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CÁLCULO II

Prof. Jerônimo Monteiro | Prof. Juaci Picanço

Lista Monitoria 12

Questão 1. Esboce o sólido cujo o volume é dado pela integral e calcule-a.


Z 2π Z π Z 2
ρ2 sin φ dρ dφ dθ
0 π/2 1

Solução:

Questão 2. Considere E a esfera unitária no primeiro octante. Calcule


ZZZ
2 2 2
xex +y +z dV.
E
n π πo
Solução: Como o limite de E é uma esféra, temos em coordenadas esféricas E = (ρ, θ, φ)|0 ≤ ρ ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ φ ≤ ,
2 2
2 2 2 2
além disso, note que x + y + z = ρ , portanto:

1
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π π
ZZZ Z 2
Z 2
Z 1
x2 +y 2 +z 2 2
xe dV = ρ3 eρ sen2 φ cos θdpdθdφ
E 0 0 0
Z π Z π  1
2 2 1 ρ2 2
= e (ρ − 1)sen2 φ cos θ dθdφ
0 0 2 0
Z π Z π
2 1 2
= sen2 φ cos θdθdφ
0 0 2
Z π
1 2 2 π
= sen φsenθ 02 dθ
2 0
Z π
1 2
= senφdφ
2 0
Z π 
1 2 1 1
= + cos 2φ dφ
2 0 2 2
  π2
1 1 1
= φ − sen2φ
2 2 4 0
π 1
= − ·0−0
8 8
π
=
8
ZZZ
π
Questão 3. Calcule xyzdV , onde E fica entre as esferas ρ = 2 e ρ = 4 e acima do cone φ = 3
E
π
Solução: E é a região que fica entre as esferas ρ = 2 e ρ = 4, e acima do cone φ = 3, então temos
E = {(ρ, θ, φ)|2 ≤ ρ ≤ 4, 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ φ ≤ π3 } e portanto;

π
ZZZ Z 3
Z 2π Z 4
xyzdV = (ρsenφ cos θ)(ρsenφsenθ)(ρ cos φ)ρ2 senφdpdθdφ
0 0 2
E

π
Z 3
Z 2π Z 4
= sen3 φ cos φdφ senθ cos θdθ ρ5 dρ =
0 0 2

  π3  2π  4
1 1 1 6
= sen4 φ sen2 θ ρ =0
4 0 2 0 6 2

Questão 4. Dentre as coordenadas cilíndricas ou coordenadas,putilize a que parecer mais apropriada. Determine o
volume e o centroide do solido E que está acima do come z = x2 + y 2 e abaixo da esfera x2 + y 2 + z 2 = 1 e, em
seguida, escolha a alternativa correta. p p
Solução: Em coordenadas esféricas, temos que a equação do cone é z = x2 + y 2 ⇒ ρ cos φ = ρ2 sen2 φ cos2 θ + ρ2 sen2 φsen2 θ
ρ cos φ = ρsenφ ⇒ φ = π4 .

Já a equação da esfera se torna ρ2 = 1 ⇒ ρ = 1.


Sendo assim, o solido E, em coordenadas esféricas é descrito como
π
E = {(ρ, θ, φ)|0 6 θ 6 2π, 0 6 φ 6 , 0 6 ρ 6 1}.
4

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Logo, o volume de E é
π
ZZZ Z 2π Z 4
Z 1
V (E) = dV = ρ2 senφ dρdφdθ
E 0 0 0
π 1

ρ3
Z Z 
4
= senφ dφdθ
0 0 3 0
π
Z 2π Z
1 4
= senφ dφdθ
0 0 3
Z 2π   π4
1
= − cos φ dθ
0 3 0
Z 2π √
2− 2
= dθ
0 6

2 − 2 2π
= [θ]0
6√
2− 2
= πu.v.
3
Determinamos,
√ agora, as coordenadas do centroide de E. Utilizando ρ(x, y, z) = 1, temos que m = V (E) =
2− 2
π u.v. Logo:
3
Myz = Mxz = 0, por simetria.

π
ZZZ Z 2π Z 4
Z 1
Mxy = z dV = ρ3 senφ cos φ dρdφdθ
E 0 0 0
π 1

ρ4
Z Z 
4
= senφ cos φ dφdθ
0 0 4 0
π
Z 2π Z 4 1
= senφ cos φ dφdθ
0 0 4

2
Z 2π Z
1 2
= u dudθ
0 4 0
Z 2π   √2
1 1 2 2
= u dθ
0 4 2 0
Z 2π
1 1
= · dθ
0 4 4
 2π
1
= θ
16 0
1
= π.
8
Daí,
1
π 3√
x = y = 0, z = 8√
2− 2
= 8(2− 2)
.
3 π
 
3
Portanto, o centroide do solido E é (x, y, z) = 0, 0, √ .
8(2 − 2)
π π
Questão 5. Encontre o volume da parte da bola ρ ≤ a que está entre os cones φ = eφ= .
6 3 π
Solução: Abaixo temos o sólido em questão, a parte da bola ρ ≤ a (em amarelo) que está entre os cones φ = 6
(em azul) e φ = π3 (em vermelho):

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Para determinar o volume deste sólido iremos utilizar a integral tripla com a transformação para coordenadas esféricas.

 x = ρ sen(φ) cos(θ)
y = ρ sen(φ) sen(θ)
z = ρ cos(φ)

Em seguida resolveremos esta integral tripla para determinar o volume do sólido.


ZZZ ZZZ
V = dV = ρ2 sen(φ) dρ dφ dθ
R Rρφθ

Limites de integração:
0 ≤ρ≤ a
π π
≤φ≤
6 3
0 ≤ θ ≤ 2π
Agora podemos montar a integral tripla com os respectivos limites de integração após a transformação para coorde-
nadas esféricas e assim determinar o volume do sólido.
ZZZ Z 2π Z π3 Z a
2
V = ρ sen(φ) dρ dφ dθ = ρ2 sen(φ) dρ dφ dθ
π
0 6 0
Rρφθ
"Z π  #
Z 2π 3
Z a
V = ρ2 sen(φ) dρ dφ dθ
π
0 6 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre parênteses:


Z a Z a
ρ2 sen(φ) dρ = sen(φ) ρ2 dρ
0
 0 a 
1 3
= sen(φ) ρ
3 0
1 3
= a sen(φ)
3

Iremos resolver a segunda integral que está entre colchetes:


Z π3 Z π
1 3 1 3 3
a sen(φ) dφ = a sen(φ) dφ
π
6
3 3 π
6

1 3h π
i
= a − cos(φ)| π3
3√ 6

3−1 3
= a
6

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Iremos resolver agora a terceira integral que está fora dos colchetes:
Z 2π √ √
3−1 3 3 − 1 3 2π
Z
a dθ = a dθ
0 6 6 0

3 − 1 3 h 2π i
= a θ|0
√ 6
3−1
= πa3
3

Logo o volume do sólido é √


3−1
πa3V =
3
RRR 2
Questão 6. Calcule E
y dV , onde E é o hemisfério sólido x2 + y 2 + z 2 ≤ 9, z ≥ 0.
Solução: Para calcular esta integral tripla iremos utilizar a transformação para coordenadas esféricas.

 x = ρ sen(φ) cos(θ)
y = ρ sen(φ) sen(θ)
z = ρ cos(φ)

Em seguida resolveremos esta integral tripla abaixo:


ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dV = f (x(ρ, φ, θ), y(ρ, φ, θ), z(ρ, φ, θ)) ρ2 sen(φ) dρ dφ dθ
E Eρφθ

Função f (x, y, z) = y 2 em coordenadas esféricas:


2
f (x, y, z) = y 2 ⇐⇒ f (x, y, z) = (ρ sen(φ) sen(θ))
⇐⇒ f (x, y, z) = ρ2 sen2 (φ) sen2 (θ)
Limites de integração:
0 ≤ρ≤ 3
π
0 ≤φ≤
2
0 ≤ θ ≤ 2π
Agora podemos montar a integral tripla com os respectivos limites de integração após a transformação para coorde-
nadas esféricas.
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dV = f (x(ρ, φ, θ), y(ρ, φ, θ), z(ρ, φ, θ)) ρ2 sen(φ) dρ dφ dθ
E Eρφθ
"Z π  #
Z 2π 2
Z 3
ρ4 sen3 (φ) sen2 (θ) dρ dφ dθ
0 0 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre parênteses:


Z 3 Z 3
4 3 2 3 2
ρ sen (φ) sen (θ) dρ = sen (φ) sen (θ) ρ4 dρ
0 0
" 3 #
3 2 1 5
= sen (φ) sen (θ) ρ
5 0
243
= sen3 (φ) sen2 (θ)
5

Iremos resolver a segunda integral que está entre colchetes:


Z π2 Z π2
243 243
sen3 (φ) sen2 (θ)dφ = sen2 (θ) sen3 (φ) dφ
0 5 5
"0 π2 #
243 2 1 3

= sen (θ) cos (φ) − cos(φ)
5 3 0
162
= sen2 (θ)
5

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Iremos resolver agora a terceira integral que está fora dos colchetes:
Z 2π
162 2π
Z
162
sen2 (θ) dθ = sen2 (θ) dθ
0 5 5
"0 2π #
162 1 1
= θ − sen(θ)
5 2 4 0
162
= π
5
Questão 7. Determine os pontos da superfície xy 2 z 3 = 2 que estão mais próximos da origem.
p
Solução: Sendo a distância de um ponto no espaço até a origem dado pela expressão g = x2 + y 2 + z 2 , e sabendo
que o ponto pertence a superfície xy 2 z 3 = 2, que também pode ser escrita por y 2 = xz2 3 podemos reescrever a
q
equação da distância como g(x, z) = x2 + z 2 + xz2 3 .
q
2
Como valor de (x, z) que minimiza a função g(x, z) = x2 + z 2 + xz 3 é o mesmo que minimiza a função
2 2 2
f (x, z) = x + z + xz 3 , para achar o valor mínimo de g, basta achar o valor mínimo de f .

Para acharmos os valores que minimizam a função f devemos achar primeiramente os pontos críticos, ou seja,
os valores de (x, z) que zeram as derivadas parciais de primeira ordem da função f . Em seguida achar o valor do
determinante da matriz Hessiano calculada em cada ponto crítico e caso esse valor seja positivo para esses pontos,
utilizar o teste da segunda derivada para classificar esses pontos como de máximo ou mínimo.

Achando as derivadas parciais de primeira e segunda ordem, temos fx = 2x− x22z3 , fz = − xz6 4 +2z, fxx = 2+ x34z3 ,
24 6
fzz = xz 5 + 2 e fxz = fzx = x2 z 4 . Resolvendo o sistema formado quando zeramos as derivadas parciais de primeira
1

4 1
√4
ordem, achamos como soluções os pontos críticos (x, z) = ( √ 4 , 4 ,−
3) e (x, z) = (− √ 3).
3 3

O determinante da matriz Hessiano é cálculada pela fórmula |H(x, z)| = fxx (x, z)∗fz (x, z)−fxz (x, z)∗fzx (x, z),
o qual para essa função calculado nos pontos críticos será:
1 √ 4 1 √
4
H( √
4
, 3) = H(− √
4
, − 3) = 48
3 3
Como o determinante da matriz Hessiano é positivo, devemos aplicar o teste da segunda derivada para classificar
esses pontos como máximo ou mínimo. Substituindo na derivada parcial de segunda ordem:
1 √ 4 1 √
4
fxx ( √4
, 3) = fxx (− √ 4
, − 3) = 6
3 3
1

4 1

4
Como a segunda derivada calculada em (x, z) = ( √ 4 , 3) e (x, z) = (− √4 ,− 3) é positiva, então os pontos
3 3
2 3 1
√ √
2 4
nos quais a distância da superfície 2 = xy z até a origem é mínima são (x, y, z) = ( √ 4 , √
3 4 ,
3
3), (x, y, z) =
1

2

4 1

2
√4 1

2

4
(− √
4 , √
3 43
, − 3), (x, y, z) = ( √
4 ,− √
3 4 ,
3
3) e (x, y, z) = (− √ 4 ,− √
3 4 ,−
3
3).

1
Questão 8. Encontre o valor médio da função f (x, y) = p na região anular a2 ≤ x2 + y 2 ≤ b2 , onde
x2 + y2
0 ≤ a ≤ b.
Solução: Valor médio: ZZ
1
fmed = f (x, y) dA
AR
R

Na fugura abaixo temos a região de integração:

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Para determinar o valor médio da função, iremos calcular esta integral utilizando a transformação para coordenadas
polares:

 x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)
 2
ρ = x2 + y 2

ZZ
1
fmed = f (ρ cos(θ), ρ sen(θ)) ρ dρ dθ
ARθρ
Rθρ

1) Variação da coordenada ρ:

a≤ρ≤b
2) Variação da coordenada θ:

0 ≤ θ ≤ 2π
3) Função f (x, y):
1 1
f (x, y) = p ⇐⇒ f (ρ cos(θ), ρ sen(θ)) = p
x2 + y2 ρ2
1
⇐⇒ f (ρ cos(θ), ρ sen(θ)) =
ρ

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4) Área da região:
ZZ
A = dA

ZRZ
= ρ dρ dθ
Rθρ
"Z #
Z 2π b
= ρ dρ dθ
0 a
" b #
Z 2π
1 2
= ρ dθ
0 2 a
 2π
Z
1 2 2
= b −a dθ
2 0
1 2
b − a2 2π

=
2
b2 − a2 π

=

Agora podemos calcular o valor médio de f (x, y) sobre a região Rθρ :


ZZ
1
fmed = f (ρ cos(θ), ρ sen(θ)) ρ dρ dθ
ARθρ
Rθρ

Z 2π Z b
1 1
fmed = ρ dρ dθ
(b − a2 ) π
2
0 a ρ
Z 2π Z b
1
= dρ dθ
(b2 − a2 ) π 0 a
Z 2π Z b
1
= dθ dρ
(b2 − a2 ) π 0 a
1 h

ih i
b
= 2 2
θ|0 ρ|a
(b − a ) π
1
= (2π − 0) (b − a)
(b − a2 ) π
2

2 (b − a)
=
(b2 − a2 )
2 (b − a)
=
(b − a) (b + a)
2
=
b+a
Questão 9. Encontre o volume da região E limitada pelos parabolóides z = x2 + y 2 e z = 36 − 3x2 − 3y 2 .
Solução: Primeiramente precisamos detectar a região de integração, para isso iremos igualar as duas equações do
parabolóide.
z=z
x2 + y 2 = 36 − 3x2 − 3y 2
x2 + 3x2 + y 2 + 3y 2 = 36
4x2 + 4y 2 = 36
x2 + y 2 = 9
Portanto a região de integração é um círculo de centro na origem e raio 3.

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Para determinar o volume da região de intersecção dos parabolóides iremos utilizar a integral tripla com a transfor-
mação para coordenadas cilíndricas. 
 x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)
z = z

Em seguida resolveremos esta integral tripla para determinar o volume deste sólido.
ZZZ ZZZ
V = dV = ρ dz dρ dθ
R Rρθz

Precisamos transformar a equação do cilindro, e as duas equações dos parabolóides para as coordenadas cilíndri-
cas.
1) Equação do cilindro:

x2 + y 2 = 9 ⇐⇒ ρ2 cos2 (θ) + ρ2 sen2 (θ) = 9


ρ2 cos2 (θ) + sen2 (θ) = 9

⇐⇒
⇐⇒ ρ2 = 9
⇐⇒ ρ=3

2) Equação do parabolóide inferior:

z = x2 + y 2 ⇐⇒ z = ρ2 cos2 (θ) + ρ2 sen2 (θ)


z = ρ2 cos2 (θ) + sen2 (θ)

⇐⇒
⇐⇒ z = ρ2

3) Equação do parabolóide superior:

z = 36 − 3x2 − 3y 2 ⇐⇒ z = 36 − 3ρ2 cos2 (θ) − 3ρ2 sen2 (θ)


z = 36 − 3ρ2 cos2 (θ) + sen2 (θ)

⇐⇒
⇐⇒ z = 36 − 3ρ2

Limites de integração:

ρ2 ≤z≤ 36 − 3ρ2
0 ≤ρ≤ 3
0 ≤θ≤ 2π

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Agora podemos montar a integral tripla com os respectivos limites de integração após a mundança de variáveis para
coordenadas cilíndricas e assim determinar o volume do sólido.
ZZZ Z 2π Z 3 Z 36−3ρ2
V = ρ dz dρ dθ = ρ dz dρ dθ
0 0 ρ2
Rρθz

36−3ρ2
"Z ! #
Z 2π 3 Z
V = ρ dz dρ dθ
0 0 ρ2

Iremos resolver a primeira integral que está entre parênteses:


Z 36−3ρ2 Z 36−3ρ2
ρ dz = ρ dz
ρ2 ρ2
2
h i
36−3ρ
= ρ z|ρ
ρ 36 − 3ρ2 − ρ2
 
=
4 9ρ − ρ3

=

Iremos resolver a segunda integral que está entre colchetes:


Z 3 Z 3
3
9ρ − ρ3 dρ
 
4 9ρ − ρ dρ = 4
0
"0 3 #
9 2 1 4
= 4 ρ − ρ
2 4 0
 
81 81
= 4 − −0
2 4
 
81
= 4
4
= 81

Iremos resolver agora a terceira integral que está fora dos colchetes:
Z 2π Z 2π
81 dθ = 81 dθ
0
h0 i

= 81 θ|0
= 81 [2π − 0]
= 162π

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(b) Encontre o centroide do E (centro de massa no caso em que a densidade é constante).

(a) C = (0, 12, 21)

(b) C = (0, 21, 15)

(c) C = (0, 0, 21)

*(d) C = (0, 0, 15)

Solução:

Densidade constante ρ(x, y, z) = 1.


Para encontrar o centróide do E precisamos da massa e dos momentos em relação aos três planos coordenados.

1) Massa: ZZZ
m= ρ(x, y, z)dV
E
Z 2π Z 3 Z 36−3ρ2
m= ρ dz dρ dθ
0 0 ρ2

m = 162π

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2) Momento em relação ao plano xy: ZZZ


Mxy = z ρ(x, y, z)dV
E

Z 2π Z 3 Z 36−3ρ2
Mxy = zρ dz dρ dθ
0 0 ρ2
2
"Z #
Z 2π Z 3 36−3ρ
= zρ dz dρ dθ
0 0 ρ2
Z 2π Z 3
" 36−3ρ2 #
1 2
= ρ z dρ dθ
0 0 2 ρ 2
Z 2π Z 3
1 
ρ (36 − 3ρ2 )2 − (ρ2 )2 dρ dθ

=
0 0 2
Z 2π Z 3 
5 3

= 4 ρ − 27ρ + 162ρ dρ dθ
0 0
Z 2π " 3 #
1 6 27 4 2

= 4 ρ − ρ + 81ρ dθ
0 6 4 0
Z 2π  
729 2187
= 4 − + 729 − 0 dθ
0 6 4
Z 2π
= 1215 dθ
0
h i

= 1215 θ|0
= 2430π

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3) Momento em relação ao plano xz: ZZZ


Mxz = y ρ(x, y, z) dV
E

Z 2π Z 3 Z 36−3ρ2
Mxz = ρ2 cos(θ) dz dρ dθ
0 0 ρ2
2
"Z #
Z 2π Z 3 36−3ρ
= ρ2 cos(θ) dz dρ dθ
0 0 ρ2
Z 2π Z 3
36−3ρ2
h i
= ρ2 cos(θ) z|ρ2 dρ dθ
0 0
Z 2π Z 3
ρ2 cos(θ) 36 − 3ρ2 − ρ2 dρ dθ
 
=
0 0
Z 2π Z 3 
4 cos(θ) 9ρ2 − ρ4 dρ dθ

=
0 0
Z 2π " 3 #
3 1 5
= 4 cos(θ) 3ρ − ρ dθ
0 5 0
Z 2π  
243
= 4 cos(θ) 81 − − 0 dθ
0 5
Z 2π
648
= cos(θ) dθ
0 5
648 h 2π
i
= sen(θ)|0
5
648
= [sen(2π) − sen(0)]
5
= 0

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4) Momento em relação ao plano yz: ZZZ


Myz = x ρ(x, y, z) dV
E

Z 2π Z 3 Z 36−3ρ2
Myz = ρ2 sen(θ) dz dρ dθ
0 0 ρ2
2
"Z #
Z 2π Z 3 36−3ρ
= ρ2 sen(θ) dz dρ dθ
0 0 ρ2
Z 2π Z 3
36−3ρ2
h i
= ρ2 sen(θ) z|ρ2 dρ dθ
0 0
Z 2π Z 3
ρ2 sen(θ) 36 − 3ρ2 − ρ2 dρ dθ
 
=
0 0
Z 2π Z 3 
4 sen(θ) 9ρ2 − ρ4 dρ dθ

=
0 0
Z 2π " 3 #
3 1 5
= 4 sen(θ) 3ρ − ρ dθ
0 5 0
Z 2π  
243
= 4 sen(θ) 81 − − 0 dθ
0 5
Z 2π
648
= sen(θ) dθ
0 5
648 h 2π
i
= − cos(θ)|0
5
648
= − [cos(2π) − cos(0)]
5
= 0

Centroide C:
C = (x, y, z)
 
Myz Mxz Mxy
C= , ,
m m m
 
0 0 2430π
C= , ,
162π 162π 162π
C = (0, 0, 15)

Questão 10. Resolva a seguinte integral


cos(x − y)
ZZ
dx dy
R sin(x + y)
Onde R é um trapézio 1 < x + y < 2, x > 0 y > 0.
Solução: Iremos efetuar uma mudança de variáveis para calcularmos esta integral:
ZZ ZZ
∂(x, y)
f (x, y) dA = f (x(u, v), y(u, v)) du dv
∂(u, v)
R Ruv

Abaixo temos R a região trapezoidal com vértices (1, 0), (2, 0), (0, 2), e (0, 1).

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Esta região R é limitada pelas retas y = −x + 2, y = −x + 1, y = 0 e x = 0.

Para calcular esta integral dupla iremos efertuar a seguinte mudança de variáveis:

u = y−x
v = y+x

Essas equações definem a transformação T −1 do plano xy para o plano uv. A transformação T do plano uv para o
plano xy é obtida isolando-se x e y nas equações anteriores:
 1
 x = 2 (v − u)



 y 1
= (v + u)
2

Precisamos transformar as retas que limitam a região R e a função f (x, y) para as variáveis u e v e por fim o
jacobiano desta transformação.
1) Reta y = −x + 2:
1 1
y = −x + 2 ⇐⇒ (v + u) = − (v − u) + 2
2 2
v+u −v + u + 4
⇐⇒ =
2 2
⇐⇒ v=2
2) Reta y = −x + 1:
1 1
y = −x + 1 ⇐⇒ (v + u) = − (v − u) + 1
2 2
v+u −v + u + 2
⇐⇒ =
2 2
⇐⇒ v=1
3) Reta y = 0:
1
y = 0 ⇐⇒ (v + u) = 0
2
⇐⇒ v+u=0
⇐⇒ v = −u
4) Reta x = 0:
1
x = 0 ⇐⇒ (v − u) = 0
2
⇐⇒ v−u=0
⇐⇒ v=u

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5) Função f (x, y):


   
y−x y(u, v) − x(u, v)
f (x, y) = cos ⇐⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = cos
y+x y(u, v) + x(u, v)
u
⇐⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = cos
v
6) Jacobiano:
∂x ∂x
1 1

∂(x, y) − 1 1 1 1
∂u ∂v = 12 2 = − − = − =
∂(u, v) =
∂y ∂y 1
4 4 2 2
∂u ∂v 2 2

Abaixo temos a região Ruv após aplicar a transformação T −1 :

Limites de integração:

−v ≤u≤ v
1 ≤v≤ 2

Agora podemos montar a integral dupla após efertuar a mudança de variáveis.


ZZ Z 2Z v
∂(x, y) u 1
f (x(u, v), y(u, v)) du dv = cos du dv
∂(u, v)
1 −v v 2
Ruv
Z 2 Z v u 1 
= cos du dv
1 −v v 2

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


Z v
1 v
u 1 Z u
cos du = cos du
−v v 2 2 −v v
  u  v 
1
= v sen

2 v −v

1 h v  v i
= v sen − sen
2 v v
1
= v [sen (1) + sen (1)]
2
= v sen(1)

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Iremos resolver agora a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z 2 Z 2
v sen(1) dv = sen(1) v dv
1
"1 #
2
1 2
= sen(1) v
2 1
1
= sen(1) [4 − 1]
2
3
= sen(1)
2
Questão 11. Utilize a integral dupla para determinar a àrea da região de um laço da rosácea ρ = cos(3θ).
Solução: Para determinar a área de um laço da rosácea de três pétalas, iremos calcular esta integral utilizando a
transformação para coordenadas polares:

x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)

Abaixo temos a curva ρ = cos(3θ) em coordenadas polares:

Precisamos determinar a variação das coordenadas polares ρ e θ.

1) Variação da coordenada ρ:

0 ≤ ρ ≤ cos(3θ)
2) Variação da coordenada θ:
Para determinar a variação da coordenada θ iremos analizar para quais valores de θ, ρ = 0
ρ = cos(3θ)
0 = cos(3θ)
3θ = arccos(0)

3θ =
2

θ = (n ímpar)
6

Um dos laços da rosácea de três pétalas apresenta simetria em relação ao eixo x, portanto a variação de θ é
π π
− ≤θ≤
6 6

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Área:

ZZ
A= dA
B
π
ZZ Z 6
Z cos(3θ)
A= ρ dρ dθ = ρ dρ dθ
−π
6 0
Bθ ρ
π
"Z #
Z 6 cos(3θ)
A= ρ dρ dθ
−π
6 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


Z cos(3θ) " cos(3θ) #
ρ2
ρ dρ =
0 2 0
 2 
cos (3θ) 0
= −
2 2
1
= cos2 (3θ)
2

Agora podemos resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z π6 Z π
1 1 6
cos2 (3θ) dθ = cos2 (3θ) dθ
−π6
2 2 − π
6
Z π
1 6 1 + cos(2(3θ))
= dθ
2 − π6 2
Z π
1 6
= (1 + cos(6θ)) dθ
4 − π6
" π #
1 sen(6θ) 6
= θ+
4 6 − π
6
  
1 π sen(π) π sen(−π)
= + − − +
4 6 6 6 6
1 π π
h i
= +
4 6 6
1 π 
=
4 3
π
=
12

Logo a área de um laço da rosácea de três pétalas é


π
A=
12

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Questão 12. Utilize a integral dupla para determinar a àrea da região dentro do círculo (x − 1)2 + y 2 = 1 e fora do
círculo x2 + y 2 = 1.
Solução: Abaixo temos região no plano xy na qual queremos calcular sua área:

Para determinar a área desta região, iremos calcular esta integral utilizando a transformação para coordenadas polares:

x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)

Precisamos transformar as duas equações da circunferência para as coordenadas polares.


1) x2 + y 2 = 1:

x2 + y 2 = 1 ⇐⇒ ρ2 cos2 (θ) + ρ2 sen2 (θ) = 1


ρ2 cos2 (θ) + sen2 (θ) = 1

⇐⇒
⇐⇒ ρ2 = 1
⇐⇒ ρ=1

2) (x − 1)2 + y 2 = 1:
2
(x − 1)2 + y 2 = 1 ⇐⇒ (ρ cos(θ) − 1) + ρ2 sen2 (θ) = 1
⇐⇒ ρ cos (θ) − 2ρ cos(θ) + 1 + sen2 (θ) = 1
2 2

ρ2 cos2 (θ) + sen2 (θ) = 2ρ cos(θ) − 1 + 1



⇐⇒
⇐⇒ ρ2 = 2ρ cos(θ)
⇐⇒ ρ = 2 cos(θ)

Agora precisamos determinar a variação das coordenadas polares ρ e θ.

1) Variação da coordenada ρ:
Como queremos a área dentro do círculo (x − 1)2 + y 2 = 1 e fora do círculo x2 + y 2 = 1, a variação da coordenada
polar ρ será da circunferência que está mais próxima do origem (ρ = 1) para a que está mais distante (ρ = 2 cos(θ)).

1 ≤ ρ ≤ 2 cos(θ)

2) Variação da coordenada θ:

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Para determinar a variação da coordenada θ iremos analizar para quais valores de θ, ρ = ρ

ρ = ρ
1 =
2 cos(θ)
1
cos(θ) =
2  
1
θ = arccos
2
π
θ = ±
3
Portanto a variação de θ é
π π
− ≤θ≤
3 3

Área:

ZZ
A= dA
B
π
ZZ Z 3
Z 2 cos(θ)
A= ρ dρ dθ = ρ dρ dθ
−π
3 1
Bθ ρ
π
"Z #
Z 3 2 cos(θ)
A= ρ dρ dθ
−π
3 1

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


" 2 cos(θ) #
2 cos(θ)
ρ2
Z
ρ dρ =
1 2 1
4 cos2 (θ) 1
 
= −
2 2
1
4 cos2 (θ) − 1

=
2

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Agora podemos resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z π Z π
3 1 1 3
4 cos2 (θ) − 1 dθ 4 cos2 (θ) − 1 dθ
 
=
−π
3
2 2 −π
3
Z π    
1 3 1 + cos(2θ)
= 4 − 1 dθ
2 −π
3
2
Z π
1 3
= (2 + 2 cos(2θ) − 1) dθ
2 −π
3
Z π
1 3
= (1 + 2 cos(2θ)) dθ
2 −π
3

1h π
i
= θ + sen(2θ)|−3 π
2   
3
 
1 π 2π π 2π
= + sen − − + sen −
2 3 3 3 3
" √ √ #
1 π 3 π 3
= + + +
2 3 2 3 2
1 2π √
 
= + 3
2 3

π 3
= +
3 2

Logo a área dentro do círculo (x − 1)2 + y 2 = 1 e fora do círculo x2 + y 2 = 1 é



π 3
A= +
3 2
Questão 13. Utilize a integral dupla para determinar área da região limitada por ambos os cardioides ρ = 1 + cos(θ)
e ρ = 1 − cos(θ).
Solução: Para determinar a área desta região, iremos calcular uma integral dupla utilizando a transformação para
coordenadas polares:

x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)

Abaixo temos a região na qual queremos determinar a área (em amarelo) e os dois cardioides em coordenadas polares:

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Percebemos que a região na qual queremos calcular sua área apresenta simetria em relação aos eixos x e y. Portanto
iremos calcular a área da região acima do eixo x e a esquerda do eixo y e em seguida multiplicar por 4.

ZZ ZZ
A=4 dA = 4 ρ dρ dθ
R Rθρ
"Z #
Z πZ 1+cos(θ) Z π 1+cos(θ)
A=4 ρ dρ dθ = 4 ρ dρ dθ
π π
2 0 2 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


Z 1+cos(θ) " 1+cos(θ) #
1 2
ρ dρ = ρ
0 2 0
1h 2
i
= (1 + cos(θ)) − 0
2
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ)
=
2

Agora podemos resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z π Z π
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ)
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ) dθ

4 dθ = 2
π
2
2 π
Z π2
= (3 + 4 cos(θ) + cos(2θ)) dθ
π
"2 π #
1
= 3θ + 4 sen(θ) + sen(2θ)
2 π
2
 
6π − 3π − 8
=
2
1
= (3π − 8)
2

Logo a área da região é


1
A= (3π − 8)
2
Questão 14. Determine a área a parte da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4z que está dentro do paraboloide z = x2 + y 2 .
Solução: Primeiramente precisamos encontrar a região D de integração. Note que x2 + y 2 + z 2 = 4z ⇒
x2 + y 2 + (z − 2)2 = 4 e como z = x2 + y 2 , temos z + z 2 = 4z ou z 2 − 3z = 0, então z = 0 ou Z = 3
são planos onde as superfícies x2 + y 2 + z 2 = 4z e z = x2 + y 2 se intersectam. Portanto, para z ≤ 3 temos a região

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de integração D = {(x, y)|x2 + y 2 ≤ 3}. Seja A(S) a área da região,

ZZ q
1 1
A(S) = 1 + [(−x)(4 − x2 − y 2 )− 2 ]2 + [(−y)(4 − x2 − y 2 )− 2 ]2 dA
D

Transformando a expreção acima para coordenada polar, obtemos:

√ r
2π 3
r2
Z Z
A(S) = 1+ rdrdθ
0 0 4 − r2

Z 2π Z 3
2r
= drdθ √
0 0 4 − r2
Z 2π h i √3
2 21
= −2(4 − r ) dθ
0 0
Z 2π
= 2dθ
0
 2π
= 2θ
0
= 4π

Questão 15. Utilize a transformação dada para calcular a integral.


RR
R
xy dA, onde R é a região do primeiro quadrante limitada pelas retas y = x, y = 3x e as hipérboles xy = 1,
u
xy = 3; x = , y = v.
v
Solução: Iremos efetuar uma mudança de variáveis para calcularmos esta integral:
ZZ ZZ
∂(x, y)
f (x, y) dA = f (x(u, v), y(u, v))
du dv
∂(u, v)
R Ruv

Abaixo temos R a região do primeiro quadrante limitada pelas retas y = x, y = 3x e as hipérboles xy = 1, xy = 3:

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Para calcular esta integral dupla iremos efertuar a mudança de variáveis dada:
( u
x =
v
y = v

Precisamos transformar as curvas que limitam a região R e a função f (x, y) para as variáveis u e v e por fim
o jacobiano desta transformação.
1) Reta y = x:
u
y = x ⇐⇒ v=
v
⇐⇒ v2 = u

⇐⇒ v= u
2) Reta y = 3x:
u
y = 3x ⇐⇒ v=3
v
⇐⇒ v 2 = 3u

⇐⇒ v = 3u
3) Hipérbole xy = 1:
u
xy = 1 ⇐⇒ v=1
v
⇐⇒ u=1
4) Hipérbole xy = 3:
u
xy = 3 ⇐⇒ v=3
v
⇐⇒ u=3
5) Função f (x, y):
f (x, y) = xy ⇐⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = x(u, v)y(u, v)
u
⇐⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = v
v
⇐⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = u
6) Jacobiano:
∂x ∂x
1
∂(x, y)
∂u ∂v
− vu2 1 1 1
∂(u, v) =
∂y ∂y
= v
0 = − 0 = =
∂u ∂v
1 v v v

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Abaixo temos a região Ruv após aplicar a transformação T −1 :

Limites de integração:
√ √
u ≤v≤ 3u
1 ≤u≤ 3

Agora podemos montar a integral dupla após efertuar a mudança de variáveis.



ZZ
∂(x, y)
Z 3 Z 3u
1
f (x(u, v), y(u, v))
dv du = √
u dv du
∂(u, v) 1 u v
Ruv
"Z √ #
Z 3 3u
u
= √
dv du
1 u v

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


√ √
Z 3u Z 3u
u 1

dv = u √
dv
u v u v
h √ i
3u
= u ln(v)|√u
h √ √ i
= u ln( 3u) − ln( u)
 
1 1
= u ln(3u) − ln(u)
2 2
u
= [ln(3) + ln(u) − ln(u)]
2
u
= ln(3)
2

Iremos agora resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z 3 Z 3
u 1
ln(3) du = ln(3) u du
1 2 2 1
" 3 #
1 1 2
= ln(3) u
2 2 1
1
= ln(3) [9 − 1]
4
8
= ln(3)
4
= 2 ln(3)

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Questão 16. Utilize a integral dupla para determinar a àrea da região dentro do cardioide ρ = 1 + cos(θ) e fora do
círculo ρ = 3 cos(θ).
Solução: Para determinar a área desta região, iremos calcular uma integral dupla utilizando a transformação para
coordenadas polares:

x = ρ cos(θ)
y = ρ sen(θ)

Abaixo temos a região na qual queremos determinar a área (em verde) e as duas curvas (cardioide e circunferência)
em coordenadas polares:

Iremos determinar o ponto de intersecção das duas curvas:

ρ = ρ
3 cos(θ) = 1 + cos(θ)
2 cos(θ) = 1
 
1
θ = arccos
2
π
θ =
3

Percebemos que a região na qual queremos calcular sua área apresenta simetria em relação ao eixo x. Portanto
iremos calcular a área da região acima do eixo x e multiplicar por 2.

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A = 2 (A1 + A2 )
 
ZZ ZZ
A = 2 dA + dA
B1 B2

Limites de integração da área A1 :

3 cos(θ) ≤ ρ ≤ 1 + cos(θ)
π π
≤θ≤
3 2
Limites de integração da área A2 :

0 ≤ ρ ≤ 1 + cos(θ)
π
≤θ≤ π
2

1) Área A1 : "Z #
π
Z 2 1+cos(θ)
A1 = ρ dρ dθ
π
3 3 cos(θ)

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


Z 1+cos(θ) " 1+cos(θ) #
1 2
ρ dρ = ρ
3 cos(θ) 2 3 cos(θ)
1h 2 2
i
= (1 + cos(θ)) − (3 cos(θ))
2
1 + 2 cos(θ) − 8 cos2 (θ)
=
2

Agora podemos resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
π π
1 + 2 cos(θ) − 8 cos2 (θ)
Z Z
2 1 2
1 + 2 cos(θ) − 8 cos2 (θ) dθ

dθ =
π
3
2 2 π
3
Z π
1 2
= (2 cos(θ) − 4 cos(2θ) − 3) dθ
2 π
3

1h π
i
= 2 sen(θ) − 2 sen(2θ) − 3θ| π2
2 
3

1 4 − 3π + 2π
=
2 2
4−π
=
4

2) Área A2 : "Z #
Z π 1+cos(θ)
A2 = ρ dρ dθ
π
2 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre colchetes:


Z 1+cos(θ) " 1+cos(θ) #
1 2
ρ dρ = ρ
0 2 0
1h 2
i
= (1 + cos(θ)) − 0
2
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ)
=
2

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Agora podemos resolver a segunda integral que está fora dos colchetes:
Z π
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ) 1 π
Z
1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ) dθ

dθ =
π
2
2 2 π2
1 π
Z
= (3 + 4 cos(θ) + cos(2θ)) dθ
4 π2
" π #
1 1
= 3θ + 4 sen(θ) + sen(2θ)
4 2 π
2
 
1 6π − 3π − 8
=
4 2
3π − 8
=
8

Logo a área da região é


A = 2 (A1 + A2 )
 
4 − π 3π − 8
A=2 +
4 8
 
8 − 2π + 3π − 8
A=2
8
π
A=
4
Questão 17. Esboce o sólido cujo volume é dado pela integral e calcule-a.
Z π6 Z π2 Z 3
ρ2 sen(φ) dρ dθ dφ
0 0 0

Solução: Abaixo temos o sólido cujo volume é dado pela integral em questão:

π π π
"Z π  #
Z 6
Z 2
Z 3 Z 6 2
Z 3
V = ρ2 sen(φ) dρ dθ dφ = ρ2 sen(φ) dρ dθ dφ
0 0 0 0 0 0

Iremos resolver a primeira integral que está entre parênteses:


Z 3 Z 3
ρ2 sen(φ) dz = sen(φ) ρ2 dρ
0 0
" 3 #
1 3
= sen(φ) ρ
3 0
= 9 sen(φ)

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Iremos resolver a segunda integral que está entre colchetes:


Z π Z π
2 2
9 sen(φ) dθ = 9 sen(φ) dθ
0 0
π
h i
= 9 sen(φ) θ|02
9
= π sen(φ)
2

Iremos resolver agora a terceira integral que está fora dos colchetes:
Z π Z π
6 9 6
π sen(φ) dφ = 9 sen(φ) dφ
0 2 0
9 h π
i
= π −cos(φ)|06
2
9  √ 
= π 2− 3
4
p
Questão 18. Utilize coordenadas esféricas para determinar o volume do sólido que está acima do cone z = x2 + y 2
e abaixo da esfera x2 + y 2 + z 2 = z.
Solução: A equação x2 + y 2 + z 2 = z pode ser reescrita como
2  2 
1 2 1 2
x +y + z− =
2 2
 
1 1
Portanto, essa equação representa a esfera de centro 0, 0, e raio . A equação dessa esfera é dada por ρ = cos φ.
p 2 2
A equação do cone z = x2 + y 2 em coordenadas esféricas é dada por ρ sin φ = ρ cos φ então o cone tem como
equação φ = π/4.
A sólido que queremos calcular o volume tem como forma

Descrito por
E = {(θ, ρ, φ) ∈ R3 /0 ≤ θ ≤ 2π; 0 ≤ ρ ≤ cos φ; 0 ≤ φ ≤ π/4 }
ZZZ Z 2π Z π/4 Z cos φ
V = dV = ρ2 sin φ dρ dφ dθ =
E 0 0 0
"Z #
Z 2π Z π/4 cos φ
2
= sin φ ρ dρ , dφ dθ =
0 0 0

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cos φ 
Z 2π Z π/4 3
ρ
= sin φ   dφ dθ =

0 0 3
0
Z 2π Z π/4
1
= sin φ cos3 φ dφ dθ =
0 3 0
Z 2π " Z √2/2 #
3
= − u du dθ =
0 1

 1 
Z 2π
1 4

=  u  dθ =
0 4 √
2/2
Z 2π
1
dθ = =
0 16
π
= .
8
Questão 19. Use a integral tripla para calcular o volume da esfera de raio r.
Solução: Consideremos a esfera E de raio r e centro na origem, representada por

Pode ser expressa em coordenadas polares como

E = {(θ, ρ, φ) ∈ R3 / 0 ≤ θ ≤ 2π; 0 ≤ ρ ≤ r; 0 ≤ φ ≤ π}
ZZZ Z 2π Z r Z π
V = dV = ρ2 sin φ dφ dρ dθ =
E 0 0 0
Z 2π Z r Z π 
= ρ2 sin φ dφ dρ dθ =
0 0 0
" π #
Z 2π Z r
= ρ2 − cos φ dρ dθ =

0 0
0
Z 2π Z r
= 2ρ2 dρ dθ =
0 0
Z 2π Z r 
2
= 2 ρ dρ dθ =
0 0
" r #
Z 2π
1 3
= 2 ρ dθ =
0 3
0
Z 2π
2 3
= r dθ =
0 3
4πr3
= .
3

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Questão 20. Use integrais triplas para determinar o volume do cone circular reto de altura h e raio da base r.
Considere o cone dado pela a figura abaixo

Por semelhança de triângulo


r h
=
ρ z
Vamos usar coordenadas cilíndricas. Para que um ponto P percorra todo o cone é necessário que as suas coordenadas
cilíndricas variem nos seguintes intervalos 
 0 ≤ θ ≤ 2π
0≤ρ≤r
 h
rρ ≤ z ≤ h

A região do cone pode ser expressa por


h
C = {(θ, ρ, z) / 0 ≤ θ ≤ 2π; 0 ≤ ρ ≤ r; ρ ≤ z ≤ h}
r
Portanto o volume pode ser calculado como
ZZZ Z 2π Z r Z h
V = dV = ρ dz dρ dθ =
h
C 0 0 rρ

"Z #
Z 2π Z r h
= ρ dz dρ dθ =
h
0 0 rρ

Z 2π  Z r
h
= ρ h − ρ dρ dθ =
0 0 r
Z 2π Z r  
h
= hρ − ρ2 dρ dθ =
0 0 r
Z 2π "  r #
h 2 h 3
= ρ − ρ dθ =
0 2 3r
0
Z 2π
1 2
= hr dθ =
0 6
πr2 h
= .
3

Prof. Jerônimo Monteiro | Prof. Juaci Picanço 31

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