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Publicado em 20 de junho de 2011 em 

Educação
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Projeto de Pesquisa:"Jovens e drogas"


 

ALEXSANDRO RODRIGUES DE OLIVEIRA

"Jovens e drogas": o PROERD como sociabilidade alternativa, enquanto policiamento


comunitário; uma solução para o combate ao uso e abuso de drogas nas escolas públicas
estaduais, municipais e privadas do Estado de Minas Gerais, buscando a igualdade na
diversidade. 

Belo Horizonte
2011
1. Introdução

Usando a teoria crítica pretende-se neste projeto opor-se ao falido modelo cartesiano
tradicional de ensino, que impossibilitava aos alunos a autocrítica, os esclarecimentos e as
emissões de opiniões pessoais. Consequentemente, a prática do "despejamento" pode ter
facilitado o fortalecimento do tráfico de drogas devido à facilidade de se abordar uma criança e
adolescente, que eram incapazes de dizer "não" às ofertas para o uso de drogas. A referida
incapacidade de dizer "não" pode ter sido fruto do "adestramento" sofrido pelos discentes em
salas de aula, devido ao mal preparo dos seus mestres que acreditavam numa realidade seria
sempre estática, imutável e previsível.
Nos últimos 15 anos tem-se observado a catastrófica mudança no sistema de ensino-
aprendizagem nas escolas públicas estaduais, municipais e particulares, principalmente no
Estado de Minas Gerais, devido às sementes plantadas nas mentes das crianças e
adolescentes dos anos 70 e 80.
As crianças e adolescentes, discentes, que, até meados da década de 80 respeitavam seus
professores, como aos seus pais, tinham um aprendizado sustentado pela coerção agressiva
de seus mestres. Considerando, que o ambiente escolar era um local seguro, tanto para os
alunos quanto para os professores, pois naquela época a Polícia Militar desenvolvia um projeto
chamado "amigo legal", e, constantemente estava na porta das escolas gerenciando as
entradas e saídas dos alunos, ficou fácil, através da força e da violência psicológica, trabalhar
numa sala de aula. Levando em consideração que o país havia acabado de sair da ditadura
fica fácil entender o porquê de, pelo medo, os alunos se comportarem bem, ou pelo menos,
razoavelmente bem, dentro e fora das escolas.
Apesar de os salários dos professores, já naquela época, não ser "grandes coisas", ainda se
podia perceber nos docentes um compromisso militarizado com o sacerdócio educacional. O
professor trabalhava por obrigação e não ensinava usando o respeito aos saberes dos
educandos e o respeito à autonomia do ser educando. O que importava, na verdade, era "o
passar" conteúdo. Enfim, embora se pudesse notar o comprometimento do docente com o seu
trabalho, não se podia notar o mesmo empenho no aprendizado dos seus alunos. Desta forma,
a prática educacional perdia o bom senso, negava a alegria e omitia a esperança aos
discentes, que estudavam para poder, um dia, trabalhar, e não pelo prazer de aprender.
Então, se num passado bem recente a escola ganhava em disciplina, perdia a oportunidade de
habilitar os seus estudantes como seres transformadores que pudessem transmutar suas
fraquezas em força de opinião e ação, para poderem, através de seus sensos críticos se
imporem enquanto cidadãos nas ruas e nas urnas.
Hoje, como se fosse uma resposta a opressão do passado, os alunos mudaram: agridem seus
professores com gestos, palavras e até fisicamente.
Atualmente, percebe-se que a maioria das escolas, principalmente as públicas, se tornou uma
verdadeira "casa de mãe Joana" ? todo mundo pede, mas só os alunos mandam. Os
professores e demais funcionários das escolas trabalham com medo de serem agredidos por
seus alunos ? a coisa inverteu. Há alunos que vão armados para as escolas. Há escolas que
se tornaram "pontos" do tráfico de drogas. Hoje, professor nenhum, em sala de aula, pode
chamar a atenção dos seus alunos, pois se o aluno não revidar de maneira agressiva contra o
professor, seus pais revidarão. Por trás de cada aluno violento, com raríssimas exceções,
costuma-se encontrar um pai traficante e/ou uma mãe usuária de algum tipo de droga (lícita ou
ilícita).
Diante do exposto surge o Proerd para combater, dentro das escolas, o uso e abuso das
drogas prevenindo a violência, com uma nova didática e maneira metodologicamente
educacional ? a coisa inverteu (de novo). Se através da Polícia veio a repressão, através do
Porerd vem o sonho de libertação. Considerando que, de acordo com Freire, a educação
libertadora consiste, a priori, no ato de construir conhecimento e não de receber informações.
Criado nos Estados Unidos em 1983, o Programa Educacional de Resistência às Drogas ?
PROERD ? é a versão brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistance
Education ? D.A.R.E. No Brasil o programa foi implantado em 1992 e hoje conta com 04
cursos: Proerd para o prezinho, para 4ª e 6ª séries do ensino fundamental e Curso Proerd para
os Pais.
O Proerd é aplicado por policiais militares, fardados, e devidamente capacitados não podendo
ser aplicado por nenhuma outra pessoa que fuja ao perfil pré-estabelecido para se tornar um
instrutor do referido programa. As aulas são padronizadas, mas não engessadas. A
padronização serve para mostrar organização na aplicação do programa.
A formação de um instrutor do Proerd é realizada por mentores, sendo estes treinados por uma
equipe norte americana no curso "Menthor Officer".
Sendo assim, à luz do Proerd, este projeto aponta para um viés através do qual se pretende
tratar as drogas a partir de suas propriedades simbólicas, ou seja, seu efeito na cultura, na
escola, e o seu efeito no dia-a-dia das pessoas, pais e mães de famílias, que deveriam mudar o
quadro social do seu país através de uma postura sóbria. 
Embora o contexto relacionado ao consumo de drogas no Brasil, e por extensão em Minas
Gerais, ainda seja pouco conhecido, os estudos disponíveis apontam que o álcool, o tabaco e
alguns medicamentos psicotrópicos são as drogas mais consumidas e responsáveis pelos
maiores índices de problemas nas áreas de saúde pública, educação e segurança, dentre
outras (NOTO & GALDURÓZ, 1999). 
Diante de tal contexto, o Proerd tem como foco principal a prevenção do uso indevido de
drogas no âmbito da Rede Estadual, Municipal e particular de ensino, não só de Minas Gerais,
mas em todo o país, no sentido de situar o papel da Polícia, pais e escolas neste quadro
formando a tríade educacional de prevenção e proteção às crianças e adolescentes fazendo
cumprir o art. 18 do ECA, que diz:
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo
de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Neste projeto, utilizando a teoria crítica e educação como área de interesse, pretende-se
estudar a possibilidade de o Proerd ser mais abrangente em suas ações e menos
controvertível, a fim de que se possa resgatar nos ambientes escolares a saudosa paz para se
poder aprender e ensinar, mas, sempre visando à prática da liberdade, respeitando as
desigualdades em meio às diversidades.
Como atesta Freire (2008, p. 125) é preciso reconhecer que a educação é ideológica e ter a
convicção de que a mudança é possível.

2. PROBLEMATIZAÇÃO

O problema "DROGAS" nas redes da escola pública pode ter sua origem, além do já exposto
na introdução, na influência da mídia e na diversidade cultural, fazendo com que o trabalho
pedagógico do professor não siga o processo evolutivo que deveria seguir com as inúmeras
possibilidades que a ludicidade proporciona no processo de ensino aprendizagem. Os alunos,
sendo oriundos das classes populares menos favorecidas, principalmente, não se conectam,
totalmente, naquele ambiente escolar no qual deveria ocorrer o processo de interação
"professor-aluno, aluno-professor", processo, esse, indispensável para as suas aprendizagens,
pois suas "mentes" estão conectadas em um outro lugar, ou seja, nos guetos, onde, como eles
mesmos dizem estão "as quadradas" e os "bam-bam-bans" dos tráficos de drogas. Os
educadores dos bairros menos favorecidos se deparam com imensas diversidades culturais e o
ensino qualitativo requer uma visão da necessidade de novas experiências educativas que
tenham por base os componentes socializadores e integradores para situar a criança no
espaço da escola.
Rodrigues (2003) lembra que diariamente têm sido noticiadas pelos diversos meios de
comunicações, crianças que são mortas em razão do tráfico de drogas. Tais fatos têm se
tornado atos de repercussões nacionais, uma vez que são crianças e adolescentes os quais
estão morrendo. Crianças que deveria estar freqüentando uma escola, sendo tratadas com
carinho, respeito e dignidade estão sendo encontradas mortas em valas, açudes e matagais.
Tais chacinas recebem o nome de acertos de contas.
Rodrigues (2001) diz ainda que tais notícias, além de serem trágicas são motivadoras para o
fortalecimento dos traficantes e dos demais marginais, ao mesmo tempo em que são
aterrorizantes para quem as ouvem.
Para ele, os ouvintes começam a perceber que a impunidade tem sido muito grande e que
somente a repressão através da força policial não está sendo suficiente para combater o
crescente índice de criminalidade. 
Assim sendo, o Proerd pode ser considerado como uma alternativa estratégica de interação
social em suas mais diversas formas pedagógicas de implementação, visando obviamente o
"atendimento global", que busca a igualdade na diversidade para a promoção de
aprendizagens orientadas que garantam a interação, entre as crianças, de forma que possam
comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um
ambiente acolhedor que proporcione segurança, respeito, confiança, auto-estima e amor. 

3. JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, os debates sobre o crescimento do uso de drogas pelas crianças e
adolescentes têm fomentado discussões e reflexões com ênfase, até mesmo, na liberação da
maconha. As análises apontam para a necessidade de colocar sobre uma mesa de laboratório
uma tempestade de idéias que vise ponderar sobre os prós e contras do uso e abuso de
drogas por menores. Apesar de alguns críticos apresentarem razões diferentes para a
implantação do Proerd nas escolas, existem concepções consolidadas em amplas experiências
pedagógicas que comprovam a eficácia do Programa Educacional de Resistência às Drogas
nas faixas etárias de 10 a 12 anos, tanto no processo de aprendizagem, como, também
contribui para o benefício combinatório no comportamento disciplinar.
Os problemas de aprendizagem e dificuldades de raciocínio dos alunos trazem desânimo para
muitos educadores que desconhecem as formas de correlacionar conteúdos e ações aplicadas
de experiências no que se refere às informações sobre os usos e abusos de drogas, e como
elas são inseridas nas vidas das pessoas. Pesquisas apontam que a maioria das crianças
problemáticas que chegam às escolas, traz seus problemas embalados por rótulos de drogas
lícitas e/ou ilícitas. Os pequeninos são vítimas de pais problemáticos.
Assim, acredita-se que com a implantação do Proerd como matéria curricular, aplicado por um
policial fardado, devidamente qualificado, pode proporcionar, didaticamente, a criação de um
ambiente acolhedor e interativo, além das oportunidades de buscar soluções mais adequadas
para as situações do uso e abuso de drogas pelos jovens dentro e fora do ambiente escolar. A
figura paterna de um policial dentro da escola pode levar valores aos jovens e fazer brotar em
suas mentes sentimentos e idéias, que os façam crescer trazendo consigo a esperança do
surgimento de dias melhores através de uma educação mais eficaz.
Para isso, justifica-se a realização deste Projeto de Pesquisa, com a hipótese de que o Proerd
pode favorecer as peculiaridades entre jovens de diferentes idades em suas diversidades
básicas como seus hábitos, costumes, valores, crenças e etnias focando, exclusivamente, na
importância da socialização sem o uso de drogas e da violência. 
Nessa perspectiva, o Proerd, com a participação da família e a escola formará a tríade de
mediação que poderá propiciar às crianças e adolescentes espaços e situações de
aprendizagens que reúnam os recursos e capacidades afetivas, emocionais e sociais
trabalhando a cognição de cada criança no sentido de prevenir e reduzir o uso indevido de
drogas e violência entre estudantes, e da mesma forma ajudar os estudantes a reconhecerem
as pressões e a influência diária para usarem drogas e praticarem a violência.

4. OBJETIVOS
4.1 Objetivos gerais
? Planejar a inserção do Proerd como disciplina curricular a partir das séries iniciais
desenvolvendo um acompanhamento do discente, inclusive na sua convivência familiar a fim
de poder conhecer o dia-a-dia de cada criança.
4.2 Objetivos específicos
? Identificar como o Proerd pode contribuir para o desenvolvimento da percepção de cada
criança para as abordagens coletivas, conhecidas como Pressão amigável nas etapas de
produção do conhecimento a partir da 1ª série do Ensino Fundamental;
? Relacionar as formas de atuação a partir das técnicas e métodos utilizados pelo Programa
Educacional de Resistências às Drogas como recurso pedagógico a partir da 1ª série do
Ensino Fundamental;
? Construir um ambiente saudável e propício à interação que possa contribuir para a
formulação de modelos práticos que dimensionem o ensino do Proerd a partir da 1ª série do
Ensino Fundamental;
? Identificar as formas de atuação do educando no ambiente escolar;
? Justificar as ações e a origem de possíveis problemas que o menor possa apresentar para a
construção de modelos práticos ou experiências para possíveis mediações de conflitos vividos
pela criança a partir da 1ª série do Ensino Fundamental.

5. HIPÓTESES
5.1 Hipótese Primária
Ï Sendo aplicado por um policial militar, fardado (tal postura, por si só, já inibe a ação marginal
dentro das escolas) sem que haja constrangimento ou coerção, o Proerd tem múltiplas relações
com as demais matérias e permite ao educador relacionar suas atividades com o referido
Programa a fim de favorecer ao educando uma maior compreensão de tudo o que lhe for
ensinado a partir da 1ª série do Ensino Fundamental;
5.2 Hipótese Secundária
Ï Os valores ensinados pelo Proerd poderão ser treinados em cada disciplina a partir de
atividades lúdicas direcionadas, usando, principalmente recortes de jornais que retratem a
realidade do passado de coerção, para, na atualidade, confrontação e orientação construtiva de
experiências mediadas entre educador e educando a partir da 1ª série do Ensino Fundamental;

6. QUESTÕES A INVESTIGAR
Ï Quais as formas de inserção de um policial militar fardado em uma sala de aula, sem que haja
coerção e/ou constrangimento para os alunos, com a finalidade de trabalhar os fatos reais
cotidianos, noticiados em jornais e revistas, como recurso pedagógico para as aprendizagens
do Proerd a partir da 1ª série do Ensino Fundamental numa perspectiva construtivista de forma
teórico-prática?
Ï Em meio a tanta violência existente, atualmente no Brasil, o que faz com que a resistência da
população para com os policiais seja bem maior, como o Proerd pode contribuir para a
aceitação dos valores ensinados em sala de aula pelo referido programa, nos processos de
raciocínio lógico, na formulação das relações entre a teoria e a prática a partir da 1ª série do
Ensino Fundamental?
Ï Quais as formas de atuação do Proerd, e como será feita a abordagem do assunto "drogas" a
partir da 1ª série do Ensino Fundamental?
Ï Quais os instrumentos e recursos que podem contribuir para a formulação de modelos
práticos que dimensionem o ensino do Proerd a partir da 1ª série do Ensino Fundamental.
Ï Quais as formas de atuação do educando na construção de modelos práticos ou experiências
proerdianas no ensino do Proerd a partir da 1ª série do Ensino Fundamental?
? Como será a aceitação do Proerd pelos demais policiais militares que trabalham no
policiamento repressivo?
? Quais são os problemas, mais comuns enfrentados pelo policial Proerd dentro e fora das
escolas?

7. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Freire (2008, p. 72) ensinar exige alegria e esperança. Há uma relação entre a
alegria necessária à atividade educativa e a esperança. O ensino que funciona, dentro de um
contexto social, possui um sistema de valores fundamentais que valoriza a esperança. A
esperança, que faz parte da natureza humana é um condimento indispensável à experiência
histórica, e, se constitui de um objeto simbólico que designa também um fenômeno. Portanto,
permite ao educando a identificação de um sistema de regras que permite uma estrutura
seqüencial que especifica a sua moralidade.
Sanchez (1982), sobre a moralidade, acredita que, na maioria dos casos de usuários de drogas
ilícitas, quem prepara as crianças e adolescentes para o uso, abuso e tráfico de drogas são os
próprios pais e/ou parentes, quando pedem crianças para comprar bebidas alcoólicas, cigarros
e até mesmo medicamentos de uso controlado, mesmo sabendo que existem leis que proíbem
a venda de tais produtos para menores de 18 anos de idade.
Para Sanchez (1982), não há que se falar em moralidade, quando crianças e adolescentes
brasileiras estão, cada vez mais cedo, se enveredando no caminho alternativo das drogas. Ele
explica que tais caminhos são alternativos, pois quando se é criança e/ou adolescente a vida
abre um leque de oportunidades para todos. À medida que se vai vivendo novas oportunidades
de vida vão surgindo como se um cardápio fosse aberto deixando à mostra suas opções. As
drogas, também, fazem parte desse cardápio e podem ser classificadas em drogas lícitas ou
ilícitas. As drogas lícitas são as bebidas alcoólicas, cigarros e medicamentos farmacêuticos.
Por serem lícitas essas drogas podem ser encontradas em diversos pontos comerciais e são as
portas de entrada para o uso e abuso das drogas ilícitas que são: maconha, cocaína, crack,
LSD e ecstasy, dentre outras. 
Machado (1966: p. 29) salienta, que a interação social implica transformação e o cuidado que
um ser humano deve ter com o outro. Esta concepção reconhece que as pessoas são
devedoras umas das outras e necessitadas de atenções, carinho e respeito. Se uma pessoa
não recebe tal tratamento, a tendência e que não repasse para os seus filhos, amor, carinho e
atenção, valores fundamentais para a formação do sujeito, atribuindo-lhe um espaço importante
no desenvolvimento das estruturas psicológicas e emocionais.

8. METODOLOGIA DA PESQUISA
O objetivo deste estudo é justificar as formas de inserção do Proerd nas escolas públicas e
privadas e criticar a falta de apoio, tanto da própria Polícia Militar como do público externo
(carentes da aplicação do referido programa) vivenciada por cada instrutor, além de escrever
sobre a importância de se ter a aplicação do Proerd em todas as escolas como recurso
pedagógico para as aprendizagens em todas as demais matérias a partir da 1ª série do Ensino
Fundamental. Pretende-se analisar como utilizar os recursos didáticos, necessários para
aplicação do Proerd, numa perspectiva construtivista, correlacionado a teoria com a prática. 
A utilização de estudos bibliográficos e pesquisas de opiniões contarão com as contribuições
teóricas de vários autores que realizaram artigos, dissertações, teses sobre o Proerd e a
opinião de quem já vivenciou, de alguma forma, as ministrações do Programa Educacional de
Resistências às Drogas. A pesquisa tem caráter exploratório, segundo Martins (2000, p, 30) "se
constitui na busca de maiores informações sobre o assunto com a finalidade de formular
problemas e hipóteses". O estudo tem base descritiva das características apresentadas pelos
vários autores sobre a importância do Proerd, além da identificação de fatos (ocorrências)
surgidas nos diversos estabelecimentos de ensino em razão do uso e abuso de drogas no
ambiente escolar, além da simples apologia ao uso de entorpecentes. 
A escolha de crianças do ensino fundamental, a partir da 1ª série, se caracteriza pela
importância de se começar a trabalhar a prevenção na base, não só da vida familiar como,
também, da vida estudantil de cada "menor". 

9. CRONOGRAMA
O Tempo estipulado para a conclusão da pesquisa e conseqüentemente elaboração da
monografia, será de seis meses, sendo os primeiros três meses para selecionar o material
didático teórico, leitura de todo o material selecionado, fichamento, definição do tema,
entrevistar o maior número possível de pessoas envolvidas com o Proerd e com a comunidade
escolar (direta ou indiretamente), trabalhar o "problema", produzir o texto e entregar o projeto
com todas as alterações necessárias feitas (de acordo com o orientador[a]). Nos três últimos
meses pretende-se produzir o TCM, revisão e aperfeiçoamento do trabalho sob a orientação do
professor(a) responsável e posteriormente, nos meses restantes será elaborada a tese, em si.
Será feita a revisão final do texto com as devidas correções, para o fechamento e conclusão do
TCM.

ATIVIDADES jul/12 ago/12 set/12 Out./12 Nov./12 dez/12


Selec. Livros x
Coleta de dados. x x
Fichamento x
Definir o tema x
Problema x x
Produzir texto x x
Entrega projeto x
Produzir TCM x
Revisão x x
Entregar TCM x

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CITELLI, Adilson. Comunicação e educação: a linguagem em movimento. São Paulo: Editora


SENAC, 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 36. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação. 13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006. (O Mundo
Hoje, 24).

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 37. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

GOLEMAN, Daniel. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. São Paulo:
Graffex, 1999.

MACHADO, Nílson José. Matemática e educação: alegorias, tecnologias e temas afins. São
Paulo: Cortez, 1966.

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. 9. ed. Campinas: Papirus,


2003. (Coleção práxis).

PIAGET, J. A linguagem e o pensamento da criança. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

SANCHEZ, Amauri M. T. Drogas e drogados: o indivíduo, a família, a sociedade. 2. ed. São


Paulo: EPU, 1982.

VIGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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