2021 - Folheto 9 –Cor_ impacto ambiental cemiterios.

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TEXTO I

Veja S. Paulo

TEXTO II
No Ocidente, a preocupação com enterros começou no século 18, quando foram extintos os sepultamentos em
igrejas e outros locais sagrados dentro de áreas com alta densidade de pessoas e passou-se a enterrar os mortos longe
da cidade, dando origem ao que conhecemos hoje por cemitérios. No entanto, estudos sobre os impactos ambientais
das necrópoles aconteceram só no século 20.
Com o agravamento da pandemia e milhares de mortos por dia, os especialistas estão alertando para um
problema que já pode estar em curso nos cemitérios municipais.
Considerando que grande parte dos cemitérios foram construídos sem uma avaliação prévia do terreno, o
descarte indevido do necrochrorume – líquido decorrente do processo de decomposição humana que penetra o solo –
faz com que ele penetre o solo, contaminando lençóis freáticos, nascentes de rios e poços rasos.
Isso pode causar diversas doenças na população que consome essa água – sem contar que o próprio vírus da
Covid-19, cujo tempo de permanência em cadáveres ainda é desconhecido, pode gerar problemas futuros na exumação
dos corpos.
“O aumento de tumulações significa que o volume esperado de necrochorume ao longo de um ano vem sendo
atingido quase que diariamente”, explica Fernando Augusto Saraiva, Mestre e Doutor em Geologia e Geofísica da USP.
Os pesquisadores concordam que a cremação é uma opção ecologicamente mais viável. No entanto, frisa o
geólogo Lezíro Marques Silva, “se você não tem um sistema de filtração correto, deixará de ter um problema local e
passará a ter um problema mundial, porque estará jogando tudo isso no ar”.
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/04/03/como-o-alto-numero-de-enterros-pode-impactar-o-meio-ambiente-e-a-saude.htm (Adaptado)

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TEXTO III
De acordo com o professor Alberto Pacheco, da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais estudiosos
do tema e fonte para a maior parte das pesquisas na área, “os cemitérios são um risco potencial para o ambiente. Logo,
esse problema vem se agravar em virtude de que a maioria dos cemitérios foi construída em lugares que apresentam
valor imobiliário baixo, sem quaisquer estudos geotécnicos prévios”, destaca.
A geógrafa Francisleile Lima destaca que a população de baixa renda está mais propícia a ser infectada por
essas doenças. “Geralmente, essas pessoas possuem sistema imunológico natural baixo e vivem em regiões onde não
existe acesso à rede pública de água potável”, frisa.
Ela chama a atenção para a inexistência de uma lei federal específica que possa disciplinar o Regime dos Bens
Funerários, especialmente no que diz respeito aos cemitérios e às sepulturas, o que inclui também a segurança dos
trabalhadores do setor. “Surge a necessidade de levantar novas questões quanto ao gerenciamento dos ambientes
mórbidos, principalmente nesse momento em que o mundo vivencia um dos maiores problemas de saúde, ocasionado
pelo novo coronavírus”, aconselha.
“O problema relacionado à contaminação de solo e águas por cemitérios não é atual, e pouco tem sido realizado
para que essa condição mude”, explica Camila Baum, doutoranda em recursos hídricos e saneamento ambiental pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Grande parte dos cemitérios que iniciaram suas atividades até
2003 (e muitos deles continuam em funcionamento até os dias atuais) não passou por processos de licenciamento para
verificar as características do solo e do nível do aquífero freático, tampouco passou pelo processo de regularização
após 2003.
https://www.metropoles.com/brasil/uma-grande-necropole-enterros-em-massa-ameacam-lencois-freaticos (Adaptado)

TEXTO IV
No meio de uma pandemia, em se tratando de um vírus desconhecido, ainda temos mais dúvidas do que
respostas conclusivas, e a efervescência das redes sociais dissemina esse sentimento com eficácia e rapidez. Somos
bombardeados diariamente por notícias acerca desse novo vírus e dos impactos que o mundo vem enfrentando. Para
contextualizar a relação entre o enfrentamento dos países contra a COVID-19 e o meio ambiente, o docente do curso
de Biologia da Ulbra, Rivaldo Raimundo da Silva, destacou que, em parte, a pandemia é fruto do nosso modelo de vida
e da forma negativa com que lidamos com o planeta. “O número de pessoas que ainda não se deram conta de que o
nosso modelo de vida é insustentável ainda é muito grande. Não podemos sair dessa pandemia piores do que entramos”.
https://www.ulbra.br/canoas/imprensa/noticia/28838/biologo-explica-os-impactos-ambientais-provocados-pela-pandemia#

TEXTO V
Os principais impactos ambientais negativos gerados pelos cemitérios estão ligados ao descumprimento das
normas vigentes, à ausência de fiscalização, à falta de gerenciamento ambiental e à inexistência de uma equipe
multidisciplinar de profissionais capacitados. Considerando essas áreas como potenciais fontes de impactos ambientais,
é necessário licenciar, fiscalizar, monitorar e acompanhar a atividade cemiterial rigorosamente.
http://www.ibeas.org.br/conresol/conresol2020/IV-002.pdf (Adaptado)

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os impactos
ambientais dos cemitérios no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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Folheto 9

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Critérios ENEM

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