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O SETOR DE BASE

FLORESTAL NO
RIO GRANDE DO SUL 2020
ANO BASE 2019

50 ANOS
SOBRE A AGEFLOR
A Ageflor - Associação G­aúcha de Empresas Florestais – é a
entidade representativa das empresas da cadeia produtiva
de base florestal do Rio Grande do Sul. É uma sociedade
civil de direito privado, sem fins lucrativos e de duração
ilimitada que foi fundada em 22 de setembro de 1970,
inicialmente com a criação da Associação Sul Riograndense
de Reflorestadores – ASRR, que posteriormente realizou
uma fusão com a Aflovem – Associação de Reflorestadores
e Transformadores Verticalizados de Madeira, em 1989,
dando origem à atual denominação.

Reúne em seu quadro social empresas que atuam em


diferentes segmentos da cadeia produtiva de base florestal,
tais como florestamento e reflorestamento; produção de
madeira serrada para uso na construção civil e indústria
move­l eira; produção de chapas (MDF, MDP), compensados,
aglomerados, laminados e faqueados; celulose e papel;
movelaria; resinas (breu e terebintina); tanino; postes
tratados; cavacos para produção de celulose; cavacos
para geração de energia; mudas florestais; energia (lenha
e carvão); máquinas e equipamentos; insumos e produtos
químicos.
2
Mensagem
do presidente

A Associação Gaúcha de Empresas Florestais abre em 2020 o ano


do cinquentenário de sua fundação. Uma trajetória de cinco dé-
cadas de evolução e transformações, que resulta nos atuais núme-
ros e dados apresentados nesta publicação sobre o setor de base
florestal do Rio Grande do Sul.

Hoje, cabe às empresas organizadas em associação trazer a públi-


co os elementos para a compreensão do que somos e para pro-
jetar os próximos ciclos dessa nossa história. Assim, procuramos
demonstrar aqui a importância das florestas plantadas. Do con-
texto socioeconômico aos números de área e de produção. Por
fim, também observar os parâmetros que nos dão as garantias de
que elas podem conviver harmonicamente com o ambiente.

Nosso permanente desafio e, ao mesmo tempo, compromisso


está em apurar nas diferentes fontes, aferir e apresentar os in-
dicadores qualificados para diagnóstico próprio ou por demanda
da academia, do mercado e do Estado. Trazemos as informações
presentes, cientes do papel que as empresas do setor têm junto
à sociedade.

Uma boa leitura!

Paulo Cesar Nunes Azevedo


Presidente
Gestão 2020-2021

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 3
sumário

1. As florestas plantadas 06

2. Contexto socioeconômico 10
Geração de empregos 12
Desenvolvimento municipal 12
Índice de Desenvolvimento Socioeconômico - Idese 13
Economia e situação fundiária 13

3. Florestas plantadas no Rio Grande do Sul 16


Eucalipto 19
Pinus 20
Acácia-negra 21
Distribuição por Coredes 22
Coredes com maior cobertura 22
Distribuição das florestas plantadas por município 26

4. Produção florestal e industrial 30


Lenha 38
Carvão vegetal 38
Pellets 39
Celulose e papel 40
Painéis de madeira 40
Móveis de madeira 41
Produtos florestais não madeireiros 42
Erva-mate 42
Casca de acácia 44
Resina de pinus 46
Pinhão 47
5. Exportações 48

Celulose 50
Papel 52
Painéis reconstituídos 54
Serrados 56
Móveis de madeira 58
Cavacos 60
Madeira em bruto 62
Erva-mate 65
Tanantes 66
Pellets 67
Resina 68

6. Indicadores ambientais e sustentabilidade 70


Áreas de conservação 71
Áreas de florestas certificadas 72
Forest Stewardship Council® (FSC) 73
Cerflor - Inmetro (PEFC) 74
Bioprodutos 75
O potencial da araucária 76

Nota técnica 79
1
AS FLORESTAS PLANTADAS

O s primeiros plantios florestais em solo brasileiro remontam para o século passado, quando em 1903 as
primeiras mudas de eucalipto foram plantadas para a produção de dormentes que seriam utilizados em
estradas de ferro. O pioneirismo foi com Navarro de Andrade, trazendo mudas de eucalipto (Eucalyptus spp.) a fim
de produzir a madeira.

Na década de 60, a área de florestas plantadas, em sua maioria com espécies de eucalipto e pinus, teve significa-
tiva expansão devido aos incentivos fiscais.

Com esses incentivos, foi possível ampliar consideravelmente o estoque de madeira. Como resultado, o plantio
dessas florestas foi se tornando uma alternativa cada vez mais viável para suprir a demanda de madeira, que antes
era abastecida a partir de florestas naturais, tendo como destaque a Mata Atlântica, que, pela intensa e descontro-
lada utilização, foi tendo seus recursos exauridos.

Desde então, investiu-se na pesquisa dessas espécies, consolidando seu uso em plantios comerciais, contribuindo
proativamente para o desenvolvimento econômico do Brasil, gerando emprego, renda e oportunidade de negócios.

A acácia-negra (Acacia mearnsii) se destaca no Rio Grande do Sul, onde encontrou boas condições de adaptação,
desde a introdução das primeiras mudas, em 1918. É o Estado com maior área cultivada de acácia-negra no Brasil.

Em 1947, foi a vez do pinus (Pinus spp.). Essas espécies se desenvolveram bem nas regiões onde foram introduzidas,
o eucalipto nos cerrados paulistas e o pinus no sul do Brasil. O plantio dessas espécies tornou viável a possibilida-
de de prover a demanda de madeira.

O Brasil detém hoje as melhores tecnologias na silvicultura do eucalipto, podendo atingir cerca de 60m³/ha/ano
de produtividade, em rotações de sete anos. Existem plantios comerciais de outras espécies, como seringueira
(Hevea spp.), teca (Tectona grandis), paricá (Schizolobium parahyba), araucária (Araucaria angustifolia) e álamo
(Populus sp.).

Os plantios florestais apresentam-se em sua maior parte em sistema de monocultura. As pesquisas têm avançado
na área de sistemas agroflorestais e silvipastoris, que demonstram resultados positivos nos aspectos econômicos,
ambientais e sociais.

Algumas importantes funções das florestas plantadas

• Diminuição da pressão sobre florestas nativas • Regulação climática


• Manutenção da biodiversidade • Proteção do solo e da água
• Reaproveitamento de áreas degradadas • Ciclos de rotação mais curtos em
• Sequestro de carbono relação a países com clima temperado
• Redução de processos erosivos • Geração de emprego e renda

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 7
Conforme Relatório de Avaliação Global dos Recursos Florestais (FRA 2020), publicado pela FAO (Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), estima-se que há 290 milhões de hectares de florestas plantadas
no mundo, representando 7% das áreas de florestas. As florestas plantadas do Brasil são conceituadas pela FAO
como “floresta predominantemente composta por árvores estabelecidas por meio de plantio e/ou semeadura
deliberada”.

O Brasil detém a segunda maior área florestal (considerando plantadas e naturais) do mundo, e a importância de
suas florestas tem reconhecimento em nível nacional e global, tanto por sua extensão quanto pelos valores a ela
associados, como a conservação da biodiversidade.

Conforme o IBÁ,
em 2019 as florestas 9 compostas principalmente
por espécies de eucaliptos,
plantadas no Brasil
ocupavam área de
milhões
de hectares,
pinus e outras (seringueira,
acácia, teca, paricá, etc).

As florestas plantadas são subsídios para uma gama enorme de produtos que ganham mercado em uma indús-
tria abastecida por árvores cultivadas. Transformam-se em matéria-prima para produção de biomassa, celulose,
madeira reconstituída, madeira serrada e extrativos da madeira, além de possibilitar a extração de produtos não
madeireiros.

Através das florestas plantadas são obtidos insumos que movimentam as indústrias e, transformados, chegam até
a população e suas residências como madeira, móveis, livros, papéis, embalagens, cosméticos, tintas, produtos de
limpezas e na água tratada. As florestas plantadas são uma matéria-prima renovável, cíclica, e com função ecossis-
têmica, sendo positiva ao meio ambiental, reguladora, e benéfica para o consumo humano.

São as árvores das florestas plantadas as responsáveis por cerca de 91% da madeira total produzida para uso na
indústria no Brasil (IBÁ, 2019). A casca, a madeira, a resina, estão presentes em produtos do nosso cotidiano, na
construção civil, na fabricação de móveis, em medicamentos e cosméticos.

As florestas plantadas firmam


um ciclo produtivo renovável,
com potencial para novos
mercados, e subsidiam um
consumo que garante
recursos a longo prazo.

O setor de base florestal abrange os pequenos produtores, e implementa programas de parceria e fomento flores-
tal, buscando manter a geração de renda e o recurso florestais disponíveis, e muitas vezes aderindo à integração da
atividade florestal com a Agricultura e Pecuária, onde além de fornecer matéria-prima para a sociedade, possibilita
o desenvolvimento rural, além de manter o habitat natural para fauna e flora regional.

8
Os plantios florestais apresentam-se em sua maior parte em sistema de monocultura. As
pesquisas têm avançado na área de sistemas agroflorestais e silvopastoris, que demon-
stram resultados positivos nos aspectos econômicos, ambientais e sociais.

Conforme o Relatório de Avaliação Global dos Recursos Florestais (FRA 2020), publicado
pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), estima-se
que há 290 milhões de hectares de florestas plantadas no mundo, representando 7%
das áreas de florestas. As florestas plantadas do Brasil são conceituadas pela FAO como
“floresta predominantemente composta por árvores estabelecidas por meio de plantio e/ou
semeadura deliberada”.

O Brasil detém a segunda maior área florestal (considerando florestas plantadas e


naturais) do mundo, e a importância de suas florestas tem reconhecimento, tanto por sua
extensão quanto pelos valores a ela associados, como a conservação da biodiversidade.

As florestas plantadas são subsídios para uma ampla gama de produtos, que ganham
mercado em uma indústria abastecida por árvores cultivadas. Transformam-se em matéria-
prima para indústrias de biomassa, celulose, madeira reconstituída, madeira serrada e
extrativos da madeira, além de possibilitar a extração de produtos não madeireiros.

Através das florestas plantadas, são obtidos insumos que movimentam as indústrias.
Transformados, chegam até a população e suas residências como madeira, móveis, livros,
papéis, embalagens, cosméticos, tintas, produtos de limpezas e na água tratada. As
florestas plantadas são uma matéria-prima renovável, cíclica, e com função ecossistêmica,
sendo positiva ao ambiente, reguladora e benéfica para o consumo humano.

As árvores das florestas plantadas são as responsáveis por cerca de 91% da madeira total
produzida para uso na indústria no Brasil (IBÁ, 2019). A casca, a madeira e a resina estão
presentes em produtos do nosso cotidiano, na construção civil, na fabricação de móveis,
em medicamentos e cosméticos.
O setor de base florestal abrange pequenos produtores e implementa programas
de parceria e fomento florestal, buscando manter a geração de renda e os recursos
florestais disponíveis. Muitas vezes, aderindo à integração da atividade florestal com a
agricultura e a pecuária, além de fornecer matéria-prima para a sociedade, possibilita o
desenvolvimento rural e a manutenção do habitat natural para fauna e flora.

PINUS ACÁCIA-NEGRA EUCALIPTO

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 9
2
CONTEXTO SOCIOECONÔMICO

O setor florestal desenvolve programas e projetos sociais que envolvem as comunidades do seu entorno e
produtores rurais, principalmente através de programas de fomento florestal. Os benefícios do fomento
pela indústria associada ao produtor impactam positivamente também a comunidade inserida, fortalecendo a
cadeia de base florestal.

A participação econômica e social também é destaque nas atividades florestais no cenário nacional. Conforme
dados do IBÁ (2020), em 2019 o setor de árvores plantadas foi responsável pela geraçãoPÁGINA de R$ 97,4 bilhões de
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
receita bruta a preços correntes para a economia brasileira.

CONTEXTO SOCIOECONÔMICO
Para entender a contribuição do setor florestal no desenvolvimento no Estado do Rio Grande do Sul, torna-se
relevante contextualizar alguns indicadores e dados relativos à população, à economia, à estrutura fundiária e
ao território.
O setor florestal desenvolve programas e projetos sociais que envolvem as comunidades do seu
entorno e produtores rurais principalmente através de programas de fomento florestal. As ações
de fomento florestal se caracterizam por uma prática onde os benefícios vão desde a indústria
Com extensão territorial de 281.707,1 km² e composto por 497 municípios, o Rio Grande do Sul é
associada, o produtor beneficiado, até a comunidade inserida, fortalecendo a cadeia de base
o nono maior
estado brasileiro
florestal. em território. Sua população de 11,4 milhões de habitantes em 2019 (IBGE), é equilibrada
entre os gêneros, porém está concentrada em regiões urbanas (Figura 1).
PÁGINA
o do setor de base florestal do RioAGrande
participação
do Sul econômica e social também é destaque nas atividades florestais no cenário nacional
As florestas plantadas
e estadual. também
Conforme dados dosustentam
IBÁ (2020) em os 2019
pilares econômico,
o setor social foi
de árvores plantadas e ambiental.
responsável São responsáveis pela
pela geração de R$ 97,4 Bilhões de receita bruta a preços correntes para a economia brasileira.
geração de empregos diretos e indiretos, desde o plantio, manejo e corte, passando ainda pelos setores de
O SOCIOECONÔMICO Para adentrar no concernente as Florestas Plantadas e entender a contribuição do setor florestal
transportepara e logística, até a indústria
o desenvolvimento no Estado,de transformação
torna-se para enfim
relevante contextualizar serem
alguns comercializadas.
indicadores e dados
do Rio Grande do Sul, relativos à população, economia, estrutura fundiária e território.
rogramas e projetos
Ganhamsociais
osque envolvem internacionais,
mercados as comunidades doatravésseu das oportunidades de exportação, sendo como celulose, móveis,
incipalmente através de programas de fomento
Com extensão florestal.
territorial As ações
de 281.707,1 km² e composto por 497 municípios, o Rio Grande do Sul é o
madeira serrada,
erizam por uma prática ondenono
toras
os maior Estado
benefícios
e
vão
cavacos
brasileiro
desde aem
ou dos demais produtos beneficiados originários das florestas plantadas.
território. Sua população, estimada de 11,4 milhões de habitantes
indústria
Com o aumento
iado, até a comunidade (IBGE) em
inserida, dos
2019,plantios,
fortalecendo novas
é equilibrada
a cadeia entre fábricas
os
de base são oportunizadas,
gêneros, porém está concentrada em resultando também na geração de novos
regiões urbanas.
empregos em diversos setores da economia nacional.
ial também é destaque nas atividades florestais no cenário nacional
o IBÁ (2020) em 2019 o setor de árvores plantadas foi responsável Figura 1 – Distribuição da
s de receita bruta a preços correntes para a economia brasileira.
as Florestas Plantadas e entender a contribuição do setor florestal
população do RS segundo
tado, torna-se relevante contextualizar alguns indicadores e dados gênero e zona de residência
à população, economia, estrutura fundiária e território.
Masculino
1.707,1 km² e composto por 497 municípios, o Rio Grande do Sul é o
m território. Sua população, estimada de 11,4 milhões de habitantes
5,1 habitantes a cada 10 são 8,5 habitantes a cada 10
entre os gêneros, porém está concentrada em regiões urbanas.
mulheres são urbanos
49%

85%
15%
Rural Urbana

Figura 2.0 - Distribuição


da População do Estado 51%

Segundo o Gênero e
são 8,5 habitantes a cada 10 Feminino
Zona desãoResidência
urbanos
Fonte: IBGE. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 11
2.1 Geração de empregos

Grande preocupação dos brasileiros, a taxa de desemprego é atenuada em diversos


rincões do Estado pelas atividades desenvolvidas pelo setor de florestas plantadas.
368,4 mil Da mão de obra rural e industrial, são estimados 368,4 mil empregos diretos e
indiretos mantidos pelo setor de base florestal no Rio Grande do Sul no ano de 2019.
empregos no
Rio grande Em termos nacionais, o setor empregou diretamente no ano de 2019 o contingente
de 1,3 milhão de trabalhadores. Considerando os trabalhadores indiretos, o número
do sul chega a 3,75 milhões de brasileiros (IBÁ, 2020).

2.2 Desenvolvimento municipal


O desenvolvimento dos municípios gaúchos nos últimos anos apresenta leve crescimento (Figura 2), com base no
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O IFDM utiliza metodologia de comparação com os padrões
de desenvolvimento encontrados nos países mais avançados como referência dos indicadores municipais, monito-
rando três áreas principais: emprego e renda, educação e saúde.

A Figura 2 mostra a evolução do IFDM nos municípios que concentram a maior área de florestas plantadas (Encru-
zilhada do Sul e São Francisco de Paula); os municípios que apresentam o maior percentual de ocupação com flo-
restas plantadas (Tabaí e Taquari); os municípios que concentram grande concentração industrial de base florestal
(Guaíba – celulose; Bento Gonçalves – móveis) comparando com a média dos municípios brasileiros e a média do
Estado do Rio Grande do Sul.

Figura 2 – Evolução do índice IFDM nos municípios, com destaque


para área plantada, percentual de ocupação e polos industriais
0,90

0,85
2010

0,80 2011

2012
IFDM

0,75
2013

0,70 2014

2015
0,65
2016

0,60
Brasil RS Encruzilhada S. Fco. Tabaí Taquari Guaíba Bento
do Sul de Paula Gonçalves

Fonte: Firjan. Elaboração RDK Logs

12
2.3 Índice de Desenvolvimento Socioeconômico – IDESE

O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE), monitorado pela Seplag (Secretaria de Planejamento,


Orçamento e Gestão), por meio do Departamento de Economia e Estatística (DEE), busca mensurar o nível de
desenvolvimento socioeconômico dos municípios gaúchos. Para tanto, são avaliados 12 indicadores, divididos em três
áreas: educação, renda e saúde.

Dentre os indicadores analisados, o IDESE médio apresentou o maior crescimento para o município de Encruzilhada
do Sul, que no período de 2013-2016 apresentou crescimento de 6,25% (Figura 3).

Figura 3 – Evolução do Índice IDESE nos municípios, com destaque


para área plantada, percentual de ocupação e polos industriais
Bento
Gonçalves

Guaíba

Taquari
IDESE

Tabaí

São Francisco
de Paula

Encruzilhada
do Sul

RS

0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850

2016 2015 2014 2013 Fonte: Seplag/DEE. Elaboração RDK Logs

2.4 Economia e situação fundiária


O Estado é 4º lugar no ranking nacional em termos do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2019, atingiu R$ 480,5 bi-
lhões, um crescimento de 2% em relação a 2018, sendo que o PIB do setor de florestas plantadas é estimado em
R$ 1,89 bilhão, representando 3,9% do PIB gaúcho. A evolução temporal do PIB e seu crescimento real podem ser
observados na Figura 6. No Brasil, a representatividade do PIB do setor de florestas plantadas foi de 1,2% do PIB
nacional, que apresentou receita bruta total de R$ 97,4 bilhões (IBÁ, 2020).

Uma das formas de contrapartidas do setor para a sociedade, a geração de tributos no ano de 2019 foi de R$
13 bilhões para a União, valor que corresponde a 0,9% do total de tributos federais arrecadados (IBÁ, 2020). A
economia do Rio Grande do Sul se destaca na atividade terciária ou de serviços, representando cerca de 2/3 do
Valor Adicionado Bruto Total (VAB) estadual. A atividade secundária ou industrial é a seguinte, gerando cerca de
1/4 do VAB estadual.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 13
Composição do PIB Estadual1
Figura 4 – Composição do PIB Estadual*
Agropecuária
9%

Indústria
22.4%
Devido à participação por setor
R$480,57 bilhões ainda não estar divulgada, foi
considerado percentual de
participação de 2018, relativo a
R$ 457 bilhões.

Serviços Fonte: IBGE/Contas


68.6% Regionais, DEE, 2019 PÁGI
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
Fonte: IBGE/Contas Regionais, DEE, 2019

No período
No período dede 2010
2010 a 2017
a 2017, os municípios
os municípios destaque
destaque foram são os
Encruzilhada dode
SulEncruzilhada do Sul e de
e Guaíba, com crescimento noGuaíba,
PIB de com
crescimentos no PIB
17,3% e 11,6 % ao ano, de 17,3% e 11,6 % ao ano, respectivamente.
respectivamente.

Figura
Figura 2.4.2: 5 –do
Evolução Evolução
PIB Totaldo PIBano
(2010 Total nos
base municípios,
100%) com destaque
nos municípios com destaque para área
para áreade
plantada, percentual plantada,
ocupaçãopercentual de ocupação
e polos industriais e polos ao
em comparação industriais
PIB do Brasil e do Rio
em
Grande do Sul. comparação ao PIB do Brasil e do RS
PIB Total- Ano 2010 base 100%

260%

240%

220%

200%

180%

160%

140%

120%

100%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

RS Enc. do Sul S. Fcode


Sfco dePaula
Paula Tabaí
Fonte: DEE.
Taquari Guaíba B. Gonçalves BRASIL Elaboração RDK Logs

Fonte: DEE, elaboração RDK Logs.


14
Fonte: DEE, elaboração RDK Logs.

Figura do
Figura 2.4.3 Evolução 6 –PIB
Evolução do PIBReal
e Crescimento e crescimento
do Estado. real do Estado

600 10%
8,5% 8%
500
6,7% 6,9%
6%
400 4,6%
4,1% 4%
R$ Bilhões

2,9% 1,8% 2,7%


300 2%
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
1,3%
-0,3% 0%
200 Os estabelecimentos de pequena dimensão (< 50 ha) predominam na estrutur
-1,1% com representatividade de 84,1% da quantidade total de estabelecimentos.
-2,1% -2%
-2,4%
100 A distribuição é muito mais equilibrada quando avaliada à dimensão dos esta
-4%
classe acima de 1.000 ha é que se destaca, com 33,3%, e a classe entre 51 e 5
-4,6%
área total ocupada. A distribuição da estrutura fundiária do Estado é aprese
0 -6%
onde os estabelecimentos são classificados quanto à quantidade e dimensão.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

PIB Nominal Taxa acumulada


Figura 2.4.4 Distribuição (%)
dos estabelecimentos agropecuários no Rio G
1% Fonte: DEE. Elaboração RDK Logs
1,3%
Fonte: DEE, elaboração RDK Logs. 13,8%
33,3%

15,2%
Os estabelecimentos de pequena dimensão (< 50 ha) predominam na estrutura fundiária
84,1%
do Rio Grande do Sul, com
representatividade de 84,1% da quantidade total de estabelecimentos. (Figura 7). 31,4%

A distribuição é mais equilibrada quando avaliada a dimensão dos estabelecimentos, PÁGINA


na qual a classe acima de 1.000 20%
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
hectares se destaca, com 33,3%, e a classe entre 51 e 500 hectares, com 31,4% da área total ocupada. A distribuição
Quantidade de Estabelecimentos Área Ocupada (
da estrutura
Os estabelecimentos fundiária
de pequena do (<
dimensão Estado é apresentada
50 ha) predominam na Figura
na estrutura 8,do
fundiária em que os estabelecimentos são classificados quanto
Estado,
< 50 ha 51 - 500 ha 501 - 1.000 ha > 1.000 ha
à quantidade
com representatividade e à dimensão.
de 84,1% da quantidade total de estabelecimentos.

Fonte: IBGE/Censo Agropecuário 2017, SEPLAG, 2019, elaboração RDK Logs.


A distribuição é muito mais equilibrada quando avaliada à dimensão dos estabelecimentos, onde a
classe acima de 1.000 ha é que se destaca, com 33,3%, e a classe entre 51 e 500 ha, com 31,4% da
área total ocupada. A distribuição da estrutura fundiária do Estado é apresentada na Figura 2.4.4,
Figura 7 – Distribuição dos
onde os estabelecimentos são classificados quanto à quantidade e dimensão. Figura 8 – Composição da estrutura
estabelecimentos agropecuários fundiária e uso das terras no Estado
Figura 2. 4.5 Composição da Estrutura Fundiária e Uso das terras no E
Figura 2.4.4 Distribuição dos estabelecimentos agropecuários no Rio Grande do Sul
1% Área ocupada (Em ha)
1,3% 43%
13,8% Área ocupada
33,3% Estabelecimentos (Quant.)
(em ha)
53%
15,2% 3%
Estabelecimentos
6% 6%
84,1% 2%
31,4% (Quant.) 1%

20% 36%
Outras Atividades
Quantidade de Estabelecimentos Área Ocupada (Em ha) 50%
Florestas Plantadas
< 50 ha 51 - 500 ha 501 - 1.000 ha > 1.000 ha
Área Agrícola Lavoura Permanente
Fonte: IBGE/Censo Agropecuário 2017, SEPLAG, 2019, elaboração RDK Logs. Pecuária e criação de outros animais

Fonte: IBGE/Censo Agropecuário 2017/ SEPLAG, 2019/ Banco de Dados RDK Logs.
Fonte: IBGE/Censo Agropecuário 2017, Seplag 2019, Fonte: IBGE/Censo Agropecuário 2017, Seplag 2019,
Logs.
Banco de Dados RDK Logs. Elaboração RDK Logs Banco de Dados RDK Logs. Elaboração RDK Logs

Figura 2. 4.5 Composição da Estrutura Fundiária e Uso das terras no Estado


O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 15
Área ocupada (Em ha)
43%
Estabelecimentos (Quant.)
3

16
REPRESENTATIVIDADE
TIVIDADE DO RIO GRANDE DO SUL DO RIO GRAND
QUANTO AS FLORESTAL PLANTADAS
QUANTO AS FLORESTAL PLANTADAS
LORESTAL PLANTADAS
FLORESTAs PLANTADAS
No Rio Grande do Sul são cultivados três principais gêneros florestais, Acacia, Eucalyptus e Pinu
ultivados trêspara
principais gêneros No Rio
florestais , Grande
Acacia, do Sul são
Eucalyptus ecultivados três principais
Pinus, de base gêneros florestais , Aca
egmentos no cadeia rio grande do sul
abastecer diferentes segmentos da cadeia produtiva florestal. No contexto nacional
da cultivo produtiva de
de florestas base para abastecer
florestal.
plantadas diferentes
No contexto
do Rio Grande do segmentos
nacional,
Sul o da 11%
representa cadeiadoprodutiva de base
total nacional. Aflorestal
cobertu
as do Rio Grande do Sul cultivo de florestas plantadas do Rio Grande do Sul representa 11% do tot
florestal dorepresenta
Rio Grande11% do total
do Sul é de nacional. A cobertura
aproximadamente 4 milhões de hectares de florestas natura
Sul é de aproximadamente 4 milhões deflorestal
hectaresdo Rio
de Grande
florestas do Sul é de aproximadamente 4 milhões de hectar
naturais,
enquanto as Florestal Plantadasgêneros têm representatividade de 1,03 milhões de hectares. O Estad
N
nante em total
o Rio Grande do Sul, os três principais
tadas têm representatividade
destaca-se
da cadeia produtiva
produção de Acácia,
de
como são
nacional. A cobertura
1,03 enquanto
milhões
predominante de
Acacia, Eucalyptus
estando
do RS do
destaca-se
concentrada
é degênero
florestaisPlantadas
as hectares.
Florestal
em eprodução Ocultivados para
Estado
de Acácia,
Pinus. As florestas
como neste
aproximadamente
predominante
quase
4 milhões
têmabastecer
estando
plantadas
a
diferentes segmentos
representatividade
gaúchas concentrada
de 1,03 milhões
representam 11%neste
em produção de Acácia, estando conc
de hectares de florestas naturais,
do
enquanto
quase
totalidade dos plantios no Brasil. Em seguida tem-se o Pinus, representando 18% d
gênero noasBrasil. Emplantadas
florestas seguidaestão
tem-seem ototalidade
Pinus,
1,03 milhão dos
de plantios
representando
hectares. O do
18% gênero
Estado dos no Brasil.
destaca-se com Em seguida
quase a tem-se
totalidade dos o Pinus,
plantios do gênero, e o Eucalipto 9%, como visualiza-se na Figura 3.1.
plantiosvisualiza-se
lipto 9%, como de acácia-negra no Brasil.
na Figura plantios do gênero,
Já as espécies
3.1. e o Eucalipto
do gênero 9%, como
Pinus representam 18%visualiza-se
dos plantios na Figura 3.1.
nacionais,
enquanto as de eucalipto representam 9%, como visualiza-se na Figura 9.

Figura
atividade do 3.1 Representatividade
Rio Grande do SulFigura
Quanto do
3.1aos Rio Grande do Sul
Representatividade
Plantios Quanto
do Rio aosdo
Grande Plantios
Sul Quant
Figura 9 – Representatividade
Florestais do RS quanto aos plantios florestais
Florestais

82% 82% 82%


91% PINUS
EUCALIPTO PINUS
ACÁCIA
9% 91% EUCALIPTO PINUS ACÁCIA
9%
18% 100% 18% 100% 18% 1

Rio Grande
Rio Grande do Sul
do Sul Rio Grande doRio
Sul Grande
Rio Grande do Sul do Sul Rio Grande doRio
SulGrande do Sul

a Plantada noTabela
Rio Grande Tabela
do Sul. da Área
3.1 Evolução 3.1 Evolução
Plantada no Rioda Área Plantada
Grande do Sul. no Rio Grande do Sul.

Pinus
Ano
1,03 milHÃO
Ano
Acácia
Eucalipto Pinus Eucalipto
Total Pinus
Acácia Acácia
Total
169,0
2010 de 2010
89,9
273,0 273,0
hectares169,0
de florestas
531,9 169,0
89,9 89,9
531,9
164,8
2011 89,1
280,2 plantadas
2011 no rs
280,2
534,1
164,8 164,8
89,1 89,1
534,1
164,8
2012 90,2 2012
284,7 284,7
539,7
164,8 164,8
90,2 90,2
539,7
201367,7% eucalipto88,8 2013 28% pinus 7,3% acácia
164,2 316,4
569,4 164,2 88,8
316,4 164,2 88,8 569,4
184,6
2014 103,6 2014
309,1
309,1
597,3
184,6
184,6
103,6
103,6
597,3
184,6 100,0 2015 308,5
593,1 184,6 100,0
2015 308,5 184,6 100,0 593,1
264,6 89,6 2016 426,7
780,9 264,6 89,6
2016 426,7 264,6 89,6 780,9
O Rio289,7
Grande do Sul tem o eucalipto
75,9 como
2019a principal espécie plantada. Em 2006, a 289,7
668,3
1.033,9 área plantada era de 184 mil75,9
hectares.2019 668,3proxima-se de 668,3 289,7
Agora, passados 14 anos, 75,9
mil hectares. O pinus também 1.033,9
apresentou aumento, com
ampliação de cerca de 60%. Enquanto isso, a acácia-negra teve redução de 47%.

Apesar do aumento significativo do cultivo de eucalipto nos últimos anos, a área florestal manteve-se estável, sendo
que no período de 2016 a 2019 houve aumento da conversão de áreas de silvicultura para outros usos, principalmen-
te para pastagem e cultivo de grãos.

uário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0do
anuário do setor de base florestal 2 0 Rio Grande do Sul 17
RAND Atualmente existem cerca de 1,03 m
Tabela 1 – Evolução da área plantada no Rio Grande do Sul* de hectares de Florestas Plantadas n
Grande do Sul, representando 2,9
Área plantada (em mil ha)

Ano Eucalipto Pinus


territórioAcácia
gaúcho. Os plantios
Total
de euc
2010 273,0 169,0representam89,9 67,7%, enquanto
531,9 pinus e a
2011 280,2 164,8 89,1 534,1
2012 284,7 164,8
representam90,2
28% e 7,3%, respectivame
539,7
2013 316,4 164,2 88,8 569,4
2014 309,1 184,6 103,6 597,3
2015 308,5 184,6 100,0 593,1
2016
2019
426,7
668,3
264,6
289,7
89,6
75,9 67 ,7% 780,9
1.033,9 E UCA
eucalipto sempre * O aumentofoida área
o plantada
gêneroentre 2016 e 2019 não deve ser vinculado ao aumento efetivo da área
plantada no período, mas à constante regularização ambiental dos empreendimentos perante à Fepam
ominante em eárea plantada node Rio
a uma melhor
espacial do RS.
metodologia
nde do Sul, seguido pelo pinus e pela
aquisição de dados pela disponibilidade de imagens de alta resolução
PIN 28%
ia. (Figura 3.2).
A conversão de uso do solo de silvicultura para outras atividades foi de aproximadamente 30 mil hectares, sendo En-

7 ,3%
cruzilhada do Sul o município com maior área convertida, de 2.385 hectares, seguido por Bom Jesus e Minas do Leão,
com 1.935 ha e 1.425 ha, respectivamente. A silvicultura encontra-se presente desde a agricultura familiar, em pequenas
ACÁC
propriedades, até projetos industriais que têm as florestas plantadas como sua principal matéria-prima.

Atualmente, existe cerca de 1,03 milhão de hectares de florestas plantadas, representando 2,9% do território gaúcho. Os
plantios de eucalipto representam 67,7%, enquanto pinus e acácia alcançam 28% e 7,3%, respectivamente. Historicamen-
te, há predominância do gênero eucalipto em área plantada no RS, como demonstra a Figura 10.

gura 3.2 - Evolução da Área Plantada no Rio Grande do Sul


Figura 10 – Evolução da área plantada no Rio Grande do Sul
100% 75,8
90% 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0
0,1 0,2 0,2 0,1
Área Plantada (em 1.000 ha)

80%
Área plantada (em mil ha)

289,7
70%
60%
50%
40%
30% 668,3
20%
10%
0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2019

Eucalipto Pinus Acácia


18
e: AGEFLOR, Base de Dados RDK Logs. Adaptado por RDK Logs.
EUCALIPTO
O eucalipto é o gênero mais utilizado como floresta plantada no Brasil.
Originário da Oceania e do Sudeste Asiático, chegou ao Rio Grande do Sul após
a Revolução Farroupilha (1835-1845), provavelmente trazido do Uruguai, sendo
plantado para formar quebra-ventos e ser abrigo do gado. Posteriormente,
iniciou-se a utilização da espécie para suprimento de lenha, moirões de cerca
e construções rurais.

Inicialmente, a madeira de eucalipto foi utilizada para suprir demandas pontuais


de fazendeiros e pequenos produtores, como bombas de irrigação de arroz e
engenhos de secagem. Em 1930, a Viação Férrea do Rio Grande do Sul iniciou
o cultivo de eucalipto para produzir os dormentes das estradas de ferro, bem
como lenha para abastecer as locomotivas a vapor.

Já em 1953, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) passou a plantar


eucalipto para a produção de postes. Em 1970, os primeiros plantios com fins
comerciais se iniciaram, com o surgimento da Florestamentos do Sul (Flosul),
pioneira na utilização deste gênero para fabricação de móveis e construção
civil. A implantação se iniciou no Litoral Norte, posteriormente se expandindo
para Rio Grande, Taim e Encruzilhada do Sul, aproveitando os incentivos fiscais.
Paralelamente, no mesmo período, a norueguesa Borregaard instalou, às
margens do Guaíba, a primeira fábrica gaúcha de celulose de fibra curta, o
que incrementou significativamente a área plantada no RS. Posteriormente,
com mudança de capital e gestão modernizada, passou a ser denominada
Riocell, depois absorvida pelo grupo Klabin, depois Aracruz e Fibria, até ser
adquirida pelo grupo chileno CMPC, sendo hoje a CMPC Brasil, uma das
maiores produtoras de celulose do país.

Atualmente, a maior parte dos segmentos consumidores de madeira está


presente no Estado, com uma ampla matriz de consumo, que vai desde a
produção energética e o agronegócio, passando pela madeira sólida, painéis
reconstituídos e celulose. No Rio Grande do Sul, o IMA (incremento médio
anual) é superior à produtividade média brasileira, variando entre 38 e 45
m³/ha/ano. Esta medida pode ser influenciada pelas diferentes condições
edafoclimáticas, qualidade do material genético e regimes de manejo adotados,
sendo encontradas produtividades acima dos 50 m³/ha/ano com frequência.

No Estado, os regimes de ciclo curto para produção de biomassa e multiprodutos


são os mais utilizados. O regime de ciclo curto para a produção de biomassa
é o tipo de manejo utilizado em empresas que transformam a madeira em
celulose, chapas, carvão vegetal, pellets e cavaco. É um ciclo de manejo de
curta duração, aproximadamente 7 a 8 anos, sem podas ou desbastes, tendo
como objetivo maior a produção de volume por unidade de área. Já no regime
para multiprodutos, realizam-se intervenções durante o ciclo produtivo, que
normalmente chega aos 18-20 anos. Os desbastes realizados permitem auferir
um retorno financeiro antes do final do ciclo, gerando toras finas, que podem ser
destinadas para indústrias de celulose e painéis reconstituídos, por exemplo.
Já as toras de maiores dimensões têm seu uso na indústria de madeira sólida,
serrados e compensados.

A I N D Ú S T R I A D E B A S E F LO R E S TA L N O R S • 2 0 2 0 19
PINUS
A história do pinus no Rio Grande do Sul começa
na década de 60, na Serra Gaúcha, onde a espécie
demonstrou boa adaptação devido às condições
edafoclimáticas, semelhantes às de sua região de origem,
no Canadá e Estados Unidos da América.

Em 1968, a Reflorestadores Unidos introduziu o Pinus


taeda na região dos Campos de Cima da Serra. Em
1973, surgiu a Celulose Cambará S/A, sendo a primeira
empresa produtora de celulose de fibra longa no estado.

Embora tenha apresentado bom desenvolvimento nas


regiões citadas, o gênero Pinus também se adaptou bem às
regiões litorâneas. A Flopal foi a pioneira neste movimento,
trazendo sementes de Pinus elliottii que seriam plantadas
em regiões com condições edafoclimáticas diferentes
das da Serra Gaúcha, como Palmares do Sul, São José do
Norte, Mostardas, Tavares, Cidreira, Tramandaí, Maquiné
e Osório, entre outros. Posteriormente, outras empresas
aproveitaram os incentivos fiscais e seguiram na mesma
corrente, como por exemplo Habitasul, Seiva e Trevo.

Além de gerar toras para produção de madeira serrada,


fabricação de celulose, chapas de MDF e MDP,
compensados, aglomerados e laminados, os plantios de
pinus geram produtos florestais não madeireiros, como
o breu e a terebintina, importantes matérias-primas
do setor industrial, produtos da resinagem, atividade
presente em plantios nas regiões litorâneas.

No Rio Grande do Sul, o IMA (incremento médio anual)


varia entre 28 e 38 m³/ha/ano, a depender do material
genético plantado, fatores edafoclimáticos e regime de
manejo. O regime de ciclo curto é adotado pelas indústrias
de celulose e painéis de madeira reconstituída, cujo
objetivo é a produção de toras de menor diâmetro. Neste
regime, não são realizadas intervenções silviculturais
como desbastes e podas. O corte raso ocorre entre 18
e 25 anos.

Já no regime para multiprodutos, o produto final


requerido são toras de maiores diâmetros no corte final,
portanto desbastes e podas são efetuados ao longo do
ciclo, visando melhorar a qualidade da madeira, aumentar
o incremento em volume nas classes de sortimento de
maiores diâmetros e aumentar o valor agregado.

20
ACÁCIA-NEGRA
A Acacia meanrsii, popularmente conhecida
como acácia-negra, foi introduzida no Rio
Grande do Sul em 1918, pelo então diretor da
Companhia Geral de Indústrias, que plantou
cerca de 700 árvores para avaliar a eficiência
do uso da madeira desta espécie como lenha
para energia.

Desde então, a acácia-negra é plantada


comercialmente com dois objetivos: a casca,
para extração do tanino utilizada no curtimento
de couros e outros usos químicos; e a madeira,
normalmente empregada na forma de cavacos
para a indústria de celulose ou para produção
de carvão e geração de energia. Ao longo dos
anos, sua utilidade expandiu-se, podendo ser
utilizada como escoras na construção civil e na
produção de celulose.

O cultivo de floresta plantada de acácia também


detém cunho social, considerando que grande
parte das florestas está em posse de pequenos
e médios produtores independentes, que têm
na madeira e na casca da acácia sua principal
fonte de renda.

A espécie também possui caráter


conservacionista, pois pode ser utilizada na
recuperação de áreas degradadas por ser
uma leguminosa, é capaz de fixar nitrogênio
atmosférico (N2) em simbiose com rizóbios,
dispensando o nitrogênio (N) mineral,
permitindo a entrada desse nutriente e a
incorporação na matéria orgânica.

Encontram-se instaladas no Estado duas


indústrias produtoras de tanino que abastecem
a totalidade do mercado brasileiro e geram
excedentes para exportação: a Seta S.A.,
Sociedade Extrativa de Tanino de Acácia,
fundada em 1941, em Estância Velha, e a Tanac
S.A., fundada em 1948, em Montenegro.

O manejo florestal dos plantios de acácia-negra


se restringe a uma rotação com duração que vai
de 6 a 7 anos, sem desbastes ou podas, sendo
plantadas de 2 mil a 2,5 mil árvores por hectare.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 21
DISTRIBUIÇÃO POR COREDES
Oficializados pela Lei 10.283/1994 e regulamentados pelo Decreto 35.764/1994, os Conselhos Regionais de Desen-
volvimento (Coredes) são um fórum de discussão a fim de promover políticas, lideranças e ações para o desenvol-
vimento regional.

Foram criados com o objetivo de estimular o desenvolvimento regional harmônico e sustentável, a integração dos
recursos e das ações do governo e da região, a melhoria da qualidade de vida da população, a distribuição equita-
tiva da riqueza produzida, o estímulo à permanência da população em sua região e a preservação e a recuperação
do meio ambiente.

Inicialmente, a divisão era composta por 21 regiões, que ao longo dos anos demandou alterações que dialogassem
com as transformações na realidade econômica e social do Estado. Atualmente, estão estabelecidos 28 Coredes.
Na Figura 12 e na Tabela 2 podem ser visualizadas a distribuição de florestas plantadas por Corede.

COREDES COM MAIOR COBERTURA


O Corede Sul (Figura 11) concentra a maior cobertura de florestas plantadas, com representatividade de 16,6%
do total. Na sequência, estão o Centro Sul (12,3%), o Vale do Rio Pardo (11,2%) e o Hortênsias (8,4%). O gênero
eucalipto é cultivado com maior intensidade nos Coredes Centro Sul (15,9%), Sul (13,4%), Vale do Rio Pardo (12%)
e Vale do Taquari (9,6%) (Figura 12). Já o pinus (Figura 13) tem maior representatividade nos Coredes Hortênsias
(29,3%), Campos de Cima da Serra (19,5%), Sul (18,8%) e Litoral (11,3%). Por fim, a acácia (Figura 14) é predominante
nos Coredes Sul (37,2%), Vale do Rio Pardo (21,3%), Metropolitano Delta do Jacuí (13,4%) e Centro Sul (11,7%).

Tabela 2 – Coredes com maior cobertura de florestas plantadas


COREDE PINUS EUCALIPTO ACÁCIA TOTAL
Sul 54.346 89.497 28.221 172.064
Centro Sul 12.044 106.584 8.909 127.536
Vale do Rio Pardo 19.502 80.351 16.157 116.010
Hortênsias 84.836 1.665 41 86.543
Vale do Taquari 468 64.067 690 65.226
Campos de Cima da Serra 56.547 2.075 0 58.623
Fronteira Oeste 1.669 54.606 0 56.275
Litoral 32.641 17.612 0 50.253
Metropolitano Delta do Jacuí 365 38.210 10.186 48.761

Campanha 286 40.411 6.614 47.311


Vale do Caí 558 30.295 3.654 34.506
Jacuí Centro 5.892 22.321 310 28.524
Serra 9.689 14.145 23 23.857
Vale do Jaguari 374 21.650 0 22.023
Norte 772 20.806 0 21.578
Outros 9.743 64.006 1.069 74.819

22
PÁGINA

PÁGINA

Figura 3.8.1.1 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS


Figura
Figura 3.8.111DISTRIBUIÇÃO
– Distribuição espacialDAS
ESPACIAL Figura 12PLANTADAS
FLORESTAS – EucaliptoPOR COREDES –
das florestas
FLORESTAS plantadas
PLANTADAS PORpor Corede
COREDE EUCALIPTO

PÁGINA

Figura 3.8.1.3
Figura 3.8.1.2 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
FLORESTAS PLANTADAS POR COREDESFLORESTAS PLANTADAS POR COREDE
– PINUS

PÁGINA PÁGINA

Figura 3.8.1.2 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS Figura 3.8.1.3 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS
FLORESTAS PLANTADAS POR COREDES – PINUSFLORESTAS PLANTADAS POR COREDES – ACÁCIA
Figura 13 – Pinus Figura 14 – Acácia

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul

anuário do setor de base florestal do Rio Grande

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul

Tabela 3 – Números dos Coredes, de acordo com FEE


1 - Alto Jacuí 9 - Médio Alto Uruguai 16 - Serra 23 - Alto da Serra do
2 - Campanha 10 Missões 17 - Sul Botucaraí
3 - Central 11 - Nordeste 18 - Vale do Caí 24 - Jacuí Centro
4 - Centro Sul 12 - Noroeste Colonial 19 - Vale do Rio dos Sinos 25 - Campos de Cima da
5 - Fronteira Noroeste 13 - Norte 20 - Vale do Rio Pardo Serra
6 - Fronteira Oeste 14 - Paranhana Encosta da 21 - Vale do Taquari 26 - Rio da Várzea
7 - Hortênsias Serra 22 - Metropolitano Delta do 27 - Vale do Jaguari
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
8 - Litoral 15 - Produção Jacuí 28florestal
anuário do setor de base - Celeiro
do Rio Grande do Sul

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 23

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul


Figura 15 – Florestas plantadas no Corede Centro Sul

São Jerônimo Charqueadas


(
! (
!

Arroio dos Ratos


(
!

Minas do Leão Butiá


(
!
(
!

Barra do Ribeiro
(
!

Mariana Pimentel
(
!

Barão do Triunfo
(
!

Sertão Santana
(
!

Cerro Grande do Sul


Sentinela do Sul
(
!

(
!

Tapes
(
!

Dom Feliciano
(
!

Chuvisca
(
!

Camaquã
(
!

Arambaré
(
!

Cristal
(
!

Espécie
Acácia-Negra
Eucalipto
Misto
Pinus
Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK
Logs. Elaboração RDK Logs FONTE: FEPAM, CODEX, BASE DE DADOS RDKLOGS)

24
Figura 16 – Florestas Plantadas no Corede Sul

Santana da Boa Vista Amaral Ferrador


(
! (
!

Tavares
(
!

São Lourenço do Sul


Canguçu (
!
(
! Turuçu
Piratini Arroio do Padre (
!
(
! (
!

Pinheiro Machado Morro Redondo


(
! (
!

Pedras Altas
(
!
Capão do Leão Pelotas
(
! (
!

Cerrito
(
!
!
(

Pedro Osório

Herval São José do Norte


(
!
(
!
Rio Grande
(
!

Arroio Grande
(
!

Jaguarão
(
!

Espécie
Santa Vitória do Palmar
(
!

Acácia-Negra

Chuí Eucalipto
(
!

Misto
Pinus

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK FONTE: FEPAM, CODEX, BASE DE DADOS RDKLOGS)
Logs. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 25
DISTRIBUIÇÃO DAS FLORESTAS
PLANTADAS POR MUNICÍPIO
Os plantios florestais no Rio Grande do Sul estão distribuídos praticamente na totalidade dos municípios, apesar
de algumas regiões apresentarem maior aptidão na atividade. O destaque fica por conta de Encruzilhada do Sul,
que possui 5,6% do total de florestas plantadas, seguido por Piratini e São Francisco de Paula, com 3,7% e 3,6%,
respectivamente.
A tabela 4 apresenta os municípios com maior área plantada.

Tabela 4 – Municípios com maior área plantada


Município Área (ha) Município (cont.) Área (ha)
1º Encruzilhada do Sul 58.316 12º Canguçu 17.062
2º Piratini 37.773 13º Taquari 17.047
3° São Francisco de Paula 37.481 14° São José dos Ausentes 16.945
4° Cambará do Sul 27.770 15° São Gabriel 16.093
5º Triunfo 27.688 16° Montenegro 14.977
6º Butiá 22.831 17° Bagé 14.797
7º Bom Jesus 22.620 18° São Jerônimo 14.680
8º Mostardas 21.242 19° Dom Feliciano 13.780
9º Cachoeira do Sul 19.343 20° Jaquirana 13.442
10º Pantano Grande 18.958 21° Palmares do Sul 13.263
11º São José do Norte 17.947 Outros 569.855
Total 1.033.907

26
Figura 17 – Distribuição da área plantada por município

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK Logs.


Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 27
Com relação ao percentual de ocupação dos municípios pela silvicultura, destacam-se Tabaí, com 39,4% do município
ocupado por plantios florestais, seguido por Taquari (36,6%) e Paverama (30,8%). A tabela 5 apresenta os 20 municípios
com maior percentual de ocupação por áreas plantadas.

Tabela 5 – Municípios com percentual de ocupação pela silvicultura


Município Ocupação (%) Município (cont.) Ocupação (%)
1º Tabaí 39,4 11° Nova Bréscia 19,6
2º Taquari 36,6 12° Maratá 19,2
3° Paverama 30,8 13° Cambará do Sul 17,7
4° Montenegro 27,0 14° Bom Retiro do Sul 17,2
5º Triunfo 25,4 15° Arroio dos Ratos 17,1
6º Poço das Antas 24,1 16° Pantano Grande 16,5
7º Brochier 23,7 17° Canela 16,1
8º Butiá 22,7 18° São Pedro da Serra 15,8
9º Balneário Pinhal 21,1 19° Cerro Grande do Sul 15,3
10º Salvador do Sul 20,3 20° São José do Herval 14,9

Figura 18 – Percentual
de ocupação por
município

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK Logs.


Elaboração RDK Logs

28
O eucalipto ocupa a maior área plantada no Estado, com aproximadamente 668 mil hectares (65,6% do total), com
destaque para os municípios de Encruzilhada do Sul, Butiá e Triunfo. A tabela 6 representa os municípios com maior
área plantada da espécie.

Tabela 6 – Municípios com maior área plantada de eucalipto


Município Área (ha) Município (cont.) Área (ha)
1º Encruzilhada do Sul 25.790 12º Cacequi 11.614
2º Butiá 19.584 13º Rio Pardo 11.452
3° Triunfo 18.337 14° Pinheiro Machado 10.813
4° Pantano Grande 17.577 15° Barra do Ribeiro 10.352
5º Taquari 16.914 16° Pedras Altas 9.477
6º São Gabriel 16.093 17° Dom Feliciano 9.355
7º Bagé 13.314 18° Arroio dos Ratos 9.195
8º Montenegro 13.172 19° Canguçu 8.634
9º Cachoeira do Sul 13.148 20° General Câmara 8.551
10º São Jerônimo 12.762 21° Palmares do Sul 8.306
11º Piratini 12.235 Outros 391.628
Total 668.301

Figura 19 – Distribuição
da área de eucalipto por
município

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK


Logs. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 29
O cultivo de pinus possui área expressiva no Estado, representando 28% de toda a área florestal. Os municípios
de São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Bom Jesus e Mostardas contam com as maiores áreas plantadas do
Rio Grande do Sul. Esses municípios têm quase em sua totalidade o plantio desta espécie. A Tabela 7 demostra a
distribuição dos municípios com maior área plantada.

Tabela 7 – Municípios com maior área plantada de pinus


Município Área (ha) Município (cont.) Área (ha)
1º São Francisco de Paula 37.254 12º Tavares 6.243
2° Cambará do Sul 27.596 13º Cachoeira do Sul 5.885
3° Bom Jesus 22.510 14° Caxias do Sul 5.690
4° Mostardas 21.024 15° Rio Grande 5.127
5° Encruzilhada do Sul 18.419 16° Palmares do Sul 4.956
6° São José do Norte 17.800 17° Canela 4.504
7° São José dos Ausentes 16.945 18° Dom Feliciano 3.087
8° Piratini 15.049 19° Tapes 2.903
9° Jaquirana 13.387 20° Ipê 2.820
10° Santa Vitória do Palmar 6.727 21° Muitos Capões 2.278
11° Vacaria 6.643 Outros 42.883
Total 289.732

Figura 20 –
Distribuição da
área de pinus
por município

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK Logs.


Elaboração RDK Logs

30
O cultivo da acácia-negra, diferentemente das outras espécies, possui distribuição espacial restrita e com menor
representatividade (7,3% da área plantada no Estado). Os municípios com maior área são Encruzilhada do Sul, Piratini
e Triunfo, conforme mostrado na Tabela 8.

Tabela 8 – Municípios com maior área plantada de acácia-negra


Município Área (ha) Município (cont.) Área (ha)
1º Encruzilhada do Sul 14.107 12º São Jerônimo 1.657
2° Piratini 10.490 13º Bagé 1.483
3° Triunfo 9.328 14° Dom Feliciano 1.338
4° Canguçu 6.435 15° Cristal 1.298
5° Candiota 4.060 16° Camaquã 1.129
6° Amaral Ferrador 2.567 17° Pantano Grande 1.114
7° Arroio Grande 2.073 18° Capela de Santana 808
8° Butiá 2.064 19° Eldorado do Sul 677
9° Pinheiro Machado 1.983 20° Hulha Negra 502
10° Herval 1.886 21° Linha Nova 485
11° Montenegro 1.725 Outros 8.664
Total 75.873

Figura 21 – Distribuição
da área de acácia-negra
por município

Fonte: Fepam, Codex, Base de Dados RDK


Logs. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 31
4

32
PRODUÇÃO FLORESTAL
E INDUSTRIAL

O valor da produção da silvicultura se mantém superando o da extração vegetal no Rio Grande do Sul. Em
2019, a silvicultura contribuiu com 86,23% (R$ 1,5 bilhão) do valor da produção florestal (R$ 1,8 bilhão),
com aumento de 7% em relação a 2018, diferentemente da totalidade do Brasil, que apresentou queda. Já a
participação da extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) foi de 13,77% (R$ 0,2 bilhão),
com alta de 20% frente a 2018.

Figura 22 – Participação do Rio Grande do Sul


na produção florestal em 2019

Produção florestal
Valor da produção
497
R$ 1,8 bilhão
municípios
8,82% registram
da produção do Brasil produção
florestal

Extração
Silvicultura vegetal

R$ 1,5 bilhão R$ 200


milhões
9,82%
da produção do Brasil 5,37%
da produção do Brasil

Fonte: Produção da Extração


Vegetal e da Silvicutura (PEVS),
IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

Em 2019, a silvicultura do Estado apresentou crescimento de 8%. O setor de produção florestal se mantém
em desenvolvimento nos dois últimos anos. A participação do extrativismo vegetal é baixa no Rio Grande do
Sul, tanto em quantidade quanto em valores, quando comparada aos valores e volumes movimentados pela
silvicultura e pelo setor de base florestal.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 33
F igur a 4 .0 .2 S ér ie his t ór ica da par t icipação do E x t r at iv ismo V eget al e da S ilvicult ur a nos v alor
da P r odução F lor es t al.
F igur a 4 .0 .2 S ér ie his t ór ica da pa r t icipação do E x t r at iv ismo V eget al e da S ilvi
Figura 23 – Série histórica da participação do extrativismo
da P r odução F lor es t al.
vegetal e dadosilvicultura
Participação extrativismo nos
vegetal valores da produção florestal
e da silvicultura
no valor da produção primária florestal (%)
Participação do extrativismo vegetal e da silvicultura
100% no valor da produção primária florestal (%)
90% 100%
80% 90%
80%
70%
70%
60%
60%
50% 50%
40% 40%
30% 30%
20% 20%
10%
10%
0%
0% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 20
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Silvicultura
Silvicultura

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK

A madeira em tora representou 31% do total da produção da Silvicultura n


A madeira em tora representou 31% do total somando R$745 milhões
da produção . A lenha no
da silvicultura representou 27% do
Rio Grande do Sul,
valorsomando
da produção nacio
A madeira em tora representou 31%
representou do total
1% do da produção
valor daoprodução da Silvicultura
nacional no
. Já no grupo Rio Grande do
R$ 745 milhões. A lenha representou 27% do valor da produção nacional, carvão vegetal representou 1% de
do valor
somando R$745 milhões . A lenha representou
da produção nacional. Já no grupo de produtosa florestais
produção não
da casca 27% do
de Acácia
madeireiros, valor da produção
-negra se da
a produção destaca
cascaade nacional,
nível o estando
nacional,
acácia-negra carvão
se veg
no
representou
destaca em nível 1% dono
nacional, estando valor da produção
Rio Grande totalidade nacional
do Sul ada pro dução,
totalidade .da
Jáque
no em grupo
produção, 2019de
queapresentou um aumento
em 2019 apresentou não
de madeire
29,4%
aumento da qu
de 29,4% da aquantidade
produçãoproduzida
da cascanode
anoAcácia no -negra
ano
anterior, anterior,
e 36,4%seem evalor.
36,4% em
destaca valor.nacional, estando no Rio Grande do Su
a nível
totalidade da pro dução, que em 2019 apresentou um aumento de 29,4% da quantidade produz
F igur a 4 .0 .3 P ar ticipa ção dos pr odut os da Silvicultur a do R io G r ande do S ul e
no ano anterior, e 36,4% em valor.

F igur a 4 .0 .3 P ar ticipação dos pr odut os da Silvicultur a do R io G r ande do S ul em r elação a o B r a

Figura 24 –
Participação dos
produtos da silvicultura
do Rio Grande do Sul
em relação ao Brasil

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

Na representatividade produtiva por Corede (Figura 26), os destaques produtivos


anuário estão
do setor de no Valedodo
base florestal Rio Taquari,
Grande do Sul
com participação de R$ 206 milhões na silvicultura e R$ 99 milhões no extrativismo vegetal. O Vale do Rio Pardo
tem participação de R$188 milhões na silvicultura e R$ 4,5 milhões no extrativismo vegetal. O Corede Sul tem
representatividade apenas na silvicultura, com R$ 214 milhões.

34

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁ


Figura 25 –
Participação na
produção por tipo
de exploração no
Rio Grande do Sul
por Corede

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvi-


cutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

Figura 26 -
Coredes com
maior percentual
de participação na
produção florestal do
Rio Grande do Sul

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvi-


cutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 35
Dentre o valor total produzido na silvicultura no Estado (Figura 27), a maior representatividade está na lenha, com
participação de 37,7%, seguida da madeira em tora com participação de 48,9% no valor da produção, distribuída entre
uso para papel e celulose, e outros usos.

Figura 27 –
Participação
dos produtos da
silvicultura do Rio
Grande do Sul

A principal participação
nos valores dos produtos
oriundos da Silvicultura
Rio Grande do Sul por
espécie foi através do
eucalipto, movimentando
R$ 997 milhões.

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

Figura 28 – Participação dos produtos da silvicultura


do Rio Grande do Sul por espécie

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

36
Figura 29 – Participação dos produtos extrativos no Rio Grande do Sul

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019.


Elaboração RDK Logs

No extrativismo, o destaque continua sendo a erva-mate, com valor da produção em R$ 199,2


milhões em 2019 (Figura 30). O segundo produto não madeireiro oriundo da produção florestal com
representatividade no Rio Grande do Sul é o pinhão, cujo potencial de produção e nicho de mercado
ainda é pouco explorado no Estado, fazendo com que formalmente o produto movimentasse apenas
R$ 3,53 milhões em 2019.

Figura 30 – Participação dos produtos do extrativismo

Fonte: Produção da Extração Vegetal e da Silvicutura (PEVS), IBGE 2019. Elaboração RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 37
LENHA
O consumo e produção de lenha tem apresentado crescimento devido a substituição da lenha

LENHA oriunda do extrativismo pela lenha originária de florestas plantadas. Essa demanda também está
associada ao crescimento das indústrias de celulose e papel, cerâmicas, siderurgia a carvão vegetal
e da agroindústria, entre outras, faz com que o volume consumido e a produção de lenha de árvores
O consumo e a produção de lenha têm apresentado
plantadas aumentem a crescimento
cada ano. devido à substituição da lenha oriunda do
extrativismo pela originária de florestas plantadas. Essa demanda também está associada ao crescimento das
A lenha de florestas plantadas tem utilização através da sua queima direta ou pela sua combustão,
indústrias de celulose e papel, cerâmicas, siderurgia a carvão vegetal e da agroindústria, entre outras, fazendo com
gerando o carvão vegetal. Outro uso se dá pelo uso desta como fonte de energia, contribuindo
que o volume consumido e a produção de lenha de árvores
ambientalmente plantadas
nos setores aumentem
consumidores a cada
de biomassa ano.
florestal, visto que se utiliza uma matéria-
prima renovável.
A lenha de florestas plantadas é utilizada por queima direta ou combustão, gerando o carvão vegetal. Outro uso se
Em 2019 o Rio Grande do Sul foi responsável por 24% do volume produzido no Brasil. Um dos
dá pelo uso como fonte de energia, contribuindo ambientalmente nos setores consumidores de biomassa florestal,
destaques do seu uso é no setor fumicultor, onde conforme dados da Associação de Fumicultores
visto que utiliza uma matéria-prima renovável.
do Brasil (AFUBRA), em 2019 no Rio Grande do Sul houve um consumo de 4,2 milhões de metros
estéreo (m.st) de lenha, oriunda de cerca de aproximadamente 16,8 mil hectares de florestas. Esse
consumo na fumicultura representa 23% sobre a produção de lenha no estado em 2019. A
Em 2019, o Rio Grande do Sul foi responsável por 24% do volume produzido no Brasil. Um dos destaques do seu uso é
representatividade do estado foi de 51,50% do total de consumo de Lenha pelo setor fumicultor na
o setor fumicultor. Conforme a Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), em 2019 no RS houve consumo de 4,2
Região Sul.
milhões de metros estéreo (m.st) de lenha, oriunda de cerca de 16,8 mil hectares de florestas. Isso representa 23% da
produção de lenha no Estado em 2019 - o RS consome 51,50% da lenha utilizada pelo setor na Região Sul (Figura 31).
Figura 4.1.1 Percentual de consumo de lenha na Região Sul no setor fumicultor.

18,91%

Figura 31 - Percentual de
consumo de lenha na Região
8.155.000 m.st
Sul no setor fumicultor 51,50%

29,58%

CARVÃO VEGETAL RS SC PR
Fonte: Afubra.
Elaborado por RDK Logs

CARVÃO VEGETAL
CARVÃO VEGETAL
Fonte: AFUBRA. Elaborado por RDK Logs.

O carvão vegetal abastece setores industriais, principalmente dentro do setor siderúrgico


brasileiro,O onde
carvãoexerce
vegetalfunção de setores
abastece redutorindustriais,
bioenergético. No dia-a-dia
principalmente dentro tem do uso
setoremsiderúrgico
lareiras,
O carvão vegetal abastece
brasileiro, setores
onde industriais,
exerce função principalmente
de redutor a siderurgia
bioenergético. brasileira,
No
churrasqueira e fogões a lenha. O Brasil é o principal produtor mundial de carvão vegetal, na
dia-a-dia qual
tem exerce
uso emfunção de
lareiras,
com
redutor bioenergético. No dia a dia, tema lenha.
churrasqueira uso emOlareiras, échurrasqueira e florestal
anuário do setor de base fogõesdomundial
a lenha.
Rio Grande doO
deSul Brasil évegetal,
o principal
de 12% enafogões Brasil(IBÁ,
o principal
2020), produtor carvão com
PÁGINA
participação produção mundial como insumo originado de florestas
produtor mundial de carvão
participação vegetal
de 12% originado de
na Grande
produçãoflorestas plantadas, com participação de 12% na produção mundial
plantadas. A participação
(IBÁ, 2020). A participação
do Rio
doparticipação
Rio Grande dodo Rio
domundial
Sul éGrande
Sul A
de 1,1%.do
de(IBÁ,
é principal
apenas 2020),
1,1%,como
concentração
insumo
estando originado
a principal
produtiva
de florestas
concentração
está em concentração
Minas Gerais.
plantadas. A Sul é de apenas 1,1%, estando a principal
produtiva no estado do Minas Gerais.
produtiva no estado do Minas Gerais.

Figura 32 – Produção Figura 33 – Participação do RS


industrial
Figura 4.1..2.1 de carvão
Produção
Figura 4.1..2.1 Produçãovegetal
Industrial de
Industrial de na Figura
produção
Figura 4.1.2.2 nacional
Participação dodo
4.1.2.2 Participação
RSRSnana
Carvão Vegetal
Carvão Vegetal Produção Nacional
Produção Nacional
Mil de ton/ano

Mil de ton/ano

6.429,55 6.429,55 6.373,746.373,74


RSRS
1%1%
Demais
Demais
Estados
Estados
99%
99%
70,51 70,41
70,51 70,41
2018 2019
2018 2019 Fonte: IBA, IBGE.
BR RS
BR RS Elaborado por RDK
Fonte: IBA, IBGE. Elaborado por RDK Logs.
38 Fonte: IBA, IBGE. Elaborado por RDK Logs.
PELLETS
Com fonte renovável, originário de florestas plantadas, os pellets de madeira são um tipo de biocombustível sólido
produzido a partir de matéria prima florestal (ponta, galho, toco) e biomassa da indústria madeireira (serragem,
maravalha, costaneira). Com a serragem de madeira refinada e seca comprimida, os pellets são utilizados como
biomassa com alta densidade e eficiência energética.

Seu uso é intenso em países onde a produção de energia elétrica se dá com base na queima de biomassa, uma
biomassa energética florestal. Os pellets são considerados um combustível menos poluente do que a lenha normal,
e também que os derivados de petróleo. Tem sido amplamente consumido por países que participam de acordos
internacionais de redução de emissões atmosféricas de Gases de Efeito Estufa (GEE), fator que faz o produto
ganhar espaço no mercado internacional.

No mercado interno, o agronegócio é um dos principais consumidores, com destaque em seu uso para a avicultura.
O produto também tem ganhado espaço nos mercados alimentícios e indústrias, com a adoção dos queimadores
que utilizam pellets como fonte energética.

A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estima que o Brasil produziu em 2019
cerca de de 500 mil toneladas de pellets, sendo aproximadamente 45% deste volume exportado. Os principais
destinos foram Itália, Reino Unido, Uruguai, Irlanda e Dinamarca.

As regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras. Em 2017, eram 18 indústrias produtoras, distribuídas entre
Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Das 470 mil toneladas produzidas, 53,11%
tinham matéria-prima oriunda do pinus e 45,75% da acácia-negra, sendo o restante da biomassa de bagaço da cana-
de-açúcar e casca de café. O mercado promissor fez com que o número de indústrias se ampliasse para 34 em
2019. Nove delas estão localizadas no RS, das quais sete utilizam o pinus, e uma utiliza a acácia-negra.

São José dos Ausentes


D
Farroupilha
D
Venâncio Aires
D D Canela
Vale Real
D
Figura 34 –
Distribuição das
indústrias de D Butiá
pellets no Rio
Grande do Sul

Produtores Pellets

D Unidade Produtora

SC

D Pelotas RS

D Rio Grande
Fonte: Abipel - Associados Brasil Pellets. Elaborado por RDK
Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 39
APEL
CELULOSE E PAPEL
giu o valor de 19,7 milhões de toneladas em 2019 (IBA, 2020). CELULOSE E PAPEL
participação de 9% na quantidade produzida, com 1,8 milhões
tado demonstra uma queda
Na produção dede 1,6% naoprodução,
celulose, enquanto
Brasil atingiu o valora de 19,7 milhões de toneladas
Na produção em o2019
de Celulose (IBA,
Brasil 2020).
atingiu Ode
o valor Rio Grande
19,7 milhõesdo
de tonelada
Sul apresentou participação de 9% na quantidade produzida,
O com 1,8 milhão
Rio Grande do Sulde toneladas
apresentou (Figura
uma 35). Ode
participação desempenho
9% na quantidade prod
de toneladas. O dado
do RS teve queda de 1,6% na produção, enquanto a queda nacional foi de 6,6%. produtivo do estado demonstra uma queda de 1,6% na
queda a nível nacional foi de 6,6%.
4.1.4.2 Participação do RS na
Figura 35 – Participação
Produção Nacional de Celulose
Figura 36 – Produção industrial
4.1.4.1 Produção Industrial de Celulose 4.1.4.2 Pa
do RS na produção nacional de celulose Produção

21,10
Milhões de ton/ano

19,70
21,10

Milhões de ton/ano
RS
9% Demais RS
Estados 9%
91%
1,87 1,84 Fonte: IBA, IBGE, 1,87
Banco de Dados
Ageflor. Elaborado
2018 2019 2018
por RDK Logs
BR RS
r. Elaborado por RDK Logs. Fonte: IBA, IBGE, Banco de Dados Ageflor. Elaborado por RDK Logs.

A indústria de celulose, papel e produtos de papel apresentava 4.249 estabelecimentos e 172.129 empregados no
utos de Papel apresentava A indústria de Celulose, Papel e Produtos de Papel apresentava no Brasil em
Brasil em 2018. no
NoBrasil em 2018
Rio Grande docerca demesmo
Sul, no 4.249 ano a participação tinha erepresentatividade
estabelecimentos 172.129 empregados. deNocerca de 10%dodos
Rio Grande Sul, no mesm
ados. No Rio Grande do Sul, eno
estabelecimentos 6%mesmo ano, a participação
dos empregos. Em 2018, o Estado contava com 411 estabelecimentos do segmento, distribuídos
neste setor era com uma representatividade de cerca de 10% dos estab
atividade deemcerca de 10% dos
94 municípios estabelecimentos
e gerando e 6% dos
10.357 empregos. A maior concentração
empregos. estava
Em 2018noso municípios de Guaíba,
estado possuía Caixas do Sul,
411 estabelecimentos do segmen
ía 411 estabelecimentos do segmento,
Porto Alegre e Novo Hamburgo. distribuídos em 94 municípios e gerando 10.357 empregos. A maior concentração estava nos
os. A maior concentração estava nos municípios de Guaíba, Caixas do Sul, Porto Alegre e Novo Hamburgo*.
*
amburgo .

PAINÉIS DE MADEIRA
O Rio Grande do Sul possui três unidades industriais de produção de chapas de madeira, as unidades estão localizadas
na Região Metropolitana de Porto Alegre (Glorinha, Montenegro e Taquari). A capacidade nominal de produção das
plantas é de aproximadamente 1,8 milhões de m³ por ano.

As unidades industriais localizadas no Rio Grande do Sul representam


* 9,37%dodo
Atlas Socioeconômico Riototal dedoplantas
Grande Sul. 2020.instaladas
Secretaria de no Brasil Governa
Planejamento,
(32). A produção é concentrada nos painéis do tipo MDF (Medium Density Fiberboard), MDP (Medium Density
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
Particleboard) e pisos laminados.
. 2020. Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

A produção
or de base florestal de painéis
do Rio Grande do Sulde madeira no Rio Grande
PÁGINA
do Sul foi impactada pela queda no consumo das famílias brasileiras,
e, em especial, pela decisão estratégica de paralisação temporária de algumas linhas de produção no Rio Grande do
Sul em 2019.

No Brasil, o volume de vendas domésticas de painéis de madeira foi de 6,9 milhões de m³ em 2019, com queda de
0,7% em relação ao ano anterior. As vendas de MDF totalizaram 3,9 milhões de m³ (21,3%), 2,8 milhões de m³ de MDP
(estável) e 165 mil m³ de chapas de fibra (IBA, 2020).

40
MÓVEIS DE MADEIRA
as plantas é concentrada nos painéis do tipo MDF
Density Particleboard) e pisos laminados.
MÓVEIS DE MADEIRA
O setor moveleiro se destaca no arranjo industrial do Rio Grande
de do Sul foiSulimpactada
possuía um pelatotalqueda de no 14.069
consumo empresas
das entre indústria mad
O setorrepresentando
estratégica de paralisação
moveleiro 10% dos do
temporária
se destaca no arranjo industrial estabelecimentos
do Sul. Em 2018, que
de algumas
Rio Grande contemplam
o Estado contava com 14.069 tal op
empresas, entre indústria madeireira e de móveis de madeira, representando 10% dos estabelecimentos no Brasil.
19.
4.1.5.1 Histórico do número de empresas da 4.1.5.2Pa
Indústria Madeireira enúmero
de relação ao
Figura
mésticas de painéis 37–
de Histórico
madeirado foi deMóveis no Brasildeda indústria
6,9demilhões
empresas
Madeireir
madeireira
(Adaptadoede:
deABIMCI,2019)
móveis no Brasil
o ano anterior. As vendas de MDF totalizaram 3,9
100000
estável) e chapas de fibra 165 mil m³ (IBA, 2020).
Número de Empresas

80000

60000

40000

IRA 20000

0
rial do Rio Grande do Sul. Em2015
2018 o Rio Grande2017
2016 do 2018
tre indústria madeireira
Ind. Mad. e de móveis41900
37323 de madeira,
47033 53107

contemplam talMóveis Mad. no54259


operação Brasil. 63125 73396 86710
Fonte: Adaptado de Abimci, 2019
Adaptado de: ABIMCI,2019.
4.1.5.2Participação do Rio Grande do Sul em
Figura
relação ao 38 – Participação
total de empresasdo
da RS em relação ao total de
Indústria
empresas
Madeireira daMóveis
e de indústria
nomadeireira
Brasil. e de móveis no Brasil

RS
10%

anuário do setor de base florestal do Rio Grand

018 Demais
107 Estados
710 90% Fonte: Adaptado de Abimci, 2019

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 41
VA-MATE
PRODUTOS FLORESTAIS
NÃO
mico e também MADEIREIROS
da Flora Nacional, a Erva-mate (llex paraguariensis) é uma espécie florestal com valor
cultural para o Brasil, em especial na região Sul, onde tem-se a extração deste
o florestal não-madeireiro que é a Erva-mate em florestas plantadas e nativa.

ERVA-MATE
ução agrega a economia agrícola e contribui na manutenção das áreas nativas, em que são
das para extrativismo ou nas áreas de florestas plantadas, sombreados com outras espécies
ais, ondeNativa da flora nacional,
os impactos a erva-mate
ambientais são(llex paraguariensis)
mínimos devidos é uma
as espécie florestal com
boas práticas valor econômico
e produção, ondee também
não
cultural para o Brasil, em especial na região Sul, onde a extração deste produto florestal não-madeireiro é em florestas
cação deplantadas
químicos. e nativas.

A produção agrega a economia agrícola e contribui para a manutenção das áreas nativas, que são manejadas
me dados do IBGE, em 2019 o Brasil possuía 71,93 mil hectares de área plantada ou
para extrativismo, e áreas de florestas plantadas, sombreadas com outras espécies florestais, em que os impactos
da à colheita
ambientais de Erva-mate.
são mínimos Destes,
devidos às 28e mil
boas práticas hectares
produção, estão
sem aplicação no Rio Grande do Sul
de químicos.
madamente 39%), pouco atrás do Paraná que possui 28,10 mil hectares destinadas à esta.
Conforme o IBGE, em 2019 o Brasil tinha 71,93 mil hectares de área plantada ou destinada à colheita de erva-mate.
ação a produção de Erva-mate, o Brasil em 2019 chegou a uma produção de 517,77 mil
Destes, 28 mil hectares estão no Rio Grande do Sul (aproximadamente 39%), pouco atrás do Paraná (28,1 mil hectares).
das. Desta,
Em o Rio Grande
relação à produção,do
emSul
2019representou
o Brasil chegou a45% datoneladas.
517,77 mil produção,O Riocom 233,43
Grande mil toneladas.
do Sul representou 45% do total,
com 233,43 mil toneladas.

nização do setor se dá
A organização através
do setor ocorredeemcinco
cinco (5) Polos
polos Ervateiros:
ervateiros: Missões/Celeiro,
Missões/Celeiro, Alto Uruguai,
Alto Uruguai, Nordeste Gaúcho, Alto
te Gaúcho, Alto Taquari, e região dos Vales. O Alto do Taquari é o polo comde maior
Taquari e Região dos Vales. O Alto do Taquari é o polo com maior representatividade e maior área produção
(19.285 hectares), além de grande quantidade de indústrias instaladas, que produziram 164,3 mil toneladas em 2019.
entatividade, visto que atualmente este polo possui a maior área de produção,19.285
es, e grande quantidade de indústrias instaladas, que produziram 164,3 mil toneladas em

Figura 39 – Percentual e área Figura 40 – Produção de


plantada (mil/ha) com erva-mate erva-mate no Brasil em 2019
4.2.1.1 –por Estado (2019)
Percentual (%) e Área Figura 4.2.1.2- Produção de Erva Mate no
da (mil/ha) com Erva Mate por Estado Brasil em 2019
0,17 0,17
MS MS
0% 0,24%
8,1 28,1 28,0 RS 28,0
PR PR RS RS
RS
9% 39,07% 39% SC 38,96% RS
SC
PR
Demais 45%
PR MS Estados
MS 55%
15,6 15,6
SC SC
21,73%
22%
Fonte: IBGE, Emater, Ascar-RS, 2020. Fonte: IBGE, Emater, Ascar-RS, 2020.
Adaptado por RDK Logs Adaptado por RDK Logs

42
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA
4.2.1.3 Figura – Evolução dos Volumes da Produção de Erva Mate no Rio Grande do Sul

Observando uma série histórica entre 2006 e 2019, percebe-se variação na produção de erva-mate no Estado entre
Observando uma série histórica entre 2006 e 2019, percebe-se grande variação na produção de
229 e 302 mil320
toneladas, com seu ápice produtivo em 2017 e queda abrupta em 2018, quando a produção foi de 233
Erva-Mate no estado, variando entre 229 e 302 mil toneladas, com seu ápice produtivo302 chegou em 2017, e
mil toneladas (Figura 41). A partir disso, é percebida reação do setor em 2019, quando a297
produção ao volume
de 277 milcom queda abrupta em 2018, quando a produção foi de 233 mil toneladas.
300
toneladas. 292 A partir disto vê-se uma
reação do setor em 2019, quando a produção chegou ao volume de 277 mil toneladas. 276 277
Volume (mil/ton)

280 273

4.2.1.3 Figura –259


Figura 41 – Evolução dos volumes 266
Evolução 260 261 da produção
256 dos
259 Volumes da Produção de Erva Mate no Rio Grande do Sul
de erva-mate no Rio Grande do Sul
260

240
320 230
233
302
297
220
300 292

276 277
Volume (mil/ton)

280
200 273
266
2006 2007
259 2008 2009 2010
260 2011 2012
261 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
256 259
260

Fonte: IBGE,
240 EMATER, Ascar-RS, 2020. Adaptado por: RDK Logs.
230
233
O consumo
220 herdado dos índios para bebidas prontas, como chás energéticos, e principalmente no
Rio Grande do Sul para o chimarrão, vem ganhando aplicabilidade em diversos produtos no Brasil e
200 inserindo-se também na indústria de cosméticos. Quanto aos valores da produção, que
no mundo,
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
são uma variável derivada calculada pela média ponderada das informações de quantidade e preço
Fonte: IBGE, Emater, Ascar-RS, 2020. Adaptado por RDK
médio corrente pago ao produtor, de acordo com os períodos de colheita e comercialização de cada
Fonte: IBGE, EMATER, Ascar-RS, 2020. Adaptado por: RDK Logs.
produto (sem considerar despesas de frete, taxas e impostos), apresenta-se grande variação, sendo
o menor valor em 2006, com R$81 milhões, e o maior em 2014, com R$303 milhões. Em 2019 o
O consumo herdado dos índios para bebidas prontas, como chás energéticos, e principalmente no
valor no Rio Grande
Rio Grande do Sul
do Sul para foi de R$199
o chimarrão, vemmilhões.
ganhando aplicabilidade em diversos produtos no Brasil e
Figura 42 – Evolução dos valores da
no mundo, inserindo-se também na indústria de cosméticos. Quanto aos valores da produção, que
produção
Figura 4.2.1.4– de erva-mate no Rio Grande doMate
Sul no Rio Grande do Sul
são uma variávelEvolução dos Valores
derivada calculada pela da Produção
média de Erva
ponderada das informações de quantidade e preço
médio
320corrente pago ao produtor, de acordo com os períodos 303
de colheita e comercialização de cada
produto
300 (sem considerar despesas de frete, taxas e impostos), apresenta-se grande variação, sendo
272
280 valor em 2006, com R$81 milhões, e o maior em 2014, com R$303 milhões. Em 2019 o
o menor 260
260
Valor (milhões/R$)

valor no Rio Grande do Sul foi de R$199 milhões.


240
220 210 199
200
Figura
2004.2.1.4– Evolução dos Valores da Produção de Erva Mate no Rio Grande do Sul
180 303
320
160
300
272 157
140
280 117
109 118 260
120
260 97 96 101
Valor (milhões/R$)

240 81
100
80
220 210 199
200 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 200
2017 2018 2019
180 EMATER, Ascar-RS, 2020. Adaptado por: Fonte:
Fonte: IBGE,
IBGE, Emater, Ascar-RS, 2020. Adaptado por RDK
RDK Logs.
160
157
140 117
O consumo herdado 109
120 dos índios
97 para96
bebidas
101
anuário
prontas, como chás 118energéticos, e principalmente no Rio Grande do
do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA
Sul, para o chimarrão,
100 vem
81 ganhando aplicabilidade em diversos produtos no Brasil e no mundo, inserindo-se também
na indústria de cosméticos.
80 Quanto aos valores da produção, que são uma variável derivada calculada pela média
ponderada das informações 2007
2006 2008 2009
de quantidade 2010médio
e preço 2011 corrente
2012 2013pago2014 2015 2016
ao produtor, 2017 com
de acordo 2018os 2019
períodos
de colheita e comercialização
Fonte: de cada produto
IBGE, EMATER, Ascar-RS, (sem considerar
2020. Adaptado despesas de frete, taxas e impostos), apresenta-se
por: RDK Logs.
grande variação, sendo o menor valor em 2006, com R$ 81 milhões, e o maior em 2014, com R$ 303 milhões. Em 2019
o valor no Rio Grande do Sul foi de R$ 199 milhões (Figura 42).
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 43
ACÁCIA
O reconhecimento da Acácia-negra se dá em função da qualidade de sua casca, da qual são obtidos
ACÁCIA
ACÁCIA
extratos vegetais, que dão origem aos chamados Taninos. Amplamente utilizado na indústria, está

CASCA DE ACÁCIA
presente em todas as etapas de produção de couros (pré-curtimento, curtimento e recurtimento)
para múltiplas aplicações.OOreconhecimento
setor industrialda Acácia-negra
o qual tem
O reconhecimento
se dá em função da qualidade
daaAcácia-negra
Acácia-negra
se dácomo
de sua casca,
principal
em função
da qual são obtidos
matéria-
da qualidade de sua casca, da qual são obtidos
extratos vegetais, que dão origem aos chamados Taninos. Amplamente utilizado na indústria, está
prima gerou
O reconhecimento 1.696 empregos,
da Acácia-negra dáentre
sepresente
emem diretos
função e indiretos
extratos vegetais,em
que2019. Acasca,
produção
dão origem de cavacos
aos chamados de Acácia
Taninos. Amplamente utilizado na indústria, está
todas as etapas de produção de couros (pré-curtimento, curtimentoextratos
da qualidade de sua da qual são obtidos vegetais,
e recurtimento)
foi aproximadamente de 1,3 milhões presente
deaplicações. em
toneladasOem todas as
2019. etapas de produção de couros (pré-curtimento, curtimento e recurtimento)
que dão origem aos chamados taninos. Amplamente
para múltiplas utilizado
setor
para múltiplas na indústria, está presente
o qual tem em todas ascomo
industrial o qual tem a Acácia-negra como principal matéria-
aplicações. O setor industrial a Acácia-negra etapas de matéria-
principal
produção de couros (pré-curtimento,prima gerou 1.696 empregos, entre diretos e indiretos em 2019. A produção de cavacos de Acácia
curtimento eprima
recurtimento) para múltiplas
gerou 1.696 empregos, aplicações.
entre diretos e indiretos emO2019.
setor industrial
A produção o qualde Acácia
de cavacos
Figura 4.2.2.1 - Produção de
foi Casca de foi aproximadamente
aproximadamente Figura
de 1,3 milhões
de 4.2.2.2–
de toneladas Extração
em
1,3 milhões
2019. de Taninos no
de toneladas em 2019.
tem a acácia-negra como principal matéria-prima gerou
Acácia no Brasil em 2019
1.696 empregos, entre diretos
Brasil em 2019
e indiretos em 2019. A produção
de cavacos de acácia foi de aproximadamente 1,3- Produção
Figura 4.2.2.1 milhão de
de toneladas
Casca de em 2019.
Figura 4.2.2.1 - Produção de Casca de Figura 4.2.2.2– Extração de Taninos
Figura 4.2.2.2– no de Taninos no
Extração
Acácia no Brasil Acácia
em 2019no Brasil em 2019 Brasil em 2019 Brasil em 2019

Figura 43 – Figura 44 –
Produção de Extração de
casca de RS RS
taninos
RS no RS
acácia no 100% 100%
RS
100% Brasil
100%
100%
RS
100%
Brasil em 2019
em 2019

Figura 45 – Evolução dos volumes


Figura 4.2.2.3- Evolução dos Volumes
Figura 4.2.2.3-
da
Evoluçãoda
dos
produção
Produção
Volumesde
daCasca de Acácia
Produção no Rio
de Casca Grandeno
de Acácia doRio
SulGrande do Sul
de
Figuracasca de acácia
4.2.2.3- Evolução no Rio
dos Volumes Grande
da Produção dodeSul
de Casca 280Acácia no Rio Grande do Sul
262 280 262
260 260
280 262
240 240
260
220 220
196 196
240 188 188
Volume (mil/ton)

Volume (mil/ton)

200 200
172 172
220 180 180
159 159 196
188 145 145
Volume (mil/ton)

200 160 160


137 137
172 140 140
180 159 120 109 107 106109103107 106
160
120 103
145
100 100 137
140 73 70 73 70
80 80 63 63
120 109 107 106
60 60 103 Fonte: IBGE;
100 40 40 Associados
2006 2007 20082006 2009 73
2007 2008
2010 70 2009
2011 2010
2012 2013 2011 20122015
2014 20132016
20142017
20152018
20162019
2017 2018
Ageflor.
2019
80 63
60
Fonte:AGEFLOR.
Fonte: IBGE; Associados IBGE; Associados
AdaptadoAGEFLOR.
por: RDKAdaptado
Logs. por: RDK Logs. Adaptado por
RDK Logs
40
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IBGE; anuário do setor deanuário


Associados AGEFLOR. Adaptado por: RDK Logs. do setordo
base florestal deRio
base florestal
Grande do do
SulRio Grande do Sul PÁGINA
PÁGINA

Figura 46 – Evolução dos valores da produção


de casca
Figura 4.2.2.4 de acácia
- Evolução dosno RiodaGrande
Valores doCasca
Produção de Sulde Acácia no Rio Grande do Sul
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul 46
PÁGINA
48
43
43

38
34
Valor (milhões/R$)

33 30 30
Fonte: IBGE -
28 Produção da
Extração Vegetal
23 e da Silvicultura,
18 2020. Adaptado
18 por RDK Logs
14 13
12 11 12
13 11 11
10

8
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2020. Adaptado por RDK Logs.
44

Os taninos também possuem diversas aplicações no tratamento de água, através de


8
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2020. Adaptado por RDK Logs.
Os taninos também possuem diversas aplicações no tratamento de água, através de coagulantes/floculantes de origem
vegetal favoráveis para tratamento de águas de abastecimento e efluentes industriais. O tanino também é utilizado
na nutrição animal, compondo produtos fitogênicos que podem ser inclusos nas dietas de aves, suínos, ruminantes,
Os taninos também possuem diversas aplicações no tratamento de água, através de
peixes e camarões. Ainda possui diferentes usos na indústria cosmética, farmacêutica e química. Na indústria química,
coagulantes/floculantes de origem vegetal favoráveis para tratamento de águas de abastecimento
tem aplicabilidade em condicionadores de lama para perfuração de poços de petróleo, redutores de viscosidade de
e efluentes
massas cerâmica, industriais.para
defloculantes O Tanino também,
concreto, agentesé de
utilizado na nutrição
suspensão animal,decompondo
em formulação produtos
agroquímicos e adesivos
fitogênicos que podem
para madeiras, entre outros. ser inclusos nas dietas de aves, suínos, ruminantes, peixes e camarões. Ainda,
possui diferentes usos na indústria cosmética, farmacêutica e química. Na indústria química tem
aplicabilidade em condicionadores de lama para perfuração de poços de petróleo, redutores de
viscosidade de massas cerâmica, defloculantes para concreto, agentes de suspensão em formulação
Figura 47
de agroquímicos – Evolução
e adesivos dos entre
para madeiras, volumes
outros. da produção
de tanantes no Rio Grande do Sul
Figura 4.2.2.5 - Evolução dos Volumes da Produção de Tanantes no Rio Grande do Sul
250

210 209
197 202
200 181 178
171

148
Volume (mil/ton)

150 138
118 113
Fonte: IBGE;
100 Associados
Ageflor.
Adaptado por
40 43 41 RDK Logs
50

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IBGE; Associados AGEFLOR. Adaptado por: RDK Logs.

Figura 48 – Evolução dos valores da produção


de tanantes no Rio Grande do Sul
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA
Figura 4.2.2.6- Evolução dos Valores da Produção de Tanantes no Rio Grande do Sul

180
169
162
160
146
142 142
137
140
Valor (milhões/R$)

118 119
120
Fonte: IBGE
108 - Produção
99 da Extração
96 Vegetal e da
100
Silvicultura,
2020.
80 Adaptado por
65 67 66 RDK Logs

60
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2020. Adaptado por RDK Logs.
O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 45
RESINA DE PINUS
A resina é um produto florestal não madeireiro extraída pela resinagem de indivíduos do gênero Pinus, sendo que
no Rio Grande do Sul a espécie mais utilizada é Pinus elliottii, pela maior produção e versatilidade. A resina pode ser
utilizada como fonte complementar de receita durante o ciclo produtivo da floresta.

É extraída através de processo mecânico-químico que consiste na criação de uma “lesão” na árvore, denominada
como estria, na qual é aplicado um produto ácido que atinge os ductos resiníferos e estimula a exsudação de resina
pela árvore. O produto é coletado em sacos plástico, e os trabalhadores, periodicamente, refazem o processo (estria
+ ácido) para que a árvore continue a produção.

A resina, em sua forma bruta chamada de oleoresina, é uma forma de autodefesa da árvore, no sentido de cicatrização
do ferimento para evitar ataques de pragas e insetos.

A resina tem dois principais componentes: o breu e a terebintina. Ambos são insumos usados em vários produtos
da indústria.

A terebintina é um líquido obtido a partir da destilação da resina bruta, de odor característico de pinho e, normalmente,
incolor. Tem aplicações diversas no campo químico e farmacêutico, sendo utilizada como solvente de tintas e vernizes,
cânfora sintética, perfumes, produtos fármacos, etc. Outros usos incluem sua composição em fungicidas, bactericidas
e germicidas.

O breu possui propriedade aderente que permite a sua utilização, após modificado quimicamente, em diversos
mercados. Normalmente utilizado na fabricação de colas para papel, vernizes e tintas, borracha e adesivos, ceras
depilatórias, revestimentos, sabões e detergentes.

A resinagem pode ser iniciada quando as árvores atingem, aproximadamente, 18 cm de diâmetro na base do tronco,
normalmente aos oito anos de idade. Uma árvore pode produzir cerca de 6kg de resina por ano. A produção por
árvore varia de acordo com o material genético, sítio e espaçamento.

O Brasil apresentou produção de 121 mil toneladas de resina em 2019. O Rio Grande do Sul é o segundo maior
produtor do país, estando atrás apenas de São Paulo.

Figura 49 – Figura 50 – Evolução dos volumes da


Produção de produção de resina no Rio Grande do Sul
resina no Brasil
em 2019
Demais
90
estados
Mil (ton)

8,9%

56
RS 60 47 50
37,9%

30
SP
53,2%

0
2017 2018 2019

Fonte: Âmbar Florestal e IBGE.


Adaptado por RDK Logs Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2020. Adaptado por RDK Logs

46
Oriundo da Araucária, o pinhão é a semente desta árvore, e além de servir de alimento para a fauna,
a qual contribui na dispersão da semente desta, também é amplamente inserido na alimentação

PINHÃO
humana na região Sul do Brasil.

No Rio Grande do Sul o extrativismo do pinhão representa importante fonte de renda para muitas
famílias, sendo umas das principais fontes de renda da propriedade para um número significativo de
Oriundo da araucária (Araucaria angustifolia), o pinhão é a semente desta árvore. Além de servir de alimento para a
produtores.
fauna, a qual contribui na dispersão da semente, também é amplamente inserido na alimentação humana na Região
SuaSul do Brasil.
colheita No Rio
é manual, porGrande
meio da do Sul,destas
coleta o extrativismo representa importante
sementes diretamente fonte
no solo, quando de renda para muitas famílias, sendo
os pinhões
ums
caem dos principais
naturalmente comrecursos da das
a maturação propriedade
pinhas, ou para um número
pela derrubada dassignificativo de produtores.
pinhas. A cadeia extrativa
do pinhão é simples, estando basicamente na colheita e comercialização do produto. São poucas as
ações
Suadecolheita
beneficiamento,
é manual,industrialização
por meio da e conservação do pinhão,no
coleta diretamente o torna
solo,restrito
quando o seu
os período
pinhões caem naturalmente com a
e osmaturação
volumes dedas
comercialização.
pinhas ou pela sua derrubada. A cadeia extrativa do pinhão é simples, estando basicamente na colheita
e na comercialização do produto. São poucas as ações de beneficiamento, industrialização e conservação do pinhão,
Sua comercialização é em maioria informal, realizada pelos próprios extrativistas em mercados
tornando restrito o seu período e os volumes de comercialização.
locais e beira de estrada. No entanto, a maior parte da produção ainda é comercializada através de
intermediários, os quais levam o produto para os centros maiores.
Sua comercialização é em maioria informal, realizada pelos próprios extrativistas em mercados locais e beira de
estrada. No entanto, a maior parte da produção ainda é comercializada por intermediários, os quais levam o produto
para os centros maiores.
Figura 4.2.4.1- Evolução dos Volumes da Produção de Pinhão no Rio Grande do Sul
1100

1050 1025
Figura 51 –
1000
947
Evolução dos
950 volumes da
900 881
produção de
850
806
823 828 pinhão no Rio
Toneladas

805
800
749
762 819 Grande do Sul
750 719
686 696
700 671

650

600
Fonte: IBGE - Produção da
550
Extração Vegetal e da
500 Silvicultura, 2020.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Adaptado por RDK Logs
FiguraIBGE
Fonte: 4.2.4.2- Evolução
- Produção dos Valores
da Extração da Produção
Vegetal de Pinhão
e da Silvicultura, 2020.no Rio Grande
Adaptado do Sul
por RDK Logs.

3800 3.633
3.771 Figura 52 –
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
3.533
PÁGINA
Evolução dos
3300 3.121
valores da
produção de
2800
pinhão no Rio
Grande do Sul
Valor (mil/R$)

2.387 2.388

2300

1.900

1800
1.547
1.311
1300 1.083 1.096
1.067 Fonte: IBGE - Produção da
940 961
Extração Vegetal e da
800 Silvicultura, 2020.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Adaptado por RDK Logs

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2020. Adaptado por RDK Logs.
O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 47
5

48
EXPORTAÇÕES

A s exportações do Rio Grande do Sul movimentaram US$ 18,54 bilhões em 2019. O valor representou 8,2% do
total das exportações do Brasil no mesmo período (Figura 53). O Estado é o 4º no ranking das exportações.
A China lidera como principal destino, com 30,5% de participação, seguido dos Estados Unidos, com 7,93%.

O setor de basel florestal representou 9,5% dos valores exportados pelo Rio Grande do Sul em 2019 (Figura 54).
Essa representatividade tem como grande propulsor a celulose, o principal produto de base florestal exportado
pelo Rio Grande do Sul, com 71,8% do montante dos valores (Figura 55).
PÁGINA

Em 2019, as exportações doPÁGINA


setor de base florestal do Rio Grande do Sul cresceram 38% em relação a 2018. O
principal fator para expansão também está relacionado as exportações de celulose no Estado.
1. Figura 55 5.0.3 PARTICIPAÇÃO DOS PRODUTOS DE BASE
RTAÇÕES Figura 53 – 1. Figura 55 FLORESTAL NAS EXPORTAÇÕES DO RIO GRANDE
Figura 55 – Participação dos produtos de
Participação
Fonte: COMEX/MDIC. dopor RDK Logs.
Elaborador baseSUL
DO de florestal nas exportações do RS
RS nas exportações Madeira em Bruto
PÁGINA

nacionais RS
Resina
1,4% 1,1% Celulose
Taninos

EXPORTAÇÕES
Pellets Cavaco
S 2,3%
0,6% Papel
Móveis de Madeira
o 8,2% 8,6%
Fonte: COMEX/MDIC. Elaborador por RDK Logs.
Serrados
Painéis Reconstituídos
Painéis Reconstituídos Móveis de Madeira
1,7%
RS Taninos
Serrados
5.0.1 Representatividade do RS 4,4%
Resina
ul Madeira em Bruto
no Total das Exportações do DEMAIS Papel
8,2%
O 2,7%
Pellets
Brasil ESTADOS
s
Cavaco US$ 1.768.964.243
o As exportações do Rio Grande do Sul 5,5%
s movimentaram91,8%
US$18,54 bilhões em 2019. O DEMAIS
ESTADOS
valor representou 8,2% do total das
al exportações do Fonte:
BrasilComex/MDIC.
no mesmo período
91,8%
o (Figura 5.0.1). O estado é o 4º no ranking das US$ 1,768
Elaborado por RDK Logs
exportações. A China lidera como principal
Celulose
71,8% Bilhões
destino, com 30,5% de participação, seguido
dos Estados Unidos, com 7,93%.
Figura 54 –
Representatividade
5.0.2 do setor de base
Representatividade do 5.0.2 Representatividade do
Setor de Base Florestal no Total
Setorflorestal nas
de Base Florestal no Total das Exportações do Rio Grande
exportações
das Exportações do RS
do Rio Grande do Sul
SETOR DE BASE

do Sul FLORESTAL
O Setor de Basel Florestal representou 9,5%
Exportações
Produto Valor US$ Valor US$ Variação
dos valores exportados pelo Rio Grande do Sul
9,5% 2018 2019 %
em 2019 (Figura 5.0.2). Essa
O Setor de Basel Florestal representou 9,5% representatividade tem comoCelulose grande 798.851.970 1.269.669.902 58,94%
dos valores exportados pelo Rio Grande do Sul propulsor a CELULOSE.
Cavaco 88.778.517 96.599.305 8,81%
em 2019 (Figura 5.0.2). Essa Com isso, tem-se a CELULOSE como Papel
principal 58.127.274 47.678.678 -17,98%
representatividade tem como grande produto de base florestal exportado Serrados
pelo Rio 58.809.350 77.823.660 32,33%
Grande do Sul, representando 71,8% do
propulsor a CELULOSE. Painéis Reconstituídos 39.121.607 29.956.739 -23,43%
montante dos valores (Figura 5.0.3).
Móveis de Madeira 157.754.849 151.275.013 -4,11%
Com isso, tem-se a CELULOSE
90,5%
como principal Em 2019 as exportações do setorTaninosde base 44.966.336 41.131.736 -8,53%
florestal do Rio Grande do Sul cresceram 38%
produto de base florestal exportado pelo Rio em relação a 2018. O principal fator Resina
para
15.636.698 24.715.804 58,06%
DEMAIS
Grande do Sul, representando 71,8% do expansão também está Madeira
SETORES relacionadoemasBruto 6.249.821 18.720.225 199,53%
exportações de CELULOSE no Estado. Pellets 25.363.892 11.393.181 -55,08%
montante dos valores (Figura
Fonte: 5.0.3).
Comex/MDIC.
Total 1.293.660.314 1.768.964.243 36,74%
Elaborado por RDK Logs
Em 2019 as exportações do setor de base Fonte: Comex/MDIC. Elaborado por RDK
florestal do Rio Grande do Sul cresceram 38%
em O S E TO
relação R D EOBprincipal
a 2018. A S E F LO
fatorR para
E S TA L NO RIO GRANDE DO SUL - 2020 49
expansão também está relacionado as
exportações de CELULOSE no Estado.
ELULOSE
1,27
1,27CELULOSE
Bilhão US$
Bilhão US$
O preço médio da celulose apresentou grande variação nos últimos três anos. O ápice ocorreu em 2018, chegando a

7 Bilhão US$
US$ 662 por tonelada. Em 2019, o preço médio foi de US$ 559 por tonelada.
5.1.1 Evolução das Exportações
2,2
As exportações de celulose atingiram a marca de US$ 1,27 bilhão em 2019, crescimento de 59% em relação a 2018. As
5.1.1 Evolução das Exportações
exportações do Rio Grande do Sul respondem por 17% do valor total exportado no país.
de Celulose do Rio Grande do
2,2 Milhões (ton)
OMilhões (ton)
Estado fica atrás
Brasil.
deapresenta
apenas do Mato Grosso do Sul, que

5.1.1
Celulose
Sul
do RiodosGrande
25,9% de participação

SulEvolução das Exportações


do pelo
valores exportados

Valor (Milhões US$)


deFigura
Celulose do Valor
Rio(Milhões
Grande do
559
US$)
Milhões (ton) 56 – Evolução das exportações de 1.270 1.270
559 US$/ton *
US$/ton * Sulcelulose do Rio Grande do Sul
799

Valor (Milhões US$) 592799


o médio nominal 592 427

9 US$/ton *
médio nominal 306427 1.270
124 137 160 123 179 181 139 142 306
130
124 137 160 123 179 181 139 142 130
799
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
1,27 Bilhão US$
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
592
eço
minal
médio da celulose apresentou grande
ço médio da celulose apresentou grande 427
2,2 Milhões
ação nos últimos
ão nos últimos três (3) anos. (ton)
três (3) anos. No ano de
No ano de 124
306
137 160 123 179 181 139 142 130
8 apresentou um ápice chegando a
559um
apresentou US$/ton *
ápice chegando a
662 por tonelada.
62 por tonelada.
Em
Em 2019
2019 o preço médio
o preço médio
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
*preço médio nominal
e US$559
oUS$559 por
da celulose tonelada.
apresentou grande
por tonelada.
últimos três (3) anos. No ano de
ntou um ápice chegando a
Peso (Mil toneladas) Preço
Preço Médio
Médio Nominal
Nominal (US$/ton)
(US$/ton)
onelada. Em 2019
Peso (Mil o preço médio
toneladas)
662 662
por tonelada. 2.273
2.273
559
552 552 559
501 501
463 463 451 467 467461
451 456 456 461
419 419 430 430
1.452
1.452 Preço Médio Nominal (US$/ton) 408 408
Peso (Mil toneladas) 358 358
1.207
1.207 348 348
662
994994
2.273
664664 552 559

7326 387
387 501
326 319
319 344
344 327327
308308
303303
284284 463 451 467 456 461
419 430
1.452 408
1.207 348 358
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

994

664

4 387 327 308 303 284

50 anuário do do
anuário setor de de
setor base florestal
base do Rio
florestal Grande
do Rio do Sul
Grande do Sul PÁGINA
PÁGINA
2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
9% em relação a 2018. As exportações do Celulose 12.000
Figurado
Grande 5.1.
Sul2 -representam
Participação17%
do RSdonos Valores das
valor

MIL (TON)
10.000
Exportações
exportado nodepaís.
Celulose em 2019
O estado fica atrás
18.000 8.000
nas do Mato Grosso do Sul, que apresenta
15.189 15.291
% de RS participação dos VALORES 16.000
13.841
6.000
17% DEMAIS 14.000
ortados pelo Brasil. 4.000
ESTADOS
12.000 1.207
2.000 994
ra 5.1. 2 - Participação do RS nos Valores das

MIL (TON)
10.000
ortações de Celulose em 2019 0
8.000
2017 2018
RS 6.000
83%
DEMAIS BR RS
17% 4.000
ESTADOS 2.273
2.000 994 1.207

0
Figura 57 – Participação

17% 15%
2017 2018 2019

O RS
do RS nos valores das
83% em 2019
exportações BR RS

Figura 58 – Participação
representou do RS
do VALOR das exportações de nos volumes das
exportaçõesVOLUME
do das exportaç
de celulose

O RS 17% 15%
CELULOSE no Brasil em 2019 CELULOSE no Brasil em

O
representou
RS 17% 15%
Os principais destinos do
dasVALOR
exportações de CELULOSE
das exportações de doem 2019 foram
VOLUME a China, de
das exportações que import
do volume de CeluloseCELULOSE
exportado
nopelo
Brasilestado,
em 2019a Itália com participação
CELULOSE no Brasil emde 10% do volu
2019
Estados Unidos, com 9% de representatividade.
representou do valor e do volume exportado
rincipais destinos das exportações de CELULOSE em 2019 foram a China, que importou 41%
pelo país em 2019
Figura 5.1.4 – Principais destinos da Exportação de Celulose no Rio Grande do Sul.
olume de Celulose exportado pelo estado, a Itália com participação de 10% do volume, e o
dos Unidos, com 9% de representatividade.

ra 5.1.4 – Principais destinos da Exportação de Celulose no Rio Grande do Sul.

Figura 59 –
Principais
destinos da
celulose do RS

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 51

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul


PAPEL
PAPEL
PAPEL
O preço médio do papel apresentou pouca variação nos últimos quatro anos. Em 2018, chegou a US$ 1.123 por
tonelada. Em 2019, o preço médio caiu, chegando a US$ 1.104 por tonelada.

As exportações de papel atingiram a marca de US$ 47,7 milhões em 2019, redução de 17,98% em relação ao ano

PAPEL
anterior, quando a marca foi de US$ 58,1 milhões. As exportações do Rio Grande do Sul representam 2% do volume
total exportado pelo Brasil.

A participação do Estado no valor exportado é de 2%, sendo São Paulo, Paraná e Santa Catarina os destaques na

47,7
exportação deste produto.

47,7Milhões
MilhõesUS$
US$ 5.2.1pelo Evolução
5.2.1
A representatividade maior dos volumes de papel exportados Grande do das
Evolução
Rio emExportações
Suldas Exportações
2019 foi do Uruguai,
com 42%. Em seguida aparecem Colômbia (20%) e Paraguaide Papel do Rio Grande do Sul
(15%).
de Papel do Rio Grande do Sul
47,7 Milhões US$
43 MilMil(ton)
5.2.1 Evolução das Exportações
Figura 60 – Evolução das
(ton) de Papel do Rio Grande do Sul
exportações de papel do RS

47,7 milhões US$


Mil (ton) 43 Valor (Milhões US$)
Valor (Milhões US$)

1.104
1.104
43 Mil (ton) US$/ton*
US$/ton* 44
Valor (Milhões US$) 46
43
46
50
50
58
58
48
48

1.104 US$/ton*
41
1.104 US$/ton *
44 43
38 41 58
36 38
*preço médio nominal 30 30
36 50
*preço
*preçomédio
médionominal
nominal 44 30 30 46 48
24 24 43
41
24 24 38
36
*preço médio nominal 30 13 30
24 13
24

O preço médio do papel apresentou pouca


O preço médio do papel apresentou pouca 13
variação nos últimos quatro (4) anos. No ano
2006

2007

2008

2009

2011 2010

2012 2011

2013 2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
variação nos últimos
O preço médio doquatro (4) anos. No
papelpor
apresentou ano
de 2018 chegou a US$1.123 tonelada.pouca
Em
20072006

20082007

20092008

2009

2010

2011

20142012

20152013

20162014

2015

2016

2017

2018

2019

de 2018 chegou a US$1.123 por tonelada. Em


variação nos últimos quatro (4) anos. No ano
2019 o preço médio apresentou queda,
2006

2010

2017

2018

2019

2019deo2018 chegou
preço a US$1.123
médio por tonelada.
apresentou Em
queda,
chegando ao valor de US$1.104 por tonelada.
2019 o preço médio apresentou
chegando ao valor de US$1.104 por tonelada. queda,
chegando ao valor de US$1.104 por tonelada.
Preço Médio Nominal (US$/ton)
Preço Médio Nominal (US$/ton)
Peso (Mil toneladas) Preço Médio Nominal (US$/ton)
PesoPeso
(Mil(Mil
toneladas)
toneladas)
52 1.584
1.527 1.528
1.484 1.504
48 52 1.420
1.584 1.584
52 1.527 1.528
1.527 1.528
44 43 1.484 1.504 1.484 1.504
48 48 1.420 1.420
44
44 43 1.204 1.172
37 43 1.142 1.130 1.123 1.104
1.204
37 1.045 1.204
1.142 1.172
1.172
1.130 1.123
37 1.142 1.104 1.130 1.123 1.104
31 916 1.045
29 27 31 1.045
29 916
25 2731 916
29 23 25
20 23 27
2017 19 25
23
19
20 17
11 19
17
11
11
2006

2007

2008
2010 2009

2011 2010

2012 2011

2013 2012
2013

2014

2015

2016
2017 2017

2018 2018

2019 2019
20062006

20072007

20082008
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2006

2007

2007 2008

2008 2009

2009 2010
2011

2012

2013

2014

2013 2015

2014 2016

2015 2017
2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2009

2014

2015

2016

2006

2010

2011

2012

2016

2017

2018

2019

52

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul


os destaques na exportação
As exportações deste
de papel atingiram produto.
a marca de
Figura 5.2. 31.500
- Participação do RS
US$ 47,7 milhões em 2019, uma queda de

MIL (TON)
nos Volumes das Exportações de
Figura 5.12 em
17,98% 2 - Participação
relação a 2018,do RS nos
quando a marca foi Papel
Valores das Exportações de Papel em
de US$ 58,1 milhões. As exportações do Rio 2.500
2019Grande do Sul representam 2% do volume 1.000
2.144 2.162
total exportado no98% país. A participação do 2.016
estado no valor exportado é de 2%, sendo os 2.000
DEMAIS
estados de São Paulo, Parana e Santa Catarina
ESTADOS 500
os destaques na exportação deste produto.
1.500

MIL (TON)
Figura 5.12 2 - Participação do RS nos 44 52
Valores das Exportações de Papel em
2019 0
1.000
98%
2017 2018 20

2%
DEMAIS BR RS
ESTADOS 500

RS 44 52 43
0

2% 2%
2017 2018 2019
Figura 61 – Participação do RS nos

O RS
valores das2%exportações de papel
em 2019 RS
representou do VALOR das
Figura 62 – Participação
do VOLUME
do RS nos volumes das
dasexportaçõe
BR RS

O RS 2%
exportações de PAPEL exportações
no Brasil em 2019
de papel
de PAPEL no Brasil em 2019
2%
representou do VALOR das do VOLUME das exportações

Paraguai,
O RS
A representatividade maior dosexportações
do Uruguai, com 42%. Em seguida
respondeu por
A representatividade
volumes de
se tem
no Brasil em a
com 15%. maior dos volumes de PAPEL
PAPEL exportados
de PAPEL
2%
de PAPELpelo Rioem
no Brasil Grande
2019 do Sul em 201
Colômbia, recebendo 20% do volume exportado
2019
doexportados
valor e pelo Rio Grande
do volume exportado
do Sul em 2019 foi
2%
pelo país
do Uruguai, com 42%. Em seguida se tem a Colômbia, recebendo 20% do volume em 2019e o
exportado,
Figura 5.2.4 com
Paraguai, – Principais
15%. destinos da Exportação de Papel no Rio Grande do Sul.
Figura 5.2.4 – Principais destinos da Exportação de Papel no Rio Grande do Sul.

Figura 63 –
Principais
destinos do
papel do RS

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 6

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 53
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGI
PAINÉIS
RECONSTITUÍDOS
PAINÉIS RECONSTITUÍDOS
PAINÉIS
PAINÉIS
RECONSTITUÍDOS
Em
RECONSTITUÍDOS
2019, o preço médio dos painéis reconstituídos foi de US$ 317 por tonelada. O preço médio manifesta bastante
oscilação se observados os valores de 2006 a 2019. A diferença entre 2009 e 2019, por exemplo, foi de redução
do preço em 42%.

As exportações de painéis reconstituídos alcançaram US$ 29,9 milhões em 2019, queda de 23,43% em

29,9 Milhões US$


relação a 2018, quando a marca foi de US$ 39,1 milhões. As exportações do Rio Grande do Sul representam
10% do volume total exportado pelo Brasil.

29,9
29,9 volume US$
doMilhões exportado
5.3.1 Evolução das
O volume de painéis reconstituídos exportados em 2019 teve como principal destino os Estados Unidos e o Peru,
ambos com 22% Milhões US$ pelo Rio Grande do Sul, seguidos pela Colômbia, que importou 18% do
5.3.1
volume. 5.3.1Evolução
Evoluçãodas
Exportações de Painés
das
Exportaçõesde
Exportações dePainés
9494
Mil (ton)
94 Mil
Mil(ton)
(ton)
Reconstituídos
Reconstituídos
Reconstituídos
Grande do
do
Suldo
do Rio
Painés
Rio
Rio
64 – Evolução
Grande do Sul das exportações
Grande do reconstituídos
de painés Sul do RS

317
Valor (Milhões
US$) US$)
317
Valor (Milhões
29,9 milhões US$
317
Valor (Milhões US$) 42 42
4239
US$/ton* US$/ton*
US$/ton* 39
39

94 Mil (ton) 32
32 30
3230
*preço médio nominal 30
*preço
preço médio 317 US$/ton *
médio nominal
nominal
*preço médio nominal
16
16
Em 2019 o preço médio dos painéis
Em 2019 o preço médio dos painéis 11 12
11 129
11 10 10 11 16
m 2019 reconstituídos
o preço foi demédio
US$317 por tonelada. O 11 108 10 11
foi de US$317dos painéis 8
reconstituídos por tonelada. O 8 129 11
8
preço médio manifesta bastante oscilação, se 11 10 10 11
econstituídos foi demanifesta
preço médio US$317bastante
por tonelada.
oscilação,Ose 8 9 8
observarmos os valores de 2006 a 2019. A
observarmos
reço médio manifestaos valores
bastantede oscilação,
2006 a 2019. seA
diferença entre 2009 e 2019, por exemplo, foi
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019

diferença entre 2009 e 2019, por exemplo, foi


2006 2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019

bservarmos
de umaos valores
queda de 42%de 2006 a 2019. A
do preço.
de uma queda de 42% do preço.
iferença entre 2009 e 2019, por exemplo, foi
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019

e uma queda de 42% do preço.


Preço Médio Nominal (US$/ton)
Peso (Mil toneladas) Preço Médio Nominal (US$/ton)
Peso (Mil toneladas)
137
137 602 595 597
602
118 117 546 Preço Médio Nominal (US$/ton)
595 597
Peso (Mil toneladas) 118 117 513
513
546 510
510
458 465
94 458 465
94
379
137 379 358
358 334 317
602 595 597 305 334 317
267 305
118 117 546 267
46 513 510
46
458 465
23
94
22 22 20 23
22 22 2016 19 17 16 23 23 379
16 19 17 16 358
334 317
305
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

267
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

46

22 22 520
4
19
23 23
16 17 16

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 7


anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul
6

PÁGINA 7
Valores das Exportações de Painéis

MIL (TON)
Reconstituídos em 2019 600 do RS nos
Figura 5.3 3 - Participação
As exportações de Painéis Reconstituídos Volumes das Exportações de Painéis
alcançaram US$29,9 milhões em 2019, uma Reconstituídos
queda de 23,43% em relação a 2018, quando a
RS
marca foi de US$ 39,1 milhões. As exportações
1.200
400
1.069
DEMAIS do Rio Grande do Sul 10%
representam 10% do 1.027
975
1.000
ESTADOS volume total exportado no país.

Figura 5.3.2 - Participação do RS nos


800 200 137
Valores das Exportações de Painéis
117

MIL (TON)
Reconstituídos em 2019 600

RS 0
400
DEMAIS 10% 2017 2018
ESTADOS
90% 200 137 117 94 BR RS
0
Figura 65 – Participação
90%
do RS nos 2017 2018 2019

valores das exportações de painéis BR RS

reconstituídos em 2019

O RS 10% 10% 10
Figura 66 – Participação do RS
nos volumes das exportações
O RS 10% de painéis reconstituídos

representou
representou do VALOR das exportações do VOLUME
do VALOR das exportações dede do VOLUME
das exportações
PAINÉIS RECONSTITUÍDOS no
PAINÉIS RECONSTITUÍDOS
de das ex
PAINÉIS RECONSTITUÍDOS
no Brasil em 2019 Brasil em 2019PAINÉIS RECONST

O RS 10% 10%
no Brasil em 2019
O volume de PAINÉIS RECONSTITUÍDOS exportados teve como principal destino os Estados
Brasil em 2
Unidos e o Peru, quando em 2019 ambos receberam 22% do volume exportado pelo Rio Grande do
Sul, seguidos pela Colômbia, que importou 18% do volume.
respondeu por
O volume de PAINÉIS RECONSTITUÍDOS do valor e exportados teve como
do volume principal destin
exportado
Unidos e o Peru, quando em 2019 ambos receberam 22% do pelovolume
país em 2019
exportado pelo R
Figura 5.3.4 – Principais destinos da Exportação de Painéis Reconstituídos no Rio Grande do Sul.
Sul, seguidos pela Colômbia, que importou 18% do volume.

Figura 5.3.4 – Principais destinos da Exportação de Painéis Reconstituídos no Rio Gra

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 8

Figura 67 –
Principais
destinos
de painéis
reconstituídos
do RS

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 55
SERRADOS
SERRADOS
SERRADOS
SERRADOS
Em 2019, o preço médio dos serrados foi de US$ 386 por tonelada. A queda no preço médio pago pelo

77,8
77,8 serrado no Rio Grande do Sul foi de 5% em relação a 2018, quando atinigiu uma média de US$ 406.
Milhões
Milhões US$ US$
As exportações de madeira serrada apresentaram crescimento de 39% no volume em 2019 em relação a
2018. O Rio Grande do Sul movimentou cerca de US$ 77,8 milhões com as exportações de madeira serrada,
totalizando 11% do valor das exportações no país.

77,8
201
201
Entre os principais destinos das exportações de serrados em 2019 estão os Estados Unidos, com 55% do
Milhões US$
volume, o México (18%) e a Arábia Saudita (9%).
Mil (ton)
5.4.15.4.1 Evolução
Evolução das das
Mil (ton) Exportações
Exportações de Serrados
de Serrados do do
Rio Grande
Rio Grande do Sul do Sul
5.4.1 Evolução das
201
386
386 Mil (ton)
US$/ton*
US$/ton* Exportações
Valor (Milhões
Valor (Milhões US$) US$)
de Serrados do
68 – Evolução das exportações
78
78

*preçonominal
médio nominal
Rio Grandedodo
de serrados RioSul
Grande do Sul 59
59

*preço médio 48
77,8 milhões US$
386
44 48
44 Valor (Milhões US$)
42
42
37
37 33
US$/ton*
201 Mil (ton) 31
31
27
22 23 23
33
27
78

Em 2019 Em o2019
preço o preço
médio médio dos serrador
dos serrador foi de foi de 20 21 22
21 23
20 23

US$386 386
US$386
por US$/ton
por tonelada.
tonelada. A* queda
A queda nomédio
no preço preço médio 59
*preço médio nominal
pago
pago pelo pelomédio
serrado
*preço serrado
Rio no
nonominal Rio Grande
Grande do Sul do
foi Sul
de foi de 44
48
42
5% em5% em relação a 2018,
quandoquando
atinigiuatinigiu
uma uma
37
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
relação a 2018, 33
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
31
media media de US$406.
de US$406. 23 23
27
Em 2019 o preço médio dos serrador foi de 20 21 22

US$386 por tonelada. A queda no preço médio


pago pelo serrado no Rio Grande do Sul foi de
5% em relação a 2018, quando atinigiu uma
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

media de US$406.
Preço Médio
Preço Médio Nominal
Nominal (US$/ton)
(US$/ton)
Peso
Peso (Mil (Mil toneladas)
toneladas)
201 441 431 423
201 441 417
417 380 431 423 405 409 423 401
423 389 406 386
377 405 409 401 389 406
361 386
380 377 361
145
145
116 123 116 123 Preço Médio Nominal (US$/ton)
116 116
84
Peso (Mil toneladas) 83
84 74 83
74 58 55 64
54 58
49 51 64 201
54 49 51 55 441 431 423
417 405 409 423 401 389 406 386
380 377 361
145
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

116 123
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

116
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

84 83
74
64
54 49 51 58 55

56
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
Figura 5.4.2 - Participação do RS nos
Valores
Asdasexportações
Exportaçõesdede madeira
Serrados serrada
em
1.000do RS nos

MIL (TON)
Figura 5.4.3 - Participação
2019 apresentaram um crescimento de 39% no Volumes das Exportações de Serrados
volume em 2019 em relação a 2018. O Rio
1.800 800
Grande do Sul movimentou em RS 2019 cerca de
1.578 1.575
US$77,8 milhões com as exportações de 1.600
DEMAIS
madeira serrada, totalizando 11% do valor das 1.391 600
11%
ESTADOS
exportações no país, como mostra a Figura. 1.400

1.200 400
Figura 5.4.2 - Participação do RS nos
Valores das Exportações de Serrados em
1.000

MIL (TON)
2019 200 123 145
800
RS
DEMAIS 600 0
11%
ESTADOS 2017 2018
89% 400

200 123 145


201 BR RS
Figura 69 – Participação do RS 0
nos valores das exportações de

11% 13%
2017 2018 2019
89%
serrados em 2019

O RS
BR RS

Figura 70 – Participação
do RS nos valores das
O RS
representou 11%
do VALOR dasexportações
SERRADOS
exportações de
no de
Brasildoem
do VOLUME das exp
de serrados
2019das exportações
SERRADOS
13%
no Bras
do VALOR das exportações VOLUME de
representou SERRADOS no Brasil em 2019 SERRADOS no Brasil em 2019

Entre os principais
Entre os principaisdestinos
destinos dasdas exportações
exportações de SERRADOSde SERRADOS
em 2019 estão os em 2019
Estados Unidos, com os Estados Uni
estão
55% do
O
55%

RS
volume,
do volume,

respondeu por
ooMéxico
México comcom representatividade
representatividade

11% de 18%
de 18% e a Arábia

dodevalor
Figura 5.4.4 – Principais destinos da Exportação
ecom
Saudita, a Arábia

e no Rio Grande dodo


Serrados exportado
9%.

Sul.volume
Saudita, com 9%.
13%
pelo país em 2019
Figura 5.4.4 – Principais destinos da Exportação de Serrados no Rio Grande do Sul.

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 10

Figura 71 –
Principais
destinos de
serrados do RS

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul


O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 57
MÓVEIS DE
MÓVEIS DE
MÓVEIS DE
MADEIRA MADEIRA
MÓVEIS DE
MADEIRA
MADEIRA O preço médio dos móveis de madeira, em queda em 2016 e 2017, apresentou aumento no último ano, quando chegou
a US$ 1.402 por tonelada. O volume exportado pelo Rio Grande do Sul representou 75% das exportações nacionais.

151,3 Milhões US$As exportações de móveis de madeira no Estado foram de US$ 151,3 milhões em 2019. O valor, bem como

151,3
o peso exportado, apresentou redução em relação a 2018, quando o alcance foi de US$ 157.7 milhões. Em
Milhões
2019, o Rio Grande US$
do Sul representou 62% do valor das exportações no país.

151,3 Milhões US$ 5.5.1 Evolução das


O destino mais representativo em volume das exportações de móveis de madeira em 2019 foi o Peru, com

108 5.5.1 Evolução das de


participação de 20%, seguido do Reino Unido (10%) e Estados Unidos (8%).
Exportações de Móveis
Mil (ton)
108 Mil (ton) Madeira Evolução
5.5.1 do
Exportações dedas
Rio GrandeMóveis
do de
108 Mil (ton)
Exportações de Móveis de
Sul Madeira do Rio Grande do
Madeira do Rio Grande do
1.402 Sul
Figura 72 – Evolução das
1.402
US$/ton* Sul Valor (Milhões US$)
exportações de móveis de
1.402
US$/ton* 256 251
madeira do
ValorRio Grande
(Milhões US$) do Sul
242
77,8 milhões US$
eço médio nominal US$/ton* 256 251 Valor (Milhões US$)
242
*preço médio nominal
201 Mil (ton) 242172
251 168 168 175 180
256 178
160 155 158 151
*preço médio nominal 180 147
preço médio dos móveis de madeira, em 172 178 168 168 175

eda emO 2016


386 US$/ton
preço emédio
2017,dos
apresentou
* aumento
móveis de madeira, em 178 180
160 155
147
158 151
172 168 168 175 160 155 158 151
*preço médio nominal 147
últimoOano,
queda quando
em
preço médiochegou
2016 e dos
2017, aapresentou
US$1.402.
móveis O
aumento
de madeira, em
no último
lume exportado ano,
queda em pelo quando
2016estado chegou a US$1.402.
e 2017,doapresentou
Rio Grande O
aumento
volume exportado
Sul representou
no último 75%
ano, peloexportações
das
quando estado
chegoudo RiodeGrande
a US$1.402. O
do
óveis de Sul representou
madeira
volume do Brasil.
exportado 75%estado
pelo das exportações de
do Rio Grande
2006

2007

200620062008

200720072009

200820082010

200920092011

201020102012

201120112013

201220122014

201320132015

2016

2017

2018

2019

móveis
do Sulde madeira do75%
representou Brasil.
das exportações de
20142014

20152015

20162016

20172017

20182018

20192019

móveis de madeira do Brasil.

Preço Médio Nominal (US$/ton)


Peso (Mil toneladas) Preço Médio Nominal (US$/ton)
161 163 Peso (Mil toneladas) Preço Médio Nominal (US$/ton)
161 163 Peso (Mil toneladas) 1.860 1.819
1.825
137 1.770 1.752
1.768
161 163 1.707 1.860 1.819
1.825
137 1.574 1.770
1.5641.752 1.768
116 118 1.506 1.707
111 1.574 1.825 1.860 1.819
116108 118
137 1.768 1.770 1.752 1.564 1.402
1.506 1.338 1.328 1.332
101 101 99 103 102 111 1.707
92 108 1.564 1.338 1.328 1.332
1.402
90101 101 99 103 102 118 1.574
116 1.506
90 92 111 108 1.402
1.338 1.328 1.332
101 101 99 103 102
90 92
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2006 2009

2007 2010

2008 2011

2009 2012

2010 2013

2011 2014

2015

2016

2017

2018

2019

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

58
Figura 5.5.3 - Participação do RS nos
ado foram de US$151,3 milhões em 2019. Volumes das Exportações de Móveis
200

MIL (TON)
valor,Figura
bem5.5.2 - Participação
como o pesodo RS nos
exportado de Madeira
Valores das Exportações de Móveis de 143
resentou pequena redução em relação a 350 150
Madeira em 2019 111 119
108
18, quando o alcance foi de US$157.754 296
hões. Em 2019, o Rio Grande do Sul 300 283100

presentou 62% do valor das exportações RS no


DEMAIS 50
250
s, comoESTADOS
mostra a Figura.
38%
200 0

MIL (TON)
ura 5.5.2 - Participação do RS nos 2017 2018 2019
lores das Exportações de Móveis de 143
62% 150
adeira em 2019 111 119 BR RS
108
100
RS
EMAIS 50
STADOS

62% 75%
Figura
38% 73 – Participação do RS nos
valores das exportações de móveis 0

O RS
de madeira em 2019 2017 2018 2019
O destino mais representativo
62% nas exportações de MÓVEIS DE MADEIRA em 2019 em volum
do VALOR das exportações BR RS VOLUME das export
o Peru, com participação de 20%, seguido do Reino Unido comde
10%, edo
Estados Unidos com 8%
Figura 74 – Participação do RS
representou MÓVEIS DE MADEIRA no MÓVEIS DE MADEIRA
nos volumes das exportações de
Brasil em 2019
móveis de madeira em 2019

OORS RS 62%
62%
Figura 5.5.4 – Principais destinos da Exportação de Móveis de Madeira no Rio Grande do Sul.
destino mais representativo nas exportações de MÓVEIS DE MADEIRA em 2019 em volume foi
75%
75%
do VALOR
eru, com participação de 20%, seguido das exportações
do Reino Unido comde
10%, edo VOLUME
Estados Unidosdascom
exportações
8%. de
do valor e
representou
respondeu por MÓVEIS DE MADEIRA no do volume
MÓVEIS exportado no Brasil
DE MADEIRA
pelo paísem
em2019
2019
Brasil em 2019

ura 5.5.4 – Principais destinos da Exportação de Móveis de Madeira no Rio Grande do Sul.

Figura 75 –
Principais
destinos
de móveis
de madeira
do RS
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGI

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 59
CAVACOS
CAVACOS
CAVACOS
O preço médio do cavaco apresenta pequenas de variações desde 2006, atingindo no último ano o ápice,
com o preço médio de US$ 97 por tonelada.

O Rio Grande do Sul é o principal exportador de cavaco brasileiro. Os embarques alcançaram US$ 96,6 milhões em
2019, quando o Estado representou 64% do valor das exportações nacionais, e 67% doMilhões
volume. US$ 96,6
5.6.1 Evolução das
Os principais destinos do cavaco exportado pelo Rio Grande do Sul em 2019 foram China com quase 54%

96,6 Exportações
volume deMilhões
de Cavacos do
do volume, o Japão (46%) e a Turquia, com um valor ínfimo e pouco representativo, de 0,01%, devido a um
US$
apenas 140 toneladas.
5.6.1 Evolução das
Rio Grande do Sul
ExportaçõesMil de(ton)Cavacos do 994
Rio Grande do Sul
994
Valor (Milhões US$)

77
91
Mil (ton)97
80 82
70
77
90 89
85
97
97
Figura 76 – Evolução das exportações
de cavacos US$/ton*
do Rio Grande do Sul
Valor (Milhões US$)
63 66
96,6 milhões
62
US$

97
*preço médio nominal 97 97
91 90 89
85
994 Mil (ton)
US$/ton* 77 80 82
77
70
63 66
97 US$/ton * O preço médio do Cavaco apresenta pequenas
62

eço médio nominal


*preço médio nominal de variações desde 2006, atingindo no último
ano (2019) o ápice com o preço médio de
20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

US$97.
preço médio do Cavaco apresenta pequenas
variações desde 2006, atingindo no último
20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…

20…
o (2019) o ápice com o preço médio de 20…
$97.
Peso (MIl toneladas) Preço Médio Nominal (US$/ton)
1.106
1.060
105
988 984 973 994 98
919 96 97
877 92 89 88
829 838 85 82 87
816
777 754 789 82 84
77 78
Peso (MIl toneladas)
Preço Médio Nominal (US$/ton) 1.106
1.060
988 984 973 994
105 919
96 98 97 877
92 816 829 838
89 88 87 777 754 789
85 82 82 84
7 78
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019

60
6
7
8
9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
ado dopaís,
Rio eGrande
67% do do Sul écomo
volume, o principal
mostra a Figura. Figura 5.6.31.400
- Participação do RS nos
tador de cavaco do país. As exportações Volumes das Exportações de Cavacos
1.200
Figura 5.6.2 - Participação do RS nos Valores 1.060
aco alcançaram o valor US$96,6 milhões 973 994

MIL (TON)
das Exportações de Cavacos em 2019 1.800 1.000
019. Em 2019, o Rio Grande do Sul 1.621 1.624
1.600 800 1.488
sentou 64% do valor das exportações no
67% do volume, como mostra a Figura. 1.400 600

1.200 400
6.2 - Participação do RS nos Valores 1.060
973 994
RS

MIL (TON)
rtações de Cavacos em 2019 64% 1.000 200
36% 0
800
2017 2018 2019
600
DEMAIS BR RS
ESTADOS 400

Figura 77 – Participação
64% RS do RS 200
36%
nos valores das exportações

67%
0

64%
de cavacos em 2019

O RS
2017 2018 2019
IS BR RS
DOS Figura 78– de
Participação do RS
do VALOR das exportações do VOLUME das exportações
representou nos volumes das exportações
CAVACO no Brasil em 2019
de em 2019
CAVACO no Brasil
cavacos

O RS 64%
Os principais destinos do CAVACO exportado pelo Rio Grande do Sul em 2019 foram China co
67%
O
epresentou
RS
respondeu por
64%
quase 54% do volume, o Japão com 46%, e a Turquia com um valor ínfimo e pouco representativ
de 0,01% devido a um volume de
do VALOR
CAVACO
Figura 5.6.4 – Principais
dasapenas
noda
destinos
140 toneladas.
exportações
Brasil
de
em 2019
Exportação
do VOLUME das exportações de
do valor e
doGrande
de Cavacos no Rio volume exportado
do Sul.
67%
CAVACO no Brasil em 2019
pelo país em 2019

ncipais destinos do CAVACO exportado pelo Rio Grande do Sul em 2019 foram China com
54% do volume, o Japão com 46%, e a Turquia com um valor ínfimo e pouco representativo,
1% devido a um volume de apenas 140 toneladas.

a 5.6.4 – Principais destinos da Exportação de Cavacos no Rio Grande do Sul.

Figura 79 –
Principais
destinos de
cavacos do RS

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 1


O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 61
18,7
MADEIRA EM BRUTO
Milhões US$

O preço médio da madeira em bruto no ultimo ano chegou As aexportações


US$ 43 por tonelada. O volume
de madeira exportado
em bruto pelo estado
de Pinus

437
do Rio Grande do Sul representou 47% das exportações
Mil (ton)
e eucalipto atingiram
e do Brasil. As atingiram
Eucalipto
US$ 18,7 milhões em 2019, crescimento
relação ao ano anterior. Em 2019, o Rio Grande do Sul representou
exportado47%
exportaçõesUS$18,7
no valor
emdo2018,
de madeiramilhões
2019. Um crescimento de 200% no valor em
de 200% exportado
valor das
e de
e exportações
em brutoem
311% do
de pinus
volume
no país. no
311% do volume
mesmo ano. Em 2019, o Rio Grande do Sul
representou 47% do valor das exportações no

4318,7 milhões US$


país.
Figura 80 – Participação do RS nos
US$/ton* valores das exportações de madeira em
Figura
bruto em5.7.1 - Participação do RS nos Valores das
2019
Exportações de Madeira em Brutoem 2019
*preço médio nominal
437 Mil (ton)
43 US$/ton *
*preço médio nominal
O preço médio da madeira em bruto no ultimo RS
ano chegou a US$43. O volume exportado 47%
pelo estado do Rio Grande do Sul representou 53%
47% das exportações de madeira em bruto do
Brasil.
DEMAIS
ESTADOS

Madeira em bruto de Pinus


O Rio Grande do Sul representou 79% do volume da exportação deste produtor em 2019, e 65% do
valor. Com base nos dados disponíveis (2017, 2018, 2019), os volumes apresentaram queda em
2018, tanto no Brasil como no Rio Grande do Sul, devido a concorrência com os demais mercados
externos , reaquecendo em 2019 (Figura).

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 15

62
Madeira em bruto de pinus
O Rio Grande do Sul representou 79% do volume da exportação deste produtor em 2019, e 65% do valor. Com
base nos dados disponíveis (2017, 2018, 2019), os volumes apresentaram queda em 2018, tanto no Brasil como no Rio
Grande do Sul, devido a concorrência com os demais mercados externos, reaquecendo em 2019 (Figura 81).

O principal destino das exportações de madeira em bruto de pinus em 2019 foi a China, com representatividade de
99,99% dos volumes exportados pelo Rio Grande do Sul, sendo o outro país destino Portugal, com um volume de 153
toneladas, que representou 0,01%.

Figura 5.7.2 Participação do RS nas Exportações de Madeira em Bruto de Pinus


Figura 81 – 140

Participação 120
124

do RS nas 106

exportações 100

de madeira 80
MIL (TON)

em bruto de
pinus 60
49
42
40

17
20 13

0
2017 2018 2019
BR RS

Figura 82 –O Principais destinos


principal destino das exportaçõesda exportação
de MADEIRA EM BRUTO de PINUS em 2019 foi a China, com
de madeira em bruto de pinus do RS
representatividade de 99,99% dos volumes exportados pelo Rio Grande do Sul, sendo o outro país
destino Portugal, com um volume de 153 toneladas, que representou 0,01%.

Figura 5.7.3 – Principais destinos da Exportação de Madeira em Bruto de Pinus no Rio Grande do
Sul.

Portugal

0,01%

China

99,9%

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 63
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 16
Madeira em bruto de eucalipto
O Rio Grande do Sul representou 54% do volume e 44% do valor da exportação em 2019. Nos três anos com dados
Madeira em bruto de eucalipto
disponíveis (2017, 2018 e 2019), os volumes se mantiveram em crescimento, tanto no Brasil quanto no Rio Grande do
Sul (Figura 83).
O Rio Grande do Sul representou 54% do volume da exportação deste produtor em 2019, e 44%
O principal
do destino dastrês
valor. Nos exportações dedados
(3) anos com madeira em bruto
disponíveis de eucalipto
(2017, em os
2018, 2019) 2019 foi a se
volumes China, com
mantiveram
representatividade de 91,9% dos volumes, seguida pela Itália (7,8%) e Uruguai (0,1%).
em crescimento, tanto no Brasil como no Rio Grande do Sul (Figura).

Figura 83 – Participação do RS nas exportações


Figura 5.7.4 Participação do RS nas Exportações de Madeira em Bruto de
de madeira em bruto de eucalipto
Eucalipto

700
611
600

500
MIL (TON)

400 332
300 234
200
106 93
100 35
0
2017 2018 2019

BR RS

Figura 84 – Principais destinos da exportação de


O principal destino das exportações de MADEIRA EM BRUTO de EUCALIPTO em 2019 foi a China,
madeira em bruto de eucalipto do Rio Grande do Sul
com representatividade de 91,9% dos volumes exportados pelo Rio Grande do Sul, seguida pela
Itália com 7,8%, e o Uruguai com uma pequena participação de 0,1%.
Itália

Figura 5.7.5 – Principais


7,8%
destinos da Exportação de Madeira em Bruto de Eucalipto no Rio Grande
do Sul.

China

91,9%

Uruguai

0,1%

64
25

Volume (mil/ton)
20
ERVA MATE
ERVA-MATE
20
17 17
16 16
ERVA
Nas exportações MATE em 2019, o Rio Grande do Sul chegou Figura 85 – Representatividade do RS
Nas exportações do produto, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$66 milhões em 2019, e 29
mil toneladas, representando 80% do volume exportado pelo Brasil. Essa representatividade do
15
a US$ 66 milhões13 e 29 mil toneladas embarcadas,
estado em relação aos valores e volumes exportados pelo país têm se mantido nos últimos três (3)
em relação aos volumes de erva-mate anos. O volume exportado pelo Estado em 2019 representou 12,4% do total de sua produção.
representando 80% do volume negociado pelo Brasil
Nas exportações do produto, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$66 milhões em 2019, e 29
milcom o Exterior.
toneladas, Essa
representando 80% representatividade tem
do volume exportado pelo Brasil. Essase mantido Mate
representatividade
exportados
Figura
do
pelo
5.8.1 – Representatividade Brasil
do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Erva-
exportados pelo Brasil
estado em relação aos valores e volumes exportados pelo país têm se mantido nos últimos três (3)
nos
anos. últimos
O volume 10trêspelo
exportado anos.
EstadoOem volume exportado
2019 representou pelo
12,4% do total Estado
de sua produção. 40
36 36
34
em 2019 representou 12,4% do total de sua produção. 35
29 29
Figura 5.8.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Erva- 30 27

VOLUME (MIL/TON)
Mate exportados pelo Brasil 25
Os40 principais destinos da 36erva-mate gaúcha36 em 2019 20

foram
35
34
5 com 93% do volume,
o Uruguai, 29
a Argentina29
(3%) 15
30
e 25a Espanha (1%), 2006 2007 somente
2008 nesses
2009três 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20
27
movimentando, 10
VOLUME (MIL/TON)

5
destinos,
20 aproximadamente US$ 64 milhões. 0
15 2017 2018 2019
10 BR RS

Do total exportado pelo Estado em 2019, tem-se como principais destinos da Er


5

Figura 86 – Variação
com 93% de avalor
do volume, da
Argentina Figura
com
Figura
3%87e
2017
5.8.2 – Variação –aVariação
de Valor
Espanhade
da Exportação de Erva
2018
com volume
Mate no da
1%, movimenta
Rio Grande do Sul
2019
(milhões/US$).

exportação de erva-mate do RS exportação de erva-mate no Rio


BR RS

destinos aproximadamente US$64 milhões.


(milhões/US$) Grande do Sul (mil/ton) Figura 5.8.3 – Variação de Volume da Exportação de Erva Mate no Rio
100
89

Figura 5.8.2 – Variação de Valor da Exportação de Erva Mate no Rio Grande do Sul (milhões/US$). 80 Grande do Sul (mil/ton).
80 74
70
35 66 64 66
Valor (milhões/US$)

100
89
60 53 29
80 30 28 28 28
29
80 74 27 27 27

Figura 5.8.4 – Principais destinos da


66
Exportação de Erva Mate no Rio Grande do 66 64
70
40
37
Valor (milhões/US$)

25
Volume (mil/ton)

25 25
60 53 22 20
19
20
20 12 17 17
37 16 16
40
15
25 25 0 13
22
19 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
20 12 10

0 5
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 18

Do total exportado pelo Estado em 2019, tem-se como principais destinos da Erva-Mate o Uruguai
com 93% do volume, a Argentina com 3% e a Espanha com 1%, movimentando esses três (3)
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul destinos aproximadamente US$64 milhões.
PÁGINA 18

Figura 5.8.4 – Principais destinos da Exportação de Erva Mate no Rio Grande do Sul.

Figura 88 –
Principais
destinos da
exportação de anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 19

erva-mate do RS

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 65
TANANTES
TANANTES Nas exportações de Tanino, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$41,1 milhões em 2019, e
24,4 mil toneladas, representando 100% do volume exportado pelo Brasil. Essa representatividade
do estado em relação aos valores e volumes exportados pelo país se dá pelo fato de toda produção
de Acácia-Negra estar concentrada no Rio Grande do Sul. O volume exportado pelo Estado em
Nas exportações de tanino em 2019, o Rio Grande Figura 89 – Representatividade
2019 representou 61,4% do total de sua produção.

doTANANTES
Sul negociou US$ 41,1 milhões e 24,4 mil toneladas, do RS em relação aos volumes de
Figura 5.9.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Tanantes
representando 100% do volume exportado pelo Brasil. exportados pelo Brasil

Essa representatividade se deu pelo fato de toda


tanantes exportados pelo Brasil
Nas exportações de Tanino, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$41,1 milhões em 2019, e
produção
24,4 de acácia-negra
mil toneladas, representando estar
100% do volume concentrada
exportado no Rio 30
pelo Brasil. Essa representatividade
29 29
do estado em relação aos valores e volumes exportados pelo país se dá pelo fato de toda produção
de Grande
Acácia-Negrado Sul. O volume no Rio exportado
Grande do Sul. Orepresentou
volume exportado61,4%
29
estar concentrada pelo Estado em

VOLUME (MIL/TON)
28
da produção.
2019 representou 61,4% do total de sua produção.
27
27 27

Figura 5.9.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Tanantes
26
exportados pelo Brasil 25 25
Os principais destinos do tanino gaúcho foram Índia, 25

com 26% do volume, México (15%) e China (14%), 24


30 23
movimentando
29
29
aproximadamente
29
US$ 22 milhões. 2017 2018 2019
VOLUME (MIL/TON)

28
27 27 BR RS
27
26
25 25
25 Figura 5.9.2 - Variação de Volume da Exportação de Tanantes no Rio Grande do Sul (mil/ton).
24

Figura 90 – Variação de volume


23
2017 2018 2019
40
Figura 91 – Variação de valor da
40 39

da exportação de tanantes do RS BR RS 37 exportação de tanantes do Rio


(mil/ton) Grande do Sul (milhões/US$)
35
34 34
Figura 5.9.2 - Variação de Volume da Exportação de Tanantes no Rio Grande do Sul (mil/ton). 34 Figura 5.9.3 – Variação de Valor da Exportação de Tanantes no Rio Grande do Sul (milhões/US$).
Volume (mil/ton)

32
5431 31
55
40 40 39 31 52 52
29
50 29
28
37 28 47 47 27 27
46
35 45 45
25
Valor (milhões/US$)

34 34 45
34 42
25 41
Volume (mil/ton)

32 40
31 31
31 38
29 22
29
28 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
28 27 27 35 33

25
25

22 25
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 anuário do
2006 setor
2008 de base
2010 florestal
2012do Rio Grande
2014 do Sul
2016 2018 PÁGINA 20

Do total exportado pelo estado em 2019, tem-se como principais destinos do Tanino a Índia com
26% do volume, o México com 15% e a China com 14%, movimentando esses três (3) destinos
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul aproximadamente US$22 milhões.

Figura 92 – Principais destinos da exportação de taninos do RS


PÁGINA 20

Figura 5.9.3 – Principais destinos da Exportação de Taninos no Rio Grande do Sul.

México

China

15%

14%

Índia

26%

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 21

66
PELLETS
PELLETS
Nas exportações de Pellets, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$11,4 milhões em 2019, e
69,8 mil toneladas. A representatividade do estado em relação aos valores e volumes exportados

PELLETS pelo país foi de 31%. O produto apresentou uma variação de queda de 55,08% em relação ao valor
de 2018, quando as exportações de pellets foram de US$25,4 milhões e 157,2 mil toneladas. No
Nas exportações de pellets, o Rio Grande do Sul chegou Figura 93 – Representatividade do
entanto devemos considerar 2019 um ano atípico, visto que desde 2013 (quando se tem o primeiro
dado disponível sobre as exportações de Pellets no estado), até 2018, o Rio Grande do Sul sempre
a um valor US$11,4 milhões e 69,8 mil toneladas em 2019. RS em relação aos volumes de
apresentou crescimento representativo nos valores e volumes deste produto. O principal fator para
Nas exportações de Pellets, o Rio Grande do Sul chegou a um valor US$11,4 milhões em 2019, e
o crescimento constante nas exportações do Pellets é o incremento no consumo de madeira para
A representatividade do Estado em relação aos valores
69,8 mil toneladas. A representatividade do estado em relação aos valores e volumes exportados
e volumes
pelo país foi de 31%. Oexportados pelo
produto apresentou país foi
uma variação de 31%.
de queda O em
de 55,08% produto
pellets exportados pelo Brasil
energia, que reflete em um crescimento anual de volumes superior a 50% (com exceção de 2019).
relação ao valor
de 2018, quando as exportações de pellets foram de US$25,4 milhões e 157,2 mil toneladas. No 5.10.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Pellets
Figura
apresentou
entanto uma2019
devemos considerar variação de queda
um ano atípico, visto quede 55,08%
desde em relação
2013 (quando se tem o primeiro
exportados pelo Brasil
ao valor de 2018, quando as exportações de pellets
dado disponível sobre as exportações de Pellets no estado), até 2018, o Rio foram
Grande do Sul sempre 250
226 225
apresentou crescimento representativo nos valores e volumes deste produto. O principal fator para
de US$ 25,4 milhões e 157,2 mil toneladas.
o crescimento constante nas exportações do Pellets é o incremento no consumo de madeira para 200

VOLUME (MIL/TON)
energia, que reflete em um crescimento anual de volumes superior a 50% (com exceção de 2019). 157
Figura 5.10.3 – Variação de Valor da 150 Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul (milhões/US$).
No entanto, o ano de 2019 foi atípico, visto que de 108
Figura 5.10.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Pellets Valor (Mil US$)
100
2013 a 2018 o Rio Grande do Sul sempre apresentou
exportados pelo Brasil 70
59
250
crescimento representativo226nos valores e volumes
225 deste 50

produto. O principal fator para o crescimento constante


200 0
2017
25.364
2018 2019
VOLUME (MIL/TON)

157
nas exportações é o incremento no consumo de madeira
150 BR RS

para energia,
108
que se reflete em um crescimento anual de
100
volumes superior
70
a 50% (com exceção de 2019). 59 Figura 5.10.2 - Variação de Volume da Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul (mil/ton).
50
Peso (toneladas)
11.393
Figura 94 – Variação de volume da Figura 95 – Variação de valor da
0
2017 2018 2019 9.235 157.192

exportação de pellets no RS BR RS
exportação de pellets do RS
Figura 5.10.2 - Variação de Volume da Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul (mil/ton). (milhões/US$)
Figura 5.10.3 – Variação de Valor da Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul (milhões/US$).
41 68 229 313 59.007
69.813

Peso (toneladas) Valor (Mil US$)


2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
160 282 1.306 2.015
157.192
25.364
2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 22
Do total59.007
exportado pelo estado
69.813 em 2019, os destinos foram apenas cinco (5): Reino Unido, Itália,

Uruguai, França e Bolívia. Tem-se como destinos mais representativos o Reino Unido com 91.2%
11.393
do
9.235
volume, a Itália com 8,3% e o Uruguai com 0,4%, movimentando esses três (3) destinos
160 282 1.306 2.015
aproximadamente US$11,4 milhões.
2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

41 68 229 313
2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Figura 5.10.4 – Principais destinos


anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 22da Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul.

Figura 96 – Principais destinos da exportação de pellets no RS


Em 2019, os principais des- Do total exportado pelo estado em 2019, os destinos foram apenas cinco (5): Reino Unido, Itália,
Uruguai, França e Bolívia. Tem-se como destinos mais representativos o Reino Unido com 91.2% do
tinos foram Reino Unido volume, a Itália com 8,3% e o Uruguai com 0,4%, movimentando esses três (3) destinos
(91.2% do volume), Itália aproximadamente US$11,4 milhões.

(8,3%), Uruguai (0,4%), mo-


vimentando cerca de US$ Figura 5.10.4 – Principais destinos da Exportação de Pellets no Rio Grande do Sul.

11,4 milhões. O Estado tam-


bém exportou para França
e Bolívia.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 67

anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 23


produtos de resina do mundo.

Figura 5.11.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volum


exportados pelo Brasil

DEMAIS
ESTADOS

RESINA
RESINA 40,2%
RS

59,8%

A resina é um produto não madeireiro que complementa a receita obtida com a venda da madeira.
Mundialmente a China é o maior produtor, porém consome internamente toda a produção e ainda
A resina de pinus é um produto não madeireiro que complementa a receita obtida com a venda da madeira.
importa resina de outros países. Tratando-se de exportações, é o Brasil é o maior exportador de

Mundialmente, a China é o maior produtor, porém consome internamente toda a produção e ainda importa resina
produtos de resina do mundo.

de outros países.Figura
Tratando-se de exportações, é o Brasil é o maior exportadorFigura
5.11.1 – Representatividade do Rio Grande do Sul em relação aos volumes de Resina
exportados pelo Brasil
de 5.11.2–
produtos de resina do mundo.
Representatividade por tipo de Resina exportada pelo Rio Grande do

DEMAIS OUTRAS
ESTADOS RESINAS

Figura 97 – RS
Figura 98 – BREU

Participação do RS 40,2%
Participaçao 39,0%

na exportação de do RS por tipo de


50,6%

59,8%

resina nacional resina exportada


10,4%

TEREBINTINA

Figura 5.11.2– Representatividade por tipo de Resina exportada pelo Rio Grande do Sul
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul

Figura 99 – OUTRAS
RESINAS

Principais destinos BREU

da exportação de 39,0%

breu do RS 50,6%

Os principais destinos da 10,4%

exportação de breu em TEREBINTINA

2019 foram Espanha (45%


do volume), Portugal (17%) anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 24

e China (13%), movimen-


tando cerca de US$ 12,6
milhões.

Figura 100
– Principais
destinos da
exportação de
terebintina do RS

O principal destino de
terebentina em 2019 foi
os Estados Unidos (28%
dos volumes exportados),
seguido pela índia (27%) e
pelo Japão (17%).

68
17

milhões/US$
15

Figura 101 – Variação de valor da exportação de terebintina


Figura 5.11.6 – Variação de Valor da Exportação de Terebintina e Breu no Rio Grande do Sul
10
e breu no Rio Grande do Sul (milhões/US$)
(milhões/US$).

25 BREU
5
TEREBINTINA

20 20

0 17
milhões/US$

15 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

10

5
O principal destino das exportações de OUTRAS RESINAS em 2019 foi Portugal, com
0representatividade de 94% dos volumes exportados pelo Rio Grande do Sul, seguido pelo Vietnã
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
com 5%, e a Espanha com uma pequena participação de 1%.

Figura 1025.11.8
Figura – Principais destinos
– Principais destinos da exportação
da Exportação de outras
de Outras resinas
Resinas do RSdo Sul.
no Rio Grande
O principal destino das exportações de OUTRAS RESINAS em 2019 foi Portugal, com
representatividade de 94% dos volumes exportados pelo Rio Grande do Sul, seguido pelo Vietnã
com 5%, e a Espanha com uma pequena participação de 1%.

Figura 5.11.8 – Principais destinos da Exportação de Outras Resinas no Rio Grande do Sul.

O principal destino das


exportações de outras resinas
em 2019 foi Portugal (94% do
total), seguido por Vietnã (5%),
e Espanha (1%.)

Figura 5.11.7– Variação de Valor da Exportação de Outras Resinas no Rio Grande do Sul
(milhões/US$)..
Figura 103 – Variação de valor da exportação de outras resinas do RS
(milhões/US$)
anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 26
25
25

20 anuário do setor de base florestal do Rio Grande do Sul PÁGINA 26


16 16
Milhões (US$)

15 13 13

10
7
5 5
4 4 4 4
5 2 3

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 69
6

70
INDICADORES AMBIENTAIS
E SUSTENTABILIDADE
ÁREAS DE CONSERVAÇÃO
Proteção de habitats naturais
P elo viés social e ambiental, o setor de base florestal desempenha função reguladora ambiental, quando evita
que novas áreas sejam desmatadas, que habitats naturais sejam degradados e que florestas naturais nativas
sejam exploradas para aquisição de madeira. As florestas plantadas são áreas manejadas, podendo ser cultivadas
em áreas anteriormente degradadas, impactando positivamente com seus serviços ecossistêmicos, preservando
o solo, nascentes e cursos d’água e promovendo o desenvolvimento das regiões e comunidades no entorno dos
plantios e/ou fábricas que consomem como matéria-prima produtos de origem florestal. São essas áreas que
contribuem para que o Brasil esteja no ranking dos países que mais protegem áreas naturais, em função das
Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs).

Os cultivos das florestas plantadas reduzem a pressão sobre os ecossistemas naturais, além de corroborar na
disponibilidade de biomassa, lenha e carvão de origem vegetal, uma fonte de energia renovável. O Setor de Base
Florestal contribui significativamente para a preservação de áreas naturais e a recuperação de áreas degradadas
no Rio Grande do Sul. Conforme o Inventário Florestal Nacional no Rio Grande do Sul (Serviço Florestal Brasileiro,
2018) há no estado 4 milhões de hectares de Florestas Naturais.
As empresas do setor mantêm 990 mil hectares de áreas protegidas nas formas de Reserva
Legal (RL), Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Particulares do
As empresas do setor contribuem mantendo aproximadamente 990 mil hectares de áreas protegidas e de
Patrimônio Natural (RPPN). Essa área representa uma porção equivalente às próprias
áreas destinadas à conservação naconservação
áreas de forma de existentes
Reserva noLegal (RL),
estado Áreas
(Figura 104).de Preservação
Além destas áreas,Permanente
as empresas (APP) e
Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Essa área representa uma porção equivalente às pró-
com Certificação mantêm outras, denominadas “Áreas de Alto Valor para a Conservação”
prias áreas de conservaçãoem
existentes no Estado
suas unidades (Figura
de manejo. 104).áreas
As demais Alémnodestas áreas,
Rio Grande doasSulempresas com Certifi-
são mantidas
preservadas“Áreas
cação mantêm outras, denominadas e/ou conservadas atravéspara
de Alto Valor das Unidades de Conservação
a Conservação” Federais,
em suas Estaduaisde manejo.
unidades
e Municipais, que no Rio Grande do Sul somam uma área aproximada de 1 milhão de
As demais áreas no Rio Grande do Sul são mantidas preservadas e/ou conservadas, dentre outras, através
hectares.
das Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais, que no Rio Grande do Sul somam uma área
aproximada de 1 milhão de hectares.

Figura 104 –
Áreas de conservação
no Rio Grande do Sul
Unidades de
Setor de Base 2 milhões Conservação
Florestal de ha 51,7%
48,3%

Fonte: Fepam, Sema, Serviço


Florestal Brasileiro, ICMBIO.
Adaptado e elaborador por
RDK Logs

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 71
As florestas plantadas e o setor florestal desempenham, por meio do manejo florestal responsável, um papel importante
na recuperação de áreas degradadas e na conservação de áreas naturais. Além disso, por serem intercaladas com a
vegetação nativa durante o planejamento florestal, elas ainda criam corredores ecológicos que servem como habitat
para animais, plantas e microrganismos, proporcionando o livre deslocamento e fluxo gênico das espécies.

Nacionalmente, o setor contribui na conservação da biodiversidade e na redução das emissões de gases de efeito
estufa, sequestrando e armazenando carbono. O potencial de estoque no Brasil, tanto de plantação quanto de
conservação, soma 4,48 bilhões de toneladas de CO2 eq (IBA, 2020).

Por serem muitas vezes plantadas em áreas anteriormente degradadas, às árvores contribuem diretamente para a
recuperação e manutenção da fertilidade do solo, a regulação do fluxo hídrico e a conservação da biodiversidade.

O setor florestal investe em tecnologias, inovações, e práticas que incentivem soluções alternativas e a economia
sustentável e de baixo carbono. A árvore cultivada é um recurso renovável e uma recicladora de carbono,
contribuindo para a bioeconomia circular. O sequestro de carbono e o seu estoque nas florestas plantadas são
fundamentais para sustentabilidade e para reduzir os impactos climáticos. Os projetos e inovações transitam por
diversos setores da economia. Além de uma relevante taxa de reciclagem de papel (66,9%), o setor também se
destaca pela alta participação (69%) de energia renovável em sua rede elétrica (IBA, 2020), fortalecendo sua
importância nas iniciativas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Na produção de Mel, experimentos
de projetos manipulam apiários em florestas plantadas.

ÁREAS DE FLORESTAS CERTIFICADAS


A certificação florestal tem como intuito a garantia de origem da madeira, que deve ser proveniente de um
manejo florestal/processo de produção ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável,
cumprindo integralmente a legislação vigente. Em função disso, a certificação florestal é um importante elemento
de marketing às empresas, contribuindo para a valorização da imagem e dos produtos.

A certificação agrega valor, facilitando o acesso a novos mercados (nacional e mundialmente), com benefícios
ambientais, além de contribuir para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. Para isso, o
processo de certificação deve assegurar a manutenção da floresta, bem como o emprego e a atividade econômica
que a mesma proporciona.

As certificações florestais são processos voluntários, nos quais é verificado o cumprimento de questões ambien-
tais, econômicas e sociais. O processo de certificação envolve alguns custos, que estão associados a adequação
das operações a fim de atender as normas da certificação. Quando bem gerido, de acordo com as legislações locais
e com operação regular, um empreendimento encontra-se próximo a receber o selo de certificação e menores são
os custos indiretos atrelados.

A certificação é aplicável desde grandes empreendimentos, até florestas de pequena escala e baixa intensidade.
Envolve capacitações e treinamentos das equipes, planejamento e monitoramentos, sendo necessários cuidados
na segregação dos produtos certificados e dos não certificados, para assegurar a rastreabilidade em sua cadeia de
custódia.

A recomendação a certificação florestal agrega vantagens e benefícios, através da abertura de mercados.

72
Potencializa melhores preços, visto que a madeira certificada tem grande procura e abre as portas para o mercado
internacional. Pode impactar em um aumento de produtividade, dada a capacitação e qualificação técnica das
equipes envolvidas, reduzindo o desperdício na floresta, e o desgaste de máquinas e equipamentos. E ainda agrega
valor à imagem da empresa, sendo o certificado o sinônimo da responsabilidade socioambiental.

Existem dois sistemas de certificação florestal difundidos no Brasil: o Forest Stewardship Council® (FSC) - Conselho
de Gestão Florestal, e o Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) é endossado pelo Programme for
the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC), Programa para o Reconhecimento dos Esquemas de
Certificação Florestal.

FOREST STEWARDSHIP COUNCIL® (FSC)


O Forest Stewardship Council® – FSC é organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, criada
para promover o manejo florestal responsável pelo mundo. No Brasil, o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal
– FSC® foi formalizado em 2001.

Há três modalidades dentro da Certificação FSC®: Manejo Florestal, Cadeia de Custódia e Madeira Controlada.

A certificação de Manejo Florestal garante que a floresta é manejada de forma responsável, de acordo com
os princípios e critérios da certificação FSC®. É aplicável para pequenas, grandes operações ou associações
comunitárias.

As florestas certificadas podem ser naturais ou plantadas, públicas ou privadas. A certificação de Manejo Florestal
(FM) pode ser caracterizada por tipo de produto: madeireiros, como toras ou pranchas; ou não madeireiros, como
óleos, sementes e castanhas.

No Rio Grande do Sul o destaque da certificação de Manejo Florestal está nas florestas plantadas. O estado
possuía em 2019 um total de 14 certificados de Manejo Florestal, tendo estes em seu escopo o cultivo de acácia, e/
ou eucalipto, e/ou pinus. Encerrou-se o ano com uma área de efetivo plantio de aproximadamente 227 mil hectares
de Unidades de Manejo Florestal certificados FSC® no Rio Grande do Sul, uma representatividade de 5,2% em
relação a área plantada certificada no Brasil, que em 2019 era de 4,4 milhões de hectares.

Já a Certificação da Cadeia de Custódia (CoC) busca assegurar a rastreabilidade do produto, desde as florestas
até o consumidor final. É aplicada a setores da indústria que processam matérias-primas oriundas de florestas
certificadas, seja essa matéria a própria tora, ou produtos já processados, mas que mantém a rastreabilidade
e segregação em sua cadeia produtiva. São exemplos as serrarias, fábricas de móveis, fábricas de celulose, as
gráficas.

A Madeira Controlada tem como objetivo orientar as empresas certificadas a evitarem produtos com origem
florestal de categorias consideradas inaceitáveis pelo FSC®. O padrão da Madeira Controlada é um primeiro
passo para ampliar a Certificação de Manejo Florestal, já que estabelece mecanismos de controle para o consumo
da madeira, muitos já exigidos no Manejo. Contribui também para a promoção da missão e visão do FSC®, visto
que as Organizações que se certificam para madeira controlada precisam ter sua Cadeia de Custódia Certificada,
e recebem um código de certificação específico para venda da madeira controlada.

A Figura 105 mostra a participação das áreas certificadas em relação ao total, no Brasil e no Estado.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 73
DEMAIS
DEMAIS 5,2% 5,2%
ESTADOS
ESTADOS Figura 6.2.1 - Representatividade de Áreas Totais Certificadas FSC® n
e Demais Estados. Fonte: FSC, IBÁ, 2020. Elaborado por RDK Logs.

RS

Figura 105 – DEMAIS 5,2%


Representatividade de ESTADOS

áreas totais certificadas FSC


no RS e demais
94,8%Estados
94,8%

94,8%
Fonte: FSC, IBÁ, 2020.
FiguraFigura
6.2.2 -6.2.2
Áreas Certificadas
- Áreas FSC®FSC®
Certificadas no Brasil e no Rio
no Brasil e noGrande do Sul.
Rio Grande doFonte: FSC, IBÁ,
Sul. Fonte: FSC, IBÁ,por RDK Logs
Elaborado
2020,2020,
BancoBanco
de Dados RDK Logs.
de Dados Elaborado
RDK Logs. por RDK
Elaborado por Logs.
RDK Logs.
Figura 106 – Áreas certificadas FSC no Brasil e no Rio Grande do Sul
Figura 6.2.2 - Áreas Certificadas FSC® no Brasil e no Rio Grande do S
RIO GRANDE
RIO GRANDE DO SUL
DO SUL BRASILBRASIL
2020, Banco de Dados RDK Logs. Elaborado ÁREA
ÁREA por RDK Logs.
PLANTADA
PLANTADA
ÁREA ÁREA CERTIFICADA
CERTIFICADA
22% 22% PLANTADA
PLANTADA
CERTIFICADA
CERTIFICADA RIO GRANDE DO SUL
ÁREA 49%
49%
22% PLANTADA
62% 62% CERTIFICADA
ÁREA ÁREA
PLANTADA
PLANTADA ÁREA ÁREA
NÃO NÃO 78% 78% PLANTADA
PLANTADA
NÃO 62%
CERTIFICADA
CERTIFICADA NÃOÁREA
CERTIFICADA
CERTIFICADA
PLANTADA ÁREA
Fonte: FSC, IBÁ, 2020,
PLANTADA
NÃO 78%
Banco de NÃO
Dados RDK Logs.
CERTIFICADA
ElaboradoCERTIFICADA
por RDK Logs

CERFLOR – INMETRO (PEFC)


O Programa de Endosso da Certificação Florestal - PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification
Schemes) é uma organização internacional não-governamental e sem fins lucrativos dedicada a promover o Manejo
Florestal Sustentável por meio de certificação independente. Atua endossando sistemas nacionais de certificação
florestal adaptados a condições e prioridades locais. O sistema aprovado para tal no Brasil é o Cerflor - Programa
Brasileiro de Certificação Florestal.

A Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS, em parceria com algumas associações do setor, instituições de ensino
e pesquisa, organizações não-governamentais e com apoio de alguns órgãos do governo, desenvolveu o Cerflor.

O programa voluntário visa a certificação do manejo florestal e da cadeia de custódia, por meio do atendimento aos
critérios e indicadores prescritos nas normas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
e integradas ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e ao Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).

Em 2019, havia no Brasil, 47 certificações de cadeia de custódia para produtos de origem florestal e 27 certificados
de manejo florestal certificado pelo Cerflor, com uma área certificada de efetivo plantio de aproximadamente 2,3
milhões de hectares. O Rio Grande do Sul possuía em 2019 cerca de 128,8 mil hectares plantados com certificação.
No RS, havia em 2019, um certificado de Manejo Florestal e três certificados de Cadeia de Custódia.

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certificada de efetivo plantio de aproximadamente 2,3 milhões de hectares. O Rio Grande
do Sul possuía em 2019 cerca de 128,8 mil hectares plantados com certificação. No RS,
havia em 2019, um (1) certificado de Manejo Florestal e três (3) certificados de Cadeia de
Custódia.
Figura 107 – Áreas certificadas Cerflor
Figura 6.2.3 - Áreas Certificadas CERFLOR no Brasil e no Rio Grande do Sul. Fonte:
no Brasil e no Rio Grande do Sul
INMETRO, CERFLOR, 2019, Banco de Dados RDK Logs. Elaborado por RDK Logs.

RIO GRANDE DO SUL BRASIL ÁREA


PLANTADA
88% CERTIFICADA

26%

74%
ÁREA
PLANTADA NÃO 12% ÁREA
CERTIFICADA PLANTADA
NÃO
ÁREA PLANTADA CERTIFICADA
CERTIFICADA Fonte: Inmetro, Cerflor, 2019, Banco de
Dados RDK Logs. Elaborado por RDK Logs

BIOPRODUTOS
A utilização dos bioprodutos oriundos do setor de base florestal têm sido alvo de debates e investimentos
tecnológicos, como uma alternativa sustentável para as indústrias.

A gama de produtos e matérias-primas está em óleos, bio-óleos, bioplásticos, resinas, lignina, nanofibra,
nanocelulose e nanocristais que podem ser empregados nas cadeias alimentícia, automobilística, de cosméticos
e medicamentos. Assim, a indústria vem se tornando cada vez mais disruptiva, tecnológica e com profissionais
capacitados para cuidar do futuro do planeta. Conforme dados do IBÁ (2020), em 2019 mais da metade
das empresas (54%) ofereceu treinamentos voltados para inovação, diretamente relacionados a produtos e
processos fabris.

Tais investimentos concentram-se no fortalecimento do setor de base florestal e na busca de novos mercados e
alternativas que contribuam no movimento de desaceleração das mudanças climáticas, através do uso de recursos
renováveis que são as florestas plantadas. A inovação tecnológica acompanha um mercado onde o consumir assu-
me um papel mais consciente, dando maior espaço para a economia circular e sustentável.

Um dos principais destaques nas pesquisas está voltada ao potencial da nanocelulose e dos bioplásticos. Oriundo
do eucalipto, o uso da lignina que é removida durante a produção de papel pode ser convertido em bioprodutos.
O eucalipto que fornece a celulose para a fabricação do papel pode ser plantado novamente e, ao crescer, vai
capturar CO2 (gás carbônico) da natureza e transformá-lo, iniciando pela fotossíntese, em celulose e lignina,
potencializando o funcionamento da a economia circular, e evitando o uso de recursos não-renováveis.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 75
O POTENCIAL DA ARAUCÁRIA
A Araucaria angustifolia, conhecida como pinheiro-do-paraná, pinheiro-araucária, ou ainda
pinheiro-brasileiro é reconhecida como uma das riquezas do Brasil. A Araucária faz parte da
história do sul do Brasil, exercendo simbologia na cultura e nos hábitos de diversas regiões.
Serve de atrativo para fauna que aprecia suas sementes, o pinhão.

Atualmente sua visibilidade maior se dá por sua semente, o pinhão. No entanto a espécie já
foi amplamente explorada no século XIX, quando também era exportada em maiores volumes.
O seu ciclo econômico estagnou por volta de 1940. A exploração sem manejo e reposição fez
com que a espécie entrasse na lista do IBAMA de espécies ameaçadas, onde a Resolução Nº
278 do CONAMA, em 24 de maio de 2001, proibiu corte da Araucária nativa.

O efeito da resolução não foi positivo, e trouxe uma visão negativa em relação a Araucária,
sobre a qual nos últimos anos há um movimento para contornar a medida e valorizar e viabilizar
a utilização da Araucária e de seus produtos. A conservação através do manejo da espécie,
dispondo mãos de técnicas de manejo adequadas, pode ser uma alternativa mais efetiva para
reduzir o antagonismo que a legislação criou sobre seus remanescentes naturais, bem como
progredir em relação a estudos e melhoramentos florestais que visem e incentivem o plantio,
assim conservando e garantindo a manutenção do patrimônio genética da espécie.

Sua madeira apresenta boas características físicas e mecânicas em relação à sua massa
específica. A utilização da madeira é diversa, sendo indicada para construções em geral,
caixotaria, móveis, laminados e vários outros usos, entre os quais: tábuas para forro, ripas,
caibros, fôrmas para concreto, palitos para fósforo, lápis, carpintaria comum, marcenaria,
tanoaria, molduras, guarnições, compensado, mastros de navios, pranchões, postes, cabos de
vassouras, tabuinhas para telhados, entre inúmeros usos.

A espécie é a quarta madeira mais vendida entre as madeiras nativas. Entre 2012 e 2017 o Rio
Grande do Sul representou 9,68% do volume produzido de madeira de Araucaria angustifólia
(IBAMA, 2019). A Araucária apresenta significativo potencial produtivo e bioeconômico,
considerando também a economia movimentada por seus produtos não-madeireiros, através
de fomentos e inciativas que estimulem a cadeia do pinhão.

Inciativas da EMBRAPA têm buscado diálogo e respaldo entre os diversos setores da


sociedade a fim de resgatar a Araucária como Sistema Produtivo, mostrando as oportunidades
e movimentando a economia local. Cabe também ao setor de base florestal abrir este diálogo,
para proporcionar meios de resgatar o manejo desta espécie de modo a viabilizar sua exploração
de modo sustentável.

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O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 77
78
Nota Técnica

Mapas
Os mapas deste Anuário foram elaborados no sistema de referência WGS 1984 World
Mercator. Para a elaboração dos mapas temáticos, foi utilizado o software ArcMap, versão
10.5.
O número de municípios foi de 497.
As divisões regionais foram baseadas nos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (CO-
REDE) e sua numeração, disponibilizadas pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).

Área Plantada
A informação da área plantada foi identificada através de dados disponibilizados pela Fe-
pam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler) e Codex.
Os dados obtidos a partir da informação da FEPAM possuem área plantada, área total e
informação da espécie na própria base.
Os polígonos da base de dados da CODEX foram plotados no Google Earth e/ou outras
imagens de arquivo disponíveis em bases públicas, sendo posteriormente identificados de
acordo com suas espécies (Pinus, Eucalipto, Acácia-negra, Misto e Conversão).
A classificação “Misto”, quando, no mesmo polígono houver talhões de espécies diferen-
tes entremeadas.
A classificação “Conversão”, polígonos em que, pelo menos, 2 anos estiveram sem ne-
nhuma atividade de silvicultura no local, desta maneira as áreas objeto de corte raso que
ainda apresentam restos culturais da atividade de silvicultura foram assim considerados.
Os polígonos com as respectivas espécies foram locados no município em que se encon-
tram.
Para a distribuição da classificação “Misto”, foi distribuído proporcionalmente dentro do
município de acordo com a proporção das demais espécies. O mesmo ocorreu em locais
com maior densidade de polígonos, onde foram identificadas as espécies somente os po-
lígonos maiores do que 5 hectares, onde havia maior representatividade.

Resina
Banco de Dados da Âmbar Florestal. Os dados foram obtidos através de levantamento
específico com os principais produtores e consumidores de resina no RS.

O S E TO R D E B A S E F LO R E S TA L N O R I O G R A N D E D O S U L - 2 0 2 0 79
EXPEDIENTE

Associação Gaúcha de Empresas Florestais

www.ageflor.com.br
(51) 3221-6116

ageflor@ageflor.com.br

facebook.com/FlorestaRS

instagram.com/ageflor_rs

twitter.com/FlorestaRS

DIRETOR EXECUTIVO
Engº. agrônomo Jorge Antonio Heineck

ASSESSORIAS
Técnica: Engª. florestal MSc Margô Guadalupe Antonio
Jurídica: Advogado Paulo Harrisson Ventura Willadino
Comunicação: jornalista Álvaro Bueno

ADMINISTRATIVO
Técn. em Contabilidade Simone Câmara da Silva

Travessa Francisco Leonardo Truda, 40


Sala 171 – 17º Andar – CEP 90010-050
Porto Alegre / Rio Grande do Sul

ELABORAÇÃO

(51) 3785-2399
rdk@rdk.eco.br
rdk.eco.br

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Itamar Pelizzaro e Tiago Lobo
FOTOS
Álvaro Bueno, Ageflor
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