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Flavio
Na estação ferroviária
Desembarca VERONICA
PAOLO__________________________________________________VERONICA
__________PAOLO________________________________VERONICA________
________________PAOLO____________________VERONICA______________
________________________PAOLOVERONICA__________________________
OFICINA DE TEXTOS
Professor: Paulo MICHELOTTO
Monitoria: Pollyanna de SÁ MONTEIRO
2007
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________________________VPEAROOLNOICA_________________________
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Postado por Oficina de Formas às 10:16 ||
Flavio
Ok Naomi: Ação!
TOC________TOC________TOC ________TOC________TOC________TOC
Corta!
Ação!
TOC____ TOC____ TOC____ TOC____ TOC____ TOC
Corta!
Ação!
TOCTOCTOCTOCTOCTOC
Corta!
Postado por Oficina de Formas às 10:07 |
Flavio
Quero voltar a Cnossos
dizer que foi tudo um erro
para não continuar
Beleza precisa, movimento perfeito
tudo isso esqueceram
Flavio
Sigo em frente de olhos vendados
o alem sussurrando ao meu ouvido
Dentro o medo provoca o gemido
do real mergulhado no sonhado
O dia inteiro
Flavio
Minha ambi-alma
fica supra-vice
Quando sub-trans
o ante-circun
Deste mundo semi-super
Postado às 15:44
Flavio
A boca sela ao dizer o assencial
este é indizível
Como um enigma do enigma
vento de boca que nunca finda
Tentando dividir o indivisível
Postado às 15:41
Flavio
Quem sou eu, quando penso quem sou?
melhor não pensar
Para ser completo e inteiro
esqueça a ti mesmo
Contente-se só com olhar
Lúcia Helena
O SALTO DO SAPATO
O sapato tem salto baixo
Mais baixo que o salto do sapato é o salto do Sávio
Sávio não salta,
Mas salta o sapo
Que sapo salta mais baixo que o salto do sapato?
O sapo que salta
Mas todo sapo salta
Mas não salta como o salto do sapato
O salto do sapato é baixo
Postado às 10:17 |
Lúcia Helena
Sem Título
Pensou Mariana, enquanto se arrumava para o trabalho.Pensou Mariana, enquanto se arrumava para o
trabalho.
Todos os dias a mesma coisa, o rádio noticia o caos em que está a cidade e a dificuldade que ela terá de
enfrentar para cumprir os seus compromissos, inclusive o de encontrar-se com Cris, sua melhor amiga.
Mariana é uma jovem bonita, de longos cabelos castanhos acobreados, que emoldura um rosto de
estrutura perfeita e delicada. Aos 25 anos, formada em Administração de empresas, conseguiu sua
independência financeira ao ser contratada por uma empresa multinacional, para o cargo de
superintendente de recursos humanos. Filha caçula de uma família de quatro irmãos conquistou o direito
de morar sozinha graças ao apoio de seu irmão mais novo, Toni.
A família de Mariana não é rica, mas todos têm boa formação e receberam uma boa educação doméstica.
Seus pais, Seu Romeu e dona Anita, são pessoas simples, e apesar da idade possuem uma mente muito
avançada para o seu tempo. Mesmo com as diferenças entre eles e seus filhos, sempre procuraram fazer o
melhor para o futuro deles dando a todos muito carinho, atenção e conforto, razão pela qual não
conseguiam entender o desejo de sua caçula em sair de casa para morar sozinha. Para D. Anita, a filha
não gostava mais deles devia sentir vergonha dos pais, já idosos e da casa onde morava, visto que agora
ela era uma alta executiva. Esses pensamentos estavam deixando o clima na casa de Mariana cada vez
mais pesado e a tristeza era muito evidente.
Graças à perspicácia e a atitude de Toni, que percebera o que estava se passando com os pais e Mariana,
ele conseguiu, ao seu jeito, mostrar aos pais que eles estavam enganados, que essa fora a forma que
Mariana pensara para amadurecer e crescer com indivíduo, buscando se tornar mais eficiente na sua vida
profissional. Como ela poderia ajudar ou resolver os problemas de sua área – Recursos Humanos – se ela
não tinha nenhum problema na vida a não ser a boa convivência com a família? Como entender quem não
tinha família e não conseguia se ajustar ao trabalho, se esse era um universo nunca imaginado ou
vivenciado por ela? Com esses argumentos e outros mais dramáticos, nem todos verdadeiros, ele
conseguiu convencer a família de que o desejo de Mariana era algo importante para seu futuro. Enfim
todos concordaram, e a ajudaram em seu projeto de vida.
Dessa forma, hoje, Mariana se prepara para mais um dia de grandes compromissos e de trânsito infernal
em sua cidade.
Devido ao acidente na via principal, Dr. André, um respeitável médico do Hospital de Urgências da
cidade, referência para os demais hospitais, enfrenta o problema de como chegar a tempo para seu
plantão, pois todos os acessos estão bloqueados por conta do acidente.
Enquanto pensava em suas dificuldades, percebeu a dificuldade que a ambulância estava tendo para se
aproximar do local onde as vítimas se encontravam, foi então que ele notou que estava bem mais perto,
imediatamente colocou o carro sobre uma calçada para livrar a passagem e saiu em direção aos feridos.
Ao chegar, constatou que se tratava de uma mulher e duas crianças, onde os meninos choravam muito,
mais pelo susto do que por ferimentos. De imediato ele percebeu que o garoto mais velho estava
segurando o braço esquerdo, como se este não pudesse se mover, ele cuidadosamente, como todos os
médicos dedicados fazem, retirou a criança do carro e ajudou a colocar uma tipóia improvisada,
acalmando o garoto que logo parou de chorar e pediu para ele ajudar sua mãe. André vendo que ela esta
desacordada, priorizou o atendimento ao outro garoto, que embora não tivesse nenhum ferimento
aparente, não parava de chorar. Acalmado o segundo garoto e colocado junto do irmão, André foi
verificar a situação da mãe, nesse momento a ambulância, enfim, chegou ao local do acidente.
Após chegar ao Hospital, André descobriu que a mãe dos garotos se chamava Cristina ou Cris, como os
amigos a chamavam. Cris estava indo levar os filhos para a escola e depois ia se encontrar com sua amiga
Mariana, para quem, ela pedira aos médicos para avisar do acidente e de onde ela se encontrava.
Postado às 00:08 |
Lúcia Helena
OFICINA DE TEXTOS
Professor: Paulo MICHELOTTO
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UM DIA FINDOU
O tempo esfriou
A rua fechou
O carro quebrou
O chefe atrasou
O sinal quebrou
O mundo parou
Postado às 00:00
Aberto Fechado
Espaço Tempo
Aberto Fechado
Espaço
Tempo
Aberto
Fechado
Espaço
Temmmmm : poooooooo
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()
Espaço aberto
Tempo fechado
OFICINA DE TEXTOS
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Postado às 11:27 |
Flavio
Visitei uma galáxia muito distante
Onde tudo era perfeito
Nada é muito quente nem muito frio
Tudo o que desejar, estende-se a mão que vira
Não a cheiro ruim
Todas as noticias são boas
Ninguém chora de tristeza
Ninguém tropeça na pedra
Rir é pratica constante
As crianças são bonitas e felizes
Todos os homens são bonitos
Todas as mulheres são bonitas
Porem eles não conhecem a beleza
Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
Lúcia Helena
CARTA DE ADEUS
Após tantos anos de brutalidade, destruição, humilhação e indiferença com o nosso sofrimento, hoje
quando tantos já morreram tantas lágrimas derramaram, é que te dás conta de nossa existência.
A vida é única para todos que tem vida.
Todos têm o seu papel e seu significado.
Um não vive sem o outro.
Porque demorastes tanto a isso compreender.
Quase não posso mais te ajudar.
Estou fraca, sem forças, sem ânimo.
Amo-te tanto, mas me tratastes muito mal.
Agora me pedes, me implora para que eu viva.
Que vida tu pensas que podereis me dar, se tanto de mim tirastes e quase nada mais me resta.
Lamento meu amigo.
O teu amor é grande, mas o tempo foi o meu algoz.
Eis que é chegada a minha hora.
Pensa em tudo que me fizestes.
Procura te corrigir.
O futuro, ninguém conhece, mas o presente, o antecede.
Deixo-te meus filhos.
Cuida deles e tereis a vida que eu podia te oferecer, mas só agora consegues perceber.
Adeus amigo Homem.
A ti deixo todo o meu amor.
A Mãe Natureza.
Postado às 22:52 |
Lúcia Helena
DIANTE DO ESPELHO
Tanto tempo já passou, mas as lembranças ainda tão fortes, não a libertam para a vida. Tudo lembra
aquele amor, que de tão grande ficou para sempre marcado em seu ser. Cada detalhe da sua vida lembra
dele. Existem momentos que ela chega a pensar que ele está a seu lado como sempre fazia, chegando de
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Voltando do trabalho, quando ela chega em casa e constata o vazio que está, é o momento em que tudo
volta em sua mente. A alegria que era se arrumar para esperá-lo pro jantar, cuidar da louça, do seu prato
favorito e o vinho que ele gostava. Depois juntos cuidavam de tudo, dos pratos, da organização da casa e,
enfim um do outro.
As conversas intermináveis sobre tantos assuntos, que eles mesmos não sabiam como havia tanto sobre o
que conversar enquanto juntos curtiam uma música suave, o vinho e o amor que os unia.
Agora, diante do espelho, enquanto se arruma para se deitar, é o momento de maior saudade que ela
sente. É algo tão forte e poderoso que mesmo acordada e senhora de todos os seus sentidos, ela vê no
espelho seus braços fortes a abraçá-la, seus lábios quentes a murmurar palavras de carinho a seu ouvido e
beijar-lhe a nuca suave e amorosamente, fazendo todo seu corpo estremecer de paixão e, quando já não
sentindo mais controle de si mesma ela se vira para abraçá-lo e a ele se entregar com todo o seu amor,
então percebe que tudo não passou de uma ilusão diante do espelho.
Postado às 22:51
Lúcia Helena
DA JANELA DO SEU QUARTO
Enquanto a noite descia, da janela do seu quarto ela olhava, o mundo que surgia.
Um mundo de festas, balbúrdia e alegria.
Casais de namorados a passear, amigos que se encontravam a se abraçar, toda uma vida a pulsar,
Enquanto, da janela do seu quarto ela olhava, o mundo passar.
SÓ - C.MABEL
quero a música
dos corpos,
falar com você
sobre mim,
eu, sobre você,
e dizer
que sinto,
e sentir
o prazer,
de ouvir tua música
e a minha,
ofegante,frenética,tranquila, silêncio...
QUADRO - C.Mabel
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
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QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
QUADRO
Postado às 15:52 | C.MABEL
O CONTRÁRIO DE VAZIO - OU CHEIO -
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Postado às 15:49
VAZIO - Cristiane Mabel
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Postado às 15:46
5 minutos ao dia –
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Cristiane Mabel
eae filé
Funk do elefantinho
perereca e tromba
perereca e tromba
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perereca e tromba
uma mistura de primeira
pensa bem
pensa reto
sai de perto, se não guenta
vem pro baile
balança tromba
que a perereca entra
perereca levada, perereca sapeca
balançando a noite inteira
perereca e tromba
Postado às 10:55
Simone
Titica
De galinha,
De gato,
De cachorro,
De cavalo,
De elefante...
Do mundo.
Postado às 13:32
Simone
Dentro do quarto escuro da solidão, busco janelas abertas para poder respirar.
Falta O ar.
Nas janelas, as travas não querem abrir;
Elas não estão no quarto, estão em mim.
Calma!
Os cadeados partiram com o tempo,
Estão no pensamento, Já não existem mais.
Afinal, paz!
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Postado às 13:21
Simone
Possibilidades
Durante aquele fim de semana, pensei em encher a cara, tomar todas, tudo tava uma droga mesmo. O
casamento estava por um fio, que na verdade só eu acreditava que existia, porque ele já havia partido há
muito tempo. Desde a última conversa na semana anterior, sabia que não estava nada bem, mas como a
esperança é a última que morre resolvi acreditar, ela acabou morrendo. Não sei o que esperava mais, tudo
havia definitivamente desmoronado.
Passei o resto da semana remoendo um sentimento amargo inacreditável, parecia uma TPM infinita, mas
quem tem amigo não está só, e uma dessas criaturas me convidou para conhecer uns parentes que morava
numa outra cidade, duas horas de viagem num ônibus caindo aos pedaços. Eu não tinha nada a perder,
então iriamos até aquele fim de mundo, quem sabe não consiguiria me divertir uma pouco.
Nós conversamos sobre vários assuntos, entre eles sobre essa dor insuportável que me incomodava
absurdamente. É horrível lembrar de Camões nesse momento e ter certeza que o desamor e o inverso dos
seus versos. Tem momentos na vida que a gente se comporta como um perfeito idiota, em nem precisa de
manual. Mas afinal, consegui desabafar.
A cidade era pequena, parecia que havia parado no tempo, e que era um lugar muito mais distante, quase
onde Judas perdeu as botas, mas me senti em casa.
Chegamos com poeira até nos olhos, a estrada não era asfaltada e o carro não era coberto, o que tornou
nossa viagem bastante emocionante, principalmente quando a mala despencou e tivemos que parar duas
vezes para pegá-la.
Não estou sendo sarcástica é que a vida é assim mesmo.
Um banho era só o que eu queria, e depois jogar um pouco de conversa fora. Sempre tive muita
curiosidade em relação a essas cidades pequenas, trazia lembranças que não compreendo muito bem, mas
que eram muito agradáveis. Talvez dos livros de português ou de estórias contadas por minha avó,
sentada na cadeira de balanço enquanto todos os netos ficavam a sua volta.
Fique sabendo que haveria uma festa de aniversário. A principio achei que não daria certo.
À noite a festa foi demais, esqueci de tudo, pensei somente em mim e descobri que assim é muito mais
fácil ser feliz. Não enchi a cara, mas me diverti imensamente.
Meu ex? Não soube mais dele, acho que deve está por ai vivendo, afinal viver é muito bom. Aliás, no
próximo final de semana vou continuar vivendo muito bem, obrigado.
Postado às 13:07
Simone
- Qual foi a última vez que você esteve aqui?
- Não lembro, mas fazia um calor infernal.
- A Rosinha veio com você na época.
- Que Rosinha?
- Tua noiva.
- Nunca tive noiva com o nome de Rosinha.
- Como não, e quem era aquela moça com quem você veio à festa?
- Não sei, não conheço.
- Como não conhece? Você até me apresentou.
- Então eu estava bêbado.
- É, pode ser.
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Postado às 12:57
Simone
A escrivaninha estava cheia de livros, a caneta caída no chão, e um lápis com borracha em cima da
prancheta. Na maquina de escrever uma folha de papel com um endereço datilografado: Rua Nova
América, número 82. Nas paredes muitos pôsteres de ídolos da musica pop. A cama estava arrumada,
com cores muito fortes. Havia um quadro com dois pássaros pintados que parecia acrílica sobre madeira.
Duas cadeiras estavam postas uma em frente da outra, e havia um montante de revista em cada uma. Em
baixo de uma delas um gatinho dormia sossegadamente, indiferente a tudo. O jarro que estava na mesa
não tinha água e as flores estavam secas. No banheiro havia duas toalhas de banho e nenhum sabonete,
duas escovas de dente, um creme dental e dois pentes. O tapete emborrachado tinha motivo de peixinhos
azuis num mar azul. A cortina era meio alaranjada, nada parecia combinar. O fogão ficava próximo à
cama, separado apenas por uma parede muito fina, que dava para sentir o calor. Dois pratos estavam
dispostos sobre o fogão virados de boca para baixo. Havia ainda uma pia pequena próxima ao fogão, nela
estavam duas caixas e um abridor de lata. A geladeira era muito velha, acho que azul, meio desbotada
pelo tempo, mas lembrava essa cor. A janela ficava próxima à cama, e através dela dava para ver o parque
da cidade, embora ela não pudesse ser aberta, via-se as árvores gigantescas que rodeavam todo o
quarteirão. Não havia grades, mas grandes travas presas na posição horizontal. Não havia vidraça, mas as
frestas eram enormes.
Depois de muito tempo examinado o local, não sabíamos o que realmente havia acontecido, ou qual a
razão do endereço deixado no papel, uma vez que a casa pertencente àquele número já havia sido
demolida a mais de 10 anos. Compreendíamos apenas que precisávamos saber para onde eles teriam ido,
deixando todos os pertences e de maneira súbita.
Postado às 12:47
Simone
Esperando o que?
Observava há horas e não conseguia compreender as razões da espera. Que diabos estava fazendo naquele
lugar debaixo daquele sol insuportável? A principio pensei em perguntar, mas achei melhor não puxar
conversa. Eu havia passado logo cedo para ir ao supermercado e lhe dirigi uma frase de cumprimento,
recebi um bom dia de volta. Naquele bairro, era muito comum os vizinhos se cumprimentarem, sempre
todos muito amáveis, porém não me recordo de ter visto vizinhos novos. Três horas depois retornava do
supermercado, e aquela criatura permanecia parada no mesmo lugar, limitei-me a um boa tarde, pois já
passava do meio dia, e segui para casa. Da janela da sala observava aquela figura parada no mesmo lugar.
A principio pensei que fosse cego, pois usava óculos escuros e "olhava" fixamente para uma única
direção, mas quando o garoto caiu da bicicleta, tentando passar com o sinal aberto, ele ajudou a levantar e
por um instante tirou os óculos e enxugou o suor. Pude então vê seus olhos escuros, tinha uma expressão
de tristeza muito grande. Depois que ajudou o garoto voltou para o mesmo lugar. Com certeza estaria
esperando por alguém que provavelmente não havia chegado ainda. Anoiteceu e a aquela imagem não se
modificava.
Nesse dia passei todo o tempo em casa, não havia para onde ir, o que é bastante comum nos meus fins de
semana. A televisão e o rádio foram minhas únicas companhias, mas de momento em momento
lembrava-me e dava mais uma olhada na janela. “Qual seria a razão para alguém passar o dia inteiro
parado no mesmo lugar? Estaria em missão de espionagem? Acho que estou assistindo sessão da tarde
demais”.
Coloquei todos os trabalhos em dia, peguei o filme que havia locado e resolvi assistir, mas não conseguia
me concentrar, pois na última vez que fui até a cozinha tomar um pouco d’água, olhei novamente pela
janela e o quadro era o mesmo.
Já passava das onze horas e o sono estava insuportável. Na noite anterior havia passado na casa de uns
amigos numa comemoração de aniversário, aliás, foi um churrasco muito especial, pena que não foram
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todos do escritório, principalmente o pessoal de apoio que são muito divertidos. Nós conversamos até as
três da manhã e o sono estava “para lá de depois”.
Fui ao banheiro tomar um banho e me prepara para dormir e mais uma vez olhei pela janela, nada havia
mudado. Diante desse quadro imutável me questionei mais uma vez o que estava acontecendo.
Na manhã seguinte não o vi mais, talvez a pessoa por quem esperava tivesse chegado, ou talvez tenha
cansado de esperar. Não sei porque estou me preocupando com isso, não o conhecia, nem mesmo sei
como se chama, mas seus olhos negros e tristes ficaram na minha lembrança, será que um dia voltarei a
vê-lo?
Postado às 12:31
Simone
- Sai da frente!
Isso é uma tortura mental, uma casa pequena com saídas diversas, parece um queijo suíço cheiro de furos,
e a imagem que se projeta para fora dela é monstruosa, derrama informações por todos os lados. São
palavras enormes, confusas, parece que a qualquer momento vai explodir. Imagine se aquela bolha
enorme e transparente vai conseguir sai daquele espaço minúsculo. Afinal quem a colocou lá?
O telhado esta quase quebrando e as portas já voaram longe. Parece um monstro que infla loucamente. Na
sua transparência é possível ver as frases, são muitas e embaralhadas, parece que a agora vai explodir.
- Sai da frente!
Uma parede já caiu, a bolha desliza pela rua absorvendo outras palavras, frases ainda mais confusas
coletadas no caos da cidade.
- Sai da frente!
O que será que esse amontoado de informações pretende, esmagar a humanidade?
- Sai da frente!
Onde está aquela agulha idiota?
Ploft.
Ufa! Finalmente estourou, será que machucou alguém?
Postado às 12:21
Simone
Quando descobriu que era soro positivo, deprimido e confuso não se reconhecia diante do espelho. Havia
sido socorrido dias antes, e não suspeitava que os exames realizados no hospital pudessem trazer algo tão
tenebroso.
O que havia acontecido? Nunca acreditou que aconteceria com ele. Era muito jovem e prematuramente
descobria que poderia não ter mais tempo. Afinal tempo para que?
A vida sempre lhe pareceu medíocre, mas pensava que não teria mais tempo, e dessa forma, esquecendo-
se de si e dos outros resolveu “viver a vida”.
Talvez consiga esperar durante muito tempo a morte que um dia virá, ou verá que na sua espera outros
irão, pois esquecendo de si e dos outros também resolveram viver a vida.
Postado às 12:16
Simone
Coisas de meninas
Elas tinham os vestidos cuidadosamente escolhidos, alguns produzidos por mães outros comprados em
lojas especializadas. Exuberantes, pareciam deslizar na passarela. Quando perdiam um sapato, até que
não acontecia muito estardalhaço, mas quando caia uma perna ou um braço, era um drama inconsolável.
Nem sempre havia alguém que as encaixasse novamente e as meninas caiam no choro. Quando surgia um
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voluntário disposto a resolver o problema, recolocando braços ou pernas, elas felizes da vida retomavam
a brincadeira, “mergulhando” no mundo da imaginação onde é possível brincar de boneca imitando a vida
real.
Postado às 12:12 |
Simone
Solidão
Um barco, uma mulher, um peixe, todos mortos numa tela. Vida acabada! Agora era apenas tinta num
pequeno espaço limitado, não diz mais nada, mas no passado foi capaz de inspirar sonhos e sentimentos.
É desconcertante olhá-lo e não sentir as mesmas emoções. É triste saber que o tempo passou e que a tela
já não fala mais. O silêncio é tão insuportável que incomoda os ouvidos.
O que fazer quando nem os sentimentos falam?
Acho que o melhor é apagar a luz e ir dormir, amanhã é outro dia.
Postado às 12:09
Flavio
Num súbito acesso de raiva, (o marido lhe trouxe goiabas durante toda a estação)
Mulher partiu a goiaba.Tirou-lhe os caroços, cada vez mais difícil de engolir!
E transforma junto a quilos de açúcar o motivo de sua pena num delicioso manjar!
doce de goiabas, suaves... fulmegantes...
o constante mecher a colher de pau ia aos poucos lhe tornando forte, musculosa,
daqui a pouco não precisaria mais dele...de mais ninguém...
Sentia-se independente,
E toda aquela história sobre ela ser frágil...
E começava a perceber uma mulher desconhecida
que ninguem tinha apresentado
e que ninguém conhecia
só ela.
Postado às 16:20
Soluções para evitar assalto em Banco
Marta Margarida
Cabines transparentes à prova de bala, onde por detrás de um vidro transparente a prova de bala e
intercomunicado entre si, os funcionários atenderão.
Clientes vestidos de roupa vítrea, fechadas com a chave guardada em local seguro.
A saída para os bancareos se dara em porta bem escondida em local seguro escondida entre as outras
portas da cidade
Mas esta solução seria perfeita se o cauculo matemático não tivesse tornado os ladrões mais violentos. e
eles começaram a invadir as casas, roubar as pessoas nos carros ônibus, praias escolas e em todos os
locais humanamentes habitados.
As grandes corporações que produzem proteção individual (em massa) então criaram a proteção que foi
ultilizada para o cliente não ser assaltado no banco para as pessoas uzarem na rua...
De vez em quando elas se esbarram com suas casas portáteis....
Sua proteção hoje as obriga a ter um grande espaço entre si ... já não se cumprimentam.....
não apertam as mãos.... estão se tornadndo pessoas cada vez mais irritadas....
Postado às 16:08 |
Impaciência
Marta Margarida
Não sou absolutamente contra ela e acredito que a recíproca é verdadeira. No momento estou
imcapacitada de dizer-lhes como seria a vida sem ela, pois nunca ficamos sequer um instante de nossas
vidas longe uma da outra. Sem mais delongas podem nos chamar de In(eu) a Iang(ela). Somos os dois
lados da mesma pessoa e por, vezes, morri de vontade de atira-la no décimo quinto andar. Não, não me
arrependo. Aliás, se arrepedemento matasse eu viveria oitocentos anos!
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Entro na sala de estar, roupa pronta para enferntar mais um dia de dia ensolarado, pessoas, sorrisos,
conversas. Um pouco de alegria não faz mal a ninguém. Visto minha indefectível roupa colorida. Óculos
de sol, dinheiro no bolso. Encontro minha cara-metade sentada no sofá. Pijama, cara de sono, olheiras
profundas. Numa mão uma xícara de café, na outra meia dúzia de anti-depressivos. “Que cara é essa?”
Indaga. Parece que voltou de um enterro...
“Não vou cair nessa não” respondi com raiva. “Dessa vez você não vai me deprimir”. Ela ignora ainda
mais minha alegria de viver. Quebra meus dentes de felicidade como se fossem formigas. “Como assim?
È você que está nitidamente deprê. Quer um destes?” Aponta os anti-depressivos sobre sua mão.
Respondo negativamente com a cabeça. Ligo a TV para espantar um pouco um tédio.
“Isso me dá dor de cabeça”. Desliguei em respeito a ela. Abro aspas para explicar-lhes que, caso seja o
nome que você já ouviu falar, maníaco depressivo, bipolar, transtorno do humor, não acredite em tudo
que lhes dizem! Tem muita asneira sendo dita por ai. Somos pessoas doces e bem mais equilibradas do
que muita gente por ai. Sensíveis e... “PARA DE FALAR! TÁ ENCHENDO O SACO!”
Desisto por um instante. É nessa horas que faço cara feia. “Ei, peraí! O chato dessa relação sou eu.” O
pior é que ela está certa. Ela é a chata, eu sou a boazinha. Peço desculpa e logo percebo que minha função
é tentar reanima-la. Vou até a janela, abro a cortina e abro sorrateiramente. “ Veja que dia ensolarado.
Vamos dar uma volta?” digo sorridente. “Ta louca? Câncer de pela mata mais do que acidente de carro.”
Tento reverter a situação. “ Se bem que tem umas nuvens vindo por ali. Acho que logo vão cobrir o sol”.
“Já estou vendo... chuva, resfriado, bronquite, pneumonia... vá sozinha. Mande lembranças depois, na
UTI”. Pergunto o que posso fazer para anima-la e ela como sempre me responde que para anima-la basta
que eu não pergunte mais isso. Fico ainda mais irritada.
Desisto por um instante. É nessa horas que faço cara feia. “Ei, peraí! O chato dessa relação sou eu.” O
pior é que ela está certa. Ela é a chata, eu sou a boazinha. Peço desculpa e logo percebo que minha função
é tentar reanima-la. Vou até a janela, abro a cortina e abro sorrateiramente. “ Veja que dia ensolarado.
Vamos dar uma volta?” digo sorridente. “Ta louca? Câncer de pela mata mais do que acidente de carro.”
Tento reverter a situação. “ Se bem que tem umas nuvens vindo por ali. Acho que logo vão cobrir o sol”.
“Já estou vendo... chuva, resfriado, bronquite, pneumonia... vá sozinha. Mande lembranças depois, na
UTI”.
Pergunto o que posso fazer para anima-la e ela como sempre me responde que para anima-la basta que eu
não pergunte mais isso. Fico ainda mais irritada...
Chamo pra sair com os amigos, ela afirma que são todos falsos. Me irrito mais uma vez, fecho a cara,
chuto o cachorro quebro o vaso de flores que ganhei de herança de minha avó querida.
Ela: “Calma... Você está muito nervosa. Desse jeito eu me animo”. Não tem jeito. Sorrio sem saber ao
certo se é de desistência ou adesão. Fito seu olhar profundo e deprimido e disparo “ Realmente. Sem você
eu não existiria”.
Ela fia encabulada. Reflete por uns momentos. Sorri de volta num pequeno lapso de bom humor. Não o
humor sarcástico de sempre. Humor de verdade, de bondade, de cumplicidade. Sim! No fundo, no fundo
somos cúmplices e nenhum vive sem o outro. Bipolaridade é a doença da moda, mas não para nós duas.
Somos autenticas, unha e carne, o arroz e o feijão.
Ela percebe seu sorriso involuntário. Fecha a cara, muda a expressão voltando ao seu estado normal. “
Droga. Cadê meu antidepressivo e minha lâmina de barbear? Tenho que cortar os pulsos!” Lá vamos nós
de novo.
Postado às 16:05 |
Impaciência
Não sou absolutamente contra ela e acredito que a recíproca é verdadeira. No momento estou
imcapacitada de dizer-lhes como seria a vida sem ela, pois nunca ficamos sequer um instante de nossas
vidas longe uma da outra. Sem mais delongas podem nos chamar de In(eu) a Iang(ela). Somos os dois
lados da mesma pessoa e por, vezes, morri de vontade de atira-la no décimo quinto andar. Não, não me
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21
Amanda
Eu quero
Flavio
Postado às 10:44
Flavio
Com astucia e esquiva
Eu busco as trevas
não quero e prossigo
enxergando o prejuízo
no decurso desta espera
Postado às 10:35
Flavio
Cosmos vasto, para pequena existência
Somos poeira no universo
Contendo em si um universo
Cosmos vasto, para pequena existência
Postado às 10:33
Flavio
Tratar o pensar como espaço
com régua, compasso e mármore frio
Trata de enganar-se de imediato
quando marulham no espaço
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24
Postado às 10:25 |
Flavio
Cantava o relógio
Tic. Tac
Tic. Tac
Tic . Tac
Tic . Tac
Tic . Tac
Tic . Tac
Cai a pedra
Tic .
Tic .
Tic .
Tic .
Ti .
Ti .
Ti .
T.
T.
.
Postado às 10:20
Flavio
Soprou a poeira
Viu que estava completo
E alegrou-se
Mirou as estrelas
Sentiu que estava incompleto
E sonhou
Parla!
Disse depois que quebrou o mármore
E conquistou
Postado às 10:19
Flavio
Juventude
Só a casca
Tempo
as caolhas
as zarolhas
as pernetas
as zambetas
as remelentas
as berebentas
as piolhentas
as crequelentas
as suvaqueiras
as pentelheiras
as bagulheiras
as bagunceiras
as berrugentas
as desdentadas
as cachaceiras
as peidorreiras
- Acho que você não colocou aqui não, se não eu já tinha visto.
- Espera! Achei!
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27
- Não te falei?!
Postado às 11:40
CONTOS DE JANELA - I
A MOÇA DA JANELA
Cristiane Mabel
E quando não estava debruçada sobre a janela, como de costume, a moça da janela corria para vê-lo
passar, prestando uma homenagem a ela; Ao menos era o que pensava.
- ele sabe meu nome.
O manicômio que Paula vivia ficava na rua Padre Inglês, no centro de Recife.
A moça da janela, como era conhecida no bairro, tinha uma mente fértil e quando não era capaz de
reconhecer os barulhos típicos do centro - e também as pessoas que passavam por ali - inventava nomes e
histórias, parentes e amores, todos eram conhecidos, e obviamente convidados a visitá-la na sua mansão...
Postado às 20:37 |
BOM MENINO
BOM MENINO
C. Mabel Medeiros
Naquele dia Raíssa saíra com os amigos, combinaram de andar na avenida principal da cidade, à beira
mar. Os cinco amigos conversavam, riam, tomavam umas cervejinhas e comiam espetinhos, quando de
repente... Foram abordados por dois jovens rapazes:
- Passa tudo, celular, dinheiro, bora boy, bora, passa,passa,passa!
Raíssa assustada olhava insistentemente para um dos rapazes, enquanto ele apontava sua arma para o
grupo.
- É jovem, bastante jovem...
Pensava. Bem vestidos passavam por qualquer daqueles transeuntes da avenida.
Raíssa não conseguia parar de olhar para ele.
Aquele rosto ficou alguns dias na sua mente.
Passado o susto, Raíssa resolveu sair com seu namorado, desta vez foi ao shopping. Era mais seguro!
Entrou numa dessas lojas de departamento bastante popular, escolheu algumas peças de roupa para si
mesma. Quando prestou atenção numa senhora acompanhada de um rapaz muito atencioso.
– provavelmente seu filho. Pensara.
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28
Marconi Lira
A ilha
Pessoas
Pessoas Pessoas
Pessoas Alguém Pessoas
Pessoas Pessoas
Pessoas
Postado às 18:27 |
Marconi Lira
Noite de sono
- Miau
Miaaauuuuu
Miau
Miiiiiiiiiiiaauuuuu
Miaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuu
Miaauuuuuuu
MiauAuauuuuuuuu
Raaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuuuu
- Cale a boca, gato maldito!
- Rauuuuuuuuuuuuu
Miau Au au
-Que cantoria dos infernos!
- Raú u u
- Mas já te dou um jeito.
- Tome!
- Zum!
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29
- PAF!
- MIAU! ... au, au, au
-
-
-
- Meu Deus! Acho que o matei.
-
- Ora, eu não queria,foi sem querer. Eu precisava dormir. Vou trabalhar pela manhã bem cedo. Preciso
dormir e ele com aqueles miados não estava deixando. Tá bom, era só um gato. Existem muitos outros
por aí. Uaaaaaa!
-
-
-
- miau?
-
- Miauu. Miau au au
-A peste não morreu! Maldito gato! Essas pragas devem ter sete vidas realmente!
- Miaaauuuuu
Miau
Miiiiiiiiiiiaauuuuu
Miaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuu
Miaauuuuuuu
MiauAuauuuuuuuu
Raaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuuuú
Raú
Raú
Raú, raú
- Ahrrrrrhrrh!
- E agora,José?
Postado às 09:10 |
Marconi Lira
Sem brigar
Calma, amor
Mas que horror!
Pra que gritar?
E se estressar?
Vamos parar
Vamos pensar
Vamos sorrir
E nos amar!
Postado às 09:09
Marconi Lira
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30
O gato
Gato miou
Gato pulou
Gato caiu
Em pé ficou
Gato pulou
Gato miou
Em pé ficou
Gato caiu
Gato miou
Gato pulou
Gato caiu
Em pé ficou
Postado às 08:56 |
Hiji
Jorge, exatamente pontual. ( capítulo 1 - apresentação)
--Ufa! Até que enfim são 21h00!!!- pensou. Agora já posso entrar em casa!
Jorge era um sujeito extremamente pontual, doentemente pontual. De acordo com sua inseparável
companheira agenda, ele deveria chegar em casa às 21h, mas não por volta disso, sim exatamente às nove
horas da noite em ponto! Quando, por um motivo qualquer, chegava alguns minutos antes, esperava
ansioso em frente à porta, acompanhando cada milésimo de segundo como se aguardasse a explosão de
uma bomba atômica que determinaria a extinção da vida no planeta. Sua tensão era tanta que o coração
acelerava, o ar lhe faltava tornando a respiração ofegante, o corpo suado vibrava a cada segundo... Parecia
estar lutando pela vida em um campo de batalha cheirando a sangue e cheio de cadáveres, equilibrando-se
na tênue linha que separa nossa fútil existência de um simples corpo inanimado degradando-se ao relento.
Nesse momento a imagem de Jorge representava o homem nos fins dos tempos, em pleno apocalipse,
onde os deuses e anjos desceram à Terra para o Juízo Final.
Uma vez dentro de casa, aliás, do apartamento, Jorge seguia metodicamente o horário pregado na
geladeira, no guarda-roupa, no espelho do banheiro... Comia, tomava banho, mijava, dormia, tudo no
tempo meticulosamente planejado. Seu lema era fazer "a coisa certa na hora certa", o que levava
extremamente à risca. Acreditava que assim pouparia preocupações futuras, então mantia tudo sobre
esmerado controle. Não se apressava nem se atrasava.
Continua ( tenho que sair da net)...
Postado às 20:11
Hiji
Efeitos sem causa( parte1)
___Ele era um sujeito calmo, simpático, tímido até. Mas frente a mudanças repentinas, as pessoas
mudam. Depois de um assalto, sua mãe, sua tia e seu primo pequeno foram mortos. Levaram não só
celulares, bolsas e dinheiro, mas também três vidas inocentes de seus entes queridos. Destruíram sonhos.
___Odiou a humanidade.
___Passou a andar armado, uma faca escondida na cintura. Andava destemido, como se a faca espantasse
qualquer mal que porventura aparecesse. Mas ele era um sujeito calmo, simpático, tímido até. Não teria
coragem de usar a arma nem mesmo para cortar uma cebola.
___Nessas andanças, já tarde da noite, foi abordado enquanto passava por uma rua deserta. Sentiu o corpo
tremer. O ladrão apontou uma faca e pediu seus pertences. Foi pegar a carteira, mas puxou a faca.
___Num piscar de olhos a arma estava profundamente enfiada no pescoço do bandido, até o cabo,
perfurando a traquéia. Os olhos dele esbugalharam-se, soltou um gemido quase inaudível. Sentiu o
sangue escorrer quente e viscoso pela sua mão. Um sorriso sinistro brotou dos seus lábios. Desembainhou
a faca do pescoço e a recolocou diversas outras vezes. A cabeça pendeu e rolou no chão.
___Ajoelhou-se.
___Ajoelhou-se e dissecou o corpo. As vísceras saltavam pelo abdomen. As costelas estavam à mostra.
Por entre elas enfiou a faca no coração que aos poucos estava parando. Retirou um lenço do bolso, limpou
a arma e guardou. Colocou um bilhete dentro da boca do cadáver.Foi embora.
___Não havia sido o primeiro cadáver, já havia matado outros três. Um por sua mãe, um por sua tia, um
por seu primo. Sentia-se satisfeito em tê-los vingado, embora não fizesse a menor noção de quem eram os
bandidos, julgou o acaso parte de sua vingança. Mas havia matado o quarto. Por pura e simples diversão.
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Não sabia explicar o porquê, mas ficava em êxtase quando sentia o cheiro do sangue, a lâmina afiada
entrando e rasgando a pele do seu alvo.
___Por um momento esqueceu os pensamentos e adormeceu. E teve bons sonhos.
Continua...
Postado às 18:29
Hiji:
Hi-ji-kais?
Hai-kais!
Forte.
Mas quem vencerá
A morte?
Preguiça.
Corpo humano
Que enguiça.
Suicídio.
Ciclo se interrompe.
Desperdício.
Postado às 18:22 |
Hiji
Retrato de Família
Pai, mãe, filho, filha , avó paterna. Todos aguardam o disparo do flash. Os mais velhos ficaram ao fundo;
da esquerda para a direita a avó, o pai e mãe. A filha, que aparenta 15 ou 16 anos, e o seu irmão um pouco
mais novo ficaram no centro, em frente aos pais. A família assim reunida, embora pequena, emana uma
confortante sensação de harmonia e carinho. O fotógrafo procura o melhor enquadramento, o melhor
local para a foto, pede a todos para sorrirem e dispara o flash.
Cai a pose. A filha empurra o irmão, que devolve com um chute nas pernas. A mãe nervosa puxa o
menino pelos cabelos e lhe dá um tapa. O pai, constrangido por estar na festa do seu chefe, segura o braço
da esposa com força e pede que pare. A avó paterna diz para seu filho que solte aquela mulher, aquela
vagabunda que estava se insinuando para o fotógrafo. A filha acende um cigarro e começa a fumar.
Vem chegando o dono da festa. O pai, que detesta seu chefe, recebe-o muitíssimo bem, agradece pelo
convite, elogia a festa e o convida para uma foto com a família. Todos posam novamente, unidos,
sorrindo.
O tempo se encarrega de apagar os amores, as brigas, as vidas. Mas os retratos que falarão por nós, quem
os apagará?
Postado às 18:01 |
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o banco
([{$$$$$$$$}])
a banca
"inho"
o banco
([{0000000}])
a banca
"ão"
Postado às 14:17
Flavio
meu e teu
_______________________euetu__________________________
____________________eu___e___tu_______________________
_________________eu______e_____tu_____________________
_____________eu__________e__________tu________________
________eu_______________e_______________tu___________
________eu___________e___________________tu___________
________eu________e______________________tu___________
________eu____e__________________________tu___________
________eu__e____________________________tu___________
________eue______________________________tu___________
Postado às 14:10 |
Flavio
vai
diga k vou
diga k v
diga k voo
k boto ovu
Postado às 14:07
Flavio
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fica____________________________________ai
fica_________________________________ai
fica____________________________ai
fica______________________ai
fica_______________ai
fica________ai
fica___ai
ficaai
mas é teimoso né!
Postado às 14:03 |
Flavio
Pomares de
Poemas
Podes o
Podre
Podar?
Passa o
Passado
Passar!
Passa
Podre
Poema de
Pomar
Postado às 13:59
Flavio
Funk do menino no telhado
é rochaaaaaa
bibita nabuxa
leleca kituxa
meleca tutuxa
pilica latuxa
agala laxuxa
menica catuxa
igita bubuxa
estica kipuxa
pepe,pepe
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é rochaaaaaa
bibita nabuxa
leleca kituxa
meleca tutuxa
pilica latuxa
agala laxuxa
menica catuxa
igita bubuxa
estica kipuxa
pepe,pepe
pulaaaaaaaaaaaaa
Postado às 10:58 |
C. Edu Salles
Sim e Não
Postado às 09:39
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C. Edu Salles
Postado às 09:34 |
C. Edu Salles
DESEJOS
Teu corpo
O labirinto perfeito que não canso de desvendar
Cada novo ângulo, uma descoberta
Olhos e boca, expressam a forma perfeita do que chamam ternura
Tuas pernas, teus seios
O idioma perfeito do que chamo luxúria
Nada parece ser mais arrebatador que a sua imagem
Postado às 09:31 |
C. Edu Salles
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Estou imerso
Nas poucas palavras que ouso lançar ao mundo
E, ainda que imundo,
Me banho na fonte dos mais puros versos
Postado às 09:30
C. Edu Salles
Não acredito que eu falei isso. O que ele vai pensar de mim?
Não se preocupe? Disse ele - também to nervoso, pra ser sincero não costumo ter como cliente uma cara
tão jovem.
Confesso que fiquei um pouco lisonjeado, mas o nervosismo não passou totalmente. Isso não teria
acontecido se Ryo não tivesse esta idéia maluca. É meu aniversário, finalmente cheguei aos dezoito. Meu
melhor amigo, o Ryo, resolveu me fazer uma surpresa me, pois no carro e falando que já era hora de eu
me tornar homem me trouxe para este apartamento. Há pouco tempo atrás, no elevador, Ryo começou a
dizer que sabia qual era minha orientação, que eu não tinha coragem de ficar com homem nenhum, que
isso era uma bobagem e que resolveria meu problema me apresentado uma pessoa.
Não sei ao certo. Podemos conversar um pouco antes? - Falei sem esconder o constrangimento.
Claro que sim! Eu disse a seu amigo que meu amigo que cobro por hora.
Essa aí me deixou com raiva agora, não é minha idéia estar, aqui eu só resolvi entrar porque qualquer
coisa era melhor do que enfrentar o Ryo naquele elevador. Eu iria dizer o que? Que era tudo mentira?
Coisa da cabeça do Ryo? Que eu não tinha esta preferencia? Como eu poderia explica que até agora eu
nunca beijei ninguém? A velha desculpa que eu estou esperando uma garota especial não cola mais.
Está fazendo um calorão não é? Enquanto falava Zack tirou a camisa deixada seu dorso malhado a
mostra.
O cara é um tesão! Bronzeado com cabelos meio louros, acho que ele deve surfar também. Zack está
vestindo uma calça no estilo ginástica e julgando pelos pesos espalhados pelo amplo cômodo que serve ao
mesmo tempo de sala, quarto e cozinha, Zack é um rato de academia. Eu estou me sentido um idiota. Ryo
me pegou na saída da escola e se eu tivesse trazido outra camisa na mochila o garoto de programa aí iria
saber onde eu estudo. Pai você estava certo quando me disse que sempre deveria trocar de camisa na
saída do colégio, mas acho que você estava pensado de me prevenir seqüestro.
Por que você não tira a camisa também não precisa ficar constrangido não?
Estou com tanta vergonha que devo parecer um tomate. Eu sempre esqueço que é importante tomar um
sol de vez em quando. Mesmo assim tirei a camisa.
Relaxe cara. Falando isso Zack se posicional atras da cadeira que seu estava sentado e pôs as mãos nos
meus ombros simulados uma massagem. Logo após ele começou a esfregar seu membro nas minhas
costas e aproximar sua boca não meu pescoço. Num reflexo dei um salto da cadeira e pegado minha
camisa sai às pressas do apartamento. Notei que Ryo me esperava do lado de fora ainda no hall.
PARTE 2
Eu não tive coragem. Mais uma vez eu não tive coragem. Ryo vai ficar uma fera.
Meu pagamento! Quero minha grana agora! - Zack saiu com fogo nos olhos.
Ryo permaneceu como estava. De olhar baixo puxou do bolso duas notas de vinte e jogou-as na direção
do garoto de programa. Quarenta. Quem é que vale quarenta? Eu sou o Zack? Droga! Como vou explicar
para o Ryo que não houve nada e que eu fugi como um garotinho assustado e chorão?
Não precisa me contar detalhes. ¿ afirmou de ainda de cabeça baixa e me empurrando para o elevador.
Não quero detalhes!! ¿ ele me interrompe mais uma vez agora gritando.
Neste momento pude notar o brilho das lágrimas que caíram de seu rosto.
Eu não estou entendendo mais nada. Como você pode me amar se me trouxe para transar com um
prostituto?
Continuei na mesma, sem entender nada. As lágrimas lutavam para sair do rosto do meu amigo que se
esforçava para não as deixar cair. Eu tentei me aproximar dele, mas neste momento uma velhinha entrou
no elevador. Ryo passou as mãos no rosto com a indisfarçável vontade de não dar bandeira. Eu não parei
um minuto de olhar para ele. Chegamos ao térreo e tomei a iniciativa desta vez.
No carro não trocamos nenhuma palavra. Mas eu conseguia parar de olhar para ele. Ryo me levou até um
parque próximo ao centro da cidade. Procuramos, ainda silenciosamente, por um lugar tranqüilo e
afastado para não sermos incomodados. Sentamos sob a sombra de uma árvore e na grama. Olhei
fixamente para Ryo até que ele dissesse algo.
Dereck, cara eu tinha mesmo que fazer alguma coisa. ¿ Ryo falava quase se atropelando nas palavras -
Não sei como eu comecei com esta idéia do presente de aniversário. O que eu queria mesmo era fazer
você se liberar um pouco. Imaginei que quando você tivesse sua primeira experiência você me notaria e
baixaria o muro que você construiu em volta de si mesmo.
Faz um bom tempo que eu te observo nos corredores da escola. Seguia-te com o olhar. Admirava sua
beleza e meiguice com todos. Contudo por mais que eu tentasse nunca consegui ficar na sua sala. Até este
ano. Dereck, tudo era novo para mim. Eu nunca havia me apaixonado por um cara antes. Mas eu não
parava de pensar em você.
E como poderia? Sempre ocupado, seja com o time, o grupo de teatro, o cineclube e o grêmio estudantil.
Sempre rodeado de garotas e evitando a companhia masculina.
Como eu te falei Dereck. Eu te observo faz tempo. Notei que mesmo evitando outros garotos olhava
diferente, com segundas intenções, para alguns deles. Embora você disfarçasse muito bem.
Por que não falou nada? Por que esperou tanto tempo?
Eu tentei. Por mil vezes eu tentei Dereck, mas você nunca me deu uma chance. Já foi difícil me tornar seu
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2007
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amigo. Não sou bom em criar planos, mas você sempre gostou de ensinar o resto da turma. Então resolvi
tira notas baixas em tudo e depois pedir para você me dar umas aulas.
Então foi por isso que neste ano suas notas são tão ruins. Você está se arriscando por mim?
Como não? Eu vi como você saiu do apartamento do Zack, sem camisa e bem vermelho. Com que você
estivesse feito de tudo naquelas duas horas.
Não Ryo? Eu não fiz nada. O máximo que o Zack conseguiu neste tempo foi me fazer tira a camisa, me
deixar supreenvergonhado e me fazer sair correndo de lá. Só isso. Eu não tive coragem.
Não. Lembra-se que você sempre me perguntava por que eu até hoje era virgem?
Na maioria das vezes eu respondia que esperava por ALGUÉM especial e pelo visto encontrei.
Ryo olhou para mim e sorriu discretamente disfarçando a lisonja. Eu afaguei seu rosto e recostei minha
cabeça sobre suas pernas. Olhei para cima. Ele afastou meus cabelos da franja e me deu um beijo na boca.
Era a primeira vez que eu beijava um garoto e este dia, o dia do meu aniversário marcou o início de nosso
namoro.
Postado às 20:15 |
Ronaldo da Silva
À OLHO NU
Essa é uma historia de dois irmãos, um se chama Rômulo e o outro Abel, o primeiro é um se chama
homem que está bem sucedido nos negócios econômicos, já o outro é boêmio e galanteador e sem
nenhuma pretensão com o futuro. Os dois sempre se deram bem, desde a infância Rômulo dialogava com
Abel de uma maneira diplomática, ajudava-o com os estudos, quando este apresentava dificuldade de
aprender algo. Abel logo que entrou para a escola já foi conquistando as meninas com sua junção de
beleza e simpatia, ele desde pequeno apresentava traços bem definidos, tanto no semblante quanto na
estrutura física, desenvolvendo esses traços ao amadurecer. Já Rômulo era um garotinho magro, muito
branco e esquálido, um típico protótipo de nerd, não tinha sucesso com as garotas de sua rua e nem de sua
escola.
Apesar de suas diferenças físicas dos dois irmãos, eles não tinham choques de culturas. Eles vieram de
uma família de classe média baixa, em que a mãe dava aula em uma escola publica, e o pai trabalhava em
um banco, como vigia. Os dois estudaram em várias escolas, tanto publica quanto privada, eles tiveram as
mesmas oportunidades só que caminhos diferentes. Rômulo seguiu uma carreira de negócio em uma
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empresa multinacional, almejando uma posição majoritária, já Abel foi trabalhar como vendedor de livros
e escreve alguns contos que não chegaram a ser publicado, ficando na obscuridade. Dos dois, só Rômulo
construiu família, tendo dois filhos e uma esposa que o traia por falta de sexo no casamento, já Abel não
tem uma visão mais critica do mundo, diferente de Rômulo que tem uma visão mais lucrativa, em que as
relações humanas se baseam em custos e benefícios.
No natal houve uma ceia na casa de Rômulo, e Abel foi convidado, lá naquela mesa farta Rômulo viu o
quanto ele já conseguiu, uma estabilidade no emprego, uma família e posses materiais, mais quando ele
olhou no fundo dos olhos do irmão e viu que lhe faltou algo, o próprio irmão. Rômulo não demonstrava
que sempre invejava o irmão com o seu jeito carismático de ser, ele na verdade queria ter as virtudes de
Abel, tanto física quanto relacional. Nessa mesma noite eles ficaram na biblioteca de Rômulo, bebendo e
conversando até tarde, foi quando Abel começou a elogiar o irmão por se dar bem na vida.
Foi quando Rômulo fez um movimento brusco pegando na nuca de Abel dando um beijo na boca de
Abel, conduzindo-o até a poltrona, lá Rômulo sodomizou Abel, como se estivesse sugando a sua essência
vital, memorizando a face do irmão que gemia de dor e prazer, pedindo que o irmão fosse mais devagar
no movimento de vai e vem de sua região sacra. Logo após o coito anal a relação dos irmãos ficou
turbulenta. Abel não demonstrou ter problemas, enquanto Rômulo gostou da experiência de possuir e
dominar o seu irmão, mas ficou paranóico com a idéia de ser apontado na rua como um pederasta
incestuoso. Para acabar com esses “demônios” que habitavam sua mente, teve a idéia de convidá-lo a uma
conversa. Os dois passaram o final da tarde rodando a estrada e conversando sobre o ocorrido, Rômulo
não tinha mais problema de falar o que sentia, tendo o pensamento desviado para outra coisa. Rômulo
pediu que Abel saísse de dentro do carro, ordenando-o que este seguisse em frente, Rômulo com a mão
tremula sacou uma arma de dentro de seu casaco, deu três tiros nas costas de Abel, matando-o. Em
seguida cinco minutos depois, ele resolveu levar uma lembrança de seu querido irmão, arrancando do
cadáver o par dos olhos. Depois de decepar o órgão sensorial do irmão morto, enterrou em uma cova rasa
de um terreno abandonado, terminando a noite em bar, bebendo gim.
Postado às 20:11
Milena de Andrade
E aos prantos saiu correndo. Joaquim ficou sem entender direito o que havia acontecido e chorou.
Era o fim.
Postado às 18:09 |
Milena de Andrade
Dividindo
Divagando
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Dissolvendo
Dividendo
Dividando
Di
(vi)
Da.
Postado às 18:08
Milena de Andrade
Sobre a tela
Sob o teto
Sobre ela
Sob ele
Sobre o mar
Sob o céu
Sobre a terra
Sob o solo
Sobre tudo
Soube nada.
Postado às 18:06
Sexta-feira, 7 de Dezembro de 2007
C. Edu Salles
Psicografia de uma auto-biografia não autorizada
Nasci numa manjedoura, cercado de animais. Uma estrela brilhava intensamente no céu, bem em cima da
estrebaria. Mas aí chegou outro casal, com um burro (parece que tinham reserva) e tivemos que sair. Foi
melhor assim. Com os meus problemas de coluna, carregar uma cruz seria um verdadeiro calvário!!!
Cedo, fui obrigado a abandonar os estudos. Por isso não aprendi a ler, só a escrever. Razão esta que, mais
tarde, me levou a enveredar pelos caminhos da filosofia. Aos treze anos, a conselho médico e sob terrível
pressão familiar, abandono o hábito da chupeta. Com isso, inicio minhas sessões de psicoparapsiquiatria
aplicada, para recuperação emocional. Mas o hábito da amamentação permanece até os dias atuais.
Quando criança sonhava em me tornar um ninja justiceiro, michê só para senhoras idosas ou vendedor de
carnê do Baú da Felicidade. Aprendi a nunca desistir dos meus sonhos e por isso, depois de muito
perseverar, já realizei dois deles! Mas um dia conseguirei me tornar um grande vendedor do carnê do
Baú, só basta acreditar em mim mesmo.
Meus hobbies são adestrar poodles amostrados, vender pamonha na praça e operar minha retro-
escavadeira de estimação. Vez por outra, pra defender o orçamento, faço uns bicos como cover artístico
do Tiririca, mas nunca me atrevo a querer me comparar com esse inquestionável mestre do humorismo
internacional! Também gosto de estudar a belíssima obra poética do rei, Reginaldo Rossi.Sou um cara
simples e sem vícios. Só bebo e fumo quando jogo. Não sou supersticioso, porque isso dá azar. Meus
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maiores feitos até o momento foram ter um romance com Shakira, ganhar o prêmio Nobel na categoria
melhor cover artístico e ter o incrível privilégio de conhecer pessoalmente Space Ghost! Sem esquecer,
claro, da emoção de publicar meus quadrinhos me tornando, assim, um cartunista mundialmente
desconhecido.Se pudesse dar um só conselho a alguém eu diria:“ Mesmo que você esteja mais perdido
que surdo em dia de bingo, onde quer que você esteja, você sempre estará lá. Afinal, o importante é o que
importa pois se não importasse não seria importante!”.
Postado às 14:04 |
C. Edu Salles
O ILUMINADO
Certa vez eu estava andando tranquilo e sereno pela estrada a fora quando, de repente, ouço uma voz
vinda lá de cima:
-Mas o que é que tu tá fazendo, porra?!
Surpreso com a indagação pensei comigo mesmo, será? Será que finalmente é chegado o momento do
encontro tão esperado por uma vida inteira???
-És tu, Deus?! Responde!!!- mas naquele momento não obtive resposta à minha tão bem formulada
pergunta. Talvez, para que o contato prosseguisse, eu precisasse insistir na tentativa de continuar este
divino diálogo, afinal de contas, "Ele" expôs uma questão de extrema profundidade e que deveria ser
respondida:"Mas o que é que tu tá fazendo, porra?"
Realmente. Qual o verdadeiro sentido que estou dando a minha vida? Creio que poderia estar fazendo
mais por mim e por meus próximos, semeando a bondade entre as pessoas, trilhando um caminho de luz!
Não posso estagnar, devo realizar todos os grandes atos ainda que pareçam impossíveis, suscitar a
prosperidade... Como fui abençoado em receber essa intervenção divina em minha vida!!!
-Vai, Deus! Continuemos a prosa!!!
Alguns minutos se passaram e o silêncio ecoava ao infinito até que:
-Mas tu é um bundão!!!- disse de forma estridente a mesma voz de antes, vinda lá do céu.
Fiquei estarrecido com a veemência de sua afirmação. O que eu havia feito para receber tal classificação?
Qual a razão desta afirmação?! Claro!! A humildade!!! Por mais auto-suficiente que se possa ser, por
mais orgulho que eu possa deter, estaremos sempre ao julgo de um ser mais elevado! Tudo parece tão
mais claro agora! Devo aceitar a designação a mim ofertada como mostra de respeito e, acima de tudo,
humildade. Quem sabe, a maior das lições que um bundão poderia receber na vida! Graças a Deus!!!
-Obrigado, Senhor, por fazer de minha pessoa objeto de sua suprema sabedoria! A intervenção feita em
minha vida agora, renderá frutos, iluminará meu caminho e fará de minha jornada uma trajetória repleta
de paz, amor e sabedoria!!!
Naquele instante, logo após o término de minha emocionada declaração, olhei para cima e vi dois
funcionários da companhia telefônica fazendo a manutenção das linhas. A voz que havia escutado era de
um deles. Fiquei completamente chocado com a descoberta!!! Quer dizer então que.. que.. Deus havia
utilizado o corpo daquele pobre homem como instrumento de evangelização!!! Que coisa incrível!!!
Antes de partir eu sorri e a voz declamou:
-Tá olhando o quê??? E tu, Oliveira, seu bundão! Mas tu é mesmo um incompetente!!!
Postado às 13:00 |
Hiji
PARTE 1
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Personagens:
Ato Único.
S, para M: Doutor, aqui estão os exames dele. ( Dá os exames para M, que recusa-os).
S: 88mg/dl, doutor.
S: 70 a 100mg/dl.
S: 203mg/dl, doutor.
M: Valor de referência?
S: Até 200mg/dl.
M: Colesterol HDL?
S: 50mg/dl, doutor.
S: 4,06mg/dl.
M: Risco?
S (chamando a atenção do médico): Doutor, o paciente tem sentido queimação no peito, dor torácica
constritiva, taquicardia...
Postado às 19:57
Hiji
PARTE 2
S e P entreolham-se.
S: Doutor, a paciente tem sentido queimação no peito, dor torácica constritiva, taquicardia, palpitações,
dispnéia, sudorese...
M: Humm.. Glicose?
S: 88mg/dl, doutor.
M: Valor de referência?
S: 70 a 100mg/dl.
S: Sim, doutor..
M: Pouco..Certeza?
S: 203mg/dl.
M: Certeza?
M: HDL?
S: Cinqu..40mg/dl.
S: 6,33mg/dl.
M: Risco?
M: Sim?
S: Mas..
S coloca o estetoscópio, dirige-se até o paciente e coloca o diafragma no lado direito do peito do paciente.
M: O propósito do estetoscópio é excluir ruídos estranhos, mantenha o tubo curto, não superior a 30/35
centímetros...e as olivas devem adaptar-se rigidamente dentro do ouvido para bloquear ruídos externos.
M: Humm..
S e P entreolham-se.
S (chamando a atenção do médico): Doutor, o paciente tem sentido queimação no peito, dor torácica
constritiva, taquicardia, palpitações, dispnéia, sudorese...
Postado às 19:59
Hiji
PARTE 3
S: Sim, doutor!
S: Doutor, o paciente tem sentido queimação no peito, dor torácica constritiva, taquicardia, palpitações,
dispnéia, sudorese, febre, edema, síncope, cianose...
M: Humm..(Pausa). Glicose?
M: HDL?
S: 30mg/dl, doutor.
S: 11,76mg/dl.
M: Risco?
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M: Ahn?
S: Exame de varredura para a tromboflebite em pacientes de alto risco e para identificar a trombose de
veia profunda; o fluxo sanguíneo venoso para os membros é calculado através do volume e das alterações
de resistência vascular.
M: Hum, eu tinha certeza que era isso..(Pausa menor).. Qual o sexo do paciente?
S: Masculino, doutor.
M: Bebe?
S: Sim, doutor.
M: Fuma?
S: Sim, doutor.
M: Usa drogas?
S: Sempre, doutor.
P (assustado): Mas..
M, para P: Morra!
M (tirando a bata): Pronto, está feita nossa catástrofe. (para S): Bebe?
S: Sim, doutor!
M: Fuma?
S: Sim, doutor!
M: Usa drogas?
S: Sempre, doutor!
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Fim.
Postado às 20:00
Maria Denice
O sonho continua
Você mostrou o caminho
mesmo nos dias frios
que brigamos, te desejo
Te espero, mesmo querendo ir embora
Sei que seus beijos me revivem
Conheço o teu olhar,
mesmo quando fechas os olhos
para que não te veja chorar
Teu sorriso me deu a busca intensa
de te fazer sorrir
Lembro do primeiro beijo...
Lembro como me evitou...
porque sabia que ao se entregar...
estaria perdida...
Sabia que sem mim não existiria você.
Postado às 18:00 |
Maria Denice
O que há além da porta.
Mas olha, não era ninguém... Era apenas um galho que o vento empurrou e bateu no vidro sujo da porta...
Mas e antes...
Será que foi apenas o vento?
Postado às 17:59 |
Maria Denice
E se houvesse paz no mundo?
Postado às 17:58 ||
Maria Denice
O fio da vida me levou você
E eu segui andando sem olhar pra traz
Tive medo em meu percurso
Desejei que tudo voltasse e fosse apenas um sonho triste.
Mas as cartas estavam guardadas no fundo da gaveta
O diário que rasguei já não existe
Os nossos momentos
Nossas fotos, já não vejo
A nossa música não escuto
A lembrança do nosso amor já não existe
As feridas sicratisaram,mas deixaram marcas
Os desejos morreram
As flores que me deste murcharam como as tuas promessas
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Postado às 17:58 |
Maria Denice
O corpo caído.
Postado às 17:57 |
Maria denice
Ram
Me compraram
Me venderam
Me usaram
Me roubaram
Me bateram
Me chutaram
Me deixaram
Me prenderam
Me Estupraram
Me largaram
Me comeram
Me Cuspiram
Me cantaram
Me beberam
Me despiram
Me enganaram
Me esqueceram
Me infligiram
Postado às 17:56 |
Maria Denice
O dia em que Luci morreu
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Lucí foi trabalhar no dia 16 de Outubro, uma terça feira. Seria um dia Comum, só mais um dia na vida de
alguém. Porém esse alguém não teve mais dia. Ela tomou um café, pegou sua bolsa e saiu para encerrar
sua rotina.
Na esquina da rua principal, ela, encontrou a saída. Essa saída no entanto foi crucial... uma viagem sem
volta... um motoqueiro, vestido em couro escuro findou sua melancolia.
Lucí era uma moça comum, sem grandes sonhos ou perspectivas. Morava sozinha em uma casa pequena
que tinha um canteiro com muitas margaridas. Seus vizinhos chamavam-la “ margarida Lucí”, ou apenas
Lucí por margarida. As margaridas de Lucí eram famosas... Todos queriam ter uma para si.
Espera um pouco, acho que me perdi, mas como foi a morte de Lucí? Já era tarde da noite e o motoqueiro
mostrou o caminho...a partir daí Lucí não teve mais dia... Só noites escuras na vida de Lucíola.
A história real:
Tu recolhes, gota-a-gota, as minhas lágrimas, e as usas para regar as plantas, quase secas, do teu jardim.
Tuas plantas se refrescam com elas, e tu pereces te refrescar com a minha dor. Talvez eu esteja enganada.
Mas minhas lágrimas nem te comovem mais. Você toca nelas, manuseia como se fossem um objeto
qualquer, e depois as usa para fins banais.
E todas as minhas espectativas esvaem-se, porque o mínimo que eu poderia esperar das minhas lágrimas
era que tocassem você. Mas não... Você é que toca nelas. Toca, mas não sente, e depois joga fora.
Bem, ao menos restam a cor, a vida, e o perfume das tuas flores no jardim, pra me fazer sentir a doce
ilusão de que não foram em vão as minhas lágrimas.
Sim. Serviram para algo relevante:
Alegraram os jasmins e as orquídeas.
Postado às 12:31 |
Do alto do céu
No azul de seu manto
A lua de mel
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O céu estrelado
Guarda com muita firmeza
O céu azulado
Com muita beleza
Postado às 22:58 |
Lúcia Helena
LÁGRIMAS
Da terra se vão
Amizades que saem
O amor no coração
São lágrimas que caem
Postado às 22:57
..Elizanete Santana..
ABRAÇO
Estou me sentindo bem melhor agora. E por isso estou escrevendo esta carta, porque queria que soubesse.
Sei que aconteceram muitas coisas entre nós, coisas boas e ruins, mas eu não gostaria que as ruins
ficassem gravadas em minha mente.
Sei que agimos como crianças, que nos machucamos com ações e com palavras... É, nos machucamos
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bastante. Mas a verdade é que as agressões físicas não me doeram tanto, e já não me dóem mais no
coração, apesar de eu me lembrar delas de vez em quando. O que me dói mesmo é quando eu me lembro
das suas palavras cheias de ódio, e dos seus olhos cheios de rancor, porque eu não conhecia você assim.
Eu só conhecia seus olhos de carinho.
Passaram-se alguns dias, até que nos encontramos novamente, lembra? Mas dessa vez você estava sereno.
Eu vi o seu sorriso. Nós conversamos enquanto a brisa fria da noite soprava em nossos rostos. Eu me
senti leve e tranqüila como há algum tempo não me sentia, e creio que você também sentiu isso.
Vi você, não mais como aquela pessoa estranha, e sim, novamente como aquele que eu sempre conheci:
alguém diferente, especial. Eu senti tanta paz naquele momento. Nós sorrimos juntos. Foi algo maravilho
de sentir depois de tantos conflitos e tanta angústia.
Naquele momento voltamos a ser quem éramos: duas pessoas que se entendem sem palavras, duas
pessoas que se respeitam e que se gostam. Foi como um sonho pra mim, e o melhor de tudo é que foi real.
Ali, trocamos não mais agressões e insultos, e sim, um gesto de carinho: um abraço. E o que eu mais
desejei foi que aquele momento não acabasse nunca, porque você estava lá do meu lado.
Você estava lá, e com aqueles olhos de carinho que eu sempre conheci.
Postado às 20:59 |
Clarissa Machado
Poeminha antes de dormir
Postado às 13:11 |
Clarissa Machado
Tempo
Personagens:
Pessoa 1--- segura um livro nas mãos.
Pessoa 2---com uma lixa de unha nas mãos.
Pessoa 3---segura um jornal nas mãos.
Pessoa 4---com um espelho nas mãos.
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Cenário:
Limpo, sem objetos no palco, apenas as quatro pessoas,
dispostas uma de costas para as outras formando um quadrado.
Luz:
Bem clara para que todos possam ver bem os movimentos.
Figurino:
Calça preta, blusa vermelha e descalço.
As quatro pessoas estarão de costas umas para as outras, seus movimentos serão guiados pelo marcador
que a cada 360 graus a velocidade da marcação aumentará.
Enquanto as pessoas giram no sentido horário, cada uma com seu objeto na mão fingem ler, olhar-se no
espelho ou lixar a unha. Quando a velocidade já estiver bem rápida as pessoas sairão cada uma para um
lado do palco. Fim da apresentação.
Postado por Oficina de Idéias às 13:05 |
Postado às 10:28
A família Coimbra possui um certo prestigio social na região de sua rua, essa prole tinha o habito de
seguir os padrões morais e religiosos. O chefe da família é o senhor Joaquim, um homem que tem como
ganância o acumulo de capitais. Já a matriarca é uma mulher muito religiosa que tem três filhos, duas
mulheres e um homem, no qual este é o privilegiado da família. A atração principal desse enredo é a
moça mais nova da família Coimbra, Helena tem 26 anos e esta cursando faculdade de letras, trabalha em
uma escola pública perto de sua casa. Ela é uma garota de aparência vistosa e esguia, o pai tem planos de
que ela se case com um rapaz de posses e prestigio social. A família de Helena deu uma educação de
moça de família, por isso tinha muito sonhos acerca do futuro da moça, que foram frustrados por um
evento ocorrido na vida de Helena, a professorinha chegou a sua casa dizendo ter sido estuprada por cinco
homens na saída da faculdade. Após este dia, Helena passou uma semana enclausurada no seu quarto.
Após o evento o pai da moça prometeu que irá encontrar esses estupradores e empalá-los, já a mãe da
moça reza todo noite para as almas deles irem para o inferno. Os cidadãos estão revoltados com esse
acontecimento, afirmando que irão esfolá-los vivos. Um ano se passou e os cinco homens não foram
encontrados, mas a mãe de Helena encontrou alguns escritos particulares no quarto da moça dentre eles
havia um relato minucioso do ato do estupro: “Minhas mãos acariciavam o pênis ereto do crioulo, em
quanto outro me penetrava com seu rígido e voluptuoso membro em minha boca, e os outros três ficavam
fitando a cena, masturbando-se, e ao mesmo tempo em que eu era deflorada e que particularmente, eu
adorava, pensava no momento em que ao paga-los, irei vê-los indo embora, contando as cédulas. E como
se a minha essência fosse junto com eles.” Ao ler, ficou perplexa, a mãe mostrou ao pai e resolveram
internar a filha em um sanatório da cidade. Lá Helena encontrou sua essência que havia perdido toda
noite ela utilizava o serviço do vigilante e do faxineiro do sanatório.
Postado às 16:15
Domingo, 2 de Dezembro de 2007
Simone
Flutuando
Naquela noite voei sobre a cidade, que mesmo morando há tanto tempo, não parecia familiar. Os prédios
davam uma sensação de angustia e desespero, pareciam puxar tudo para baixo , tentei me equilibrar e
manter a altura. Por alguns momentos as árvores e os telhados roçavam minhas pernas, com movimentos
bruscos tentava melhorar minha altitude. Imaginei poder andar naquela altura, mas as pernas não se
adaptavam a falta de chão, resolvi voltar a planar. Era um misto de satisfação e medo, mas o desejo de
voar era tão forte que superava o temor. Chegava agora a hora mais difícil, voltar ao chão, era o local
"seguro", mas assustava muito mais.
Durante várias noites tive o mesmo sonho, voava durante muito tempo sem consegui sair do mesmo
lugar.
Postado às 21:11 |
Maria Denice
Um dia na vida...
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Diogo saiu de casa para cumprir mais um dia na vida. Era em sua rotina normal, estava em um coletivo a
caminho da faculdade, mas quando chegou ao terminal de integração do ônibus, viu o caos... E por um
instante sentiu-se perdido e não soube o que fazer... “E agora José? A luz apagou, a água secou...”
Então pensou sobre o caso:
_O que vou fazer? Se os manifestantes fecharam as ruas... não entra nem sai ônibus!
_Ah, já sei! Vou de metrô! Mas ai chegarei atrasado...
_Ao menos chegarei, tarde, mas chegarei!
Tic, tac...
_Droga o metrô está cheio!
_Que dia de cão...
_Acho que pisei em rastro de corno, ou joguei pedra na cruz.
_Ainda por cima não tenho um puto de crédito no celular pra ligar pra puta da professora e avisar que
estou levando o trabalho... É bem provável que ela vá embora e não queira receber meu trabalho, fazendo
com que eu perca a viagem.
_Como eu sou azarado! Se eu tivesse saído mais cedo...
_Tic, tac...
_Droga, o metrô está mais lerdo que funcionário público na manhã de segunda feira...
Tic, tac...
_Finalmente cheguei ao terminal do metrô!
_Puta que pariu! Aqui também tem protesto...
_Quer saber? Que se fodam todos, vou a praia encher a cara e rir da cara de que está tentando chegar ao
trabalho ou a faculdade...
Esse foi o relato do acontecido em um dia na vida do personagem, que existe em cada um de nós num
determinado momento da vida.
Postado às 19:47 |
Maria denice
Será que será?
Lutar, correr...
Pedir, bater...
Sentir, perder...
Matar, sofrer...
Simone
Desde a última vez que estivemos na Rua das Mangueiras, não houve nenhum progresso no caso do
desaparecimento de Ana e Alberto Valadares. As pistas eram escassas, não conseguimos maiores
informações na redondeza, pois os dois não moravam naquele bairro, utilizando a casa apenas como setor
de pesquisa e estudos. De acordo com os vizinhos ambos tinham um comportamento reservado, porém
amável, sempre apareciam ao local nas terças quartas e sextas, raramente nos finais de semana.
A área permanecia isolada há quase duas semanas, o que não é conveniente para esse tipo de
investigação. Mas havia um ponto muito curioso levantado por um dos investigadores que esteve na área
no inicio da semana, que sugeriu um pouco mais de cuidado por parte da equipe. Dentro do vaso de flores
havia uma substancia um tanto curiosa de cor amarelada que não fazia parte da constituição da água, nem
das flores secas que encontramos no vaso. Solicitamos a análise da substancia e percebemos que havia
algo muito curioso, parecia tinta, a mesma que fazia parte de todo o rodapé da sala e do quadro que
observamos nos primeiros dias. Por que aquela pequena linha de tinta num vaso e no rodapé?
Postado às 17:09
Milena de Andrade
Haicais
Correio
Eu e você
No meio.
Dois
Depois que fundiu:
Fodeu.
Contar segredos
Parece fácil
Mas dá medo.
Postado às 14:06
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Milena de Andrade
- essa casa é pequena demais para nós dois. (disse ela, dando as costas)
- então que saia você. (disse ele, de cabeça baixa)
- eu não tenho para onde ir.
- e eu não sei viver sem ter teu cheiro na nossa cama.
- no seu caso, pode ficar com a cama.
- eu não pretendo levá-la daqui
- e eu não quero que continues aqui.
*silêncio*
*silêncio*
Vários bisquits cafonas enfeitavam a prateleira de mogno frutos de suas viagens guardadas em álbuns de
fotografia que estavam no baú carcomido pelas traças que devoraram lembranças de tempos que nunca
vão voltar tempo de amores não vividos, cartas embaladas em laço de cetim guardadas na caixinha de
bijouteria na segunda gaveta do criado mudo ao lado da cama que um dia foi de sua falecida bisavó
portuguesa que usava xales enormes e fedorentos cheios de broches antigos de santos iguais àqueles que
estavam no altar que sua mãe tinha feito em memória dos entes queridos que partiram dessa pra uma
melhor e eram tão amáveis com sua pequena que brincava nos corredores do velho casarão em péssimo
estado numa rua que já foi gloriosa em outros tempos mas agora só abriga casebres e bares de bêbados
imundos que deixam ligado sons hediondos na rua justo na hora em que ela gostava de ler um desses
romances de que ela comprava na barraca do Seu Silva que era casado com a menina que fazia faxina na
sua casa toda terça feira pela tarde e que todas as vezes antes de ir embora comentava que uma onda de
gripe assolava pelo bairro que agora alem dos casebres e dos bares de bêbados imundos tinha uma
relojoaria de uma velha que falava ofegante que tem em sua casinha uma prateleira de mogno com vários
bisquits cafonas.
Postado às 01:19
Maria Eduarda Neves
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Sonhar faz mal, nunca ninguém que sonhou chegou a ser feliz, sonhar é ter ilusão de que se pode ser feliz,
acho que na verdade sonho é a felicidade em dois minutos em uma noite fustrada. Odeio sonhar, toda vez
que aquilo que eu queria acaba junto ao meu sono me sinto tão péssima. Gosto de ter pesadelos, ai sim!
Como são bons, no maximo eles podem ser a realidade e quem disse que realidade tem que ser bom, né?
Depois que Craudinha disse que uma tal d Macabea que ela leu nesses livro de colégio, morreu por
sonhar desisti de sonhar. Um dia desses quando esqueci de não sonhar queimei a única roupa bonita que
eu tinha,parecia de granfina cheia de lantijola, e eu ia justo com essa brusa pro baile sábado pra me
arranjar, dizem que dá tanto moço bonito por lá que parece aqueles artista de tv!
Postado às 00:47
Ricardo Mendes
Capítulo V
Passaram-se vinte históricos e longos anos naquele diálogo intermitente entre o magnífico Jow e sua
garotinha. Sim, só foram cinqüenta anos porque a incrível filhinha do magnífico Jow era pavio curto e
não tinha mais paciência para ouvir aquela tediosa história por mais nenhum segundo e também o pobre
Jow veio a falecer, vítima de evacuação freqüente de fezes líquidas e abundantes e eternas. Pobre Jow,
ainda durou muito.
Pouco antes de sua morte sua filha, A incrível filhinha do magnífico Jow, condenada a ouvir a história do
seu papai Jow, o magnífico, por vinte longos e ininterruptos anos ininterruptos havia tomado uma
importante decisão. Como forma de se rebelar contra seu pai e recuperar o tempo que perdeu ouvindo a
história da gata preta por vinte ininterruptos anos ininterruptos e unir o útil ao agradável, decidiu virar
prostituta em um brega da periferia .Porém, ao que se sabe da filhinha do Jow, hoje uma senhora de
quarenta anos que ainda usa lindas sardas no rosto e usa óculos de zilo, fundo de run montila amarrados
por um cordão de nylon e cabelos ondulados (on du lado e on du outro) e por isso ainda usa dois lindos
cocozinhos com dois lindos lacinhos cor de rosa naum é uma profissional bem sucedida pois gasta todo
tempo que tem com seus clientes, contando incríveis histórias tediosas e redundantes .
“ Aqui jaz o magnífico jow, o incrível contador de história tediosa e redundante. Padeceu de
caganeira crônica, mas deixou uma linda e emocionante e comovente história tediosa e redundante
para a humanidade.”
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FIM
Postado às 11:44
Sábado, 1 de Dezembro de 2007
Marconi Lira
Teu Sorriso Ana
Marconi Lira
No parque...
Como de costume lá vamos nós em busca de um bando desocupado no parque. Procuramos, olhamos, e
parece que todos os casais escolheram aquele dia especificamente para ir ao parque também. Após uma
curta, mas receosa (de não encontrar um banco vazio) caminhada, finalmente encontramos um banco
desocupado, e dos melhores, comprido com tábuas largas e de certo modo confortáveis. Só que ele está a
vários passos de nós e percebemos outro casal demonstrando vivo interesse em se apossar de nosso
objetivo. Olho para ela e ela para mim, sem dizer palavra, apressamos o passo para tomar posse do nosso
alvo. Ela dá um leve risinho por perceber quão boba é nossa atitude. Chegamos a tempo e sentamos. O
outro casal parece ter avistado outro banco e mudaram de direção. Colocamos nossas mochilas de lado,
posicionamos nos espaços entre as tábuas do banco os cocos que compramos para tomar. Abrimos a
sacola contendo os dois yakisobas. Comemos, eu com muito mais apetite que ela; eu gosto mais, deve ser
por isso. Feitas nossas refeições, deito no banco e apoio minha cabeça no colo dela. Ela carinhosa como
sempre, alisa meus cabelos, me olha nos olhos e sorrir. Também a olho e sorrio admirando aquele belo
sorriso. Começo a olhar os outros casais naquelas posições de praxi, salvo raras exceções nos mesmos
movimentos de sempre e tudo mais. Olho para a luz do poste e ela me fere os olhos me causando uma
desagradável sensação. Fecho os olhos e ponho o braço para cobri-lo da luz incômoda. Então ela pergunta
como foi meu dia no trabalho. Pronto, vêm à tona todos os estresses armazenados durante aquele dia.
Começo(entre impropérios) a falar todos os problemas que tive durante o dia. Falo, falo e falo. Ela sorrir,
me beija na testa e acariciando meu rosto me manda ter calminha, dizendo que o dia no trabalho já acabou
e que nada mais importa. Amanhã será um dia bem melhor, meu amor, ela diz. Sua voz e seu jeito de
falar são calmantes poderosos. Já com a calma restabelecida pergunto a ela como foi seu dia de trabalho.
Ela de temperamento bem mais calmo que o meu, fala com serenidade sobre os problemas que teve
durante o dia, não esquecendo das coisas boas que por ventura tenham ocorrido. Após isso, mudamos de
assunto e falamos sobre o futuro. Que vida feliz.
OFICINA DE TEXTOS
Professor: Paulo MICHELOTTO
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2007
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Postado às 19:17
Ricardo Mendes
Prefácio
Caros leitores, a incrível e tediosa e redundante e histórica história do magnífico Jow, o incrível contador
de história e a história de sua incrível filhinha, condenada a ouvir sua história por vinte históricos e
longos e ininterruptos anos ininterruptos, que vocês estão prestes a tomar conhecimento, é uma história
real que aconteceu de verdade no seio de uma linda família que não era uma família qualquer. Era a
família do magnífico Jow, o incrível contador de história e de sua incrível filhinha, condenada a ouvir sua
tediosa história por vinte históricos e longos e ininterruptos anos ininterruptos, pois, histórias como esta
podem acontecer nas melhores famílias, mesmo que não seja uma família como a do magnífico Jow, o
incrível contador de história e de sua incrível filhinha, condenada a ouvir sua história por vinte históricos
e longos e ininterruptos anos ininterruptos.
Capítulo I
Capítulo II
A história da incrível filhinha do magnífico Jow, condenada a ouvir a incrível e tediosa história contada
por seu papai Jow, o incrível e magnífico contador de história por vinte longos e históricos e ininterruptos
anos.
Esta é a história de A incrível filhinha do magnífico Jow, condenada a ouvir a história do seu papai Jow, o
magnífico, por vinte longos e ininterruptos anos. Era uma garotinha linda.
Seu rostinho era cheio de lindas sardas e usava óculos de zilo, fundo de run montila amarrados por um
cordão de nylon.
Tinha cabelos ondulados (on du lado e on du outro) e por isso usava dois lindos cocozinhos com dois
OFICINA DE TEXTOS
Professor: Paulo MICHELOTTO
Monitoria: Pollyanna de SÁ MONTEIRO
2007
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Capítulo III
Certa noite triste, a mamãe de A incrível filhinha do magnífico Jow, condenada a ouvir a história do seu
papai Jow, o magnífico, por vinte longos e ininterruptos anos ininterruptos veio a falecer de uma doença
sexualmente transmissível e letal conhecida como evacuação freqüente de fezes líquidas e abundantes e
eternas associada de ânsia de expulsão forçada da porção inicial do intestino ou da boca do estômago
conhecida como caganeira crônica acompanhada por insolentes vômitos. Pobre mulher, havia sido
infectada por Jow, o terrível contador de história. E agora? Quem contaria lindas histórias para aquela
tosca e tabacuda criança?
As crianças são possuidoras de uma sapiência inexplicável e naquela mesma noite da morte de sua mãe,
A incrível filhinha do magnífico Jow, pediu para que ele contasse lindas histórias de ninar.
- Papai Jow! Exclamou a garotinha.
- Conta uma historinha para eu dormir.
Essa petição da jovem garotinha foi um marco.
Foi a partir desse momento que Jow se transformou no incrível e tedioso contador de história e sua
filhinha foi condenada a ouvir sua história por longos anos ininterruptos e aquele bendito lar começara
então a dissolver-se, lenta, silenciosa e dolorosamente.
Capítulo IV
Naquele momento sinistro, A incrível filhinha do magnífico Jow, condenada a ouvir a história do seu
papai Jow, o magnífico, por vinte longos e ininterruptos anos ininterruptos, com um nó na garganta e
o rosto molhado por inúmeras lágrimas peraltas, tamanha era sua angústia, entrou em desespero. Pois
seu papai Jow não tinha competência para substituir sua insubstituível mamãe na difícil tarefa de
contar histórias para uma linda e inteligente criança.
OFICINA DE TEXTOS
Professor: Paulo MICHELOTTO
Monitoria: Pollyanna de SÁ MONTEIRO
2007
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- Está bem, está bem. Papai Jow só sabe contar a história da gata preta. Quer que eu conte? eu
contarei. Quer que eu conte?
- Oh! Meu lindo paizinho. Estava ansiosa por este momento.
- Oh! Meu lindo paizinho. Estava ansiosa por este momento não é história, história é a da gata preta.
Quer que eu conte? Eu contarei. Quer que eu conte?
- Quero sim.
- Quero sim não é história, história é a da gata preta. Quer que eu conte?Eu contarei. Quer que eu
conte?
- Aham.
-Aham não é história, história é a da gata preta. Quer que eu conte eu contarei quer que eu conte?
- Quero.
- Quero não é história, história é a da gata preta. Quer que eu conte? Eu contarei. Quer que eu conte?
- Papai, estou com sono.
- Papai, estou com sono não é história, história é a da gata preta. Quer que eu conte eu contarei. Quer
que eu conte?
- Conta logo, seu velho idiota e imbecil. Seu Cagão!
- Conta logo, seu velho idiota e imbecil. Seu Cagão não é história, história é a da gata preta. Quer que
eu conte? Eu contarei. Quer que eu conte?
- ... ... Censurado......
E assim, nesse diálogo construtivo, a jovem garotinha só teve paciência por 20 longos e ininterruptos
anos ininterruptos...
To be continued
Postado às 18:13
fim
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