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Suceder: substituir
A substituição que trata essa disciplina é em decorrência da morte, ou seja,
tem como fato a causa mortis, buscando apurar quem são os herdeiros dos
bens deixados pelo falecido, quais são os bens e assim, apurar as
eventuais dívidas que deveriam ser pagas e então entregar o quinhão de
cada herdeiro, ao final de um processo judicial ou extrajudicial de inventario
dos bens.
A sucessão pode se dar por uma ordem legal (legitima – título universal -
hereditária) ou a própria pessoa pode destinar para depois de sua morte,
os bens que possuir (testamentária – título singular – legados,
legatários, sucessor testamentário).
o Legados: bem determinado que o morto deixa para determinada
pessoa;
o Legatários: quem vai receber determinado bem;
o Sucessor testamentário: institui uma parte da herança a ele.
Há previsão e garantia do direito a herança na Constituição Federal, art. 5º,
XXX.
Na legislação infraconstitucional, as sucessões estão previstas nos artigos
1.784 ao 2.027, do Código Civil, e nos artigos 610 ao 663 do CPC.
A ideia de sucessão é tratada em outros dois momentos no Código Civil, no
capítulo das pessoas naturais, especialmente quando envolve a ausência –
falando-se em sucessão provisória (art. 26 ao 36) ou definitiva (art. 37 a 39).
Artigo 1.790 do Código Civil foi considerado inconstitucional pelo STF
em 2017 – a sucessão quando ela acontecer entre os cônjuges ou entre
companheiros (união estável), se operará de maneira idêntica;
No caso do falecimento de um companheiro, não havendo contrato escrito,
o outro deverá ajuizar ação para reconhecer e declarar a existência de
união estável e em seguida, poder buscar seus direitos na sucessão.
Exemplo: João tinha 100 reais antes de passar a viver com Maria, depois
eles adquiriram 300 reais juntos, e João recebeu uma herança de 200 reais
e uma doação de 100 reais. Joao falece, como ficará a herança? Se não
existe contrato escrito, após de reconhecida a união estável, será atribuído
a comunhão parcial de bens. – Dos 300 reais comuns entre os
companheiros, Maria ficará com sua parte de 150, e o restante irá compor a
herança, ou seja, a parte sucessória de João. Os bens particulares de
João são de 400 reais + 150 dos bens comuns = patrimônio de 550. A
parte dos bens comuns, Maria não receberá novamente, uma vez que é
meeira e não herdeira. Quem concorre a estes 150 reais são os descentes
em linha reta, se houver (tem dois filhos, cada um recebe 75 reais). A parte
dos bens particulares será dividido por 3 (dois filhos e a companheira, 133
para cada).
50% dos bens particulares precisam ir para os herdeiros necessários, se
não houver descendentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro, a pessoa
tem a disponibilidade de testar 100% dos bens na hora de fazer o
inventario.
Sucessão em Roma:
A figura da sucessão em Roma era ligada a ideia de cultuar a memória
do falecido;
O caráter patrimonial não era mais importante.
A linhagem sucessória ocorria apenas no viés masculino;
Não admitia dupla formatação: ou era testamentaria ou legitima;
Necessária para responder ao interesse dos credores.
Testemunhas testamentárias
Capacidade civil e discernimento presente, pessoa idônea
Não pode ser testemunha – art 228 menor de 16 anos, interessado no
litigio, amigo intimo ou inimigo capital, os cônjuges, os ascendentes, os
descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes,
por consanguinidade, ou afinidade.
Indignidade
Ação DOLOSA
Contra autor da herança ou seus herdeiros
Bens retirados do indigno chama heréticos
Qualquer herdeiro, legitimo ou testamentário, pode ser afastado da
sucessão por iniciativa de qualquer interessado (na deserdação somente os
necessaris serão afastados por vontade do testador)
Deve ser declarada judicialmente
O indigno recebe e perde a coisa
O incapaz de suceder jamais recebe a herança
Os efeitos da exclusão são personalíssimos – o herdeiro do excluído não é
atingido – pré-morto ao autor da herança
Ação só pode ser ajuizada após a morte do de cujos
O direito de demandar a indignidade extingue-se em 4 anos após a morte
do individuo
Possibilidade do perdão do indigno por parte da pessoa que foi ofendida –
manifestado no testamento – o perdão é irretratável – perdão tácito art.
1818 p.u.;
Alienações a terceiro de boa-fé são validas
Hipóteses art. 1814
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Deve colacionar todos os bens no monte, para que seja levado a partilha;
Aquele que sonegar os bens, perderá o direito que sobre eles cabia
A sonegação é DOLOSA;