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Desta forma aqueles que apresentam um grupo de atributos que diferem da regularidade
social, tendem a ser excluídos da ordem social. E neste contexto que surge o conceito de
Estigma.
Goffman quer dizer com isto, que a estigmatização não deve definir uma pessoa com
base na sua identidade social, mas sim nas relações sociais que eles apresentam perante
o seu contexto social. Deste modo, o estigma surge como meio de discrepância entre o
real e o social.
3 TIPOS DE ESTIGMA:
De seguida, encontra-se o defeito do caracter individual, estigma que tem como alvo a
desonestidade, as falsas crenças, ou seja, as características anormais a nível psíquico do
individuo. Exemplo deste estigma, são os indivíduos portadores de distúrbios mentais
ou as vítimas de suicídio.
Por último o estigma caracterizado pelo seu juízo de valor e pela interpretação face a
normas individuais e do grupo social em que os indivíduos estão inseridos, ao terem um
comportamento depreciativo de uma serie de atributos de um individuo pode,
simultaneamente, confirmar a normalidade de outro individuo.
A pessoas estigmatizada que não obtém o respeito do individuo, pode não aceitar-se a si
mesma, na medida em que os seus defeitos são expostos e reconhecidos pelo social.
Neste sentido, cabe ao estigmatizado o objeto de atingir a normalidade, através de
diferentes meios.
Identidade social
Para Goffman, a identidade social, é um valor que tem origem num processo de
categorização social, que se entende como um conjunto de todos os atributos associados
a um ser, e que caracterizam individualmente, ou seja, a sua identidade é a imagem que
representa a sua essência. No entanto, a estigmatização continua do social, molda e
transforma as identidades sociais dos indivíduos. Assim, Goffman apresenta uma
distinção entre os dois tipos de identidades sociais.
A identidade social real, que não é nada mais nada menos que o caracter e os atributos
que o individuo manifesta no social, que prova possuir. Por outro lado, apresenta-nos a
identidade social virtual, identidade de acordo com as expectativas, estereótipos criados
em redor de um individuo.
Esta última está relacionada com a influência direta da perceção dos atores sociais pela
identidade alvo de estigmas, que é, portanto, construída e modificada em função das
expectativas que o social impõe sobre o mesmo individuo. O autor também refere a
necessidade coletiva da sociedade em estabelecer uma ordem social, em que haja uma
serie de comportamentos, ações e valores comuns ás regras estabelecidas, de modo a
haver um consenso e uma sociedade coesa. Mas essa coesão é posta em causa pela não
aceitação da diferenciação, do desvio á ordem, que submete em causa a identidade dos
indivíduos com atributos dispersos, dando origem à estigmatização e á transformação da
identidade real do individuo, numa identidade virtual.
Mas um grande problema está assente nesta discrepância entre a identidade social
virtual e a identidade social real, que é a desintegração do individuo na sociedade, por
este ser desvalorizado continuamente quando foge à normalização e, portanto, é
necessária uma requalificação constante dessa identidade virtual do individuo de forma
a não desvalorizar e limitar o valor do individuo, zelando por uma integração social.