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REDES

NOTAS DE AULA 3.4


Interface SensorBuses/DeviceBuses/FieldBuses
PROFIBUS

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
PROF. CLIDENOR FILHO
REDES INDUSTRIAIS – NOTAS DE AULA 3 – PROFIBUS

SUMÁRIO
7.8 integração de dispositivos ..................................................................................... 2
7.9 arquivos GSD.......................................................................................................... 3
7.10 EDD (eletronic device description) ......................................................................... 4
7.11 DTM (DEVICE TYPE MANAGER) E FDT (FIELD DEVICE TOOL)................................. 4

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REDES INDUSTRIAIS – NOTAS DE AULA 3 – PROFIBUS

NOTAS DE AULA 3.4


PROFIBUS

7.8 INTEGRAÇÃO DE DISPOSITIVOS

Dispositivos geralmente são integrados por meio do mapeamento de funcionalidades


ao software do operador. O processo é otimizado pelo gerenciamento de dados
consistente durante todo o ciclo de vida do sistema, com idênticas estruturas de dados
para todos os dispositivos. Todos os padrões citados a seguir podem ser usados em
conjunto com o PROFIBUS. Uma representação resumida da integração de dispositivos
pode ser encontrado na Figura 18.

Figura 18. Integração de dispositivos.

Dispositivos PROFIBUS possuem diferentes características de funcionalidade (p. ex.:


número de I/Os, funções de diagnósticos) ou de parametrização da comunicação, tais
como taxa de transmissão e tempo de monitoração. Estes parâmetros variam
individualmente para cada tipo de dispositivo e de fabricante e são normalmente

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documentados nos manuais técnicos. Apesar disto, a fim de tornar o PROFIBUS um


sistema configurável facilmente, tipo Plug and Play, definiu-se um Arquivo de Dados
Eletrônicos do Dispositivo (Arquivo GSD – General Station Description), onde estas
informações são armazenadas.
Existem as mais diversas ferramentas de configuração para a rede PROFIBUS, contudo,
baseado nestes arquivos GSD, é possível configurar mesmo uma rede PROFIBUS
complexa, com os mais diversos dispositivos de diferentes fabricantes, de uma maneira
simples, rápida e intuitiva (vide Figura 19).

Figura 19. Comparação 4 – 20 mA com GSD.

7.9 ARQUIVOS GSD

As características de comunicação de um dispositivo PROFIBUS são definidas na forma


de uma folha de dados eletrônica do dispositivo (GSD). Os arquivos GSD devem ser
fornecidos pelo fabricante dos dispositivos, e ampliam a característica de rede aberta,
podendo ser carregado durante a configuração, utilizando qualquer ferramenta de
configuração, tornando a integração de dispositivos de diversos fabricantes em um
sistema PROFIBUS simples e amigável.
Os arquivos GSD fornecem uma descrição clara e precisa das características de um
dispositivo em um formato padronizado. Tais arquivos são preparados pelo fabricante
para cada tipo de dispositivo e oferecido ao usuário. Seu formato padronizado torna
possível a utilização automática das suas informações no momento da configuração do
sistema.
O arquivo GSD é dividido em três seções:

Especificações gerais

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Esta seção contém informações sobre o fabricante e nome do dispositivo, revisão atual
de hardware e software, taxas de transmissão suportadas e possibilidades para a
definição do intervalo de tempo para monitoração

Especificações relacionadas ao Mestre


Esta seção contém todos parâmetros relacionados ao mestre, tais como: o número de
máximo de escravos que podem ser conectados, ou opções de upload e download. Esta
seção não existe para dispositivos escravo.

Especificações relacionadas ao Escravo


Esta seção contém toda especificação relacionada ao escravo, tais como: número e tipo
de canais de I/O, especificação de informações e textos de diagnósticos nos módulos
disponíveis.

Nas seções individuais, os parâmetros são separados por palavras chave. Uma distinção
é feita entre parâmetros obrigatórios (por ex.: Vendor_Name) e parâmetros opcionais
(por ex.: Sync_Mode_supported). A definição dos grupos de parâmetros permite a
seleção de opções. Além disso, arquivos do tipo bitmap com o símbolo dos dispositivos
podem ser integrados. O formato do arquivos GSD contém listas (tal como velocidade
de comunicação suportada pelo dispositivo) assim como espaços para descrever os tipos
de módulos disponíveis em um dispositivo modular.

7.10 EDD (ELETRONIC DEVICE DESCRIPTION)

Os arquivos GSD, atualmente, não são mais suficientes para descrever todo o conjunto
e especificidade de parâmetros e aplicações. Para realizar esta tarefa utilizamos de uma
poderosa linguagem para a parametrização, manutenção e diagnóstico dos dispositivos
de engenharia do sistema.
A EDD é uma linguagem de texto baseada na descrição dos dispositivos, a qual é
disponibilizada através de comunicação acíclica, incluindo gráficos com opções de
funções, materiais, serviços e instruções.

7.11 DTM (DEVICE TYPE MANAGER) E FDT (FIELD DEVICE TOOL)

Em comparação com as tecnologias GSD e EDD baseadas em descrições, a tecnologia


FDT / DTM usa um método baseado em software de integração de dispositivos. O DTM
é um componente de software que comunica com o sistema de engenharia através da
interface FDT. A tecnologia FDT / DTM está sendo desenvolvida pelo Grupo FDT.
Um DTM é um programa de operação de dispositivos através das funcionalidades do
dispositivo (dispositivo DTM) ou de suas capacidades de comunicação (comunicação
DTM); ele apresenta uma interface FDT padronizada em um quadro de aplicações no
sistema de engenharia. O DTM é programado em uma base específica do dispositivo
pelo fabricante e contém uma interface de usuário separada para cada dispositivo. A
tecnologia DTM é muito flexível em termos de como é configurado.

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A interface FDT é uma especificação de código aberto do fabricante que suporta a


integração de dispositivos de campo em programas de operação usando DTMs. Ele
define como os DTMs interagem com um quadro de aplicação FDT na ferramenta de
operação ou engenharia do sistema. A interface em si é independente do protocolo de
comunicação e está disponível no momento para mais de 13 protocolos, incluindo
PROFIBUS e PROFINET (solução aberta, baseada na Ethernet Industrial e padronizada -
IEC 61158 e 61784 - da PROFIBUS & PROFINET International (PI) para uso universal em
todos os segmentos da tecnologia de automação.

REFERÊNCIAS

• ARAÚJO FILHO, Clidenor F. Redes Industriais. Uberaba, 2008. Notas de Aula da


disciplina Redes Industriais, professor Clidenor Ferreira de Araújo Filho, Cursos
de Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação, UNIUBE.
• FILHO, C. S., Redes Profibus. Belo Horizonte, 2002. Apostila de Redes Industriais,
professor Constantino Seixas Filho, UFMG.
• LAMPERT, Rogério. Redes Industriais. Porto Alegre, 2015. Notas de Aula da
disciplina Redes Industriais, professor Rogério Lampert, Curso de Engenharia de
Controle e Automação, PUC-RS.
• _____________. PROFIBUS System Description – Technology and Application.
Germany - Karlsruhe: PROFIBUS International, 2015. Disponível em <
https://www.profibus.com/>. Acesso em out/nov 2017.
• FLORIANO, J. C., Redes Industriais. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DOS PROFISSIONAIS DE INSTRUMENTAÇÃO, CONTROLE E AUTOMAÇÃO, Anais
do Terceiro Congresso, Salvador, 2003.

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