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Prevenção situacional do abuso contra menores

Criminologia Ambiental (Universidade do Minho)

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Descarregado por Inês Teixeira (ines.sofiavaz@gmail.com)
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Prevenção situacional do abuso contra menores

Pessoas que cometem crimes de abuso sexual, não são considerados comparáveis com outros
tipos de agressores.

É possível prevenir agressões violetas? E abusos sexuais contra menores?

Temos de pensar nas oportunidades e nas condições ambientais.


É possível ensinar as crianças sobre abuso sexual? Uma das características apontadas para este
tipo de agressores foi verem televisão com as vitimas antes de cometerem esses atos.
Geralmente, a sociedade acha que são desconhecidos que cometem tais praticas, mas na
realidade, são pessoas próximas da família – cuidadores, pais, tios, avós

Deve-se dizer a todas as crianças que qualquer pessoa pode ser abusadora?
Não, porque corre o risco de criar uma atividade paranoide. Mas não dizer nada, também não
se consegue proteger as crianças.
Deve-se ensinar a dizer não, pois é a forma mais eficaz para conter a agressão. Resistir é o
inicio.

Existem aspetos do ambiente que encorajam ou permitem o crime. O crime é o resultado da


interação entre as características de uma pessoa e as circunstâncias em que está.

Quanto mais facilitador for o crime, mais provável ele é de ocorrer.

O evento criminal é mais importante do que o criminoso. O crime não se distribui


aleatoriamente no espaço e no tempo.
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As teorias da criminalidade são diferentes das teorias do crime. Qualquer um de nós comete
crimes, dependendo do contexto ou perante dilemas morais, ex: roubar para ter acesso a um
medicamento importante, porque não tem outra forma de o obter. Neste caso, o principio da
sobrevivência é maior que o principio do respeito pela propriedade.

Uma pessoa egodistónica – é uma pessoa preocupada com uma coisa que não consegue deixar
de fazer. Afirma que “fico fora de mim”, “perdi a cabeça”.
O que fazer para tratar isto? Não é raro, por isso, qual o tratamento disto? Ex: alguns pais
sentem-se estimulados com os filhos ao colo, e ficam preocupados com isso e querem mudar
estes comportamentos.
Geralmente, os abusadores são próximos da família e são pessoas que nunca se iria desconfiar
delas, e por isso, a vitima é muitas vezes desqualificada. A consequência disto é que as vitimas
ficam caladas e quase nenhuma relata.
Usam de mecanismos para que a vitima não associe aquele acontecimento a um abuso –
amnesia, dissociação, incapacidade.
Alem disso, a maior parte dos abusos não são violentos.

Tem subjacente duas teorias:


 Teoria da escolha racional – procuram benefícios com os menores custos; calculo
custos vs. Benefícios. Existe um viés para o interior e para a parte psicológica do
agente, mas o exterior também é importante.
É o ambiente que nos dá informação sobre os custos e os benefícios.
Deve-se aumentar os custos/obstáculos: desta forma são diminuídas as
oportunidades; torna mais arriscado, aumenta o esforço, e é menos compensador -
dissuadir o crime. Mais recentemente, tentam-se reduzir as desculpas e aumentar a
culpa moral. São as condições do contexto ambiental que favorecem o crime.
O comportamento surge em determinados momentos/contextos, pois algumas
condições do ambiente estimulam o crime. O comportamento pode ser especifico
relativo aquele contexto e não uma coisa que esteja sempre a acontecer e seja interna
á pessoa.

Bases situacionais de ofensas contra menores


Tradicionalmente esta vertente não é estudada, ligam mais ás teorias das motivações internas,
patológicas, antigas. Existe uma prevenção terciaria, que é feita nos ofensores, porque eles são
muito calculistas e agem para ter acesso a uma criança, planeiam como faze-lo. Está
subjacente o principio de que: quanto mais racional/impulsivo é o comportamento, menos a
prevenção situacional é eficaz.

Características dos ofensores: 32,4 anos; têm uma vitima; 60% das suas outras praticas não são
abusos. Possuem um problema de controlo, pois não conseguem inibir a agressão, mas não
cometem só este tipo de crime.

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 Teoria do controlo - todos sabemos cometer crimes, mas temos a capacidade de inibir
impulsos. O crime surge porque existe falta deste controlo inibitório dos impulsos. É
através da educação cultural que nos ensinam a inibir os nossos desejos, impulsos.
Ao sermos permissivos com as crianças, o cérebro não desenvolve certas capacidades
e o lobo pré-frontal não é estimulado. Por outro lado, ao educar com impulsividade,
vai aumentar e estimular a impulsividade na criança.

“para muitos agressores um modelo de controlo pode ser mais apropriado do que um
modelo de desvio sexual”.

Cometer crimes é fácil e reforçador. Os criminosos não aprenderam a cometer crimes;


o que falhou foi aprender a não cometer, pelo que satisfazem os seus desejos e
impulsos indiscriminadamente, tanto assaltam como abusam sexualmente crianças

Tipos de ofensores e tipos de ofensores sexuais


 Predador antissocial – os dados situacionais servem para tomar decisões sobre custos
e ganhos. Podem ter outro tipo de e comportamentos.
- Predadores sexuais: predador sexual de crianças - 23% da amostra do estudo referido –
condenações prévias; 5% especialistas – mantém relações mais longas com as crianças;
18% versáteis (condenações por atos não sexuais). Com grande história de abuso sexual,
precoces no abuso, abusam de rapazes, e crianças fora da família
como vemos, apenas 5% cometem só este tipo de crime. É preciso uma prevenção
terciária, porque são eles os mais perpetradores. O abuso sexual é o maior preditor
de comportamento violento

 Predador mundano - ocasionais, com alguma “moralidade” que se torna mais frágil
em alguns momentos. Fatores situacionais favorecem crime
- “Oportunistas”: 41% era a 1ª condenação por crime sexual, mas tinham cometido outros
crimes – não inibem autossatisfação: ofendem porque podem – têm tentações
Por isso, se no tiver a tentação (a criança) não ofende.

 Crimes provocados pelas circunstancias – Abusadores sexuais “situacionais”. Mais


velhos, as vítimas são meninas, abusam dentro da família, repetidamente –
normalmente um cuidador. O abuso começou depois de um “estímulo” que os
gratificou ex: estar com a criança no colo; dar banho à criança.
É frequentemente o “baby-sitter”, “pai da amiga”, “escuteira”, “catequista”.
Frequentemente pedem ajuda, aqueles que não são abusadores, mas sentiram
gratificação.

Quanto mais antissocial, mais manipulação exige para que atinja os seus objetivos.

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Os predadores para terem acesso ás crianças, muitas vezes namoram com a mãe da criança. A
melhor prevenção a fazer é o tornar o menor, o mais eficaz na sua afirmação, a dizer não, a
mostrar sofrimento e a “não ter segredos” porque toda a gente tem o direito de contar.
Quanto mais assertiva e forte for a criança, mais difícil é de ser abusada. O agressor identifica
crianças com baixa autoestima e seduz a vitima durante muito tempo, porque ele é
manipulador.

Quanto aos oportunistas, o que se tem de fazer para prevenir é reduzir as oportunidades e
tentações.

Quanto ao ofensor situacional deve-se reduzir as situações precipitantes que dão origem ao
comportamento.

Padrões:
Quanto mais antissocial for, mais vai manipular o ambiente, não respondendo passivamente.
Mas também, vai ter comportamentos oportunistas e antissociais.
Deve-se tentar reduzir a vulnerabilidade de potenciais vitimas, por exemplo, começando desde
cedo, a educar as crianças.
É menos provável que um ofensor situacional tenha um comportamento oportunista ou
manipulador.

Implicações – as estratégias de prevenção são diferentes em função do perfil

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Contextos:

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 Domestico – 69% em casa do perpetrador, muitas vezes planeado – faz-se amigo da


mãe, namora com a mãe, amigo dos pais, é um cuidador da família
 Institucional – 20% do abuso extrafamiliar, mas só 8% o fazem intencionalmente –
neste caso o abuso ocorre porque houve oportunidade. A maior parte deles não é
cuidador com esta intenção
 Publico - caso dos perpetradores, os locais são indicados como perigosos, ex: centros
comerciais, wc’s – mas é raro.

4 estratégias – como prevenir situacionalmente o abuso sexual?


 Aumentar o esforço – ex: muitos deles vêm pornografia infantil antes de agredir, ou
vêm com as crianças. O direito não está preparado para estes crimes.
deve-se diminuir o acesso a algumas áreas;
Vigilância e regras apicadas a empregados ou voluntários, antes de iniciar o trabalho,
ver as suas condenações previas por abuso sexual e outras condenações. Assim os
predadores terão menos oportunidades; os situacionais e oportunistas serão
impedidos
deve-se ensinar estratégias de proteção ás crianças: dizer não, ser afirmativo, mostrar
sofrimento. O melhor é mostrar sempre autoconfiança e assertividade
1/3 deles vêm pornografia, ou mostram, devendo-se restringir o acesso e
responsabilizar os gestores dos sites.

 Aumentar o risco de ser detetado, através do aumento de risco de ser detetado ou


observado, esta forma, deve-se aumentar a vigilância.
Dentro das famílias, 15% dos perpetradores são pais; os outros 85% são importantes
para prevenir; devem haver campanhas a salientar o risco de familiares, vizinhos e
amigos, e não “dos estranhos” – aumentar o risco de suspeição em relação a todos
Nas instituições deve haver mais vigilância e supervisão dos funcionários e voluntários.
Deve-se controlar a internet, nomeadamente os utilizadores de pornografia.
Em espaço publico, ter mais atenção em centros comerciais, wc’s

 Controlar estímulos
Diminuir a probabilidade de potenciais ofensores terem acesso a crianças em situações
“provocadoras” e vulneráveis, por exemplo, dar banho ou tocar nas partes intimas
Dar a oportunidade aos homens que sentem ativação sexual face a menores de
partilharem e falarem sobre o problema, em vez de os demonizar.
A pobreza, partilha de camas, pressão do espaço (promiscuidade), falta de delimitação
dos espaços – aumenta o risco deste tipo de crimes.

 Reduzir permissividade
Minimização da responsabilidade: através de distorções cognitivas, que desculpam a
agressão – deve-se clarificar a responsabilidade do ofensor; 2/3 deles têm problemas
com o álcool, porque desinibe, é de aceso fácil e barato. Mas é o álcool que provoca
mais mortes, mais doenças físicas e mais crime.
Em instituições totais – orfanatos, centros de detenção de menores – existe uma
desumanização de cada individuo, sendo que são todos iguais e existe um anonimato
dos profissionais face ao abuso, sendo desresponsabilizados
A probabilidade de alguém ser maltratado numa instituição total é muito grande.
Muitas pessoas perdem os seus valores morais quando passam para o papel de
guardas prisionais.
Deve-se personalizar e humanizar as vitimas; e responsabilizar as pessoas de forma
individual

Ter autoestima é crucial

Prisões e controle do crime

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Como é que a reclusão de membros de uma comunidade afeta a comunidade? Existem zonas
onde a percentagem de reclusos é enorme.
Como é que os EP’s proporcionam ou instigam o crime? Porque é que existem tantos crimes
dentro da prisão?
O que acontece ás comunidades a que esses prisioneiros pertencem?
O que acontece dentro da prisão em termos de criminalidade?

Quantas crianças nos EUA têm os pais presos? Nos EUA o numero de crimes não aumentou,
mas o nº de prisioneiros sim
Em Portugal, com a despenalização da droga, levou a que as prisões tivessem uma descida do
numero de reclusos.
Quais os riscos para estes menores? O que acontece ás comunidades que têm vêm estes
membros presos?
Geralmente são provenientes, de bairros demarcados por larga desvantagem económica e
social. O que acontece é que com estas pessoas presas, aquela zona fica mais desprotegida.
O crime aumenta á medida que aumenta a reclusão.

A prisão serve para reabilitar aqueles que não foram educados na moral e no direito.

Efeitos da prisão na comunidade

1. A reclusão está concentrada em comunidades em desvantagem social, cultural e


económica
2. Essas comunidades são afetadas negativamente pela concentração de pessoas em
reclusão
3. As taxas de reclusão diminuem a segurança publica

1 – Concentração da criminalidade em comunidades marginalizadas


Comunidades que vivem em zonas degradadas, têm baixo capital cultural
Raça/etnia: nos EUA, são maioritariamente negros; em Portugal – negros e ciganos
Idade – inferior aos 40 anos
Do sexo masculino

2- Efeitos negativos da reclusão na comunidade: relacionais económicos


A reclusão separa famílias, dificulta os seus recursos económicos, enfraquece o envolvimento
dos pais com as crianças.
Nos EUA, cerca de 2,3 milhões de filhos nos EUA têm os seus pais na prisão, ou seja, são 3%
dos menos americanos. Mas o que fazer quando um dos progenitores é preso?

As famílias têm sobrecarga financeira com os custos judiciais, e mais tarde, com a necessidade
de prestar apoio aos ex-reclusos

A parentalidade para quem está preso representa uma tensão emocional e pratica. As
consequências de ter um pai ou uma mãe na prisão, são de: mudanças na habitação, más
adaptações escolares, problemas de bem-estar e dificuldades nas relações

Quando um elemento do casal é preso, a pessoa que fica em liberdade pode investir na
manutenção dessa relação ou aprender a viver sem ela (a maior parte que fica cá fora são
mulheres)
Por vezes, optam por cortar os laços: as mulheres procuram um bom parceiro, que é difícil de
conseguir
Ou, tentam manter a relação: isto tem custos consideráveis em tempo, dinheiro e
investimento emocional

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A escola oferece muitas oportunidades; o crime aumenta sobretudo por filhos de pais presos.
“o ambiente em cada momento, depende da guarda” – quanto mais hostil for o guarda, mais
conflitos existem

O encarceramento ocorre por diversos fatores: falta de condições económicas, falta de


estabilidade familiar, falta de capacidade parental, comportamentos pró-sociais, reincidência.
Estes fatores, são instigadores de mais crime.
Existe uma interação entre o crime, a reclusão, e fatores individuais, familiares e ambientais.

Efeitos negativos da prisão na comunidade – infraestruturais


Aspetos económicos na comunidade – aumenta o desemprego, que já era elevado;
Aumenta os empregos temporários, que são mal pagos; antes da prisão muitos contribuíam
com dinheiro para a família, mesmo sendo proveniente de atividades criminosas
A reclusão diminui o nível de solidariedade na comunidade, o que aumenta os riscos

3 – Diminuição da segurança na comunidade


O aumento de pessoas na prisão, aumenta a probabilidade dos filhos dessas pessoas se
tornarem delinquentes
Na reentrada nas comunidades, o ex-reclusos precisam de ajuda das pessoas mais próximas e
cometem crimes.

Conclusão:
A reclusão é um dos processos que mantem o comportamento criminoso da geração atual e
ajuda a produzir a próxima geração de delinquentes.
Não se sabe exatamente em que grau a encarceração é uma causa desses problemas ou o
resultado deles, ou ambos.
Uma solução pode estar em reduzir o tempo das pessoas na prisão: acabar com as filosofias
retributivas.

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Ambiente prisional e criminalidade


O que faz com que na prisão aconteçam crimes?
Existe um erro de atribuição fundamental “é a pessoa que tem um defeito e não foi o
ambiente que o levou a agir assim”
Certas situações estimulam/instigam o crime, permitem certos comportamentos

Apesar da aparência de controle generalizado, a maioria das prisões permite aos reclusos
muitas oportunidades para terem comportamentos disruptivos: existe violência entre reclusos,
agressões sexuais, trafico de substancias, presença de armas e telemóveis

Isto acontece porque são pessoas que fugiram ás normas ou porque a própria prisão
favorece estes comportamentos?
Os seres humanos têm uma tendência para ver os indivíduos como autores do seu próprio
comportamento, mas as situações afetam o comportamento de maneira fundamental.

Mischel (“personalidade e avaliação”) desafia a visão da personalidade como uma


predisposição duradoura e longitudinalmente consistente
O comportamento é altamente especifico do ponto de vista das situações

A perspetiva situacional – são teorias contemporâneas sobre a natureza fundamental do


comportamento humano considerando que as situações são uma “causa” do comportamento

Sykes e Goffman – modelo da privação


O comportamento é marcado pelas circunstancias e eventos em curso
A prisão é um gerador de comportamentos aberrantes e não apenas uma localização deste
tipo de comportamentos
O mau comportamento na prisão é entendido como uma característica de uma subcultura
defensiva e de resistência produzida pelas “dores de prisão”

Modelo de privação do comportamento na prisão


É necessário olhar para a organização;
Acentua a necessidade de mudar a organização prisional para mudar comportamentos dos
reclusos
Na comunidade deve-se aumentar a luminosidade para reduzir o crime
Na prisão devem existir mais intervenções terapêuticas, por exemplo, estas terapias são mais
intrusivas que os métodos situacionais de controle.
Os métodos de controle assentes na identificação de prisioneiros perigosos ou em risco são
mais propensos a discriminar injustamente certos grupos do que as mudanças ambientais que
são aplicadas uniformemente em toda a instituição

Psicologia ambiental
Está preocupada com os efeitos psicológicos das variáveis geográficas e climáticas (a
temperatura, a luz, o sol, o vento, humidade, vida de cidade com alta intensidade, ruido no
local de trabalho, iluminação artificial, mau design interior)

Existem stressores no meio ambiente que afetam o bem-estar (ex; o calor aumenta o
desconforto e o risco de comportamento violento)

Se acumulados estes stressores, podem provocar problemas psicológicos e coletivos.

São importantes: as condições atmosféricas, a territorialidade, a sobrelotação dos espaços --»


as variáveis situacionais podem ser físicas e sociais

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Estudo no sistema prisional canadiano:


Taxa de assaltos/agressões nas prisões 3 vezes superiores á comunidade;
Atacados por um prisioneiro e sem armas;
Quando as armas são usadas, preferem as facas
Os homicídios são mais propensos a envolver múltiplos agressores, do que assaltos, sugerindo
um padrao mais premeditado

Motivação para a violência


Bowker (1985) distinguiu entre ataques expressivos e instrumentais por prisioneiros
- Assaltos expressivos: resultado do calor do momento, provocados frequentemente por
alguma altercação trivial – ataques que ocorrem no momento
- Assaltos instrumentais: realizados em busca de algum ganho – poder, status, vingança, bens
materiais – tem de envolver algum planeamento

O calor é altamente perturbador e no verão ocorrem mais distúrbios.

Ocorrem mais distúrbios em prisões de alta e media segurança.

Mudanças
Celas individuais reduzem a densidade social, ajudam os prisioneiros a atender ás necessidade
de privacidade, ajudam na tarefa de vigilância e oferecem aos prisioneiros melhores
oportunidades de se acalmarem
Os prisioneiros preferem celas individuais e sentem-se mais seguros
Prisões sobrelotadas aumentam o risco ou diminuem o risco de violência? Os resultados são
controversos
Deve-se iluminar zonas mal iluminadas e pouco vigiadas
Apostar em temperaturas amenas
Reduzir o anonimato e frustração, devendo ocupar os tempos livres

Agressões sexuais
Um estudo em 6 prisões do estado de Nova Iorque, demonstrou que 28 % dos prisioneiros e
metade dos prisioneiros brancos tinham sido alvo de agressão sexual

Um estudo australiano relata que 26% dos prisioneiros, com menos de 25 anos, relatam ter
sido agredido sexualmente: 7% deles afirmam que era pelo menos uma ocorrência semanal e
1% que foram violados diariamente

Davis, relata que em 1968, apenas 3% dos assaltos sexuais investigados foram relatados, sendo
que a maioria dos estudos usou o método do autorrelato

Relação entre homossexualidade e agressões sexuais: 41% dos prisioneiros homossexuais


foram obrigados a ter relações sexuais
A homossexualidade pode ser proporcionada pelos contextos? Sim! É mais violento entre
homens e mais consentido entre mulheres.
Contudo, não são homossexuais, mas tem comportamento homossexuais.
É como dizer que uma pessoa tem comportamentos delinquentes, não quer dizer que seja
delinquente.

Depois de um prisioneiro ter sido vitima de agressões sexuais há uma tendência para a
vitimização continuar.

Nunca se deve criar uma identidade negativa numa pessoa, isso leva a que ela aja de acordo
com as expectativas que têm nela.
Um dos erros da sociedade é a dicotomização

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Motivação para a agressão sexual


Gratificação sexual
Os ataques sexuais á prisão são motivados mais pelas necessidades de agressão e pelo desejo
de melhorar o status e o poder na prisão do que pela satisfação de necessidades sexuais.
Ou seja, é pela sensação de poder, ter mais força física, satisfação de necessidades, mostrar
quem manda.
Os recém-chegados não têm quem os proteja, tendo uma posição de maior vulnerabilidade,
porque ainda não estabelecerem alianças de proteção.
A maioria dos ataques ocorre nas primeiras 16 semanas.
É por isso, um comportamento situacional

Mudança:
Valorizar as vitimas, fomentar vitimas intimas
Celas individuais reduzem a densidade social, ajudam os prisioneiros a atender ás necessidade
de privacidade, ajudam na tarefa de vigilância e oferecem aos prisioneiros melhores
oportunidades de se acalmarem
Os prisioneiros preferem celas individuais e sentem-se mais seguros
Prisões sobrelotadas aumentam o risco ou diminuem o risco de violência? Os resultados são
controversos
Deve-se iluminar zonas mal iluminadas e pouco vigiadas
Apostar em temperaturas amenas
Reduzir o anonimato e frustração, devendo ocupar os tempos livres

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