua, com a utilização das
Instruções para a Exploração das Comunicações e Eletrônica (IEComElt) e do
Plano de Controle das Irradiações e Emissões de Não-Comunicações (PCIENC).
b. Tecnologias de MPE - Consistem na utilização de tecnologias nos
sistemas eletrônicos em uso pelas forças amigas, que as resguardam de ações
de MAGE ou MAE inimigas. Pode-se citar como exemplo as tecnologias de salto
de freqüência, antenas inteligentes, filtros especiais, criptofonia e técnicas
avançadas de transmissão de dados.
c. Procedimentos operacionais – São as ações ou procedimentos
empregados para:
(1) aumentar a confiabilidade e segurança das emissões; e
(2) impedir, retardar ou dificultar o emprego das MAGE e MAE pelo
oponente, por meio de execução de manobras e desdobramento de forças.

3-12
C 34-1

CAPÍTULO 4

PRINCÍPIOS E FORMAS DE EMPREGO


DA GUERRA ELETRÔNICA

ARTIGO I
PRINCÍPIOS DE EMPREGO DA GUERRA ELETRÔNICA

4-1. GENERALIDADES
a. As atividades de Guerra Eletrônica devem ser planejadas e executadas
de acordo com os Princípios de Emprego, que foram estabelecidos em função das
peculiaridades da GE e traduzem uma correlação de suas possibilidades e
limitações com os Princípios de Guerra.
b. Além dos princípios que serão citados, o emprego da Guerra Eletrônica
deve atender aos demais princípios comuns a qualquer planejamento, tais como:
Economia de Forças, Unidade de Comando, Simplicidade, Segurança e outros.

4-2. OBJETIVIDADE
a. A GE deve ser dirigida para objetivos claramente definidos, decisivos e
atingíveis. A alta densidade de ocupação do espectro eletromagnético por
emissores de todos os tipos - civis e militares - impõe ao comandante que se
definam perfeitamente suas prioridades na busca de informações e levantamentos
de alvos para o ataque eletrônico. À GE somente devem ser atribuídas missões
que estejam dentro de suas reais possibilidades e que realmente compensem seu
emprego.
b. Embora a origem de uma emissão possa ser determinada rapidamente,
a monitoração continuada de uma rede implica a destinação exclusiva de pessoal
e material para esse propósito.

4-1
4-2/4-5 C 34-1

c. A utilização indiscriminada dos postos de MAE poderá facilitar a


localização eletrônica dos mesmos, acarretando maior risco de destruição.
d. A objetividade será atendida, dentre outros, pelos seguintes procedimen-
tos:
(1) monitoração contínua das redes nas quais transitem informações de
interesse imediato do comando;
(2) atribuição de prioridade para alvos eletrônicos de alto valor; e
(3) emprego dos postos de MAE nos momentos decisivos do combate.

4-3. OPORTUNIDADE
a. A GE deve assegurar ao escalão apoiado conhecimentos precisos, em
tempo hábil para a tomada de decisão. Da mesma forma, compete à GE realizar
o ataque eletrônico no momento oportuno, sincronizado com as demais ações,
de modo a proporcionar o máximo efeito, capaz de criar desequilíbrio em favor das
nossas forças.
b. A oportunidade é obtida por intermédio de:
(1) emprego de sistemas de comunicações ágeis e tecnicamente
confiáveis;
(2) mínima perda de tempo na análise dos dados obtidos;
(3) estrita observância às prioridades estabelecidas pelo Cmt;
(4) emprego das MAGE em tempo integral (24 horas);
(5) continuidade das MAE, quando desencadeadas;
(6) máximo adestramento do pessoal;
(7) manutenção de um banco de dados atualizado e confiável; e
(8) habilidade dos operadores em identificar dissimulações.

4-4. INTEGRAÇÃO
a. Para que se possa obter o máximo rendimento da GE como multiplicador
do poder de combate, as MAGE, MAE e MPE devem ser planejadas e executadas
em função da missão recebida e dos objetivos a atingir. O sucesso das ações
militares está intimamente associado ao domínio do espectro eletromagnético,
por meio das atividades de Intlg Sin, de GE Tat e da perfeita coordenação do fogo
e da manobra.
b. É essencial o correto assessoramento por parte dos oficiais de ligação
de GE ou das seções de GE, nos escalões em que estiverem estabelecidas, para
o atendimento ao princípio da integração.

4-5. AMPLA UTILIZAÇÃO DOS MEIOS


a. Os meios de GE normalmente possuem custo elevado e, por isso, são
de difícil reposição. Sempre serão insuficientes diante das necessidades e,
portanto, não devem permanecer em reserva.

4-2
C 34-1 4-5/4-8

b. Os equipamentos de MAE, enquanto não estiverem sendo utilizados,


devem ser empregados para as ações de busca de interceptação, monitoração e
registro das emissões eletromagnéticas inimigas. Excepcionalmente, podem
receber a missão de monitorar nossos próprios sistemas, visando, particularmen-
te, ao aprimoramento da segurança das comunicações.

4-6. FLEXIBILIDADE
a. A GE deve ter a capacidade de modificar a organização e as funciona-
lidades componentes de um sistema de GE, de modo a atender a uma iminente
mudança da situação ou ambiente.
b. O planejamento das ações deve assegurar o atendimento das necessi-
dades dos mais altos escalões, mesmo que os meios estejam desdobrados nas
zonas de ação das Grandes Unidades (GU) / Organizações Militares (OM) valor
batalhão (Btl) apoiadas. O atendimento a esse princípio deve ser particularmente
considerado por ocasião da organização para o combate dos meios de GE Tat e
da definição das formas de emprego.

4-7. CONTINUIDADE
a. As ações de GE não devem sofrer solução de continuidade durante as
operações.
b. A continuidade das ações de MAGE e MAE pode ser obtida por
intermédio de:
(1) estabelecimento de listas de alvos e NGA;
(2) redundância na cobertura dos alvos de alta prioridade;
(3) previsão de posições alternativas para os postos de MAGE e MAE;
(4) utilização de meios de comunicações alternativos;
(5) máximo adestramento dos operadores;
(6) utilização alternada de dois ou mais postos de MAE sobre uma
mesma emissão; e
(7) emprego da MAGE em regime de 24 horas.

4-8. MOBILIDADE
a. A sobrevivência dos sistemas de GE no campo de batalha e sua
capacidade de proporcionar apoio contínuo dependem da sua mobilidade, que não
deve ser inferior à da força apoiada.
b. Embora a mobilidade possa reduzir o risco de destruição dos sistemas,
esta, por si só, não assegura a continuidade do apoio. Só é efetiva se houver
minucioso planejamento de posições futuras e alternativas para os equipamentos,
além da perfeita combinação do uso de plataformas terrestres e aéreas.

4-3
4-9/4-11 C 34-1

4-9. EMPREGO CENTRALIZADO


a. O emprego centralizado permite melhor aproveitamento dos meios de
GE. A capacidade do apoio de GE de uma Unidade é maior que a soma das
capacidades de seus elementos componentes, operando de forma isolada.
b. A centralização permite à GE maior eficiência e flexibilidade no apoio,
pois possibilita o acompanhamento dos alvos eletrônicos do escalão apoiado
como um todo, além do ataque eletrônico a diversos alvos simultaneamente.
Entretanto, podem surgir situações em que há necessidade de descentralizar
meios de GE a fim de atender de modo direto as necessidades de apoio dos
elementos subordinados no escalão apoiado.

ARTIGO II
FORMAS DE EMPREGO DA GUERRA ELETRÔNICA

4-10. GENERALIDADES
a. As formas de apoio de GE visam relacionar o apoio de GE às missões
táticas recebidas do escalão superior.
b. A missão tática de uma OM de Guerra Eletrônica será definida pelo Cmt
do escalão enquadrante assessorado pela Seç Com GE, nos escalões em que
estiver estabelecida, levando em consideração a forma de apoio e a missão a ser
cumprida.
c. Quando as formas de apoio não descreverem satisfatoriamente a missão
a ser cumprida, devem ser descritas, com precisão, as responsabilidades e as
relações entre os elementos de GE e as forças apoiadas.

4-11. FORMAS DE APOIO DE GUERRA ELETRÔNICA


a. As formas de apoio de Guerra Eletrônica definem as responsabilidades
de apoio de um elemento GE. Os tipos de apoio de GE são:
(1) Apoio ao Conjunto de GE;
(2) Apoio Direto de GE ; e
(3) Apoio Suplementar de GE.
b. Apoio ao Conjunto de GE (Ap Cj GE) - É o apoio proporcionado por
elemento de GE orgânico da força. O elemento de GE em Apoio ao Conjunto de
GE atenderá às necessidades da força como um todo, sem vinculação específica
a qualquer OM subordinada.
c. Apoio Direto de GE (Ap Dto GE) - É o apoio proporcionado a uma força
que não possui meios orgânicos de GE. O elemento de GE, embora atenda às
necessidades em primeira prioridade do escalão apoiado, não lhe fica subordinado,
permanecendo sob comando da força à qual pertence.

4-4
C 34-1 4-11/4-12

d. Apoio Suplementar de GE (Ap Spl GE) - É o apoio de GE proporcio-


nado a outro elemento de GE, aumentando-lhe a eficácia. A fração que reforça em
GE fica sob às ordens e tem o emprego planejado por aquele que recebeu o Ap
Spl GE. Um canal técnico pode ser estabelecido entre a fração que reforça e a
força a qual pertence.
e. Outras formas de apoio de GE poderão ser definidas de acordo com a
missão tática do elemento apoiado ou com as necessidades do escalão superior.

4-12. SITUAÇÃO DE COMANDO


a. São conceitos que traduzem uma situação de comando não sendo,
portanto, forma de apoio. Podem ser caracterizados de duas formas: Reforço ou
Integração.
b. Reforço - O reforço se caracteriza quando uma força de constituição fixa
(uma Brigada, por exemplo) recebe um elemento de GE.
c. Integração - A integração se caracteriza quando o elemento de GE é
entregue a uma força que não possui constituição fixa (uma FT, por exemplo).
d. Nessas situações, a tropa de GE é subordinada ao comandante da força
para todos os efeitos, incluindo a atribuição de missões táticas e apoio administra-
tivo.
e. A situação de comando também pode ser utilizada quando uma
determinada força cumprir missões táticas isoladamente.
Apoio ao Conjunto de Apoio Direto de GE (Ap Apoio Suplementar de
GE (Ap Cj GE) Dto GE) GE (Ap Spl GE)
Tropa de GE
- Elemento de GE - Elemento de GE
que presta o - Elm de GE de outro Esc
orgânico da força orgânico da força
apoio
- A Força apoiada
assume o comando da
fração em apoio.
- Elm GE permanece centralizados sob comando da - O Elm GE retornará à
Comando
Força a qual pertence. Força à qual pertence
após o cumprimento da
missão ou quando for
determinado.
- Elm Man Esc
Elemento - Normalmente dois ou
considerado que não - Elm GE de outro Esc
apoiado mais Elm do Esc Apoiado
possui GE
- Em proveito da Força - Em proveito do Esc
como um todo apoiado, em primeira
Cumpre - Em proveito do Elm GE
- Em situações prioridade
missões de GE apoiado.
específicas, em proveito - Em proveito do Esc
de um Elm Esc Apoiado enquadrante
Apoio Log ao
- Cadeia normal de Ap - Cadeia normal de Ap - Elm Man que recebe o
Elm GE em
Log Log Ap GE
apoio

Tab 4.1 - Aspectos das formas de apoio

4-5
C 34-1

4-6
C 34-1

CAPÍTULO 5
DESDOBRAMENTO DOS MEIOS DE GUERRA ELETRÔNICA TÁTICA

ARTIGO I
INTRODUÇÃO

5 -1. GENERALIDADES
a. A Unidade de Guerra Eletrônica (GE) é considerada desdobrada no
terreno quando está com:
(1) o seu PC instalado;
(2) os Centros de Operações de GE em condições de cumprir as suas
missões;
(3) o sistema de comunicações próprio da GE estabelecido;
(4) os meios de GE instalados e em condições de executar ordens
recebidas;
(5) os meios de comunicações integrados aos sistemas de comunica-
ções do G Cmdo/GU/OM apoiados; e
(6) os órgãos de apoio logístico funcionando.
b. A seleção dos locais de desdobramento é feita por meio de um estudo
na carta e de uma cerrada coordenação com os elementos apoiados, visando à
adoção de dispositivos adequados ao cumprimento da missão recebida. Para a
escolha e ocupação do exato local, deve ser realizado, quando a situação tática
permitir, um prévio reconhecimento por um grupo de reconhecimento da OM de
GE.

5-1
5-2/5-3 C 34-1

ARTIGO II
POSIÇÕES

5-2. TIPOS DE POSIÇÃO


Durante as operações, os postos de GE podem ocupar ou preparar diversas
posições para atender a determinadas finalidades. Essas posições recebem, por
isso, denominações próprias.
a. Posição Provisória
É a posição selecionada para o posicionamento preliminar dos postos de
GE, antes de seu engajamento em uma operação considerada. Sua escolha, em
princípio, decorre de estudo na carta.
b. Posição de Operação
É a posição ocupada para apoiar efetivamente à operação considerada.
c. Posição Alternativa
São posições previamente estabelecidas que visam à ocupação futura.
Possibilitam o acompanhamento da situação tática, permitindo a continuidade do
apoio, quando:
(1) a posição de operação não permitir o apoio eficiente face às flutuações
do combate;
(2) do comprometimento da segurança física do centro ou dos postos; e
(3) da necessidade de enquadramento de novos alvos, situados além das
possibilidades técnicas do material.

ARTIGO III
DESDOBRAMENTO

5-3. LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS E POSTOS DE GE


a. Dos Centros
Os Centros de Operações de Guerra Eletrônica (COGE) devem atender
às características técnicas e táticas para a escolha do local de desdobramento.
O local escolhido deve:
(1) oferecer possibilidade de ligações com os escalões superiores,
apoiados e elementos vizinhos;
(2) dispor de área compatível com a missão a ser desempenhada e com
a situação tática;
(3) oferecer proteção contra os efeitos dos fogos do oponente;
(4) oferecer proteção contra o reconhecimento de combate e aéreo;
(5) oferecer segurança às instalações; e
(6) oferecer acessibilidade.

5-2
C 34-1 5-3

b. Dos Postos de MAGE


Os locais para o desdobramento dos postos de MAGE deverão obedecer
a determinadas características técnicas e táticas.
(1) Características técnicas:
(a) mínimas condições de condutibilidade do solo;
(b) estar afastado de fontes elétricas de interferência;
(c) terreno elevado para favorecer a recepção das emissões que
necessitam de visada direta;
(d) estar afastado de transmissores civis ou militares;
(e) inexistência de obstáculos de vulto na direção do alvo;
(f) estar em local que permita a ligação com outros postos de MAGE
e com o COGE; e
(g) distância compatível entre os postos de localização eletrônica
para o estabelecimento da linha-base.
Observação - As características técnicas, devido às peculiaridades
de propagação nas diversas faixas de freqüência, terão maior ou menor importân-
cia para o desdobramento do posto.
(2) Características táticas:
(a) o mais próximo possível da LP/LC ou LAADA (não impositivo para
faixa de frequência de HF);
(b) o mais próximo de unidades de combate;
(c) oferecer acessibilidade;
(d) segurança contra ações de enfiltrações do oponente;
(e) ser coberto e abrigado; e
(f) proporcionar proteção contra a detecção, pelo oponente, de ruídos
e irradiações de infravermelho.
c. Dos Postos de MAE
Os locais para o desdobramento dos postos de MAE também deverão
obedecer a determinadas características técnicas e táticas.
(1) Características técnicas:
(a) mínimas condições de condutibilidade do solo;
(b) facilidade de ligação com outros postos de MAE, MAGE e,
pelo menos, um Centro de Operações de GE;
(c) inexistência de obstáculos de vulto na direção do alvo; e
(d) possibilitar a ação de MAE, considerando os seguintes
aspectos:
1) distância entre os postos de comunicações do oponente;
2) distância entre o posto de MAE e o receptor-alvo;
3) potências do emissor e do posto de MAE; e
4) faixa de freqüência do sinal.
(2) Características táticas:
(a) atender à situação tática;
(b) ser coberto e abrigado, visto que os postos de MAE são alvos
compensadores;
(c) proximidade e acessibilidade às posições alternativas;
(d) existência de obstáculos que proporcionem alta atenuação do

5-3
5-3/5-4 C 34-1

sinal de MAE para as forças amigas;


(e) boas condições de trafegabilidade (facilitando a mobilidade); e
(f) conhecimento da doutrina de desdobramento dos postos-rádio
e meios de NCom da tropa inimiga.
d. Dos Meios de Comunicações
Tanto quanto for possível, os meios de comunicações devem estar
afastados dos Centros de Operações de GE. O recomendável é uma distância
mínima de 200 metros.

ARTIGO IV
PLATAFORMAS AÉREAS

5-4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. Quando se trata de emprego e desdobramento dos meios de GE,
especial atenção deve ser dada às plataformas aéreas que possuem capacidade
de GE.
b. No combate moderno, fica cada vez mais difícil mobilizar grande
quantidade de meios (massa de forças). Torna-se essencial, portanto, a obtenção
do máximo efeito, com o mínimo de forças (massa de efeitos).
c. O emprego adequado da maior quantidade de meios, no momento e local
decisivos, somente poderá ser obtido se houver informações precisas e oportunas
sobre os fatores da decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo disponível).
d. É nesse contexto que são empregadas as plataformas aéreas. Essas
aeronaves, tripuladas ou não, podem transportar uma variada quantidade de
sensores – incluindo equipamentos de MAGE, câmeras FLIR (“Forward Infrared
Looking”), radares SAR (“Sinthetic Apperture Radar”), câmeras de TV, dentre
outros.
e. Dependendo da configuração da aeronave e de sua aplicação, também
podem ser instalados sistemas de MAE para apoio às operações ou simplesmen-
te para auto-proteção, tais como receptores de alerta radar (“Radar Warning
Receiver” – RWR), lançadores de “chaff”, “flare” ou mesmo sistemas mais
complexos como o de alerta de aproximação de mísseis (“Missile Approach
Warning System” – MAWS).
f. Dessa forma, uma aeronave, como a mostrada na Figura 5-1, pode
localizar rádios e radares com muito mais facilidade do que as plataformas
terrestes, além de, se necessário, realizar missões com o objetivo de bloquear ou
despistar o sistema eletrônico do oponente.

5-4
C 34-1 5-4/5-5

Fig 5-1. Aeronave R-99B

g. O emprego de plataformas aéreas amplia a capacidade da força na coleta


de dados sobre o oponente, aumenta a segurança das tropas e torna mais ágil o
ciclo de tomada de decisão.
h. No entanto, o uso dessas plataformas é fortemente dependente das
condições meteorológicas.

5-5. VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS AÉREAS


a. Permite continuidade de apoio em operações dinâmicas (marcha para o
combate, aproveitamento do êxito, perseguição, e outras).
b. Aumenta a eficácia dos meios de GE, complementando os dados
coletados por sensores em plataformas terrestres.
c. Aprofunda a capacidade de obtenção de dados.

5-5
C 34-1

5-6
C 34-1

CAPÍTULO 6

PLANEJAMENTO DA GUERRA ELETRÔNICA TÁTICA

ARTIGO I
RESPONSABILIDADE DO ESTADO-MAIOR

6-1. GENERALIDADES
a. O planejamento é crucial para a eficiência da Guerra Eletrônica Tática
(GE Tat). Sua eficácia depende do grau de integração com a manobra e da correta
aplicação dos Princípios e Formas de Emprego da Guerra Eletrônica (Cap 4).
b. O planejamento de GE Tat segue o processo normal de planejamento de
Estado-Maior, começando com a missão e a diretriz do comandante, que levam
ao desenvolvimento do estudo de situação e dos demais documentos de GE.
c. O E2 e o E3 são encarregados de associar as atividades de GE com a
concepção tática da manobra. Suas funções são complementares e necessitam
de cerrada cooperação e coordenação. Eles têm a responsabilidade de planejar,
coordenar e conduzir as atividades relacionadas com as informações e operações
da força.
d. A Subseção de GE (Sseç GE) da Seção de Comunicações e Guerra
Eletrônica (Sec Com GE), integrante do EM Especial, é o órgão de assessoramento
no planejamento, na coordenação e no apoio de Guerra Eletrônica, desde o tempo
de paz.

6-2. SEÇÃO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA


a. Generalidades
(1) Para atender às peculiaridades inerentes às comunicações e à GE,

6-1
6-2 C 34-1

a partir do escalão divisão de exército (DE), o Estado-Maior contará em sua


organização com escalões diferenciados de planejamento e execução.
(2) Para as ações de planejamento e assessoria ao comando, existirá a
Sec Com GE, integrante do Estado-Maior Especial, desde o tempo de paz.
b. Atribuições
(1) Assessorar o comando nos assuntos de Com e GE.
(2) Cooperar para o planejamento das atividades de Com e GE, a partir
do escalão divisão de exército, por meio de propostas para a elaboração da
documentação de Com e GE, salientando-se:
(a) Instruções para a Exploração das Comunicações e Eletrônica
(IEComElt);
(b) Instruções-Padrão de Comunicações e Eletrônica (IPComElt);
(c) Parágrafo 5º do Plano/Ordem de Operações (Pl/OOp);
(d) Anexo de Comunicações;
(e) Anexo de Guerra Eletrônica;
(f) Ordens aos elementos subordinados de Com e GE que deverão
constar do parágrafo 3º do Pl/OOp;
(g) Plano de Medidas de Ataque Eletrônico (Pl MAE);
(h) Pedidos de Busca (PB); e
(i) Estudo de Situação – 1ª Fase.
(3) Assessorar o E3 na confecção do Plano de Dissimulação Tática e de
outros planos de interesse das Com e GE.
(4) Cooperar com a coordenação das atividades de Com e GE, por
intermédio de:
(a) padronização de procedimentos de Com e GE;
(b) realizar acompanhamento e inspeções de instrução de Com e GE;
(c) proposição de exercícios de Com em ambiente hostil de GE;
(d) ligação com órgãos de Com superiores;
(e) ligação com órgãos de Com civis;
(f) estabelecimento de banco de dados sobre disponibilidade e
possibilidades dos recursos locais existentes nas prováveis áreas de atuação
desde o tempo de paz; e
(g) ligação com órgãos civis vinculados à GE Tat e à Intlg Sin.
(5) Cooperar para o controle do material de Com e GE por meio do
acompanhamento das atividades de manutenção e suprimento.
(6) Gerenciar a utilização do espectro eletromagnético, no âmbito da
força, no campo das Com e das NCom.
(7) Cooperar para o aperfeiçoamento da doutrina de Com e GE.
(8) Coordenar o emprego dos meios de comunicações do COT nos
escalões em que for estabelecido.

6-2
C 34-1 6-2/6-3

Fig 6-1. A Seção de Com e GE

6-3. RESPONSABILIDADES DO ESTADO-MAIOR


a. Comandante - É o responsável direto pelo planejamento e condução do
apoio de GE. O Cmt deve considerar a GE como um elemento multiplicador do
poder de combate, assegurando o eficiente treinamento de sua força em ambiente
de GE. Esta atividade exige cerrada e contínua coordenação em todos os níveis
de comando e particular atenção de seu EM.
b. E1 - Com relação à GE, as principais responsabilidades do E1 são:
(1) fornecer as disponibilidades em recursos humanos com especial nível
de conhecimentos lingüísticos para apoiar as MAGE e as MAE, mantendo uma
lista do pessoal qualificado em idiomas estrangeiros, indicando o grau de domínio
de cada elemento, por idioma e por dialeto; e
(2) estabelecer, em coordenação com o E3, procedimentos para o
controle e emprego dos elementos oriundos de país aliado que participam das
operações, considerando suas especiais qualificações lingüísticas, a fim de
colaborar nas missões de GE.
c. E2 - Com relação à GE, as principais responsabilidades do E2 são:
(1) difundir os EEI e elaborar os Pedidos de Busca (PB);
(2) difundir dados de interesse para a GE, oriundos de outras fontes;
(3) proporcionar ao Cmt e ao E3, em particular, conhecimento confiável
sobre alvos eletrônicos e suas vulnerabilidades, visando cooperar com as MAE;

6-3
6-3 C 34-1

(4) levantar os métodos e a capacidade de obtenção de conhecimentos


do inimigo;
(5) levantar as vulnerabilidades do oponente às operações de dissimu-
lação, bem como avaliar as possibilidades de êxito dessas ações; e
(6) recomendar rígidos procedimentos de MPE aos encarregados do
planejamento de emprego dos sistemas que envolvam a emissão de energia
eletromagnética.
d. E3 - Com relação à GE, as principais responsabilidades do E3 são:
(1) planejar e coordenar o apoio de GE;
(2) conduzir as MAE necessárias ao apoio às operações;
(3) coordenar com o oficial de comunicações (O Com) o estabelecimento
de MPE para a proteção das operações das forças amigas;
(4) preparar as instruções de GE no parágrafo 3º e/ou Anexo de GE para
o Plano ou Ordem de Operações; e
(5) coordenar as atividades de instrução de GE como parte integrante do
programa de instrução da força, de modo a manter a tropa adestrada e o Estado-
Maior capacitado para planejar e integrar a GE dentro da manobra concebida.
e. E4 - Com relação à GE, a principal responsabilidade do E4 é planejar e
coordenar a distribuição dos equipamentos e suprimentos de GE necessários à
execução das ações de GE.
f. Oficial de GE
O Oficial de GE (OGE), como integrante da Seção de Com e GE, é o
principal assessor do comandante e do Estado-Maior Geral no tocante ao
emprego de GE como um dos elementos multiplicadores do poder de combate.
Como chefe da subseção de GE, coordena as atividades relativas à sua seção
com o EM e com o Comando da Unidade de GE. Tem como responsabilidades:
(1) assessorar o E2 na confecção dos Pedidos de Busca à luz dos EEI
constantes do Anexo de Inteligência;
(2) avaliar as vulnerabilidades e as possibilidades de GE das forças
amigas e inimigas em relação à situação tática;
(3) identificar os alvos de GE de acordo com as prioridades táticas;
(4) realizar o estudo de situação de 1ª fase de GE;
(5) propor o apoio de GE a ser inserido no Plano ou Ordem de Operações;
(6) avaliar qualquer ameaça de MAE do oponente que possa afetar o
comando e controle das forças amigas;
(7) elaborar o Plano de MAE;
(8) sugerir a atualização da documentação de GE; e
(9) receber e avaliar os informes gerados pelas missões de GE realizadas.
g. Oficial de Comunicações (O Com)
O Oficial de Comunicações, como integrante da Sec Com GE, além das
missões normais ligadas ao planejamento, coordenação e supervisão de comu-
nicações, tem como responsabilidades no tocante à GE:
(1) assessorar o E3 no planejamento e na condução nos programas de
treinamento das MPE da força;

6-4
C 34-1 6-3/6-4

(2) assegurar que existam meios alternativos de comunicações nos


sistemas mais vulneráveis às MAE oponentes;
(3) assegurar que os equipamentos dotados de tecnologias de MPE
apropriadas estejam distribuídos as organizações militares mais vulneráveis às
MAGE/MAE oponentes;
(4) assegurar que sejam tomadas medidas no sentido de resguardar as
freqüências protegidas e proibidas das ações de bloqueio intencionais ou não;
(5) constatar e informar, por meio de relatórios, as ações de MAE
oponentes atuantes sobre os sistemas de comunicações da força; e
(6) assessorar o E3 na confecção dos documentos relacionados às
MPE, ao Plano ou OOp.
h. Oficial de Ligação de GE (O Lig GE)
Oficial que tem a atribuição de assessorar o comando da GU/U apoiada,
quando este comando não possui U de GE orgânica e recebe meios de GE,
conforme segue:
(1) cada GU/U apoiada possui um Oficial de Ligação de GE (O Lig GE),
pertencente à unidade de GE. Esse elemento de ligação é o assessor do
comandante da força apoiada para atividades de GE e trabalha em coordenação
com o Estado-Maior;
(2) os O Lig GE servem, ainda, como elo entre o comando da força
apoiada e os elementos de GE em apoio; e
(3) o O Lig GE tem como responsabilidades:
(a) assessorar o E2/S2 e E3/S3 e demais elementos do EM quanto
às possibilidades e limitações dos recursos de GE;
(b) traduzir as necessidades de obtenção de conhecimentos do E2/
S2 em ações de MAGE a serem executadas pela GE;
(c) alertar o comando da GU/U apoiada com relação às prováveis
ameaças em sua zona de ação;
(d) repassar os relatórios do sinal produzidos pela tropa de GE, que
devam ser do conhecimento imediato da tropa apoiada, sem prejuízo da neces-
sária transmissão desses relatórios ao COGE da OM GE;
(e) manter o comando da GU/U apoiada informado a respeito do
andamento das missões de GE;
(f) excepcionalmente, traduzir necessidades do E3/S3 em ações de
Medidas de Ataque Eletrônico a serem executadas pela GE; e
(g) propor atualização da documentação de GE.

ARTIGO II
COORDENAÇÃO DO ESTADO-MAIOR

6-4. GENERALIDADES
a. O apoio de GE Tat exige uma permanente coordenação entre os
elementos de guerra eletrônica e da 2ª e 3ª seções de Estado-Maior.

6-5
6-4 C 34-1

b. Normalmente, uma decisão deve ser tomada quando se avaliam, a partir


das emissões oponentes, o valor relativo entre o contínuo processo de obtenção
de informações e a vantagem tática que poderia se obter ao se negar ao inimigo
o uso de seus emissores, por meio da destruição ou do emprego de MAE.
c. A decisão envolve diretamente o E2 e o E3, já que existe uma relação
entre a produção de conhecimento, a partir das emissões oponentes (MAGE), e
a utilização de MAE (Fig 6-2).

Fig 6-2. Decisão entre produzir conhecimentos ou realizar MAE

d. Uma minuciosa e contínua coordenação entre o E3 e o Oficial de


Comunicações também é necessária para assegurar que o emprego de MAE não
venha a degradar, simultaneamente, a utilização do espectro de freqüências pelas
forças amigas.
e. O E3, assessorado pela Sseç GE, deve indicar à GE quais serão os alvos
das Medidas de Ataque Eletrônico. Essa integração no planejamento assegura
que todo alvo de alta prioridade seja engajado pelos recursos adequados
disponíveis.
f. O E3 também supervisiona a integração das MAE com o fogo e com a
manobra. A Sseç GE, os elementos encarregados do apoio de fogo e a 3ª Seção
operam conjuntamente para planejar o ataque aos alvos de maior prioridade. Deve-
se ter em mente que o ataque eletrônico tem como objetivo retardar o ciclo de
tomada de decisão do oponente, o que contribui para a criação de desequilíbrio
em favor de nossas forças.

6-6
C 34-1 6-4/6-6

g. Em virtude da impossibilidade de um único nível de comando satisfazer


todas as necessidades de informações próprias, a integração e a cooperação
entre Estados-Maiores dos diversos escalões de uma mesma força e entre forças
singulares deve ser sempre buscada.

ARTIGO III
PLANEJAMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA

6-5. GENERALIDADES
a. O planejamento adequado e objetivo é essencial ao sucesso de qualquer
operação militar. O planejamento apropriado permite o exame detalhado e
sistemático de todos os fatores envolvidos em uma operação prevista.
b. A necessidade de apoio de GE Tat varia largamente e difere em cada
situação tática. O planejamento para o emprego da GE Tat segue um processo
contínuo. Ao mesmo tempo em que são conduzidas operações em curso,
também são realizados os planejamentos visando às ações futuras.
c. O planejamento da GE Tat segue o processo normal de planejamento de
Estado-Maior, começando com a missão e a diretriz do comandante, que levam
ao desenvolvimento do estudo de situação e demais documentos.
d. Devem-se levar em consideração:
(1) a missão do escalão apoiado;
(2) as possibilidades do oponente, particularmente referentes à GE;
(3) o nível de adestramento do pessoal; e
(4) as condições de operacionalidade do material.

6-6. CONDICIONANTES DO PLANEJAMENTO


a. As seguintes condicionantes básicas devem ser consideradas durante
o planejamento de uma operação de GE:
(1) Missão
(a) A missão do escalão considerado baliza as diretrizes de plane-
jamento de GE. Ao ser analisada a missão, deve-se ter atenção com as missões
deduzidas.
(b) Deve-se ter a completa compreensão das missões do escalão
superior considerado.
(2) Terreno - Deve ser estudado de forma a permitir que sejam levantados,
principalmente, os óbices ao estabelecimento dos diferentes sistemas e as
soluções necessárias para a implementação dos mesmos.
(3) Inimigo - Com relação ao inimigo, são relevantes as informações
estratégicas e táticas existentes em um banco de dados de referência desde o
tempo de paz, bem como as que abordem as atividades recentes e as suas
possibilidades de Com e GE.

6-7
6-6/6-8 C 34-1

(4) Meios
(a) Deve-se manter constantemente atualizadas as informações
sobre as necessidades e disponibilidades dos meios de GE, incluindo pessoal,
material e grau de adestramento.
(b) A compreensão exata da capacidade de GE permite o planeja-
mento preciso e o emprego judicioso dos meios disponíveis.
(5) Tempo - A estimativa de prazo disponível para planejamento e
instalação do Sistema de GE Tat deve ser conhecida pelo planejador.
(6) Espectro Eletromagnético - A utilização do espectro eletromagnético
por nossas forças e forças aliadas e as condições de propagação devem ser
conhecidas pelo planejador de GE Tat.

6-7. ETAPAS DO PLANEJAMENTO


Normalmente, o planejamento da GE Tat desenvolve-se da seguinte forma:
a. Estudo de Situação - 1ª fase;
b. Estudo de Situação - 2ª fase;
c. Confecção de documentos; e
d. Ordens aos elementos subordinados.

6-8. ESTUDO DE SITUAÇÃO - 1ª FASE


a. Finalidade
(1) O estudo de situação 1ª fase é realizado na ocasião em que são
elaboradas as linhas de ação (LAç) pelos elementos de Estado-Maior, visando ao
cumprimento da missão.
(2) Nesta fase, são levantadas idéias que permitam concluir sobre quais
as LAç que serão apoiadas pela GE em melhores condições e os principais
problemas ou restrições a cada LAç esboçada.
b. Aspectos a serem considerados
(1) Para se chegar às conclusões acima, são analisados os seguintes
aspectos de cada LAç:
(a) missão;
(b) situação;
(c) linhas de ação de GE;
(d) análise das linhas de ação opostas;
(e) comparação das nossas linhas de ação; e
(f) conclusão.
(2) O memento constante no Anexo “B” oferece uma orientação para a
elaboração do estudo de situação - 1ª fase.

6-8
C 34-1 6-9/6-10

6-9. ESTUDO DE SITUAÇÃO - 2ª FASE


a. Finalidade
O estudo de situação 2ª fase é realizado após o Cmt escolher a LAç a
ser adotada e tomar a sua decisão, que será consubstanciada verbalmente ou por
escrito, pela expedição da Ordem (ou Plano) de Operações.
b. Aspectos a serem considerados
(1) Para o apoio de GE às Op, os aspectos a seguir deverão ser levados
em consideração, adequando-os ao escalão de planejamento:
(a) levantamento das ligações necessárias;
(b) previsão de deslocamentos e faseamento da operação; e
(c) meios disponíveis e necessários.
(2) O estudo de situação - 2ª fase - está intrinsecamente ligado ao
planejamento tático das ações de GE. O memento constante no Anexo “C”
oferece um orientação para elaboração do estudo de situação 2ª fase.

6-10. RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


a. Generalidades
(1) Para que o sistema de GE possa ser estabelecido sem demora, a
Sseç GE realiza seus estudos de situação com oportunidade, em íntima ligação
com os membros do Estado-Maior do escalão considerado, e mantém-se
permanentemente informada do planejamento e da evolução dos acontecimentos.
Logo que tenha conhecimento das linhas gerais da operação planejada, a Sseç
GE coordena com a Unidade de GE a realização dos reconhecimentos necessá-
rios, tendo em vista elaborar um eficiente planejamento do emprego.
(2) O reconhecimento de GE é a operação que visa à obtenção de
informações de interesse para a GE. A quantidade de aspectos a levantar e dos
pormenores a verificar é condicionada pelo tempo disponível e pelas possibilida-
des do pessoal executante.
(3) O Planejamento do Reconhecimento de GE classifica-se em Geral e
Específico. A forma de reconhecimento a ser executada dependerá da fase do
estudo de situação.
b. Reconhecimento de GE durante o Estudo de Situação de 1ª Fase.
(1) Nesta etapa do planejamento, o reconhecimento de GE a ser
realizado é denominado Geral e tem como objetivo a obtenção de informações de
caráter geral da zona de ação do escalão considerado.
(2) Aspectos a serem observados:
(a) topografia (cobertas e abrigos, relevo, obstáculos, rede de
estradas, locais para sítios de antenas, etc.);
(b) recursos locais gerais (postes, torres, energia elétrica, etc.);
(c) recursos de comunicações (telefone, radioamadores, etc.);
(d) instalações civis; e
(e) possíveis locais para a instalação de postos de GE.

6-9
6-10/6-12 C 34-1

c. Reconhecimento de GE durante o Estudo de Situação de 2ª Fase.


(1) O Reconhecimento de GE realizado nesta etapa do planejamento é
denominado Específico. O reconhecimento específico visa a coletar informações
minuciosas sobre determinado sistema, instalação, atividade ou qualquer traba-
lho de comunicações e eletrônica.
(2) Aspectos a serem observados:
(a) locais para instalação de centros e postos de GE;
(b) locais para instalação dos sítios de antena; e
(c) itinerários para possíveis deslocamentos dos postos de GE.
d. Documentos a serem elaborados antes e após o Reconhecimento
de GE:
(1) Antes do Reconhecimento:
(a) Ordem de Reconhecimento (verbal ou escrita); e
(b) Plano de Reconhecimento.
(2) Após o Reconhecimento - Relatório de Reconhecimento, que pode ser
verbal ou escrito.

6-11. PARÁGRAFO 3º DA ORDEM DE OPERAÇÕES


a. Finalidade
O § 3º da OOp contém as ordens e instruções relativas à Guerra
Eletrônica para a operação em questão e que interessam aos elementos
subordinados em geral, nos quais a GE Tat estiver presente.
b. Aspectos a serem considerados
(1) É elaborado pelo E3, assessorado pela Sec Com GE.
(2) O § 3º da OOp contém as diretrizes gerais para o emprego das MAGE
e das MAE.
(3) As necessidades de ligação, reforço ou integração, bem como a
organização para o combate da OM de Guerra Eletrônica, também constarão do
§ 3º da OOp.

6-12. ANEXO DE GUERRA ELETRÔNICA À ORDEM DE OPERAÇÕES


a. Finalidade
(1) Detalhar a missão de GE, o conceito da operação e as missões
referentes às atividades de GE a serem cumpridas pelos elementos da força.
(2) Descrever como será realizado o emprego da GE durante a operação.
b. Aspectos a serem considerados
(1) É preparado pelo E3, com grande participação do E2 e da Sec Com
GE.
(2) Contém informações detalhadas sobre a Guerra Eletrônica e para
maior clareza e concisão, os pormenores serão descritos nos apêndices ao
anexo.
(3) Nos escalões DE e superiores, em princípio, o Anexo de Guerra
Eletrônica deverá sempre existir.

6-10
C 34-1 6-13/6-14

6-13. PLANO DE MEDIDAS DE ATAQUE ELETRÔNICO


a. Finalidade
O Plano de Medidas de Ataque Eletrócio (Pl MAE) é um documento
elaborado pela Sseç GE que tem a finalidade de regular as diretrizes para o
emprego dos meios de MAE.
b. Aspectos a serem considerados
(1) O Pl MAE deverá regular os objetivos que deverão ser alcançados por
meio do emprego das MAE.
(2) O Pl MAE serve de subsídio para que o Cmt da Cia GE elabore a
Missão de MAE.
(3) Quando uma ação de MAE não constante do Pl MAE se fizer
necessária, o E3, assessorado pela Sseç de GE, expedirá uma Autorização de
MAE.

6-14. PEDIDO DE BUSCA


a. Finalidade
O Pedido de Busca (PB) tem a finalidade de solicitar a uma unidade de
GE ou de Intlg Sin dados e conhecimentos necessários ao esclarecimento de fato
ou situação existente.
b. Aspectos a serem considerados
(1) O Pedido de Busca é expedido pelo E2, assessorado pela Sseç GE,
para atender as necessidades de inteligência do Esc Cnsd.
(2) O PB serve de subsídio para elaboração, na OM de GE, do Plano de
MAGE.

6-11
C 34-1

6-12
C 34-1

CAPÍTULO 7

GUERRA ELETRÔNICA EM APOIO ÀS OPERAÇÕES

ARTIGO I
INTRODUÇÃO

7-1. GENERALIDADES
a. Neste capítulo, procura-se acompanhar a mesma ordem das operações
ou ações militares constantes no Manual de Campanha C100-5 OPERAÇÕES,
3ª Edição, 1997.
b. Ressalta-se a necessidade da constante integração da Guerra Eletrônica
Tática com a Inteligência do Sinal em todos os níveis de comando, quer em
situação de paz, crise ou conflito.
c. No apoio às operações de movimento, o eficiente emprego dos meios de
GE instalados em plataformas terrestres ficará condicionado ao fator mobilidade
dos meios e proteção blindada, em particular para os sistemas de MAE.
d. As MAGE procurarão conduzir ao levantamento da Ordem de Batalha
Eletrônica do Inimigo (OBEI), contribuindo para revelar a Ordem de Batalha do
Inimigo (OBI).
e. Quando não empregados, os postos de MAE serão utilizados para
realizar MAGE, atendendo ao princípio da ampla utilização dos meios.
f. As ações de despistamento deverão estar inseridas ou previstas em
planos táticos ou operacionais de dissimulação.
g. A atividade de MAGE não se dedica exclusivamente à monitoração das
emissões inimigas, realizando também a fiscalização das próprias emissões,
contribuindo para a Segurança das Comunicações.

7-1
7-2/7-4 C 34-1

7-2. ATUAÇÃO INTEGRADA


A GE trabalha de forma integrada com todos os sistemas operacionais,
objetivando a busca conjunta de dados sobre os sistemas eletrônicos inimigos,
bem como a padronização dos procedimentos para proteção dos sistemas
próprios.

ARTIGO II
OPERAÇÕES OFENSIVAS

7-3. CONSIDERAÇÃO INICIAL


A doutrina da Força Terrestre preconiza o espírito ofensivo como sendo um
dos fatores decisivos para o êxito das operações. Mesmo durante as operações
defensivas, um comandante deve manter a iniciativa e a capacidade de empreen-
der ações ofensivas. A GE deverá, então, contribuir para a conquista e manuten-
ção desse espírito.

7-4. MARCHA PARA O COMBATE


a. Definição
A marcha para o combate é uma marcha tática na direção do inimigo,
com a finalidade de obter ou restabelecer o contato com o mesmo e/ou assegurar
vantagens para operações futuras.
b. Apoio de GE à Marcha para o Combate
(1) Por ser uma operação geralmente caracterizada pela carência de
dados sobre o inimigo, as MAGE assumem fundamental importância e são
empregadas, principalmente, para obter informações a respeito dos elementos de
1º escalão do inimigo o mais cedo possível.
(2) O desdobramento dos meios deve buscar um dispositivo bastante
flexível, a fim de permitir mudanças no planejamento inicial. O objetivo principal é
a proteção do grosso da força.
(3) Dessa forma, objetiva-se contribuir para a localização e identificação
dos principais elementos de comando e controle, de apoio de fogo e de
reconhecimento da força inimiga determinando, se possível, o valor e prováveis
direções de movimento. Os meios de MAGE ainda podem contribuir para prover
o alarme antecipado.
(4) Os meios de MAGE, quando instalados em plataformas aéreas, têm
a possibilidade de reconhecer em profundidade para determinar as possibilidades
e vulnerabilidades do 2º escalão inimigo. Além disso, proporcionam contínua
cobertura sobre largas frentes e nos flancos da força.
(5) O emprego das MAE é restrito, devido à limitada disponibilidade de
alvos e à necessidade de preservar a segurança das operações. Os meios de

7-2
C 34-1 7-4/7-6

MAE são empregados para realizar bloqueio apenas nos momentos críticos,
principalmente durante as ações para destruição de resistências inimigas, que
buscam o retardamento desnecessário do grosso.

7-5. RECONHECIMENTO EM FORÇA


a. Definição
O reconhecimento em força é uma operação de objetivo limitado,
executado por uma força ponderável, com a finalidade de revelar e testar o
dispositivo e o valor do inimigo ou obter outras informações.
b. Apoio de GE ao Reconhecimento em Força
(1) A dosagem dos meios de GE dependerá da necessidade de rapidez
na obtenção dos informes e da segurança do material de GE empregado. O apoio
de GE amplia a capacidade de reconhecimento da força engajada na missão.
(2) Os meios de MAGE procuram determinar o valor, as possibilidades,
a localização e o desdobramento da força inimiga. Os recursos sobre plataformas
terrestres, normalmente, concentram-se o mais à frente possível, enquanto os
meios sobre plataformas aéreas, por vigiarem em maior profundidade, procuram
definir tropas inimigas em apoio ou em condições de reforçar.
(3) Os meios de MAE são amplamente empregados para auxiliar a força
de reconhecimento no rompimento do contato. As MAE têm como alvo principal
as redes de comando e controle e de coordenação de apoio de fogo do inimigo.
(4) Dependendo da missão e do terreno, os meios de GE poderão prestar
o apoio de GE a uma distância maior do oponente.

7-6. ATAQUE
a. A finalidade do ataque é derrotar, destruir ou neutralizar o inimigo. A
diferença entre os tipos de ataque, de oportunidade e coordenado, reside no tempo
disponível para planejamento, coordenação e preparação antes da execução.
b. Apoio de GE ao Ataque de Oportunidade
(1) Pelo fato de o sucesso de um ataque de oportunidade estar calcado,
principalmente, na rapidez, iniciativa e manutenção da impulsão das ações, o
comandante da tropa que o realiza deverá dispor de informações precisas sobre
quando e onde conduzir o esforço principal.
(2) Nesse contexto, as MAGE deverão ter contribuído para identificar
aspectos vulneráveis da força inimiga e continuarão fornecendo informações,
prioritariamente, sobre tropas ECD reforçar, apoio de fogo e possíveis reajustes
do dispositivo inimigo. Para isso, terão como alvos principais as redes de comando
e controle e de coordenação do apoio de fogo.
(3) As MAE terão fundamental importância ao contribuirem para degradar
o comando e controle, o apoio de fogo e para dificultar a obtenção de informações
pelo inimigo sobre a realização do ataque. A ação de bloqueio, integrada ao fogo
e à manobra, contribuirá para a manutenção da impulsão e da iniciativa no ataque
de oportunidade.

7-3
7-6 C 34-1

c. Apoio de GE ao Ataque Coordenado


(1) O ataque coordenado exige um estudo de situação completo,
planejamento minucioso, coordenação e avaliação tática constantes. Desse
modo, necessita de um grande número de informações. A GE deverá contribuir
para a obtenção desses dados, que poderão estar relacionados à (ao):
(a) maneira pela qual o sistema defensivo inimigo está organizado;
(b) valor e posicionamento da reserva, das forças de contra-ataque e
a ocasião do seu deslocamento;
(c) posicionamento da artilharia;
(d) posicionamento dos meios de reconhecimento e de GE inimigos; e
(e) Comando e Controle inimigos.
(2) Durante a fase do planejamento e da preparação, os recursos de GE
devem estar desdobrados, visando apoiar ao ataque principal.
(3) O ataque coordenado é a operação em que as ações de MAGE
atingem sua plenitude, sendo realizado um minucioso planejamento para melhor
aproveitamento do tempo disponível e o levantamento da maior quantidade
possível de dados sobre o oponente, buscando responder aos Pedidos de Busca
do Esc Ap.
(4) Os meios de MAGE são empregados contra alvos inimigos localiza-
dos nas áreas de segurança e de defesa avançada e têm como missão principal
obter informes sobre as redes de comando, controle e de reconhecimento do
inimigo. Procuram, ainda, localizar e identificar os emissores de Com e de NCom
associados aos sistemas de armas específicos.
(5) Os meios de MAE devem ser mantidos sob cerrado controle e estar
dispersos, de modo a não revelar a localização das concentrações de tropas.
Contudo, durante esta fase da operação, redes de informações e de reconheci-
mento do inimigo podem, após minucioso estudo, ser seletivamente bloqueadas.
O bloqueio nas redes de comando e controle deve ser evitado nesta fase, uma vez
que poderia forçar o inimigo a empregar rotas ou meios alternativos de comunica-
ções, ou revelar nossas possibilidades de GE.
(6) Durante a fase da execução e consolidação da posse do objetivo:
(a) os meios de MAE podem se deslocar com a força atacante,
proporcionando apoio contínuo. As MAE, integradas à manobra e ao emprego do
fogo, aumentam consideravelmente o poder de combate, retardando o ciclo de
tomada de decisão do oponente, ao serem dirigidas contra as redes de comando
e controle, de apoio de fogo da força inimiga, sistemas de armas e redes de suporte
ao apoio logístico. Os meios de MAE podem ser utilizados a partir da preparação
de fogos, de acordo com o previsto no Pl MAE do Esc Ap; e
(b) os meios de MAGE contribuem para a manutenção de um quadro
atualizado da situação do inimigo, podendo localizar posições de artilharia, a
reserva e forças inimigas em condições de reforçar, com atenção especial para
unidades blindadas e mecanizadas.

7-4
C 34-1 7-7/7-8

7-7. APROVEITAMENTO DO ÊXITO E PERSEGUIÇÃO


a. O aproveitamento do êxito caracteriza-se por um avanço rápido e
contínuo das forças amigas, com a finalidade de ampliar as vantagens obtidas no
ataque, por meio da conquista de objetivos profundos na retaguarda do oponente
e da destruição da força inimiga.
b. A perseguição ocorre, em situações normais, logo em seguida ao
aproveitamento do êxito, diferindo desse pela missão principal, que é a de
completar a destruição da força inimiga que tenta fugir ou está em processo de
desengajamento.
c. Apoio de GE ao Aproveitamento do Êxito e à Perseguição
(1) As MAE são muito importantes na condução do aproveitamento do
êxito e da perseguição, prioritariamente, as redes de comando e controle e os
meios de NCom associados a sistemas de armas serão as seus alvos, contribu-
indo para impedir a reorganização e reajustes do dispositivo da tropa inimiga.
Normalmente, deslocam-se junto com as forças de aproveitamento do êxito e de
pressão direta.
(2) No aproveitamento do êxito, a prioridade dos trabalhos do sistema de
GE deve ser orientada, principalmente, para o ataque eletrônico do sistema de
comando e controle, na identificação e localização de forças de apoio e de forças
capazes de contra-atacar ou de estabelecer novas defesas.
(3) Na perseguição, as ações de GE devem objetivar, principalmente, o
ataque eletrônico aos sistemas de comando e controle dos bolsões remanescen-
tes da resistência inimiga, contribuindo para negar-lhes a continuidade da fuga,
retirada ou do retraimento.
(4) Tanto no aproveitamento do êxito quanto na perseguição, os meios de
GE devem possuir mobilidade igual ou superior à da força apoiada.
(5) Por serem operações caracterizadas pelo dinamismo das ações, o
apoio de GE em plataformas aéreas cresce em importância.

7-8. COMBATE DE ENCONTRO


a. O combate de encontro é a ação que ocorre quando uma força em
deslocamento, ainda não completamente desdobrada para a batalha, engaja-se
com uma força inimiga, em movimento ou parada, sobre a qual se dispõe de
poucas informações. Pode ocorrer, especialmente, durante operações dinâmi-
cas.
b. Apoio de GE ao Combate de Encontro
(1) Pelo fato de o combate de encontro ser, normalmente, antecedido por
operações de natureza dinâmica, o emprego dos meios de GE em plataformas
aéreas é fundamental. Dependendo das ações subseqüentes, o emprego dos
meios de GE em plataformas terrestres terá uma intensidade variável com a
situação.

7-5
7-8/7-10 C 34-1

(2) Devido à pequena quantidade de informações sobre o inimigo, as


MAGE assumem fundamental importância, auxiliando o comandante da força na
escolha da linha de ação a ser executada, que poderá ser de natureza ofensiva
ou defensiva.
(3) O emprego das MAE ficará condicionado à linha de ação adotada pelo
comandante.

7-9. INCURSÃO
a. A incursão é uma ação ofensiva, normalmente de pequena escala,
compreendendo uma rápida penetração em área sob o controle do inimigo, o
cumprimento da missão e o retorno às posições amigas.
b. Apoio de GE à Incursão
(1) Devido à grande necessidade de informações com vistas à escolha
dos melhores itinerários para a Força Incursora (F Inc), as MAGE são de suma
importância por contribuírem para o levantamento da localização de tropas
inimigas que possam dificultar ou impedir o cumprimento da missão.
(2) A ação de bloqueio poderá ser desencadeada, caso haja a quebra do
sigilo da operação, a fim de facilitar o retraimento planejado da F Inc, atuando sobre
as redes de comando e controle e sobre os meios de N Com do inimigo.
(3) As ações de dissimulação poderão contribuir para ocultar as inten-
ções da F Inc e confundir o inimigo acerca do itinerário escolhido pela mesma.

7-10. DISSIMULAÇÃO TÁTICA


a. A dissimulação tática é empregada para induzir o inimigo a levantar de
forma incorreta ou incompleta o dispositivo das tropas amigas, suas possibilida-
des e intenções, de tal forma que reaja da forma preestabelecida específica, que
lhe seja desvantajosa.
b. O plano de dissimulação tática é parte integrante do planejamento
operacional. Um dos seus anexos é o Plano de Despistamento Eletrônico, cujo
objetivo é regular procedimentos e ações a serem realizadas.
c. Normalmente, a execução do despistamento eletrônico manipulativo é de
responsabilidade de elementos de comunicações designados para esta missão.
d. Apoio de GE à Dissimulação Tática
(1) As ações de GE devem estar previstas em planos de dissimulação
tática da força, de acordo com a situação e objetivos pretendidos.
(2) As MAGE poderão monitorar as redes inimigas, priorizando as de
comando e controle, com vistas a contribuir para identificar se as ações de
dissimulação tática surtiram o efeito desejado.

7-6
C 34-1 7-11/7-13

7-11. ATAQUE NOTURNO E SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE LIMITADA


a. Em princípio, o Ap GE a esse tipo de operação será o mesmo
preconizado no item 7-6. ATAQUE. Entretanto, deverão ser observadas normas
mais rígidas quanto à disciplina de ruídos, aos deslocamentos e à segurança das
plataformas de GE.
b. Cresce em importância o trabalho de GE na obtenção de informações
sobre o inimigo devido às limitações impostas pela pouca visibilidade às outras
fontes de informes.

ARTIGO III

OPERAÇÕES DEFENSIVAS

7-12. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. As operações defensivas têm por finalidade conter, repelir ou destruir
forças inimigas atacantes.
b. A defesa deve ser considerada como uma atitude temporária até que se
possa retomar a ofensiva. O Ap GE contribuirá, então, para que as forças amigas
reconquistem a iniciativa do combate.

7-13. DEFESA EM POSIÇÃO


a. Definição
Na defesa em posição, uma força procura contrapor-se à força inimiga
atacante numa área organizada em largura e em profundidade e ocupada - total
ou parcialmente - por todos os meios disponíveis.
b. Apoio de GE na Defesa Móvel
(1) Na defesa móvel, o comandante busca uma combinação de ações
ofensivas, defensivas e de retardamento com o objetivo de destruir o oponente.
(2) O apoio de GE se fará necessário para buscar informações e auxiliar
na desorganização do inimigo quando da realização de ataques com o objetivo de
recuperar a ofensiva. Deve-se atender o princípio da flexibilidade em prioridade.
(3) Os meios de MAGE são desdobrados em uma frente ampla, com a
finalidade de levantar informações sobre as posições do oponente, a fim de orientar
o emprego da forças em reservas ou de um possível contra-ataque.
(4) Os meios de MAE deverão apoiar as forças ofensivas, com o objetivo
de desorganizar e retardar o ciclo de tomada de decisão do oponente.
(5) O emprego de VANT é fundamental para coletar dados e desorganizar
o ataque do oponente, caso dotado de meios MAE.
(6) Os meios que forem empregados junto às forças ofensivas deverão
possuir mobilidade igual ou superior da força apoiada e entrar e sair rapidamente
de posição.

7-7
7-13/7-14 C 34-1

c. Apoio de GE na Defesa de Área


(1) Na defesa de área, o comandante busca manter ou controlar
determinada região, por determinado tempo.
(2) Os meios de GE são desdobrados em profundidade para proporcionar
flexibilidade e integração com a manobra. Os recursos são desdobrados em toda
a área de defesa para atender às necessidades da operação. Normalmente, o
controle é centralizado.
(3) Os meios de MAGE e de MAE concentram-se no ataque principal do
inimigo, a fim de aumentar o poder de combate do defensor. Atuam sobre os
sistemas de comando e controle, apoio de fogo e outros elementos da força
inimiga.
(4) Os recursos de MAGE, associados a outros sensores, poderão prover
o alerta antecipado sobre a aproximação do inimigo. Essa informação será
particularmente útil para permitir, de forma precisa, a aplicação máxima do poder
de combate.
(5) O desdobramento dos postos de MAE deve ser feito de modo a
atender tanto à ação defensiva como a uma possível ação ofensiva.

7-14. MOVIMENTOS RETRÓGRADOS


a. Definição
Movimento retrógrado é qualquer movimento tático organizado e execu-
tado por uma força para a retaguarda ou para longe do inimigo, seja forçado por
este, seja voluntariamente, como parte de um esquema geral de manobra.
b. Apoio de GE aos Movimentos Retrógrados
(1) Nos movimentos retrógrados, há aumento considerável das atividades
de GE, particularmente das MAGE. Os comandantes, quando conduzem este
tipo de operação, necessitam de informações precisas e oportunas, a fim de que
sejam tomadas decisões corretas nos momentos adequados.
(2) O sistema de GE contribui para destruir ou degradar os principais
enlaces do sistema comando e controle do inimigo durante os períodos críticos
da operação, isto é, quando as forças inimigas param, na tentativa de desdobra-
rem-se no terreno. A destruição ou degradação dos principais enlaces do inimigo,
durante esse período, retarda o desdobramento e a manobra da força atacante.
(3) Procedimentos são também realizados para impedir que o inimigo
saiba onde e quando o desengajamento irá ocorrer, valorizando as ações de MAE.
(4) Os meios de GE são desdobrados o mais à frente possível e à
retaguarda dos elementos de combate que realizam o movimento retrógrado.
Buscam atuar tão logo possível, evitando interferir nas ações da força.
(5) Por serem operações dinâmicas, ressalta-se a importância dos meios
de GE em plataformas aéreas.
c. Apoio de GE no Retraimento sem Pressão
(1) Os recursos de GE apóiam um retraimento sem pressão, proporcio-
nando apoio contínuo aos destacamentos de segurança em contato com o
inimigo. Esses recursos, em dosagem compatível com os destacamentos

7-8
C 34-1 7-14

apoiados, permanecem em posição, levantando informações por intermédio das


MAGE.
(2) As MAGE contribuirão para definir o valor, tipo e a composição das
forças inimigas, bem como revelar suas intenções, proporcionando maior segu-
rança aos destacamentos em contato.
(3) As MAE contribuem para mascarar o retraimento do grosso e o
desengajamento das forças em contato.
(4) Os recursos de GE que não permanecem em apoio aos destacamen-
tos de segurança deslocam-se com o grosso para a retaguarda.
d. Apoio de GE no Retraimento Sob Pressão
(1) Elementos de GE apóiam o retraimento de uma força sob pressão do
inimigo pelas ações de bloqueio, executadas nas suas redes de comando e
controle, para que lhe causem o máximo de retardamento possível.
(2) O deslocamento e as operações da força que retrai são semelhantes
aos de uma força executando uma ação retardadora em posições alternadas.
Desse modo, o apoio de GE a uma força que executa um retraimento sob pressão
do inimigo também é similar ao apoio prestado à força que executa uma ação
retardadora em posições alternadas.
(3) Os recursos de GE devem agir em proveito direto da força que retrai
sob pressão, devido à necessidade imediata de aplicação dos dados obtidos pela
GE.
e. Apoio de GE à Ação Retardadora em Posições Sucessivas
(1) Os recursos de GE apóiam as forças de retardamento que mantém
o contato com o inimigo, de modo de que possam oferecer resistência suficiente,
evitar a infiltração e, ainda, forçar o inimigo a se desdobrar para atacar,
contribuindo para sua perda de tempo em cada posição retardadora.
(2) As ações de MAGE contribuirão para levantar alvos compensadores
do inimigo e acompanhar os deslocamentos das forças, a fim de que seja
determinado por onde e quando, provavelmente, abordarão a posição inicial de
retardamento.
(3) Esse processo continua nas posições de retardamento seguintes, até
que o inimigo seja detido e as forças amigas possam retomar a iniciativa. O apoio
de GE às forças de retardamento multiplica o seu poder de combate, fazendo com
que possam ganhar mais tempo em cada posição.
(4) Os meios de MAE, particularmente os bloqueadores, desdobram-se
o mais à frente possível e à retaguarda dos elementos de combate que estejam
conduzindo a ação retardadora.
(5) Ações de despistamento poderão ser realizadas com a finalidade de
ocultar a real composição e o valor da força que realiza a ação retardadora.
f. Apoio de GE à Ação Retardadora em Posição Alternada
(1) Os meios de GE são desdobrados na PIR e na P2 apoiando, em
princípio, prioritariamente as forças que ocupam essas posições. As forças
posicionadas na PIR obrigam o inimigo a se desdobrar prematuramente, contando
com os recursos de GE. Após o desengajamento, forças continuam a retardar o

7-9
7-14/7-16 C 34-1

inimigo entre a PIR e a P2, fazendo largo uso das MAGE e MAE. Depois de
retraírem através da P2, prosseguem para a P3, a fim de prepará-la e ocupá-la.
(2) As forças da P2, apoiadas por recursos de GE, assumem a
responsabilidade de retardar o inimigo da mesma forma que a força da PIR, que
irá, posteriormente, preparar e ocupar uma outra posição de retardamento.
g. Apoio de GE à Retirada
(1) Os meios de MAGE deverão buscar informações, de modo a promover
o alerta antecipado de possíveis ataques, incursões aeromóveis e aeroterrestres
e fogos de longo alcance desencadeados pelo inimigo.
(2) Os meio de MAE somente serão empregados caso a força de retirada
seja obrigada a combater, sendo utilizados para dificultar a coordenação e
controle de um eventual ataque inimigo.
(3) As MPE devem ser empregadas com a finalidade de se obter o
máximo de segurança, de modo a evitar engajamento das forças amigas.

ARTIGO IV

AÇÕES COMUNS ÀS OPERAÇÕES BÁSICAS

7-15. DEFINIÇÃO
As ações comuns às operações básicas correspondem àquelas ações que
são realizadas com grau de intensidade variável no decorrer das operações
ofensivas e defensivas.

7-16. AÇÕES DE RECONHECIMENTO, VIGILÂNCIA DE COMBATE E SEGU-


RANÇA
a. São ações presentes em quase todas as operações e caracterizam-se
pela grande necessidade de obtenção de informes e dados e sigilo com vistas à
proteção da força.
b. O reconhecimento e a segurança completam-se mutuamente e não
podem ser separados facilmente. Por sua vez, a vigilância de combate faz parte
da segurança de qualquer unidade e, por esse motivo, poderá estar relacionada
às ações de reconhecimento.
c. Apoio de GE às ações de Reconhecimento, Vigilância de Combate
e Segurança
(1) Diante do desconhecimento sobre quando o inimigo irá realizar ações
contra nossas forças, as MAGE são valorizadas por:
(a) contribuir para proporcionar o alerta antecipado;
(b) determinar por onde e quando será o contato com o inimigo;
(c) proporcionar economia de meios; e

7-10
C 34-1 7-16/7-18

(d) determinar as prováveis vias de acesso que serão utilizadas.


(2) As MAE são úteis, quando se busca abandonar o dispositivo de
expectativa, seja para a realização de operações ofensivas ou para a ruptura do
contato com o inimigo.
(3) Em operações dessa natureza, os meios em plataformas aéreas
permitem aprofundar a vigilância, cobrir maiores áreas e, no caso de envolverem
ações dinâmicas, manter a continuidade da vigilância das plataformas terrestres.

7-17. SUBSTITUIÇÃO DE UNIDADES DE COMBATE


a. Quando as operações táticas se estenderem por períodos prolongados,
será necessária a substituição periódica das unidades empregadas, que poderá
ser realizada por meio da substituição em posição, da ultrapassagem ou do
acolhimento.
b. O Apoio de GE à substituição de unidades de combate
(1) As MAGE contribuem para prover o alerta antecipado, reduzindo a
vulnerabilidade às forças inimigas que estejam em condições de atacar. Além
disso, as MAGE contribuirão para definir o melhor momento em que deve ser
realizada a operação de substituição.
(2) As MAE contribuirão para a manutenção da fisionomia da frente,
buscando negar ao inimigo a caracterização da operação de substituição das
unidades de combate. Também deverão ser empregadas caso a operação de
substituição seja descoberta pelo inimigo, dentro do contexto de operações
subseqüentes.

7-18. SEGURANÇA DA ÁREA DE RETAGUARDA (SEGAR)


a. A maior letalidade dos sistemas de armas, os grandes intervalos entre
as forças, o combate não linear e as ações em profundidade impõem medidas
mais rígidas referentes à segurança da área de retaguarda, que abrangem os
conceitos de defesa de área de retaguarda e controle de danos.
b. O Ap GE à Segurança da Área de Retaguarda
(1) Além do que foi mencionado no item 7-17, por intermédio das MAGE
poderão ser monitoradas, seletivamente, redes amigas com o objetivo de fiscalizar
procedimentos de MPE.
(2) O bloqueio, caso necessário, deve ser realizado de forma a não
degradar as transmissões de interesse.
(3) Especiais medidas de segurança devem ser implementadas na
defesa das plataformas de GE Tat, caso estejam posicionadas afastadas das
unidades de combate.

7-11
7-19/7-21 C 34-1

ARTIGO V
OPERAÇÕES COMPLEMENTARES

7-19. CONSIDERAÇÃO INICIAL


As operações complementares são destinadas a apoiar às operações
básicas e contribuir para o aumento e a aplicação do poder de combate.

7-20. JUNÇÃO
A junção é caracterizada pela ação de duas forças terrestres amigas que
buscam o contato físico. Pode envolver duas forças móveis, ou uma móvel e outra
estacionária.
a. Apoio de GE à Operação de Junção
(1) Nesta operação, as MAGE são bastante valorizadas por contribuírem
para a localização ou a determinação da direção de movimento das forças
inimigas. Auxiliarão também no alerta antecipado quanto à aproximação de F Ini
capazes de oferecer resistência ou impedir a realização da junção. Isso é
particularmente importante no caso de uma das forças envolvidas na junção ser
estacionária.
(2) Quando não empregados como tal, os meios de MAE poderão realizar
MAGE. A ação de bloqueio deve ser minuciosamente planejada, devido ao risco
de causar confusão às medidas de coordenação e controle entre as forças
envolvidas.
(3) Ações de despistamento eletrônico procurarão iludir o inimigo quanto
à localização e às intenções do comando responsável pela operação de junção.
(4) É imperioso o conhecimento de indicativos, freqüências e procedi-
mentos de comunicações das forças de junção pelos elementos de GE.

7-21. OPERAÇÕES CONTRA DESEMBARQUE ANFÍBIO


a. As operações de defesa contra desembarque anfíbio são, normalmente,
operações conjuntas ou combinadas, podendo envolver forças navais, terrestres
e aéreas.
b. Apoio de GE às Operações contra Desembarque Anfíbio
(1) Devido à diversidade de meios envolvidos, a utilização do espectro
eletromagnético deve seguir normas rígidas de controle e coordenação, previstas
em documentos emitidos por Estados-Maiores conjuntos ou combinados.
(2) As MAGE deverão fazer parte de um sistema de vigilância já instalado,
com vistas a fornecer o alerta antecipado da aproximação inimiga, seja como força
de desembarque ou força de infiltração.
(3) Caso já tenha sido estabelecida a cabeça-de-praia, a GE deverá estar
em condições de apoiar um contra-ataque.

7-12
C 34-1 7-21/7-24

(4) A ação de bloqueio visa degradar os sistemas de comando e controle,


prejudicando a coordenação da operação de desembarque e a continuidade do
apoio de fogo aéreo ou naval inimigo.
(5) Ações de despistamento eletrônico da força defensora deverão estar
inseridas em plano de dissimulação tática ou estratégica, objetivando iludir o
inimigo quanto à verdadeira localização e direção de movimento das tropas ECD
repelir o ataque anfíbio.

7-22. OPERAÇÕES CONTRA FORÇAS AEROTERRESTRES E AEROMÓVEIS


a. Os meios de MAGE são empregados o mais cedo possível, com a
finalidade de realizar o alerta antecipado. Também podem ser utilizadas para
localizar a força de junção, os pontos de reunião e o inimigo durante o
deslocamento aéreo.
b. As MAE devem ser empregadas durante o desembarque das tropas e por
ocasião do ataque desferido contra o inimigo instalado na cabeça de ponte aérea,
visando a dificultar o comando e controle e as ligações com o escalão superior.
c. Para evitar que o inimigo conheça o valor das forças amigas e as ações
que serão desencadeadas contra o ataque aeroterrestre ou aeromóvel, as MPE
devem ser adotadas com rigor.

ARTIGO VI
OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS DE AMBIENTE

7-23. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. As operações sob condições especiais de ambiente ocorrem quando o
combate é travado sob condições climáticas altamente desfavoráveis, ou em
terrenos difíceis. Em certas circunstâncias, podem ser necessários equipamen-
tos adicionais ou treinamento especializado.
b. As fontes de alimentação deverão ter características especiais para
garantir maior autonomia de operação aos equipamentos eletrônicos.

7-24. OPERAÇÕES EM MONTANHA


a. Considerações doutrinárias.
(1) As montanhas compartimentam as operações militares, dificultando
o apoio mútuo e descentralizando as ações;
(2) As operações em montanha exigem equipamento e treinamento
especiais. Os terrenos montanhosos retardam e restringem a mobilidade,
reduzem os efeitos do fogo e tornam difíceis as comunicações e os suprimentos;
(3) Dentro das condições impostas pelas grandes altitudes, meios

7-13
7-24/7-25 C 34-1

aéreos serão de grande valia em apoio a essas operações; e


(4) As regiões montanhosas caracterizam-se por mudanças rápidas e
extremas de temperatura, acompanhadas por neblina, chuva e neve.
b. Apoio de GE às Operações em Montanha
(1) As MAGE buscarão identificar os emissores de não-comunicações,
principalmente os associados aos sistemas de armas do oponente. Deverão,
ainda, localizar os emissores de comunicações em VHF/UHF que operam no
interior dos compartimentos do terreno e os retransmissores de comunicações,
muito empregados nas operações em montanha, contribuindo para prover segu-
rança e alarme antecipado.
(2) Quando os meios de MAGE não portáteis forem empregados e não
houver acesso para viaturas, eles devem ser helitransportados para os locais de
desdobramento.
(3) Avulta a importância do emprego dos meios de MAGE e MAE
instalados em plataformas aéreas, desde que as condições meteorológicas o
permitam.
(4) Dependendo da natureza da operação em montanhas - ofensiva ou
defensiva - o apoio de GE terá características peculiares, condicionadas pelo
terreno.

7-25. OPERAÇÕES RIBEIRINHAS


a. Considerações doutrinárias
(1) Operações ribeirinhas são aquelas levadas a efeito em águas
interiores, em áreas terrestres a elas adjacentes e em regiões ribeirinhas por
forças militares que podem empregar, de maneira combinada, meios da Força
Naval, da Força Terrestre e da Força Aérea.
(2) As operações ribeirinhas poderão ser desenvolvidas em regiões de
selva ou de pântanos. Em ambos os casos, os meios eletrônicos utilizados
deverão dispor de maior proteção contra a umidade.
b. Apoio de GE às Operações Ribeirinhas
(1) Haverá amplo emprego das MAGE, na fase de aprestamento e
embarque e durante o deslocamento da força ribeirinha da área de embarque até
a área de operações, com o objetivo de buscar localizar forças inimigas em
condições de infiltrar ou realizar emboscadas.
(2) Os meios de MAE, principalmente os bloqueadores, são amplamente
empregados durante o assalto ribeirinho. Os bloqueadores devem atuar nas redes
de comando e controle, de apoio de fogo do inimigo, de modo a retardar ao máximo
a progressão e dificultar a coordenação de seus fogos.
(3) Os meios de GE em plataformas terrestres é limitado devido à (ao):
(a) falta de segurança para as equipes, em virtude da facilidade de
infiltração do inimigo;
(b) dificuldade de obtenção de uma linha-base para o desdobramento
dos equipamentos; e

7-14
C 34-1 7-25/7-26

(c) alcance reduzido dos equipamentos de localização eletrônica nas


faixas de VHF/UHF e de não-comunicações.
(4) O emprego de plataformas aéreas, com meios de MAGE e MAE,
integrados com os meios embarcados em chatas ou barcos, irá possibilitar um
apoio adequado de GE à força.

7-26. OPERAÇÕES NA SELVA


a. Considerações doutrinárias
(1) Constituem um conjunto de todas ou algumas das seguintes opera-
ções: operações ribeirinhas, operações aeromóveis, operações aeroterrestres e
operações contra forças irregulares, levadas a efeito em área operacional
predominantemente coberta pela floresta tropical úmida, englobando não só o
interior da floresta, como também toda a malha hidrográfica.
(2) A grande descentralização das operações, o predomínio das ações
de escalões até subunidade e as grandes distâncias entre as peças de manobra
determinarão restrições ao apoio padronizado de GE.
(3) A circulação está condicionada ao aproveitamento da extensa malha
fluvial e das poucas rodovias ou ferrovias existentes.
(4) Os meios eletrônicos utilizados deverão dispor de melhor proteção
contra umidade e de maior suplementação de fontes de alimentação.
b. Apoio de GE às Operações em Selva
(1) Os equipamentos empregados devem ser portáteis e rústicos para
acompanhar, se for o caso, as unidades de combate através da selva. A seleção
do tipo de plataforma, flutuante, terrestre ou aérea, dependerá das vias de
transporte existentes e da superioridade aérea vigente.
(2) Deverá ocorrer maior necessidade das informações obtidas em tempo
de paz e do apoio da Inteligência do Sinal. O apoio mais cerrado dos meios
instalados nas aeronaves da Força Aérea poderá ser fundamental às operações
táticas.
(3) Em face da dificuldade de obtenção de informes sobre o inimigo,
aumenta a importância das informações disponibilizadas pela GE Tat para a
decisão do comandante tático durante o planejamento e condução da operação.
(4) Deverá haver maior ênfase das MAGE sobre a faixa de HF, o que levará
a localizações eletrônicas menos precisas.
(5) O uso de bloqueadores é pouco eficiente, devido à grande a absorção
das ondas eletromagnéticas pela densa vegetação.
(6) Em HF, somente se conseguirão resultados satisfatórios nas situa-
ções que envolvam pequenas distâncias entre os bloqueadores e receptores-
alvos, ou quando aqueles utilizam potências mais elevadas.

7-15
7-27/7-28 C 34-1

ARTIGO VII
OPERAÇÕES COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

7-27. CONSIDERAÇÃO INICIAL


As operações com características especiais correspondem àquelas que,
por sua natureza e características da área de operações, exigem cuidados
especiais em seu planejamento e execução, ou ênfase particular sobre outras
considerações relativas às técnicas, à tática ou ao material empregado.

7-28. OPERAÇÕES AEROTERRESTRES E AEROMÓVEIS


a. Considerações doutrinárias
(1) Operação aeroterrestre é aquela que envolve o movimento aéreo e a
introdução, numa área de objetivo, de forças de combate e dos respectivos apoios,
para a execução de missão tática ou estratégica. Compreende, normalmente,
unidades de transporte de tropa da Força Aérea e unidades terrestres (pára-
quedistas e/ou aerotransportadas).
(2) O planejamento, a preparação e a execução de uma operação
aeroterrestre desenvolvem-se em quatro fases: montagem, movimento aéreo,
assalto e operações subseqüentes.
(3) Operação aeromóvel é aquela em que forças de combate deslocam-
se em aeronaves de asa rotativa, sob o controle do comandante da força terrestre,
para engajar-se no combate terrestre. É executada por Forças Tarefas Aeromóveis,
constituídas por tropas de combate, normalmente de infantaria leve, e as unidades
da Aviação do Exército.
(4) A principal operação aeromóvel é o assalto aeromóvel, cuja execução
é desdobrada em cinco fases: aprestamento, embarque, movimento aéreo,
desembarque e operação terrestre.
b. Apoio de GE às Operações Aeroterrestres e Aeromóveis
(1) Devido à natureza das operações aeroterrestres e aeromóveis e à
similaridade de suas fases de execução, o apoio de GE será descrito de maneira
comum a ambas.
(2) O grau de eficácia do apoio dependerá, dentre outros fatores, dos
meios de GE instalados nas aeronaves ou conduzidos para as operações em área
inimiga e das distâncias até os objetivos estabelecidos.
(3) Vale ressaltar a prevalência do apoio de GE proporcionada pelos
meios instalados em plataformas aéreas, pois o apoio de plataformas terrestres
poderá ser, na maioria dos casos, restrito ou impossível de ser realizado.
(4) O Sistema Tático de Guerra Eletrônica (SITAGE), alimentado com as
informações obtidas em situação de normalidade, fornece subsídios para o
planejamento de rotas mais seguras para o movimento aéreo.
(5) A força responsável pelo transporte aéreo (Elm FAB ou Av Ex) deverá
planejar o emprego de seus meios de GE para a autoproteção das aeronaves.

7-16
C 34-1 7-28/7-29

(6) O apoio de GE às operações aeroterrestres e aeromóveis pode ser


dividido em:
(a) Fase de montagem/aprestamento e embarque:
1) Amplo emprego das MAGE para complementar os dados
obtidos anteriormente, ratificando ou retificando as rotas do movimento aéreo e
locais escolhidos para as zonas de lançamento ou desembarque.
2) Emprego restrito de MAE, tendo em vista a segurança da
operação.
(b) Fase de movimento aéreo (Mvt Ae):
1) Amplo emprego das MAE com a finalidade de causar confusão
e dúvida sobre os reais objetivos da operação.
2) Amplo emprego das MAGE, com vistas ao acompanhamento
dos movimentos das tropas inimigas, com possibilidades de provocar o cancela-
mento da operação.
(c) Fase de assalto/desembarque:
1) Amplo emprego das MAGE no acompanhamento dos desloca-
mentos das forças inimigas, particularmente das unidades blindadas ou mecani-
zadas.
2) Mantêm-se as MAE para dificultar ou mesmo impedir o
emprego, principalmente, das unidades blindadas e mecanizadas do inimigo.
(d) Fase das operações subseqüentes/terrestres:
1) Poderão ser transportados meios adicionais de MAGE e MAE
para o interior da cabeça de ponte com vistas ao melhor apoio cerrado de GE.
2) As operações previstas nessa fase podem caracterizar opera-
ções ofensivas, defensivas, de junção e outras. O apoio de GE deverá, então, ser
previsto de acordo com as particularidades descritas neste manual para cada uma
dessas operações.

7-29. OPERAÇÕES DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSO DE ÁGUA


a. Considerações doutrinárias
(1) A transposição de um curso de água obstáculo comporta, normalmen-
te, a conquista e a manutenção de uma cabeça-de-ponte, constituindo-se numa
etapa para o prosseguimento das ações.
(2) Pode ser de natureza ofensiva ou ocorrer durante a realização de
movimentos retrógrados. Neste caso, o domínio da outra margem por tropa amiga
torna-se imprescindível para o sucesso da operação.
b. Apoio de GE às Operações de Transposição de Curso de Água de
Natureza Ofensiva
(1) O apoio de GE Tat às operações de Transposição de Curso d’água
será, a princípio, prestado na modalidade de Apoio ao Conjunto de GE.
(2) Na fase do planejamento, as MAGE exercem um fator preponderante,
quer proporcionando informações sobre o inimigo na segunda margem, quer
auxiliando o comandante da força na decisão da escolha do tipo de transposição
a ser executada, quer na seleção das regiões mais favoráveis à travessia. Especial

7-17
7-29/7-30 C 34-1

atenção deve ser dada à probabilidade de o inimigo executar uma defesa móvel
na segunda margem. Meios de GE em plataformas aéreas devem ser empregados
para aprofundar a vigilância e permitir a continuidade do apoio.
(3) Na fase do avanço para o curso de água, os recursos de MAGE
continuam a obter informações sobre o inimigo na segunda margem. Ações de
dissimulação eletrônica buscam iludir o inimigo sobre as reais intenções das
forças amigas, principalmente quanto ao principal local da travessia. As MAE
visam a mascarar os movimentos das forças amigas, bem como os preparativos,
atacando, principalmente, os meios de vigilância eletrônica inimigos.
(4) Na fase do assalto, os recursos de MAGE, principalmente os
instalados em plataformas aéreas, cumprem missões específicas ligadas às
forças inimigas em reserva, inclusive seu acompanhamento ao sistema de apoio
de fogo, os radares de vigilância e às redes de comando e controle da força inimiga.
As ações de bloqueio ganham vulto e visam desarticular, principalmente, os
sistemas de armas e as redes de comando e controle, impedindo ou dificultando
a movimentação da força em reserva e o desencadeamento do apoio de fogo.
Ações de dissimulação eletrônica devem ser previstas com o intuito de causar
confusão nas redes de comunicações inimigas.
(5) Durante o estabelecimento da cabeça-de-ponte (C Pnt), os recursos
de GE são empregados para localizar, acompanhar e dificultar o emprego de
forças inimigas que possam realizar um contra-ataque. Após a consolidação da
C Pnt, os meios de GE seguirão para a segunda margem, de forma escalonada,
permitindo a continuidade do apoio. Ressalta-se que, devido à sua maior
mobilidade, os meios de GE com proteção blindada serão os primeiros a passar
para a segunda margem.
c. Apoio de GE às Operações de Transposição de Curso de Água de
Natureza Defensiva
(1) Além dos conceitos descritos no Artigo III do presente capítulo, vale
ressaltar o emprego das MAE, de modo a contribuir para ocultar a identificação
dos locais de travessia, por parte do inimigo, bem como o apoio dos meios de GE
da força amiga situada na margem oposta.
(2) Cresce em importância o emprego dos meios de GE em plataformas
aéreas, especialmente em helicópteros, para permitir a continuidade do apoio de
GE.

7-30. OPERAÇÕES EM ÁREAS FORTIFICADAS


a. Considerações iniciais
(1) Operações em áreas fortificadas estarão normalmente inseridas no
contexto de operações ofensivas ou defensivas, para as quais o apoio de GE
poderá ser o previsto nos Artigos II e III.
(2) O tempo de preparo de uma posição fortificada deverá ter sido utilizado
para o estabelecimento de comunicações que reduzam a ocupação do espectro
eletromagnético ou empreguem meios altamente direcionais, dificultando a
atuação da GE inimiga.

7-18
C 34-1 7-30/7-31

b. Apoio de GE às Operações em Áreas Fortificadas


(1) No ataque a posições fortificadas, a obtenção do conhecimento de GE
poderá ser menos intensa, devido à provável redução da utilização do espectro
eletromagnético pelo inimigo.
(2) Na defesa de áreas fortificadas, os meios de GE beneficiar-se-ão da
segurança proporcionada pelas fortificações. Contudo, não se deve perder a
capacidade de mobilidade, a fim de atender a possíveis flutuações de combate.

7-31. OPERAÇÕES EM ÁREAS URBANAS


a. Considerações doutrinárias
(1) As áreas urbanas são consideradas acidentes capitais importantes.
Portanto, cresce a necessidade de informações precisas e oportunas a respeito
da localização das forças inimigas na área.
(2) As áreas urbanas restringem a utilização das comunicações-rádio,
principalmente aquelas baseadas na onda terrestre ou visada direta. Entretanto,
estações de retransmissão situadas em edifícios elevados ou mesmo em
plataformas aéreas minimizam estas restrições. Antenas horizontais são mais
fáceis de ocultar à retaguarda de paredes em ruínas, parapeitos de terraços ou
mesmo em quintais de residências.
(3) Meios físicos são empregados ao máximo para a transmissão de
ordens e difusão de informações.
(4) Sistemas civis representam excelentes recursos locais à disposição
das forças.
b. Apoio de GE às Operações em Áreas Urbanas
(1) De uma maneira geral, as localidades limitam o apoio de GE realizado
por sistemas convencionais. Deverá ser prevista maior utilização de meios
portáteis, transportáveis e instalados em plataformas aéreas.
(2) As MAGE serão fundamentais, devido à maior necessidade de
informações. Por outro lado, a precisão de alguma de suas ações deverá ser
afetada pelas construções e instalações elétricas. Crescem em importância as
informações obtidas em situação de normalidade sobre as principais caracterís-
ticas dos sistemas eletrônicos civis.
(3) As MAE serão particularmente úteis para interromper ou degradar as
comunicações para fora da área edificada, contribuindo para o seu isolamento.
(4) Ações de dissimulação eletrônica poderão estar inseridas no contex-
to de operações psicológicas.
(5) Ressaltam-se medidas mais rígidas relacionadas com a defesa dos
meios de GE.

7-19
7-32/7-34 C 34-1

ARTIGO VIII
A GE NAS OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS

7-32. CONSIDERAÇÕES DOUTRINÁRIAS


Operações Psicológicas (Op Psico) são o conjunto de ações de qualquer
natureza, destinadas a influir nas emoções, nas atitudes e nas opiniões de um
grupo social, com a finalidade de obter comportamentos predeterminados.

7-33. APOIO DE GE ÀS OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS


a. Por meio das MAGE, a GE atua neste tipo de operação, verificando os
efeitos da ações psicológicos realizadas sobre as forças inimigas. Além disso,
tem a possibilidade de acompanhar emissões que visem influenciar as nossas
tropas e outras, que permitam conhecer a atitude e a opinião da população local
a respeito do conflito.
b. Também as MAGE podem ser empregadas para identificar o moral e
outros dados sobre o inimigo que auxiliam a execução das Op Psico.
c. As MAE são empregadas com a finalidade de perturbar, de confundir e
de abalar a confiabilidade dos sistemas de comunicações e não-comunicações
do inimigo. Também poderão ser utilizadas, em estreita coordenação com o
elemento de operações psicológicas do escalão considerado, para a veiculação
de produtos nas redes-rádio do oponente, afetando-lhes o moral.

ARTIGO IX
A GE NAS OPERAÇÕES COMBINADAS

7-34. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. Um comando combinado, a princípio, não possuirá elementos operacionais
de guerra eletrônica diretamente subordinados, estando toda a sua capacidade de
GE enquadrada nas suas forças componentes. As missões ou tarefas atribuídas
às forças componentes, por sua vez, serão estabelecidas pela finalidade, exigindo
pouco detalhamento.
b. Dessa forma, o planejamento da GE no comando combinado não tratará
de ações específicas, mas, ao contrário, estará concentrada no estudo das
capacidades de GE amigas e inimigas para orientar a concepção estratégica da
manobra, de modo a fornecer às forças subordinadas dados precisos sobre os
sistemas eletrônicos oponentes.

7-20
C 34-1 7-34/7-37

c. Nas forças combinadas e forças-tarefas combinadas, poderá haver


elementos operacionais de GE diretamente subordinados e, além das tarefas
levantadas para o comando combinado, deverá ser realizado o planejamento
detalhado do emprego da GE no contexto da operação tática.

7-35. COORDENAÇÃO E EMPREGO


a. As bases necessárias para a coordenação das ações de GE deverão
estar inseridas no planejamento e, após iniciada a operação, deverão constituir
preocupação constante do pessoal envolvido com a GE, de modo a assegurar a
execução do planejamento e realizar as modificações necessárias face à
dinâmica da própria operação.
b. Entre as tarefas de coordenação necessárias após o início das opera-
ções, está a solução de conflitos de freqüência, tanto entre sistemas amigos
quanto entre esses sistemas e as ações de MAE.
c. A coordenação, principalmente das MAGE com outras ações do sistema
de inteligência também poderá ser necessária, tanto pela obtenção de dados pela
GE que necessitem de confirmação por outra fonte quanto, ao contrário, pela
necessidade de redirecionamento das ações de GE em virtude de novos dados
surgidos no sistema de inteligência.
d. Também será importante a coordenação entre os Centros de Operações
de GE envolvidos na operação, possibilitando o apoio mútuo e a troca de
informações obtidas.

7-36. EMPREGO COMBINADO DAS MAGE


A integração de sistemas MAGE das três Forças Armadas, por meio de
enlace de de dados (“Data Link”), é essencial para a agilidade da troca de
informações e conseqüente aceleração do ciclo de decisão. Durante o planeja-
mento das operações, deverá ser determinado que tipo de dado, oriundo das
MAGE, poderá ser útil e deverá ser transmitido às plataformas aéreas, terrestres
e navais envolvidas, de modo a garantir o apoio necessário às operações em
andamento, bem como a sobrevivência das mesmas.

7-37. EMPREGO COMBINADO DAS MAE


O emprego combinado das MAE exige estreita coordenação entre as forças
envolvidas, de modo a evitar a interferência ou mesmo a destruição de equipamen-
tos amigos. Para apoiar corretamente as ações das forças componentes, as MAE
deverão ser executadas, em princípio, nas freqüências e horários pré-determina-
dos.

7-21
C 34-1

7-22
C 34-1

ANEXO A

GLOSSÁRIO DE TERMOS E ABREVIATURAS

A
Aerossol (Ars) - Nuvem de fumaça capaz de atenuar radiações infravermelhas,
observação visual e designadores a laser.

Agilidade de Freqüência (Agi Frq) - É a capacidade de um radar de mudar a


freqüência de transmissão a cada pulso ou trem de pulsos transmitido, de acordo
com um algoritmo preestabelecido.

Alarme (Alm) - Comando ou sinal para acionamento de meios ou para adoção de


ações, procedimentos e medidas em face de acidentes, degradações de funcio-
namento, emergência ou ataques.

Alerta (Alr) - Sinal ou comando de pré-aviso, advertência ou indicação de


mudança de estado, situação, posição ou condição de alerta (ver Estado de
Alerta).

Antena de Nulo Dirigido - É um tipo de antena empregada em transmissão e


recepção, cujo padrão de irradiação assemelha-se a uma cardióide. É empregada
para diminuir, por meio do direcionamento do nulo, a eficiência dos bloqueadores
inimigos.

Antenas Direcionais (Ant Dirl) - São as que maximizam a irradiação numa


determinada direção e minimizam a recepção e a irradiação nas outras direções.

Apoio Direto de GE (Ap Dto GE) - É o apoio proporcionado a uma força que não
possui meios orgânicos de GE. O elemento de GE, embora atenda às necessi-
dades em primeira prioridade do escalão apoiado, não lhe fica subordinado,
permanecendo sob comando da força à qual pertence.

A-1
C 34-1

Apoio ao Conjunto de GE (Ap Cj GE) - É o apoio proporcionado por elemento


de GE orgânico da força. A fração de GE em Apoio ao Conjunto de GE atenderá
às necessidades da força como um todo, sem vinculação específica a qualquer
OM subordinada.

Apoio Suplementar de GE (Ap Spl GE) - É o apoio de GE proporcionado a outro


elemento de GE, aumentando-lhe a eficácia. A fração que reforça em GE fica e
tem o seu emprego planejado por aquele que recebeu o Ap Spl GE.

Aquisição de Dados (Aqs Dd) - É o processo de realizar as ações de busca de


interceptação, monitoração e localização eletrônica.

Assinatura Eletrônica do Emissor (AEE) (“finger prints”) - É a técnica de


identificação de um emissor específico, baseada em parâmetros únicos.

B
Banda Passante/Faixa de Passagem - Representa a faixa de freqüências na
qual um determinado receptor irá trabalhar.

Bloqueio (Blq) - É a irradiação intencional, reirradiação ou reflexão de energia


eletromagnética com a finalidade de reduzir ou anular a recepção do sinal dos
equipamentos ou sistemas eletrônicos/eletroópticos em uso pelo oponente.

Bomba eletromagnética – Artefatos composto de fonte de alimentação, gerador


de impulso, tubo de hiperfreqüência e antena, que produzem impulsos eletromag-
néticos de alta potência e curta duração, capazes de danificar ou destruir qualquer
tipo de circuito eletrônico.

C
Campo das Comunicações - É o conjunto dos sinais eletromagnéticos utiliza-
dos para o trânsito de informações. São empregados, neste campo,
radiotransmissores e receptores em geral.

Campo das Não-Comunicações - É o conjunto de sinais eletromagnéticos


utilizados na produção de informações. Radares, sensores de infravermelhos,
intensificadores de luz e diversos equipamentos com aplicações do laser são
empregados neste campo.

“Chaff” - O “Chaff” é composto por pequenas tiras ou fios de metal, de plástico


ou fibra de vidro metalizados, que têm a finalidade de agir como refletores,
fornecendo autoproteção contra radares.

Comando e Controle - Ciência e arte que trata do funcionamento de uma cadeia


de comando e, nessa concepção, envolve, basicamente, a autoridade legitima-
mente investida, a sistemática do processo decisório e a estrutura, incluindo

A-2
C 34-1

pessoal, equipamento, doutrina e tecnologia necessários para a autoridade


acompanhar o desenvolvimento das operações.

Conhecimento – É o resultado do processamento de dados e/ou conhecimentos


anteriores, utilizando metodologia específica da Atividade de Inteligência Militar,
visando à avaliação ou ao estabelecimento de conclusões sobre fato ou situação.

Ciclo de Tomada de Decisão – É o tempo necessário para um comandante


tomar uma decisão levando em conta os diversos cenários que permeiam um
espaço de batalha. Um dos principais objetivos consiste em permitir que uma
autoridade tome decisões acertadas e no momento oportuno. Em operações
militares, diversas características relacionadas à tomada de decisão deverão ser
analisadas. Aquele que conseguir tomar e implementar decisões acertadas mais
rapidamente ganhará vantagem decisiva no conflito, pois influenciará o ambiente
antes que o oponente possa usar as informações disponíveis para tomar decisões,
obrigando-o a reiniciar o seu ciclo de C².

CI (Contra-Inteligência) - São ações especializadas, permanentemente execu-


tadas, com objetivo de proteger conhecimentos sensíveis, instalações, e pessoal
do Exército Brasileiro contra ações de espionagem, sabotagem, terrorismo, e
outras desenvolvidas por serviços de inteligência oponente ou adversos.

Controle de Emissão (Ct Ems) - É o controle de todas as emissões, incluindo,


por exemplo, iluminação, radar, comunicações, sonar, emissões infravermelho e
ultravioletas, ruídos de máquinas e equipamentos elétricos, com a finalidade de
preservar a segurança das forças amigas, dificultando a detecção de movimentos
ou interceptação eletromagnética de nossas emissões.

D
Dados de Equipamento (Dd Eqp) - Conjunto de informações capazes de
caracterizar um equipamento eletrônico, tais como: faixa de freqüência, número
de canais, potência de saída, fonte de alimentação, sensibilidade, modo de
operação (fonia, CW e outros), fabricante, modelo, tipos de antena, tipo de
instalação, tipo de equipamento (radar, rádio, telemetria, de infravermelho,
processamento de dados e outros).

Dados Característicos da Emissão - Conjunto de medições capaz de caracte-


rizar uma emissão eletromagnética, como por exemplo: freqüência, intensidade,
largura de banda, índice de modulação, desvio de freqüência e outras.

“Decoys” - São dispositivos usados para criar alvos falsos ou fazer com que um
pequeno alvo forneça um grande eco, dificultando, assim, a avaliação da ameaça.
Exemplos: refletores angulares, nuvens de “chaff”, gaivotas (“gulls”) e outros.

Densidade de Potência - Nível médio de potência do sinal de MAE introduzido


em um receptor-alvo.

A-3
C 34-1

Despistamento (Dptt) - É a irradiação intencional, reirradiação, alteração,


absorção ou reflexão de energia eletromagnética do sinal interceptado ou ao mau
uso dos dados recebidos pelos seus sensores.

Despistamento Eletrônico (Dptt Elt) - É a irradiação ou reirradiação de energia


eletromagnética com o propósito de iludir o inimigo, seja pela interpretação
errônea do conteúdo das emissões, seja induzindo falsas indicações em seus
sistemas eletrônicos.

Despistamento Eletrônico Imitativo (Dptt Elt Imi) - É a intrusão deliberada nos


canais de comunicações do inimigo, transmitindo falsas informações. Tem como
objetivo confundir os radioperadores do oponente.

Despistamento Eletrônico Manipulativo (Dptt Elt Mnp) - É a transmissão de


falsas mensagens ou falsos alvos nas redes-rádio ou sistemas eletrônicos do
oponente. Tem o objetivo de tirar vantagem da capacidade inimiga de obtenção de
informação, induzindo o inimigo a tomar decisões a partir de dados falsos.

Despistamento Mecânico Manipulativo (Dptt Mec Mnp) - Consiste no


despistamento pelo emprego de meios físicos para refletir ou absorver a energia
eletromagnética com a finalidade de iludir o inimigo.

Detecção (Dtc) - Ato ou efeito de perceber ou estabelecer contato por meio de


equipamentos eletrônicos com o emissor de energia eletromagnética procurado.

Direcionalidade (Dirl) - Capacidade de uma antena de transmitir e receber


preferencialmente em uma determinada direção.

Diversidade de Freqüência (Dvs Frq) – É o envio da mesma informação


simultaneamente em várias freqüências com o intuito de fugir à ação do bloqueio
oponente.

E
Emissão (Ems) - Irradiação produzida ou ato de produzir irradiação, por um
sistema transmissor de energia eletromagnética.

“Encryption” - Tecnologia empregada nas MPE que digitaliza um sinal de voz e


que modifica os valores obtidos por uma chave código, impedindo que o conteúdo
de determinada mensagem seja compreendido pelo inimigo.

Energia Eletromagnética (En Elt Mag) - É a energia contida na onda eletromag-


nética que se propaga no espaço, capaz de induzir um campo elétrico e magnético
na antena de recepção.

Equipamento Eletrônico (Eqp Elt) - Em sentido amplo, é todo dispositivo


formado de componentes eletrônicos.

A-4
C 34-1

Equipamentos de Comunicações (Eqp Com) - São aqueles empregados para


o trânsito das informações, tais como radiotransmissores e receptores em geral.

Equipamentos de Não-Comunicações (Eqp NCom) - São aqueles que produ-


zem informações como radares, sensores Infravermelhos, intensificadores de luz
e diversos equipamentos com aplicações Laser.

Espalhamento Espectral (“Spread Spectrum”) - Tecnologia de MPE que


consiste em transmitir a informação em uma largura de banda muitas vezes maior
do que a necessária. Exemplo de técnicas de espalhamento utilizadas na
transmissão: seqüência direta; salto de freqüências; salto no tempo; FM pulsado
e técnicas híbridas.

Espectro Eletromagnético (Ept Elt Mag) - É o intervalo completo da radiação


eletromagnética, que contém desde as ondas de rádio, as microondas, o
infravermelho, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X até a radiação gama.

F
Fontes de imagens - É constituída por equipamentos e/ou dispositivos, sistemas
e pessoal especializado, que possibilitam a produção do Conhc a partir de
imagens de qualquer natureza, obtidas por sensores terrestres, aerotransportados
ou orbitais.

Fontes humanas - É a base para a produção do Conhc, sendo constituída pelos


analistas, agentes, colaboradores e informantes dos OI e das AI.

G
Guerra Eletrônica (GE) - É o conjunto de atividades que visam desenvolver e
assegurar a capacidade de emprego eficiente das emissões eletromagnéticas
próprias, ao mesmo tempo em que buscam impedir, dificultar ou tirar proveito das
emissões inimigas.

Guerra Eletrônica Tática (GE Tat) - É a atividade de GE realizada no nível tático,


com o objetivo de impedir, dificultar ou tirar proveito das emissões inimigas.

I
Inteligência Militar - São ações especializadas, permanentemente executadas,
com objetivo de produzir conhecimentos de interesse do Comandante de qualquer
nível hierárquico, e proteger conhecimentos sensíveis, instalações, e pessoal do
Exército Brasileiro contra ações de espionagem, sabotagem, terrorismo, e outras
desenvolvidas por serviços de inteligência oponente ou adversos.

Interferência (Interf) - Diferente do BLOQUEIO, que é intencional, a interferência


é sempre não intencional. Pode ser causada por fenômenos naturais (causadas

A-5
C 34-1

por explosões solares), co-interferentes (emissões de equipamentos de uma


mesma rede) ou colaterais (causadas por geradores ou outros equipamentos).

L
Linha-Base - Forma geográfica de dispor os postos de GE no espaço de batalha
com o objetivo de proporcionar melhor desempenho técnico e tático sobre a àrea
de interesse.

Localização Eletrônica (Loc Elt) - Consiste na determinação da área provável


do emissor-alvo de sinais eletromagnéticos por meios eletrônicos (receptores,
processadores e sistemas especiais de antenas).

M
Medidas de Ataque Eletrônico (MAE) - Caracterizam-se pelas ações executa-
das para impedir ou reduzir o uso efetivo do espectro eletromagnético pelo inimigo,
bem como destruir, neutralizar ou degradar sua capacidade de combate, usando
energia eletromagnética ou armamento que empregue a emissão do alvo para o
guiamento.

Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE) - Objetivam a coleta de dados


e informações a partir das emissões eletromagnéticas do oponente.

Monitoração (Mon) - É o deliberado acompanhamento de uma emissão eletro-


magnética de interesse por um determinado período de tempo, para se obter
conhecimentos a partir dela.

Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) - São as ações executadas para


assegurar o uso efetivo do espectro eletromagnético, a despeito das ações de GE
ou interferências.
R

Registro (Reg) - É o armazenamento dos dados obtidos, a fim de permitir a


posterior análise.

Receptor de Alerta Radar (RWR – “Radar Warning Receiver”) - Receptor de


banda larga destinado a interceptar e identificar todos os radares que estejam
iluminando uma determinada plataforma.

A-6
C 34-1

ANEXO B

ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA - 1ª FASE


(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA - 1ª FASE


Ref: (Cartas ou documentos necessários à compreensão do estudo)

1. MISSÃO
a. Missão do escalão considerado
1) Características da operação
a) tipo de manobra;
b) número de peças de manobra a empregar;
c) tipo e número de objetivos a conquistar;
d) ações correntes e futuras;
e) frente e profundidade;
f ) prazos.
2) Diretriz do comandante
_______________________
(Classificação Sigilosa)

B-1
2-3/2-5 C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
b. Missão de GE no escalão considerado
1) Utilização das MAGE para apoiar o sistema de informações da força; e
2) Utilização das MAE para impedir ou perturbar a utilização do espectro
eletromagnético pelo oponente.
c. Condições impostas pelo escalão superior
d. Conclusões parciais
1) Centralização ou descentralização dos meios de GE.
2) Apoio de GE às ações correntes e futuras.
3) Regiões de alvos prioritários.

2. SITUAÇÃO E LINHAS DE AÇÃO


a. Considerações que afetam as possíveis linhas de ação
1) Características da região de operações
a) Condições meteorológicas - situação existente:
(1) precipitações;
(2) ventos;
(3) luminosidade;
(4) efeitos sobre a propagação;
(5) efeitos sobre as atividades de GE e sistemas de Com e NCom do
inimigo;
(6) efeito no deslocamento e desdobramento do material; e
(7) efeito sobre as nossas operações de GE – por exemplo, os
prognósticos de chuva para D+1 poderão, dependendo do terreno, reduzir a
mobilidade dos equipamentos sobre rodas, podendo implicar a necessidade de
emprego de plataformas aéreas.
b) Terreno
(1) Observação, obstáculos, cobertas e abrigos, recursos locais,
acidentes capitais, rodovias e vias de acesso.
(2) Efeitos sobre as atividades de GE e sistemas de Com e NCom do
inimigo.
(3) Efeito sobre as nossas operações de GE – por exemplo, o terreno
montanhoso limita as MAGE nas faixas de freqüências superiores a 30 MHz.
Reduz a eficácia e a mobilidade dos equipamentos de bloqueio sobre plataformas
terrestres. Possíveis erros poderão surgir nas medidas de localização eletrônica.
c) Outras características; e
_______________________
(Classificação Sigilosa)

B-2
C 34-1 2-6

_______________________
(Classificação Sigilosa)
d) Conclusões parciais.
(1) Influência das características da região de operações nas
atividades de GE e sistemas de Com e NCom do inimigo.
(2) Influência das características da região de operações nas
atividades de GE amigas.
(3) Influência das características da região de operações no desloca-
mento e desdobramento do material de GE.
2) Situação das atividades de GE e dos sistemas de comunicações e de não-
comunicações do inimigo.
a) Dispositivo, composição e valor;
b) Peculiaridades e deficiências;
c) Atividades recentes e atuais; e
d) Conclusões parciais.
(1) Como o inimigo está organizado em GE, quais são suas unidades
operacionais, os meios empregados, etc.
(2) Como o inimigo organiza os seus sistemas de Com e NCom, a
segurança e a exploração das comunicações, a disciplina rádio dos operadores,
a utilização de MPE, etc.
(3) Orientação das nossas MAGE e MAE.

(4) Orientação das nossas MPE, para se contraporem às MAGE e MAE


inimigas.
3) Nossa situação em GE – Nesta fase do estudo, o oficial de GE procura,
em linhas gerais, estabelecer uma comparação entre as necessidades de apoio
de GE, verificadas por ocasião do estudo do terreno e do inimigo, com as
disponibilidades. Verifica, ainda, as necessidades de coordenação entre os meios
disponíveis da força e os do escalão superior e vizinhos.
a) Efetivo - Analisar o efetivo disponível da Unidade/SU de GE.
b) Composição - Analisar os elementos de que dispõe a Unidade/SU de
GE (orgânicos e em reforço).
c) Dispositivo -Identificar a localização dos postos de comando da força
e os Centros de Operações de GE do escalão superior e vizinhos.
d) Situação logística - Analisar a dotação e disponibilidade do material de
GE e definir como realizar suprimento classe I,III e V às frações de GE
desdobradas no terreno.
e) Vulnerabilidades - Analisar as vulnerabilidades dos meios de GE.
f) Apoio - Considerar as disponibilidades em apoio de material, pessoal,
plataformas terrestres e aéreas, etc.
g) Instrução - Observar o nível de instrução da tropa e sua experiência em
combate.
_______________________
(Classificação Sigilosa)

B-3
1-3/1-4 C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
h) Prazos - Analisar os prazos disponíveis para planejamento e desdobra-
mento dos meios de GE.
i) Outras informações.
j) Conclusões parciais.
(1) Prazos e normas para planejamento do emprego de GE,
desdobramento dos meios e estabelecimento das comunicações.
(2) Necessidade de coordenação com o Oficial de Comunicações da
força e das OM subordinadas, quando do emprego de MAE.
(3) Disponibilidade/necessidade em meios de GE.
b. Possibilidades do inimigo
1) Enumeração
2) Vulnerabilidades
3) Linhas de ação prováveis
c. Nossas linhas de ação
1) Formular as LA de GE para cada LA Tat levantada pelo comando da força,
verificando as implicações das ações táticas no emprego da GE, particularmente
quanto ao (à):
a) número de peças de manobra a apoiar;
b) necessidade de MAGE e MAE;
c) necessidade de coordenação;
d) desdobramento e deslocamento dos meios; e
e) prioridade dos alvos a serem levantados por meio das MAGE.
2) Estabelecer as LA de GE para as diferentes linhas de ação da força.

3. ANÁLISE DAS LINHAS DE AÇÃO OPOSTAS


a. Por ocasião da análise das linhas de ação opostas são levantadas, para cada
LA tática, as implicações que as possibilidades do inimigo e os fatores adversos,
levantados no número 2. Situação e Linhas de Ação, exercem sobre cada linha
de ação de GE.
- Durante a análise são levantadas as vantagens e desvantagens e os
aperfeiçoamentos necessários a cada linha de ação. As principais considerações
para o apoio de GE, em cada linha de ação tática, são as (os):
1) prioridades no levantamento de emissores inimigos pelas MAGE;
2) alvos prioritários para MAE; e
3) necessidades de apoio de GE do escalão superior e vizinhos.
b. Selecionar as possibilidades do inimigo e os fatores adversos que afetam
nossas LA.
_______________________
(Classificação Sigilosa)

B-4
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
c. Analisar as LA em oposição às dificuldades levantadas.

4. COMPARAÇÃO DAS NOSSAS LINHAS DE AÇÃO


Comparar as linhas de ação entre si, com a finalidade de comprovar qual a que
permite cumprir a missão nas melhores condições, sob o ponto de vista de GE.
Esta comparação é feita com base nas vantagens e desvantagens já analisadas.

5. CONCLUSÃO
a. Citar quais as linhas de ação tática que podem ser apoiadas pela GE.
b. Indicar a linha de ação mais favorável sob o ponto de vista de GE.
c. Relacionar os principais óbices e restrições com respeito a cada uma das
linhas de ação, que devam ser levados ao conhecimento do comandante,
apresentando propostas específicas para atenuá-los ou resolvê-los.
d. Relacionar as conclusões parciais que venham a facilitar o trabalho de
redação dos documentos.
(a) ________________________________
Chefe da Subseção de GE
Anexos:

_______________________
(Classificação Sigilosa)

B-5
C 34-1

B-6
C 34-1

ANEXO C
ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA - 2ª FASE
(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

ESTUDO DE SITUAÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA - 2ª FASE


Ref: (Cartas ou documentos necessários à compreensão do estudo)

1. MISSÃO
Nesta fase, a missão de GE refere-se às atividades de Guerra Eletrônica em
apoio à LA decidida.

2. SITUAÇÃO E LINHAS DE AÇÃO


a. Considerações que afetam as possíveis linhas de ação
1) Características da região de operações - Completar, se for o caso, o
estudo já realizado na primeira fase e concluir.
2) Situação do inimigo - Completar, se for o caso, o estudo já realizado na
primeira fase e concluir.
_______________________
(Classificação Sigilosa)

C-1
2-3/2-5 C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
3) Nossa situação - Completar, se for o caso, o estudo já realizado na
primeira fase e concluir.
b. Possibilidades do inimigo - Levar em consideração o estudo de situação
de primeira fase e acrescentar novos dados, se for o caso.
c. Nossas linhas de ação - Esclarecer as LA referentes às ações de Guerra
Eletrônica (MAGE, MAE e MPE), procurando detalhar as várias ações em cada
atividade, em apoio à manobra decidida.

3. ANÁLISE DAS LINHAS DE AÇÃO OPOSTAS


Analisar cada LA em confronto com cada possibilidade do inimigo ou outros
fatores adversos (terreno, condições meteorológicas etc.), que possam afetar
nossas LA. Nesta análise, são levantados vantagens, desvantagens e os
aperfeiçoamentos necessários para cada linha de ação de GE.
a. Selecionar as possibilidades do inimigo e os fatores adversos que afetam
nossas LA.
b. Analisar as LA em oposição às dificuldades levantadas.

4. COMPARAÇÃO DAS NOSSAS LINHAS DE AÇÃO


Comparar as vantagens e desvantagens de cada uma das linhas de ação,
para emprego nas diversas atividades de GE, com o objetivo de apoiar a linha de
ação tática escolhida.

5. CONCLUSÃO
O oficial de GE conclui o seu estudo de situação, levantando a linha de ação
para apoiar a manobra planejada quanto à (ao):
a. organização de GE para o combate;
b. emprego das MAGE;
c. emprego de MAE;
d. emprego de plataformas aéreas;
e. estabelecimento de medidas de coordenação com unidades de comuni-
cações da força, de artilharia, Força Aérea e outras;
_______________________
(Classificação Sigilosa)

C-2
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
f. emprego das MPE no âmbito da força; e
g. desdobramento dos meios.

(a) ________________________________
Chefe da Subseção de GE
Anexos:

_______________________
(Classificação Sigilosa)

C-3
C 34-1

C-4
ANEXO D

ORDEM DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


(MEMENTO COMENTADO)
___________________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

ORDEM DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


Ref: Crt Estado, escala, folha, etc

EXECUÇÃO A CARGO DE:

ASPECTOS A RECONHECER PONTOS, ÁREAS OU TRECHOS

Relacionar os aspectos, detalhes ou Anotar o(s) nome(s) do(s)


dados a serem reconhecidos. ponto(s), área(s) ou trecho(s) a

Entrega do Relatório de Guerra Eletrônica até _________________

________________________________
NOME - Posto
FUNÇÃO - OM
(Autoridade que determinou o reconhecimento)

_______________________
(Classificação Sigilosa)

D-1
D-2
C 34-1

ANEXO E

PLANO DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


(MEMENTO COMENTADO)

_______________________
(Classificação Sigilosa)

(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

PLANO DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


Ref: Crt Estado, escala, folha, etc

1. LOCAL DO RECONHECIMENTO (P Obs, localidade, área, etc.)


Referenciar a localização na carta ou esboço, se possível.

2. ITINERÁRIO PARA O RECONHECIMENTO


Relacionar o itinerário ou mencionar o calco, se for o caso.

_______________________
(Classificação Sigilosa)

E-1
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)

3. ASPECTOS A RECONHECER
Relacionar os aspectos específicos que se deseja conhecer ou mencionar a(s)
ordem(ns) de reconhecimento de GE, quando houver.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
Outras prescrições.

___________________________________
NOME - Posto
FUNÇÃO - OM
(Executante)

_______________________
(Classificação Sigilosa)

E-2
C 34-1

ANEXO F

RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO DE GUERRA ELETRÔNICA


Ref: Crt Estado, escala, folha, etc

1. EXECUÇÃO
Citar a data-hora do início e término do reconhecimento
2. ASPECTOS OBSERVADOS
a. Características da R Op
1) Terreno
Descrever, de modo geral, as características do terreno, analisando
os seus efeitos sobre o planejamento de GE.
Situação existente
Obstáculos naturais
Obstáculos artificiais
Compartimentação
Malha viária
Condições do solo
Outros

_______________________
(Classificação Sigilosa)

F-1
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
b. Postos e Centros de Operações de GE

Posto/Localização Data Hora Aspectos/Reconhecimento Informações Obtidas


Relacionar os locais Anotar a hora do Relacionar os aspectos reco- Anotar as Info obtidas no
de reconhecimento. Rec de cada nhecidos que possam influenci- Rec, de acordo com os itens
posto de GE ar no planejamento (De acordo relacionados na coluna ante-
com o Plano de Rec) rior.

_________________________
NOME - Posto
FUNÇÃO - OM
(Executante)

_______________________
(Classificação Sigilosa)

F-2
C 34-1

ANEXO G

PARÁGRAFO 3º da ORDEM DE OPERAÇÕES (OU PLANO DE OPERAÇÕES)


(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr
Ref: Crt Estado, escala, folha, etc

Composição dos Meios


........................................................................................................
Elm GE Esc Cnsd
........................................................................................................
1. SITUAÇÃO
........................................................................................................
2. MISSÃO
........................................................................................................
3. EXECUÇÃO
a. Conceito da operação
1) Manobra
........................................................................................................
_______________________
(Classificação Sigilosa)

G-1
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)

2) Fogos
........................................................................................................
3) Guerra Eletrônica
a) Generalidades
- Anexo ____ - Guerra Eletrônica.
b) Medidas de Ataque Eletrônico (MAE)
(1) Comunicações
(a) Bloqueio
- Prio de Bloqueio para ..... (normalmente, para o Elm que realiza
a ação principal)
(b) Despistamento
((1)) Apd ___ (Pl Dptt Elt) ao An ___ (Pl Dism Tat).
((2)) Prio do despistamento (quando não houver Pl Dism Tat e o
Cmt Esc Cnsd decidir realizá-la. Normalmente, para o Elm que realiza a ação
principal)
(2) Não-comunicações
(a) Bloqueio
- Prio de Blq para …. (acompanha a Prio Ap Fogo)
(b) Despistamento
((1)) Apd ___ (Pl Dptt Elt) ao An ___ (Pl Dism Tat).
((2)) Prio Dptt para (quando não houver Pl Dism Tat e o Cmt Esc
Cnsd decidir realizá-la isoladamente).
X. Elm Subrd
.....................................................................................
X. Elm GE
1) Generalidades
- Citar as ordens ao Elm GE Esc Cnsd, particularizando a execução de
determinadas Aç. (Ex: Ligar-se com o CRIS; receber em Pel GE; fornecer um Pel
GE em Intg).
2) Organização para o combate
- Elm GE Esc Cnsd e seus Elm subordinados, se for o caso: citar a Mis Tat
padrão atribuída.
X. Reserva
......................................................................................
_______________________
(Classificação Sigilosa)

G-2
C 34-1

_____________________
(Classificação Sigilosa)
X. Prescrições diversas
1) Anexo ___ - Plano CIENC.
2) MPE N Com: NGA N Com Elt.
4. LOGÍSTICA
......................................................................................
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES
......................................................................................

_____________________
(Classificação Sigilosa)

G-3
C 34-1

G-4
C 34-1

ANEXO H

ANEXO DE GUERRA ELETRÔNICA À ORDEM DE OPERAÇÕES


(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)

ANEXO ___ (GUERRA ELETRÔNICA) À O Op Nr ____


Ref: (Cartas ou documentos, se necessários, para compreensão do estudo).

1. SITUAÇÃO
a. Forças inimigas
1) Anexo ___ - Intlg.
2) Pcp Crtr Tec e de Emp dos Sist Elt Ini e Pcp alvos da sua GE.
3) Psb de GE do Ini e dos Sist Com e N Com. (Verif Info Complementares.
Ex: O Ini utiliza Eqp Rad.)
b. Forças amigas
1) Citar Mis ou a presença dos Elm GE Esc Sp e dos Elm Viz, destacando
Ap prestado e Mdd Coor e Ct Nec. (Mis Tat)
2) Frç GE de outros Esc que desdobram postos de GE na Z Aç do Esc Cnsd.
3) Citar os Rcs adicionais de GE em Ap às Op. (Esc Sp e vizinhos GE;
recursos adicionais, FAe e CRIS, por exemplo.)
c. Meios recebidos e retirados
- Citar meios de GE recebidos e retirados. (inclusive em Ct Op)
_______________________
(Classificação Sigilosa)

H-1
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
2. MISSÃO
- Mis de GE. Verbos no infinitivo. (Verif a missão O Op; exemplo: - Apoiar em
GE as ações da X DE, a fim de …..)
3. EXECUÇÃO
a. Conceito da operação
1) Centros de Operações de Guerra Eletrônica
- Loc, horário e Condc de abertura e fechamento do COGE e COGE Avçd.
Ex: - COGE: R de _______( )- aberto desde já e fechará Mdt O
(pode ser faseado, dependendo do Plj e manobra)
2) Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE)
- Descrever a concepção GE das MAGE a serem desenvolvidas.
(Ex: Atender, em 1ª Prio, ações de MAGE, visando responder ao PB).
3) Medidas de Ataque Eletrônico (MAE)
a) Apd ___ (Pl MAE) ao An ___ (Guerra Eletrônica).
b) Comunicações
(1) Bloqueio
- Descrever a concepção geral.
(2) Despistamento
(a) Apd ___ (Pl Dptt Elt) ao An ___ (Pl Dism Tat).
(b) Descrever a concepção geral (quando não houver Pl Dism Tat)
c) Não-comunicações
(1) Bloqueio
- Descrever a concepção geral.
(2) Despistamento
(a) Apd ___ (Pl Dptt Elt) ao An ___ (Pl Dism Tat).
(b) Descrever a concepção geral, conforme Manual C34-1. (quan-
do não houver Pl Dism Tat)
4) Medidas de Proteção Eletrônicas (MPE)
a) Anexo ___ - Plano CIENC.
b) Pcp Dtz do Cmdo acerca das MPE (MPE NCom / MPE Com).
b. Elm GE Esc Cnsd (Ex: b. ______Cia GE)
1) Generalidades
a) Mis que não constem das NGA ou não Doutrinária.
b) Citar os Elm recebidos ou retirados, quando for o caso. (igual ao Par 3º
O Op/info complementares)
_______________________
(Classificação Sigilosa)

H-2
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)

2) Organização para o combate


a) Elm GE Esc Cnsd e seus Elm Subrd: citar a Mis Tat padrão. (igual Par
3º O Op. Ver conceito Op da O Op)


X. Prescrições diversas
1) Apd ___ - Lista Frq Proibidas, Protegidas e Vigiadas.
2) Instr aplicáveis a dois ou mais Elm ou não cabíveis em nenhum outro tópico.
4. LOGÍSTICA
a. Ordens existentes
1) Anexo ___ - Logística.
2) Apd __ - Pl Sup Mnt Mat GE.
b. Suprimento
- Citar a Loc dos P Distr Sup relativos à GE e suas condições de
funcionamento.
c. Manutenção
- Citar a Loc dos Elm de Mnt, suas atribuições e outras Instr relativas à Mnt
Mat GE.
d. Prioridades
- Citar as Prio específicas para o atendimento das Nec Log dos Elm GE.
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES
- Citar o planejamento das Comunicações para estabelecimento da OM de GE.
Acuse estar ciente.
a) _____________________________
Cmt
Apêndices: 1 - Plano de MAE
2 - Lista de Frq Proibidas, Protegidas e Vigiadas
3 - Plano de Sup e Mnt de Material de GE
Distribuição: Lista ___
Confere:
a) ____________________________
E3
_______________________
(Classificação Sigilosa)

H-3
C 34-1

H-4
C 34-1

ANEXO I

PLANO DE MEDIDAS DE ATAQUE ELETRÔNICO


(MEMENTO COMENTADO)
_______________________
(Classificação Sigilosa)
(Exemplar Nr)
(Organização expedidora)
(Local de expedição)
(GDH da assinatura)
(Indicativo de Referência)
APÊNDICE __ (Pl MAE) AO ANEXO ___ (GUERRA ELETRÔNICA) À O Op Nr
Ref: Crt Estado, escala, folha, etc

1. DESPISTAMENTO ELETRÔNICO
a. Imitativo
1) Designação do alvo
- Citar as redes/elementos que sofrerão a ação de MAE e a finalidade.
2) Execução
- Citar o prazo e descrever as condições gerais de execução da ação de
MAE de acordo com as fases da manobra.
3) Área de interesse
- Fazer referência à zona de ação relacionada com a Atv MAE a ser
desenvolvida.
b. Manipulativo
- Idem Dptt Elt Imt.
_______________________
(Classificação Sigilosa)

I-1
C 34-1

_______________________
(Classificação Sigilosa)
Observação: caso o Dptt Elt seja realizado enquadrado no Pl Dism Tat, deverá
ser feita Rfr ao Apd ___ (Pl Dptt Elt) ao An ___ (Pl Dism Tat). Neste caso, não há
necessidade de citar os subparágrafos a.Imitativo e b.Manipulativo, apenas o
referido Apd. (Pl Dptt Elt).
2. BLOQUEIO
a. Campo das Comunicações
- Descrever as diretrizes para as ações de bloqueio de acordo com as fases
da manobra.
ALVO PRAZO EXECUÇÃO ÁREA DE INTERESSE
(a) Definir a finali - Citar a data-hora - Descrever as con - Fazer referência à
dade da ação de dições gerais de zona de ação relacio-
- Citar as condi-
boqueio execução da ação nada com a Atv MAE
ções para o térmi-
(b) Definir os alvos no da ação de blo- de MAE a ser desenvolvida.
prioritários para a queio.
ação de bloqueio

Exemplo:
1) Ataque da 2ª DE
ALVO PRAZO EXECUÇÃO ÁREA DE INTERESSE
(a) As finalidades - Até a conquista - Bloquear com si- (a) Z Aç da 3ª Bda
das ações de blo- dos objetivos 01 e nal de alta potên- Cav Mec Bld.
queio devem ser 02 pela 3ª Bda Cav cia e utilizar (b) Região da área
evitar a reorganiza- Mec ou Mdt O. prioritariamente o de interesse entre o
ções do inimigo Bloq de ponto e Rio GAVIÃO e o Rio
após o ataque da 3ª Sin bloqueador de JAGUATIRIGA.
Bda Cav Mec e im- ruído.
pedir a tropa Ini em
reserva de apoiar a
defesa.
(b) Alvos devem ser
os sistemas de de-
fesa antiaérea, a
rede do sistema de
comando e contro-
le.
_______________________
(Classificação Sigilosa)

I-2
C 34-1

____________________
(Classificação Sigilosa)

b. Campo das Não-comunicações


idem Campo das Comunicações
Exemplo:
1) Ataque da 2ª DE
ALVO PRAZO EXECUÇÃO ÁREA DE INTERESSE
(a) Radares de vi- - Até a conquista Utilizar prio- - Z Aç da 43ª Bda Inf
gilância terrestre dos objetivos 01 e ritariamente Bloq Bld e regiões a cava-
(b) finalidade: difi- 02 pela 3ª Bda Cav de barragem em leiro da Av Brasil.
cultar a Idt de al- Mec ou Mdt O. função do Eqp Ini
vos terrestres e utilizar agilidade de
Anv de baixa alti- Frq
tude pelo Ini.

3. OUTRAS PRESCRIÇÕES
- Citar as ordens relativas às MAE não previstas nas NGA e não enquadradas
nos parágrafos acima.
Exemplo:
a) Durante a fase de preparação e Plj, não deverá ser utilizado o Blq.
b) Autorizado o Emp de Plf Ae, Mdt Coor.
Acuse estar ciente.

a) _____________________________
Cmt
Distribuição: Lista ___
Confere:
a) ____________________________
E3

____________________
(Classificação Sigilosa)

I-3
C 34-1

I-4
C 34-1

ANEXO J

PEDIDO DE BUSCA

J-1. PEDIDO DE BUSCA


O Pedido de Busca (PB) é o documento utilizado para solicitar a uma
unidade de GE ou de Intlg Sin dados e conhecimentos necessários ao esclare-
cimento de fato ou situação existente.

J-2. MODELO
O modelo de PB deve seguir o prescrito no Manual de Campanha C 30-2
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DE INTELIGÊNCIA.

J-1
ÍNDICE ALFABÉTICO

Prf Pag

A
Ações
- Abrangidas pela GE ............................................................. 2-7 2-3
- Abrangidas pela MAGE........................................................ 3-2 3-1
- de Proteção Eletrônica ......................................................... 3-13 3-11
- de Reconhecimento, Vigilância de Combate e Segurança .... 7-16 7-10
Alvo Eletrônico....... ..................................................................... 2-8 2-4
Ampla Utilização dos Meios ........................................................ 4-5 4-2
Análise de Guerra Eletrônica ....................................................... 3-4 3-6
Anexo de Guerra Eletrônica à Ordem de Operações ................... 6-12 6-10
Apoio de GE às Operações Psicológicas .................................... 7-33 7-20
Aprestamento de Guerra Eletrônica (Apr GE) ............................. 2-4 2-2
Aproveitamento do Êxito e Perseguição.................... ................. 7-7 7-5
Ataque
- Operações Ofensivas................................. ........................ 7-6 7-3
- Noturno e sob Condições de Visibilidade Limitada ............... 7-11 7-7
Atuação Integrada ....................................................................... 7-2 7-2

C
Campos de Atuação da GE ......................................................... 2-5 2-2
Classificação
- da Análise de GE quanto ao Tempo Disponível .................... 3-6 3-7
- das MAE ............................................................................. 3-8 3-8
Considerações
- A GE nas Operações Combinadas ...................................... 7-34 7-20
- Doutrinárias ......................................................................... 7-32 7-2
- Iniciais ................................................................................. 1-3 1-1
Prf Pag
- Operações Defensivas ......................................................... 7-12 7-7
- Operações com Características Especiais ........................... 7-27 7-16
- Operações Complementares ................................................ 7-19 7-12
- Operações Ofensivas ........................................................... 7-3 7-2
- Operações sob Condições Especiais de Ambiente .............. 7-23 7-13
Combate de Encontro ................................................................. 7-8 7-5
Condicionamentos do planejamento ............................................ 6-6 6-7
Coordenação e Emprego......................................................... 6-4 7-21
Continuidade ............................................................................... 4-7 4-3

D
Defesa em Posição ..................................................................... 7-13 7-7
Definição ..................................................................................... 7-15 7-10
Descrição dos Ramos da Análise de GE .................................... 3-5 3-6
Dissimulação Tática .................................................................... 7-10 7-6

E
Emprego
- Centralizado ......................................................................... 4-9 4-4
- Combinado das MAE….. ..................................................... 7-37 7-21
- Combinado das MAGE…………... ....................................... 7-36 7-21
Estudo de situação
- 1ª fase ................................................................................. 6-8 6-8
- 2ª fase ................................................................................. 6-9 6-9
Etapas do Planejamento. ............................................................ 6-7 6-8

F
Finalidade ................................................................................... 1-1 1-1
Flexibilidade.................................. ........................................... 4-6 4-3
Formas de Apoio da Guerra Eletrônica ….. ................................. 4-11 4-4
Freqüências
- Proibidas (Frq Prb)............................................. ............... 2-9 2-4
- Protegidas (Frq Ptg)............................................. ............ 2-11 2-4
- Vigiadas (Frq Vig)..... ........................................................... 2-10 2-4

G
Generalidades
- Coordenação do Estado-Maior ............................................. 6-4 6-5
- Formas de Emprego da Guerra Eletrônica ….. ..................... 4-10 4-4
- Guerra Eletrônica em Apoio às Operações .......................... 7-1 7-1
- Introdução ............................................................................ 5-1 5-1
- Medidas de Ataque Eletrônica ............................................. 3-7 3-7
- Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica ............................... 3-1 3-1
Prf Pag
- Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) ............................... 3-11 3-11
- Planejamento da Guerra Eletrônica ...................................... 6-5 6-7
- Princípios de Emprego da Guerra Eletrônica ........................ 4-1 4-1
- Responsabilidade do Estado-Maior ...................................... 6-1 6-1
Guerra Eletrônica
- (GE) ..................................................................................... 2-1 2-1
- Tática...................................................... ......................... 2-2 2-1

H
Histórico da Guerra Eletrônica.................................................. 1-4 1-2

I
Incursão.................................................... .............................. 7-9 7-6
Integração........................... ...................................................... 4-4 4-2
Inteligência do Sinal....................... ........................................... 2-3 2-1
Interação entre as Atividades de GE........................... .............. 2-13 2-5

J
Junção ........................................................................................ 7-20 7-12
Pedidop de busca ....................................................................... J-1 J-1

L
Limites entre Inteligência do Sinal e Guerra Eletrônica Tática...... 2-14 2-5
Localização
- dos Centros e Postos de GE.........………. .......................... 5-3 5-2
- Eletrônica ............................................................................ 3-3 3-2

M
MAE
- Destrutivas.................................... .................................... 3-10 3-11
- Não-Destrutivas............................................. ................... 3-9 3-8
Marcha para o Combate............................... ............................. 7-4 7-2
Mobilidade............................................................................... 4-8 4-3
Modelo ........................................................................................ J-2 J-1
Movimentos Retrógrados…............................ ........................... 7-14 7-8

O
Objetividade ................................................................................ 4-2 4-1
Objetivo das MPE ....................................................................... 3-12 3-11
Operações
- aeroterrestres e aeromóveis.................................. ............. 7-28 7-16
- contra desembarque anfíbio ................................................. 7-21 7-12
Prf Pag
- contra forças aeroterrestres e aeromóveis ............................ 7-22 7-13
- de transposição de curso de água............... ....................... 7-29 7-17
- em áreas fortificadas.................…......... ............................ 7-30 7-18
- em áreas urbanas.................……….. ................................. 7-31 7-19
- em montanha...................……. .......................................... 7-24 7-13
- na selva...............................…..... ..................................... 7-26 7-15
- ribeirinhas.....................………. .......................................... 7-25 7-14
Oportunidade................................ ............................................ 4-3 4-2
Ordem de Batalha Eletrônica do Inimigo (OBEI) .......................... 2-12 2-4

P
Parágrafo 3º da Ordem de Operações ......................................... 6-11 6-10
Pedido de Busca ......................................................................... 6-14 6-11
Plano de Medidas de Ataque Eletrônica ...................................... 6-13 6-11

R
Ramos da GE ............................................................................. 2-6 2-3
Reconhecimento
- em força ............................................................................... 7-5 7-3
- de Guerra Eletrônica ............................................................ 6-10 6-9
Responsabilidade do Estado-Maior ............................................. 6-3 6-3

S
Seção de Comunicações e Guerra Eletrônica ............................. 6-2 6-1
Segurança da Área de Retaguarda (SEGAR) .............................. 7-18 7-11
Situação de Comando ................................................................. 4-12 4-5
Substituição de Unidades de Combate...................................... 7-17 7-11

T
Terminologia ................................................................................ 1-2 1-1
Tipos de Posição............ ........................................................... 5-2 5-2

V
Vantagens da Utilização das Plataformas Aéreas........ .............. 5-5 5-5
DISTRIBUIÇÃO

1. ÓRGÃOS
Ministério da Defesa ............................................................................. 05
Gabinete do Comandante do Exército ................................................... 05
Estado-Maior do Exército ...................................................................... 10
DGP, DEP, D Log, DCT, DEC, SEF ..................................................... 02
DSM, DCEM, DAProm, DCIP, DSau, DAP .......................................... 02
DFA, DEE, DEPA, DAC ........................................................................ 02
DS, DMnt, DTMob, DMAvEx, DMCEI, DFPC ......................................... 02
CTEx, CAEx, CDS, CITEx, CIGE, DSG, DF .......................................... 02
DOM, DOC, DPatr ................................................................................ 02
DCont, DAud, DGO, CPEx .................................................................... 02
SGEx, CIE, CComSEx ......................................................................... 02
DPEP ................................................................................................... 02

2. GRANDES COMANDOS E GRANDES UNIDADES


COTER ................................................................................................. 10
Comando Militar de Área ....................................................................... 02
Região Militar ........................................................................................ 02
Região Militar/Divisão de Exército ......................................................... 05
Divisão de Exército ............................................................................... 05
Brigada ................................................................................................. 02
Grupamento de Engenharia ................................................................... 02
Artilharia Divisionária ............................................................................. 02
CAvEx ................................................................................................... 02
3. UNIDADES
Infantaria ............................................................................................... 02
Cavalaria ............................................................................................... 02
Artilharia ............................................................................................... 02
Engenharia ............................................................................................ 02
Comunicações ...................................................................................... 10
Batalhão Logístico ................................................................................ 02
BAv Ex .................................................................................................. 02
B F Esp, B Aç Cmdos .......................................................................... 02
B F Paz "HAITI" .................................................................................... 02

4. SUBUNIDADES/FRAÇÕES (autônomas ou semi-autônomas)


Infantaria/Fronteira ................................................................................ 01
Cavalaria ............................................................................................... 01
Artilharia ............................................................................................... 01
Engenharia ............................................................................................ 01
Comunicações ...................................................................................... 04
Material Bélico ...................................................................................... 01
Defesa QBN .......................................................................................... 01
Polícia do Exército ................................................................................ 01
Bia/Esqd/Cia Cmdo (GU e G Cmdo) ..................................................... 01
Cia Intlg/GE .......................................................................................... 01
Dst Op Psico ........................................................................................01
Dst Ap Op Esp...................................................................................... 01
5. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ECEME ................................................................................................ 05
EsAO ....................................................................................................05
AMAN ................................................................................................... 30
EsSA ....................................................................................................30
CPOR ................................................................................................... 05
NPOR ................................................................................................... 05
IME .......................................................................................................05
EsCom, EsACosAAe, EsIE, EsMB, EsIMEx, EsAEx, EsPCEx, EASA,
EsSEx, EsEqEx, CEP, CIGS, CIAvEx, CIGE, CI Op Esp, CI Pqdt GPB,
CI Bld, CAAdEx, CI Op Paz .................................................................. 02

6. OUTRAS ORGANIZAÇÕES
Arquivo Histórico do Exército ................................................................01
ADIEx/Paraguai .................................................................................... 01
Bibliex ................................................................................................... 01
C Doc Ex ..............................................................................................01
C F N ....................................................................................................01
COMDABRA ......................................................................................... 01
EAO (FAB) ........................................................................................... 01
ECEMAR .............................................................................................. 01
Es G N .................................................................................................. 01
E S G ................................................................................................... 01
E C T .................................................................................................... 01
E G G C F ............................................................................................ 02
E M Aer ................................................................................................ 01
E M A ................................................................................................... 01
-------------------------------------------------------------------------------------------

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
3ª SUBCHEFIA
QG DO EXÉRCITO - SMU
70630-901 BRASÍLIA-DF

_________________________________________________________

CIDADE: _______________________________ ESTADO: ________________


ENDEREÇO: _____________________________________________________
NOME: __________________________________________________________

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De acordo com a Port 041, 18 de fevereiro de 2002, propõe-se:

1. Publicação: (Indicativo, Título, Ano da Edição)


2. Correções de Texto (Página, parágrafo, linha DE PARA)
3. Outras observações ou comentários.

1.

OM, Local, Data:________________________________________


Nome, Posto/Grad: _____________________________________
Assinatura: ____________________________________________

PARTICIPE - INFLUA - COOPERE NO APERFEIÇOAMENTO DA DOUTRINA!


Este Manual foi elaborado com base em anteprojeto apresentado
pelo Centro Integrado de Guerra Eletrônica (CIGE).
C 101-5

EGGCF
Desde 1949
Gráfica do Exército - Compromisso com a Qualidade!

Estabelecimento Genaral Gustavo Cordeiro de Farias - "Gráfica do Exército"


Al. Mal Rondon - Setor de Garagem - QGEx - SMU - CEP: 707630-901 - Brasília-DF
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