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ECV 139

MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
CIVIL I
Prof. Klinger S. Rezende
Produção dos
concretos
Produção dos concretos
• A produção dos concretos compreende:

 Mistura;

 Transporte;

 Lançamento;

 Adensamento e;

 Cura do concreto.

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MISTURA
• “A mistura ou amassamento do concreto consiste em
fazer com que os materiais componentes entrem em
contato íntimo, de modo a obter-se um recobrimento
de pasta de cimento sobre as partículas dos
agregados, bem como uma mistura geral de todos os
materiais”.
PETRUCCI, 2005

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MISTURA
• Principal exigência com relação à mistura:
 Homogeneidade da mistura.

A falta de homogeneidade da mistura determina


decréscimo sensível da resistência mecânica e da
durabilidade dos concretos.

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MISTURA
• A mistura poderá ser:

 Manual;

 Mecanizada.

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MISTURA
• Mistura manual:

• A mistura manual só deve ser empregada em obras de


pequena importância, onde o volume e a
responsabilidade do concreto não justificarem o
emprego de equipamento mecânico (NB-1).

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MISTURA
• Mistura manual:

 Passos para execução:


1. Misturar o agregado miúdo e o cimento:
(coloração uniforme);
2. Acrescentar o agregado graúdo;
3. Formar uma “cratera” na mistura;
4. Adicionar a água de amassamento e;
5. Misturar até obter a homogeneidade.

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MISTURA
• Mistura manual:

 Exigências no preparo:

 Deve ser realizada sobre um estrado ou superfície


plana , impermeável e resistente.

 Não é permitido amassar-se volume do concreto


superior a 350 litros por vez.

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MISTURA
• Mistura mecânica:

 Betoneiras:

 Tempo de mistura (seg):


 Betoneiras inclinadas: 120.√d;
 Betoneiras eixo horizontal: 60.√d;
 Betoneiras eixo vertical: 30.√d;
 d = diâmetro da cuba (m).

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MISTURA
• Mistura mecânica:

 Colocação de materiais nas betoneiras:

 A ordem mais aconselhável:

1. Parte do agregado graúdo mais parte da água de


amassamento;
2. Cimento mais restante da água e a areia;
3. Restante do agregado graúdo.

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TRANSPORTE
• O concreto deve ser transportado do local de
amassamento para o de lançamento tão rapidamente
quanto possível para:

 Manter sua homogeneidade:


 evitando segregação.

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TRANSPORTE
Tipos de transporte:

• Direção horizontal:
 Vagonetes e carrinhos;

• Direção vertical:
 Caçambas e guinchos;

• Direção oblíqua:
 Correias transportadoras, calhas, etc.

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TRANSPORTE
Tipos de transporte:

• Uso de bombas: horizontal ou vertical:

 Recalcam o concreto através de canalizações que


devem possuir diâmetro interno de, no mínimo, três
vezes o diâmetro máximo do agregado.

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TRANSPORTE
Tipos de transporte quanto à duração:

• Descontínuos ou contínuos.

 Descontínuos:
 Por meio de vagonetes, carrinhos de mão, caçambas
e caminhões.
 Condição ideal: estes elementos de transporte devem
ter capacidade para uma amassada completa,
evitando-se dividir uma betonada em várias frações →
combate à segregação.

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TRANSPORTE
Tipos de transporte quanto à duração:

• Descontínuos ou contínuos.

 Descontínuos:

 No caso de caminhões para longas distâncias, é


necessário uso de agitação para evitar a segregação.

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TRANSPORTE
Tipos de transporte quanto à duração:

• Descontínuos ou contínuos.

 Contínuos:

 Principais meios: calhas, correias transportadoras e


bombas.

 Uso de calhas de madeira: para concretos mais fluidos;

 Transporte de concreto seco: uso de correias


transportadoras é o mais adequado.
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TRANSPORTE
Tipos de transporte quanto à duração:

• Descontínuos ou contínuos.

 Contínuos:

 Transporte por bombas: deve ser utilizado dentro de um


raio de ação de H + D = 300m;
 H = altura de elevação (m) → H ≤ 35 m
 D = distância horizontal (m).

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TRANSPORTE
 Contínuos: por bombas

 O concreto bombeado deve ter consistência plástica;


 O transporte pode ser facilitado:
 Utilizando seixo rolado como agregado graúdo;
 Utilizando um aditivo que melhore a
trabalhabilidade;

• Fato importante é a limpeza cuidadosa da tubulação


(canos) após a utilização.

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LANÇAMENTO

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LANÇAMENTO
• O concreto deve ser lançado logo após a mistura:
 Intervalo máximo entre o amassamento e o
lançamento: 1 hora.

• Deve-se molhar as formas antes do lançamento:


 Impedir a absorção da água de amassamento pelas
forças.

• As formas devem ser estanques:


 Impedir a fuga de nata de cimento.

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LANÇAMENTO
• As formas devem ser limpas:

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LANÇAMENTO
• Aplicação de desmoldante nas formas:

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LANÇAMENTO
• Aplicação de desmoldante nas formas:

À base de óleos minerais e vegetais.

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LANÇAMENTO
• Montagem das armaduras:

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LANÇAMENTO
• Altura máxima de queda livre:
 2 metros.

• Altura das camadas de lançamento:


 Aproximadamente ¾ da agulha do vibrador.
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ADENSAMENTO
• Objetivo do adensamento:
 Deslocar os elementos constituintes do concreto e
orientar as partículas a ocupar os vazios e desalojar o
ar do concreto.

• Processo manual:
• Socamento ou apiloamento;
• Camadas não deverão
exceder 20 cm.

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ADENSAMENTO
• Processo mecânico:
 Vibradores mecânicos.
• Não deverá ser aplicada vibração na armadura, para
não atrapalhar a aderência do concreto na armadura.

• Tipos de vibradores:
 Imersão ou internos;
 De superfície;
 Externos (mesa vibratória).

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ADENSAMENTO
• Vibradores de superfície:

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CURA
• Objetivo: evitar a evaporação da água necessária à
hidratação do cimento.

• Período de cura:
 No mínimo durante os primeiros 7 dias e desejável até
os 14 dias.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura úmida;

 Cura química;

 Cura térmica.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura úmida:
 Deve-se manter a superfície do concreto úmida por
meio de aplicação de água na sua superfície;

 Manter o concreto coberto com água ou totalmente


imerso em água para evitar que ocorra evaporação
da mesma.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura úmida:
 Aplicação de folhas de papel (como por exemplo,
sacos de cimento vazios), de tecidos (algodão) ou
camadas de terra ou areia (com espessura de 3 a 5
cm) mantido úmidos durante o período de cura;

 Aplicação de lonas ou lençóis plásticos impermeáveis,


de preferência de cor clara (para evitar o
aquecimento excessivo do concreto).

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CURA
• Processos de cura:

 Cura úmida:
 A prática mais comum é molhar o concreto por
aspersão de água, e/ou usar panos ou papel para reter
a umidade junto ao concreto o máximo possível.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura química:
 Consiste em aspergir um produto que forma uma
película na superfície do concreto e que impede que
haja evaporação da água do concreto.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura química:
 Anchorcure Pavimento é um líquido branco leitoso à base de
emulsão de parafina veiculada em água. É um produto formulado
para ser aplicado sobre superfícies cimentícias frescas, formando
uma película contínua de baixa permeabilidade, que evita a
perda de água do concreto por evaporação, reduzindo a
fissuração resultante dos efeitos da retração por secagem.

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CURA
• Processos de cura:

 Cura térmica:
 Feita em câmaras;

 Tem como objetivo principal tornar mais rápido o processo de cura


dos concretos e obter uma resistência mecânica mínima
desejada.

 Contribui para a otimização do traço ao mesmo tempo em que


garante a umidade necessária ao concreto, acelerando a
velocidade de ganho de resistência pelo aquecimento.

 É considerada a cura mais eficiente e é muito utilizada em


empresas que trabalham com concreto pré-moldado.
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CENTRAIS E USINAS
• Em obras de maior porte (edifícios de múltiplos andares,
pavimentação, barragens, etc.), é interessante utilizar-
se concreto pronto (usinado), em oposição à clássica
mistura no próprio canteiro.

• O concreto pronto caracteriza-se por ser produzido em


usina, também chamada de central de concreto.

• Tipos de concreto pronto:


 Central-mixed;
 Shrink-mixed;
 Transit-mixed.
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CENTRAIS E USINAS
• Central-mixed:

 A mistura é totalmente feita na central.

 Betoneiras de grande capacidade são colocadas sob


silos que armazenam não só agregados, mas também
o aglomerante, e que são providos de balanças
colocadas nas bocas dos silos, permitindo a medida
em peso dos materiais.

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CENTRAIS E USINAS
• Shrink-mixed:

 A mistura é feita parte na central e parte nos


caminhões-betoneira.

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CENTRAIS E USINAS
• Transit-mixed:

 Dosagem na central;

 Mistura totalmente feita no transporte (caminhão-


betoneira):
 Velocidade de agitação: 2 a 6 rotações por minuto;
 Tempo máximo de agitação: 6 horas.

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CENTRAIS E USINAS
• Vantagens do concreto pronto:

 Controlar, por meio de ensaios, o aglomerante e os


agregados empregados;

 Dosar, automática ou semiautomaticamente, na


central, os materiais em massa;

 Controlar a qualidade através da moldagem e ensaio


de numerosos corpos de prova de um mesmo tipo de
concreto.

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CENTRAIS E USINAS
• Vantagens do concreto pronto:

 Empregar grandes quantidades de concreto em curto


prazo, dando à concretagem um ritmo de produção
industrial.

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Referências bibliográficas
• GONTIJO, L. C., Notas de aula CIV 360 – Materiais de
Construção, UFV, 2010.

• PETRUCCI, E. G. R., Concreto de cimento Portland, 14ª


ed. rev. por Vladimir A. Paulon – São Paulo, Globo, 2005.

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