Este documento discute a regulação da concorrência no Brasil. Explica que o Estado regula a concorrência para garantir que seja justa e não abusiva, protegendo os princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Também descreve o papel do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) na prevenção e repressão de condutas anticompetitivas, assim como sua estrutura e funções.
Este documento discute a regulação da concorrência no Brasil. Explica que o Estado regula a concorrência para garantir que seja justa e não abusiva, protegendo os princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Também descreve o papel do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) na prevenção e repressão de condutas anticompetitivas, assim como sua estrutura e funções.
Este documento discute a regulação da concorrência no Brasil. Explica que o Estado regula a concorrência para garantir que seja justa e não abusiva, protegendo os princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Também descreve o papel do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) na prevenção e repressão de condutas anticompetitivas, assim como sua estrutura e funções.
para a obtenção de nota referente à avaliação da 2ª unidade da disciplina Direito Econômico do curso de Direito da FOCCA – Faculdade de Olinda, ministrado pelo Prof.ª Dr.ª Caroline Lobato.
OLINDA 2019 REGULAÇÃO DA CONCORRÊNCIA
A palavra concorrência pode ser definida como “ato ou efeito de disputar a
primazia com outras pessoas ou coisas”. Significa dizer que a concorrência é a maneira pela qual produtores ou consumidores disputam através de “rivalidade” a venda ou procura de um produto ou objeto de mesma classe ou espécie. Esta “rivalidade” deve ser uma disputa saldável, e para que assim seja, o Estado age de forma intervencionista para que se cumpra a concorrência justa e não abusiva. Esse fenômeno gerado pela lei da oferta e da procura incentivou a exploração de atividades econômicas e consequentemente o princípio da livre concorrência, o qual tem previsão legal na Constituição Federal de 1988, art. 170, IV. O princípio da livre concorrência deriva da livre iniciativa e acabam por gerar o princípio da defesa do mercado. O Estado é garantidor destes princípios que acarretarão, segundo Figueiredo (2014), “no equilíbrio entre a oferta e a procura, bem como a defesa da eficiência econômica”. Ainda segundo o mesmo autor, complementa: Cuida-se, assim, da proteção conferida pelo Estado ao devido processo competitivo em sua Ordem Econômica, a fim de garantir que toda e qualquer pessoa que esteja em condições de participar do ciclo econômico de determinado nicho de nossa economia, dele possa, livremente, entrar, permanecer e sair, sem qualquer interferência estranha oriunda de interesse de terceiros.
Como dito, o Estado tem um papel fundamental na livre concorrência e livre
iniciativa, tanto como garantidor da isonomia entre os prestadores e consumidores, quanto no que se refere a regulação dos atos para que se cumpra a função social, promovendo a eficiência do mercado e evitando a prática do monopólio e do cartel, por exemplo. Nesse sentido Del Masso (2012), escreve: ... a Constituição Federal de 1988 tutela a concorrência de forma específica, quando trata dos princípios da livre iniciativa e livre concorrência. A concorrência no entanto, deve ser vista como um fenômeno que geralmente indica eficiência do mercado, nunca de forma absoluta, tanto é que o próprio legislador constitucional a limita, quando protege, por exemplo, os bens materiais (por meio de patentes) que licitamente limitam a concorrência ou pela própria previsão dos monopólios na exploração de algumas atividades econômicas. Como forma de impedir a desorganização e que se faça cumprir a legislação, o Estado, através da regulação, garante o cumprimento das normas legais ditadas pela Constituição e por outros dispositivos. No que se refere à regulação, a Constituição disciplina em seu art. 174, caput: “Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado”. O Poder Público, como agente regulador, deverá sempre levar em conta os aspectos referentes aos interesses individuais, coletivos e difusos dos usuários e consumidores, como também os interesses privados dos agentes produtores dos bens e serviços. A regulação visa o equilíbrio, ou seja, a harmonização do ambiente econômico, e é este o papel das agências reguladoras, promover o equilíbrio nas relações entre os agentes econômicos prestadores, a sociedade e o Poder Público. As leis que regulam e protegem as estruturas de mercado e a lealdade competitiva são a Lei 9.279/1996, a qual trata de atos de deslealdade competitiva e a Lei 12.529/2011, a qual trata de atos de abuso de poder econômico. Além destas, também temos a Lei 4.137/1962, a qual criou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE como um órgão, posteriormente passou a se constituir em autarquia federal através da Lei 8.884/1994 e por fim, através da Lei 12.529/2011, já citada, passou a ser uma entidade. No Brasil existe o Sistema de Defesa da Concorrência – SBDC e nele está inserido o CADE, a Secretária de Direito Econômico – SDE e a Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE. Inicialmente o CADE e a SDE funcionavam de forma independentes, mas vinculadas ao Ministério da Justiça, enquanto que a SEAE se vincula ao Ministério da Fazenda. Com o advento da nova lei de 2011, ocorreu a fusão entre o CADE e a SDE tornando-se agora uma só entidade, determinando a atuação da SEAE somente como advocacia e permanecendo passíveis de revisão judicial as decisões administrativas do SBDC. Em análise ao artigo de apoio a elaboração deste trabalho, Panizza (2012) explica que o CADE tem como missão o estímulo da concorrência e atua de três formas: Preventiva: atua analisando as fusões, incorporações e associações de qualquer espécie entre agentes econômicos; Repressiva: atua analisando as condutas infrativas da ordem econômica; Educativa: difundir a cultura da concorrência através de seminários, cursos, palestras etc. O CADE possui a seguinte estrutura: Tribunal Administrativo da Defesa Econômica: composto por um presidente e seis conselheiros, com mais de 30 anos de idade e notório saber jurídico ou econômico, exercerá mandato de 4 anos sendo vedada a recondução; Superintendência-Geral: novo órgão, composto por um Superintendente- Geral e dois Superintendentes-Adjuntos (serão indicados pelo Geral), com mais de 30 anos, notório saber jurídico e econômico, exercerá mandato de 2 anos, permitida recondução para um único período subsequente; Departamento de Estudos Econômicos: novo órgão incumbido de elaborar estudos e pareceres econômicos, não possui regra de idade, notório saber econômico; Outros órgãos: Procuradoria Federal: tem como função principal representar o CADE perante o Poder Judiciário; Ministério Público Federal: representação em processos de conduta. A concorrência exerce papel fundamental para a sociedade, pois é através dela que ocorre a distribuição de riquezas uma vez que ela leva consigo uma responsabilidade individual. Ao contrário do que possa parecer, o fenômeno da concorrência possui mais atributos de paz do que de guerra, pelo menos de forma teórica. Pode ser que na prática, por questões de orgulho ou de ego (sentimentos intrínsecos do ser humano), o sentimento de guerra seja maior, mas a legislação, por meio da Ordem Econômica, confere espaço para todos, permitindo que todos possam participar economicamente do mercado: sendo produtos, sendo vendedor, sendo consumidor, vendendo produtos diferentes, vendendo os mesmos produtos, enfim, a participação de todos é fundamental para o crescimento econômico. Mesmo com toda boa vontade do legislado, não se pode negar a essência capitalista da livre concorrência, e por conta disto muitas correntes divergem sobre o que concerne a divisão de riquezas, porém é fato dizer que o poder de escolha é indiscutível. Há de tudo para todos, incluindo neste comentário o atributo do poder aquisitivo. BIBLIOGRAFIA
DICIONÁRIO online. Disponível em: < www.google.com.br >, acessado em 13 de
maio de 2019.
FIGUEREDO. Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico, 7.ed. Rio de Janeiro:
Forense LTDA, 2014.
MASSO. Fabiano Del. Direito Econômico Esquematizado, 2.ed. São Paulo:
Método LTDA, 2012.
PANIZZA. Nathalia Brito. A nova lei do Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência: principais alterações concernentes ao CADE. 2012. 06 f. Artigo Científico. Publicado por: http://www.egov.ufsc.br/portal.