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Giovanna Barbosa de Oliveira – 221439 Turma 4A

João Vitor Oliveira – 217118


Juliana Oliveira Gomes – 218274
Lívia Hidalgo Sousa – 264704

MANEJO REPRODUTIVO EM CRIAÇÃO DE BOVINO DE CORTE


IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO DE OCORRÊNCIAS

A identificação individualizada é uma premissa básica para a obtenção de


controles e cálculos de indicadores confiáveis nos rebanhos de bovinos de corte.
Os animais poderão ser tatuados e/ou brincados por ocasião do nascimento, ou
introdução na propriedade. (EMBRAPA, 2007 – PG41)

Além da identificação, é importante o registro de ocorrências, tais como: datas e o


peso desde o nascimento até o desmame, mortes e abortos, diagnóstico de
gestação, suplementação, vacinações etc. Também contribuem para a
identificação e o descarte dos animais de baixa produtividade, no cálculo das taxas
de prenhez, desmama e mortalidade, para enfim uma avaliação do rebanho e uma
possível melhora no manejo. (EMBRAPA, 2000)

PERÍODO DE MONTA

O sistema de monta mais primitivo é aquele em que o bovino permanece no


rebanho o ano todo. Com isso, os nascimentos acontecem por vários meses,
dificultando o manejo das fêmeas e dos bezerros, pois a fertilidade das fêmeas
pode ser reduzida ao aumento do intervalo entre partos, acontecendo por causa da
sua restrição alimentar. (EMBRAPA, 2000).

SISTEMAS DE ACASALAMENTO

Os principais sistemas de acasalamento são:

- Monta controlada: onde os touros são separados das vacas durante a época de
reprodução, e quando uma fêmea está no cio, ela é levada ao touro até o curral
para o acasalamento. Nesta monta os machos sofrem menos desgaste, mas além
do trabalho de separar e guiar os animais para a reprodução, existe a possibilidade
de erros na identificação das fêmeas quando estão no cio;

- Monta natural: onde os touros ficam com as fêmeas durante toda a época de
monta, dispensando o trabalho diário de identificar os animais no cio e trazê-los ao
curral para acasalamento;

- Inseminação artificial: uma técnica que consiste na deposição mecânica do


sêmen dentro do aparelho reprodutor da fêmea. Um dos principais problemas para
o avanço dessa tecnologia é a falta de informação dos produtores brasileiros que
ainda não perceberam que o método é mais em conta do que a monta natural,
além disso devido ao manejo genético ele promove um retorno econômico
significativo para a pecuária. (EMBRAPA, 2000).

NOVILHAS PARA REPOSIÇÃO

Considerada uma das mais importantes fases, as novilhas trazem uma nova
genética e são a base para o rebanho ser construído, sendo responsável pela
produtividade dele ao longo prazo. Tais animais devem ser bem selecionadas e
manejadas, para afim atingir maturidade sexual antecipada, e para isso acontecer,
a nutrição é um dos principais meios.

Apesar de ter um grande impacto nesta fase, só a nutrição não é suficiente para
uma boa e adequada reposição, sendo necessário adequações sanitárias, uma
monta superior ao número de descartes, efetuar diagnóstico de gestação após a
monta (45 a 60 dias), iniciar e terminar a estação de monta, pelo menos quatro
semanas antes da próxima.

CONTROLE SANITÁRIO DO REBANHO

Para um bom controle sanitário, o cuidado com doenças da reprodução, com as


vacas e touros para a estação de monta e com o bezerro ao nascer até o
desmame é fundamental para um bom manejo, sendo importante observar
doenças infecciosas com origens bacterianas, viróticas e parasitárias. As principais
doenças que mais acometem um rebanho podem ser brucelose, tricomoníase,
mastite etc. (EMBRAPA, 2000). Ao nascer, a “cura do umbigo” nos bezerros é feita
cortando o umbigo dois dedos abaixo da linha do abdômen, desinfetando com
solução de álcool iodado a 10% e repetindo até ele secar. Caso não faça isso, o
bezerro pode ter infecção local ou sistêmica. (EMBRAPA, 2000).

EXIGÊNCIA NUTRICIONAL

As necessidades nutricionais são definidas como a quantidade diária de nutrientes


que um animal deve ingerir para atingir determinado rendimento. O primeiro passo
para proporcionar nutrição adequada ao gado é entender suas necessidades, para
assim determinar a estratégia nutricional a ser adotada, desde a simples
mineralização das pastagens até o confinamento. Um bovino tem necessidades
diárias gerais de água, energia, proteínas, minerais e vitaminas, tendo também
algumas necessidades especiais de certos nutrientes, como as fibras, que são
importantes para o funcionamento normal do trato digestório. (EMBRAPA, 2015)

Vale ressaltar que novilhas e garrotes da mesma idade e raça podem ter diferentes
necessidades de energia e proteína, já que estão em diferentes períodos da curva
de crescimento e, portanto, têm diferentes exigências proteicas e composições
corporais que aumentam a gordura. (EMBRAPA, 2015)

DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO

Quando o diagnóstico de gestação é feito antecipadamente, ajuda a identificar as


fêmeas que não estão gestantes, podendo ser feito através de palpação retal,
ultrassom e dosagem hormonais.

O descarte funciona através do diagnóstico das fêmeas que não estão gestantes,
isso ajuda impedindo o produtor de ter gastos desnecessário com alimentação.
Essas fêmeas podem ser descartadas para fazer inseminação artificial,
transferência de embriões, sincronização de cio e muito mais, diminuindo então as
perdas econômicas. (EMBRAPA, 2000)

DETERMINAÇÃO DA IDADE DE DESMAMA

O desmame é feito quando os bezerros atingem de 6 a 8 meses de idade, tendo


como objetivo fornecer condições nutricionais necessárias para as vacas
prenhezes recuperarem o estado corporal sem prejudicar os bezerros
desmamados. (EMBRAPA, 2000)

REFERÊNCIA
NICACIO, Alessandra Corallo; NUÑEZ, Amoracyr José Costa; MARINO, Carolina
Tobias; NOGUEIRA, Ériklis; FELTRIN, Geovani Bertochi; OLIVEIRA, Luiz Orcírio
Fialho de; ALBERTINI, Tiago Zanett. Nutrição de bovinos de corte: Fundamentos e
aplicações. Brasília: EMBRAPA, 1ª ed., 2015.

VALLE, Ezequiel Rodrigues do; ANDREOTTI, Renato; THIAGO, Luiz Roberto


Lopes de S. Estratégias para aumento da eficiência reprodutiva e produtiva em
bovinos de corte. Campo Grande: EMBRAPA, 2000.

VALLE, Ezequiel Rodrigues do. Boas práticas agropecuárias - bovinos de corte.


Campo Grande, MS: EMBRAPA, 1ª ed., 2007.

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