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Aluno: Lucas Pires Rezende

I. O propósito da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é promover, proteger e
assegurar de todos os direitos humanos e de forma igualitária além das liberdades fundamentais
por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade.

II. Pessoas com deficiência incluem aquelas que têm deficiências físicas, mentais, intelectuais ou
sensoriais de longo prazo que, em interação com várias barreiras, podem impedir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com os outros.

III. Os princípios da Convenção são:

i. Respeito pela dignidade inerente, autonomia individual incluindo a liberdade de


fazer suas próprias escolhas e independência das pessoas;
ii. Não discriminação;
iii. Participação e inclusão plena e efetiva na sociedade;
iv. Respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiência como parte da
diversidade humana e a humanidade;
v. Igualdade de oportunidade;
vi. Acessibilidade;
vii. Igualdade entre homens e mulheres;
viii. Respeito pela capacidade de evolução das crianças com ix. deficiência e respeito
pelo direito das crianças com deficiência de preservar suas identidades.

IV. Para os fins da Convenção:

i. "Comunicação" inclui idiomas, exibição de texto, Braille, comunicação tátil, letras


grandes, multimídia acessível, bem como escrita, áudio, linguagem simples, leitor
humano e modos, meios e formatos alternativos e aumentativos de comunicação,
incluindo informações acessíveis e tecnologia de comunicação;

ii. “Língua” inclui línguas faladas e de sinais e outras formas de línguas não faladas;

iii. “Discriminação com base na deficiência” significa qualquer distinção, exclusão ou


restrição com base na deficiência que tenha por objetivo ou efeito prejudicar ou
anular o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições com os
outros, de todos os direitos humanos e fundamentais liberdades no campo político,
econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro. Inclui todas as formas de
discriminação, incluindo negação de acomodação razoável;

iv. “Adaptação razoável” significa modificações e ajustes necessários e apropriados que


não imponham um ônus desproporcional ou indevido, quando necessário em um caso
particular, para garantir às pessoas com deficiência o gozo ou o exercício em igualdade
de condições com outras pessoas de todos os direitos humanos e liberdades
fundamentais;

v. “Desenho universal” significa o desenho de produtos, ambientes, programas e


serviços a serem utilizados por todas as pessoas, na medida do possível, sem a
necessidade de adaptação ou desenho especializado. O “desenho universal” não deve
excluir dispositivos de assistência para grupos específicos de pessoas com deficiência,
quando necessário.

V. Dentre as medidas legislativas e administrativas, pode se citar;

i. Normas Constitucionais, como;

a. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - promulgada em


05 de outubro de 1988.

b. DECRETO LEGISLATIVO Nº 186, DE 09 DE JULHO DE 2008 - Aprova o texto da


Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

c. DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 - Promulga a Convenção


Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

ii. Leis federais, como:

a. LEI Nº 4.169, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1962 - Oficializa as convenções Braille para


uso na escrita e leitura dos cegos e o Código de Contrações e Abreviaturas Braille.
b. LEI Nº 7.070, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1982 - Dispõe sobre pensão especial para os
deficientes físicos que especifica e dá outras providencias.

c. LEI Nº 7.405, DE 12 NOVEMBRO DE 1985 - Torna obrigatória a colocação do


símbolo internacional de acesso em todos os locais e serviços que permitam sua
utilização por pessoas portadoras de deficiências e da outras providencias.

iii. Além de Decretos, como;

a. DECRETO Nº 914, DE 6 DE SETEMBRO DE 1993 - Política Nacional para a


Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

b. DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 - Regulamenta a Lei Nº 7.853,


de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras
providências.

c. DECRETO Nº 3.691, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 - Regulamenta a Lei Nº 8.899,


de 29 de junho de 1994, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de
deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.

VI. As medidas específicas necessárias para acelerar ou alcançar a igualdade de fato das pessoas
com deficiência não serão consideradas discriminação nos termos da presente Convenção.

VII. Os Estados Partes comprometem-se a assegurar e promover a plena realização de todos os


direitos humanos e liberdades fundamentais para todas as pessoas com deficiência, sem
discriminação de qualquer tipo com base na deficiência. Para este fim, os Estados Partes
comprometem-se a:

a) Adotar todas as medidas legislativas, administrativas e outras apropriadas para a


implementação dos direitos reconhecidos na presente Convenção;
b) Tomar todas as medidas apropriadas, incluindo legislação, para modificar ou abolir
as leis, regulamentos, costumes e práticas existentes que constituam
discriminação contra pessoas com deficiência;

c) Levar em consideração a proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas


com deficiência em todas as políticas e programas;

VIII. Para permitir que as pessoas com deficiência vivam de forma independente e participem
plenamente em todos os aspectos da vida, os Estados Partes devem tomar as medidas apropriadas
para garantir às pessoas com deficiência o acesso, em condições de igualdade com outras, ao
ambiente físico, ao transporte e à informação. e comunicações, incluindo tecnologias e sistemas
de informação e comunicação, e outras instalações e serviços abertos ou fornecidos ao público,
tanto em áreas urbanas como rurais. Essas medidas, que devem incluir a identificação e
eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade, devem ser aplicadas:

a) Edifícios, estradas, transportes e outras instalações internas e externas, incluindo escolas,


habitações, instalações médicas e locais de trabalho;

b) Informação, comunicações e outros serviços, incluindo serviços eletrônicos e serviços de


emergência.

IX.

1. Os Estados Partes devem assegurar o acesso efetivo à justiça para as pessoas com
deficiência em igualdade de condições com as demais, inclusive por meio da provisão de
acomodações processuais e adequadas à idade, a fim de facilitar seu papel efetivo como
participantes diretos e indiretos, inclusive como testemunhas, em todos os processos
judiciais, incluindo as investigações e outras fases preliminares.

2. A fim de ajudar a garantir o acesso efetivo à justiça para as pessoas com deficiência, os
Estados Partes devem promover treinamento apropriado para aqueles que trabalham no
campo da administração da justiça, incluindo a polícia e o pessoal penitenciário.

X. Os Estados Partes assegurarão que se as pessoas com deficiência forem privadas de liberdade
por meio de qualquer processo, elas terão, em igualdade de condições com as outras, direito a
garantias de acordo com o direito internacional dos direitos humanos e serão tratadas em
conformidade com os objetivos e princípios do à presente Convenção, incluindo a provisão de
acomodação razoável.

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