Você está na página 1de 3

Regime de bens

1 – o que é o regime de bens?

Caio Mário ensina, que regime de bens é o estatuto patrimonial do casamento. As regras que
nortearão as relações patrimoniais entre os cônjuges.

Obs: Regime de bens é um efeito jurídico obrigatório de todo casamento.

2 - Princípios dos regimes de bens.

Pluralidade de regimes

O direito brasileiro fornece uma pluralidade de regimes para que os nubentes escolham entre
eles:.

- Comunhão parcial;

- Comunhão universal;

- Separação convencional;

- Participação final nos aquestos.

Liberdade de escolha

Podem os nubentes escolher livremente e ter os regimes disponíveis.

Obs: Não haverá liberdade de escolha nas hipóteses do artigo 1641 quando incidirá o regime
da separação obrigatória de bens.

Obs da separação obrigatória de bens:

Na separação obrigatória, por entendimento jurisprudencial, haverá a comunhão dos bens


adquiridos onerosamente após o casamento, de forma que este regime imposto pela lei em
muito se assemelham a comunhão parcial.

Mutabilidade motivada. Art.1639 §2

Podem os cônjuges modifica o regime de bens durante o casamento, desde que presentes os
seguintes requisitos.

1- Vontade de ambos os cônjuges;


2- Pedido judicial;
3- Apresentação de motivo plausível.

Pacto antinupcial art 1653 à 1657.

É o documento necessário para que os nubentes realizem a escolha do regime de bens que
incidirá sobre o casamento.

Obs 01: Não a a necessidade de pacto antinupcial para a escolha da comunhão parcial de bens.

Obs 02: O pacto antinupcial deve ser elaborado por instrumento público.

Obs 03: A eficácia do pacto antinupcial depende da celebração do casamento.

Autorização conjugal art 1647 a 1650


É à anuência necessária do outro cônjuge para que um deles pratique os atos previstos no
artigo 1647.

Obs: Não haverá necessidade de autorização conjugal apenas no regime da separação


convencional, ( por ser absoluta).

O legislador quando diz sobre separação absoluta, ele está relacionando sobre a separação
convencional, pela qual o que é seu, é seu, e não do seu cônjuge, já a separação obrigatória de
bens, o patrimônio é dividido igualmente.

Obs: As hipóteses em que a autorização conjugal é necessária encontram-se no art 1647

Obs: A doação remuneratória pode ser realizada sem autorização conjugal.

Obs: Doação remuneratória é aquela dada em contrapartida ao serviço gratuito prestado ao


doador, seu valor não pode ultrapassar o que valeria o serviço caso fosse cobrado.

Obs: A recusa injustificada ao fornecimento da autorização ao pode ser suprida pelo juiz

Obs: O negócio celebrado sem a necessária autorização conjugal pode ser anulada em até dois
anos após o fim do casamento

Comunhão parcial de bens

É o regime pelo qual, via de regra, integram a comunhão os bens adquiridos onerosamente
após o casamento.

O que entra na comunhão:

Os bens adquiridos onerosamente após o casamento.

Também entram na comunhão às benfeitorias realizadas em bens particulares de cada


cônjuge.

Também entram na comunhão os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem esforço dos
cônjuges ( Mega-sena, bringo etc.).

Também entra na comunhão, heranças e doações em benéfico do casal.

Também entram na comunhão os frutos produzidos pelos bens particulares de cada cônjuge.

Não entra na comunhão:

Os bens que o indivíduo já possuía antes de se casar.

Não entram na comunhão os bens adquiridos sub-rogação a bens particulares de um dos


cônjuges.

As obrigações anteriores ao casamento

Os bens recebidos por herança ou doação.

Também não entram na comunhão os bens de uso pessoa, os livros e os instrumentos de


profissão.

Obs: Nestas hipóteses, quando estes bens constituírem investimentos da família deverão ser
partilhados
Também não entram na comunhão os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge.

Obs: O que não se compartilha em verdade é o direito de percepção de proventos, que uma
vez recebidos passam a integrar o patrimônio do casal 1658 a 1666

Você também pode gostar