Você está na página 1de 5

Eric Hobsbawm

 Biografia

.
 Eric John Ernest Hobsbawm nasceu em Alexandria, no Egito, na época da
dominação britânica, no dia 9 de junho de 1917. Descendente de família
judia de origem polonesa passou sua infância e adolescência na Áustria e em
Berlim.

 Graças a sua sólida formação conseguiu uma bolsa de estudos para o Kung’s
College da Universidade de Cambridge, onde se doutorou em História com
uma tese sobre a Sociedade Fabiana (movimento político-social britânico).

 Com o fim da guerra, iniciou o doutorado na Universidade de Cambridge.


Nessa época formou um grupo de Historiadores do Partido Comunista.
Frustradas as suas aspirações para lecionar em Cambridge, a partir de 1947
passou a lecionar História no Birkbeck College de Londres.

 Entre seus livros destacam-se: “A Era da Revolução: Europa 1789-1848”


(1962), “A Era do Capital: 1848-1875” (1975) e “Era dos Impérios -1848-
1914” (1984). As três obras abrangem o que ele denominou “longo século
XIX”.

 Em 1994 publicou “A Era dos Extremos” onde o historiador analisa o


período compreendido entre 1914, início da Primeira Guerra, e 1991, ano da
queda da União Soviética e o fim dos regimes socialistas do Leste Europeu.
O livro tornou-se uma das obras mais lidas sobre a história recente da
humanidade, foi traduzida em mais de 40 idiomas e recebeu muitos prêmios
internacionais. 

 Eric Hobsbawm influenciou gerações de historiadores e políticos. Foi


Membro da Academia Britânica e da Academia Americana de Artes e
Ciências. Foi professor convidado na Universidade de Stanford, no Instituto
de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade de Cornell.

 Eric Hobsbawm faleceu em Londres, Inglaterra, no dia 1 de outubro de 2012.


A era das revoluções

Obra que inicia uma trilogia que abordará o “longo século XIX”

Transformações do mundo entre 1789 e 1848

“Dupla revolução” e sua repercussão nas sociedades

Recorte temporal que se inicia com a revolução francesa e se finda com o


manifesto comunista e a construção da primeira rede de ferrovias

 Divide-se em 2 partes:

I parte: A evolução

Traça os eventos e principais desenvolvimentos históricos

II parte: Resultados

Repercussão da “dupla revolução” e o tipo de sociedade resultante dela.

 Capítulo 13: Ideologia Secular

Parte I

* Propagação da ideologia secular

Os pensadores falavam esse idioma secular, independente da religião

Capítulo trata do tema resultante das duas revoluões

* A natureza da sociedade e o delinear de seu caminho

Divide opiniões: Apoiadores e Contras / Progressistas e Antiprogressistas

Weltanschauung, e várias críticas ao Iluminisno do século XVIII

Visão progressista ênfase da razão e aperfeiçoamento humano

* O liberalismo burguês Formulação mais poderosa

Enfase na capacidade humana de compreesão e resolução via razão

Mundo composto por inúmeros indivíduos buscando aumentar o prazer e diminuir o


sofrimento

Sem direito de interferência


Homem – vida, liberdade e busca da felicidade

Busca por vantagem pessoal contratos são feitos ----- sociedade e grupos políticos e
sociais

Além do direito de utilidade, conferido à propriedade privada e à liberdade


individual e de empresa, foi constituído um direito natural do homem Locke e o direito
natural de propriedade ------ revolucionários franceses defenderem a livre iniciativa
como direito natural a liberdade.

A base dessa ordem natural era a divisão social do trabalho. Podia ser cientificamente
provado que a existência de uma classe de capitalistas donos dos meios de produção
beneficiava a todos, inclusive aos trabalhadores que se alugavam aos seus membros. O
progresso era, portanto, tão “natural” quanto o capitalismo.

* Vulgarização do Liberalismo mesmo depois

* A ideologia liberal na política:

Não tão coerente, nem consistente.

1. Dividida teoricamente entre o utilitarismo e desdobramentos de doutrinas


antiquadas (com predominância do primeiro)
2. Dividida, na prática, entre um governo popular e governo de uma elite de
proprietários.
Salvaguardados a liberdade e ditames da razão ------ programa da classe média
liberal?

A Revolução Francesa introduz o risco adicional de uma ala à esquerda com um


programa anticapitalista implícito.

* Resultado

No continente europeu, os liberais práticos se assustavam com a democracia política,


preferindo uma monarquia constitucional com sufrágio adequado ou, em caso de
emergência, qualquer absolutismo ultrapassado que garantisse seus interesses.

Conclusão

* O liberalismo e a democracia, curiosamente, pareciam mais


adversários que aliados.

* Na França:

Slogan da revolução mais contraditório que coeso.


* Na Grã-Bretanha:

Vigorosa confiança de James Mill em democracia liderada pela burguesia.

Preocupação de James Stuart Mill em salvaguardar os direitos de minorias contra as


maiorias.

 Capítulo 13: Ideologia Secular

Parte II

* Perda de força da ideologia liberal

* A revolução industrial e o socialismo moderno

Saint Simon, a exemplo deteve um papel importante na história do desenvolvimento


capitalista e anticapitalista.

Robert Owen e a revolução industrial como caminho para a criação de uma sociedade
de potencial abundância.

Nenhum dos novos socialistas desejavam retardar a hora da revolução social.

* Economia política clássica ricardiana e a crítica ao capitalismo.

Se, como argumentava a economia política, o trabalho representava a fonte de todo


valor, então por que maior parte de seus produtores viviam ã beira da privação?

* esse é um slide separado que começa com a frase abaixo

“O que distinguia os vários membros da família ideológica descendente do humanismo


e do iluminismo – liberais, socialistas, comunistas ou anarquistas – não era a amável
anarquia mais ou menos utópica de todos eles, mas sim os métodos para alcançá-la.
Neste ponto o socialismo se separava da tradição clássica liberal.”

Hobsbawm, a era das revoluções (1962)

* Dois pontos a se destacar:


1- rompe-se a ideia de sociedade como um mero agregado ou somatório de átomos
individuais

2- O socialismo adotou uma forma de argumentação que não estava fora nem dentro da
clássica tradição liberal: A argumentação histórica evolutiva.

Marx surge como fator determinante do desenvolvimento da argumentação socialista,


levando as ideias centrais rumo a uma inevitabilidade histórica.

Você também pode gostar