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Universidade Regional de Blumenau

Centro de Ciências Tecnológicas


Departamento de Engenharia Química

Roteiro de Aula Prática:


Laboratório de Engenharia Química II
Avaliação

O aproveitamento do aluno será avaliado a cada experimento realizado. Para cada


experimento, um Boletim Técnico deverá ser escrito e uma Defesa por apresentação oral serão
feitos, tal que os pesos para a nota são, respectivamente, 60% e 40%. A média final da
disciplina é aritmética das quatro avaliações.

Experimentos

1 – Determinação do coeficiente difusivo através da Célula de Arnold;

2 – Determinação do coeficiente convectivo de transferência de calor da esfera de alumínio;

3 – Determinação do coeficiente condutivo de transferência de calor em meio composto;

4 – Determinação do coeficiente global de transferência de calor do trocador de calor duplo


tubo (tubos concêntricos).
EXPERIMENTO 1

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DIFUSÃO DO ÉTER ETÍLICO, N–HEXANO E ACETONA


EM AR ATRAVÉS DA CÉLULA DE ARNOLD

OBJETIVO: Determinar experimentalmente o coeficiente de difusão do n-hexano, acetona e éter


etílico em ar.

1.1 Fundamentação Teórica

A Figura 1 ilustra um capilar semipreenchido por um líquido puro volátil A. Supondo que sobre
esse líquido exista um filme gasoso estagnado, deseja-se avaliar o valor do coeficiente de difusão do
vapor de A nesta película. Após intervalo de empo considerável, nota-se a variação do nível do líquido,
a partir do topo do capilar.
Como o fenômeno difusivo ocorre na fase gasosa, o balanço de massa é feito nessa fase. O nível
do líquido delimita a região de transferência; portanto, esse nível é uma fronteira. Nesta, a
concentração do soluto estará sempre relacionada à sua pressão de vapor. A difusão ocorre em regime
permanente com variação lenta da superfície de contorno, caracterizando o modelo pseudo-estacionário.
Neste tipo de sistema a concentração e o fluxo mássico são funções das coordenadas espaciais.
Da equação da continuidade da espécie química para o componente A, tem-se:
𝜕𝐶𝐴
⃗ 𝐴 = 𝑅𝐴′′′ ,
+ 𝛻𝑁
𝜕𝑡
ou
𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑁𝐴,𝑥 𝜕𝑁𝐴,𝑦 𝜕𝑁𝐴,𝑧
+[ + + ] = 𝑅𝐴′′′ .
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Dadas as considerações regime permanente (estado estacionário), ausência de reação química
(meio inerte) e difusão somente na direção 𝑧 (unidimensional em 𝑧), tem-se:
𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑁𝐴,𝑥 𝜕𝑁𝐴,𝑦
= 0; 𝑅𝐴′′′ = 0; = 0; =0
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
logo,
𝑑𝑁𝐴,𝑧
= 0 ⟶ 𝑁𝐴,𝑧 = 𝑐𝑡𝑒,
𝑑𝑧
sendo então o fluxo global, 𝑁𝐴,𝑧 , constante ao longo do tempo.
Uma equação diferencial similar pode ser generalizada para o componente B:
𝑑𝑁𝐵,𝑧
= 0 ⟶ 𝑁𝐵,𝑧 = 𝑐𝑡𝑒
𝑑𝑧
Se 𝑁𝐵,𝑧 é constante ao longo de 𝑧 (entre 𝑧1 e 𝑧2 ) e vale zero (𝑁𝐵,𝑧 = 0) na interface com o
líquido A (em 𝑧 = 𝑧1 ), pois B é insolúvel em A (hipótese imposta), conclui-se que o componente B é
um gás estagnante.
No entanto, o fluxo global (molar) do componente A é a dos fluxos difusivo e convectivo para a
fase gasosa e é dado por:
𝑁𝐴,𝑧 = 𝐽𝐴,𝑧 + 𝐵𝐴,𝑧 .
Pela lei da difusão de Fick, define-se fluxo difusivo como:
𝑑𝐶𝐴,𝑧
𝐽𝐴,𝑧 = −𝐷𝐴𝐵
𝑑𝑧
e o fluxo convectivo pode ser definido como a velocidade molar média vezes a concentração da espécie
química que de maneira simplificada pode ser:

𝐵𝐴,𝑧 = 𝑦𝐴 (𝑁𝐴,𝑧 + 𝑁𝐵,𝑧 ).


Assim, o fluxo global é:
𝑑𝐶𝐴,𝑧
𝑁𝐴,𝑧 = −𝐷𝐴𝐵 + 𝑦𝐴 (𝑁𝐴,𝑧 + 𝑁𝐵,𝑧 ).
𝑑𝑧
Lembrando que 𝐶𝐴,𝑧 = 𝐶𝑇 𝑦𝐴 e 𝑁𝐵,𝑧 = 0, então:
𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 = −𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 + 𝑦𝐴 (𝑁𝐴,𝑧 ),
𝑑𝑧
𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 − 𝑦𝐴 (𝑁𝐴,𝑧 ) = −𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 ,
𝑑𝑧
𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 (1 − 𝑦𝐴 ) = −𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 ,
𝑑𝑧
−𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 = .
(1 − 𝑦𝐴 ) 𝑑𝑧
Esta última equação está sujeita às condições de contorno conforme o sistema em análise.
C.C.1: para 𝑧 = 𝑧1 ; → 𝑦𝐴 = 𝑦𝐴1

C.C.2: para 𝑧 = 𝑧2 ; → 𝑦𝐴 = 𝑦𝐴2

Integrando, obtêm-se:
𝑧2 𝑦𝐴2
−𝑑𝑦𝐴
𝑁𝐴,𝑧 ∫ 𝑑𝑧 = 𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 ∫ ,
𝑧1 𝑦𝐴1 (1 − 𝑦𝐴 )

resultando:
𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 1 − 𝑦𝐴2
𝑁𝐴,𝑧 = 𝑙𝑛 ( );
(𝑧2 − 𝑧1 ) 1 − 𝑦𝐴1
como 𝑦𝐵 = (1 − 𝑦𝐴 ), tem-se:

𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 𝑦𝐵
𝑁𝐴,𝑧 = 𝑙𝑛 ( 2 ).
(𝑧2 − 𝑧1 ) 𝑦𝐵1
Muito embora o conhecimento do perfil de concentração seja importante para o entendimento
de processos difusivos, para efeito de cálculo, em engenharia, utiliza-se concentrações médias. A
concentração média, em termos de fração molar de B, na região representada na Figura 1., entre
𝑧 = 𝑧1 e 𝑧 = 𝑧2 , pode ser obtida através de um trabalho matemático de união das duas equações
abaixo. Admitindo que o meio onde ocorre o transporte de massa seja uma mistura gasosa ideal com
temperatura e pressão constantes.
𝑧−𝑧1
1 − 𝑦𝐴 1 − 𝑦𝐴2 𝑧2 −𝑧1 ∫ 𝑦𝐵 𝑑𝜐
( )=( ) ; 𝑦́ 𝐵 = 𝜐 .
1 − 𝑦𝐴1 1 − 𝑦𝐴1 ∫𝜐 𝑑𝜐
Então, a fração molar média logarítmica do componente B ao longo de um caminho difusivo,
pode ser expressa por:
𝑦𝐵2
𝑦𝐵1
𝑙𝑛⁡
𝑦𝐵2 − 𝑦𝐵1
𝑦́ 𝐵 = 𝑦𝐵,𝑚𝑙 =

Assim, substituindo:

𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 (𝑦𝐵2 − 𝑦𝐵1 )


𝑁𝐴,𝑧 =
(𝑧2 − 𝑧1 ) 𝑦𝐵,𝑚𝑙
O fluxo global do componente A é determinado através da variação temporal da fronteira da
região difusiva de acordo com:
𝜌𝐴𝐿 𝑑𝑧
𝑁𝐴,𝑧 = ( ) ( ).
𝑀𝐴 𝑑𝑡
Portanto, temos que:

𝜌𝐴𝐿 𝑑𝑧 𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 (𝑦𝐵2 − 𝑦𝐵1 )


( ) = ; 𝑧 = (𝑧2 − 𝑧1 ).
𝑀𝐴 𝑑𝑡 𝑧 𝑦𝐵,𝑚𝑙
Se a temperatura e a pressão do sistema estiverem constantes, a equação anterior é integrada
conforme segue:
𝑡 𝜌𝐴𝐿 𝑧𝑡
𝑦𝐵,𝑚𝑙
∫ 𝑑𝑡 = ( ) ∫ 𝑧𝑑𝑧.
0 𝑀𝐴 𝐷𝐴𝐵 𝐶𝑇 (𝑦𝐵2 − 𝑦𝐵1 ) 𝑧𝑡
0

Isolando 𝐷𝐴𝐵 do resultado da integração e substituindo 𝑦𝐵 = (1 − 𝑦𝐴 ) obtêm-se:

𝜌𝐴𝐿 𝑦𝐵,𝑚𝑙 𝑧𝑡 2 − 𝑧𝑡20


𝐷𝐴𝐵 = ( ) ( ),
𝑀𝐴 𝐶𝑇 (𝑦𝐴1 − 𝑦𝐴2 )𝑡 2
onde,
𝑃 𝑃 𝑠𝑎𝑡 𝐵
𝐶𝑇 = ; 𝑦𝐴1 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑃 𝑠𝑎𝑡 (𝑚𝑚𝐻𝑔) = 𝐴 − .
𝑅𝑇 𝑃 𝑇(℃) + 𝐶

1.2 Parte Experimental: Equipamento

A Figura 1 apresenta um esquema da célula de difusão de Arnold utilizada neste experimento:


Figura 1. Célula de difusão de Arnold

1.3 Parte Experimental: Materiais

Reagentes:
1. N-hexano
2. Éter Etílico
3. Acetona
Balança Analítica;
Pipetas;
Paquímetro;
Béquer;
Relógio;
Suporte de Isopor.

1.4 Procedimento Experimental

Encha a célula com os reagentes (n-hexano, éter etílico e acetona) até preencher 4 ml.
Esperar cerca de 30 minutos para que o reagente escorra até o fundo da célula para assim,
marcar o ponto inicial do experimento.
Registre a variação do menisco do líquido em intervalos pré-determinados pela equipe.
Considere o experimento terminado quando a variação total da altura do líquido for de pelo
menos 1 cm.
1.5 Dados Experimentais

Tempo Altura da célula (cm) Altura da célula (cm) Altura da célula (cm)
Acetona n- hexano Éter etílico
0

1.6 Resultados e discussão

1. Demostre a formulação matemática para o cálculo do DAB;


2. Calcule o valor do coeficiente de difusão DAB para cada um dos reagentes;
3. Faça uma discussão dos resultados obtidos e compare com os publicados na literatura;
4. Identifique e quantifique os principais erros;
5. Apresente uma análise crítica do método empregado e faça sugestões para uma eventual
melhoria no método aplicado.
EXPERIMENTO 2

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE CONVECTIVO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR (h) DA


ESFERA DE ALUMÍNIO

OBJETIVO: Este experimento visa determinar o coeficiente de convecção (h) em diferentes condições
de transferência de calor.

2.1 Fundamentação Teórica

O balanço macroscópico de energia sobre uma esfera em resfriamento, onde se aceita a hipótese
de mistura perfeita, ou seja, a de que a temperatura da esfera é a mesma em todos os pontos, pode ser
dado por:
𝐸 − 𝑆 = 𝐴𝑐 ± 𝐺,
𝑑
−ℎ𝐴𝑆𝑢𝑝 (𝑇𝑒 − 𝑇∞ ) = (𝜌𝑉𝐶𝑝 𝑇𝑒 ),
𝑑𝑡
onde 𝑇𝑒 é a temperatura da esfera, 𝑇∞ é a temperatura do meio infinito, 𝐴𝑆𝑢𝑝 a área superficial onde
ocorre transferência, 𝜌 a massa específica do material, 𝑉 seu volume e 𝐶𝑝 , seu calor específico a pressão
constante. Isolando o termo transiente,
𝑑𝑇𝑒 ℎ𝐴𝑆𝑢𝑝
=− (𝑇 − 𝑇∞ ),
𝑑𝑡 𝜌𝑉𝐶𝑝 𝑒
ℎ𝐴𝑆𝑢𝑝
e definindo 𝛼 = 𝜌𝑉𝐶𝑝
,

𝑑𝑇𝑒
= −𝛼(𝑇𝑒 − 𝑇∞ ).
𝑑𝑡
𝑑𝜃 𝑑𝑇𝑒
Se 𝜃 = (𝑇𝑒 − 𝑇∞ ), 𝑑𝑡
= 𝑑𝑡
e 𝜃0 = (𝑇𝑒,0 − 𝑇∞ ). Assim,

𝑑𝜃
= −𝛼𝜃,
𝑑𝑡
𝑑𝜃
= −𝛼𝑑𝑡,
𝜃
cuja solução analítica é
𝜃
ln ( ) = −𝛼𝑡.
𝜃0
Esta é uma expressão algébrica de primeira ordem, é linear, sendo 𝛼 o coeficiente angular da reta que
passa pela origem.

2.2 Parte Experimental

O experimento consiste em aquecer uma esfera de alumínio até certa temperatura (+/- 90oC ) e
depois fazer medições da variação da temperatura da esfera com o tempo até próximo do 𝑇∞ .
2.2.1 Materiais

Béquer;
Bico de Bunsen;
Água;
Esfera de Alumínio;
Termopar;
Multímetro;
Cronômetro;
Paquímetro.

2.2.2 Procedimento Experimental

Inicia-se medindo o diâmetro da esfera de alumínio e em seguida coloca-se a esfera dentro do


béquer com água até cobrir a mesma.
Aqueça a esfera até atingir cerca de 90oC e em seguida retire-a com cuidado do banho.
Monitore a variação da temperatura com o tempo.

Aconselha-se:
a) Intervalos de 1 a 2 minutos entre as anotações;
b) Duração do experimento entre 1h30min e 2h com temperatura final próxima de 40oC.

2.3 Resultados e discussão

1. Faça uma discussão dos resultados obtidos e compare com os publicados na literatura;
2. Faça os gráficos:
a) Temperatura x tempo;
b) “Temperatura x tempo” linearizado.
3. Determine os ℎ𝑒𝑥𝑝 e ℎ𝑙𝑖𝑡 de acordo com o sistema em análise;
4. Faça a análise do Número de Biot, 𝐵𝑖, e discuta o resultado obtido;
5. Apresente uma análise crítica do método empregado e faça sugestões para uma eventual
melhoria no método aplicado.
2.4 Dados experimentais

Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min)


EXPERIMENTO 3

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE CONDUTIVO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR (k) EM


MEIO COMPOSTO

OBJETIVO: Este experimento visa determinar o coeficiente condutivo (k) do latão, polietileno e
alumínio.

3.1 Fundamentação Teórica

Um processo difusivo é caracterizado pela existência de um gradiente de concentração (massa


total ou espécie química, energia térmica ou quantidade de movimento) e pode ser considerado
unidimensional quando isolado ou duas das dimensões envolvidas podem ser consideradas de grandes
proporções. Fica evidenciado que as equações para a determinação do fluxo apresentam a seguinte
forma geral:
𝑓̇ ∝ 𝛻𝐹
onde a constante de proporcionalidade é representado pela difusividade do sistema em análise. Então:

𝑓̇́ = −𝐷𝛻𝐹
onde 𝐹 representa alguma variável de estado (força motriz), enquanto que 𝑓̇́ representa o fluxo da
propriedade considerada. A grandeza 𝐷 é o coeficiente de difusão quantificador do processo.
O experimento apresenta um sistema de condução em meio composto e o objetivo é determinar
o coeficiente quantificador do processos, chamado de coeficiente condutivo ( 𝑘 ), de um material
desconhecido.
Conforme a Lei de Fourier em sua forma tridimensional:
𝑞 ∝ 𝐴𝛻𝑇
ou
𝜕𝑇𝑥 𝜕𝑇𝑦 𝜕𝑇𝑧
𝑞 ∝ 𝐴[ + + ]
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
É possível admitir que a variação da temperatura acontece apenas longo do sistema
(coordenada 𝑧), então pode-se simplificar a equação para:
𝑑𝑇
𝑞∝𝐴
𝑑𝑧
Como o fluxo de calor é proporcional ao gradiente negativo da variável macroscópica,
temperatura, e o coeficiente de proporcionalidade é uma propriedade física característica do material:
𝑑𝑇
𝑞 = −𝑘𝐴
𝑑𝑧
Esta está sujeita às condições de contorno conforme o sistema em análise.
C.C.1: para 𝑧 = 𝑧1 ; → 𝑇 = 𝑇1

C.C.2: para 𝑧 = 𝑧2 ; → 𝑇 = 𝑇2
Integrando, obtêm-se:
𝑧2 𝑇2
𝑞 ∫ 𝑑𝑧 = −𝑘𝐴 ∫ 𝑑𝑇
𝑧1 𝑇1

Resultando:
−𝑘𝐴
𝑞= (𝑇 − 𝑇1 )
(𝑧2 − 𝑧1 ) 2
ou ainda,
𝑘𝐴
𝑞= (𝑇 − 𝑇2 ); 𝑇1 > 𝑇2
(𝑧2 − 𝑧1 ) 1
simplificando 𝑒 = (𝑧2 − 𝑧1 ) e ∆𝑇 = (𝑇1 − 𝑇2 ):
−𝑘𝐴
𝑞= ∆𝑇
𝑒
Como materiais diferentes apresentam condutividade térmicas diferentes é possível rearranjar a
equação de forma a isolar todas as variáveis que resistem a transferência de calor – chamando assim de
resistência condutiva, 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑 .
∆𝑇 𝑒
𝑞 = 𝑒 ; 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑 = [ ]
[ ] 𝑘𝐴
𝑘𝐴
Para um sistema composto, basta apenas aplicar a variação da temperatura da posição 𝑧 até
𝑧 + ∆𝑧 e aplicar o somatório das resistências condutivas.
𝑇𝑧 − 𝑇𝑧+∆𝑧
𝑞=
∑ 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑

3.1 Parte Experimental

O experimento consiste em configurar um meio composto contendo uma pastilha do aço 1020
(padrão) e uma outra do material em análise.

3.2 Materiais

Multímetro; Pastilha dos materiais em análise:


Termopares; 1. Latão;
Pastilha de amostra padrão (aço 1020); 2. Polietileno;
Bomba de vácuo; 3. Alumínio.
Pasta térmica. Banho termostático;
Fita isolante;
3.3 Procedimento Experimental

Primeiramente liga-se o banho termostático e ajusta-se a temperatura em 60oC. Abre-se a água


gelada. Enquanto o banho estabiliza, mede-se o diâmetro e a espessura das amostras.
Após o aquecimento, arruma-se o meio composto e liga-se a bomba de vácuo. Tente obter o
máximo de vácuo possível.
Espere de 10 a 15 min para fazer as medições de temperaturas. É interessante fazer o
experimento em duplicata ou triplicata com intervalos de 5 min entre cada medição.

Figura 3. Sistema de condução experimental

3.4 Dados Experimentais

Material Espessura (cm) Diâmetro (cm) T1 (oC) T2 (oC) T3 (oC)

Aço 1020

Latão

Polietileno

Alumínio

3.5 Resultados e discussão

1. Faça uma discussão dos resultados obtidos e compare com os publicados na literatura;
2. Apresente uma análise crítica do método empregado e faça sugestões para uma eventual
melhoria no método aplicado.
EXPERIMENTO 4

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DO


TROCADOR DE CALOR DUPLO TUBO (TUBOS CONCÊNTRICOS)

OBJETIVO: Conhecer o princípio de funcionamento de um trocador de calor duplo tubo e determinar


experimentalmente o coeficiente global de transferência de calor com diferentes vazões de água e
diferentes configurações de fluxo.

4.1 Materiais

Água
Trocador de calor

4.2 Procedimento Experimental

Estabelecer vazões definidas para água quente e fria. Medir temperaturas nas entradas e saídas
de ambos os fluidos. Esperar 15 min a cada mudança de vazão (tanto fria quanto quente) para que o
sistema se estabilize. Fazer em triplicata.

 Abrir as válvulas esferas de entrada de água nas vazões já pré-definidas;


 Ligar a resistência elétrica da água quente na tomada;
 Aguardar o equilíbrio do sistema e anotar as temperaturas
 Ao final, desligar a resistência elétrica e fechar as válvulas de entrada de água.

Aconselha-se:
a) Iniciar os sistema em contra corrente com o intuito de garantir a ausência de bolhas no
sistema;
b) Iniciar com a maior vazão de corrente quente.
4.3 Dados Experimentais

Concorrente

Vazão da corrente Tentrada Quente Tsaída Quente Vazão da corrente Tentrada Frio Tsaída Frio
Quente Fria
Contracorrente

Vazão da corrente Tentrada Quente Tsaída Quente Vazão da corrente Tentrada Frio Tsaída Frio
Quente Fria

4.4 Resultados e discussão

1. Demonstre a formulação matemática para obter a equação final coeficiente global de


transferência. Relacione com o conteúdo aprendido em Fenômenos de Transporte II;
2. Calcule o valor do coeficiente global de transferência para cada configuração definida
durante o experimento;
3. Verifique os gráficos do comportamento das temperaturas pelo comprimento do trocador.
Apresente apenas 1 gráfico comportamental característico para concorrente e
contracorrente, junto com gráficos apresentados na literatura;
4. Apresente conclusões referente ao comportamento do coeficiente global de transferência;
5. Apresente uma análise crítica do método empregado, fontes de erro e faça sugestões para
uma eventual melhoria no método aplicado.

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