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MICOLOGIA

AULA 2

CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES, PATOGÊNESE FÚNGICA E FATORES DE VIRULÊNCIA


FÚNGICOS

aumento do número de doenças causadas por organismos fúngicos, muito relacionados


principalmente por várias condições que causam imunocomprometimento.

Há muita subnotificação.

micologia médica: fungos patogênicos, fungos oportunistas e actinomicetos

hospedeiros: humanos e/ou animais

MICOSES

classificar: superficial, cutânea, subcutânea, sistêmica e oportunistas

diferença de localização anatômica dessas regiões

Classificação das micoses: local da lesão, vias de penetração, vias de disseminação e


resposta do hospedeiro.

micoses oportunistas: acontecem em indivíduos que já estão doentes e que estão mais
frágeis

micoses superficiais

localização da lesão: superficial


penetração: contato direto
normalmente não dissemina por via sanguínea e/ou linfática
não induz resposta inflamatória

fungos invadem: camada córnea da pele, haste livre de pêlos


forma parasitária: hifa
quatro micoses superficiais: pitiríase versicolor (micose de praia), tinha negra, piedra branca
e piedra negra
da epiderme para fora

micoses cutâneas

fungos invadem: camada córnea da pele, parte intrafolicular dos pelos e lamnina ungueal
(dermatófitos e candida spp)

contágio: solo contaminado, animais e homem infectado

local: epiderme e derme


dermatofitoses

maior prevalência dentre as micoses cutâneas


um dos maiores problemas dermatológicos em todo o mundo
problema de saúde pública no brasil
agentes etiológicos: fungos dermatófitos

fungos dermatófitos: degradar queratina, por isso conseguem penetrar na pele


distribuição mundial

3 gêneros: trichophyton, microsporum e epidermophyton

25 espécies patogênicas para o homem: 15 já relatadas no brasilfungos dermatofitos:


antropofílicos (homem-homem), zoonose (animais) e geofilicos (solo)

MICOSES SUBCUTÂNEAS

localização: derme
penetração: microtraumatismos
disseminação: via linfática
resposta do hospedeiro: inflamatória
exemplos: esporotricose, lobomicose, eumicetonas

lesões supurativas granulosas e tumorais

supurativas granulosas: esporotricose, cromoblastomicosis, feohifomicosis subcutánea e


micetoma

tumorais: rinosporidiose, lobomicose, entomoftoromicose

MICOSES SISTÊMICAS

localização: acomete orgaos internos


via de penetração: inalatória
vias de disseminação: sanguínea e linfática
resposta do hospedeiro: inflamatória e granulomatosa
exemplos: paracoccidioidomicose, histoplasmose e coccidioidomicose

adquirida pela inalação de propágulos fúngicos


localização primariamente pulmonar
disseminação hematogênica a qualquer órgão
relacionada a fungos dimórficos - convertem para forma de levedura, forma redondinha e
menor

fungos dimórficos
passam da fase saprofítica para a parasitária quando vai pro hospedeiro
a gravidade depende de três fatores: estado imunológico, carga parasitária e virulência da
cepa

MICOSES OPORTUNISTAS

definição: causadas por fungos que normalmente são sapróbios e que em decorrências de
fatores adversos passam a produzir lesões
indivíduos com baixa resposta imune
antibioticoterapia prolongada
rompimento de barreira de defesa da pele e/ou de mucosas
ex: candidíase, criptococose e aspergilose

FATORES DE VIRULÊNCIA E PATOGÊNESE FÚNGICA

são propriedades que o fungos possuem para causar doenças

equilíbrio da microbiota amfibiôntica

número de microrganismos x virulência

defesas constitutivas e induzidas x fatores locais, ambientais e genéticos

a doença começa quando é quebrado o balanço entre a virulência e a resposta imune do


hospedeiro

sintomatologia
patogenicidade do agente agressor + competência do sistema imunológico

simbiose -------- antisimbiose

hospedeiro
entidade na qual os microrganismos residem ou replicam; entidade onde ocorre a
patogênese microbiana

microrganismo patogênico - microrganismo capaz de causar dano no hospedeiro

virulência: capacidade relativa de um microrganismo de causar dano no hospedeiro

Dano: rompimento dos mecanismos normais de homeostase do hospedeiro que altera o


funcionamento das células, tecidos ou órgãos

conceitos básicos do sistema dando-resposta


a patogênese microbiana é o resultado da interação entre hospedeiro e mum microrganismo

a relevância para o hospedeiro da interação microrganismo-hospedeiro é determinada pela


quantidade de danos ao hospedeiro
dano ao hospedeiro pode ser resultado de fatores microbianos ou a propria resposta do
hospedeiro

fator de virulência é um componente do patógeno capaz de causar dano ao hospedeiro

virulência: aparecimento de sintomas

postulado de kock

fenótipo ou propriedade sob investigação deve ser associado aos membros patogenicos de
um mesmo gênero de cepas patogênicas de uma espécie

inativação específica de gene associados com a característica de virulência leva apra uma
perda mensurável da patogenicidade ou virulência

reversão ou substituição de alelos do gene mutado restaura a patogenicidade

diferentes abordagens para a identificação de genes de virulência e associados a virulência:


evidências fenotípicas, genéticas e imunológicas
fatores de virulência favorecem

adesão fúngica - colonização - disseminação e habilidades em sobreviver em ambientes


hostis - escape dos mecanismos de defesa do hospedeiro

termotolerância

capacidade do fungo de sobreviver em temperaturas do hospedeiro (37 graus C)


exemplo: cryptococcus, histoplasma capsulatum and sporothrix schenckii
todos os que estão dentro de humanos são termotolerantes a 37

dimórficos: mudança de fase de filamentos para leveduras

cepas mais virulentas são capazes de se adaptar a mudanças drasticas de temprarutea e


convertem-se mais rapidamente

geralmente termotolerância está associada à virulência

dimorfismo

dimorfism é uma característica de alguns fungos em assumirem fenotipos diferentes:


temperaturas e nutrientes
facilitam o início da infecção (patogênese) e ajudam o fungo a escapar de agressões pelo
hospedeiro
mudança: temperatura, fatores nutricionais, pH e concentração de oxigenio
COMPONENTES DE SUPERFÍCIE FÚNGICA

protegem microorganismos contra defesas do hospedeiro, considerados os maiores alvos


para estudos de virulência

parede celular fúngica: em sua maioria polissacarídeos

beta 1-3 glucano impede reconhecimento da lectina pelo sistema imune inato

componentes estruturais da parede celular:

ADESINAS

adesão de microorganismos patogênicos a tecidos do hospedeiro é considerada o primeiro


e mais importante passo para a colonização e disseminação

cápsulas

fator de virulência
estrutura facultativa, tem composição mucopolissacaridica
proteção do fungo a fagocitose pela célula hospedeira
impede reconhecimento da beta 1-3 glucano
PIGMENTO DE MELANINA

L-DOPA
dopamina é um neurotransmissor
dentro do sistema nervoso se protege mais

PRODUÇÃO DE ENZIMAS

fungos secretam várias enzimas hidrolíticas como proteases, lipases e fosfoliases para o
ambiente extracelular

estas enzimas têm papéis cruciais no metabolismo fúngico e podem estar envolvidas na
patogênese
danos a célula hospedeira fornecem nutrientes em ambientes limitados
fosfolipases fúngicas: fosfolípidos

digestão e absorção de fosfolipídios do ambiente extracelular


digestão dos fosfolipídios da membrana celular do hospedeiro

BIOFILME

comunidade de células aderidas a uma superfície


adesão das leveduras ao substrato, proliferação, formação de hifas na parte superior,
acúmulo de matriz extracelular, dispersão de células

resistência a antifúngicos e resistência a resposta imune

fatores: arquiterura complexa do biofilme, matriz polissacaridica, expressão de bombas de


efluxo, plasticidade metabólica

células dispersas de biofilme sao mais virulentas


RESPOSTA AO STRESS AMBIENTAL

resposta: virulência e sobrevivência

VIAS REGULADORAS DA RESPOSTA AO STRESS: contribuem para virulência


heat shock
nitrosativa
oxidativa
osmótica

anti-oxidativa: permite que o fungo viva no interior dos fagolisossomos, sob extremas
condições de pH e stress oxidativo. os fungos podem também produzir esta enzima e
secreta-la como exo- antígeno

gênero paracoccidioides

principais manifestações clínicas: acomete adultos de 30-50 anos


pessoas mais jovens que tiveram contato com foco quiescente
relação de 10-15 homens para 1 mulher

levedura é a forma patogênica


hormônios inibem essa conversão de fases

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