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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

CIDADE UNIVERSITÁRIA – CAMPUS GUAJAJARAS


CURSO DE PSICOLOGIA

DAYELE FERNANDES DOS SANTOS

POLIANA CRISTINA DE SOUZA

IMPACTOS BIOPSICOSSOCIAIS NA SAÚDE MENTAL


DOS SUJEITOS COM QUADRO DE ANSIEDADE
DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Belo Horizonte

1
2021

2
DAYELE FERNANDES DOS SANTOS

POLIANA CRISTINA DE SOUZA

IMPACTOS BIOPSICOSSOCIAIS NA SAÚDE MENTAL DOS


SUJEITOS COM QUADRO DE ANSIEDADE DURANTE A
PANDEMIA DO COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso (Modalidade


Artigo Científico) apresentado ao curso de
Psicologia do Centro Universitário UNA
Cidade Universitária, como requisito parcial
para a obtenção de título de bacharelado em
Psicologia.

Orientador(a): Prof. Me. Luiz Felipe Viana


Cardoso.

Belo Horizonte

2021

3
ATA DE APROVAÇÃO

DAYELE FERNANDES DOS SANTOS

POLIANA CRISTINA DE SOUZA

IMPACTOS BIOPSICOSSOCIAIS NA SAÚDE MENTAL DOS SUJEITOS COM


QUADRO DE ANSIEDADE DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito de avaliação para a obtenção do


título de bacharel em Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária –
Campus Guajajaras.

Orientador: Prof. Me. Luiz Felipe Viana Cardoso


Linha de Pesquisa: Subjetividade e Cultura

Banca examinadora: Subjetividade e Cultura

Prof. Me. Luiz Felipe Viana Cardoso


Centro Universitário UNA Cidade Universitária

Prof. Dra. Cérise Alvarenga


Centro Universitário UNA Barreiro

Belo Horizonte, 08 de julho de 2021

4
Dedicamos esse trabalho primeiramente a Deus e aos nossos
professores, amigos e familiares que nos orientaram, auxiliaram e nos
apoiaram ao longo dessa grande jornada de conhecimento.

5
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter nos dado a oportunidade de trilhar um novo caminho de conhecimento. A
nossos familiares, por nos apoiar e incentivar. As nossas amigas e parceiras de caminhada
durante os cinco anos de curso. Ao nosso orientador pelo suporte, correções e incentivo, e a
todos de forma direta ou indiretamente que fizeram parte de nossa formação. E por fim, não
menos importante: Agradecemos a nós que dedicamos tempo e esforço para que esse trabalho
fosse desenvolvido.

6
“Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e
passei a ser uma tênue luz no presente. Aprendi que de nada serve ser luz se
não iluminar o caminho dos demais”.

7
-Walt Disney

8
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 8
INFORMAÇÕES DA REVISTA CIENTÍFICA DE SUBMISSÃO DO ARTIGO 9
MANUSCRITO DO ARTIGO CIENTÍFICO 11
Introdução 12
Método 15
O transtorno de Ansiedade Generalizada 15
Pandemia e Saúde Mental 17
Resultado e Discussão 21
Considerações Finais 22
Referências 23

9
APRESENTAÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso é apresentado na modalidade de artigo


científico1 e teve como tema “Impactos biopsicossociais na saúde mental dos sujeitos com
quadro de ansiedade durante a pandemia do COVID-19”. Foi desenvolvido na Linha de
Pesquisa Subjetividade e Cultura, sob orientação do Prof. Me. Luiz Felipe Viana Cardoso, do
Centro Universitário UNA Cidade Universitária – Campus Guajajaras.
A escrita acadêmica seguiu a normatização da Associação Brasileira de Normas e
Técnicas (ABNT), conforme orientação da Revista Psicologia em Foco.
Este estudo buscou compreender os impactos psicossociais causados em jovens e
adultos com quadro de ansiedade por consequência do isolamento e distanciamento social
adotado como estratégia de controle no contágio da covid-19. Foram objetivos desta pesquisa
conceituar o quadro de ansiedade relacionado sintoma e contexto, como também apontar as
consequências biopsicossociais de uma pandemia na saúde mental, por fim, discutir
estratégias de enfrentamento para minimização dos efeitos nas pessoas em quadro ansiosos. O
método adotado foi de revisão de artigos científicos e referências bibliográficas.
A escolha do tema se deu devido aos numerosos casos de quadro ansiosos crescentes
no período pandêmico, como também experiências pessoais partidas das autoras. Entendemos
o quão importante e necessário é trazer visibilidade a esses indivíduos que sofrem com quadro
de ansiedade em uma sociedade que por falta de conhecimento desconhecem o quão difícil se
torna a rotina desses sujeitos. Desta forma, a escolha se fez pelo interesse de identificar e
compreender os impactos ocasionados na saúde mental desses sujeitos.
Por fim, busca-se com esse texto oferecer ao leitor e a comunidade acadêmica
contribuições a respeito do fenômeno saúde mental, isolamento e distanciamento social, suas
consequências e efeitos na saúde mental dos jovens e adultos brasileiros com quadros
ansiosos.

1
A modalidade de artigo científico foi aprovada pelo Colegiado do curso de Psicologia do Centro Universitário
UNA Cidade Universitária, como forma de Trabalho de Conclusão de Curso.

10
INFORMAÇÕES DA REVISTA CIENTÍFICA DE SUBMISSÃO DO ARTIGO

Revista: Psicologia em Foco

Site:http://revistas.fw.uri.br/index.php/psicologiaemfoco/about/editorialPolicies#peerReviewP
rocess

Orientações aos autores sobre as normas de submissão:

Artigo: deve ser inédito e não encaminhado à avaliação simultânea em outro periódico.


Editor de texto: Word for Windows 6.0 ou posterior.
Fonte: Times New Roman, tamanho 12.
Margem: Superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2 cm.
Parágrafo: espaçamento: nenhum; entre linhas: 1,5; alinhamento justificado.
Numeração de páginas: direita superior.
Número de folhas: mínimo de 12 e máximo de 20 folhas A4.
DISPOSIÇÃO DO TEXTO:
Somente serão aceitos para publicação artigos com o formato descrito abaixo:

Título e identificação do autor: título centralizado, em negrito; linha em branco; nome do


autor, à direita, em negrito, acompanhado de chamada numérica para nota de rodapé,
contendo sua titulação, filiação institucional e endereço eletrônico.
Resumo e palavras-chave: resumo de 100-150 palavras, em português, seguido de 3 a 5
palavras-chave, separadas por ponto, na língua em que o artigo foi escrito, digitado em espaço
simples.
 
Corpo do artigo.
Linha em branco.
Abstract/Resumen. Seguido de Keywords/Palabras Clave (3 a 5 palavras, separadas por
ponto).
 
Referências: apenas as obras mencionadas no texto, ao final do trabalho, em ordem
alfabética, alinhadas à margem esquerda, digitadas em espaço simples e separadas entre si por

11
dois espaços simples. Digitar o nome de livros e revistas nas referências em negrito e no
corpo do ensaio em itálico.
 
Citações: literais, com mais de 3 linhas, em parágrafo recuado (4 cm), em espaço simples,
fonte 10, seguidas de parêntese, contendo o sobrenome do autor do referido texto em letras
maiúsculas, ano de publicação e página do texto citado. Citações diretas com menos de 3
linhas: incorporadas ao texto, entre aspas (NBR – 10520/2002).
 
Referências: observar a NBR – 6023/2002 da ABNT:
Livros: SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo, edição. Tradução. Local: Editora, data, n.
páginas ou volumes (série, n. ou volume).
 
Artigos em periódicos: Autor do artigo (SOBRENOME, Prenome). Título do artigo. Nome
do periódico: local da publicação, volume (v.), n. dos fascículos (n.), páginas inicial e final
do artigo (p.), mês abreviado, ano de publicação.
 
Dissertações e teses: SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Data da defesa. N. de
páginas ou folhas. Categoria (grau e área de concentração). Instituição, local, ano.
 
Referência a documentos em meio eletrônico: mesmo procedimento, acrescentando:
Disponível em: <URL completa> Acesso em: dia, mês (abreviado), ano. Ex: SOBRENOME,
Prenome. Título: subtítulo, edição. Tradução. Local: Editora, data. n°. páginas ou volumes
(série, n°. ou volume). Disponível em: <URL completa> Acesso em: dia mês ano.
 
Referências do texto: Ao se fazer referências a trabalhos de um ou mais autores
mencionam-se somente seus respectivos sobrenomes. Seguem exemplos de como o autor do
manuscrito proposto deve fazer citações no corpo do trabalho:
a) Um só autor: Carlson (1969) ou (CARLSON, 1969);
b) Dois autores: (KLOPFER, DAVIDSON, 1966);
c) Três autores: (ELDREDGE, LOCKE, HOROWITZ, 1998); (ARNOLD, GUR, J.
M., GUR, R.C. – quando dois autores tem o mesmo sobrenome - ,1994).
d) Mais de três autores: mencionar o sobrenome do primeiro seguido de et al.

12
MANUSCRITO DO ARTIGO CIENTÍFICO

Impactos biopsicossociais na saúde mental dos sujeitos com quadro de ansiedade durante a
pandemia do COVID-19

Biopsychosocial impacts on the mental health of subjects with anxiety during the COVID-19
pandemic

Impactos biopsicosociales en la salud mental de sujeitos con ansiedad durante la pandemia


COVID-19

Dayele Fernandes dos Santos2

Poliana Cristina de Souza3

Luiz Felipe Viana Cardoso4

RESUMO

O presente trabalho visa refletir sobre os impactos biopsicossociais gerados pela pandemia do
COVID-19, sobretudo, em pessoas que se encontram em quadros de Transtorno de Ansiedade
Generalizada (TAG). Trata-se de um estudo qualitativo, realizado por meio de revisão
bibliográfica. Buscou-se conceituar o transtorno de ansiedade e as consequências das medidas
de distanciamento e isolamento social na saúde mental das pessoas. Foram exploradas
estratégias de enfrentamentos para a melhoria e redução dos impactos causados na saúde
mental da população. Conclui-se que os efeitos causados afetaram a população em grande
escala.

Palavras-chave: Saúde Mental. Ansiedade. Pandemia. Isolamento Social.

2
Discente em Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária. E-mail: dayelefernandes@gmail.com
3
Discente em Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária.
E-mail: polianacristina15@gmail.com
4
Docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Una Cidade Universitária – Campus Guajajaras 
Rua dos Guajajaras, 175, Centro, Belo Horizonte – MG, Brasil. CEP: 30180-100. E-mail:
luiz.cardoso@prof.una.br  

13
ABSTRACT

This paper aims to reflect on the biopsychosocial impacts generated by the COVID-19
pandemic, especially in people who are in Generalized Anxiety Disorder (GAD). This is a
qualitative study, carried out through a literature review. We sought to conceptualize the
anxiety disorder and the consequences of measures of distancing and social isolation on
people's mental health. Coping strategies were explored to improve and reduce the impacts
caused on the population's mental health. It is concluded that the effects caused affected the
population on a large scale.

Keywords: Mental health. Anxiety. Pandemic. Social isolation

RESUMEN

.Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre los impactos biopsicosociales generados
por la pandemia COVID-19, especialmente en personas que se encuentran en Trastorno de
Ansiedad Generalizada (TAG). Se trata de un estudio cualitativo, realizado a través de una
revisión de la literatura. Buscamos conceptualizar el trastorno de ansiedad y las consecuencias
de las medidas de distanciamiento y aislamiento social sobre la salud mental de las personas.
Se exploraron estrategias de afrontamiento para mejorar y reducir los impactos causados ​en la
salud mental de la población. Se concluye que los efectos provocados afectaron a la población
a gran escala.

Palabras Claves: Salud mental. Ansiedad. Pandemia. Aislamiento social

Introdução

Segundo Pereira et al. (2020) a doença do COVID-19 (Coronavírus Disease 2019) é


uma infecção respiratória, identificada em dezembro de 2019, depois de um surto de
pneumonia de causa desconhecida envolvendo pessoas da cidade de Wuhan na China. No dia
11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a COVID-19 como
uma pandemia. A transmissão do vírus e sua propagação alcançaram nível mundial, tendo
registro de contaminação em mais de 180 países ao redor do mundo.  O modo de transmissão
do vírus acontece de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias contaminadas,

14
mucosa nasal, material fecal e por compartilhamento de objetos em superfícies contaminadas.
E mediante ao grande avanço de contaminação, as autoridades governamentais adotaram
diversas estratégias, sendo a primeira delas o distanciamento social, evitando aglomerações e
mantendo no mínimo um metro e meio de distância entre as pessoas, tendo como
consequência a proibição de eventos e o funcionamento de escolas, universidades, shows,
shoppings, academias esportivas, restaurantes, comércio não essencial, entre outros. Malta et
al. (2020) salientam que mediante ao grande avanço de contaminação foi decretado que os
trabalhadores desenvolvessem suas atividades em casa, o chamado (home office), e o
comércio, como restaurantes, a manter o funcionamento por entrega (delivery). Algumas
autoridades públicas decretaram bloqueio total (lockdown), com punições para os indivíduos e
estabelecimentos que não se adequassem às normativas, a restrição social é uma medida
efetiva para evitar a disseminação da doença e achatar a curva de transmissão do coronavírus.
Segundo Maia e Dias (2020) toda pandemia é geradora de grande impacto social,
econômico e político. Temos o exemplo da pandemia da gripe “espanhola” de 1918-1919,
conhecida em Portugal por "pneumónica", doença considerada mais mortífera de todos os
tempos, tendo afetado uma a cada três pessoas em nível mundial, que equivale a 500 milhões
de pessoas; o resultado foi 2% da população morta.
Por isso, Pereira et al. (2020) afirma que as recomendações para pessoas suspeitas de
possuírem o vírus é que permaneçam em quarentena por quatorze dias por ser o período em
que se manifesta no corpo dos sujeitos. Além disso, neste cenário de pandemia de COVID-19
devido ao rápido avanço da doença, e do excesso de informações confiáveis e principalmente
não confiáveis chamadas de Fake News, gerou um âmbito favorável para alterações
comportamentais e adoecimento psicológico que afetam diretamente a saúde mental dos
indivíduos. A pandemia do coronavírus tem sido um dos maiores problemas para a saúde
pública internacional dos últimos tempos, tendo impactado a maioria das regiões do planeta.
Um acontecimento com essa intensidade e importância ocasiona em problemas psicológicos
como também sociais, consequentemente afetando a capacidade de enfrentamento de toda a
sociedade.  Pois, além do fato de ter o medo de contrair a doença, a COVID-19 gera na
sociedade a sensação de angústia, medo, e insegurança a respeito da vida coletiva à
individual, como também das modificações nas relações interpessoais causadas pela
consequência das medidas de proteção. Acerca da saúde mental é importante relatar que os
impactos causados pela pandemia vão além dos números de morte relatados todos os dias. Os

15
sistemas de saúde entram em colapso por longas jornadas de trabalho, os profissionais da
saúde ficam exaustos. Ademais, o isolamento social como medida protetiva afeta de várias
formas a saúde mental da sociedade. Assim, em situações de distanciamento e isolamento
social é comum que as pessoas apresentem algumas formas de mal-estar como: sentimento de
impotência, solidão, tédio, culpa, raiva, tristeza, ansiedade e diversos medos como contrair o
vírus ou transmitir o mesmo, podendo levar a alterações no apetite e no sono. Essas alterações
comportamentais podem atingir várias faixas etárias. Adolescentes e jovens adultos podem
passar a ter mais conflitos com os familiares, excesso de consumo de álcool e/ou drogas
ilícitas. Idosos podem apresentar alterações emocionais e comportamentais.
Pensando nisso, Faro et al. (2020) elucida que a preocupação com a saúde mental da
população aumenta durante uma grave crise social, a pandemia do Coronavírus pode ser
descrita como um dos maiores problemas de saúde pública internacional, atingindo todo o
mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 18,6 milhões de
brasileiros sofrem algum quadro de ansiedade que podem afetar pessoas de diferentes faixas
etárias. É importante frisarmos que os sintomas podem se manifestar em situações “simples”
em que os sujeitos vivenciam mudanças na rotina ou em casos considerados mais
graves como a perda de um ente querido.
Dessa forma, a atual pesquisa traz consigo o propósito de analisar quais os fatores
biopsicossociais que o isolamento e distanciamento social, causados pela pandemia do
COVID19, podem ocasionar nesses indivíduos, elucidando aspectos positivos e negativos.
Como também entender de que forma essas questões afetam a saúde mental do adulto que já
possui quadro de ansiedade. Tendo como objetivo conceituar a ansiedade relacionado com o
contexto do sujeito, tal como esse contexto afeta e/ou modifica o seu estado psicológico.
Também serão discutidas estratégias para o enfrentamento desse quadro que tanto
impossibilita esses indivíduos no ambiente de convívio, apresentando elementos relacionados
à emergência do cuidado para uma melhor qualidade de vida e saúde mental. Em seguida,
apontando as consequências e os impactos biopsicossociais de uma pandemia na saúde mental
dos sujeitos. Identificando os agravos que a pandemia, isolamento e distanciamento social
podem causar em sujeitos com quadro de ansiedade e discutindo estratégias de enfrentamento
para amenizar os impactos na saúde mental da população brasileira adulta com quadro de
ansiedade.
 

16
Método

Trata-se de um estudo qualitativo, realizado de revisões bibliográficas. A pesquisa


bibliográfica é aquela que se realiza a partir de registros disponíveis, em pesquisas anteriores,
como documentos impressos, livros, artigos, teses etc. Utilizando dados já trabalhados por
outros pesquisadores e devidamente registrados, os textos tornam-se fontes dos temas e
estudos a serem pesquisados (SEVERINO; 2007, p. 122 apud DEL-MASSO; COTTA;
SANTOS, 2014).
Na busca por este estudo, consultou-se as bases de dados: Scielo, Google Acadêmico,
Sites governamentais relacionados a assuntos da pandemia e Livros Eletrônicos. Foram
utilizados os seguintes descritores: psicologia e pandemia, impactos biopsicossociais da
pandemia do COVID-19, pandemia e impactos psicológicos, pandemia e impactos
psicossociais, saúde mental na pandemia, ansiedade durante a pandemia.
Para delimitação temporal da pesquisa foram considerados artigos publicados entre
2020 e 2021, entendo que o fenômeno pesquisado está em pleno acontecimento. Ao final das
buscas, 23 publicações atenderam aos critérios de elegibilidade e foram selecionadas para
compor o estudo. A escolha do tema, surge por experiências pessoais e devido ao crescente
número de casos de indivíduos com quadro de ansiedade no período pandêmico e da
necessidade desse grupo ter visibilidade.
Por ser um tema atual, a maioria dos artigos abordavam o mesmo enredo, assim
optamos pela análise qualitativa. Essa forma de coleta de dados nos proporcionou a junção de
informações para descrever e analisarmos quais os impactos biopsicossociais que o
isolamento e distanciamento social causam em sujeitos com quadro de ansiedade. Para que
todos os objetivos fossem alcançados, analisamos e descrevemos pontos considerados
importantes, que explicam os impactos e suas consequências no cotidiano desses sujeitos com
quadro de ansiedade na pandemia. Para dar ênfase ao nosso estudo, foi utilizado pesquisas
cujos resultados evidenciam os efeitos psicossociais na população brasileira.

O transtorno de Ansiedade Generalizada

17
Segundo Serra (1980), a ansiedade é um termo muito divulgado que faz parte da
linguagem comum, em que é empregado nas mais variadas acepções. No dicionário a
ansiedade é definida como ‘angústia’, ‘ânsia’, ‘incerteza aflitiva’ ou ainda ‘desejo ardente’.
As pessoas utilizam o termo ansiedade em variados propósitos quando se sentem rejeitadas,
são submetidas a críticas ou efetuam uma tarefa que consideram importante. Há várias formas
de se ver a ansiedade, em psicologia ou na literatura é valorizada como uma emoção. Para
alguns autores em termos laboratoriais, preferem considerá-la como um impulso ou até uma
simples resposta emocional. 
Para Fernandes et al. (2017) ansiedade é uma experiência vivenciada universalmente e
faz parte integrante da existência humana, ou seja, todas as pessoas já experimentaram algum
grau de ansiedade, sendo imprescindível para o desenvolvimento humano. A capacidade de
senti-la está ligada à autopreservação. Neste sentido, a partir do momento em que ela deixa de
ser uma das propulsoras do desenvolvimento humano se torna um transtorno. 
Castilho et al. (2000) enfatizam que a ansiedade é um sentimento vago e desagradável
de medo, preocupação intensa e persistente que se caracteriza por forte tensão e desconforto
provindo de antecipação de perigo de algo estranho ou desconhecido. Para serem
reconhecidos como patológicos, a ansiedade e o medo devem ser exagerados e
desproporcionais, interferindo na qualidade de vida, no conforto emocional ou desempenho
diário dos indivíduos. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de patológica é
examinar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitante e relacionada ao estímulo do
momento ou não.
Um estudo relatado por Henri Ey (1950), citado por Serra (1980) nos explica que a
ansiedade pode se manifestar das mais diversas formas, surgindo sintomas de pequena ou
grande intensidade. Na pequena ansiedade a situação é menos grave, porém perturbadora,
transparecendo a hesitação, insegurança frente aos acontecimentos, o temor, a amargura, a
aceitação temerosa perante a catástrofe, a falta de coragem para ser capaz de reagir.
Entretanto, na grande ansiedade o futuro é escuro e o presente cheio de incertezas, os sujeitos
desenvolvem a sensação de morte. A infelicidade, a culpabilidade, o desespero,
torna-se perturbador dando à vida o sabor amargo de um pesadelo. 
Já de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais- DSM-V
(2014) a ansiedade inclui transtornos nos quais compartilham aspectos de medo excessivo,
ansiedade fora do padrão e disfunções comportamentais semelhantes. Os transtornos ansiosos

18
se diferem do medo e da ansiedade adaptativa por serem proeminentes e persistentes além do
tempo devido ao nível de desenvolvimento. Os sintomas podem ser classificados entre: medo
e preocupações excessivas, sensações de inquietação e angústia, sintomas físicos como
transpiração demasiada, tremores, tontura, calafrios, formigamentos, palpitações, entre outros.
O DSM-V nomeia uma extensa lista de diagnósticos que compõem todo o capítulo de
transtornos ansiosos. Entre eles estão, a ansiedade de separação, fobia específica, transtorno
de ansiedade social (fobia social), transtorno de Pânico, Agorafobia, transtorno de ansiedade
generalizada, transtorno ansioso devido medicações e/ou substâncias, ansiedade devido a
outra condição médica, outro transtorno de ansiedade especificado e por fim o transtorno de
ansiedade não especificado.
Perante a contextos como o atual é compreensível que os esforços estejam focados nos
aspectos biológicos da doença, entretanto o contexto pandêmico e as medidas de controle e
contenção afetam significativamente a saúde mental. Desta forma, transtornos mentais e
psicológicos podem se agravar (BARROS et al. 2020). Assim, descreveremos dois dos
transtornos que mais estão relacionados às grandes ansiedades:
O Transtorno do Pânico se caracteriza por ocorrências de extremo pavor, no qual
resultam ataques de medo intenso em períodos inesperados. Conforme a sua intensidade pode
ocorrer várias vezes ao dia ou apenas algumas vezes no ano. Esse transtorno é adjunto da
‘agorafobia’, medo de ficar sozinho em lugares públicos, por haver dificuldade de o sujeito
sair de forma rápida durante um ataque de pânico. 
No Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) os indivíduos encontram-se ansiosos
excessivamente sobre vários acontecimentos ou atividades na maior parte dos dias, em sua
maioria os sintomas são: irritabilidade, dificuldade em dormir, tensão muscular e inquietação
(FERNANDES; et al.,2017).
Um fator importante para Barros et al. (2020) é a relação da ansiedade com a
pandemia, pois devido às proporções alcançadas pelo COVID-19 nas populações os impactos
causados na sociedade por consequência do distanciamento social e posteriormente o
isolamento social afeta grandemente a saúde mental da população e agravam os sintomas
apresentados no quadro de ansiedade. 

Pandemia e Saúde Mental

19
Faro et al. (2020) afirmam que a taxa de mortalidade do novo coronavírus tem se
mostrado maior do que as gripes periódicas. A ausência de imunidade contra o vírus e sua
contaminação acelerada tem determinado a emergência do problema na saúde pública em
todo o mundo.  Além do medo de contrair a doença, o vírus tem gerado inseguranças em
todos os aspectos da vida das pessoas, desde a perspectiva coletiva a individual, como as
modificações no funcionamento da sociedade e nas relações interpessoais.

No Brasil, a Portaria nº 454 declarou estado de transmissão comunitária do novo


coronavírus em 20 de março de 2020, o que fez entrar em vigor a Lei da Quarentena
nº 13.979, com o objetivo de evitar a contaminação e propagação da COVID-19
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; apud FARO et al., 2020, p. 4).

De acordo com Duarte et al. (2020), em estudos realizados na China, a primeira


nação a adotar o isolamento social e a quarentena como medidas protetivas, demonstram que
existem possíveis consequências psicológicas a respeito desse afastamento entre os
indivíduos.  Em uma amostra para mais de mil cidadãos chineses, apresenta que há maior
índice de ansiedade, depressão e uso nocivo de álcool, como também um menor grau de
bem-estar mental do que o usual da população. Além da restrição de circulação e
aglomerações, como viagens, festas etc., é possível notar perdas econômicas nas áreas mais
afetadas como também, tem se notado o estresse causado por consequência destas perdas
financeiras, o que seria um risco psicossocial habitual nesse momento de recessão econômica,
bem como o desemprego e a pobreza. Desta forma esses fatores podem impactar de forma
negativa a saúde mental da população mundial.
O estudo de Bezerra et al. (2020) feito com 3.836 participantes, por meio de um
questionário no Formulário Google, demonstrou que os participantes tinham como efeitos:
medo de ser infectado pelo vírus; preocupação com os familiares que precisam sair de casa;
como lidar com os sentimentos de tristeza ou preocupação; dificuldade de concentração ou
“branco na mente” durante o período de isolamento social.
Ao verificar os resultados da pesquisa de Bezerra et al. (2020), é possível notar que
dentre os 3.836 participantes, a maioria são mulheres (73,5%); na faixa etária de 30 a 39 anos
(28,7%) casados ou em união estável (54,2%); e pós-graduados (54,1%). Ao que se refere às
perguntas específicas sobre os efeitos psicossociais do isolamento social (IS) devido a
covid-19, 89,9% dos participantes da pesquisa estão em IS, sendo que 89,6% estão há mais de

20
14 dias. 87,4% dos participantes alegaram ter medo de serem infectados e estão preocupados
se alguém da casa precisa sair; 76,8% declaram que o isolamento trouxe mudanças
significativas na rotina, porém conseguiram adaptar à nova realidade; 80,7% disseram ter
bastante preocupações e sentimento de tristeza a respeito da pandemia. 70,4% praticam
estratégias de enfrentamento como: atividade física, prática religiosa, ações lúdicas etc.; já
29,8% ainda não pensaram em como lidar e resolver essa questão. Logo o isolamento social
ao ser declarado pelas autoridades como lei, 63,4% dos entrevistados demonstram que
tiveram alterações no padrão de sono; 61,6% apresentam inquietação, tensão e nervosismo;
58,6% possuem dificuldade para exercer as atividades diárias e 45,8% disseram ter problemas
em se concentrar nas tarefas diárias juntamente com a sensação de estar com um “branco na
mente”.
Contudo, os resultados da pesquisa revelam a necessidade de considerar e trazer à tona
uma discussão a respeito dos fundamentos sociais da saúde, estes que envolvem as relações
sociais, manifestações culturais como também a economia e o novo aspecto de vivências, as
perdas e o luto sem despedida, além disso levar a reflexão sobre os impactos sofridos na
sociedade pela pandemia em um mundo globalizado, evidenciando a expansão da doença em
alta velocidade, resultando no colapso do sistema de saúde pública em vários países.
Todavia, Barros et al. (2020) diz que o contexto pandêmico e as medidas de controle
como isolamento preconizadas afetam a população em muitas áreas da vida e da saúde, entre
elas, a saúde mental. Em sujeitos com quadro de ansiedade esses aspectos emocionais tendem
a ser mais intensos, por não terem certeza do que vai acontecer no futuro. A presença de
transtornos mentais, sofrimentos psíquicos e alteração do sono exercem efeitos negativos no
dia a dia dos indivíduos.
Segundo AQUINO et al. (2020), o distanciamento social tem por objetivo a redução
do convívio e o contato direto de toda a comunidade, incluindo pessoas infectadas e, ou as
não identificadas, sendo assim ainda não isoladas. Devido às doenças transmitidas por
gotículas respiratórias necessitarem da proximidade física para que obtenha contágio, o
distanciamento social ajuda a reduzir a transmissão devido a esse controle de circulação. Já o
Isolamento Social é o afastamento das pessoas infectadas daquelas não infectadas, com o
mesmo objetivo de reduzir a contaminação. No entanto, para que o isolamento seja efetivo é
importante que a detecção dos casos seja precoce e que a transmissão viral dos assintomáticos

21
seja baixa. Dessa forma, as aplicações em massa de testes que permitem a identificação de
infectados, como adotado em outros países, é essencial para que o isolamento seja eficaz.

A quarentena, é o controle de movimento das pessoas que possivelmente foram expostas a


uma doença contagiosa, mas que não estão doentes, ou porque não estão infectadas, ou porque
ainda estão no período de incubação do vírus. A quarentena pode ser aplicada
individualmente e em grupos, pode ser voluntária ou obrigatória. Ao longo de sua duração
todos os indivíduos devem acompanhar a evolução ou aparição de sintomas e logo serem
isolados imediatamente.
Com isso as revisões feitas por  Brooks, et al. (2020 apud BARROS; et al., 2020)
sobre pesquisas que analisam os impactos psicológico da quarentena em epidemias curtas,
tiveram resultados como efeitos psicológicos negativos em que o principal fator é o estresse
quanto a duração da quarentena, o medo da infecção, o sentimento de frustração e de
aborrecimento, as informações inadequadas, sobre a doença e seus cuidados, medo de se
infectar e transmitir para outras pessoas, as perdas financeiras e o estigma da doença. Os
aspectos emocionais durante cenários epidêmicos, tem levado autores a identificar, junto a
COVID-19, uma "pandemia do medo” ou a “coronofobia”, o aumento de sujeitos acometidos
de depressão e ansiedade na população cresceu em decorrência a vulnerabilidade psíquica.
Cavalcanti (2020) evidência como um dos principais fatores da ansiedade o excesso de
informação. No mundo de hoje, as redes sociais, se bem utilizadas, servem como ferramenta
para divulgação de informação, ajudando a minimizar a sensação de solidão, contribuindo
com o acesso da população a serviços de saúde mental e aconselhamento psicológicos, porém
a propagação de Fake News sobre fatores relacionados à transmissão, incubação, número de
infectados e a taxa de mortalidade levam a população a um tipo de pandemia do medo.
Desta forma, observamos que as circunstâncias causadas pelo coronavírus tem gerado
na população diversas alterações de humor como também emocionais, que contribuem para a
instabilidade das organizações. Estabelecer estratégias de enfrentamento que minimizem os
impactos causados na saúde mental dos sujeitos deve ser o ponto central das políticas
organizacionais. Pois, o temor pela contaminação e os efeitos sociais e econômicos da
quarentena afetam de forma negativa grande parte da sociedade (BROOKS; et al. 2020 apud
CASTRO et al., 2020).

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Para Lima (2020), a Organização Mundial da Saúde tem tratado diversos aspectos da
pandemia relacionados à saúde mental da população, incluindo estratégias de enfrentamento
para grupos vulneráveis a partir do ponto de vista psíquico e, ou físico como; os idosos,
crianças, pessoas com comorbidades e doenças crônicas. No Brasil inicia-se a circulação de
materiais nacionais desenvolvidos por grupos de pesquisa, com informações e recomendações
a respeito da saúde mental na pandemia, tendo como base os documentos internacionais. Uma
série de cartilhas foram publicadas pelo Centro de Pesquisas em Emergências e Desastres em
Saúde (Cepedes/Fiocruz) contendo recomendações de segurança para a população no geral,
entre outros temas mais específicos. A iniciativa tem atingido vários âmbitos da internet
como lives de conscientização, podcasts do Conselho Federal de Psicologia, entre outros.
Assim, no Brasil vários psicólogos se mobilizaram na prestação de auxílio e
acolhimento aos indivíduos em sofrimento psíquico, por isso enfatizamos a importância dos
atendimentos psicológicos on-line, aprovado pela Resolução nº 04/2020 do Conselho Federal
de Psicologia (CRP-PR, 2020 apud PEREIRA; et al., 2020).
Dito isso, Silva et al. (2020) apresentam que para o bem-estar dos indivíduos bem
como uma melhoria na vivência do dia a dia, é essencial que a ansiedade seja controlada.
Além da medicação e atendimentos psicológicos, existem outras formas de lidar e controlar o
efeito dos sintomas. As terapias alternativas são estratégias não farmacológicas que
complementam e ajudam no alívio de diversas enfermidades, dentre elas a ansiedade. Desta
forma, também pode ser utilizada em apoio à terapia convencional para o controle de
sintomas ansiosos: formas de relaxamento para corpo e mente, e minimizar os efeitos dos
sintomas do quadro ansioso no sujeito: Mantendo uma alimentação correta e balanceada,
consumir frutas e verduras, como também ingerir a quantidade correta de água contribuindo
para reduzir o nível de estresse e ajudando a fortalecer o sistema imunológico. Praticando
atividade física, é de suma importância para o bem-estar físico e mental, pois o estilo de vida
sedentário é prejudicial para o sistema imunológico. Fazendo Meditação (Mindfulness)
ajudando a desenvolver habilidades de concentração, tranquilidade e mantendo o foco no
agora. Também ajuda a controlar sintomas ansiosos momentaneamente.

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Resultado e Discussão

Buscamos com este trabalho apontar as consequências e os impactos biopsicossociais


de uma pandemia na saúde mental dos sujeitos, identificando os agravos que a pandemia e o
isolamento e distanciamento social causaram em sujeitos com quadros de ansiedade. O
levantamento dos dados se fez por busca de artigos que elucidassem como o vírus do
Covid-19 se manifestava, sua propagação na população e no mundo e suas consequências ao
ponto de se tornar uma pandemia e superlotar os sistemas de saúde, levando a exaustão os
profissionais dessa área, sociedade e principalmente grupos fragilizados, elucidando aspectos
positivos e negativos e seus impactos na saúde mental dos sujeitos com quadro de ansiedade.
Optamos por um estudo qualitativo, tendo como base referencial teórico confiável. Desta
forma ao decorrer do trabalho é possível identificar que em situação de epidemia global é
compreensível que a população no geral apresente alterações emocionais e algumas formas de
mal-estar, como a sensação de impotência diante do cenário de caos, solidão devido a
quarentena e distanciamentos sociais, raiva, culpa, tristeza e principalmente, a sensação de
ansiedade em seus vários níveis, desde leve ao patológico.
Dito isso, a escolha deste tema se faz por experiências pessoais, ao qual nasce uma
demanda a ser estudada e respondida. Buscamos conceituar a ansiedade e suas nuances, as
dificuldades enfrentadas por esses grupos em seu dia a dia principalmente nesse período
pandêmico, período em que se evidenciou a importância do cuidado com a saúde física e
mental. Por fim, discutimos sobre estratégias de enfrentamento que pudessem amenizar os
impactos na saúde mental da população brasileira adulta com quadro de ansiedade.
Assim, os resultados encontrados por toda a extensão do trabalho e pesquisas,
apontam para os impactos causados pelo isolamento e distanciamento social no psicológico e
físico dos indivíduos, suas alterações emocionais, como também o agravo dos sintomas de
ansiedade em sujeitos com quadros ansiosos. Há grande necessidade em trazer à tona
questões relacionadas a saúde desses sujeitos como também da sociedade e do mundo.
Ressaltamos que os sujeitos ansiosos tendem a sentir tudo de forma mais intensa devido a
preocupação constante e excessiva com o futuro. Com isso, as Fake News se tornaram uma
ferramenta negativa para a sociedade, maximizando os sintomas.
Por fim, ao decorrer do ano de 2020 o Ministério da Saúde liberou diversas cartilhas
que pudessem ajudar no enfrentamento desses danos psíquicos, muitos psicólogos se uniram
disponibilizando lives, podcasts, vídeos que pudessem ajudar a população nesse momento

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caótico. Assim, as estratégias citadas aqui, foram pesquisadas minuciosamente com a
finalidade de trazer alívio aos efeitos e agravos causados pelo cenário pandêmico na
população brasileira.

Considerações Finais

Portanto, com esta pesquisa visamos apresentar os efeitos causados pelas


consequências do isolamento e distanciamento social adotado como medida de proteção
contra o novo vírus, COVID-19. Logo conceituando o quadro de ansiedade e suas vertentes,
assim como, alertar e trazer visibilidade à sociedade sobre as sequelas geradas na saúde
mental deste grupo devido ao cenário caótico de epidemia global.
Ao decorrer do trabalho foi possível perceber que a maioria dos esforços foram
voltados aos aspectos biológicos da doença e sua contenção. No entanto, por ter sido um
evento inesperado e de uma dimensão gigantesca, acabou afetando não somente a saúde física
da população, mas também a economia e principalmente a saúde mental. Apesar de
entendermos que é de suma importância o controle e contingência da disseminação do vírus.
Percebemos que grupos como esses necessitam de uma atenção especial, cuidados e
apoio por parte de toda a sociedade. Sendo assim, entendemos que é imprescindível que se
elabore mais artigos e que se estude mais sobre esse grupo e as consequências de epidemias
no psíquico dos cidadãos do Brasil e do mundo. Em conclusão sabemos da responsabilidade
de redigir um trabalho como esse e almejamos que este material contribua como arcabouço
teórico para as futuras gerações.

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