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As emoções são afectos de curta duração que surgem, bruscamente, quando uma pessoa vive
ou viveu uma experiencia agradável ou desagradável . ( Echeburúa, 2002, p.39). As emoções
estão ligadas a comportamentos adaptáveis básicos, como atacar, fugir, procurar conforto,
ajudar os outros, etc. As emoções são acompanhadas de alterações importantes na expressão
facial ( riso, semblante severo, rigidez dos maxilares, etc) e corporal ( suor, palidez, aumento
do ritmo cardíaco, etc.)Quase todas essas alterações são provocadas pela adrenalina.
Sem emoções a vida seria um pouco aborrecida e teria pouco sentido. De alguma forma
maneira, todos sentimos medo perante um perigo, alegria ao receber uma boa noticia,
surpresa por um prémio recebido e que não esperávamos ou vergonha por algum
comportamento irreflectido. As várias emoções desempenham um papel importante na
sobrevivência da pessoa. Cada emoção predispõe o nosso corpo para um diferente tipo de
resposta. Segundo Martin e Boeck (2000) , as emoções ajudam-nos:
Existem muitas emoções, variações e matizes diferentes, ainda que não haja um acordo sobre
as que se consideram as prinmárias. Goleman (1966) diz que as oito emoções principais são: o
medo; a surpresa; a tristeza; a aversão; a ira; o amor; a alegria e a vergonha. Cada emoção
pode ter uma intensidade diferente. Por exemplo a ira pode variar de um caso extremo de
violência, ao simples agastamento.
Todas as emoções giram em torno da descoberta feita por Paul Ekman (1992), da
universalidade de quatro expressões faciais reconhecidas pelas pessoas de todas as culturas:
alegria; tristeza; medo e raiva. Ekman chegou à conclusão de que as emoções básicas são
universais mas, cada cultura modifica a sua expressão conforme a avaliação moral que é
atribuída a cada uma delas.
O primeiro impulso perante qualquer situação emocional diz-se que provém do coração e não
da cabeça. Isto deve-se ao facto de a mente racional levar mais tempo, do quem a mente
emocional a registar e a responder a uma determinada situação.
Para compreender melhor o poder da emoções sobre a mente pensante, temos de considerar
a forma como o cérebro evoluiu. O cérebro humano desenvolveu-se desde o centros inferiores
até aos superiores. A região mais primitiva do cérebro é o tronco encefálico que surgiu como
um prolongamento da espinal medula. Este cérebro rudimentar, que é partilhado por todas as
espécies que possuem um sistema nervoso pouco evoluído, regula as funções vitais tais como
a respiração, o metabolismo ou os movimentos automáticos.
Investigações recentes (LeDoux, 1999) deram-nos a conhecer a conhecer que a primeira via
cerebral por onde passam os sinais sensoriais provenientes dos olhos é o tálamo e, a partir daí
e através de uma única sinapse, a amígdala activa os centros emocionais. Outra ramificação
envia o sinal do tálamo ao neocortex, cérebro pensante. Deste modo a amígdala começa a
responder mesmo antes do neocortex ter ponderado a informação e se aperceba plenamente
do que aconteceu e, finalmente emita uma resposta adaptada à situação. A amígdala classifica
a situação como perigosa. Através do tálamo, o sistema motor e o sistema hormonal provocam
uma série de reacções. No caso, o coração começa a bater com maior ritmo, os músculos
contraem-se e o rosto adopta uma expressão de medo. A amígdala põe em funcionamento
uma resposta de fuga ou luta.
A descoberta afastou a ideia de que a amígdala ( centro das emoções) depende de sinais
procedentes do neocortex para responder, emocionalmente a uma situação de emergência
Inteligencia emocioanal
Em 1983, Howard Gardner, em sua teoria das inteligências múltiplas, introduziu a ideia de
incluir tanto os conceitos de inteligência intrapessoal (capacidade de compreender a si mesmo
e de apreciar os próprios sentimentos, medos e motivações) quanto de inteligência
interpessoal (capacidade de compreender as intenções, motivações e desejos dos outros).
Para Gardner, os indicadores de inteligência como o QI não explicam completamente a
capacidade cognitiva. Assim, embora os nomes dados ao conceito tenham variado, há uma
crença comum de que as definições tradicionais de inteligência não dão uma explicação
completa sobre as suas características.
Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos
indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por
relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento
humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais possibilidades de obter o
sucesso.
As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-pessoais. Tanto quanto
as primeiras são essenciais ao auto-conhecimento, estas últimas são importantes em:
A génese do conflito
O que nos faz sentir na vida é a satisfação de objectivos e neste movimento, por vezes
cruzamo-nos como os objectivos de outras pessoas. Quando falamos de conflitos, referimo-
nos ao confronto entre pessoas ou grupos humanos com objectivos incompatíveis.
Normalmente, associamos conflito ao momento em que salta uma chispa na relação mas,
geralmente, antes dessa chispa saltar, o conflito pode já estar presente de forma latente.
2. O que é o conflito?
Os conflitos são situações em que duas ou mais pessoas entram em oposição ou desacordo por
suas posições, interesses, necessidades, desejos ou valores serem incompatíveis ou
considerados como tal, em que desempenham um papel muito importante as emoções e
sentimentos e em que a relação entre as partes em conflito pode sair fortalecida ou
enfraquecida de acordo com o modo como decorrer com o processo de resolução do conflito.
Na análise de um conflito podem adoptar-se diferentes pontos de vista. Um ponto de vista útil
pode ser o proposto por Lederach, que distingue os elementos do conflito mais ligados ás
i)pessoas implicada , dos elementos próprios do ii) processo seguido pelo conflito e do iii)
problema que está na base do conflito.
Os protagonistas
O poder do conflito
As percepções do problema
As emoções e os sentimentos
As posições
Os interesses e as necessidades
Os valores e os princípios
A dinâmica do conflito
A relação e a comunicação
O miolo
Tipos de conflito
Um elemento que nos pode ajudar a entender os problemas de convivência nas escolas é
efectuar uma reflexão sobre os estilos que o ser humano utiliza quando se trata de orientar e
enfrentar um conflito.
Podemos distinguir, pelo menos, cinco estilos básicos de aproximação aos conflitos:
competição, fuga, compromisso, colaboração e acomodação.
4 . A mediação