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INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO – AVALIAÇÃO ON-LINE

Prezado Aluno, leia com atenção, as orientações abaixo:


A avaliação estará disponível para realização das 00h00 até às
23h59 (horário de Brasília);
Escolha um local tranquilo para começar sua avaliação e
concluí-la sem interrupções;
Todas as respostas deverão ser redigidas na P360, conforme
orientação disponibilizada no tutorial.
Orientamos que redija sua resposta em algum documento de
texto (Word, bloco de notas ou similares) pois, caso você feche
a janela, atualize a página ou clique no botão de voltar do
navegador, a resposta não é salva automaticamente pelo
sistema;
O envio será registrado somente após clicar em “ENVIAR”.
As respostas às questões devem ter como base os materiais
disponibilizados na área do aluno (material de apoio), bem
como materiais impressos, livros, legislação, etc., referentes ao
módulo avaliado;
Sem prejuízo das sanções acadêmicas, penais e civis (Lei n.°
9.610/98), é dever funcional do Professor responsável pela
correção atribuir nota zero, ao aluno que:
apresentar material parcial ou totalmente copiado de qualquer
fonte;
deixar de fazer a devida citação da fonte consultada ou
mencionada.
Caso ocorra alguma inconsistência no envio, será necessário
abrir chamado via Fale Conosco, informando o ocorrido e
anexando as evidências. Caso o problema não seja identificado,
o chamado será indeferido e o aluno será orientado a realizar a
Avaliação Substitutiva.
Os critérios de avaliação não foram modificados, podendo o
aluno complementar a nota da regular ou substitutiva com os 2
(dois) pontos da atividade avaliativa. Boa prova!

QUESTÃO – 1
É possível que o Presidente da República Federativa do Brasil
encaminhe ao Congresso Nacional um projeto de lei cuja
matéria seja um procedimento de avaliação de desempenho de
servidores públicos federais, em que, dependendo do resultado
da avaliação e havendo ampla defesa, poder á culminar com o
perdimento do cargo público federal do servidor mal avaliado?
Explique a sua resposta levando em consideração a temática do
processo legislativo previsto na Constituição Federal brasileira
de 1988.

Sim. A Emenda Constitucional nº 19, de 1998 (enviada ao


Congresso Nacional pelo então Presidente Fernando Henrique
Cardoso), modificou o art. 41, da Constituição Federal, para
nele inserir o Inciso III, estabelecendo que o servidor estável
pode perder o cargo caso não venha a obter aprovação em
avaliações periódicas de desempenho, a serem regulamentadas
em Lei Complementar.

Sendo assim, pode haver demissão de servidores públicos


federais por insuficiência de desempenho desde 1988, no
entanto tal dispositivo constitucional pende de regulamentação
desde aquela data, motivo pelo qual não pode até hoje ser
utilizado pela administração para promover as referidas
demissões.

Sendo assim, para regulamentar a matéria e suprir a omissão é


necessário que o respectivo dispositivo deva observar outras
normas que emanam da própria Constituição Federal, como é o
caso do art. 61, § 1º, II, “c”, que atribui exclusivamente ao
Presidente da República a prerrogativa de propor leis
dispondo sobre assuntos relativos aos servidores
públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria,
verbis:

Art. 61.  A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a


qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores,
ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos
casos previstos nesta Constituição.
§ 1º  São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis
que:
(...)
II  - disponham sobre:
(...)
c)  servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis,
reforma e transferência de militares para a inatividade;
A Constituição estabelece que o Presidente da República pode
apresentar proposta legislativa em que as matérias como as
descritas acima dentre as quais está a regulamentação da
previsão constitucional de demissão de servidores por
insuficiência de desempenho, sob pena de incorrerem em
inconstitucionalidade formal,

QUESTÃO – 2
Considerando as disposições constitucionais acerca do Poder
Judiciário, explique as garantias e as vedações dos
magistrados.

As garantias e vedações legais e constitucionais, atribuídas aos


Magistrados, asseguram-lhes a manutenção da devida
independência e o bom desempenho da função jurisdicional
com dignidade e imparcialidade, buscando mantê-los dentro
dos propósitos e perfis exigidos para o exercício do cargo.
Tais garantias estão previstas no art. 95, inciso I, II e III da
Constituição Federal/88.
No inciso I a garantia de vitaliciedade, ou seja, não perde o
cargo, senão por sentença judicial transitada em julgado.
Já no inciso II é previsto a garantia de inamovibilidade do juiz
não pode ser removido sem seu consentimento, somente por
interesse público, reconhecido por maioria absoluta do tribunal
ou do CNJ haverá sua remoção (art. 93, VIII, CF).
Por fim, a garantia de irredutibilidade de subsídios os
vencimentos dos juízes não poderão ser diminuídos, contudo
não impede a incidência de tributos nos vencimentos dos
magistrados (art. 150, II; art. 153, III), além disso a ressalva
desses do dispostos nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 153, § 2º, I.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
Já as vedações infligidas podem ser constitucionais ou legais,
estas, estabelecidas pela Lei Complementar Nº 35, de 14 de
março de 1979, publicada no DOU (Diário Oficial da União) na
mesma data também identificada como Lei Orgânica da
Magistratura Nacional ou as constitucionais previstas no art. 95
parágrafo único da CF/88, verbis:
Aos juízes é vedado:
I  - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função,
salvo uma de magistério;
II  - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação
em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV  - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004).

Com essas garantias e impedimentos, há possibilidade de


conceituar um verdadeiro Estado Democrático de Direito com a
existência de um Poder Judiciário autônomo e independente,
para exercer sua função.

REFERÊNCIAS BILBOGRÁFICAS
BRASÍLIA, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil.

https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/584/garant
ias-vedacoes-conferidas-aos-membros-poder-judiciario-apos-
emenda-constitucional-45-2004 visitado dia 10/11/2018 às
16:17

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