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Avaliação Funcional: Como

lidar com comportamentos


problemas e sinais do TEA

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Avaliação Funcional
Tentem responder

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Tentem responder:

– Por que nos comportamos?

• Por que vemos todos os dias o mesmo programa de


televisão?

• Por que não gritamos em sala de aula?

• Por que nos abrimos com nossos amigos?

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O que, exatamente, é um comportamento?

Simples: é o que uma pessoa faz e diz

COMO MANEJAMOS OU ALTERAMOS O COMPORTAMENTO?

Condicionamento operante – é o processo que usamos para ajudar a modificar ou


trocar um comportamento que é indesejável, ou para reforçar um comportamento
desejável.

As consequências negativas ou positivas do seu comportamento determinam se você


vai repeti-lo ou não. (ex: almoço)

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Comportamento

ANTECEDENTE: acontece logo antes do comportamento


COMPORTAMENTO: resposta ao antecedente
CONSEQUENCIA: (ou reforçador ) ocorre logo depois do comportamento – poderá ser
tanto positiva, negativa ou neutra.

IMPORTANTE: para conseguir efetuar mudança no comportamento, troca-se as


condições sobre as quais o comportamento ocorre ou troca as consequências de um
comportamento.

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Manejo do comportamento

Comportamentos indesejáveis podem emergir quando uma criança, está cansada,


faminta, frustrada, aborrecida, desocupada, excitada, ou em uma situação novo ou
difícil.

Por causa de limitações de linguagem, a criança pode ser incapaz de identificar seus
sentimentos ou intenções.

Para lidar adequadamente com comportamentos, você terá que observar e entender
as suas funções

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Exemplo

•  Embora um comportamento possa parecer agressivo (como bater), isso não


significa necessariamente que a intenção ou função do comportamento também
seja agressiva.

•  Bater em alguém poderia ser um modo inadequado de dizer “oi!”.

•  Para outra criança bater pode ser usado para dizer “não”.

•  E para outras crianças pode ser um gesto puramente agressivo.

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Exemplo

•  Modificar um comportamento significa mudar os eventos ambientais


(antecedentes e consequências) sobre as quais ele ocorre.

•  Para fazer isso precisamos entender a relação entre essas condições e o


comportamento

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Avaliação funcional

•  Onde e quando o comportamento ocorre?

•  Com quem ocorre?

•  Com que frequência?

•  O que acontece antes e depois que o comportamento ocorre?

•  Para isso entreviste professores, pais e observe!

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Tabela de
comportamento

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Criança:

Data Ocorrência de Ocorrência de Ocorrência de fugir Ocorrência de Ocorrência de Ocorrência de


gritos correr da atividade choros birras brincar adequado

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Lidando com Comportamento problema:

Comportamentos-problema são aqueles que impedem a realização de


comportamentos adequados, retardando a aprendizagem e, consequentemente, a
evolução da criança.

Podem ser:
•  Disruptivos e birras
•  Estereotipias
•  Rituais
•  Interesse restrito

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Estereotipias

As estereotipias são movimentos repetitivos mantidos por autoestimulação.

Costumam ocorrer em três situações: quando a criança está ansiosa, quando está
muito excitada ou quando não tem atividades produtivas a fazer.

Os movimentos podem ocorrer com objetos (como bater na mesa repetidamente) ou


com o próprio corpo da criança (agitar os braços, morder-se, correr pela casa, etc).

Além disso, a ecolalia e o balbuciar ininterrupto são formas de estereotipia.

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Estereotipias

Os comportamentos auto-estimulatórios tendem a diminuir quando o indivíduo está


engajado em atividades produtivas.

Por isso, a regra de ouro para evitar as estereotipias é manter a pessoa com
o problema sempre ativa.

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Estereotipias - Técnica de redirecionamento

A melhor forma de lidar com a estereotipia é manter a criança em atividades


adequadas durante todo o tempo.

Infelizmente, isso não é possível. Uma alternativa é seguir esses passos:

1. Faça uma lista de todas as estereotipias da criança e em que situações elas


ocorrem (anote a hora da estereotipia e o que estava acontecendo no ambiente da
criança).

2. Com base no levantamento feito, fique atento às situações em que os movimentos


costumam acontecer

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Estereotipias - Técnica de redirecionamento

3. Nas situações em que os movimentos ocorrem, seja mais rápido do que a criança e
direcione o comportamento dela para uma atividade adequada ANTES de a
estereotipia ocorrer.

4. Repita os passos insistentemente por alguns dias, ou até semanas.

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Rituais

Rituais têm semelhanças com as estereotipias. Também são


comportamentos repetitivos, mas que ocorrem de forma mais localizada.

Por exemplo, a criança insiste em passear sempre pelo mesmo caminho.


Outro exemplo: a criança reclama bastante sempre que muda de ambiente.

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Lidando com os Rituais:


Técnica do Quadro de Rotinas

Faça uma lista de mapeamento dos rituais (semelhante à feita para as estereotipias).
Depois, modifique gradualmente as situações nas quais o ritual ocorre e o
comportamento tipicamente apresentado.

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Lidando com os Rituais:


Técnica do Quadro de Rotinas

Por exemplo, se a criança insistir em sentar sempre na mesma cadeira, deslize-a em


torno da mesa, mudando sua posição. No dia seguinte, mova a cadeira ainda mais, e
assim sucessivamente. Termine ajudando a criança a se sentar em uma cadeira
diferente todos os dias.

Caso a criança se irrite muito com as mudanças, associe-as com os objetos e as


atividades preferidas por ela. Por exemplo, ajude-a a se sentar em uma cadeira
diferente e imediatamente dê a ela seu brinquedo mais querido.

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Lidando com os Rituais:


Técnica do Quadro de Rotinas

É muito útil, para lidar com mudanças de ambiente, criar um quadro de


rotinas para a criança, que apresenta (com fotos) todas as atividades que
ela realizará durante o dia. O quadro, para ser melhor aproveitado, deve ser
utilizado de manhã e novamente a cada nova atividade.

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Lidando com os Rituais:


Técnica do Quadro de Rotinas

Ajude a criança a olhar todas as fotos e o nome dos itens constantes no quadro. É
ainda mais interessante que o quadro e seus itens sejam de velcro, permitindo à
criança montar o próprio dia. Ajude-a nos primeiros dias ou semanas e gradualmente
permita que ela faça tudo sozinha.

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Interesse Restrito

Trata-se do apego demasiado a um determinado objeto ou atividade e a


não aceitação do engajamento em outras tarefas ou brincadeiras.

O interesse restrito limita o campo de possibilidades de interação e aprendizagem da


criança diagnosticada com autismo.

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Interesse Restrito - REDIRECIONAR

1. Direcione a criança para outra atividade. Ajude-a nesta nova tarefa ou com o novo
objeto, fazendo muita festa.

2. Nas primeiras vezes, não exija muito tempo de engajamento. Aumente o tempo
gradualmente.

3. Após segundos, ou minutos, na nova tarefa, dê a ela o objeto ou deixe-a realizar a


atividade que mais gosta.

4. Repita esses passos com novas tarefas.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

São comportamentos agressivos, de oposição e enfrentamento, em que as crianças


ficam muito agitadas, chorosas e não demonstram consideração por objetos e
pessoas.

Birras e comportamentos disruptivos são, em última análise, uma forma de


comunicação. Geralmente, dizem uma de duas coisas: “eu não quero esta situação”
ou “eu quero este objeto ou atividade”.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

A ocorrência desses comportamentos inadequados em crianças diagnosticadas com


autismo provavelmente está ligada à dificuldade que elas têm em utilizar a
comunicação convencional para manifestar seus desejos e inquietudes. Por conta
disso, o autista utiliza da forma de comunicação que lhe é acessível (e que é
extremamente funcional): a birra e os disruptivos.

O problema se agrava quando os pais realizam todos os desejos das crianças, o que é
infelizmente muito comum.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas

A solução para diminuir a frequência de birras e comportamentos disruptivos é


ensinar formas de comunicação adequadas, que permitam à criança manifestar suas
necessidades. A técnica mais funcional para isso é a extinção somada ao
reforçamento de comportamentos alternativos ou incompatíveis com as birras.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas

A extinção consiste em suspender o reforço da birra ou do comportamento disruptivo.


Ou seja, em não permitir que ele funcione. Apesar de ser funcional, o problema de
utilizar apenas a extinção é que ela provoca resultados indesejáveis, como
raiva e aumento inicial do comportamento inadequado antes de ele desaparecer.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas

Para realizar adequadamente o reforçamento de comportamentos adequados que


substituem os inadequados, o primeiro passo é fazer uma lista mapeando a
ocorrência das birras e disruptivos. Deve ser uma lista mais completa do que a
anteriormente mostrada. Ela deve conter não apenas a situação em que o
comportamento ocorreu, mas também o que a criança obteve com ele.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas

Agora que você fez o levantamento, é válido seguir esses passos:

1. Crie um sistema de comunicação alternativa e o tenha sempre em mãos. O PECS é


a melhor solução (fotos dos diferentes objetos e atividades da criança). Não esqueça
de ter uma foto de tudo que apareceu como consequência na lista do seu filho. É
válido também ter um cartão escrito “Não” para que a criança o utilize.

2. Nas situações em que as birras costumam ocorrer, fique a postos para ajudar a
criança a lhe entregar a imagem correspondente ao que ela deseja.

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Birras e Comportamentos Disruptivos

Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas

Agora que você fez o levantamento, é válido seguir esses passos:

3. Imediatamente após a criança lhe entregar a foto, ou pedir verbalmente, permita


que ela acesse o que ela deseja. No caso do “Não”, suspenda o pedido por alguns
minutos. Após isso, peça novamente, oferecendo algo desejável após ela cumprir sua
solicitação.

4. Ainda que a criança esteja se comportamento inadequadamente (o que é comum


no começo desse procedimento), aceite a figura e lhe dê o que ela quer.
Gradualmente, vá exigindo que ela faça cada vez menos birra, até que somente o
comportamento adequado prevaleça.

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Comportamentos-problema: Um Guia Geral

Faça uma análise funcional detalhada do comportamento problema:

• Em que situações ele ocorre?


• Em que ambientes ele ocorre?
• Quais as consequências que ele recebe?
• Com que frequência ele ocorre?
• Ocorre mais com uma pessoa do que com outra?

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Comportamentos-problema: Um Guia Geral

Geralmente, os comportamentos-problema têm alguma(s) dessas funções:

• Receber atenção social;


• Pedir por algo;
• Fugir de uma situação desagradável;
• Auto-Estimulação.

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Comportamentos-problema: Um Guia Geral

Se a função for... Receber atenção social

• Pare de prestar atenção, ou ficar bravo, ou ficar chocado com o comportamento-


problema (procedimento de extinção).
• É válido pedir por respostas adequadas alternativas.
• Comece a dar atenção e elogios quando a criança estiver se comportando de
maneira apropriada.

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Comportamentos-problema: Um Guia Geral

Se a função for... Pedir por Algo ou Fugir de uma Situação Desagradável

• Ensine formas de comunicação alternativas ao comportamento-problema: pedir


verbalmente, ou por troca de figuras, ou por gestos (reforçamento de respostas
alternativas).
• Concomitantemente, não mais permita que o comportamento-problema seja bem
sucedido (extinção).

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Comportamentos-problema: Um Guia Geral

Se a função for... Auto-Estimulação

• Redirecione imediatamente a resposta para algo adequado.


• Quanto mais tempo de atividade apropriada, menos tempo de auto-estimulação.
• Procure respeitar a necessidade de auto-estimulação e propor atividades que
forneçam estimulação semelhante.

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Fim desta aula
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