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DIREITO DAS SUCESSÕES

 Suceder: substituir
 A substituição que trata essa disciplina é em decorrência da morte, ou seja,
tem como fato a causa mortis, buscando apurar quem são os herdeiros dos
bens deixados pelo falecido, quais são os bens e assim, apurar as
eventuais dívidas que deveriam ser pagas e então entregar o quinhão de
cada herdeiro, ao final de um processo judicial ou extrajudicial de inventario
dos bens.
 A sucessão pode se dar por uma ordem legal (legitima – título universal -
hereditária) ou a própria pessoa pode destinar para depois de sua morte,
os bens que possuir (testamentária – título singular – legados,
legatários, sucessor testamentário).
o Legados: bem determinado que o morto deixa para determinada
pessoa;
o Legatários: quem vai receber determinado bem;
o Sucessor testamentário: institui uma parte da herança a ele.
 Há previsão e garantia do direito a herança na Constituição Federal, art. 5º,
XXX.
 Na legislação infraconstitucional, as sucessões estão previstas nos artigos
1.784 ao 2.027, do Código Civil, e nos artigos 610 ao 663 do CPC.
 A ideia de sucessão é tratada em outros dois momentos no Código Civil, no
capítulo das pessoas naturais, especialmente quando envolve a ausência –
falando-se em sucessão provisória (art. 26 ao 36) ou definitiva (art. 37 a 39).
 Artigo 1.790 do Código Civil foi considerado inconstitucional pelo STF
em 2017 – a sucessão quando ela acontecer entre os cônjuges ou entre
companheiros (união estável), se operará de maneira idêntica;
 No caso do falecimento de um companheiro, não havendo contrato escrito,
o outro deverá ajuizar ação para reconhecer e declarar a existência de
união estável e em seguida, poder buscar seus direitos na sucessão.
 Exemplo: João tinha 100 reais antes de passar a viver com Maria, depois
eles adquiriram 300 reais juntos, e João recebeu uma herança de 200 reais
e uma doação de 100 reais. Joao falece, como ficará a herança? Se não
existe contrato escrito, após de reconhecida a união estável, será atribuído
a comunhão parcial de bens. – Dos 300 reais comuns entre os
companheiros, Maria ficará com sua parte de 150, e o restante irá compor a
herança, ou seja, a parte sucessória de João. Os bens particulares de
João são de 400 reais + 150 dos bens comuns = patrimônio de 550. A
parte dos bens comuns, Maria não receberá novamente, uma vez que é
meeira e não herdeira. Quem concorre a estes 150 reais são os descentes
em linha reta, se houver (tem dois filhos, cada um recebe 75 reais). A parte
dos bens particulares será dividido por 3 (dois filhos e a companheira, 133
para cada).
 50% dos bens particulares precisam ir para os herdeiros necessários, se
não houver descendentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro, a pessoa
tem a disponibilidade de testar 100% dos bens na hora de fazer o
inventario.

 Sucessão em Roma:
 A figura da sucessão em Roma era ligada a ideia de cultuar a memória
do falecido;
 O caráter patrimonial não era mais importante.
 A linhagem sucessória ocorria apenas no viés masculino;
 Não admitia dupla formatação: ou era testamentaria ou legitima;
 Necessária para responder ao interesse dos credores.

 Atualmente tem aspecto patrimonialista, o Estado tem grande interesse na


matéria de sucessões por ele tributa a massa de bens antes de ser
transferida para os herdeiros – ITCD (MG 5% do valor);
 O mais importante é pagar o imposto (após vencido o prazo cobra juros e
tem correções monetárias) e não abrir o inventário.
 Linha sucessória:
 Descendentes: grau infinito;
 Ascendentes: grau infinito;
 Cônjuge ou companheiro sobrevivente;
 Colaterais até 4º grau;
 O Estado - município.

 Sucessão AB INTESTATO: sem testamento, se resolve na forma da lei;


 Ideia de herança: conjunto de direitos e obrigações que são transferidos em
razão da morte de alguém e são transmitidos para os herdeiros
sobreviventes.
 De cujus: pessoa que morreu.
 Espólio: massa patrimonial – conjunto de direitos e deveres que pertenciam
a pessoa falecida, que permanece nessa unidade até que seja feita a
partilha, por sentença judicial ou por escritura pública.
 Inventariante: pessoa que vai representar o espólio – massa patrimonial,
deixado pelo morto, em juízo ou fora dele, art. 75, VIII do CPC.
 Herdeiro não herda dívida, fora os limites da herança.
 A lei que se aplica para a sucessão é a vigente na data da morte;
 A lei que deverá ser observada no testamentos é a vigente na data em que
foi feito.
 Ato de última disposição de vontade – testamento;
 Dívidas do morto não ultrapassa limites do patrimônio;
 Os legatários não respondem pela dívida do morto, desde que o passivo
seja menor do que o ativo.
 A morte do titular do patrimônio determina a sucessão causa mortis – art.
1784 – a herança transmite desde logo aos herdeiros legítimos e
testamentários – ato contínuo;
 1824 – Herdeiros legítimos;
 Três formas de testamentos – ato de última vontade – art. 1862 – publico,
cerrado e particular;
 É necessário a sobrevivência dos sucessores ao falecido, para que a
transmissão se opere;
 Quanto o domínio tanto a posse dos bens é transmitida aos herdeiros;
 Morte real ou presumida (sucessão provisória dos ausentes ou definitiva);
 Deve-se fixar o momento exato da morte;
 Lei dos registros públicos nº 6.015/73, em seu art. 77 ao 88 regula o
assentamento do óbito;
 Comoriência produz efeitos no direito sucessório – art. 8º do CC – se dois
ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar
se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
 Sistema de transmissão – direito saisine – direito que tem os herdeiros, de
entrar na posse dos bens que constituem a herança – direito possessório –
apreensão possessória autorizada.
 Os herdeiros não precisam requerer a transmissão, já os legatários
precisam reclamar a posse dos seus respectivos bens – art. 1923, p.u., do
CC.
 Todos os herdeiros podem usar as ações posserórias para defender a
posse da herança – possui legitimidade – esbulho (se apoderam da posse
que eu detinha), turbação (usando o bem no qual eu detenho a posse,
incomodando) ou ameaça (iminência disso acontecer).
 A posse direita dos bens se transmite ao inventariante, e a indireta aos
herdeiros, até o momento da partilha;
 1ª fase na sucessão: abertura, com a morte – art. 1923 do CC;
 2ª fase: oferta na herança – a lei busca os herdeiros – aceitação – delação
(oferecimento da herança aos herdeiros);
 3ª fase: aceitação – confirmar o direito do herdeiro – produz efeitos
definitivos – art. 1804 do CC – a renúncia da herança tem-se por não
verificada, o herdeiro deixa de existir para o direito sucessório;
 A renúncia da herança é redistribuída novamente aos herdeiros;
 A aceitação pode ser tácita, a renúncia não;
 Lugar da abertura da sucessão: no último domicílio do falecido –
residência com animo definitivo de ali viver – art. 1785 do CC, art. 23, II e
art. 48 do CPC.
 Art. 1845 (herdeiros necessários: descendentes, ascendentes de
conjugues) e 1789 (havendo herdeiros necessários, o testador só poderá
dispor de 50% da herança);
 Cessão total ou parcial – forma feita por escritura pública art. 1793 –
ineficácia da cessão de um bem singular – ainda são indeterminados – a
cessão de direitos hereditários apenas é possível após a abertura da
sucessão e antes da partilha;
 A cessão é anulável quando houver erro, dolo ou coação – negócio jurídico;
 Art. 426 do CC não pode ser objeto de contrato, a herança de pessoa viva;
 Na doação o imposto é de 5% e na alienação é 3%;
 É importante vender o bem enquanto espólio e não após a partilha dos
bens, visando não pagar os 15% de imposto sobre a renda – ganho de
capital.
 Herdeiros vivem sobre a regra dos condomínios, portanto há o direito de
preferência aos coerdeiros – art. 1794.
 Art. 1795 estabelece o prazo de 180 dias após a transmissão para exercer a
preferência, havendo vários interessados, cada um poderá adquirir o bem
no quinhão de sua cota;
 Inventario: busca pelos bens – pode ser judicial ou extrajudicial (não pode
ter menores, incapazes e *testamento) – o cartório é mais rápido e mais
caro – achar ativos e passivos da herança, herdeiros, credores – função do
inventário;
 Art. 1792 os débitos da herança estão limitados aos créditos existentes, são
resolvidos no benefício do inventário;
 Durante o processo de inventário, antes da partilha dos bens, quem
responde é o espólio (parte processual e não os herdeiros);
 Quem define o interesse do espólio é o inventariante;
 Art. 1796 do CC 30 dias deve ser instaurado o inventario do patrimônio
hereditário, no juízo competente, para fins de liquidação e partilha;
 Art. 611 do CPC estabelece o prazo de 2 meses para instaurar o processo
de inventário e partilha – cpc é a lei que regula o processo de inventário;
 180 dias para pagar o ITCD;
 Ar. 1797 do CC – até que seja nomeado um inventariante, a administração
da herança caberá:
I- ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da
abertura da sucessão;
II- ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver
mais de um nessas condições, ao mais velho;
III- ao testamenteiro;
IV- a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos
incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo
grave levado ao conhecimento do juiz.
 Art. 613 e 614 do CPC: administrador provisório;
 Art. 615 e 616 do CPC: legitimidade para pedir a abertura do inventário;
 Art. 617 do CPC: ordem de nomeação de inventariante;
 Quando o inventariante for dativo (art. 617, VIII, do CPC), tem que trazer
para as ações os herdeiros e sucessores nas condições de réus e/ou
autores de determinadas questões – art. 75, §1º do CPC.
 Obrigações do inventariante art. 618 e 619 do CPC.
 Art. 20 e 27 do CC: a partilha é anulável, prazo de 1 ano.
 Art. 622 do CPC: incidente de remoção do inventariante – de ofício ou a
requerimento;
 Art. 1804 a 1813 do CPC; aceitação da herança/adição – ato jurídico
unilateral – expressa ou tácita;
 Classe dos herdeiros: ascendentes, descendentes, colaterais – e grau,
primeiro e segundo;
 A renúncia, expressa, volta o quinhão para o monte;
 Herança Jacente: herdeiros desconhecidos, ou quando conhecidos
repudiam a herança – art. 1819 ao 1823 do CC, – é transitório,
transformando para a herança vacante, quando os bens irão se titularizar
ao município, em regra.
 Art. 738 ao 740 do CPC – procedimentos de arrecadação dos bens;
 A herança jacente ou a vacante é representada em juízo por seu
respectivo curador (art. 75, VI do CPC) com intervenção do MP;
 Apuração judicial sobre a existência de outros herdeiros – art. 740, §3º do
CPC;
 Após o processo de arrecadação, o juiz manda expedir um edital, para que
os eventuais sucessores possam se habilitar, no prazo de 6 meses – art.
741 do CPC – julgada a habilitação, converte-se em inventario;
 Quando o falecido for estrangeiro, deverá ser comunicado ao consulado do
país do indivíduo;
 Art. 742 do CPC: alienação dos bens arrecadados
 Vacância da herança: após um ano da publicação no edital da herança
jacente arrecadada, não havendo herdeiros ou habilitação pendente, esta
será declarada judicialmente vacante – art. 1820 do CC e art. 743 do CPC;
 Art. 1822 do CC: decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens
arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se
localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da
União quando situados em território federal - Não se habilitando até a
declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
 Transitada em julgado a sentença que declarou a vacância, o cônjuge, o
companheiro, os herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito
por ação direta - §2º, art. 743 do CPC.
 Efeito da declaração da vacância é ex tunc, retroage a data do óbito do
indivíduo – art. 1784 – princípio de saisine;
 Art. 1823 do CC: todos renunciam, declara desde logo a vacância;
o Petição de herança: art. 1824 a 1828 do CC – natureza de direito real –
reivindicatória – busca o reconhecimento da qualidade de herdeiro da
pessoa;
o Legitimidade ativa: aquele que se julga herdeiro e busca ser reconhecida a
sua condição de herdeiro legitimo ou testamentário;
o Legitimidade passiva: aquele que possua o bem que pertence a herança –
art. 1824 e 1825 do CC;
o A lei determina a responsabilidade da posse – boa ou má-fé 1826
o Má-fé: devolver os bens, com indenização e acrescidos de perdas e danos.
o Boa-fé: não precisa fazer o ressarcimento dos valores.
o Prazo de petição de herança: 10 anos
o Efeitos: declara a condição de herdeiro, determina a entrega da herança
com os respectivos frutos e acessórios.
o Herdeiro único: carta de adjudicação
o Mais de um herdeiro: formal de herdeiro

 1829 ao 1856 – Ordem de vocação hereditária


 Sucessão legítima – ab intestato, testamento inválido, bens deixados fora
do testamento;
 Sucessão testamentária;
 Ambas podem coexistir, nos limites da lei;
 Lei estipula uma classe de herdeiro sobre a outra;
 Descendentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro, e colaterais até 4º
grau;
 O chamamento de uma classe implica na extinção da outra;
 Dentro das classes se encontram os graus;
 Parentes por afinidade não gozam de direitos sucessórios legítimos;
 Descendente por representação recebe a cota equivalente ao pré-morto.
 Descendente de direito próprio recebe sua parte dividida por cabeça –
mesma classe de herdeiros
 Representação é para descendente – linha reta;
 Todos em uma sucessão precisam dos títulos – certidões que comprovam
os vínculos com o de cujo;
 Ajuizamento de ação para reconhecimento de união estável
 Ascendentes por linha – quando concorrem herdeiros da parte materna e
paterna
 O grau mais próximo, exclui o mais remoto – exceto para o direito de
representação, concedido aos filhos de irmãos. – art. 1840 do CC.
 Não existe distinção entre filhos;
 O cônjuge ou companheiro concorre com os descendentes, dependendo
do regime de casamento;
 Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I)
caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça,
não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for
ascendente dos herdeiros com que concorrer.
 Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de
bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na
herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à
residência da família, desde que seja o único daquela natureza a
inventariar.
 Comunhão parcial de bens: - regime legal atualmente, ates era o universal
Lucas 100 reais – casou-se com Maria, juntou 2000, recebeu de herança
300, e de doação 200 reais da mãe: 2600 totais
Bem particular do Lucas: 100, herança de 300 e 200 da doação
bem comum 2000 com Maria.
Lucas morreu e deixou 3 filhos
Maria possui 1000 reais dos bens comuns da constância do casamento –
paha exclusivamente aos herdeiros (divide por 3)
333,33 para o filho 1 + 150 dos bens particulares
333,33 para o filho 2 + 150 dos bens particulares
333,33 para o filho 3 + 150 dos bens particulares
600 reais de bens particulares: inclui o cônjuge ou companheiro que
concorre com os filhos
Maria recebe 150 dos bens particulares
 Separação de bens convencional:
Não possui bem comum com cônjuge ou companheiro, apenas
particulares – não há meação;
Divide tudo com os herdeiros, incluindo companheiro ou cônjuge
 Comunhão universal de bens:
Cônjuge ou companheiro não concorre com o descendente ou
ascendente, uma vez que ele já recebe metade de todos os bens
(particulares e comuns) e o restante divide apenas com os herdeiros – não
concorre com bens particulares;
 Regime da separação obrigatória de bens:
Todos os bens serão entregues aos herdeiros, não irá concorrer com o
cônjuge ou companheiro – exceto se ficar demonstrado que houve
esforço comum na constância do casamento para adquirir determinado
bem – súmula 377 do STF – terá direito a meação do comum, mas não
concorre com os bens particulares.

Joao tem dois filhos A e B


A iii e B ii
Joao é viúvo
Paga-se 50% para A e 50% para B

Joao tem dois filhos, A e B


A morreu, mas deixou 3 filhos; e B tem dois filhos
Joao é viúvo
Os 3 filhos de A recebem por representação e B recebe a outra metade

Joao tinha dois filhos que morreram


Joao morreu
Joao tem 5 netos, cada um recebe 1/5 da herança, por direito próprio

 Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da


morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara
impossível sem culpa do sobrevivente. - art. 1830 do CC
 Quando não tem descendente, chama-se a classe do ascendente – o grau mais
próximo, exclui o mais remoto.

 Não existe direito de representação na classe dos ascendentes


 É feito por linha, não por cabeça (ex 50% par linha materna e 50% para a
paterna)
 Esposa ou companheira concorre com o ascendente, na forma da lei
 EX: Lucas morreu e tinha uma esposa – na concorrência com os pais de
Lucas, cada um receberia 1/3 da herança.
 Se apenas um ascendente do Lucas for vivo, a esposa dele recebe 50%
da herança ou, a esposa recebe 50% e os outros 50% será dividido entre
os avós; 1837
 Se não tem descendente ou ascendente, paga-se ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente. Art 1838
 Finalmente, chega aos colaterais, previsto no inciso IV;

Herdeiros necessários – art. 1845 a 1850 do CC


 Linha reta, descendente ou ascendente, que não esteja afastado por
indignidade ou deserdação, e a classe dos cônjuges ou companheiros;
 Direito a legítima – metade dos bens deixados pelo falecido e a outra
parte se chama disponível, não pode ser entregue as pessoas do art.
1801;
 Se não tiver nenhum herdeiro necessário, o testador pode distribuir 100%
dos bens para quem ele determinar;
 A lei separa obrigatoriamente a legitima –
 Cálculo: abate os despesas do funeral, dívidas – divide por dois para
saber o valor da parte disponível e legitima (o valor das colações entra
para a parte legitima);
 O herdeiro necessário não perde o direito da legitima – 1849;
 O testador pode dispensar o herdeiro descendente de colacionar os
bens art. 2005 – não pode exceder a parte disponível;
 Doação para ascendentes não são colacionáveis;
 A lei permite que se exclua da sucessão os colaterais – art. 1850
 Pode ser restringido o uso da legítima pelos herdeiros necessários –
justa causa – art. 1849 – inalienabilidade, impenhorabilidade e
incomunicabilidade – por testamento;

Sucessão testamentária – art. 1857 e ss


 Negócio jurídico, através do qual se distribui o patrimônio para depois da
sua morte;
 Só pode ser feito por pessoas capazes;
 O objeto deve ser lícito e possível;
 Ele pode ser revogado, é um ato personalíssimo, solene (normas e
formas), unilateral, não pode haver benefício pecuniário, só produz efeitos
após a morte, ato de disposição de última vontade, eficácia jurídica
diferida, só pode tratar dos bens disponíveis, trata de questões
patrimoniais ou não (ex reconhecimento de paternidade, perdoar alguém);
 A parte legitima dos necessários não serão tratadas no testamento, salvo
as restritivas;
 Hoje se admite o testamento ordinário e mais três especiais no Brasil
 Orógrafos = particulares
 Ordinários: 1862 – publico, cerrado e particular
 Especiais: 1886 – marítimo, aeronáutico e militar
 Quando alguém morre, abre o inventário – descobre que o de cujo possuía
um testamento, precisa-se ajuizar uma ação judicial para que seja
confirmado (ação de registro/ação de confirmação de testamento) – no
público ou cerrado abre vista para o MP verificar se os elementos formais
foram cumpridos e o juiz da a sentença (aspectos formais) e leva para
dentro do inventário (são duas ações) presunção relativa – pode ser
anulado por ação própria;
 Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do
testamento, contado o prazo da data do seu registro (data da ação de
confirmação de testamento/registro)
 Os incapazes (menor de 16 anos), PJ e os que não tiverem pleno
discernimento não podem testar
 Incapacidade superveniente não invalida o testamento
 O testamento do incapaz não se valida com a superveniência da
capacidade
 Pulico: cartório de notas, lavrado por um tabelião ou substituto – o testador
não pode ser surdo-mudo (particular), só surdo pode, cego só pode fazer
testamento público - Língua portuguesa
 Cerrado: secreto – escrito pelo testador ou terceiro, será levado ao
cartório, o testador entregará ao tabelião, na presença de duas
testemunhas, declare a vontade e o tabelião irá lavrar o auto de
aprovação, todos irão assinar o auto de aprovação e cerrará o testamento
– quem não saiba ou possa ler não podem fazer testamento cerrado –
língua portuguesa ou estrangeira – surdo-mudo pode fazer cerrado –
quando o testador morrer, deve-se apresentar ao juiz, que fará abertura e
o registro, se não achar vícios externo que o invalide.
 Particular (holografo, aberto, privado): três testemunhas, próprio punho ou
mecânico, o próprio testador deve assinar, quando façece o testador deve
ser levado a juízo e todos os herdeiros legítimos serão chamadas, as
testemunhas serão intimadas para confirmar, pode ser em língua
estrangeira desde que as testemunhas compreendam.
 Testamento conjunto é nulo;
 Codicilos: pequeno testamento, escrito de próprio punho, ou ditado pelo
testador, datado e assinado por ele, não precisa de testemunha e
formalidades legais – capaz de testar – disposições especiais de
pequenos valores e bens;
 Testamento revoga codicilos, mas codicilos não revogam disposições
testamentarias;
 Os codicilos são abertos da mesma forma que os testamentos cerrados.
 Marítimo e aeronáutico valerá somente em viagem – será feito no diário de
bordo – comandante ou pessoa designada por ele, e presença de duas
testemunhas – eficácia art. 1891, língua portuguesa, não será valido se
tiver feito em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na
forma ordinária, o testamento ficará sob a guarda do comandante;
 Militar: militar ou demais pessoas a serviço das forças armadas em
campanha, art 1893 ao 1896
 Os testamentos especiais caem em concurso;

Testemunhas testamentárias
 Capacidade civil e discernimento presente, pessoa idônea
 Não pode ser testemunha – art 228 menor de 16 anos, interessado no
litigio, amigo intimo ou inimigo capital, os cônjuges, os ascendentes, os
descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes,
por consanguinidade, ou afinidade.

Testamenteiro art 1976 a 1990

 Nomeado pelo testador, faz cumprir e fiscaliza a disposição de última


vontade depois do falecimento
 Representa o testador após seu falecimento
 Recebe uma remuneração
 Funções: testamentarias – tarefas
 Deve-se prestar contas
 Pode ter mais de um
 Não pode ser PJ e deve ter mais de 18 anos
 testamenteiro a posse e a administração dos bens, incumbe-lhe requerer
inventário e cumprir o testamento
  Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução
testamentária compete a um dos cônjuges, e, em falta destes, ao herdeiro
nomeado pelo juiz.
 O encargo da testamentaria não se transmite aos herdeiros do
testamenteiro, mas pode-se constituir mandatário;
 Testamenteiro universal ou particular (não detém posse ou adm da
herança)
 Art 616, iv cpc – legitimidade para requerer inventario, na ausência de
herdeiros necessários
 Prazo 180 dias, pode ser prorrogado
 Prêmio: 5% da herança liquida, se o testador não tiver fixado – se não for
herdeiro ou legatário

Revogação ou rompimento do testamento – art. 1869 a 1875 do CC


 Todo testamento pode ser revogado, total ou parcial, do mesmo fodo que
foi feito – ato unilateral;
 É considerado revogação tácita também quando o testamento cerrado
aparecer aberto, pelo testador ou a pedido dele;
 O testamento anterior se completa com o novo
 Só não revoga reconhecimento de filiação
 Se o novo testamento revogatório for anulado ele não produzirá efeitos
 Rompimento é a revogação legal ou presumida
 Sobrevindo descendente sucessível ao testador, não existia ou não o
conhecia a época, rompe-se o testamento;
 Rompe-se na ignorância de herdeiro necessários
 Preservar vontade do testador na parte disponível – art. 1875

Vocação hereditária art 1798 a 1803


 Deve existir, estar viva ou concebida no ato da morte, deve estar na linha
de sucessão e não pode ser indigna
 os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador,
desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão
 PJ pode ser herdeiro, através do testamento
 A PJ não precisa existir ao tempo da morte – instituir uma fundação
 Existindo descendente, os ascendentes não serão considerados herdeiros
 Indignidade art. 1814 – ato praticado contra o morto
 Momento da capacidade para suceder é estabelecido pela lei vigente, na
data da abertura da sucessão;
 No testamento, todos poderão receber bens, desde que não haja
impedimento – observância de herdeiros necessários
 ART 1800

Indignidade

 Ação DOLOSA
 Contra autor da herança ou seus herdeiros
 Bens retirados do indigno chama heréticos
 Qualquer herdeiro, legitimo ou testamentário, pode ser afastado da
sucessão por iniciativa de qualquer interessado (na deserdação somente os
necessaris serão afastados por vontade do testador)
 Deve ser declarada judicialmente
 O indigno recebe e perde a coisa
 O incapaz de suceder jamais recebe a herança
 Os efeitos da exclusão são personalíssimos – o herdeiro do excluído não é
atingido – pré-morto ao autor da herança
 Ação só pode ser ajuizada após a morte do de cujos
 O direito de demandar a indignidade extingue-se em 4 anos após a morte
do individuo
 Possibilidade do perdão do indigno por parte da pessoa que foi ofendida –
manifestado no testamento – o perdão é irretratável – perdão tácito art.
1818 p.u.;
 Alienações a terceiro de boa-fé são validas
 Hipóteses art. 1814

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa


deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente
ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em
crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Bens sonegados 1992 a 1996

 O inventário pode ser judicial ou extrajudicial (herdeiros devem estar de


acordo com a divisão dos bens, maiores e capazes, não houver testamento;

 Deve colacionar todos os bens no monte, para que seja levado a partilha;

 Aquele que sonegar os bens, perderá o direito que sobre eles cabia

 Se o sonegador dos bens for o inventariante, ele será removido;

 A ação é feita em autos apartados, deve ocorrer após a declaração de


todos os bens

 Só não precisa colacionar quando tiver expressado na escritura ou


testamento

 A sonegação é DOLOSA;

 A ação própria será manuseada pelos herdeiros ou credores do espólio –


após últimas declarações do processo de inventário

 A prescrição é de 10 anos – 205 CC

 Efeitos – aproveita aos demais interessados

  Se não se restituírem os bens sonegados, por já não os ter o sonegador


em seu poder, pagará ele a importância dos valores que ocultou, mais as
perdas e danos.
Pagamento das dívidas – art. 1997 ao 2001

 A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido (espólio); mas,


feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da
parte que na herança lhe coube.

 As dívidas são devidas pelo espólio até a homologação da sentença de


partilha

 Após a homologação, os herdeiros respondem nos limites do que


receberam

 Os credores podem ajuizar ação própria para que haja o recebimento de


créditos não reconhecidos como dividas pelo inventario

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