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PROPOSTAS EM ANDAMENTO DA REFORMA TRIBUTÁRIA

 
 Proposta de Emenda (PECs 45 e 110) à constituição que objetiva criar o IBS (Imposto sobre Bens e
Serviços);
 Projeto de Lei 3.887/20 que visa à criação da CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens
e Serviços) a fim de reformar o sistema de tributação sobre o  consumo;
 Projeto de Lei 2.337 de 2021, que traz reforma a tributação sobre a  renda.
 
Todas encontram-se em debate no Congresso, em diferentes estágios de tramitação. Está ainda no
horizonte do governo do presidente Bolsonaro a recriação da CPMF, visando a afastar a tributação sobre a
folha de salários.
 
A principal mudança estrutural no texto aprovado revê a tabela do imposto de renda para pessoas
físicas. A primeira mudança foi elevar a fatia de cidadãos que poderão ser isentos do tributo. Pela matéria,
quem recebe até R$ 2,5 mil ao mês não precisará declarar o imposto. Na prática isso significa que cerca de
5 milhões de brasileiros que hoje precisam declarar o imposto (e pagar tributos) o deixarão de fazer em
2022. As outras faixas salariais também terão os valores reajustados conforme a seguir:
 
 Faixa 1, até R$ 2,5 mil: 0%
 Faixa 2, de R$ 2,5 mil até R$ 3,2 mil: 7,5%
 Faixa 3, de R$ 3,2 mil até R$ 4,25 mil: 15%
 Faixa 4, de R$ 4,25 mil até R$ 5,3 mil: 22,5%
 Faixa 5, acima de R$ 5,3 mil: 27,5%

 
Tributação nos lucros e dividendos
Considerada a mais polêmica das mudanças, a Câmara instituiu uma alíquota de 15% na distribuição de
lucros e dividendos de empresas com faturamento superior a R$ 4,8 milhões ao ano.
 
Bolsa de Valores
O limite para isenção de IR para venda de ações passa de R$ 20 mil por mês para R$ 60 mil por trimestre.
 
Imóveis  
O texto ainda permite que pessoas físicas atualizem o valor de seus imóveis nas declarações de IR mesmo
sem vendê-los. O governo cobrará uma alíquota de 4% sobre essa atualização. Hoje, quando vende um
imóvel, o contribuinte paga entre 15% e 22,5% de IR sobre o ganho de capital que teve em relação ao valor
que havia sido declarado.
 
Contribuição sobre lucro líquido
A reforma prevê redução de até 1 ponto percentual na cobrança da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro
Líquido) para as empresas, já em 2022. Com isso, as alíquotas cobradas passam de 9%, 15% e 20% para
8%, 14% e 19%. No texto original enviado pelo governo ao Congresso, essa contribuição não mudaria. A
proposta também prevê mudar o Imposto de Renda para empresas, que cairá de 15% para 8% em 2022. O
adicional de 10% do IRPJ sobre lucro que ultrapasse R$ 20 mil mensais, que já existe hoje, fica mantido.
Com isso, a alíquota máxima cairá de 25% para 18%.
 
Fim de algumas desonerações
Reduzir os impostos sem diminuir o tamanho do Estado exige compensação. A principal delas deve vir do
fim da desoneração do Cofins para alguns setores estratégicos da economia, como remédios e produtos
químicos em geral. Para compensar a diminuição na alíquota do CSLL a saída foi onerar parte da cadeia
produtiva. Para os empresários, a notícia caiu como uma bomba. O setor farmacêutico, por exemplo, fala
em um aumento de 12% nos preços dos produtos.
 
Ficam de fora as micro e pequenas empresas participantes do Simples Nacional e as empresas tributadas
pelo lucro presumido com faturamento até o limite de enquadramento nesse regime especial de tributação,
hoje equivalente a R$ 4,8 milhões, contanto que não se enquadrem nas restrições societárias de
enquadramento no Simples.
 
Outras exceções para:
 as empresas participantes de uma holding, quando um conglomerado de empresas está sob
controle societário comum;
 as empresas que recebam recursos de incorporadoras imobiliárias sujeitas ao regime de
tributação especial de patrimônio de afetação; e
 fundos de previdência complementar

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