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Pessoas que cometem crimes de abuso sexual, não são considerados comparáveis com outros
tipos de agressores.
Deve-se dizer a todas as crianças que qualquer pessoa pode ser abusadora?
Não, porque corre o risco de criar uma atividade paranoide. Mas não dizer nada, também não
se consegue proteger as crianças.
Deve-se ensinar a dizer não, pois é a forma mais eficaz para conter a agressão. Resistir é o
inicio.
As teorias da criminalidade são diferentes das teorias do crime. Qualquer um de nós comete
crimes, dependendo do contexto ou perante dilemas morais, ex: roubar para ter acesso a um
medicamento importante, porque não tem outra forma de o obter. Neste caso, o principio da
sobrevivência é maior que o principio do respeito pela propriedade.
Uma pessoa egodistónica – é uma pessoa preocupada com uma coisa que não consegue deixar
de fazer. Afirma que “fico fora de mim”, “perdi a cabeça”.
O que fazer para tratar isto? Não é raro, por isso, qual o tratamento disto? Ex: alguns pais
sentem-se estimulados com os filhos ao colo, e ficam preocupados com isso e querem mudar
estes comportamentos.
Geralmente, os abusadores são próximos da família e são pessoas que nunca se iria desconfiar
delas, e por isso, a vitima é muitas vezes desqualificada. A consequência disto é que as vitimas
ficam caladas e quase nenhuma relata.
Usam de mecanismos para que a vitima não associe aquele acontecimento a um abuso –
amnesia, dissociação, incapacidade.
Alem disso, a maior parte dos abusos não são violentos.
Características dos ofensores: 32,4 anos; têm uma vitima; 60% das suas outras praticas não são
abusos. Possuem um problema de controlo, pois não conseguem inibir a agressão, mas não
cometem só este tipo de crime.
Teoria do controlo - todos sabemos cometer crimes, mas temos a capacidade de inibir
impulsos. O crime surge porque existe falta deste controlo inibitório dos impulsos. É
através da educação cultural que nos ensinam a inibir os nossos desejos, impulsos.
Ao sermos permissivos com as crianças, o cérebro não desenvolve certas capacidades
e o lobo pré-frontal não é estimulado. Por outro lado, ao educar com impulsividade,
vai aumentar e estimular a impulsividade na criança.
“para muitos agressores um modelo de controlo pode ser mais apropriado do que um
modelo de desvio sexual”.
Predador mundano - ocasionais, com alguma “moralidade” que se torna mais frágil
em alguns momentos. Fatores situacionais favorecem crime
- “Oportunistas”: 41% era a 1ª condenação por crime sexual, mas tinham cometido outros
crimes – não inibem autossatisfação: ofendem porque podem – têm tentações
Por isso, se no tiver a tentação (a criança) não ofende.
Quanto mais antissocial, mais manipulação exige para que atinja os seus objetivos.
Os predadores para terem acesso ás crianças, muitas vezes namoram com a mãe da criança. A
melhor prevenção a fazer é o tornar o menor, o mais eficaz na sua afirmação, a dizer não, a
mostrar sofrimento e a “não ter segredos” porque toda a gente tem o direito de contar.
Quanto mais assertiva e forte for a criança, mais difícil é de ser abusada. O agressor identifica
crianças com baixa autoestima e seduz a vitima durante muito tempo, porque ele é
manipulador.
Quanto aos oportunistas, o que se tem de fazer para prevenir é reduzir as oportunidades e
tentações.
Quanto ao ofensor situacional deve-se reduzir as situações precipitantes que dão origem ao
comportamento.
Padrões:
Quanto mais antissocial for, mais vai manipular o ambiente, não respondendo passivamente.
Mas também, vai ter comportamentos oportunistas e antissociais.
Deve-se tentar reduzir a vulnerabilidade de potenciais vitimas, por exemplo, começando desde
cedo, a educar as crianças.
É menos provável que um ofensor situacional tenha um comportamento oportunista ou
manipulador.
Contextos:
Controlar estímulos
Diminuir a probabilidade de potenciais ofensores terem acesso a crianças em situações
“provocadoras” e vulneráveis, por exemplo, dar banho ou tocar nas partes intimas
Dar a oportunidade aos homens que sentem ativação sexual face a menores de
partilharem e falarem sobre o problema, em vez de os demonizar.
A pobreza, partilha de camas, pressão do espaço (promiscuidade), falta de delimitação
dos espaços – aumenta o risco deste tipo de crimes.
Reduzir permissividade
Minimização da responsabilidade: através de distorções cognitivas, que desculpam a
agressão – deve-se clarificar a responsabilidade do ofensor; 2/3 deles têm problemas
com o álcool, porque desinibe, é de aceso fácil e barato. Mas é o álcool que provoca
mais mortes, mais doenças físicas e mais crime.
Em instituições totais – orfanatos, centros de detenção de menores – existe uma
desumanização de cada individuo, sendo que são todos iguais e existe um anonimato
dos profissionais face ao abuso, sendo desresponsabilizados
A probabilidade de alguém ser maltratado numa instituição total é muito grande.
Muitas pessoas perdem os seus valores morais quando passam para o papel de
guardas prisionais.
Deve-se personalizar e humanizar as vitimas; e responsabilizar as pessoas de forma
individual
Como é que a reclusão de membros de uma comunidade afeta a comunidade? Existem zonas
onde a percentagem de reclusos é enorme.
Como é que os EP’s proporcionam ou instigam o crime? Porque é que existem tantos crimes
dentro da prisão?
O que acontece ás comunidades a que esses prisioneiros pertencem?
O que acontece dentro da prisão em termos de criminalidade?
Quantas crianças nos EUA têm os pais presos? Nos EUA o numero de crimes não aumentou,
mas o nº de prisioneiros sim
Em Portugal, com a despenalização da droga, levou a que as prisões tivessem uma descida do
numero de reclusos.
Quais os riscos para estes menores? O que acontece ás comunidades que têm vêm estes
membros presos?
Geralmente são provenientes, de bairros demarcados por larga desvantagem económica e
social. O que acontece é que com estas pessoas presas, aquela zona fica mais desprotegida.
O crime aumenta á medida que aumenta a reclusão.
A prisão serve para reabilitar aqueles que não foram educados na moral e no direito.
As famílias têm sobrecarga financeira com os custos judiciais, e mais tarde, com a necessidade
de prestar apoio aos ex-reclusos
A parentalidade para quem está preso representa uma tensão emocional e pratica. As
consequências de ter um pai ou uma mãe na prisão, são de: mudanças na habitação, más
adaptações escolares, problemas de bem-estar e dificuldades nas relações
Quando um elemento do casal é preso, a pessoa que fica em liberdade pode investir na
manutenção dessa relação ou aprender a viver sem ela (a maior parte que fica cá fora são
mulheres)
Por vezes, optam por cortar os laços: as mulheres procuram um bom parceiro, que é difícil de
conseguir
Ou, tentam manter a relação: isto tem custos consideráveis em tempo, dinheiro e
investimento emocional
A escola oferece muitas oportunidades; o crime aumenta sobretudo por filhos de pais presos.
“o ambiente em cada momento, depende da guarda” – quanto mais hostil for o guarda, mais
conflitos existem
Conclusão:
A reclusão é um dos processos que mantem o comportamento criminoso da geração atual e
ajuda a produzir a próxima geração de delinquentes.
Não se sabe exatamente em que grau a encarceração é uma causa desses problemas ou o
resultado deles, ou ambos.
Uma solução pode estar em reduzir o tempo das pessoas na prisão: acabar com as filosofias
retributivas.
Apesar da aparência de controle generalizado, a maioria das prisões permite aos reclusos
muitas oportunidades para terem comportamentos disruptivos: existe violência entre reclusos,
agressões sexuais, trafico de substancias, presença de armas e telemóveis
Isto acontece porque são pessoas que fugiram ás normas ou porque a própria prisão
favorece estes comportamentos?
Os seres humanos têm uma tendência para ver os indivíduos como autores do seu próprio
comportamento, mas as situações afetam o comportamento de maneira fundamental.
Psicologia ambiental
Está preocupada com os efeitos psicológicos das variáveis geográficas e climáticas (a
temperatura, a luz, o sol, o vento, humidade, vida de cidade com alta intensidade, ruido no
local de trabalho, iluminação artificial, mau design interior)
Existem stressores no meio ambiente que afetam o bem-estar (ex; o calor aumenta o
desconforto e o risco de comportamento violento)
Mudanças
Celas individuais reduzem a densidade social, ajudam os prisioneiros a atender ás necessidade
de privacidade, ajudam na tarefa de vigilância e oferecem aos prisioneiros melhores
oportunidades de se acalmarem
Os prisioneiros preferem celas individuais e sentem-se mais seguros
Prisões sobrelotadas aumentam o risco ou diminuem o risco de violência? Os resultados são
controversos
Deve-se iluminar zonas mal iluminadas e pouco vigiadas
Apostar em temperaturas amenas
Reduzir o anonimato e frustração, devendo ocupar os tempos livres
Agressões sexuais
Um estudo em 6 prisões do estado de Nova Iorque, demonstrou que 28 % dos prisioneiros e
metade dos prisioneiros brancos tinham sido alvo de agressão sexual
Um estudo australiano relata que 26% dos prisioneiros, com menos de 25 anos, relatam ter
sido agredido sexualmente: 7% deles afirmam que era pelo menos uma ocorrência semanal e
1% que foram violados diariamente
Davis, relata que em 1968, apenas 3% dos assaltos sexuais investigados foram relatados, sendo
que a maioria dos estudos usou o método do autorrelato
Depois de um prisioneiro ter sido vitima de agressões sexuais há uma tendência para a
vitimização continuar.
Nunca se deve criar uma identidade negativa numa pessoa, isso leva a que ela aja de acordo
com as expectativas que têm nela.
Um dos erros da sociedade é a dicotomização
Mudança:
Valorizar as vitimas, fomentar vitimas intimas
Celas individuais reduzem a densidade social, ajudam os prisioneiros a atender ás necessidade
de privacidade, ajudam na tarefa de vigilância e oferecem aos prisioneiros melhores
oportunidades de se acalmarem
Os prisioneiros preferem celas individuais e sentem-se mais seguros
Prisões sobrelotadas aumentam o risco ou diminuem o risco de violência? Os resultados são
controversos
Deve-se iluminar zonas mal iluminadas e pouco vigiadas
Apostar em temperaturas amenas
Reduzir o anonimato e frustração, devendo ocupar os tempos livres