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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Autores
CARLOS BIZ
CRISTIAN REINELLI
GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
MURIEL DE PAULI
RODRIGO ZANDONAI
VICTOR EDUARDO CURY SILVA

Produção Editorial

Bruna Jaime Feiden

Revisão e Diagramação

Tayane Medeiros d’Oliveira

Projeto Gráfico e Capa

Marcos Vinícius Orlandi

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca da


Faculdade Avantis
Aline M. d’Oliveira CRB 14 – 1063

Biz, Carlos
B625e Experiências laboratoriais em Engenharia Civil / Carlos Biz et.
al. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019.
185 p

Inclui Índice
ISBN: 978-85-5456-184-0
ISBNe: 978-85-5456-183-3

1. Engenharia Civil – Experiências Laboratoriais. 2 .


Engenharia Civil – Laboratórios. I. Centro Universitário Avantis –
UniAvan. II. Título.

CDD 21ª ed.


624- Engenharia Civil
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I


MEDIDAS FÍSICAS .......................................................................................... 06
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME ........................................................... 11
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO ............................. 15
FORÇA ELÁSTICA - LEI DE HOOKE............................................................... 18
2ª LEI DE NEWTON ......................................................................................... 21

HIDRAULICA
PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA ................................................................. 23
PERDA DE CARGA LOCALIZADA ................................................................. 26
CARNEIRO HIDRÁULICO ............................................................................... 28
ESCOAMENTO EM CANAIS ........................................................................... 31

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS AGREGADOS (NBR NM 248: 2003)
.......................................................................................................................... 34
ENSAIOS EM CIMENTO I ................................................................................ 37
ENSAIOS EM CIMENTO II ............................................................................... 41
ENSAIOS EM CIMENTO III .............................................................................. 44

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
COMPONENTES CERÂMICOS I ..................................................................... 49
COMPONENTES CERÂMICOS II .................................................................... 53
MATERIAIS METÁLICOS I .............................................................................. 58
MATERIAIS METÁLICOS II ............................................................................. 61

MECÂNICA DOS FLUIDOS


LEI DE PASCAL ............................................................................................... 65
PRÍNCIPIO DE STEVIN .................................................................................... 68
VISCOSIDADE DE STOKES ........................................................................... 70
ENERGIA DOS FLUIDOS E COEFICIENTE DE DESCARGA PARA ORIFÍCIOS
.......................................................................................................................... 75
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

MECÂNICA DOS SOLOS I


DETEMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE ....................................................... 78
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA ...................................................................... 82
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE ........................................ 90
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA .................................................. 99
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO ...................................................................... 104

MECÂNICA DOS SOLOS II


DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE DO SOLO “IN SITU”
........................................................................................................................ 117
ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL ...................................... 123
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO NA CONDIÇÃO CONSOLIDADA
DRENADA ..................................................................................................... 128

QUÍMICA TECNOLÓGICA
GALVANIZAÇÃO E OXIDAÇÃO .................................................................. 131
ELETROQUÍMICA ......................................................................................... 133
MONTAGEM DE FILTROS ........................................................................... 134
NOVAS FORMULAÇÕES DE CONCRETO ................................................. 136

SANEAMENTO BÁSICO
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
........................................................................................................................ 138
ANÁLISE DE SÓLIDOS EM ÁGUA .............................................................. 142
ANÁLISE DE ÓLEOS E GRAXAS ................................................................ 148
ANÁLISE DE pH E TEMPERATURA ........................................................... 152

INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA
INSTALAÇÃO E NIVELAMENTO DA ESTAÇÃO TOTAL ........................... 158
COLETA DE DADOS TOPOGRÁFICOS PARA MAPEAMENTO I .............. 162
PROCESSAMENTO DE DADOS TOPOGRÁFICOS .................................... 164
COLETA DE DADOS TOPOGRÁFICOS PARA MAPEAMENTO II ............. 168
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TOPOGRAFIA E GEODESIA

RETIFICAÇÃO GEORREFERENCIADA DE UMA CARTA TOPOGRÁFICA


........................................................................................................................ 171
VETORIZAÇÃO SOBRE IMAGEM ............................................................... 176
COMPARAÇÃO DE MAPAS REALIZADOS A PARTIR DE FONTES
DIFERENTES ................................................................................................ 179
MAPA HIPSÔMETRO E CRIAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL ...................... 182
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ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: Dra. MURIEL DE PAULI
MEDIDAS FÍSICAS

Objetivos

- Realizar medidas diretas;


- Conhecer e fazer uso de instrumentos de medida;
- Expressar de forma adequada os resultados obtidos.

Paquímetro

O paquímetro é um instrumento utilizado para medir tamanho dos objetos.


Através desse equipamento é possível obter resolução melhor do que com a

régua milimetrada.

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Como medir com o paquímetro:


(a) posicione a peça segundo o tipo de medida a ser executada;
(b) leia diretamente na régua fixa a medida em milímetros;
(c) procure o primeiro traço da escala do nônio que coincide com um traço
qualquer da escala da régua móvel, esse é o valor da subdivisão do milímetro,
que completa a leitura da medida. Por exemplo, para um nônio de 0,05mm, todas
as medidas devem ser do tipo: 4,00mm; 6,05mm; 110,15mm; 1,20mm; 0,25mm;
10,30mm; etc. (observe que o último algarismo termina em zero ou em cinco).
Com esse nônio nunca serão obtidas medidas como: 1,31mm; 6,42mm;
121,04mm; 1,19mm; 1,07mm; etc.

Micrômetro

Outro instrumento usado para realizar medidas com melhor resolução do


que a régua milimetrada é o micrômetro, que permite executar medições de até
milésimos de milímetro. É constituído de um parafuso especial chamado de
parafuso micrométrico, cujo passo é de 0,5 mm por volta completa. No corpo do
instrumento há uma escala graduada em 0,5mm (escala fixa) e uma escala
circular graduada em 0,01mm, a leitura dos micrômetros pode ser “lida a olho”,
ou, se houver um nônio, como o mostrado na figura 4, pode ser lida diretamente
na coincidência dos traços.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Como medir com o micrômetro:


(a) posicione a peça entre as faces da ponta fixa e da ponta móvel;
(b) gire o tambor até que as faces encostem-se à peça delicadamente, para tanto
pode-se fazer uso do parafuso de fricção (tambor com catraca);
(c) leia o valor do traço da escala fixa (0,5mm) anterior ao tambor com escala;
(d) leia o traço da escala móvel (0,01mm) no tambor, localizado logo abaixo da
linha horizontal da escala fixa;
(e) se o micrômetro possuir nônio, o último algarismo significativo a ser lido será
aquele que representa o milésimo de milímetro e este é lido diretamente no
nônio. Caso o micrômetro não apresente nônio, o algarismo significativo
correspondente ao milésimo de milímetro poderá ser estimado e, neste caso,
será um algarismo duvidoso.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Dinamômetro

O dinamômetro é um instrumento usado para medir forças.


Ele consiste numa mola calibrada de tal maneira que, quando a
mola não estiver nem esticada e nem comprimida, ou seja, quando
ela estiver com seu comprimento natural, nenhuma força estará
sendo aplicada a sua extremidade. Ao aplicarmos uma força na
extremidade da mola, esticando-a, podemos associar uma força à
deformação produzida na mola. Assim, a medida de uma força está
diretamente relacionada à variação do tamanho da mola. A figura
ao lado mostra um dinamômetro de tubo de vidro. O peso de um
objeto colocado na extremidade inferior do dinamômetro provoca
uma deformação na mola e esta deformação permite a leitura da
força correspondente diretamente na escala do dinamômetro. Dependendo da
escala do dinamômetro, poderemos ter leituras de décimos ou de centésimos de
Newton.

Como medir com o dinamômetro:


(a) Pendure um objeto na extremidade livre do dinamômetro (gancho inferior);
(b) Espere a mola atingir a nova posição de equilibro;
(c) Leia diretamente na escala do dinamômetro o valor da força (neste caso, a
força peso).

Montagem e realização do experimento:

a) Meça o diâmetro D das esferas com o micrômetro e anote os valores na


Tabela 1.
b) Meça com o Dinamômetro o peso P de cada uma das massas indicadas
na Tabela 2 e anote os correspondentes valores.
c) Meça a massa m da chapa metálica com a balança anote o valor na
Tabela 3.
d) Meça as três dimensões L1, L2 e L3 da chapa metálica com o paquímetro
e anote os valores na Tabela 3. Repita o procedimento 05 vezes.

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D( )
ΔD ( )
Dmedio
Tabela 01 – Medidas de diâmetro - Micrômetro

massas ( ) Peso ( N ) g (m/s2)


10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
Tabela 02 – Medidas de peso - Dinamômetro

massa ( ) L1 ( ) L2 ( ) L3 ( )

Lmédio
Tabela 03 – Medidas de comprimento - Paquímetro

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ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME

Objetivos:
- Caracterizar um movimento retilíneo e uniforme (MRU);
- Calcular a velocidade de um móvel em MRU;
- Construir gráficos de: posição x tempo; e velocidade x tempo.

Montagem e realização do experimento:


1. Eleve o plano 15º acima da horizontal
2. Com o auxílio do ímã posicione a esfera na posição x0=0 mm.

3. Libere a esfera, ligue o cronometro e pare-o quando a esfera passar pela


marca x1=100 mm. Anote na tabela 1 a posição e o tempo transcorrido.
4. Repita o mesmo procedimento para x2=200 mm, x3=300 mm e x4=400 mm.
Tabela1.

Posição Espaço percorrido Intervalo de Velocidade


tempo Média
x0=0 mm Δx0=0 mm Δt0 = 0 Vm= Δx0 / Δt0
x1= 100 mm Δx1= x1- x0= 100 mm
x2= Δx2=
Δx3=
Δx4=

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

5. Utilizando os dados da tabela construa o gráfico de "x” e “t”. O gráfico obtido


é característico do MRU?

6. Calcule a velocidade média em cada um dos percursos e compelete a tabela;


7. Utilizando os dados da tabela, construa um gráfico de “v” e “t”.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

8. O gráfico obtido é característico do MRU?


9. O que representa a declividade da reta no gráfico de “v” versus “t”?
10. Calcule a velocidade média da esfera e escreva a função horária do
movimento:
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑡

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) Descrição da atividade experimental realizada.


b) Tabela dos dados obtidos
c) Gráficos obtidos (Podem ser feitos utilizando régua normal sem a
necessidade de utilização de papel milimetrado.)
d) Resposta das perguntas.

O relatório deverá ser manual e ter no mínimo 20 linhas. Deverá ser


elaborado como um texto onde todas as informações solicitadas serão
adicionadas.

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ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

Objetivos:
- Caracterizar um movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);
- Interpretar corretamente diferentes gráficos envolvendo as principais variáveis
do MRUV.

Montagem e realização do experimento:

1. Marque na régua quatro posições específicas:


Posição Inicial (m) Posição final (m) Deslocamento (m)
x0= x1= Percurso 1: x1-x0=
x1= x2= Percurso 2:
x2= x3= Percurso 3:
x3= x4= Percurso 4:

2. Meça qual o tempo necessário para fazer cada percurso. Faça cada medida
três vezes:

Medidas Tempo (s)- Tempo (s) - Tempo (s)- Tempo (s)-


Percurso 1 Percurso 2 Percurso 3 Percurso 4
1
2
3
Valores
médios

3. Calcule a velocidade média de cada percurso (não se esqueça das unidades):

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Percurso 1 Percurso 2 Percurso 3 Percurso 4


Velocidade
Média

4. Faça o gráfico de “v” versus “t” das velocidades médias obtidas em cada
intervalo:

5. O gráfico obtido é característico do MRUV?


6. Você observou variação na velocidade? Qual grandeza é responsável por
essa variação?

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) Descrição da atividade experimental realizada.


b) Tabela dos dados obtidos
c) Gráficos obtidos (Podem ser feitos utilizando régua normal sem a
necessidade de utilização de papel milimetrado.)
d) Resposta das perguntas.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

O relatório deverá ser manual e ter no mínimo 20 linhas. Deverá ser


elaborado como um texto onde todas as informações solicitadas serão
adicionadas.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
FORÇA ELÁSTICA - LEI DE HOOKE

Parte 1:

Objetivo: Encontrar a aceleração da gravidade.

Procedimento experimental:
a) Com o auxílio de uma balança faça a medida das massas e anote na tabela.
b) Utilizando o dinamômetro meça a força peso de cada uma das respectivas
massas e anote na tabela.
c) Sabendo que a força peso é dada por P = m g, calcule a aceleração da
gravidade.
d) Calcule a média do valor da gravidade obtido para todas as massas.

Massa ( ) Peso ( ) – dinamômetro Aceleração da gravidade ( )

Média da gravidade =

Parte 2:
Objetivo: Encontrar a constante elástica de uma mola analisando a
proporcionalidade entre a elongação da mola e a força aplicada.

Material utilizado:
- Uma mola, massas, suporte, régua.

Procedimento experimental
a) Coloque a mola como mostra a figura e determine a posição inicial;

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b) Coloque o primeiro peso (P=mg, g=9,8m/s2) no suporte da mola e anote a


elongação na tabela abaixo.
c) Repita o procedimento anterior com os demais pesos.
Massa (Kg) Peso (N) Elongação (m)

d) Construa um gráfico da força peso pela elongação (P versus Δx), com os


dados da tabela.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

e) A partir do gráfico obtenha a constante elástica da mola. Dica: A constante K


é dada pelo coeficiente angular da reta obtido no gráfico.

Relatório:
Você deve explicar com suas palavras os procedimentos realizados no
laboratório. Seu texto deverá conter as seguintes informações: Valor médio da
aceleração da gravidade obtido na parte 1 do experimento; Explicação do que
é a Lei de Hooke (suas palavras); O que é a constante elástica de uma mola
e como você obteve o valor de K no experimento; Qual o valor da constante
elástica que você obteve; Citar duas aplicações práticas da Lei de Hooke.
No mínimo 10 linhas.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 5
DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
2ª LEI DE NEWTON

Objetivos
- Determinar a aceleração de um corpo;
- Determinar experimentalmente a massa de um bloco sujeito a uma força;
- Estudar as equações de Newton.

Montagem e realização do experimento:

1. Monte o arranjo experimental conforme a representação abaixo. A massa M


deve ser posicionada sobre o trilho de ar.

2. Com o auxílio da balança faça a medida das massa e anote na tabela abaixo.
3. Quando a M for solta, deve-se medir a distância percorrida sobre o trilho. Meça
também o tempo que leva para realizar o percurso. Repita o procedimento para
as outras massas até completar a tabela.
4. Marque os dados obtidos na tabela abaixo.
Massa + massa do
suporte:
Distância entre os
sensores:
MASSA DO ACELERAÇÃO
TEMPO ( ) (1/a)
DESLIZADOR ( ) ( )

5. Calcule a aceleração da massa e preencha a tabela.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

6. Construa um gráfico de 1/a versus 1/m

7. Determine os coeficientes angular e linear do gráfico obtido. Compare os


valores com a linearização obtida no item 6 e determine a massa pendurada.
Considere g = 9,806 m/s2.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPINA DE HIDRÁULICA

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PROFESSORA: Dra. MURIEL DE PAULI


- PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA -

Objetivos:
- Determinar a perda de carga distribuída;
- Avaliar os parâmetros responsáveis pela perda de carga.

A perda de carga distribuída ocorre ao longo da tubulação e depende do


material, da velocidade do escoamento da água, do diâmetro e do comprimento
da tubulação. A equação para determinar a perda de carga distribuída é dada
por:
L v2
hf = f
D 2g
sendo f o coeficiente de perda de carga distribuída, v a velocidade, D o diâmetro
e g a aceleração da gravidade.

Procedimento experimental

- Conecte as mangueiras nas entradas do manômetro em “U”.


- Antes de ligar a bancada verifique se a válcula 1 se encontra aberta.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

- Ligue a bancada e ajuste a vazão pelo potenciômetro até identificar o


escoamento através das tubulações, espere o tempo necessário (de 15 a 30
segundos) até o fluxo se estabilizar. Depois feche as válvulas que não fazem
parte da tubulação em que se deseja verificar a perda de carga.
- Varie a vazão e verifique as perdas de carga (diferença de pressão medida em
miímetros pelo menômetro) correspondentes e preencha a tabela abaixo.

Diâmetro (mm) = L=
Vazão – Q (l/h) hf (mm) – medida

- Faça o gráfico da vazão (l/h) em função de hf (mm).


- Utilizando a equação correspondente e os dados de vazão utilizados, determine
qual a perda de carga teórica e preencha a tabela abaixo.

Vazão – Q (l/h) hf (mm) – teórica

- Compare o gráfico dos valores calculados com os valores medidos.


- Repita o experimento para outra tubulação.

Análise:
a) Quais são as fontes de erro do experimento?

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

b) Como seria possível minimizar os erros experimentais?


c) Qual a variação de perda de carga em relação ao material ou ao diâmetro
da tubulação.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPINA DE HIDRAULICA
PROFESSORA: Dra. MURIEL DE PAULI
- PERDA DE CARGA LOCALIZADA -

Objetivos:
- Determinar a perda de carga localizada;
- Avaliar como os parâmetros influenciam na perda de carga localizada.

A perda de carga localizada ocorre devido a inserção de elementos na


tubulação como válvulas, cotovelos, curvas. Para calcular a perda de carga
devido a esses elementos utiliza-se a fórmula:
𝑣2
ℎ𝑠 = 𝑘𝑠
2𝑔
Onde v é a velocidade, g a aceleração da gravidade e ks o coeficiente de perda
de carga distribuída que depende do elemento, você deve verificar

Procedimento experimental:

- Conecte as mangueiras do manômetro digital nos pontos onde será verificada


a diferença de pressão.
- Ligue a bancada e ajuste a vazão pelo potenciômetro até identificar o
escoamento através das tubulações, espere o tempo necessário (de 15 a 30
segundos) até o fluxo se estabilizar. Depois feche as válvulas que não fazem
parte da tubulação em que se deseja verificar a perda de carga.
- Varie a vazão e verifique as perdas de carga (diferença de pressão medida em
miímetros pelo menômetro) correspondentes e preencha a tabela abaixo.

Elemento medido:

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Vazão – Q (l/h) hs (mm) – medida

- Faça o gráfico da vazão (l/h) em função de hs (mm).


- Utilizando a equação correspondente e os dados de vazão utilizados, determine
qual a perda de carga teórica e preencha a tabela abaixo.
Vazão – Q (l/h) hs (mm) – teórica

- Compare o gráfico dos valores calculados com os valores medidos.


- Repita o experimento para outro elemento.

Análise:
a) Quais são as fontes de erro do experimento?
b) Como seria possível minimizar os erros experimentais?
c) Qual a variação de perda de carga em relação ao material ou ao diâmetro
da tubulação.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPINA DE HIDRAULICA
PROFESSORA: Dra. MURIEL DE PAULI
- CARNEIRO HIDRÁULICO –

Objetivos:
- Analisar a eficiência de um carneiro hidráulico;
- Compreender quais os parâmetros relevantes no fenômeno do golpe de Ariète.

O carneiro hidráulico permite fazer a elevação de uma certa quantidade


de água sem a utilização de bomba elétrica, ou seja, utilizando apenas a energia
da água que flui.
O rendimento do carneiro hidráulico é definido pela relação entre uso e
consumo. Ele pode ser calculados em termos de potência útil de saída do
carneiro e a potência fornecida na entrada do carneiro.
Putil = ṁ2 ∙ g ∙ ∆h
Pfornecida = ṁ1 ∙ g ∙ h1

Putil
𝜂=
Pfornecida

Procedimento experimental:
- Verifique se o reservatório 3 está cheio
- Selecione o nível do reservatório de alimentação que vai ser utilizado, através
da chave seletora do quadro elétrico.
- Feche a válvula de sucção do reservatório de descarte.
- Abra a válvula de sucção do reservatório de armazenagem.
- Abra a válvula de recalque que direciona a água para o reservatório de uso.
- Ligue a bomba, assim que chegar no nível selecionado ela desligará
automaticamente.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Os experimentos podem ser iniciados abrindo a válvula esfera do carneiro


hidráulico a ser analisado. Pode ser necessário dar um impulso na mola interna
presente na válvula de pé com clivo para que o sistema entre em funcionamento.

Para determinar o rendimento do carneiro hidráulico faça as seguintes medidas:


h1 (m)=
h2 (m)=
Δh=

- Calcule as potências útil e fornecida:


Putil (W)=
Pfornecida (W)

- Calcule o rendimento so carneiro hidráulico:

η=

- Repita o procedimento para o carneiro hidráulico nível diferente de reservatório.


- Repita o procedimento para o carneiro hidráulico com diâmetro distinto

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Análise:
a) Qual a variação de rendimento em relação ao diâmetro do carneiro
hidráulico?
b) Quais os parâmetros relevantes na determinação do rendimento do
carneiro?
c) Quais as fontes de erros experimentais?

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPINA DE HIDRAULICA
PROFESSORA: Dra. MURIEL DE PAULI
- ESCOAMENTO EM CANAIS –

Objetivos:
- Determinar a vazão de água em um canal;
- Analisar os parâmetros relevantes na determinação da vazão e
velocidade de escoamento em canais;
- Calcular a profundidade crítica e a distância de remanso devido as
barragens em um canal.

O escoamento em canais é caracterizado por uma superfície


aberta, ou seja, é um escoamento livre. Para a determinação da vazão de
escoamento de água em canais naturais ou artificais pode-se utilizar a
seguinte equação:

A 2 1
Q= R 3 I2
n H

Sendo A a área molhada, RH a relação entre a área molhada e o


perímetro molhado, I a inclinação de fundo do canal e n o coeficiente de
Manning que depende do material que o canal é construído (valor este
encontrado nas tabelas).
Um escoamento é definido como crítico quando o número de
Froude é igual a 1.
v2
FR =
g ∙ ym

Onde v é a velocidade de escoamento, g a aceleração da gravidade e ym


a relação entre a área e a largura do canal.
A distância de remanso é calculado utilizando a seguinte equação:

31
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

H2 − H1
∆x =
I−J
Sendo H2 e H1 a energia da água dos pontos 2 (sobre a barragem) e 1
(uniforme-longe da barragem), respectivament. I a inclinação de fundo e
J a inclinação de superfície.

Procedimento experimental

O equipamento a ser utilizado para a realização do experimento é o


simulador de canais conforme representado na figura abaixo. Verifique se
o mesmo encontra-se conectado a tomada e o quadro energizado.

- Ligue a bomba e aguarde até a vazão da água tornar-se constante ao


longo do canal.
- Fazendo uso do macaco hidráulico modifique a inclinação do canal e
observe as variações no padrão de escoamento.
- Escolha uma inclinação para a realização das medidas experimentais.
- Meça a inclinação do canal fazendo uso da trena.
- Faça a medida da área molhada.
- Faça a medida a profundidade crítica, lâmina de água formada sobre a
pequena barragem no meio do canal.
- Meça a distância de remanso, ou seja, a distância desde a barragem até
onde existe o acúmulo de água.

Faça os seguintes cálculos;

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

- Determine a vazão do escoamento;


- Calcule a profundidade crítica utilizando o resultado de vazão;
- Determine a distância de remanso

Análise:

a) Compare os valores obtidos experimentalmente com os teóricos


obtidos através dos cálculos para a profundidade crítica e a distância
de remanso.
b) Qual o erro percentual obtido para cada parâmetro analisado.
c) Quais as fontes de erro da medida?

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PROFESSOR: CARLOS BIZ


COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS AGREGADOS (NBR NM 248:
2003)

1. Equipamentos:
a. Balança (resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio);
b. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 +- 5) °C;
c. Peneiras das séries normal e intermediárias, fundo e tampa;
d. Agitador mecânico de peneiras;
e. Escovas ou pincéis de cerdas de náilon e de cerdas de latão;
f. Bandejas plásticas ou metálicas para a determinação de massa.

2. Procedimento:

34
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

a. Secar as amostras em estufa (100°C a 110°C), esfriar à temperatura


ambiente e determinar suas massas (m1 e m2). Tomar a amostra m1 e
reservar a m2;
b. Encaixar as peneiras limpas, formando um conjunto, com abertura de
malha em ordem crescente da base para o topo, encaixando o fundo na base;
c. Colocar a amostra ou partes dela na peneira superior, de modo a evitar a
formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das
peneiras, para evitar a deformação da tela e prejuízos ao peneiramento;
d. As quantidades para ensaios são de 500g para areias e 2000g para brita
12,5mm. No caso do peneiramento da brita, realizar em duas etapas de
1000g;
e. Promover a agitação mecânica do conjunto por 10 a 15 minutos;
f. Destacar e agitar manualmente a peneira superior do conjunto, com tampa
e fundo, até que após 1 min. o material passante seja inferior a 1% do material
retido na peneira;
g. Colocar o material retido em bandeja identificada. Escovar a peneira dos
dois lados, colocando o resíduo interno na bandeja e o externo no fundo.
Todo material do fundo deve ser acrescentado à peneira seguinte;
h. Proceder a partir do item “f” para as demais peneiras. Caso a amostra
inicial tenha sido dividida, tomar nova porção e proceder como descrito a
partir do item “e”;
i. Determinar a massa total de material retido em cada uma das peneiras e
no fundo do conjunto. A soma das massas não deve diferir mais de 0,3% da
massa inicial.

3. Objetivo:

a. Calcular as porcentagens médias, retida e retida acumulada, em cada


peneira, com aproximação de 1%.
b. Determinar a dimensão máxima característica (Dmáx), em mm, como
sendo a abertura da malha da peneira na qual o agregado apresenta uma
porcentagem retida acumulada igual ou mediatamente inferior a 5%.

35
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

c. Determinar o módulo de finura (MF), com aproximação de 0,01, que é a


soma das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras da série normal,
dividida por 100. O valor é tanto maior quanto maior o tamanho do agregado.
d. Lançar os dados obtidos no gráfico da faixa granulométrica:

4. Relatório de Ensaio:

O relatório de ensaio deve conter:


a. Porcentagem média retida em cada peneira;
b. Porcentagem média retida acumulada em cada peneira;
c. Dimensão característica e o módulo de finura dos materiais;
d. Lançamento dos dados no gráfico da faixa granulométrica.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
PROFESSOR: CARLOS BIZ
ENSAIOS EM CIMENTO I

36
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Determinação da pasta de consistência normal NBR NM43:2003

5. Equipamentos:

a. Balança com resolução de 0,1g e capacidade de 1000g;


b. Misturador com cuba de aço inoxidável com capacidade aproximada de 5
dm3 e uma pá de aço inoxidável;
c. Espátula e régua metálica;
d. Molde de tronco-cônica e de material não absorvente;
e. Aparelho de Vicat contendo a sonda de Tetmajer cilíndrica com base
plana.

37
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Sonda de Tetmejer Agulha de início de pega Agulha


de fim de pega

6. Procedimento:

38
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

6.1 Preparação do aparelho de Vicat:

Ajustar o aparelho de Vicat provido da sonda, baixando-a até que esteja em


contato com a placa de base que será utilizada e ajustar a marca zero da
escala. Levantar a sonda até a posição de espera.
6.2 Preparação da pasta
6.2.1 A massa de cimento (mc) a ser utilizada na preparação da pasta deve
ser de (500,0 ± 0,5)g.
6.2.2 A massa de água (ma) deve ser determinada por tentativas e ser
medida com exatidão de 0,5 g.
6.2.3 Com o misturador parado, em posição de iniciar o ensaio, verter a água
na cuba, adicionar o cimento e deixar 30 s em repouso.
6.2.4 Misturar durante 30 s em velocidade lenta, desligar o misturador e
raspar as paredes da cuba com a espátula de borracha, fazendo com que
toda a pasta a elas aderida fique no fundo; realizar essa operação em 15s.
6.2.5 Imediatamente misturar durante 1 min à velocidade rápida.
6.2.6 Determinar a consistência da pasta. A pasta é considerada como tendo
consistência normal quando a sonda se situa a uma distância de (6 ± 1) mm
da placa base após 30 s do instante em que foi solta.

7. Objetivo:

a. Determinar a consistência da pasta calculando a porcentagem de água


(A) necessária à obtenção da consistência normal da pasta de cimento,
utilizando a fórmula:

ma é a massa de água utilizada para a obtenção da consistência


normal da pasta de cimento, em gramas;
mc é a massa de cimento utilizada no ensaio, em gramas.

39
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

8. Relatório de Ensaio:
O relatório de ensaio deve conter:
a. as dosagens executadas contendo a medida de água de cada uma e sua
leitura em mm;
b. o cálculo contendo o resultado que atendeu a norma para determinação
da água de consistência normal;

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
PROFESSOR: CARLOS BIZ

40
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ENSAIOS EM CIMENTO II

Determinação do tempo de pega do cimento NBR NM65:2003

9. Equipamentos:

a. Balança com resolução de 0,1g e capacidade de 1000g;


b. Misturador com cuba de aço inoxidável com capacidade aproximada de 5
dm3 e uma pá de aço inoxidável;
c. Espátula e régua metálica;
d. Molde de tronco-cônica e de material não absorvente;
e. Aparelho de Vicat contendo uma agulha de início de pega e outra para fim
de pega;
f. cronômetro.

41
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Sonda de Tetmejer Agulha de início de pega Agulha


de fim de pega

10. Definições

- tempo de início de pega é, em condições de ensaio normalizadas, o


intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o
momento em que a agulha de Vicat correspondente penetra na pasta até
uma distância de (4 ± 1) mm da placa base.

42
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

- tempo de fim de pega é, em condições de ensaio normalizadas, o


intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o
momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5 mm na pasta.

11. Procedimento:

11.1 Preparação do aparelho de Vicat:


Ajustar o aparelho de Vicat provido inicialmente da agulha do tempo de início
de pega, baixando-o para realização da primeira leitura 30 min após a
preparação da pasta. Anotar os resultados de todas as penetrações e, por
interpolação, determinar o tempo em que a distância entre a agulha e a placa
base é de (4 ± 1) mm.

11.2 Preparação da pasta:

A pasta de cimento deverá ser preparada com o valor obtido do ensaio de


consistência anteriormente realizado.

12. Objetivo:

a. Determinar os tempos de início e fim de pega do cimento:

13. Relatório de Ensaio:


O relatório de ensaio deve conter:
a. O resultado de tempo de início de pega, expresso em horas e minutos,
com uma aproximação de 5 min, é o valor obtido em uma única
determinação.
b. O mesmo critério se aplica ao resultado do tempo de fim de pega, com
aproximação de 15 min.e sua leitura em mm.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4

43
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I


PROFESSOR: CARLOS BIZ
ENSAIOS EM CIMENTO III

Dosagem de concreto e Determinação da consistência pelo abatimento


do tronco de cone NBR NM67:1998

14. Equipamentos:
a. Balança com resolução de 0,1g e capacidade de 1000g;
b. Baldes plásticos de 18lit para pesagem de materiais e água;
c. Régua metálica;
d. Kit Slump Test;
e. Balança com capacidade de 50kg;
f. Aparelho para medição de umidade da areia (Speed Test).

44
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

15. Definições

- tempo de início de pega é, em condições de ensaio normalizadas, o


intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o
momento em que a agulha de Vicat correspondente penetra na pasta até
uma distância de (4 ± 1) mm da placa base.
- tempo de fim de pega é, em condições de ensaio normalizadas, o
intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o
momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5 mm na pasta.

16. Procedimento:

45
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

16.1 Dosagem do concreto:

Esta etapa será explanada pelo professor, calculando um traço usual


empregado nas obras de 1m³ para o volume de 20litros de concreto. A água
e areia deverão ser corrigidas suas quantidades em função da umidade da
areia.

16.2 Determinação da umidade da areia:

 Pesar uma determinada quantidade de areia úmida (ver tabela de


calibração do aparelho) com resolução de 0,1g;
 Colocar o material dentro do aparelho Speed Test junto com as
esferas metálicas;
 Em seguida colocar a cápsula de carbureto com cuidado para não
romper o vidro;
 Fechar a garrafa e sacudir por 30 segundos quebrando a cápsula com
as esferas;
 Ler o resultado apresentado pelo manômetro da garrafa e ver o
resultado da umidade da areia pela tabela de calibração do aparelho.

16.3 Determinação do abatimento do concreto:

 Rodar o traço calculado com as devidas correções da água e


areia, colocando os materiais na betoneira na seguinte sequência:
brita, cimento, areia água e por último aditivo. Misturar no mínimo
por 7min.
 Umedecer o molde e a placa de base e colocar o molde sobre a
placa de base. Durante o preenchimento do molde com o concreto
de ensaio, o operador deve se posicionar com os pés sobre suas
aletas, de forma a mantê-lo estável. Encher rapidamente o molde
com o concreto coletado conforme o item 3, em três camadas,

46
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

cada uma com aproximadamente um terço da altura do molde


compactado.
NOTA - A placa de base deve ser colocada sobre uma superfície rígida,
plana, horizontal e livre de vibrações.
 Compactar cada camada com 25 golpes da haste de socamento.
Distribuir uniformemente os golpes sobre a seção de cada
camada. Para a compactação da camada inferior, é necessário
inclinar levemente a haste e efetuar cerca de metade dos golpes
em forma de espiral até o centro. Compactar a camada inferior
em toda a sua espessura. Compactar a segunda camada e a
camada superior, cada uma através de toda sua espessura e de
forma que os golpes apenas penetrem na camada anterior. No
preenchimento e na compactação da camada superior, acumular
o concreto sobre o molde, antes de iniciar o adensamento. Se,
durante a operação de compactação, a superfície do concreto
ficar abaixo da borda do molde, adicionar mais concreto para
manter um excesso sobre a superfície do molde durante toda a
operação da camada superior, rasar a superfície do concreto com
uma desempenadeira e com movimentos rolantes da haste de
compactação.
 Limpar a placa de base e retirar o molde do concreto, levantando-
o cuidadosamente na direção vertical. A operação de retirar o
molde deve ser realizada em 5 s a 10 s, com um movimento
constante para cima, sem submeter o concreto a movimentos de
torção lateral.
 Imediatamente após a retirada do molde, medir o abatimento do
concreto, determinando a diferença entre a altura do molde e a
altura do eixo do corpo-de-prova, que corresponde à altura média
do corpo-de-prova desmoldado, aproximando aos 5 mm mais
próximos.

Objetivo:

47
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

a. Calcular um traço de concreto de 1m³ para 20litros, para rodar em


betoneira;
b. Determinar a umidade através do aparelho Speed Test;
c. Calcular o acréscimo de areia a ser adicionado na mistura em função da
umidade e a diminuição do valor da água pela mesma função;
d. Determinar o valor do abatimento do concreto antes de colocar o aditivo
e depois de colocar o aditivo na mesma mistura.

17. Relatório de Ensaio:

O relatório de ensaio deve conter:


a. Conter o traço calculado para 20litros.
b. O valor da umidade da areia.
c. Medidas do Slump Test (abatimento) do concreto antes e depois da adição
do aditivo.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
PROFESSOR: CARLOS BIZ

48
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

COMPONENTES CERÂMICOS I

Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos


de ensaio (NBR 15270-3: 2005)

49
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Determinação das características geométricas.


Determinação da espessura das paredes externas e septos dos blocos.
Determinação do desvio em relação ao esquadro (D).
Determinação da planeza das faces (F).
Determinação da área bruta (Ab) e da área líquida (Aliq).

18. Equipamentos:
a. balança (resolução de até 10gramas);
b. paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm;
c. régua metálica com sensibilidade mínima de 0,05 mm;
d. esquadro metálico de 90 ± 0,5°.

50
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

19. Procedimento:

a. Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e


indeformável.
b. Os procedimentos para cada determinação das características
geométricas estão descritos nos itens A.4.2 a A.4.6 da norma.

20. Objetivos:

a. Determinar as medidas das faces – dimensões efetivas;


b. Determinar a espessura dos septos e paredes externas dos blocos;
c. Determinar o desvio em relação ao esquadro (D);
d. Determinar a planeza das faces (F);
e. Determinar área bruta (Ab) e área líquida (Aliq).

21. Relatório de Ensaio:


O relatório de ensaio deve conter:

51
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

a) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;


b) valores individuais das dimensões das faces de cada um dos corpos-de-
prova, em milímetros;
c) valor da média de cada uma das dimensões consideradas, calculado
como a média aritmética dos valores individuais, em milímetros;
d) valores de referência das tolerâncias dimensionais conforme norma;
e) um esquema da face de corte transversal aos furos, com as indicações
dos pontos onde os valores das espessuras foram obtidos;
f) os valores individuais das espessuras das paredes externas e dos septos,
para cada um dos corpos-de-prova, expressos em milímetros;
g) valores de referência dos limites dimensionais conforme norma;
h) valores individuais do desvio em relação ao esquadro (D) para cada um
dos corpos-de-prova, expressos em milímetros;
i) valores de referência dos limites dimensionais conforme norma;
j) valores individuais da planeza das faces (F) para cada um dos corpos-de-
prova, expressos em milímetros;
k) valor médio da área bruta, calculado como a média aritmética dos valores
individuais;
l) valor médio da área líquida, calculado como a média aritmética dos valores
individuais;
m) valores de referência dos limites dimensionais conforme norma;

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

52
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PROFESSOR: CARLOS BIZ


COMPONENTES CERÂMICOS II

Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos


de ensaio (NBR 15270-3: 2005)

53
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de


vedação.

22. Equipamentos:
a. prensa de ensaio a compressão;
b. ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, um dos quais articulado,
que atue na face superior do corpo-de-prova;
c. quando as dimensões dos pratos de apoios não forem suficientes para
cobrir o corpo-de-prova, uma placa de aço deve ser colocada entre os pratos
e o corpo-de-prova.

54
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

23. Procedimento:

a) medir a largura (L), altura (H) e o comprimento (C) dos blocos segundo
A.4.2 da norma;
b) para a regularização das faces de trabalho dos corpos-de-prova, devem
ser utilizadas pastas de cimento ou argamassas com resistências superiores
às resistências dos blocos na área bruta;
c) a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do
plano mais que 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm;
d) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do
ensaio, não sendo ermitidos remendos;
e) a espessura máxima do capeamento não deve exceder 3 mm;
f) alternativamente, as faces dos corpos-de-prova podem ser regularizadas
por meio de uma retífica, dispensando-se assim o capeamento;
g) todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja
aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu
emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao
assentamento.

2.1 A execução do ensaio deve ser a seguinte:

a) os blocos devem ser ensaiados na condição saturada;

55
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

b) todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja


aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu
emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao
assentamento;
c) o corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro
de gravidade esteja no eixo de carga dos pratos da prensa;
d) proceder ao ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa,
de forma que a tensão aplicada, calculada em relação à área bruta se eleve
progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s.

24. Objetivos:

a. Determinar as medidas das faces – dimensões efetivas;


b. Determinar a espessura dos septos e paredes externas dos blocos;
c. Determinar o desvio em relação ao esquadro (D);
d. Determinar a planeza das faces (F);
e. Determinar área bruta (Ab) e área líquida (Aliq).

25. Relatório de Ensaio:

O relatório de ensaio deve conter:


a) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;
b) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;
c) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados,
ressaltando a posição dos furos;
d) resistência à compressão de cada corpo-de-prova BLOCO
ESTRUTURAL, expressa em megapascals, com aproximação decimal,
obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada
durante o ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho
de cada bloco, expressa em milímetros quadrados;
e) resistência à compressão de cada corpo-de-prova BLOCO DE
VEDAÇÃO, com aproximação decimal e expressa em megapascals, obtida
dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o

56
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada
bloco, expressa em milímetros quadrados;
f) resistência média dos blocos expressa em MPa, com aproximação
decimal, calculada como a média aritmética dos valores individuais;
g) resistência característica à compressão estimada, determinada de acordo
com 5.3 da ABNT NBR 15270-2:2005;
h) desvio-padrão, em megapascals;
i) coeficiente de variação, em porcentagem;
j) valor de referência da resistência à compressão.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

57
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PROFESSOR: CARLOS BIZ


MATERIAIS METÁLICOS I

Ensaio de tração à temperatura ambiente (NBR NM 6892:2013)

Especifica o método de ensaio de tração em materiais metálicos e define as


propriedades mecânicas que podem ser determinadas à temperatura ambiente.
O ensaio consiste em solicitar o corpo-de-prova com esforço de tração,
geralmente até a ruptura, com o propósito de se determinar uma ou mais das
propriedades mecânicas.
A forma e as dimensões dos corpos-de-prova dependem dos produtos metálicos
dos quais o s corpos-de-prova são retirados. O corpo-de-prova é, usualmente,
obtido pela usinagem de uma amostra do produto ou obtido por forjamento ou
fundição. Entretanto, produtos de seção constante (barras, fios, etc.) e também

58
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

corpos-de-prova fundidos (ferro fundido maleável, ferro fundido branco) podem


ser ensaiados sem ser usinados.
Determinação do gráfico tensão x deformação, tensão de escoamento e
máxima de ruptura.

26. Equipamentos:

a. prensa de ensaio à tração;


b. ser equipada com dispositivo tipo garra para travar o corpo-de-prova;
c. extensômetro;
d. paquímetro.

27. Procedimento:

a) determinar qual material está sendo ensaio.


b) medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no comprimento da
parte útil, utilizando um micrômetro, e calcular a média.
c) riscar o corpo de prova, isto é, traçar as divisões no comprimento útil.
Uma possibilidade seria para um CP de 50 mm de comprimento, as
marcações serem feitas de 5 em 5mm.

d) Realizar o ensaio controlado até o rompimento da amostra.

28. Objetivos:

a. Determinar o diagrama tensão-alongamento obtido com um extensômetro.


b. Determinar a redução percentual da área ou estricção (Z): máxima
mudança na área da seção transversal, que pode ter ocorrido durante o

59
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ensaio (S0- Su), expressa como porcentagem da área da seção transversal


original (S0).
c. Determinar a força máxima (Fm): maior força que o corpo-de-prova
suporta durante o ensaio, uma vez ultrapassado o ponto de escoamento.
Para materiais sem ponto de escoamento, é o valor máximo durante o
ensaio.
d. Determinar a tensão: força dividida pela área da seção transversal original
(So) do corpo-de-prova, em qualquer momento do ensaio.
1- resistência à tração (Rm): Tensão correspondente à força máxima
(Fm);
2- b. tensão de escoamento: Quando durante o ensaio o material metálico
apresentar o fenômeno de escoamento, a deformação plástica ocorre sem
nenhum incremento de força. Deve-se distinguir: –tensão de escoamento
superior (ReH): Valor da tensão no instante em que o primeiro decréscimo
de força é observado. –tensão de escoamento inferior (ReL): Menor valor da
tensão durante o escoamento plástico, desconsiderando-se qualquer efeito
transitório inicial.
e. determinar no gráfico o patamar elástico e plástico do material ensaiado.

29. Relatório de Ensaio:

O relatório de ensaio deve conter:


a) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;
b) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;
c) tensão máxima de ruptura em MPa;
d) tensão de escoamento do material em MPa;
e) apresentar no gráfico o patamar elástico e plástico do material ensaiado;

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
PROFESSOR: CARLOS BIZ
MATERIAIS METÁLICOS II

60
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Ensaio de dobramento (NBR ISO 7438:2016) e flexão (ASTM E855-90)


em barras para construção civi.

61
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

O ensaio de dobramento nos fornece somente uma indicação qualitativa da


ductilidade do material.
Conceito: O ensaio consiste em dobrar um corpo de prova de eixo retilíneo
e seção circular (maciça ou tubular), retangular ou quadrada, assentado em
dois apoios afastados a uma distância especificada, de acordo com o tamanho
do corpo de prova, por meio de um cutelo, que aplica um esforço
perpendicular ao eixo do corpo de prova, até que seja atingido um ângulo
desejado.
O valor da carga, na maioria das vezes, não importa. O ângulo determina
a severidade do ensaio e é geralmente de 90°, 120° ou 180°. Ao se atingir o
ângulo especificado, examina-se a olho nu a zona tracionada, que não deve
apresentar trincas, fissuras ou fendas. Caso contrário, o material não terá
passado no ensaio.

O ensaio de flexão é realizado em materiais frágeis e em materiais


resistentes, como o ferro fundido, alguns aços, estruturas de concreto e outros
materiais que em seu uso são submetidos a situações onde o principal esforço
é o de flexão. A montagem do corpo de prova para o ensaio de flexão é
semelhante à do ensaio de dobramento. A novidade é que se coloca um
extensômetro no centro e embaixo do corpo de prova para fornecer a medida
da deformação correspondente à posição da flexão máxima.

Ensaio de dobramento e flexão em aço para construção civil.

62
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

30. Equipamentos:

a. Prensa de ensaio à tração. Com dispositivos como o cutelo e o


rolete;
b. b. ser equipada com dispositivo como o cutelo e o rolete;
c. c. extensômetro;
d. d. paquímetro.

31. Procedimento:

e) determinar qual material está sendo ensaio.


f) medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no
comprimento da parte útil, utilizando um micrômetro, e calcular a média.
g) para o ensaio de dobramento realizar o ensaio controlado até se
atingir um ângulo de 180º com um cutelo de dimensão especificada de acordo
com o tipo de aço da barra - quanto maior a resistência do aço, maior o cutelo.
A aprovação da barra é dada pela ausência de fissuras ou fendas na zona.
h) para ensaio de flexão do aço, posicionar o corpo de prova conforme
norma.
i) colocar um extensômetro no centro e embaixo do corpo de prova
para fornecer a medida da deformação que chamamos de flexa,
correspondente à posição de flexão máxima.

32. Objetivos:

a. Verificar se ao final do dobramento do aço, detecta-se fissuras na região


do dobramento.
b. Determinar o Momento Fletor do aço ensaiado.

63
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

e. Determinar a Tensão de Flexão do material:

Onde c é igual a metade do valor da sessão da peça (quando for cilíndrica)


eJ

f.Determinar o Módulo de Elasticidade do aço ensaiado:

33. Relatório de Ensaio:

O relatório de ensaio deve conter:


a) identificação da amostra;
b) avaliação da ductilidade do aço através do ensaio de dobramento;
c) o Momento Fletor do aço MPa;
d) o Módulo de Elasticidade do aço em GPa;

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
– LEI DE PASCAL –

64
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Objetivos:
- Estudar a relação entre áreas e pressão;
- Compreender o princípio de Pascal.

O princípio de Pascal foi baseado inicialmente em experimentos com


líquidos, e verificou-se que o aumento de pressão em um ponto do líquido é igual
ao aumento provocado em outro ponto. Pascal enunciou esse fato como: “o
acréscimo de pressão, em um ponto de líquido em equilíbrio, transmite-se
integralmente a todos os pontos deste líquido”.
A prensa hidráulica é constituída por um sistema de dois vasos
comunicantes, com secções cilíndricas diferentes, contendo um líquido,
normalmente óleo, e um êmbolo, em cada um dos vasos. A prensa hidráulica é
considerada um dispositivo multiplicador de forças, cujo funcionamento se
baseia na Lei de Pascal.
A relação entre a força aplicada entre as seringas é dada pela equação:

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

O volume de fluído deslocado em uma seringa é igual ao da segunda seringa,


desse modo podemos escrever que:

𝑉1 = 𝑉2

𝐴1 ℎ1 = 𝐴2 ℎ2

Existem muitas vantagens de se trabalhar com fluido em relação aos


sólidos. Para os sólidos a propagação da força é na direção da sua aplicação e
só se consegue mudá-la através de engrenagens. Já nos fluidos ela se propaga
espontaneamente em todas as direções.

Materiais utilizados:

65
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

- 3 seringas com tamanhos diferentes;


- 1 mangueira de soro

Procedimento experimental:
1. Meça o diâmetro das seringas.
2. Coloque o tubo de soro numa das seringas; mergulhe a outra extremidade
do tubo na água; puxe o êmbolo até enchê-la de água.
3. Coloque a seringa verticalmente com a ponta para cima; aperte devagar o
êmbolo até que saiam todas as bolhas de ar da seringa e do tubo.
4. Coloque água na outra seringa até a metade e una-a no outro extremo do
tubo, conforme ilustrado na figura abaixo.

Questões propostas:
a) Coloque as duas seringas na vertical, uma com o bico para baixo e a outra
com o bico para cima e empurre o êmbolo de uma delas. O que aconteceu com
o outro êmbolo?
b) Coloque uma em posição vertical e outra horizontal. Aperte o êmbolo
horizontal e observe o outro. Observe que um fluido é capaz de alterar a direção
da força aplicada nele. Por exemplo, recebe força na horizontal de um lado e
transmite força na vertical do outro.
c) Aperte o êmbolo da seringa menor até que varie 3ml. Qual a variação na
seringa maior? Compare os resultados experimentais com o cálculo teórico.
d) Se uma força de 15N for aplicada na seringa menor, qual será a força na
seringa maior?
e) Refaça o mesmo experimento para outro conjunto com seringas de diferentes
tamanhos.

66
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Relatório:
- Descreva com suas palavras a lei de Pascal e o experimento realizado
abordando os conceitos relacionados a essa lei.
- Informe as medidas realizadas do diâmetro das seringas, bem como a resposta
das questões propostas.

67
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
– PRÍNCIPIO DE STEVIN –

Objetivos:
- Compreender o fenômeno de pressão estática;
- Analisar a relação entre pressão manométrica e pressão atmosférica.

Essa experiência nos permite observar a ação da pressão atmosférica.


Pressão atmosférica é a pressão que o ar da atmosfera exerce sobre a superfície
do planeta. A pressão absoluta é a pressão total de um certo ponto ou lugar,
ou seja, é o somatório de todas as contribuições para o aumento da mesma. A
sua determinação depende de diversos factores que podem provocar um
aumento de pressão no sistema. A pressão absoluta é dada pela soma entre a
pressão atmosférica e a pressão relativa:
pabs = patm + prel

O princípio de Stevin estabelece a diferença de pressão entre dois


pontos de um fluido. Este valor é também conhecido como pressão efetiva ou
manométrica, pois é a pressão indicada pelos manómetros. A pressão
manométrica entre dois pontos de um mesmo fluído, mas com profundidades
diferentes h1 e h2 é:

prel = δ ∙ ∆h

Materiais Utilizados

- Vela;
- Recipiente de vidro;
- Prato fundo;
- Água;
- Fósforo ou Isqueiro

68
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Procedimento experimental:
a) Fixe a vela no prato;
b) Coloque a água dentro do prato;
c) Acenda a vela com o fósforo ou isqueiro;
d) Coloque o vidro com a boca para baixo sobre a vela;
e) Espere e veja o que acontece.

Observações:
a) Em que momento a água começa a subir?
b) Qual a altura atingida pela água?
c) Porque a água começa a subir quando a vela apaga?
d) A altura da coluna de água varia dependendo do modo como é colocado o
copo?
e) De que modo é possível aumentar a altura da coluna de água dentro do
recipiente?
f) Calcule a pressão relativa devido a diferença de altura entre a água dentro e
fora do recipiente (H2O=10000N/m2).

Relatório:
- Descreva com suas palavras o Príncipio de Stevin e eplique porque a água
sobe dentro do recipiente após a vela apagar. Cite no seu texto qual a altura
atingida pela água e qual a pressão relativa.

69
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
VISCOSIDADE DE STOKES

Objetivos:
- Compreender as forças atuantes em uma esfera em um meio viscoso;
- Determinar a viscosidade do fluido;
- Caracterizar o fluido quanto a viscosidade.

Quando uma esfera se move verticalmente, com velocidade


constante, no interior de um fluido viscoso em repouso, as
seguintes forças atuam na esfera.
P = força peso da esfera
E = força de empuxo
FD = força resistente (força de arrasto)

onde:
P = FD + E

FORÇA DE EMPUXO: Conforme o princípio de Arquimedes uma força de


empuxo atua sobre qualquer corpo imerso em um líquido é igual ao peso do
volume de um líquido deslocado pelo corpo. O empuxo exercido sobre uma
esfera completamente imersa em um líquido é calculado pela expressão:

 
E  D 3 6  líquido g

FORÇA DE ARRASTO: A equação geral para força resistente, que deve atuar
sobre uma esfera que se move através de um gás, enquanto investigava o
movimento de uma bala de canhão. Newton estabeleceu teoricamente que a
esfera deve empurrar um volume de gás igual à área projetada da esfera
multiplicada pela sua velocidade.

70
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

FD  C D  8 líquido D 2 v 2 (II)

FD = força de arrasto sobre a esfera.


CD = coeficiente de arrasto.
D = diâmetro da esfera.
v = velocidade relativa entre a esfera e o líquido.

NÚMERO DE REYNOLDS

O número de Reynolds é um parâmetro adimensional definido pela


expressão:
vD
Re 

v = velocidade do corpo em cm/s;
D = diâmetro da esfera em cm;
μ= viscosidade dinâmica em Stokes.

Esta função linear é expressa pela equação:


CD = 24 / Re = 24 v / D v (III)

VISCOSIDADE DE STOKES

Substituindo a equação (III) em (II) podemos calcular a força FD exercida


pelo fluido sobre a esfera em queda.

FD  3líquidovDv (IV)

A equação IV expressa a lei de Stokes. O coeficiente de viscosidade


cinemática de um líquido pode ser obtido pela expressão da força de arrasto FD
de Stokes:

71
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

FD  3d líquidoDV

Isolando o coeficiente de viscosidade cinemática 


FD

3d líquido DV

É possível se utilizar a equação de Stokes quando o valor assumido pelo


número de Reynolds (Re) for menor que 1, isto é (Re < 1), logo: Ao final do
cálculo resultante de  verifique se o valor de Re do experimento satisfaz esta
condição.

Procedimento experimental
Massa m da esfera. m = _________ g
Diâmetro da esfera. D = _________ cm

a) Massa específica do fluido

ρlíquido = m / Vlíquido ρlíquido = ________ g/cm³

b) Peso da esfera: Calcule o peso P da esfera, considerando g = 980 cm s-2

P = m g = _________ g cm s-2 [dina]

c) Calcule o empuxo E que o líquido exerce sobre a esfera:

E = ρlíquido Vesfera g E = _________ dina

d) Força de arrasto: Calcule a força de arrasto FD que o líquido oferece sobre a


esfera durante o seu movimento:

FD = P – E FD = _________ dina

72
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

e) Velocidade terminal do fluido: Determine as distâncias entre as posições


marcadas.

h1 h2 h3 h4
Módulo de
deslocamento

f) Meça o tempo de descida da esfera utilizando o cronômetro.

Medida Δt1 Δt2 Δt3 Δt4


1
2
3
4
5
Média

g) Calcule a velocidade média de cada percurso

Velocidade v1 v2 v3 v4

Obs: Verifique se a velocidade dos dois últimos intervalos se manteve constante.


A velocidade da esfera deve ser constante (aceleração = 0).

h) Utilizando a expressão desenvolvida por Stokes, calcule a viscosidade do


líquido em estudo.
FD  3d líquidovDv
  FD 3Dv 
  ___________ poise

73
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS
PROFESSORA: DRA. MURIEL DE PAULI
- ENERGIA DOS FLUIDOS E COEFICIENTE DE DESCARGA PARA
ORIFÍCIOS –

Objetivos:
- Compreender as energias dos fluidos;
- Analisar a variação de velocidade devido a perda de carga;
- Realizar a determinação do coeficiente de descarga em função do diâmetro do
orifício.

Devido a conservação de energia, um fluido armazenado à uma


determinada altura possui energia potencial gravitacional, ao ser liberado, essa
energia é convertida em energia cinética, logo
1
mgh = mv 2
2
e assim,
v = √2gh.
Sendo h a altura da coluna de água e g a aceleração da gravidade g=9,8
m/s2.
No entanto, a velocidade real dos jatos que saem por um orifício deve ser
corrigida pelo fator c que depende da perda de energia devido ao orifício,

vr = c ∙ v

E o coeficiente c é obtido através da seguinte relação:

2𝐴𝑅
𝑐𝑑 = (√ℎ1 − √ℎ2 )
𝑡 ∙ 𝐴 ∙ √2𝑔

Onde AR é a área transversal do reservatório, t o tempo, A a área do


orifício, h1 a altura inicial e h2 a altura final da coluna de água no reservatório.

74
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Procedimento experimental

O experimento será realizado utilizando o equipamento Jatos Livres.


1. Acione a bomba e deixe o reservatório encher de água até a posição
desejada. Marque a altura da coluna de água.
2. Posicione o orifício de sua escolha no local apropriado, os tamanhos dos
orifícios são 4, 6, 8, 10 e 12 mm. Obs. Não aperte demais evitando
dificuldades na hora de trocar o orifício.
3. Abra a válvula e marque o
tempo necessário para vazar
o volume escolhido de água.
Obs. Encha o reservatório a
mais do que o ponto de início
da medida. Faça a medida
em três cronômetros distintos
e calcule a média.
4. Faça o cálculo da vazão de
água e determine a
velocidade de saída de água.
5. Calcule o coeficiente de
descarga de orifício para
aquele diâmetro.
6. Repita o procedimento para outros dois orifícios.

Análise:
a) Faça a comparação dos valores de velocidade ideal e real obtidas;
b) Compare os valores de coeficiente de descarga para cada diâmetro
medido, em qual caso o coeficiente é maior.
c) Determine a variação percentual entre a medida de velocidade real
medida e a calculada através do coeficiente de perda de carga em orifício.
Relatório:
O relatório deve conter os seguintes itens:

75
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

1. Introdução: explicação da energia dos fluidos e do coeficiente de perda


em orifícios
2. Procedimento experimental: explicar detalhadamente como a medida foi
realizada.
3. Resultados: apresente os resultados obtidos
4. Análise: Faça a discussão acerca dos resultados obtidos, utilize as
indicações e análise em seu relatório.
5. Conclusão: apresente quais as conclusões acerca do experimento
realizado.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO

76
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

DETEMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

As práticas de laboratório realizadas na disciplina de Mecânica dos Solos


I do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Avantis (Uniavan)
compreendem os ensaios a saber:

 Determinação da umidade higroscópica (NBR 6457);


 Análise Granulométrica (NBR 7181);
 Determinação do Limite de Plasticidade (NBR 7180);
 Determinação do Limite de Liquidez (NBR 6459);
 Determinação da massa específica (grãos de solo que passam na peneira
4,8mm) (NBR 6508);
 Ensaio de compactação (NBR 7182);
 Índice de suporte Califórnia (NBR 9895).
Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 6457,
empregado para a determinação do teor de umidade de solos em laboratório.
Nessa prática os alunos irão realizar os procedimentos do ensaio e calcular o
teor de umidade de um solo.

EQUIPAMENTOS

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta os principais


equipamentos empregados na determinação da umidade higroscópica dos
solos.

77
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Figura 1: Principais equipamentos para a prática 02.

EXECUÇÃO DO ENSAIO

Para a determinação do teor de umidade de solos em laboratório,


proceder como segue:

1) Tomar uma quantidade de solo em função da dimensão dos grãos maiores


contidos na amostra, como indicado na Tabela 1, destorroá-la, colocá-la em
cápsulas metálicas adequadas e fechar com a tampa;

2) Pesar o conjunto com a resolução correspondente, e anotar como M1;

Tabela 1. Quantidade de material em função da dimensão dos grãos maiores


Dimensão dos grãos Quantidade de Balança a ser utilizada
maiores contidos na material (em massa Capacidade
amostra, determinados seca) [g] nominal Resolução[g]
visualmente [mm] [Kg]
<2 30 200 0,01
2 a 20 30 a 300 1500 0,1
20 a 76 300 a 3000 5000 0,5
Fonte: NBR 6457

78
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

3) Remover a tampa e colocar as cápsulas em estufa, à temperatura de 105°C


a 110°C, onde deve permanecer até apresentar constância de massa.
Normalmente, um intervalo de 16 a 24 horas é suficiente para a secagem do
material, podendo intervalos maiores serem necessários dependendo do tipo e
da quantidade de solo ou se o mesmo estiver muito úmido. A tampa não deve
ser recolocada enquanto o material permanecer em estufa;
Obs. Indicar a temperatura de secagem do material, se esta for diferente de
105°C a 110°C.

4) Recolocar a tampa e pesar o conjunto, com a resolução correspondente, e


anotar como M2. Efetuar, no mínimo, três determinações do teor de umidade por
amostra.

CÁLCULOS

O teor de umidade será determinado em laboratório empregando a


equação abaixo.

h   M1 M2  100
 M2  M3 

Onde:

 h é o teor de umidade, em %;
 M1 é a massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em g;
 M2 é a massa do solo seco mais a massa do recipiente, em g;
 M3 é a massa do recipiente (cápsula metálica com tampa), em g.

Calcular a média das determinações efetuadas.

RESULTADOS

79
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

O resultado final é o teor de umidade do solo, que deve ser expresso com
aproximação de 0,1%.

80
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 7181


empregado para a realização da análise granulométrica dos solos, por
peneiramento e pela combinação de peneiramento e sedimentação. Nessa
prática os alunos irão realizar os procedimentos do ensaio elaborar a curva
granulométrica de um solo.

EQUIPAMENTOS

A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados no ensaio


de análise granulométrica dos solos.

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 02

EXECUÇÃO DO ENSAIO

81
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Para a determinação da distribuição granulométrica do material, apenas


por peneiramento, proceder como segue:

1) Tomar a quantidade de amostra de solo de acordo com Tabela 1.

Tabela 1. Determinação do peso da amostra seca ao ar


Balança a ser utilizada
Dimensão dos grãos maiores contidos na
Capacidade
amostra [mm] Resolução[g]
nominal [Kg]
> 25 10 1
5 a 25 5 0,5
<5 1,5 0,1
Fonte: NBR 7181

2) Secar a amostra de solo ao ar livre;

3) Desmanchar no almofariz os torrões de solo presentes na amostra;

4) Determinar com as resoluções da Tabela a massa da amostra seca ao ar e


anotar como Mt;

5) Passar este material na peneira de diâmetro 2,0 mm, tomando-se a precaução


de desmanchar no almofariz todos os torrões eventualmente ainda existentes,
de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a
abertura da malha;

6) Utilizar a escova com cerdas metálicas para auxiliar a retirada dos grãos
retidos nas malhas da peneira, procedendo-se da mesma forma em todos os
passos que envolvam o peneiramento;

7) Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino


aderente e secar em estufa a 105°C / 110°C, até constância de massa. O
material assim obtido é usado no peneiramento grosso;
Peneiramento grosso:

82
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

8) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50,


38. 25, 19, 9,5 e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada na Tabela as massas
retidas acumuladas em cada peneira.

9) Do material passado na peneira de 2,0 mm tomar cerca de 120g. Pesar esse


material com resolução de 0,01 g e anotar como Mh.

10) Do material passado na peneira de 2,0 mm tomar ainda cerca de 100g para
determinar 3 umidades higroscópicas (h), de acordo com a prática 01;

11) Lavar na peneira de 0,075 mm o material obtido conforme o item 9, vertendo-


se água potável a baixa pressão e secar o material em estufa, à temperatura de
105°C a 110°C, até constância de massa. O material assim obtido é usado no
peneiramento fino;

Peneiramento fino:

12) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50,
38. 25, 19, 9,5 e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada na Tabela as massas
retidas acumuladas em cada peneira.

Para a determinação da distribuição granulométrica do material por


peneiramento e sedimentação, proceder como segue:

1) Tomar a quantidade de amostra de solo de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2. Determinação do peso da amostra seca ao ar


Balança a ser utilizada
Dimensão dos grãos maiores contidos na
Capacidade
amostra [mm] Resolução[g]
nominal [Kg]

83
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

> 25 10 1
5 a 25 5 0,5
<5 1,5 0,1
Fonte: NBR 7181

2) Secar a amostra de solo ao ar livre;

3) Desmanchar no almofariz os torrões de solo presentes na amostra;

4) Determinar com as resoluções da Tabela a massa da amostra seca ao ar e


anotar como Mt;

5) Passar este material na peneira de diâmetro 2,0 mm, tomando-se a precaução


de desmanchar no almofariz todos os torrões eventualmente ainda existentes,
de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a
abertura da malha;

6) Utilizar a escova com cerdas metálicas para auxiliar a retirada dos grãos
retidos nas malhas da peneira, procedendo-se da mesma forma em todos os
passos que envolvam o peneiramento;

7) Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino


aderente e secar em estufa a 105°C / 110°C, até constância de massa. O
material assim obtido é usado no peneiramento grosso;

Peneiramento grosso:

8) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50,


38. 25, 19, 9,5 e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada na Tabela as massas
retidas acumuladas em cada peneira.

9) Do material passado na peneira de 2,0 mm tomar cerca de 120 g, no caso de


solos arenosos, ou 70 g, no de solos siltosos e argilosos, para a sedimentação
e o peneiramento fino;

84
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

10) Pesar esse material com resolução de 0,01 g e anotar como Mh. Tomar ainda
cerca de 100 g para realizar 3 determinações de umidade higroscópica (h), de
acordo com a prática 01;

11) Transferir o material assim obtido para um béquer de 250 cm 3 e juntar, com
auxílio de proveta com o defloculante (125 cm 3 de solução de hexametafosfato
de sódio com a concentração de 44,7 g do sal por 1000 cm 3 de solução. A
solução de hexametafosfato deve ser tamponada com carbonato de sódio até
que a solução atinja um pH entre 8 e 9, evitando assim a reversão da solução
para ortofosfato de sódio);

12) Agitar o béquer até que todo o material fique imerso e deixar em repouso, no
mínimo 12 horas;

13) Verter, então, a mistura no copo de dispersão, removendo-se com água


destilada, com auxílio da bisnaga, o material aderido ao béquer. Adicionar água
destilada até que seu nível fique 5 cm abaixo das bordas do copo e submeter a
ação do aparelho dispersor durante 15 minutos (solos que contenham grãos
suscetíveis de sofrerem quebra devem ser dispersos em um intervalo de tempo
menor);

14) Transferir a dispersão para a proveta e remover com água destilada, com
auxílio da bisnaga, todo o material aderido no copo. Juntar a água destilada até
atingir o traço correspondente a 1.000 cm3;

15) Tomar a proveta e, tapando-lhe a boca com uma das mãos, executar, com
auxílio da outra, movimentos enérgicos de rotação, durante 1 minuto, pelos quais
a boca da proveta passa de cima para baixo e vice versa;

16) Imediatamente após terminada a agitação, colocar a proveta sobre uma


mesa, anotar a hora exata do início da sedimentação e mergulhar
cuidadosamente o densímetro na dispersão. Efetuar as leituras do densímetro
correspondentes aos tempos de sedimentação (t) de 0,5, 1 e 2 minutos
(recomenda-se repetir as três primeiras leituras. Para tanto, agitar novamente a

85
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

proveta, conforme descrito, e refazer as leituras para os tempos de 0,5, 1 e 2


minutos);

17) Retirar lenta e cuidadosamente o densímetro da dispersão. Fazer as leituras


subsequentes a 4, 8, 15 e 30 minutos, 1, 2, 4, 8 e 24 horas, a contar do início da
sedimentação;

Obs.: Cerca de 15 a 20 segundos antes de cada leitura, mergulhar lenta e


cuidadosamente o densímetro na dispersão. Todas as leituras devem ser feitas
na parte superior do menisco, com interpolação de 0,002, após o densímetro ter
ficado em equilíbrio. Assim que uma dada leitura seja efetuada, retirar o
densímetro da dispersão e colocá-lo numa proveta com água limpa, à mesma
temperatura da dispersão.

18) Após cada leitura, excetuadas as duas primeiras, medir a temperatura da


dispersão, com resolução de 0,1° C.

19) Realizada a última leitura, verter o material da proveta na peneira de 0,075


mm, proceder a remoção com água de todo o material que tenha aderido às suas
paredes e efetuar a lavagem do material na peneira mencionada, empregando-
se água potável a baixa pressão.

20) Secar o material retido na peneira de 0,075 mm em estufa, à temperatura de


105°C a 110°C, até constância de massa. O material assim obtido é usado no
peneiramento fino;

Peneiramento fino:

21) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50,
38. 25, 19, 9,5 e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada na Tabela as massas
retidas acumuladas em cada peneira.

86
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

CÁLCULOS

Os cálculos serão efetuados em sala de aula empregando as equações


descritas na norma NBR 7181.

RESULTADOS

O resultado final deve ser apresentado graficamente, dispondo-se em


abcissas os diâmetros das partículas, em escala logarítimica, e em ordenadas
as porcentagens das partículas menores do que os diâmetros considerados, em
escala aritmética, conforme apresentado na
2.

87
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

100%
Porcentagem Passante (%)
90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
0,001 0,01 0,1 1 10 100

Diâmetro dos Grãos ( mm )

Figura 2. Gráfico para elaborar a curva granulométrica do solo

88
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 7180


empregado para a determinação do limite de plasticidade (LP) dos solos e para
o cálculo do índice de plasticidade (IP). Nessa prática os alunos irão realizar os
procedimentos do ensaio e determinar o LP e o IP de um solo.

EQUIPAMENTOS
A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados na
determinação do limite de plasticidade de um solo.

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 03

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

89
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Na preparação da amostra para a execução do ensaio do LP proceder


conforme descrito na NBR 6457, a saber:

1) Secar a amostra ao ar, até próximo da umidade higroscópica;

2) Desmanchar os torrões, evitando-se a quebra dos grãos, e homogeneizar a


amostra;

3) Com o auxílio do repartidor de amostra, ou pelo quarteamento, reduzir a


quantidade de material até se obter uma amostra representativa em quantidade
suficiente para a realização do ensaio;

4) Tomar uma fração da amostra e passar na peneira 0,42 mm, de modo a se


ter cerca de 200 g de material passado. O material assim obtido constitui a
amostra a ser ensaiada.

4) Tomar metade da quantidade da amostra assim preparada.

EXECUÇÃO DO ENSAIO

1) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em


pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosamente e
continuamente, com o auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta
homogênea, de consistência plástica;

2) O tempo total de homogeneização deve estar compreendido entre 15 e 30


minutos, sendo o maior intervalo de tempo para solos mais argilosos;

3) Tomar cerca de 10 g da amostra assim preparada e formar uma pequena bola,


que ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da mão
para lhe dar a forma de um cilindro;
4) Se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 3 mm, retorná-la à
cápsula de porcelana, adicionar água destilada, homogeneizar durante pelo

90
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

menos 3 minutos, amassando e revolvendo vigorosamente e continuamente com


auxílio da espátula e repetir o procedimento descrito no item 3;

5) Se a amostra atingir o diâmetro de 3 mm sem se fragmentar, amassar o


material e repetir o procedimento descrito em 3;

6) Ao se fragmentar o cilindro, com diâmetro de 3 mm e comprimento da ordem


de 100 mm (o que se verifica com o gabarito de comparação), transferir
imediatamente as partes do mesmo para um recipiente adequado, para
determinação da umidade conforme a prática 01;

7) Repetir as operações 3 a 5 vezes de modo a obter pelo menos três valores de


umidade.

CÁLCULOS

O LP é um teor de umidade (h), logo empregar a equação abaixo.

h   M1 M2  100
 M2  M3 

Onde:

 h é o teor de umidade, em %;
 M1 é a massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em g;
 M2 é a massa do solo seco mais a massa do recipiente, em g;
 M3 é a massa do recipiente (cápsula metálica com tampa), em g.

Considerar satisfatórios os valores de umidade obtidos quanto, de pelo


menos três, nenhum deles diferir da respectiva média de mais que 5% dessa
média.
A partir de dados do LP é possível determinar o índice de plasticidade (IP)
utilizando a equação abaixo.

91
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

IP  LL  LP
Onde:

 IP é o índice de plasticidade;
 LP é o limite de plasticidade;
 LL é o limite de liquidez, determinado de acordo com a NBR 6459 (prática 04).

Quando não for possível determinar o limite de plasticidade, anotar o


índice de plasticidade como NP (não plástico).

RESULTADOS

O resultado final, ou seja, o valor do LP é a média de pelo menos três


valores de umidade considerados satisfatórios. Deve ser expresso em
porcentagem, aproximado para o inteiro mais próximo.
Na impossibilidade de se obter o cilindro com 3 mm de diâmetro e
comprimento da ordem de 100 mm, considerar a amostra como não
apresentando limite de plasticidade (NP).

92
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 6459


empregado para a determinação do limite de liquidez (LL) dos solos. Nessa
prática os alunos irão realizar os procedimentos do ensaio e determinar o LL de
um solo.

EQUIPAMENTOS
A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados na determinação
do limite de plasticidade de um solo.

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 04

93
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

Na preparação da amostra para a execução do ensaio do LL proceder


conforme descrito na NBR 6457, a saber:

1) Secar a amostra ao ar, até próximo da umidade higroscópica;

2) Desmanchar os torrões, evitando-se a quebra dos grãos, e homogeneizar a


amostra;

3) Com o auxílio do repartidor de amostra, ou pelo quarteamento, reduzir a


quantidade de material até se obter uma amostra representativa em quantidade
suficiente para a realização do ensaio;

4) Tomar uma fração da amostra e passar na peneira 0,42 mm, de modo a se


ter cerca de 200 g de material passado. O material assim obtido constitui a
amostra a ser ensaiada.

5) Tomar metade da quantidade da amostra assim preparada.

EXECUÇÃO DO ENSAIO

1) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em


pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosamente e
continuamente, com o auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta
homogênea, com consistência tal que sejam necessários cerca de 35 golpes
para fechar a ranhura.

2) O tempo de homogeneização deve estar compreendido entre 15 e 30 minutos,


sendo o maior intervalo de tempo para solos mais argilosos.

3) Transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte


central a espessura seja da ordem de 10 mm;

94
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4) Realizar esta operação de maneira que não fiquem bolhas de ar no interior da


mistura;

5) Retornar o excesso de solo para a cápsula;

6) Dividir a massa de solos em duas partes, passando o cinzel através da


mesma, de maneira a abrir uma ranhura em sua parte central. O cinzel deve ser
deslocado perpendicularmente à superfície da concha.

7) Golpear a concha contra a base, deixando-a cair em queda livre. Anotar o


número de golpes necessários para que as bordas inferiores da ranhura se unam
ao longo de 13 mm de comprimento, aproximadamente;

8) Transferir, imediatamente, uma pequena quantidade do material junto das


bordas que se uniram para um recipiente adequado para a determinação da
umidade, conforme apresentado na prática 01;

9) Transferir o restante da massa para a cápsula de porcelana. Lavar e enxugar


a concha e o cinzel;

10) Adicionar água destilada à amostra e homogeneizar durante pelo menos 3


minutos, amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com o auxílio da
espátula;

11) Repetir as operações obtendo o segundo ponto de ensaio;

12) Repetir as operações de modo a obter pelo menos mais três pontos de
ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes.

CÁLCULOS

O LL é um teor de umidade (h), logo empregar a equação ABAIXO.

95
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

h   M1 M2  100
 M2  M3 

Onde:

 h é o teor de umidade, em %;
 M1 é a massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em g;
 M2 é a massa do solo seco mais a massa do recipiente, em g;
 M3 é a massa do recipiente (cápsula metálica com tampa), em g.

RESULTADOS
Para determinar o LL, deve-se traçar uma reta que relaciona a umidade e
o número de golpes obtidos, empregando o gráfico apresentado na Figura 2,
onde será possível determinar a umidade aproximada correspondente a 25
golpes.

Figura 2. Gráfico para determinar o LL

O resultado final, ou seja, o valor do LL, deve ser expresso em


porcentagem, aproximado para o número inteiro mais próximo.

96
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Na impossibilidade de se conseguir a abertura da ranhura ou o seu


fechamento com mais de 25 golpes, considerar a amostra como não
apresentando liquidez (NL).

97
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 5
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 6508,


empregado para a determinação da massa específica dos grãos de solos que
passam na peneira 4,8 mm, por meio do picnômetro, através da realização de
pelo menos dois ensaios. Nessa prática os alunos irão realizar os procedimentos
do ensaio e determinar a massa específica de um solo.

EQUIPAMENTOS

A Figura1 apresenta os principais equipamentos empregados na


determinação da massa específica dos solos.

Figura1. Principais equipamentos para a prática 05

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
Na preparação da amostra para a determinação da massa específica
proceder conforme descrito na NBR 6457, a saber:

98
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

1) Secar a amostra ao ar, até próximo da umidade higroscópica;

2) Desmanchar os torrões, evitando-se a quebra dos grãos, e homogeneizar a


amostra;

3) Com o auxílio do repartidor de amostra, ou pelo quarteamento, reduzir a


quantidade de material até se obter uma amostra representativa em quantidade
suficiente para a realização do ensaio;

4) Tomar uma fração da amostra e passar pela peneira 4,8 mm, de modo a se
ter cerca de 500 g de material passado. O material assim obtido constitui a
amostra a ser ensaiada.

Observação: o valor da massa específica dos grãos, a ser utilizado no cálculo da


análise granulométrica por sedimentação, deve ser determinado a partir de cerca
de 500g de material passado na peneira de 2,0 mm.

EXECUÇÃO DO ENSAIO

1) Homogeneizar a amostra e pesar, com resolução de 0,01 g, quantidade tal


que a massa seca esteja em torno de 50 g para solos argilosos e siltosos, e de
60g para solos arenosos, quando for empregado picnômetro de 500 cm 3, e
anotar a massa como M1. Quando o ensaio for realizado com picnômetro de
1000 cm3, as quantidades de material a serem tomadas são aproximadamente
o dobro;

2) Colocar a amostra a ser ensaiada em um becker com água destilada em


quantidade suficiente para completa imersão do material, durante 12 h, no
mínimo;
3) Com o restante do material determinar a umidade, de acordo a prática 01;

99
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4) Transferir a amostra para o copo de dispersão, lavando-se a cápsula com


água destilada para completa remoção do material, tomando-se a precaução de
evitar perda do mesmo;

5) Acrescentar água destilada até cerca da metade do volume do copo e


dispersar durante 15 minutos;

6) Transferir a amostra para o picnômetro, com auxílio do funil de vidro, lavando-


se o copo de dispersão e o funil com água destilada para completa remoção do
material, tomando-se a precaução de evitar perda do mesmo;

7) Adicionar água destilada até cerca da metade do volume do picnômetro. A


seguir aplicar vácuo de, no mínimo, 88 kPa (66 cm de Hg a 0°C), durante pelo
menos 15 minutos, agitando o picnômetro em intervalos regulares de tempo;

8) Acrescentar água destilada até cerca de 1 cm abaixo da base do gargalo e


aplicar a pressão de vácuo já referida, durante o mesmo intervalo de tempo. No
caso de não se obter a remoção total do ar aderente às partículas de
determinados tipos de solo, deve-se colocar o picnômetro em banho-maria
durante 30 minutos, no mínimo, adicionando-se água destilada para compensar
a evaporação;

9) Adicionar água destilada até cerca de 1 cm abaixo da marca de calibração do


picnômetro;

10) Deixar, em seguida, o picnômetro em repouso até que a temperatura do


mesmo se equilibre com a do ambiente;

11) Com o auxílio de um conta-gotas, adicionar água destilada no picnômetro


até que a base do menisco coincida com a marca de referência;

12) Enxugar a parte externa do picnômetro e a parte interna do gargalo acima


do menisco;

100
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

13) Pesar o conjunto picnômetro + solo + água, com resolução de 0,01 g, e


anotar como M2;

14) Determinar, logo a seguir, com resolução de 0,1°C, a temperatura T do


conteúdo do picnômetro. Com esse valor, obter na curva de calibração
correspondente com resolução de 0,01 g, a massa do picnômetro cheio de água
até a marca de referência e anotar como M3.

15) Calcular a massa específica.

CÁLCULOS

Calcular a massa específica dos grãos do solo utilizando-se a equação


abaixo.

 
 M1  100  
 100  h  
δ  δT
 M1  100   M3  M2
  100  h  
 

Onde:

 δ é a massa específica dos grãos do sol, em g/cm3;


 M1 é a massa do solo úmido;
 M2 é a massa do picnômetro + solo + água, na temperatura T de ensaio;
 M3 é a massa do picnômetro cheio de água até a marca de referência, na
temperatura T de ensaio;
 h é a umidade inicial da amostra;
 δT é a massa específica da água, na temperatura T de ensaio, obtida na norma
NBR 6508.

RESULTADOS

Considerar os ensaios satisfatórios quando os seus resultados não


diferirem entre si mais que 0,02 g/cm3.

101
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

O resultado final, média de pelo menos dois ensaios considerados.

102
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 6
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 7182 que


prescreve o método para determinar a relação entre o teor de umidade e a massa
específica aparente seca de solos quando compactados. Nessa prática os
alunos irão realizar os procedimentos do ensaio e determinar o teor de umidade
e a massa específica aparente seca de um solo compactado.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar as normas NBR 5734,
6457, 6458 e 6508.

EQUIPAMENTOS

A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados no ensaio


de compactação.

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 06

103
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

EXECUÇAO DO ENSAIO

Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas com


secagem prévia até a umidade higroscópica.

1) Fixar o molde cilíndrico à sua base, acoplar o cilindro complementar e apoiar


o conjunto em uma base rígida. Caso se utilize o cilindro grande, colocar o disco
espaçador. Se necessário, colocar uma folha de papel filtro com diâmetro igual
ao do molde utilizado, de modo a evitar a aderência do solo compactado com a
superfície metálica da base ou do disco espaçador.

2) Tomar a amostra preparada para ensaios com reuso de material de acordo


com a NBR 6457.

3) Na bandeja metálica, com auxílio da proveta de vidro, adicionar água


destilada, gradativamente e revolvendo continuamente o material, de forma a se
obter teor de umidade em torno de 5 % abaixo da umidade ótima presumível.

Nota:
a) Para determinados solos, a uniformização da umidade, quando da
incorporação da água no material seco até a umidade higroscópica, pode
apresentar algumas dificuldades. Neste caso, recomenda-se que a amostra a
ser ensaiada, após a adição de água e o revolvimento do material, seja colocada
em saco plástico vedado e mantida em processo de cura numa câmara úmida
durante 24 horas. Antes da compactação, deve-se proceder a um revolvimento
adicional da amostra.

4) Após completa homogeneização do material, proceder à sua compactação,


atendo-se ao soquete, número de camadas e número de golpes por camada
correspondentes à energia desejada. Os golpes do soquete devem ser aplicados
perpendicularmente e distribuídos uniformemente sobre a superfícies de cada
camada, sendo que as alturas das camadas compactadas devem resultar
aproximadamente iguais. A compactação de cada camada deve ser precedida
de uma ligeira escarificação da camada subjacente.

104
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Nota: Quando o corpo-de-prova estiver sendo moldado para a realização de


outros ensaios, (CBR, compressão simples, permeabilidade), a determinação da
umidade, h, deve ser feita com uma porção da amostra remanescente na
bandeja, retirada imediatamente após a compactação da segunda camada, e de
acordo com a prática 01. Neste caso, fica sem efeito o procedimento preconizado
no item 7.

5) Após a compactação da última camada, retirar o cilindro complementar depois


de escarificar o material em contato com a parede do mesmo, com auxílio de
espátula. Deve haver um excesso de, no máximo, 10 mm de solo compactado
acima do molde que deve ser removido e rasado com auxílio de régua biselada.
Feito isso, remover o molde cilíndrico de sua base e, no caso do cilindro
pequeno, rasar também a outra face.

6) Pesar o conjunto, com resolução de 1 g, e, por subtração do peso do molde


cilíndrico, obter o peso úmido do solo compactado, Ph.

7) Com auxílio do extrator, retirar o corpo-de-prova do molde e do centro do


mesmo, tomar uma amostra para a determinação da umidade, h, de acordo com
a prática 01.

8) Destorroar o material, com auxílio da desempenadeira e da espátula, até que


passe integralmente na peneira de 4,8 mm ou na de 19 mm, respectivamente,
conforme a amostra, após preparada, tenha ou não passado integralmente na
peneira de 4,8 mm.

9) Juntar o material assim obtido com o remanescente na bandeja e adicionar


água destilada, revolvendo o material, de forma a incrementar o teor de umidade
de aproximadamente 2 %.

10) Repetir as operações descritas até se obter cinco pontos, sendo dois no ramo
seco, um próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco e dois no
ramo úmido da curva de compactação.

105
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

CÁLCULOS

Determinar a massa específica aparente seca, utilizando-se a equação


abaixo.

γs  Ph100
V(100  h)

Onde:

 γs é a massa específica aparente seca, em g/cm3;


 Ph é peso úmido do solo compactado, em g;
 V é o volume útil do molde cilíndrico, em cm3;
 h é o teor de umidade do solo compactado, em %.

Recomenda-se determinar a curva de saturação (relação entre a massa


específica aparente seca e o teor de umidade, para grau de saturação do solo
igual a 100%), utilizando-se a equação abaixo.

γs  S
 h  S
 
 δa δ 

Onde:

 γs é a massa específica aparente seca, em g/cm3;


 S é o grau de saturação igual a 100%;
 h é o teor de umidade, arbitrado na faixa de interesse, em %;
 δ é a massa específica dos grãos do solo, determinada de acordo com a prática
XX, em g/cm3;
 δa é a massa específica da água, em g/cm3 (considerar igual a 1,00 g/cm3.

106
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

RESULTADOS

Curva de compactação

Utilizando-se coordenadas cartesianas normais, traçar a curva de


compactação, marcando-se em abcissas os teores de umidade, h, e em
ordenadas as massas específicas aparentes secas correspondentes, γs. A curva
resultante deve ter um formato aproximadamente parabólico.

Massa específica aparente seca máxima

Valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação,


expresso com aproximação de 0,01 g/cm3.

Umidade ótima

Valor da umidade correspondente, na curva de compactação, ao ponto de


massa específica aparente seca máxima, expresso com aproximação de 0,1%.

Curva de saturação

Recomenda-se traçar a curva de saturação, no mesmo desenho da curva


de compactação.

Características do ensaio

Indicar a energia e o cilindro de compactação utilizados e o processo de


execução do ensaio utilizado.

107
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 7
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
INDICE DE SUPORTE CALIFORNIA

Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 9895 que


prescreve o método para determinar o valor do índice de Suporte Califórnia e da
expansão de solos em laboratório, utilizando amostras deformadas, não
reusadas, de material que passa na peneira de 19 mm, com um mínimo de 5
corpos-de-prova. Nessa prática os alunos irão realizar os procedimentos do
ensaio e determinar o índice de Suporte Califórnia de um solo compactado.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar as normas NBR 5734,
6457, 6457 e 7182.

EQUIPAMENTOS

A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados no ensaio


de compactação.

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 07

108
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
A quantidade recomendada de material para execução do ensaio é de 50
kg. A amostra deve ser preparada de acordo com a NBR 6457 e observando a
Tabela 11.

Tabela 1. Procedimento após peneiramento


Peneira (mm) % de material retido Observação
4,8 Menor que 7 Desprezar o material retido
19 Menor que 10 Desprezar o material retido
19 Maior que 10 Ver nota abaixo
Não ensaiar de acordo com a
19 Maior que 30
presente Norma
Fonte: NBR 9895

Moldagem do corpo de prova

1) Fixar o molde cilíndrico a sua base e colocar o disco espaçador. Se


necessário, colocar uma folha de papel filtro com diâmetro igual ao molde
utilizado, de modo a evitar a aderência do solo compactado a superfície metálica
do disco espaçador.

2) Tomar a amostra preparada para ensaio de acordo com item 1.8.2.

3) Na bandeja metálica, com auxílio da proveta de vidro, adicionar água


gradativamente e revolver continuamente o material, de forma a obter um teor
de umidade em torno de cinco pontos percentuais abaixo da umidade ótima
presumível.

4) Após completa homogeneização do material, proceder a compactação, em


cinco camadas, atendo-se ao número de golpes por camada correspondente à
energia desejada. Os golpes do soquete devem ser aplicados
perpendicularmente e distribuídos uniformemente sobre a superfície de cada
camada, sendo que as alturas das camadas compactadas devem resultar
aproximadamente iguais. A compactação de cada camada deve ser precedida
de uma ligeira escarificação da camada subjacente.

109
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

5) A determinação da umidade, h, deve ser feita com uma porção da amostra


remanescente na bandeja, retirada imediatamente após a compactação da
segunda camada, e de acordo com o a prática 01.

6) Após a compactação da última camada, retirar o cilindro complementar,


depois de escarificar o material em contato com a parede do mesmo, com auxílio
de espátula. Deve haver um excesso, de no máximo 10 mm de solo compactado
acima do molde que deve ser removido e rasado com auxílio de régua biselada.
Feito isso, remover o molde cilíndrico de sua base.

7) Pesar o conjunto, com resolução de 1g, e, por subtração de massa do molde


cilíndrico, obter a massa úmida do solo compactado, Mh.

8) Repetir as operações descritas para teores crescentes de umidade tantas


vezes quantas necessárias para caracterizar a curva de compactação com um
mínimo de cinco corpos de prova. Estes corpos de prova moldados são utilizados
nos ensaios de expansão e penetração.

EXECUÇAO DO ENSAIO

Expansão

1) Terminadas as moldagens necessárias para caracterizar a curva de


compactação, retirar o disco espaçador de cada corpo-de-prova, inverter os
moldes e fixa-los nos respectivos pratos-base perfurados.

2) Colocar, em cada corpo de prova, no espaço deixado pelo disco espaçador,


o prato perfurado com a haste de expansão e sobre ele dois discos anelares cuja
massa total deve ser de 4540 ± 20 g.

3) Apoiar, na haste de expansão do prato perfurado, a haste do extensômetro


acoplado ao porta-extensômetro, colocado na borda superior do cilindro. Anotar
a leitura inicial e imergir o corpo de prova no tanque. Cada corpo de prova deve
permanecer no banho durante no, mínimo quatro dias e as leituras no

110
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

extensômetro devem ser efetuadas de 24 em 24 horas. Essas leituas podem ser


indicadas conforme sugestão
Tabela 2.

Tabela 2. Leituras para determinar a expansão


Diferença de
Leitura no
leitura no
Tempo decorrido (dias) Data Hora extensômetro
extensômetro
(mm)
(mm)
Início
1
2
3
4
Altura inicial do corpo de
prova (mm)
Fonte: NBR 9895

4) Terminado o período de embebição, retirar cada corpo-de-prova da imersão


e deixar escoar a água durante 15 minutos, Após esse tempo, o corpo-de-prova
está preparado para a penetração.

Penetração

1) Colocar no topo de cada corpo de prova, dentro do molde cilíndrico, as


mesmas sobrecargas utilizadas no ensaio de expansão.

2) Colocar esse conjunto no prato da prensa e proceder ao assentamento do


pistão de penetração no solo, pela aplicação de uma carga de aproximadamente
45 N controlada pelo deslocamento do ponteiro do extensômetro do anel
dinamométrico; zerar, a seguir, o extensômetro do anel dinamométrico e o que
mede a penetração do pistão no solo. Acionar a manivela da prensa com a
velocidade de 1,27 mm/min. Cada leitura considerada no extensômetro do anel
é função de uma penetração do pistão no solo e de um tempo especificado para
o ensaio. Essas leituras podem ser indicadas conforme sugestão na Tabela 3.

111
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Tabela 3. Leituras para determinar a expansão


Tempo (min) Penetração (min) Leitura (mm) Carga (N) Pressão (Mpa)
0,5 0,63
1,0 1,27
1,5 1,9
2,0 2,54
2,5 3,17
3,0 3,81
3,5 4,44
4,0 5,08
5,0 6,35
6,0 7,62
7,0 8,89
8,0 10,16
9,0 11,43
10,0 12,7
Fonte: NBR 9895

3) As leituras efetuadas no extensômetro do anel medem encurtamentos


diametrais provenientes da atuação das cargas. No gráfico de aferição do anel
têm-se a correspondência entre as leituras efetuadas no extensômetro do anel
e as cargas atuantes.

CÁLCULOS

Massa específica aparente seca

Determinar a massa específica aparente seca de cada corpo-de-prova,


utilizando se a equação abaixo.

γs  Mh100
V 100  h

Onde:

 γs é a massa específica aparente seca, em g/cm3;


 Mh é a massa úmida do solo compactado, em g;
 V é o volume útil do molde cilíndrico, em cm3;
 h é o teor de umidade do solo compactado, em %.

112
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Expansão

Calcular a expansão em % de cada corpo de prova utilizando a equação


abaixo.

(leiurafinal  leiturainicialnoextensômetro)
Expansão  100
alturainicialdocorpodeprova

Índice de Suporte Califórnia

1) Traçar a curva pressão aplicada pelo pistão versus penetração do pistão.

2) Apresentando a curva pressão x penetração um ponto de inflexão, traçar uma


tangente a curva neste ponto até que a mesma intercepte o eixo das abcissas.
A curva corrigida será então esta tangente mais a porção convexa da curva
original, considerada a origem mudada para o ponto em que a tangente corta o
eixo das abcissas; seja c a distância deste ponto à origem dos eixos. Somar as
abcissas dos pontos correspondentes as penetrações de 2,54 mm e 50,8 mm a
distância c, com o que se determina, na curva obtida, os valores correspondentes
das novas ordenadas, as quais representam os valores das pressões corrigidas
para as penetrações antes referidas. A correção pode ser obtida como mostra o
gráfico da apresentando na Figura 8 do Anexo da NBR9895.

3) Calcular o Índice de Suporte Califórnia correspondente a cada corpo de prova


de acordo com a Tabela 44, utilizando-se a equação abaixo.

pressãocalculadaoucorrigida
ISC  100
pressaopadrão

Nota: Adotar o maior dos valores obtidos nas penetrações de 2,54 mm e 50,8
mm.

Tabela 4. Cálculo do ISC

113
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Penetração Pressão (MPa) ISC


(mm) Calculada Corrigida Padrão (%)
2,54 6,90
5,08 10,35
Fonte: NBR 9895

RESULTADOS

Curva de compactação

Utilizando coordenadas cartesianas normais, traçar a curva de


compactação, marcando em abcissas os teores de umidade, h, e em ordenadas
as massas específicas aparentes secas correspondentes, γs.

Massa específica aparente seca máxima

Valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação,


expresso com aproximação de 0,01 g/cm3.

Umidade ótima

Valor de umidade correspondente, na curva de compactação, ao ponto de


massa específica aparente seca máxima, expresso com aproximação de 0,1%.

Índice de Suporte Califórnia e expansão

1) Na mesma folha em que se apresentar a curva de compactação, usar a


mesma escala das umidades de moldagem e registrar em escalas adequadas
os valores dos índices de Suporte Califórnia e expansão obtidos, segundo este
método, correspondentes aos valores das umidades que serviram para a
construção da curva de compactação anteriormente descrita conforme modelo
da Figura 8 do anexo da NBF 9895.

2) O valor de ISC do ensaio deve ser obtido da curva segundo critérios de projeto.

114
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

3) Características do ensaio: indicar o processo de preparação da amostra e a


energia utilizada na compactação dos corpos de prova.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS II
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE DO SOLO “IN
SITU”

115
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

As práticas de laboratório realizadas na disciplina de Mecânica dos Solos


II do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Avantis (UNiavan)
compreendem os ensaios a saber:
 Determinação da massa específica aparente, in situ, com emprego do
frasco de areia;
 Adensamento unidimensional;
 Ensaio de cisalhamento direto (CD).
Esta prática apresenta o método prescrito na norma NBR 71805
empregado para a determinação da massa específica aparente do solo “in situ”,
com emprego do frasco de areia. Nessa prática os alunos irão realizar os
procedimentos do ensaio e determinar a massa específica aparente do solo com
emprego do frasco de areia.

EQUIPAMENTOS

A Figura1 apresenta os principais equipamentos empregados na


determinação da massa específica aparente do solo “in situ”, com emprego do
frasco de areia

116
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Figura 1. Principais equipamentos para a prática 06

EXECUÇAO DO ENSAIO E CÁLCULOS


Determinação da massa da areia que preenche o funil e o orifício no rebaixo
da bandeja

1) Montar o conjunto frasco + funil, estando o frasco cheio de areia, determinar


sua massa com resolução de 1 g e anotar como M1;

2) Instalar o conjunto frasco + funil, de modo que o funil fique apoiado no rebaixo
da bandeja, e colocar está sobre uma superfície plana. Abrir o registro, deixando
a areia escoar livremente até cessar o seu movimento no interior do frasco.
Fechar o registro, retirar o conjunto frasco + funil, estando o frasco com a areia
restante, determinar sua massa com resolução de 1 g e anotar como M2;

3) A massa da areia deslocada, que preencheu o funil e o orifício no rebaixo da


bandeja é determinada pela equação abaixo.

M3  M1 M2

117
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4) Repetir o procedimento pelo menos duas vezes. A massa de areia, a ser


usada nos cálculos, deve ser a média das determinações. Não são aceitos na
composição da média, resultados individuais que diferem mais de 1% do valor
da média;

Determinação da massa específica da areia

5) Montar o conjunto frasco + funil, estando o frasco cheio de areia, determinar


sua massa com resolução de 1 g e anotar como M4;

6) Instalar o conjunto frasco + funil, de modo que o funil fique apoiado no rebaixo
da bandeja, e colocar esta sobre a borda de um cilindro metálico de volume
conhecido (V). Abrir o registro, deixando a areia escoar livremente até cessar o
seu movimento no interior do frasco. Fechar o registro, retirar o conjunto frasco
+ funil, estando o frasco com a areia restante, determinar sua massa com
resolução de 1 g e anotar como M5;

7) A massa da areia que preenche o cilindro de volume conhecido é determinada


pela equação abaixo.

M6  M4  M5  M3

Onde:
 M3 é a massa da areia que preencheu o funil e o orifício no rebaixo da bandeja.

8) Repetir os procedimentos anteriores pelo menos duas vezes. A massa de


areia que enche o cilindro, a ser usado nos cálculos, deve ser a média das
determinações. Não são aceitos na composição da média, resultados individuais
que diferenciam mais de 1% do valor da média;

9) Calcular a massa específica da areia utilizando a equação abaixo.

118
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

γar  M6
V

Onde:

 γar é a massa específica aparente da areia, em g/cm3;


 M6 é a massa da areia que preencheu o cilindro, em g;
 V é o volume do cilindro, em cm3.

Determinação da massa de areia que preenche a cavidade no terreno

10) Limpar a superfície do terreno tornando-a, tanto quanto possível, plana e


horizontal, o que é verificado com auxílio do nível de bolha;

11) Colocar a bandeja, certificando-se há um bom contato entre a superfície do


terreno e a bandeja, em torno do orifício central, e escavar, com auxílio da
talhadeira, martelo e concha de mão, uma cavidade cilíndrica no terreno, limitada
pelo orifício central da bandeja e com profundidade de cerca de 15 cm;

12) Recolher cuidadosamente na bandeja o solo extraído da cavidade,


determinar a massa do material com resolução de 1 g e anotar como Mh.

13) Determinar o teor de umidade, h, do solo extraído da cavidade, conforme a


prática 01;

14) Montar o conjunto frasco + funil, estando o frasco cheio de areia, determinar
sua massa com resolução de 1 g e anotar como M7;

15) Instalar o conjunto frasco + funil, de modo que o funil fique apoiado no rebaixo
da bandeja. Abrir o registro do frasco, deixando a areia escoar livremente até
cessar o seu movimento no interior do frasco. Fechar o registro, retirar o conjunto
frasco + funil, estando o frasco com a areia restante, determinar sua massa com
resolução de 1 g e anotar como M8.

119
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

16) A massa da areia deslocada que preencheu o funil, o orifício no rebaixo da


bandeja e a cavidade no terreno é determinada pela equação abaixo.

M9  M7  M8

17) A massa da areia deslocada, que preencheu a cavidade no terreno é


determinada pela equação abaixo.

M10  M9  M3

Onde:

 M3 é a massa da areia que preencheu o funil e o orifício no rebaixo da bandeja.

Nota: Parte da areia utilizada pode ser reusada, desde que não esteja
contaminada por outros materiais.

18) Calcular a massa específica aparente seca do solo “in-situ” (γs), utilizando a
equação abaixo.

γs  γar Mh 100
M10100  h

Onde:

 γs é a massa específica aparente seca, so solo “in situ”, em g/cm3;


 γar é a massa específica aparente da areia, em g/cm3, obtida no item 9;
 Mh é a massa do solo extraído da cavidade no terreno, em g;
 M10 é a massa da areia que preencheu a cavidade no terreno, em g;
 h é o teor de umidade do solo extraído da cavidade no terreno, em %.

120
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

RESULTADOS

A massa específica aparente seca do solo “in situ” deve ser expressa com
três algarismos significativos, em g/cm3 e, o teor de umidade do solo, com
aproximação de 0,1%.
Caso o teor de umidade não tenha sido determinado com o uso de estufa,
indicar o processo utilizado.

121
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS II
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
ENSAIO DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL

Esta prática objetiva apresentar o método prescrito na norma NBR 12007


empregado para a determinação das propriedades de adensamento de um solo,
caracterizadas pela velocidade e magnitude das deformações, quando o solo é
lateralmente confinado e axialmente carregado e drenado. Nessa prática os
alunos irão realizar os procedimentos do ensaio e determinar a curva de
compressibilidade do solo.

EQUIPAMENTOS

A Figura apresenta os principais equipamentos empregados no ensaio de


adensamento unidimensional.

Figura 1. Prensa de adensamento para a prática 02

122
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS

1) Os corpos-de-prova podem ser obtidos a partir de amostras indeformadas


(coletadas na forma de blocos ou por meio de tubos amostradores de parede
fina) ou de amostras deformadas compactadas em laboratório.

2) Técnicas adequadas devem ser empregadas na coleta de amostras


indeformadas no campo, visto que os resultados do ensaio são altamente
dependentes da qualidade das amostras. Devem ser tomadas precauções
relativas à selagem e ao transporte das amostras e à sua retirada dos tubos
amostradores em laboratório, para a manutenção de suas condições naturais
(recomenda-se, na operação de extração, obedecer ao mesmo sentido de
deslocamento relativo entre a amostra e amostrador que ocorreu na
amostragem). As amostras devem ser mantidas em câmara úmida até a
execução dos ensaios, procurando-se minimizar o tempo de armazenamento.

DETERMINAÇÕES PRELIMINARES

Previamente a execução do ensaio, os seguintes dados devem ser


determinados:
 Umidade inicial (h), em %;
 Peso específico aparente úmido inicial, em g/cm3;
 Peso específico aparente seco, em g/cm3;
 Índice de vazios inicial;
 Altura equivalente dos grãos, em cm.

EXECUÇAO DO ENSAIO

Após a determinação dos dados preliminares os procedimentos a seguir


são realizados em laboratório.

1) Após a colocação da célula de adensamento no sistema de aplicação de carga


com os devidos ajustes, instalar o extensômetro e aplicar uma pressão de

123
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

assentamento de 5kPa para solos resistentes ou 2 kPa para solos moles. O


extensômetro deve ser zerado, cinco minutos antes da aplicação dessa pressão.

2) Decorrido esse período de tempo, transmitir cargas adicionais à célula de


adensamento, em estágios, para obter pressões totais sobre o solo de
aproximadamente 10kPa; 20kPa; 40kPa; 80kPa; 160kPa, etc., mantendo-se
cada pressão pelo período de tempo necessário a sua consolidação. O
carregamento do corpo de prova deve continuar até a definição da região de
compressão virgem. Em casos especiais, podem ser introduzidos alguns
estágios intermediários de pressão, de forma a poder-se definir com mais
precisão a pressão de pré-adensamento.

3) Em amostra indeformada saturada nas condições de campo ou extraída


abaixo do lençol freático, o ensaio deve ser executado com inundação do corpo-
de-prova, imediatamente após a aplicação da pressão de 10kPa. Nessas
condições, eventual tendência à expansão do corpo de prova deve ser evitada,
através do aumento gradativo de pressão, limitando à pressão vertical do campo.

4) Para cada um dos estágios de pressão, fazer leituras no extensômetro da


altura ou variação de altura do corpo de prova, com resolução de 0,01mm,
imediatamente antes do carregamento (correspondente ao tempo zero) e, a
seguir, nos intervalos de tempo de 1/8min; 1/4min; 1/2min; 1min; 2min; 4min;
8min; 15min; 30min; 1h; 2h; 4h; 8h e 24h contados a partir do instante de
aplicação do incremento de carga.

5) Para solos com elevado grau de saturação, as leituras devem continuar, se


necessário, por um intervalo de tempo maior, até que fique definida a reta de
compressão secundária no gráfico altura do corpo-de-prova em função do
logaritmo do tempo ou, alternativamente, até que sejam atingidos 100% de
adensamento primário no gráfico altura do corpo-de-prova em função da raiz
quadrada do tempo.

6) A duração de cada estágio de pressão deve ser aproximadamente a mesma


ao longo de todo o ensaio, exceção feita, se necessário, nos fins de semana.

124
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

7) Em ensaios sobre solos pouco compressíveis, as leituras de altura, ou


variação de altura, efetuadas ao longo do tempo, devem ser corrigidas,
somando, ou subtraindo, a deformação do conjunto célula de adensamento
sistema de aplicação de carga, correspondente ao estágio de pressão aplicada,
obtida conforme o Anexo da norma em questão.

8) Completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento


empregado, efetuar o descarregamento do corpo-de-prova em estágios,
fazendo-se leituras no extensômetro e corrigindo-as, se necessário, de forma
análoga aos estágios de carregamento. O descarregamento deve ocorrer em, no
mínimo, três estágios.

9) Após ter-se atingido no descarregamento a pressão de 10kPa e verificada a


estabilização da altura do corpo-de-prova, descarregar totalmente o corpo-de-
prova e imediatamente retirar da célula de adensamento o anel com o corpo-de-
prova. Proceder ao enxugamento das superfícies expostas ao corpo-de-prova
com papel absorvente, determinar a sua massa com resolução de 0,1g e, a
seguir, tomar porções do material para determinar o teor de umidade final, de
acordo com a MB-27.

10) Corpos de prova provenientes de amostras não saturadas podem ser


inundados em pressões que simulem futuras condições de campo. Em tais
casos, o corpo de prova deve ser inundado somente após o término do
adensamento primário daquele estágio de pressão. Após a inundação, devem
ser efetuadas leituras de variação de altura do corpo-de-prova até a
estabilização, por um tempo mínimo de 24h.

CÁLCULOS

Após a execução do ensaio, os seguintes dados devem ser determinados:


 Coeficiente de compressibilidade, em cm2/kg;
 Altura final, em cm;
 Índice de vazios final;

125
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

 Variação do índice de vazios;


 Pressão aplicada em kg/cm2;
 Variação da pressão, em kg/cm2;
 Coeficiente de adensamento, em cm2/s;
 Coeficiente de permeabilidade, em cm/s;
 Tensão de pré-adensamento, em kPa, pelo método gráfico de Pacheco e Silva.
As equações e o método gráfico, empregados na determinação das
variáveis acima encontram-se na norma NBR 12007 e serão elucidadas pelo
Professor da disciplina.

RESULTADOS

Como resultado final deve ser elaborada a curva de compressibilidade do


solo ensaiado, esta curva relaciona o índice de vazios no solo (no eixo das
ordenadas) com a tensão efetiva vertical (no eixo das abcissas).

126
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS II
PROFESSORA: GISELE MARILHA PEREIRA REGINATTO
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO NA CONDIÇÃO CONSOLIDADA
DRENADA

Esta prática apresenta o método prescrito na norma ASTM


D3080/D3080M-11, empregado para a determinação dos parâmetros de
resistência ao cisalhamento dos solos (ângulo de atrito e coesão).

EQUIPAMENTOS

A Figura 1 apresenta os principais equipamentos empregados na


determinação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos.

Figura 1 - Principais equipamentos para a prática 03

127
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

1) A quantidade de material coletado deve ser suficiente para que três amostras
possam ser preparadas a partir do mesmo. Embora este método se aplique para
medidas em uma amostra de solo, o ensaio deve ser realizado em no mínimo 3,
empregando diferentes tensões de consolidação.

2) O corpo de prova a ser ensaiado pode ser solo compactado ou de uma


amostra indeformada. Se compactado, a amostra deve apresentar a densidade
e a umidade conforme especificado. Se oriundo de amostra indeformada, todo o
cuidado deve ser tomado na moldagem para evitar o amoldamento do solo. Em
ambos os procedimentos a determinação da umidade deve ser realizada com o
solo que sobrou da moldagem.

3) Após a moldagem do corpo de prova, que deve ser realizada de tal forma que
o solo preencha todo o volume do mole, pesar o conjunto corpo de prova mais o
molde metálico;

4) Transferir o corpo de prova do mole para a caixa de cisalhamento.

5) Determinar as dimensões do molde metálico e calcular o seu volume;

6) Determinar o peso específico do solo ensaiado, subtraindo o peso do molde


do peso do conjunto corpo de prova mais o molde metálico e dividir pelo volume
do molde.

EXECUÇAO DO ENSAIO

1) Instalar na prensa de cisalhamento a caixa de cisalhamento contendo o corpo


de prova entre as pedras porosas e a placa dentada, de tal maneira que o corpo
de prova fiquei no meio, entre as partes inferior e superior da caixa.

2) Colocar o pendural para aplicação da tensão vertical e ajustar o extensômetro


vertical para dar início a fase de consolidação do ensaio.

128
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

3) Aplicar o carregamento previamente definido (através de pesos) e iniciar as


leituras de deformação de corpo de prova a partir do extensômetro vertical.
Quando as deformações se estabilizarem é dada por concluída esta fase.

4) Inicia-se a fase de cisalhamento do solo. O início do cisalhamento se dará


após os ajustes do extensômetro horizontal, a partir do qual serão realizadas as
medidas de deslocamento horizontal da caixa de cisalhamento, a uma
velocidade constante e em intervalos de tempo específicos.

5) Repetir as operações pelo menos em mais dois novos corpos de prova com
tensões normais diferentes.

CÁLCULOS

1) Traçar a curva de desenvolvimento do ensaio com os valores da tensão de


cisalhamento (τi) e a deformação específica (εi). Nessa curva é obtido o valor
máximo da tensão cisalhante.

2) Traçar o gráfico de variação de volume (∆vi) em função da deformação


específica (εi).

3) Traçar a melhor reta no gráfico que relaciona a tensão de cisalhamento (τi)


com a tensão normal (σ) aplicada na fase de consolidação do solo, definindo
assim a envoltória de ruptura, a partir da qual são determinados os valores do
ângulo de atrito interno do solo e o intercepto coesivo.

RESULTADOS

Determinação do ângulo de atrito interno do solo e do intercepto coesivo.

ROTEIRO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL 1


DISCIPLINA: QUÍMICA TECNOLÓGICA
PROFESSOR: RODRIGO ZANDONAI

129
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

GALVANIZAÇÃO E OXIDAÇÃO

34. Equipamentos:

 Amostras: Placas de Cobre e parafusos galvanizados


 Reagentes: Ácido clorídrico e Sulfato de Cobre
 Tubos de ensaio grandes: Com metal já exposto por meses no ácido.
 Tubo falcon: Com parafusos e sal (NaCl)
 Balança: medição em miligramas
 Fonte digital de corrente para eletroquímica EQ030C.
 Becker: para reação de cobreação.

35. Objetivo:

Mostrar a ações de oxidação dentro de ambientes corrosivos altamente


lesivos aos metais e a capacidade de cobrir um metal com outro usando corrente
elétrica.

36. Procedimento 1:

a) Mostra a reação dos metais em contato com ácido clorídrico, mostrar


em tubos já preparados a mudança de estado e composição do metal
já sob ação de corrosão e a total perda das propriedades que
compõem o metal.
b) Separar os metais para reação dentro dos tubos de ensaio
c) Acrescentar o ácido clorídrico a 50 %
d) Observar a reação

37. Análise 1:

e) Considerar a reação de corrosão, verificar o desprendimento de gases


e observar a superfície do metal sofrendo a corrosão. Correlacione

130
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

com aula teórica ação de ambientes corrosivos sobre os metais e suas


diferentes formas e produtos da corrosão.

38. Procedimento 2:

a) Pesar o sulfeto de cobre: em média 150 a 300 mg


b) Diluir o sulfeto de cobre em 500 ml de água destilada usando espátula
dentro do Becker. (Sem aquecimento)
c) Montar a fonte: Fonte digital de corrente para eletroquímica EQ030C.
d) Colocar os eletrodos em contato com os metais que serão mergulhados
na solução na solução de sulfeto de cobre e água destilada.
e) Montar o sistema e ligar a fonte observar a reação de acordo com o
aumento da amperagem.

39. Análise 2:
a) Utilizando os dados coletados, descreva o que foi observado na
reação.

b) Pesquise em manuais de engenharia e na literatura os princípios dessa


reação e suas utilidades na engenharia.

ROTEIRO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL 2


DISCIPLINA: QUÍMICA TECNOLÓGICA
PROFESSOR: RODRIGO ZANDONAI
ELETROQUÍMICA

131
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

40. Equipamentos:

 Os acadêmicos farão uma pesquisa e trarão seus próprios materiais e


reagentes os grupos irão realizar uma competição de montagem do melhor
sistema de geração de energia a partir de reação de oxirredução e troca
eletrônica
 Único equipamento fornecido é um multímetro que será usado para aferir a
voltagem de cada sistema

41. Objetivo:

Colocar em prática os conceitos de eletroquímica, estimulando a pesquisa


trabalhando na capacidade de trabalho em equipe.

42. Procedimento:

 Os grupos irão se separar por bancadas dentro do laboratório cada um com


seus experimentos, terão ao todo 2 horas para colocar o sistema em
funcionamento e irão medir a voltagem no tempo zero, após 20 minutos, após
40 minutos, após 60 minutos e por final com 80 minutos.

43. Análise 1:

 Realizar a montagem da descrição do seu experimento, uma análise do


rendimento da pilha, e por final a montagem do gráfico, relação voltagem por
tempo. A análise do gráfico faz a conclusão do relatório.

ROTEIRO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL 3


DISCIPLINA: QUÍMICA TECNOLÓGICA
PROFESSOR: RODRIGO ZANDONAI
MONTAGEM DE FILTROS

132
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

44. Equipamentos:

 Os acadêmicos farão uma pesquisa e trarão seus próprios materiais e


reagentes os grupos irão realizar uma competição de montagem do melhor
sistema filtração montado pelos acadêmicos.
 Os filtros montados serão testados frente a soluções ácidas ou básicas já
preparadas onde uma será de ácido clorídrico a 7% e outra de hidróxido de sódio
a 10 %.
 Será utilizado o Phmetro, já calibrado para medir o resultado do filtro
montado.

45. Objetivo:

Colocar em prática os conceitos da aula teórica onde diferentes matérias


servem para correção de ph bem como retirada de impurezas, estimulando a
pesquisa e trabalhando na capacidade de trabalho em equipe.

46. Procedimento:

 Os grupos irão se separar por bancadas dentro do laboratório cada um com


seus experimentos, terão ao todo 2 horas para colocar os filtros em
funcionamento, após esse período de filtragem, o material filtrado será analisado
no phmetro.

47. Análise 1:

 Realizar a montagem da descrição do seu experimento, uma análise


comparativa do ph anterior da solução com o ph da solução após a filtragem,
fazer análise desse resultado comparativo e concluir a eficiência do filtro
montado.

133
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL 4


DISCIPLINA: QUÍMICA TECNOLÓGICA
PROFESSOR: RODRIGO ZANDONAI
NOVAS FORMULAÇÕES DE CONCRETO

48. Equipamentos:

134
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

 Corpo de prova padrão


 Espátulas
 Baldes para mistura
 Cimento Portland CPIV
 Carrinho de mão
 Pá
 Óleo para lubrificação do corpo de prova
 Bastões para homogeneização
 Balança

49. Objetivo:

Criar novas formulações de concreto, existem no mercado diferentes aditivos


para aumentar as propriedades de uma argamassa e do próprio concreto todos
eles antes de entrarem no mercado foram elaborados e testados, mas partiram
de uma hipótese no uso de materiais ou reciclados como agregantes ou aditivos
no aglomerante. Essa ver trazer a oportunidade de criar algo novo, mexendo
com a formulação padrão de um concreto.

50. Procedimento:

 Primeiramente será realizada a formulação padrão de um concreto de uso


comum, onde todos os acadêmicos participarão dessa formulação, após as
pesagens dos materiais e incorporação dos mesmos será montado o corpo de
prova padrão que será usado como controle na verificação da resistência dessa
formulação.
 Os grupos irão se separar por bancadas dentro do laboratório cada um com
seus experimentos, terão ao todo 4 horas para elaborar a mistura adicionando
seus diferentes aditivos e agregantes conforme estipulado pelo grupo.
 Após a montagem do corpo de prova os mesmos entram em estágio de cura
por 15 dias, sendo ao final desse período será feita a medição da resistência na
CBR MARSHALL AUTOMÁTICA, no laboratório de materiais.

135
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

51. Análise 1:

 Realizar a montagem da descrição do seu experimento, uma análise


comparativa do seu resultado comparado com o corpo de prova padrão,
montagem do relatório descrevendo sua prática, montagem da formulação e
conclusão do comparativo com o corpo de prova padrão.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 1
DISCIPLINA: SANEAMENTO BÁSICO
PROFESSOR: Msc. VICTOR EDUARDO CURY SILVA
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

INTRODUÇÃO

Para muitos, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos não


se enquadram em saneamento básico. Entretanto, eles são fundamentais

136
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

para se manter um ambiente saudável. É essencial que exista em toda


cidade um programa de coleta, tratamento e destinação adequada do lixo
produzido pela população, bem como os lixos encontrados nas vias públicas.

Figura 1 - Sistema de Reciclagem de resíduos sólidos – enfardamento

A Lei nº 12.305/10 define os padrões de qualidade e a classificação


dos resíduos sólidos, sendo que para sua correta gestão e aperfeiçoamento
dos projetos de estações de tratamento como biodigestores, pátios de
compostagens. Para gestão destes resíduos é imprescindível a
caracterização gravimétrica.

137
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Figura 2 - Sistema de tratamento de resíduos sólidos orgânicos - biodigestor

1 OBJETIVOS

O Objetivo da aula prática é de capacitar os alunos na caracterização dos


resíduos sólidos. Para o estudo proposto, será realizada verificação dos
seguintes parâmetros:
 Composição gravimétrica de resíduos sólidos
 Segregação de acordo com a NBR 10004 de 2004

Parâmetros físicos – Caracterização gravimétrica de Resíduos sólidos

A variação na composição dos resíduos sólidos urbanos é notória,


podendo apresentar diferenças consideráveis de acordo com as regiões de uma
mesma cidade, variando principalmente de acordo com o poder aquisitivo, a
época do ano e a cultura associada a esta população. Alguns fatores interferem
na geração dos RSU tais como, fatores econômicos, sociais, geográficos,
educacionais, culturais e legais, tanto em relação à quantidade gerada como na
composição gravimétrica, apresentando assim grande diversidade e
complexidade na composição dos resíduos.
A composição gravimétrica é usada para avaliação de alternativas
tecnológicas de tratamento fornecendo, juntamente com a taxa de geração, uma
estimativa da quantidade gerada por cada categoria avaliada. É um dos

138
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

instrumentos indispensáveis para a elaboração do Plano de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos (PGRS). Consiste na determinação da massa de cada
componente de uma amostra de resíduos, podendo ser realizada com o auxílio
de uma balança e de outros utensílios como baldes, luvas e pinças.

MATERIAIS

 Amostra de resíduos sólidos


 Balança
 Baldes
 Luvas
 Pinças

MÉTODOS - DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA

Consiste na determinação da massa de cada componente de uma


amostra de resíduos, podendo ser realizada com o auxílio de uma balança e de
outros utensílios como baldes, luvas e pinças.
1. Abertura da amostra;
2. Separação de acordo com a classificação NBR1004/2004;
3. Aferição da massa de cada classe de resíduos;
4. Cálculo da fração gravimétrica de cada classe de resíduos.

MÉTODOS – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

De acordo com a NBR 1004/2004 Os resíduos sólidos são classificados


em: classe I) perigosos; classe II.A) não-perigosos e não-inertes; classe II.B) não
perigosos e inertes.
Sendo que:
Resíduos de Classe I - Perigosos
Podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Devem apresentar
ao menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e patogenicidade.

139
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Resíduos de Classe II A – Não Inertes


Aqueles que não apresentam periculosidade, porém não são inertes.
Apresentam propriedades tais como: combustibilidade, biodegrabilidade ou
solubilidade em água. Resíduos sólidos domésticos!
Resíduos de Classe II B – Inertes
Quaisquer resíduos que submetidos a um contato estático ou dinâmico com
água, não tenham nenhum de seus componentes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade de água.

2 BIBLIOGRAFIA

ABNT - NBR 1004/2004


MINISTÉRIO DA SAÚDE, PORTARIA Nº 2914 DE 2011
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI 12.305 -

140
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 2
DISCIPLINA: SANEAMENTO BÁSICO
PROFESSOR: Msc. VICTOR EDUARDO CURY SILVA
ANÁLISE DE SÓLIDOS EM ÁGUA

3 INTRODUÇÃO

A água é usada para diversos fins, como consumo humano, lazer, irrigação,
entre outros. Para saber se esse recurso natural está apropriado aos diversos
usos, é preciso monitorar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Este monitoramento é realizado pela ANA (Agência Nacional da Água e por
outros órgãos estaduais e municipais gestores de recursos hídricos.
O monitoramento da qualidade da água pode ser realizado para diversos
fins, como por exemplo:
1- Verificação da qualidade da água em corpos de água superficial
(CONAMA 357/2005 – Classificação dos corpos d´agua) antes de um
sistema de captação (para monitorar a qualidade da água captada).
2- Verificação da efetividade do tratamento de esgoto - antes e após o
lançamento de efluentes (CONAMA 430/2011 - Padrões de lançamento
de efluentes) - para monitorar o impacto do lançamento de efluentes
tratados em corpos de água naturais).
3 - Verificação de balneabilidade (274/2000 – Definições –
balneabilidade).
4 - Verificação da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade pela Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde

4 OBJETIVOS

O Objetivo da aula prática é de capacitar os alunos na aferição de


parâmetros de qualidade da água. Para o estudo proposto, será realizada
verificação dos seguintes parâmetros:
 Sólidos em suspensão totais (SST)

141
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

 Sólidos em suspensão voláteis (SSV)


 Sólidos em suspensão não voláteis (SSNV)

Parâmetros físicos – Série de sólidos

Em saneamento, sólidos nas águas correspondem a toda matéria que


permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da amostra
a uma temperatura pré-estabelecida durante um tempo fixado. Em linhas gerais,
as operações de secagem, calcinação e filtração são as que definem as diversas
frações de sólidos presentes na água (sólidos totais, em suspensão, dissolvidos,
fixos e voláteis).
Os métodos empregados para a determinação de sólidos são gravimétricos
(utilizando-se balança analítica ou de precisão). Nos estudos de controle de
poluição das águas naturais, principalmente nos estudos de caracterização de
esgotos sanitários e de efluentes industriais, as determinações dos níveis de
concentração das diversas frações de sólidos resultam em um quadro geral da
distribuição das partículas com relação ao tamanho (sólidos em suspensão e
dissolvidos) e com relação à natureza (fixos ou minerais e voláteis ou orgânicos).
Este quadro não é definitivo para se entender o comportamento da água em
questão, mas constitui-se em uma informação preliminar importante. Deve ser
destacado que, embora a concentração de sólidos voláteis seja associada à
presença de compostos orgânicos na água, não propicia qualquer informação
sobre a natureza específica das diferentes moléculas orgânicas eventualmente
presentes que, inclusive, iniciam o processo de volatilização em temperaturas
diferentes, sendo a faixa compreendida entre 550-600°C uma faixa de
referência.
Alguns compostos orgânicos volatilizam-se a partir de 250°C, enquanto que
outros exigem, por exemplo, temperaturas superiores a 1000°C. No controle
operacional de sistemas de tratamento de esgotos, algumas frações de sólidos
assumem grande importância. Em processos biológicos aeróbios, como os
sistemas de lodos ativados e de lagoas aeradas mecanicamente, bem como em
processos anaeróbios, as concentrações de sólidos em suspensão voláteis nos
lodos dos reatores tem sido utilizada para se estimar a concentração de

142
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

microrganismos decompositores da matéria orgânica. Isto porque as células


vivas são, em última análise, compostos orgânicos e estão presentes formando
flocos em grandes quantidades relativamente à matéria orgânica “morta” nos
tanques de tratamento biológico de esgotos. Embora não representem
exatamente a fração ativa da biomassa presente, os sólidos voláteis têm sido
utilizados de forma a atender as necessidades práticas do controle de rotina de
uma Estação de Tratamento de Esgotos. Pode-se imaginar, por exemplo, as
dificuldades de se utilizar a concentração de DNA para a identificação da
biomassa ativa nos reatores biológicos.
Algumas frações de sólidos podem ser relacionadas, produzindo
informações importantes. É o caso da relação entre Sólidos em Suspensão
Voláteis e Sólidos em Suspensão Totais (SSV/SST), que representa o grau de
mineralização de um lodo. Por exemplo, determinado lodo biológico pode ter
relação SSV/SST = 0,8 e, depois de sofrer processo de digestão bioquímica, ter
esse valor reduzido abaixo de 0,4, já que, no processo de digestão bioquímica,
a fração orgânica é oxidada, enquanto a fração inorgânica se mantém. Para o
recurso hídrico, os sólidos podem causar danos aos peixes e à vida aquática.
Eles podem sedimentar no leito dos rios destruindo organismos que fornecem
alimentos ou, também, danificar os leitos de desova de peixes. Os sólidos podem
reter bactérias e resíduos orgânicos no fundo dos rios, promovendo
decomposição anaeróbia. Altos teores de sais minerais, particularmente sulfato
e cloreto, estão associados à tendência de corrosão em sistemas de distribuição,
além de conferir sabor às águas.

MATERIAIS

 Soluções de efluente tratado, água bruta e tratada;


 Balança de precisão;
 Tubos de ensaio;
 Ellenmayer;
 Água destilada;
 Funil de filtração;
 Filtros;

143
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

 Proveta 50 ml;
 Estufa;
 Cadinhos;
 Mufla;

MÉTODOS - DETERMINAÇÃO DA SÉRIE DE SÓLIDOS.

É realizado a partir da pesagem, filtração e secagem dos sólidos.


 1 – Montar o aparato de filtração na bancada;
 2 – Pesar o filtro seco;
 3 – Colocar 100 ml de amostra no aparato de filtração;
 4 – Aguardar a passagem de todo o liquido pelo filtro;
 5 – Secar o filtro após a secagem na estufa;
 6 – Pesar os filtros secos;
 7 – Queimar os sólidos na muffla;
 8 – Pesagem após a mufla;
 9 – Fazer os cálculos.

EQUIPAMENTOS NESCESSÁRIOS PARA ANÁLISE DE SÓLIDOS (balança


de precisão, aparato de filtração, estufa e mufla):

144
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

EQUACIONAMENTO PARA SÉRIE DE SÓLIDOS:

 Sólidos em suspensão totais - SST (mg/ml)

(Peso do filtro com material seco (mg))−(peso do filtro seco (mg))


SST = Volume filtrado (ml)

 Sólidos em suspensão voláteis - SSV (mg/ml)

(Peso do filtro com material seco (mg))−(peso do filtro com material queimado (mg))
SSV = Volume filtrado (ml)

 Sólidos em suspensão não voláteis – SSNV (mg/ml)

(Peso do filtro com material queimado (mg))−(peso do filtro seco (mg))


SSNV = Volume filtrado (ml)

 relação entre Sólidos em Suspensão Voláteis e Sólidos em Suspensão


Totais - SSV/SST(%)

%orgânica = (SSV(mg/ml)/SST(mg/ml))x100

145
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

5 BIBLIOGRAFIA

COMPANHIA, DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO BÁSICO. CETESB.


Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos
sedimentos e metodologias analíticas de amostragem. São Paulo, 2008.

CONAMA, Resolução. 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional do


Meio Ambiente-CONAMA, v. 357, 2005.

CONAMA, Resolução. 430/2011. Dispõe sobre condições e padrões de


lançamento de efluentes, 2011.

LANA, Paulo et al. Avaliação ambiental de estuários brasileiros: diretrizes


metodológicas. Museu Nacional, 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Portaria nº 2914 de 2011

146
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 3
DISCIPLINA: SANEAMENTO BÁSICO
PROFESSOR: Msc. VICTOR EDUARDO CURY SILVA
ANÁLISE DE ÓLEOS E GRAXAS

6 INTRODUÇÃO

A água é usada para diversos fins, como consumo humano, lazer, irrigação,
entre outros. Para saber se esse recurso natural está apropriado aos diversos
usos, é preciso monitorar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Este monitoramento é realizado pela ANA (Agência Nacional da Água) e por
outros órgãos estaduais e municipais gestores de recursos hídricos.
O monitoramento da qualidade da água pode ser realizado para diversos
fins, como por exemplo:
1- Verificação da qualidade da água em corpos de água superficial
(CONAMA 357/2005 – Classificação dos corpos d´agua) antes de um
sistema de captação (para monitorar a qualidade da água captada).
2- Verificação da efetividade do tratamento de esgoto - antes e após o
lançamento de efluentes (CONAMA 430/2011 - Padrões de lançamento
de efluentes) - para monitorar o impacto do lançamento de efluentes
tratados em corpos de água naturais).
3 - Verificação de balneabilidade (274/2000 – Definições –
balneabilidade).
4 - Verificação da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade pela Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde.

7 OBJETIVOS

O Objetivo da aula prática é de capacitar os alunos na aferição de


parâmetros de qualidade da água. Para o estudo proposto, será realizada
verificação dos seguintes parâmetros:
 Óleos e graxas.

147
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Parâmetros Físico-Químicos – Óleos e graxas


Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal
ou animal. Estas substâncias geralmente são hidrocarbonetos, gorduras,
ésteres, entre outros. São raramente encontrados em águas naturais, sendo
normalmente oriundas de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos,
efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas.
Óleos e graxas, de acordo com o procedimento analítico empregado, consistem
no conjunto de substâncias que consegue ser extraído da amostra por
determinado solvente e que não se volatiliza durante a evaporação do solvente
a 100°C. Essas substâncias, solúveis em n-hexano, compreendem ácidos
graxos, gorduras animais, sabões, graxas, óleos vegetais, ceras, óleos minerais
etc. Este parâmetro costuma ser identificado também por MSH – material solúvel
em hexano.
Os despejos de origem industrial são os que mais contribuem para o
aumento de matérias graxas nos corpos d’água, entre eles os de refinarias,
frigoríficos, saboarias etc. A pequena solubilidade dos óleos e graxas constitui
um fator negativo no que se refere à sua degradação em unidades de tratamento
de despejos por processos biológicos e causam problemas no tratamento d’água
quando presentes em mananciais utilizados para abastecimento público. A
presença de material graxo nos corpos hídricos, além de acarretar problemas de
origem estética, diminui a área de contato entre a superfície da água e o ar
atmosférico, impedindo, dessa maneira, a transferência do oxigênio da
atmosfera para a água. Em seu processo de decomposição, os óleos e graxas
reduzem o oxigênio dissolvido, devido à elevação da DBO5,20 e da DQO,
causando prejuízos ao ecossistema aquático. Na legislação brasileira a
recomendação é de que os óleos e as graxas sejam virtualmente ausentes para
os corpos d´água de classes 1, 2 e 3.

148
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

MATERIAIS

 Soluções de efluente tratado, água bruta e tratada;


 Funil de decantação;
 Água destilada;
 Proveta 50 ml;
 Proveta 100 ml;

MÉTODOS - DETERMINAÇÃO DE ÓLEOS E GRAXAS.

Para determinação da quantidade de óleos e graxas contida em cada


amostra (mL/mL) é necessário: 1 homogeneizar a mistura de água + óleo; 2-
colocar uma quantidade conhecida da mistura após homogeneização no funil de
decantação; 3 Aguardar a separação completa entre as fases (água e óleo); 4 –
Retirar a fração de água no béquer e medir o volume em uma proveta; 5 –
Descartar o óleo de forma correta (Béquer identificado).

Figura 1 - Funil de decantação - Este deve estar montado na estante para realização do
experimento.

Após a medida é necessário fazer o cálculo da proporção e óleos e graxas


na amostra inicial:

Volume de água retirado (ml)


Óleos e graxas (% ml/ml) = [1-( )]*100%
Volume inicial (ml)

8 BIBLIOGRAFIA

149
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

COMPANHIA, DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO BÁSICO. CETESB.


Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos
sedimentos e metodologias analíticas de amostragem. São Paulo, 2008.

CONAMA, Resolução. 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional do


Meio Ambiente-CONAMA, v. 357, 2005.
CONAMA, Resolução. 430/2011. Dispõe sobre condições e padrões de
lançamento de efluentes, 2011.

LANA, Paulo et al. Avaliação ambiental de estuários brasileiros: diretrizes


metodológicas. Museu Nacional, 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Portaria nº 2914 de 2011

150
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 4
DISCIPLINA: SANEAMENTO BÁSICO
PROFESSOR: Msc. VICTOR EDUARDO CURY SILVA
ANÁLISE DE pH E TEMPERATURA

9 INTRODUÇÃO

A água é usada para diversos fins, como consumo humano, lazer, irrigação,
entre outros. Para saber se esse recurso natural está apropriado aos diversos
usos, é preciso monitorar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Este monitoramento é realizado pela ANA (Agência Nacional da Água) e por
outros órgãos estaduais e municipais gestores de recursos hídricos.
O monitoramento da qualidade da água pode ser realizado para diversos
fins, como por exemplo:
1- Verificação da qualidade da água em corpos de água superficial
(CONAMA 357/2005 – Classificação dos corpos d´agua) antes de um
sistema de captação (para monitorar a qualidade da água captada).
2- Verificação da efetividade do tratamento de esgoto - antes e após o
lançamento de efluentes (CONAMA 430/2011 - Padrões de lançamento
de efluentes) - para monitorar o impacto do lançamento de efluentes
tratados em corpos de água naturais).
3 - Verificação de balneabilidade (274/2000 – Definições –
balneabilidade).
4 - Verificação da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade pela Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde.

10 OBJETIVOS

O Objetivo da aula prática é de capacitar os alunos na aferição de


parâmetros de qualidade da água. Para o estudo proposto, será realizada
verificação dos seguintes parâmetros:
 pH

151
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

 Temperatura

Parâmetros físicos - Temperatura

Variações de temperatura são parte do regime climático normal e corpos


de água naturais apresentam variações sazonais e diurnas, bem como
estratificação vertical. A temperatura superficial é influenciada por fatores tais
como latitude, altitude, estação do ano, período do dia, taxa de fluxo e
profundidade. A elevação da temperatura em um corpo d’água geralmente é
provocada por despejos industriais (indústrias canavieiras, por exemplo) e
usinas termoelétricas.
A temperatura desempenha um papel crucial no meio aquático,
condicionando as influências de uma série de variáveis físico-químicas. Em
geral, à medida que a temperatura aumenta, de 0° a 30°C, viscosidade, tensão
superficial, compressibilidade, calor específico, constante de ionização e calor
latente de vaporização diminuem, enquanto a condutividade térmica e a pressão
de vapor aumentam. Organismos aquáticos possuem limites de tolerância
térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para crescimento, temperatura
preferida em gradientes térmicos e limitações de temperatura para migração,
desova e incubação do ovo.

Parâmetros Químicos - pH

Por influir em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou


em processos unitários de tratamento de águas, o pH é um parâmetro importante
em muitos estudos no campo do saneamento ambiental. A influência do pH
sobre os ecossistemas aquáticos naturais dá-se diretamente devido a seus
efeitos sobre a fisiologia das diversas espécies. Também o efeito indireto é muito
importante podendo, em determinadas condições de pH, contribuírem para a
precipitação de elementos químicos tóxicos como metais pesados; outras
condições podem exercer efeitos sobre as solubilidades de nutrientes. Desta
forma, as restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes
de águas naturais, tanto de acordo com a legislação federal, quanto pela

152
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

legislação do Estado de São Paulo. Os critérios de proteção à vida aquática


fixam o pH entre 6 e 9. Nos sistemas biológicos formados nos tratamentos de
esgotos, o pH é também uma condição que influi decisivamente no processo de
tratamento. Normalmente, a condição de pH que corresponde à formação de um
ecossistema mais diversificado e a um tratamento mais estável é a de
neutralidade, tanto em meios aeróbios como nos anaeróbios. Nos reatores
anaeróbios, a acidificação do meio é acusada pelo decréscimo do pH do lodo,
indicando situação de desequilíbrio. A produção de ácidos orgânicos voláteis
pelas bactérias acidificadoras e a não utilização destes últimos pelas
metanobactérias, é uma situação de desequilíbrio que pode ser devido a
diversas causas.
O decréscimo no valor do pH, que a princípio funciona como indicador do
desequilíbrio, passa a ser causa se não for corrigido a tempo. É possível que
alguns efluentes industriais possam ser tratados biologicamente em seus valores
naturais de pH, por exemplo, em torno de 5,0. Nesta condição, o meio talvez não
permita uma grande diversificação hidrobiológica, mas pode acontecer de os
grupos mais resistentes, algumas bactérias e fungos, principalmente, tornem
possível a manutenção de um tratamento eficiente e estável. Mas, em geral,
procede-se à neutralização prévia do pH dos efluentes industriais antes de serem
submetidos ao tratamento biológico.
Nas estações de tratamento de águas, são várias as etapas cujo controle
envolve as determinações de pH. A coagulação e a floculação que a água sofre
inicialmente é um processo unitário dependente do pH; existe uma condição
denominada “pH ótimo” de coagulação que corresponde à situação em que as
partículas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostática
superficial. A desinfecção pelo cloro é um outro processo dependente do pH. Em
meio ácido, a dissociação do ácido hipocloroso formando hipoclorito é menor,
sendo o processo mais eficiente. A própria distribuição da água final é afetada
pelo pH.
Sabe-se que as águas ácidas são corrosivas, ao passo que as alcalinas
são incrustantes. Por isso, o pH da água final deve ser controlado, para que os
carbonatos presentes sejam equilibrados e não ocorra nenhum dos dois efeitos
indesejados mencionados. O pH é padrão de potabilidade, devendo as águas
para abastecimento público apresentar valores entre 6,0 a 9,5, de acordo com a

153
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Portaria 518/04 do Ministério da Saúde. Outros processos físico-químicos de


tratamento, como o abrandamento pela cal, são dependentes do pH.
No tratamento físico-químico de efluentes industriais muitos são os
exemplos de reações dependentes do pH: a precipitação química de metais
tóxicos ocorre em pH elevado, a oxidação química de cianeto ocorre em pH
elevado, a redução do cromo hexavalente à forma trivalente ocorre em pH baixo;
a oxidação química de fenóis em pH baixo; a quebra de emulsões oleosas
mediante acidificação; o arraste de amônia convertida à forma gasosa dá-se
mediante elevação de pH etc. Desta forma, o pH é um parâmetro importante no
controle dos processos físico-químicos de tratamento de efluentes industriais.
Constitui-se também em padrão de emissão de esgotos e de efluentes líquidos
industriais, tanto pela legislação federal quanto pela estadual. Na legislação do
Estado de São Paulo, estabelece-se faixa de pH entre 5 e 9 para o lançamento
direto nos corpos receptores (artigo 18 do Decreto 8.468/76) e entre 6 e 10 para
o lançamento na rede pública seguida de estação de tratamento de esgotos
(artigo 19-A).

MATERIAIS

 Soluções de efluente tratado, água bruta e tratada;


 Erllenmayer;
 Água destilada;
 Termômetro Digital;
 PHmetro digital;

MÉTODOS - DETERMINAÇÃO DO pH e da TEMPERATURA.

154
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

É realizado a partir do equipamento denominado pHmetro digital de


bancada. 1 – Colocar 100 ml de amostra no béquer; 2 – Fazer a leitura no
equipamento; 3 – Anotar os valores.

Atenção – o pHmetro deve ser calibrado com solução tampão antes das
medidas. Para calibração procure o professor ou a laboratorista.

11 BIBLIOGRAFIA

COMPANHIA, DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO BÁSICO. CETESB.


Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos
sedimentos e metodologias analíticas de amostragem. São Paulo, 2008.

CONAMA, Resolução. 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional do


Meio Ambiente-CONAMA, v. 357, 2005.

CONAMA, Resolução. 430/2011. Dispõe sobre condições e padrões de


lançamento de efluentes, 2011.

LANA, Paulo et al. Avaliação ambiental de estuários brasileiros: diretrizes


metodológicas. Museu Nacional, 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Portaria nº 2914 de 2011.

155
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 01
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA
PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
INSTALAÇÃO E NIVELAMENTO DA ESTAÇÃO TOTAL

156
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

1 Equipamentos:

Cabeçote da estação total, tripé de sustentação, prisma refletivo, trena, bússola.

2 Montagem e nivelamento do conjunto:

a) A montagem parte da determinação do ponto que vai ser avaliado, sendo


que fixa-se o tripé horizontalmente sobre o ponto, com uma abertura que
apresente segurança ao equipamento e ao operador, a uma altura ergonômica
que facilite o trabalho. Conforme figura a seguir:

b) Instala-se o cabeçote da estação total sobre o tripé, prendendo ambos


pelo parafuso de fixação. A seguir imagem do cabeçote da estação total utilizada.

157
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

c) Neste momento é verificado se o aparelho se apresenta sobre o ponto


desejado, realizando os ajustes para que o ponto objetivo seja visualizado pela
lente vertical.
d) Após as etapas anteriores estarem adequadas, inicia-se o nivelamento do
equipamento, este é de fundamental importância para todo o trabalho, e caso
perdido durante a execução deve ser refeito, ele se inicia com o nivelamento
grosseiro, sendo a referência o nível de bolha circular do aparelho, o ajuste se
dá pelo nivelamento horizontal utilizando dois calantes movimentando os
mesmos no sentido inverso (para dentro ou para fora), conforme figura a seguir:

e) Após este nível, é realizado o nivelamento vertical utilizando somente 1


calante contrário e verificando o nível na bolha.
f) Após realizado o nivelamento grosseiro, é identificado se o equipamento
se encontra ajustado com o ponto de interesse, caso não esteja, inicia-se da
primeira parte novamente. Ou caso contrário segue para a próxima etapa.
g) Agora se inicia o nivelamento fino, o qual se caracteriza em realizar o
nivelamento horizontal 3 vezes, seguindo os 3 pares de calantes como
anteriormente, sempre cuidado muito para que os movimentos sejam simétricos,
observando sempre o nível da bolha retangular nesta etapa.
h) Após realizada esta ação, se verifica se o equipamento está sobre o ponto
de interesse novamente, caso falte pouco para o ajuste, é liberado cerca de 2
voltas do parafuso de fixação e movimenta-se o cabeçote da estação sobre a
base do tripé até que seja ajustado.
i) Agora deve ser verificado se o equipamento permanece nivelado, sendo
que mesmo a base sendo lisa, ainda possui irregularidades, sendo necessário o

158
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

nivelamento do equipamento para garantir a precisão. Repetido o processo


quantas vezes forem necessárias.

3 Iniciando a medição

Após o equipamento instalado e nivelado sobre o ponto alvo, devemos


iniciar a configuração da estação total, sendo que para isto devemos medir a
altura que o equipamento ficou do ponto, ajustar as coordenadas iniciais.

4 Objetivos

Esta primeira atividade de campo, se objetiva para que os alunos


possuam o primeiro contato com o equipamento na prática, entendo melhor seu
funcionamento e as influências do ambiente na realização de um levantamento
topográfico.
A partir desta aula é realizado um relatório completo da atividade para
fixação do processo, sendo de fundamental importância para que seja realizado
de maneira correta, precisa e o mais ágil possível nas demais aulas, sendo que
este processo deve ser realizado diversas vezes, uma vez sobre cada ponto de
interesse em um levantamento de uma área de poligonal fechada, visando a ré
e a vante em cada etapa.
Sendo que o aluno já faz algumas visadas para aprendizado assim como
a primeira vez que identificam o norte com a bússola para entender a coleta de
dados do azimute.

159
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 02
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA
PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
COLETA DE DADOS TOPOGRÁFICOS PARA MAPEAMENTO I

5 Equipamentos:

 Cabeçote da estação total, tripé de sustentação, prisma refletivo, trena,


bússola.

6 Coleta de dados:

a) Para iniciar a coleta de dados com a estação total, devemos realizar um


croqui objetivo da área estimada a ser mapeada, sendo no caso desta aula, o
levantamento topográfico da delimitação dentro do estacionamento do Centro
Universitário Avantis.

160
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

b) É apresentado um limite de pontos para que os alunos consigam produzir


em tempo hábil, sendo assim 5 pontos de controle no mínimo.
c) Após a montagem e nivelamento do equipamento como aprendido e
praticado na aula anterior, este processo se repete sobre cada um dos pontos
trabalhados.
d) Inicialmente é identificado o azimute do projeto trabalhado, aonde a
estação total é focada ao norte, zerado os valores de ângulos horizontais e
direcionada para a direção da ligação entre os pontos 1 e 2, o ângulo oriundo da
abertura em sentido horário do norte até este alinhamento é chamado de
azimute, que vai ser utilizado para direcionamento do projeto e futuros cálculos.
e) Ainda sobre o mesmo ponto, é realizada a coleta das distâncias
horizontais do ponto 1 ao ponto 2, assim como do ponto 1 ao ponto 5. Seguido
da coleta do valor do ângulo horizontal referente ao ponto 1 que é a abertura do
ponto 1 ao 5.
f) Este processo se repete por todos os pontos, sempre coletando as
distâncias e os ângulos, utilizando da estação total e do prisma para
determinação dos pontos.
g) O processo é operado por 3 acadêmicos, sendo um responsável pelo
aparelho de medição, outro no prisma e o terceiro aluno realizando as anotações,
e a cada ponto existe a troca de posições para que cada aluno posso realizar
todas as operações necessárias.

7 Dados coletados

Após a coleta dos dados, é realizada uma rápida conferência,


identificando se foram medidos somente ângulos internos da poligonal e
realizando o ajuste para este ângulo caso tenha ocorrido a coleta do valor do
ângulo externo.
Calculado superficialmente o erro angular, sendo que o valor deve se
aproximar de 540 em uma poligonal de 5 vértices, caso contrário existe o retorno
da equipe para tentar encontrar o erro.
Os dados são reproduzidos pelos membros da equipe com imagens, para
que todos possuam as informações para a próxima aula prática, que ocorre em
sala de aula utilizando o laboratório móvel computacional de geoprocessamento.

161
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

8 Objetivos

Esta segunda atividade a campo, tem como função a coleta de dados de


um terreno padrão, simples, para iniciar o aprendizado no levantamento de
dados topográficos, sendo o primeiro momento pratico que realmente identificam
as dificuldades de obstáculos, planejamento para execução, cuidados com a
precisão em cada etapa do levantamento topográfico.
Os dados coletados são parte de um projeto completo da produção do
mapa entregue para obtenção da nota na disciplina.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 03
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA
PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
PROCESSAMENTO DE DADOS TOPOGRÁFICOS

1 Equipamentos:

Computador com softwares necessários, Excel, AutoCad e Qgis. Este


equipamento é disponibilizado pelo Centro Universitário AVANTIS - UNIAVAN,
através do laboratório de processamento.

2 Objetivo:

Esta aula tem como objetivo instruir os acadêmicos na atividade prática


de topografia, sendo que após a coleta de dados a campo, iniciamos a atividade
de processamentos dos dados, correção angular, linear e produção do mapa.

3 Processamento de dados:

162
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

A atividade topográfica se inicia no escritório com o planejamento da a ser


mapeada, e após a coleta dos dados devemos realizar as correções dos dados,
produção do mapa e plotagem do mesmo.
a) Estruturação dos dados: a primeira etapa é computar os dados na planilha
do Excel conforme a técnica a ser realizada, esta trabalhamos com poligonal
fechada e a leitura dos ângulos internos da mesma, caso esteja com dados
incompatíveis, como ângulos externos e medidas de distâncias não sejam as
horizontais e em metros.

b) Após esta etapa, iniciamos pela correção do erro angular, onde o mesmo
deve partir da identificação do ângulo perfeito da somatória dos ângulos internos
da figura geométrica trabalhada, e dividido o resíduo da mesma figura coletada
a campo. Sendo ela (N° de vértices -2)*180 e após confrontando com os valores
de campo e distribuído os resíduos, como o modelo a seguir:

c) Após esta etapa é realizado o cálculo dos azimutes seguintes, sendo que
a campo foi coletado somente o alinhamento do norte até a linha do ponto A ao
B, sendo utilizada a fórmula do (Azimute +180) -Ângulo interno, gerando assim
o azimute seguinte e repetindo esta operação com o novo azimute encontrado
sucessivamente.
d) Na sequência é calculado o perímetro da área a partir da somatória de
todas as distancias.
e) E finalmente é calculado a longitude e latitude de projeção sendo
calculado o sen do azimute e multiplicando pela distância e posteriormente o cos
do azimute e multiplicando pela distância.

163
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

f) Após esta etapa, verificamos no fechamento que a poligonal não ficou


perfeitamente fechada, isto por causa do erro linear, o que segue par aproxima
etapa de correção. Este erro é ajustado a partir de uma proporção do erro
encontrado, dividido por cada alinhamento, para não sobrecarregar uma única
linha.

g) E finalmente despois de corrigido erro linear, as nossas longitudes e


latitudes retornam ao mesmo eixo inicial, finalizando a correção e iniciando a
locação sobre a coordenada correta e após inseridos no auto cad, no caso desta
aula, a coordenada inicial é fictícia.

h) Ao finalizar esta etapa, os pontos são lançados no auto cad ou no qgis,


para ser realizado a aplicação de cotas e selo do mapa. Como modelo a seguir:

164
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4 Conclusões
Esta última atividade é muito pertinente ao aluno, por que o mesmo
observa a concretização de um trabalho, que algumas vezes ainda requer ajuste
a campo e voltar ao processo final, mas que demostra ao mesmo a produção de
um mapa planimétrico do início ao final.
Sendo de grande utilidade profissional direta como para regularização de
imóveis, como entender e coordenar o padrão de qualidade de trabalhos
entregues ao mesmo, sabendo como utilizá-lo no seu trabalho posterior.

165
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 04
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA
PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
COLETA DE DADOS TOPOGRÁFICOS PARA MAPEAMENTO II

5 Equipamentos:

 Cabeçote da estação total, tripé de sustentação, prisma refletivo, trena,


bússola.

6 Adequação de aula:

Esta etapa da aula possui função de adequação do projeto, sendo que


após os cálculos e a prévia do mapeamento, em alguns casos foram encontrados
erros acima do permitido pela regulamentação técnica, sendo assim, retornamos
a campo para correção dos erros do projeto inicial, levantamento de dados com

166
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

equipamentos de leitura direta para comparação do sistema de medição utilizado


e novo para aprendizado de como realizar locação de pontos conhecidos no
terreno com a estação total.

7 Coletas de dados:

a) Correção de dados: quando coletamos dados a campo, podem ocorrer


diversos tipos de erros, entre eles os mais comuns são ocasionados pelo
operado como: anotação de dados errados, confusão nos pontos coletados,
desnivelamento do equipamento, desalinhamento vertical do prisma.
Para estas correções a única possibilidade é realizando uma nova medição dos
pontos suspeitos e verificando a compatibilidade das informações, seguindo as
atividades do relatório 2. Após identificado o erro partimos para novo ajuste
conforme o relatório 3.

b) Levantamento de dados medição direta de distância: os distanciometrôs


possuem inúmeras formas e modelos, e um dos equipamentos mais utilizados
no dia a dia apesar de ser considerado de media precisão são as trenas de lona,
as quais apesar de serem simples necessitam ser manipuladas com alguns
conhecimentos técnicos mínimos, como a utilização de apoio de baliza para
medição de distância horizontal, abaloamento e torção da trena, entre outros
erros técnicos comuns de ocorrer. Sendo que após coletar as medidas com estes
equipamentos os dados são conferidos em relatório com os dados da medição
com a Estação Total.

167
EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

c) Alocação de pontos em campo: em vários casos seguimos o padrão de ir


até o terreno e realizar os levantamentos dos dados deste, mas na construção
civil, em diversos casos as medidas de divisa do terreno são utilizadas para
projetar algo no local, e a partir destes pontos calculados devemos encontrá-los
a campo, e com o auxílio da estação total, conseguimos identificar estes pontos.
Esta ação segue a mesma ideia de coleta de dados, mas devemos alocar a
estação total sobre um ponto conhecido, e configurar a mesma para o ponto que
desejamos, seja a partir do azimute e distância ou das coordenas planas
projetadas, aonde movemos o prisma até o ponto objetivo e marcamos no
terreno.

8 Conclusões

Esta última atividade tem função de aprendizado com fixação, sendo que
após diversas etapas o acadêmico possui um maior entendimento das atividades
desenvolvidas, e agora consegue construir uma análise de campo mais crítica,

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

detalhando o projeto para cada realidade encontrada no dia a dia, sendo que os
levantamentos topográficos possuem sempre condicionantes diferentes,
devemos aprender a interpretar os dados e corrigir erros.
Entendendo que mesmo engenheiros experientes podem cometer erros
ou analisar atividades de forma irregular, ou ainda mesmo, novas exigências
projetuais tendo que adaptar o projeto inicial. Com isto, esta atividade traz esta
experiência para o acadêmico o preparando para futuros trabalhos diretamente
envolvidos na topografia ou complementares.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 01
DISCIPLINA: TOPOGRAFIA E GEODESIA
PROFESSOR: ME. CRISTIAN REINELLI
RETIFICAÇÃO GEORREFERENCIADA DE UMA CARTA TOPOGRÁFICA

9 Equipamentos:

 Laboratório computacional de geoprocessamento com software Spring,


Carta Topográfica.

10 Objetivo:

O objetivo desta aula prática é apresentar o mundo do sistema de


informação geográfica para os alunos, demonstrando outras técnicas de
mapeamento além da medição com a estação total, e o entendimento da
aplicação de coordenadas geográficas e como estes pontos são trabalhados.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Será georreferenciada uma imagem simples e após será mapeada uma


área aleatória por cada aluno, aprendendo sobre erros de imagens e vetorização.

11 Desenvolvimento de aula

a) Materiais: o software trabalhado é o SPRING, sendo este gratuito e de


fonte aberta, o qual se pode realizar o download a partir do site do Instituto
Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), assim como a carta que iremos trabalhar
ou a de qualquer outro local do pais no site do IBGE.

b) A primeira etapa consiste em converter o arquivo .TFI em .SPG; em


seguida, copia-se a carta Irati 1 (imagem) do diretório de trabalho; abre-se o
executável INPIMA e a imagem da carta também; seleciona-se a Banda 1; por
fim, define-se a resolução: ResX:, ResY:, que é definida pelo tamanho do pixel
no terreno (a carta foi escanerizada com resolução de 300 DPI).
c) Logo após, desenha-se e pode-se definir a área de interesse; modifica-se
a resolução de saída (amostragem) para 1; selecionadas 3 bandas de saída você
salva a imagem colorida; salva-se então o arquivo em .SPG; no diretório do
próprio estudante; fecha-se o INPIMA.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

d) Abrindo a tela de projeto, dá-se um nome ao projeto; clicando no botão


projeção define-se o sistema de Projeção e o Modelo da Terra (no caso,
UTM/SIRGAS2000); é definido então o fuso ou zona UTM (zona: 22); definir o
retângulo envolvente (obrigatoriamente maior que a imagem a importar); em
seguida, configurar o hemisfério (sul, no caso) e Ativar;
e) Após a etapa de gestão do projeto, inicia-se o ajuste dos pontos que irão
servir de base para o georreferenciamento da imagem, sendo que neste trabalho
iram ser utilizado apenas 4 pontos, com coordenadas fornecidas a partir de
dados da própria carta topográfica.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

f) Após a imagem já alocada aos pontos de controle, identificamos o erro de


controle e extrapolamos pelo tamanho do pixel, e assim determinado o erro base.
Após esta etapa a imagem retificada é salva em formato do aplicativo, a qual não
irá perder a coordenadas georreferenciadas a cada pixel.
g) Esta imagem será importada para a base do Spring, sendo que cada
imagem em uma base de cores RGB, que realizando a composição de coloração
podemos ter a nossa imagem em cor padrão.
h) A última etapa é a conferência do erro, sendo que a grade de coordenadas
da carta esta em distância de 2 por 2 mil metros, realizamos a medição de
distância e conferimos se a mesma está em uma qualidade aceitável.

4) Conclusão

Esta aula de geoprocessamento ocorre simultânea a aulas teóricas,


reforçando o conteúdo ministrado em aula em cada etapa, e está ligada as
atividades de classificação e vetorização de mapas da aula a segui.
Esta atividade é a ação inicial em utilização de imagens para produção de
mapas a partir de imageamentos, sendo possível a utilização da mesma técnica
para mapas scaneados, imagens de satélites, fotografias aéreas e até mesmo
imageamentos com drones.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

ROTEIRO EXPERIMENTAL 02
DISCIPLINA: TOPOGRAFIA E GEODESIA
PROFESSOR: ME. CRISTIAN REINELLI
VETORIZAÇÃO SOBRE IMAGEM

12 Equipamentos:

 Laboratório computacional de geoprocessamento com software Spring,


Carta Topográfica.

13 Objetivo:

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

O objetivo é que o acadêmico aprenda a realizar vetorização sobre


imagem, entendo a atividade de produção de mapas a partir de sensores
remotos, entendendo a precisão e causa de erros, além de como utilizar as
ferramentas para medições e produção de mapas.

14 Desenvolvimento de aula

a) Utilização de imagem retificada: para iniciar a atividade, devemos ter a


imagem pretendida retificada e já verificada para uso e a partir disto cada
acadêmico irá determinar uma área de 3.600 ha, e a partir dela desenvolver o
mapa.
b) As exigências de para produção do mapa, é a vetorização das áreas de
rios, estradas principais, estradas secundarias, perímetro urbano e curvas de
nível.
c) Após a vetorização de todos os objetos, devemos realizar a produção de
classes, as quais irão ter função de diferenciar cada camada de linhas, além de
quantificarmos de forma direta estas informações, sabendo comprimentos,
perímetros e áreas.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

d) Após a vetorização, e as medidas de classe, foi definido a base


cartográfica do mapa, com a produção de um mapa completo, seguindo
informações mínimas como título, norte, legenda, datum, altimetria.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

e) A parte final da atividade é o desenvolvimento de um memorial descritivo,


em um padrão mínimo para aceite em cartório, além do relatório de produção da
aula.

4) Conclusão

Esta aula tem função da aplicação de atividades detalhadas para


cartografia, identificação de dados em uma imagem, mensurar os padrões de
atividades para vetorização interna de uso e ocupação da terra, assim como
tendo os mais diversos usos para mensuração de áreas com menor precisão
utilizados como áreas de preservação permanente ou áreas para planejamento
de futuros projetos com maior precisão.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 03

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: TOPOGRAFIA E GEODESIA


PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
COMPARAÇÃO DE MAPAS REALIZADOS A PARTIR DE FONTES
DIFERENTES

15 Equipamentos:

 Estação total, GPS de navegação, Imagem retificada com GPS de


navegação, imagem do Google Earth, laboratório computacional de
geoprocessamento.

16 Objetivo:

Permitir ao acadêmico produzir mapas em diferentes situações, e a partir


deles entender os erros gerados em cada um dos casos, e entender a utilidade
de cada tipo ferramenta e os problemas que podem ser causados por cada tipo
de produção.

17 Desenvolvimento de aula

A aula será dividida em etapas conforme a produção dos mapas, sendo


utilizado um para cada equipamento.
a) Estação Total: O mapa da área de referência, sendo este considerado o
mapa mais preciso como base de referência, sendo possível utilizar a mesma
base da aula de introdução a topografia. Este mapa deve possuir uma referência
de local, sendo gravado os pontos dos vértices trabalhados, e a mesma poligonal
vai ser repetida para todos os equipamentos.
b) Imagem retificada no Qgis: O QGIS, por ser uma ferramenta de código
aberto, surge como uma alternativa de peso às soluções proprietárias. Sua
interface, flexibilidade e desempenho são notáveis, no que tange um projeto
geográfico no ambiente QGIS. Seu desenvolvimento descentralizado, a partir de
usuários e voluntários programadores, permite a troca e disseminação de
soluções, ajustes e ideias direcionados a diversos fins.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

Para esta ação foram coletados 10 pontos ou mais de controle para fazer a
retificação da imagem.
c) Google Earth: é uma ferramenta gratuita de fácil utilização disponível on
line, mas que possui graves problemas de precisão e qualidade no trabalho pela
instabilidade no gerenciamento dos dados, mas que vem sendo muito utilizado
no mercado nos últimos tempos, e causando graves problemas em liberações
de obras e disputas entre confrontantes.

d) Mapa final: sendo realizada a confrontação de todos os dados e assim o


comparativo dos resultados atingidos, podendo classificar as formas mais
eficientes conforme a precisão pretendida no melhor custo benefício.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4) Conclusão

Esta atividade teve uma ação construída simultânea entre a sala de aula
e o campo, fazendo os alunos interagem diretamente com os equipamentos e os
processamentos dos dados continuamente.
Esta ação tem além de aumentar o convívio dos alunos e com a prática
mostrar aos mesmos as diferenças gritantes de produção topográfica com
equipamentos e recursos não confiáveis, além de aumentar a compreensão de
como o sistema funciona.

ROTEIRO EXPERIMENTAL 04

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: TOPOGRAFIA E GEODESIA


PROFESSOR: Me. CRISTIAN REINELLI
MAPA HIPSÔMETRO E CRIAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL

18 Equipamentos:

 Estação total, GPS de navegação, Trena, laboratório geoprocessamento.

19 Objetivo:

Os levantamentos altimétricos são de fundamental importância para


planejamentos de obras, identificação de áreas de preservação permanente,
drenagem do terreno, planejamento de estradas, entre tantas outras
possibilidades.

20 Desenvolvimento de aula

A aula será dividida em parte prática de campo e processamento de dados


no laboratório computacional.
a) Coleta de dados: a coleta de dados foi realizada a partir da nuvem de
pontos, coletando os valores de azimute, distancia horizontal e distancia vertical,
estas informações foram coletadas com a estação total, seguindo procedimentos
já listados em aulas anteriores.
b) Processamento inicial: a primeira ação é a determinação das
coordenadas de latitude e longitude de cada ponto, isto se faz a partir do cálculo
de dispersão do plano cartesiano a partir do transporte de coordenadas
trabalhado em aula teórica.
c) Criação da nuvem de pontos: esta atividade foi realizada inicialmente
no Excel, sendo ajustada uma tabela com o identificador do ponto, coordenada
X e Y seguido da distância vertical identificada como cota. Todos os valores de
cota são referentes ao ponto inicial onde a estação total foi alocada.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

d) Importação para o SIG: os dados alocados na planilha foram importados


em um sistema de shape para o Qgis, software utilizado como base de sistema
de informação geográfica, o qual os dados são representados por pontos
georreferenciados e com a informação Z (cota).

e) Detalhamento dos pontos: após os pontos alocados e dispersos, é


constituído uma área de trabalho para iniciar a modelagem geoespacial da
criação dos dados pelos sistemas numéricos do terreno.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

f) Interpolação IDW: esta penúltima etapa realiza um sistema de


modelagem estatística o qual produz pontos por toda a área de trabalho, no final
deste processo é gerado uma imagem de camadas que proporciona a
capacidade da criação de linhas de equidistância.

g) Contornos: a criação dos contornos é a parte final desta atividade prática,


nesta etapa que determinamos a equidistância entre linhas, e assim geramos as
curvas de nível, as quais vão representar os pontos em que se encontram
determinada altitude.

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EXPERIÊNCIAS LABORATORIAISEM ENGENHARIA CIVIL

4) Conclusão

Esta atividade atingiu o objetivo de integrar o acadêmico a modelagem de


dados espaciais a partir de modelos numéricos do terreno, criando a perspectiva
de como interpretar o seu terreno para planejar estudos mais profundos.
Após esta ação os contornos são salvos para trabalhos futuros, como
cálculos volumétrico, modelos de declividade, determinação de áreas de APP,
planejamentos de drenagem entre tantas outras utilizações.

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