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Volume 1
Edição 1
Belém-PA
2020
4
https://doi.org/10.46898/rfb.9786558890553
P474
ISBN: 978-65-5889-055-3
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553
CDD 370.11
5
Conselho Editorial:
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos -
Souza - UFOPA (Editor-Chefe). UFRA.
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga - Prof.ª Me. Antônia Edna Silva dos Santos
UFPA. - UEPA.
Prof. Me. Laecio Nobre de Macedo - Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa -
UFMA. UFMA.
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida - Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho
UFOPA. - UFSJ.
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo Prof.ª Drª. Isabella Macário Ferro Caval-
- IFMA. canti - UFPE.
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Sil-
va - IFPA.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza -
UFPA.
Diagramação:
Danilo Wothon Pereira da Silva.
Arte da capa:
Pryscila Rosy Borges de Souza.
Imagens da capa:
www.canva.com
Revisão de texto:
Os autores.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................9
Ednilson Sergio Ramalho de Souza
CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSI-
COPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DE
ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO..........................................11
Solenir Raulino
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.1
CAPÍTULO 2
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA EM MATEMÁ-
TICA E ECONOMIA NA ERA GLOBAL .........................................................................31
Tayson Ribeiro Teles
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.2
CAPÍTULO 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O
USO DA CALCULADORA..................................................................................................41
Fabio Colins
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.3
CAPÍTULO 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA
O CONTEXTO DA SALA DE AULA.................................................................................55
Benedito Edson Cardoso Machado
Alan Gonçalves Lacerda
Robson dos Santos Ferreira
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.4
CAPÍTULO 5
USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UM MA-
PEAMENTO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE ENSINO MÉDIO EM CORRENTE–
PI...............................................................................................................................................69
Gustavo Barbosa Ribeiro
Antunino Silva
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.5
CAPÍTULO 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFES-
SORES DE MATEMÁTICA.................................................................................................79
Manoel dos Santos Costa
Norma Suely Gomes Allevato
Thiago Brandão Ericeira
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.6
CAPÍTULO 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA
DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS DE SANTARÉM.........................91
Luisa Helena Silva de Sousa
Júlio Nonato Silva Nascimento
8
CAPÍTULO 8
DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR: POR QUE ESTUDANTES FICAM FORA DA SALA
DE AULA?.............................................................................................................................107
Enaura Farias Vergetti de Siqueira
Mayrane Carla Marques do Nascimento
Kleyfton Soares da Silva
Alan John Duarte de Freitas
Johnnatan Duarte de Freitas
Jonas dos Santos Sousa
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.8
ÍNDICE REMISSIVO..........................................................................................................116
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 9
APRESENTAÇÃO
Leitores e leitoras,
Desse modo, os artigos apresentados neste livro - em sua maioria frutos de ár-
-duos trabalhos acadêmicos (TCC, monografia, dissertação, tese) - decerto contribuem,
cada um a seu modo, para o aprofundamento de discussões na área de Educação em
Ciências e Matemática, pois são pesquisas germinadas, frutificadas e colhidas de te-
mas atuais que vêm sendo debatidos nas principais universidades brasileiras e que
refletem o interesse de pesquisadores no desenvolvimento social e científico que possa
melhorar a qualidade de vida de homens e de mulheres.
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO
DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR
PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES
E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA
ALFABETIZAÇÃO
Solenir Raulino1
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.1
1 Professor da Educação infantil da rede Municipal de Nova Andradina-MS, especialista em metodologia de Ensino,
Especialista em psicopedagogia Clínica, Institucional e Educação Infantil, Pós graduando em Docência do Ensino
Básico e Superior. E-mail: solenir.raulino2012@hotmail.com
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
12 VOLUME 1
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
Capitulo 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
14 VOLUME 1
Vale lembrar que o processo de diagnóstico deve ser dinâmico, pois o mesmo irá
possibilitar a intervenção ou não. “Ela deve ser um processo dinâmico, pois é nela que
são tomadas decisões sobre a necessidade ou não de intervenção psicopedagógico”.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Dificuldades ou Distúrbios: Uma implicação no processo de
aprendizagem.
Caso a criança não passe pela primeira etapa da Educação Básica não tendo as-
sim, o contato com habilidades psicomotoras essenciais futuramente terá dificuldade
em sua aprendizagem. Mas o que seria essa dificuldade segundo Kirk (1962, p.263
Apud Oliveira,2019p.1) que afirmam ser uma dificuldade:
Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um retardamento, transtorno, ou de-
senvolvimento lento em um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita
ou outras áreas cognitivas, resultantes de uma deficiência causada por uma possível
disfunção cerebral ou alteração emocional ou condutual. Não é o resultado de retar-
damento mental, deprivação sensorial ou fatores culturais e instrucionais.
Para que ocorra aprendizagem, o professor deve desvendar onde está ocorren-
do a dificuldade ou o que está interferindo tal sala, classe ou aluno a aprender um
conteúdo, assim, ele saberá intervir de modo correto e recorrigir, inclusive, a própria
mediação para que ocorra o ensino aprendizagem de outra forma. A dificuldade e o
Distúrbio de aprendizagem tornou-se o x da questão de muitas escolas brasileiras,
Solenir Raulino
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 15
visto que, o professor ao saber que o aluno tem apenas dificuldade na aprendizagem
pode reformular seus métodos, recursos e meios utilizados no Ensino. Já o distúrbio
nesse caso, torna-se a equação toda, pois ele é um caso em que o professor deve adap-
tar totalmente a aula para tal disfunção do SNC1 encontrado através de diagnóstico em
sala e até mesmo encaminhar o aluno para a sala de AEE2. Aqui entra outro ponto a ser
questionado: será que o professor regente vai ficar adaptando a cada nova aula o seu
planejamento para aquele aluno que apresenta um distúrbio.
Capitulo 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO
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16 VOLUME 1
Ainda, falando sobre distúrbios temos a agrafia que segundo Fonseca 2019 “é
uma patologia caracterizada pela incapacidade adquirida total ou parcial de produzir
linguagem escrita”. Isso quer dizer que o discente que apresente essa patologia terá
dificuldades de produzir um texto escrito e muito provavelmente terá dificuldades em
ser alfabetizado. De acordo com a mesma, existem diversos tipos de agrafia, dentre
eles são destacados:
Agrafia pura: é um tipo de agrafia que não se acompanha de outras alterações de
linguagem. Agrafia afásica: alteração que acompanha muitos dos quadros afásicos e
que se caracteriza por escrita lenta e difícil, ou então por escrita fluída, mas com er-
ros na combinação das letras. Agrafia com alexia: tipo de agrafia que surge associa-
da ao defeito de leitura. Agrafia apráxica: caracterizada pela dificuldade em efectuar
a sequenciação gestual necessária à escrita e à manipulação dos instrumentos de
escrita. Agrafia espacial: dificuldade em escrever numa ordem correcta, colocando
palavras em cima de palavras. Ocorre na sequência de uma lesão hemisférica direita,
em que a pessoa não escreve na metade esquerda da folha de papel porque não a
percepciona. (FONSECA, 2019, p.1)
Capitulo 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO
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18 VOLUME 1
Muitos profissionais de Educação não estão preparados para fazer uma inter-
venção, porquanto, não conseguem nem ao mesmo extrair as informações contidas na
avaliação escolar de modo a transformá-las em uma possível intervenção do processo
educacional. A psicopedagogia é uma ciência que ganhou muito espaço nos últimos
anos, pois ela vem se tornando o objeto de estudo das dificuldade de aprendizagem
dos alunos das series iniciais. Já ficou provado que o aluno que não desenvolve ha-
bilidades psicomotoras terá grande dificuldade em ler ou escrever. Nesse sentido, a
psicopedagogia de Oliveira propõe:
A psicopedagogia propõe que o próprio sujeito seja autor de sua aprendizagem,
intervir nesse processo é criar mecanismos que contribuam para que o aprender do
sujeito da aprendizagem possibilite num processo dialético, a transformação da rea-
lidade bem como a transformação de si mesmo (Oliveira,2009, p.73).
Solenir Raulino
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VOLUME 1 19
5. O QUE É UM DIAGNÓSTICO
De acordo com Buss (2010) apud Weiss e Scoz, 1991, p.94 “O diagnóstico psico-
pedagógico busca investigar, pesquisar para averiguar quais são os obstáculos que
estão levando o sujeito à situação de não aprender, aprender com lentidão e/ou com
dificuldade; esclarece uma queixa do próprio sujeito, da família ou da escola”. Nesse
sentido, Diagnosticar é identificar o problema da não aprendizagem de um aluno, isso
é possível através de uma investigação feita por questionários e entrevistas com a fa-
mília em sala de aula ou em atendimento particular.
Capitulo 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO
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20 VOLUME 1
PERGUNTAS DURANTE A
ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM
(E.O.C.A.)
Nome:________________________ Turma:______________
Alguma repetência? ( ) sim ( ) não _________________
6-Você sabe escrever o que você está vendo nessa gravura- revistas, gibis ?
_____________________________________________________________
7-Soletre esta palavra para mim:___________________________________
_____________________________________________________________
8- E o que mais você aprendeu?___________________________________
______________________________________________________________
9- E o que mais você sabe fazer de matemática?_______________________
______________________________________________________________
10 - O que mais?________________________________________________
Solenir Raulino
_______________________________________________________________
11 Notas?______________________________________________
______________________________________________________________
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MATEMÁTICA
VOLUME 1
9- E o que mais você sabe fazer de matemática?_______________________ 21
______________________________________________________________
10 - O que mais?________________________________________________
_______________________________________________________________
11 Notas?______________________________________________
12-colegas que gosta
_______________________________________________________
13-Por quê?__________________________________________
14-Disciplina favorita:___________________________________________
15-Por quê?___________________________________________________
16-Desde quando?
_____________________________________________________________
17-Disciplina que não gosta:
_____________________________________________________________
18-Por quê? ___________________________________________________
19-Desde quando?
_____________________________________________________________
20-O que deseja fazer quando crescer?
_____________________________________________________________
21-Por quê? ___________________________________________________
22-Como foi sua entrada na escola atual?
__________________________________________________________
5-Você sabe escrever o que você está vendo nessa gravura- revistas, gibis?
______________________________________________________________
6-Soletre esta palavra para
mim:__________________________________________________________
Em seguida, de acordo com Visca (2015) temos a aplicação de testes. Esses testes
estão relacionados à coordenação motora, a fala ao calculo, a orientação espacial, a
escrita, a concentração etc. Isso mostra que o psicopedagogo terá várias etapas antes
de dar o diagnóstico do aluno entrevistado para a família. Além disso, tem-se a parte
da Anamnese um item chave da investigação, pois com ele o psicopedagogo terá o
diagnóstico. Segundo Freitas (2019) “os resultados de uma anamnese bem conduzida é
Solenir Raulino
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 23
responsável por 85% do diagnóstico médico, restando apenas 10% para o exame físico
e 5% para os exames laboratoriais”.
Vale lembrar que o processo de diagnóstico deve ser dinâmico, pois o mesmo irá
possibilitar a intervenção ou não. “Ela deve ser um processo dinâmico, pois é nela que
são tomadas decisões sobre a necessidade ou não de intervenção psicopedagógico”.
Antes dessa intervenção o psicopedagogo deverá solicitar, caso seja necessário, exa-
mes laboratoriais complementares e exames físicos para verificar a coordenação moto-
ra fina, a resposta e os reflexos do organismo da criança diante da atividade utilizada
para verificação.
Ao concluirmos este tópico percebe-se que antes de dar o informe sobre o diag-
nóstico do paciente o psicopedagogo terá cinco etapas de acordo com Visga 1991, den-
tre elas a primeira refere-se aos procedimentos adotados pelo entrevistador durante
a entrevista. Em seguida teremos a EOCA (Entrevista Operativa Centrada na Apren-
dizagem), nessa etapa o profissional terá que ter os recursos pedagógicos disponí-
veis para verificar a aprendizagem da criança e levantar uma hipótese de diagnósti-
co. Depois tem a aplicação de testes envolvendo a observação da aprendizagem da
criança em atividades com cálculos, escrita, leitura, lateralidade, localização espacial,
concentração, equilíbrio etc. Os testes são dinâmicos e o psicopedagogo irá elaborá-los
à medida que suas hipóteses dão o resultado esperado podendo também reformulá-lo
para ir testando as hipóteses de investigação. Depois terá a amnese que é uma etapa
de entrevista dos pais, todas as informações repassadas pela família deve ser anotada,
pois a mesma contribui para a comprovação da hipótese e por último, ao diagnóstico
clínico da criança.
Capitulo 1
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA DO PROFESSOR PSICOPEDAGOGO: DIFICULDADES E DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DA ALFABETIZAÇÃO
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24 VOLUME 1
Com essa observação da psicóloga Helen Bee, percebe-se que não devemos mais
classificar o processo de ensino aprendizagem em estágios, mas sim em sequência do
desenvolvimento. Isso quer dizer que, o aluno da educação infantil passará por etapas
de aprendizagem e não mais estágios. Inclusive, isso corrobora com a lei de Diretrizes
e Bases da Educação Art. 21. “A educação escolar compõe-se de: I - educação básica,
formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação su-
perior”.
A primeira sequência, está relacionada a creche onde a criança que está viven-
ciando o seu desenvolvimento nos vários aspectos, físico, psicológico, linguístico, so-
cial, deverá ser estimulada com a ajudada de um pedagogo. Durante essa fase, a crian-
ça estará na fase dos 0 ou 3 anos de idade. A segunda sequência, está relacionada a
pré-escola onde a criança estará flutuando entre 4 a 5 anos de idade, essa fase deve ser
uma complementação da primeira. A terceira, refere-se ao início do ensino fundamen-
tal um. Onde a criança estará com 6 anos e no primeiro ano do ensino fundamental,
ela irá percorrer através de provas, exame, trabalhos de recuperação o seu próprio pro-
cesso de aprendizagem com a ajuda do professor que estará avaliando se as habilida-
des desses alunos nessa etapa foram desenvolvidas, caso não, ele deve ser reprovado.
E assim, sucessivamente, até elas completarem a sequência do ensino fundamental,
quando o aluno já estará com 10 anos ou 11 até chegarem no ensino superior. Essas
sequencias devem ser seguidas pelo professor, e caso não perceba através da avalia-
ção o progresso do aluno ele deve ficar retido. Aqui vale ressaltar o que diz a LDB em
seu Art. 31. “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso
ao ensino fundamental”. Aproveito-me do momento para deixar uma observação e
talvez uma grande falha do sistema Educacional. Tem ocorrido com frequência de
alunos chegarem no primeiro ano do ensino fundamental sem saber o alfabeto e muito
menos conhecendo algumas vogais, isso reflete uma falha da exclusão, pois nem toda
a criança tem acesso a creches e pré-escolas. Diante do exposto fica esse olhar analítico,
pois como o professor irá passar esse aluno seguindo as leis do sistema sabendo que
isso não irá contribuir nem um pouco para a qualidade Educacional, sabendo-se que
temos a provinha Brasil e tantas outras usadas nessa etapa e que vem mostrando índi-
ces ainda preocupantes.
Solenir Raulino
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 25
Para que a educação seja uma constante mudança o profissional educador deve
saber utilizar a avaliação como uma ferramenta de intervenção, dessa forma irá de-
senvolver durante o ano as habilidades de leitura e reconhecimento de sílabas e outra
habilidades como a matemática. Se o aluno aprender o alfabeto e tiver uma pequena
noção de sílaba e vogais e como se forma uma palavra já é um começo para não ficar
retido no primeiro ano. Vale lembrar que isso deve ser feito através de atividades em
sala e com um relatório das observações feitas pelo professor.
Conclui-se esse tópico de estudo afirmando que a criança passa por um processo
e que ela está em constante desenvolvimento de habilidades, porém quem deve auxi-
liar a criança a desenvolvê-las é o pedagogo juntamente com os professores de outras
disciplinas com o apoio do psicopedagogo. Percebe-se também que o professor tem
uma importante ferramenta no diagnóstico de competências não desenvolvidas e que
cabe ao professor processar essas informações e interpretá-las de modo adequado para
que poça intervir e procurar melhorar o desenvolvimento dessas habilidade em seus
alunos.
7. METODOLOGIA
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Solenir Raulino
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 27
pode não estar se adaptando a metodologia do professor. O que nos permite concluir
que as dificuldades são de ordem pedagógica e os distúrbios são de ordem orgânica, ou seja,
a criança já nasce com uma determinada patalogia devido à maneira como o período
gestacional foi conduzido.
9. CONCLUSÕES
Conclui-se de acordo com os dados analisados que cerca de 66,6% dos profissio-
nais da educação básica não estão se atualizando diante das necessidades atuais de
conhecer o perfil estudantil e os meios educacionais pelos quais ele consegue realizar
uma atividade de modo que ele aprenda. Outra informação muito importante diz res-
peito ao tempo de lecionamento dos professores grande maioria daqueles que traba-
lham entre 5 há 15 anos não souberam dissertar sobre a diferença entre distúrbios e
dificuldades de aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, ÁLVARO; NETO, F. A Nova Classificação Americana Para os Transtornos
Mentais – o DSM-5. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 16,
n. 1, p. 67-82, 1 abr. 2014.
Brêtas da Silva, José Roberto, Pereira, Sônia Regina Cássia Cintra, Cynthia, Mu-
niz Amirati, Kátia, psicomotor Avaliação Crianças funções de entre 6 e 10 anos de
Solenir Raulino
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 29
Pereira, Glaucyani; Silva, Sandra Felix da; Careli, Tatiani Theodoro. Distúrbios de
aprendizagem suas implicações no processo educativo. Pindamonhangaba;2010.
Solenir Raulino
CAPÍTULO 2
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.2
RESUMO
ABSTRACT
The present work aims to analyze some nuances of Teaching Methodology and
Didactics in the context of Mathematical Science and Economic Sciences. It seeks to
unveil the new perspectives and tools necessary for teaching mathematics in schools,
institutes and universities / colleges in the 21st century. In addition, the desired pro-
file of a good teacher of mathematics and economics in the present century is verified.
The research methodology was the bibliographic exploration based on the inductive
method. The conclusions are pertinent to the observation that, today, the teaching of
Mathematics and Economics is in crisis, especially with regard to the qualification of
teachers, and must be immediately rethought.
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Dessa forma, prima facie, é vista por muitos como uma Ciência de “estado pronto
e acabado” - fria. Inclusive tal ideia advém das próprias formas de institucionalização
da Matemática, que nas Escolas, Institutos e Universidades/Faculdades é incrustada
em “Centros de Ciências Exatas”. Ora, se esta é uma Ciência exata, seus problemas
possuem respostas fixas e inalteráveis, o que não abre caminho para as criatividades
dos aprendentes e ensinantes direcionarem-se rumo à busca de novas alternativas de
evolução da Ciência. Certo?
Capitulo 2
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA EM MATEMÁTICA E ECONOMIA NA ERA GLOBAL
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
34 VOLUME 1
Assim, mediante o que aduz D’Ambrósio (1993), podemos inferir que a Mate-
mática é uma Ciência de investigação. Uma disciplina na qual o avanço surge como
resultado de um ciclo de investigações e resoluções de problemas.
Rossetti (2013) lembra que a Economia pode ser várias, pois é constituída de
inúmeras outras ciências. Para o autor, a Economia estuda essencialmente os procedi-
mentos de como produzir e comercializar as coisas (objetos) em sociedade, tudo com
o fito de alcançar o bem estar da humanidade, atendendo às suas necessidades.
É consabido por todos que Metodologia é o estudo do método, sendo este o cami-
nho pelo qual se chega a determinado objetivo. Nessa perspectiva, a grosso vernáculo,
Didática é tida como o método, a forma mediante a qual um professor ensina a seus
alunos o conteúdo de sua disciplina/matéria/Ciência.
Didática esta, vista pela maioria dos teóricos de Educação Matemática, a exem-
plo de Gonçalves e Clemente (2014), como o conjunto de conhecimentos e habilidades
características do professor de Matemática e Economia que o permitem transformar
conteúdos, ideias, ilustrações, fundamentos, formulações e situações em elementos
compreensíveis aos alunos, conhecimentos tais que têm como função mais relevante a
de adjuvar o professor em suas principais dúvidas e inseguranças, o livrando do im-
proviso e de aulas fracassadas.
Capitulo 2
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA EM MATEMÁTICA E ECONOMIA NA ERA GLOBAL
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
36 VOLUME 1
Neste espeque, nos surgem algumas dúvidas focais que, se solucionadas, po-
dem ajudar a melhorar todo o processo de ensino-aprendizagem de Matemática e de
Economia. Por exemplo, que competências e habilidades matemáticas e econômicas
devem ser desenvolvidas no Ensino Fundamental, Médio/Técnico e Universitário de
temas matemáticos e econômicos? Qual a formação que hoje a sociedade exige de nos-
sos alunos? Quais as características que os contemporâneos docentes têm de ter para
serem capazes de oferecer tal formação?
Nessa direção, nos parece a bom termo ressaltar o pensamento de Polya (2011),
para quem a formação de bons professores de Matemática e Economia requer que se
oblitere a formação alienada vigente atualmente, a qual é estanque ao método de en-
sinar aos acadêmicos de Matemática e de Economia a forma de resolver problemas, os
quais ao lecionarem apenas reproduzem as fórmulas e mecanismo que aprenderam.
É necessário que o professor, em sua formação, tenha contato com métodos dife-
renciados de transferência de conhecimentos, como: modelagens matemáticas e eco-
nômicas, jogos matemáticos e econômcios, textos etnomatemáticos e etnoeconômicos,
narrações sobre a história da Matemática e da Economia, Tecnologias da Informação
Na toada de tudo o que foi exposto até agora, é factível corroborarmos com os
dizeres de Gonçalves e Clemente (2014), para quem no século XXI um professor de
Matemática e/ou de Economia ideal, identificado com a realidade de sua época, é uma
pessoa que ofereça uma aprendizagem compartilhada; que oferte aos alunos a ins-
trumentação para a obtenção de um bom desenvolvimento do raciocínio logico; que
mostre aos aprendentes serem a Matemática e a Economia instrumentos de superação;
que demonstre que a Matemática e a Economia não foram feitas para atormentar os
alunos e sim ajudá-los a elevar suas competências cognitivas e seus preceitos internos
de organização, responsabilidade social e ética geral.
Neste tonário, relevantes também são os pensares de Smole e Diniz (2013), para
quem um professor de Matemática e/ou Economia apropriado às realidades do século
XXI também deve possuir como características essenciais: ser capaz de fazer com que o
aluno consiga relacionar aquilo que aprende na escola/faculdade/instituto com o que
ocorre em sua vida cotidiana, de maneira que seu interesse pelo conteúdo seja legiti-
mado por situações reais de sua vida.
Capitulo 2
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA EM MATEMÁTICA E ECONOMIA NA ERA GLOBAL
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
38 VOLUME 1
Nesse foco, nos parece permitido, humildemente, também oferecer nossas con-
tribuições acerca do que seja necessário que um bom professor de Matemática e/ou
Economia possua como característica em seu cabedal de comportamentos. Inicialmen-
te, nos parece que o professor atual, o qual cognominados aqui de “professor globa-
lizado”, deve se valorizar como ninguém mais o valoriza(rá); deve ter elevada auto
eficácia, compreendendo que, juntamente com outros atores do processo educativo
(alunos, comunidade, governo, Estado, servidores de Escolas/Institutos/Universida-
des), o professor é um dos protagonistas da educação.
Pensado desse modus, o docente enxergará que é importante, mas não é o mais
importante. Deve existir uma harmonia, pois é fato que não há aluno sem professor,
mas igualmente não há professor sem aluno. E, a partir disso, o professor é sim o maior
referencial para o aluno, devendo, portanto, ter consciência de sua importância.
Além do que, a nosso ver, deve, ainda, um bom docente de Matemática e/ou de
Economia compreender que não se absorvem os conhecimentos de matemática e eco-
nomia para resolver problemas e sim se aprende Matemática e economia resolvendo
problemas; bem como, deve o professor possuir detida capacidade observacional, a
fim de identificar alunos que tenham perfis diferentes de meros expectadores, incenti-
vando-os e valorizando seus bons rendimentos.
Ademais, por fim, nos parece que é também imprescindível que o docente de
Matemática e/ou de Economia desejado para nosso século compreenda que os exer-
cícios são importantes na medida em que transformam linguagens abstratas em con-
cretas. Afinal, se experiência é conhecimento/sabedoria, como dizem: a experiência só
vem com a prática.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim das reflexões aqui erigidas. Buscou-se neste texto desvelar
quais as novas perspectivas e ferramentas necessárias ao ensino de Matemática e Eco-
nomia nas Escolas/Institutos e Universidades/Faculdades no século XXI. Além disso,
verificou-se qual o perfil desejado de um bom professor de Matemática e/ou Econo-
mia no presente século.
Capitulo 2
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA EM MATEMÁTICA E ECONOMIA NA ERA GLOBAL
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
40 VOLUME 1
REFERÊNCIAS
BLUMENTHAL, Gladis. Os PCNs e o ensino de Matemática: um avanço ou um retro-
cesso. São Paulo: PUC, 2001.
______. Como ensinar Matemática hoje? Temas e Debates. Brasília: SBEM, Ano II, Nº
2, 1989, p. 15-19. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1953125/
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GASTALDI, J. P. Elementos de economia política. 19.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
POLYA, G. Sobre a Resolução de Problemas na Higt School. São Paulo: Atual, 2011.
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA
APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA
CALCULADORA
Fabio Colins1
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.3
RESUMO
ABSTRACT
The curriculum documents for Basic Education provide guidance on the use of
new information and communication technologies in mathematics classes, and the
calculator is one of them. In the same direction, cognitive neuroscience advocates the
use of these technologies in the arithmetic learning process, since the human brain
does not have neural regions responsible strictly for calculus. Thus, this work aims to
analyze the activities with a calculator proposed in textbooks of the 3rd year of Ele-
mentary School. The theoretical discussion is anchored in two perspectives, mental
calculation as a necessary skill in the arithmetic learning process and the calculator as a
pedagogical resource in this process. The research methodology adopted a qualitative
and bibliographic approach. A review of the literature on Mathematics Education was
carried out to defend the use of the calculator in pedagogical practice and the possibi-
lities of activities for the teaching and learning process. 3rd grade elementary school
textbooks were used as parameters for the analysis of activities with a calculator. The
activities that integrated the reflection process were analyzed using the Bardin Con-
tent Analysis method. The research results indicated possibilities for working with the
calculator in mathematics classes.
Fabio Colins
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 43
1. INTRODUÇÃO
Adquirir as habilidades referentes à lectoescrita pode ser mais fácil do que apren-
der a calcular. Diante desse contexto, a dificuldade em aprender Matemática parece ter
sido institucionalizada socialmente, pois assumir publicamente não ser bom nos cálcu-
los não é motivo para ser estigmatizado como alguém que apresenta algum distúrbio
de aprendizagem. Mas por que o cálculo mental é tão difícil?
Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar as atividades propostas
em livros didáticos do 3º ano do Ensino Fundamental com o uso da calculadora. Para
isso, foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa e do tipo bibliográfica
(FIORENTINI; LORENZATO, 2006). A análises realizadas foram estruturadas a partir
de atividades que envolvessem a compreensão do sistema de numeração decimal e as
quatro operações fundamentais com números naturais para alunos do 3º ano do Ensi-
no Fundamental.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
44 VOLUME 1
Por outro lado, o cérebro humano não traz mecanismos neuronais responsáveis
pelo desenvolvimento de cálculo. O que ocorre é a memorização e consolidação de
fatos aritméticos básicos armazenados no hipocampo (COLINS, 2020). Nesse sentido,
o processo de contagem auxilia diretamente nas habilidades relacionadas ao cálculo,
sejam aspectos inatos ou adquiridos na educação formal.
Fabio Colins
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 45
viduais para a aprendizagem aritmética e níveis neurais nessa competência básica que
precisam ser considerados. Ou seja, existem habilidades elementares, mas cada crian-
ça tem um tempo diferente para aprender e distintos contextos socioculturais.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
46 VOLUME 1
Por outro lado, no que se refere às propriedades das operações, a adição e a mul-
tiplicação, diferentemente da subtração e da divisão, possuem a propriedade comu-
tativa (3 x 5 = 5 x 3 ou 3 + 5 = 5 + 3). Essa característica aritmética permite inferir que
“a comutatividade pode facilitar a formação de associações problema-resposta na me-
mória de longo prazo para a multiplicação e para a adição, motivo pelo qual são mais
frequentemente resolvidas por meio de recuperação de fatos” (PETERS; SMEDT, 2018,
p. 270).
As discussões tecidas até aqui (FUSO, 1988; DEAHENE, 2011; PETERS & SMEDT,
2018; COLINS, 2020) evidenciam o fato de que o cérebro humano não evoluiu para fins
de cálculo. Por isso, para crianças em processo de alfabetização matemática, e também
para muitos adultos, aprender algoritmos sofisticados pode tornar-se difícil. Assim, o
processo de contagem é mais fácil porque explora habilidades biológicas fundamen-
tais relacionadas à recitação verbal e ao estabelecimento de relacionações numéricas
biunívocas. No entanto, memorizar tabelas de multiplicação e executar o algoritmo da
subtração com recurso são operações cognitivas complexas para o cérebro humano.
Ao considerar que a arquitetura cerebral humana não foi preparada para cal-
cular, e que executar algoritmos sem compreendê-los não faz sentido, os professores
poderiam recorrer às propostas metodológicas que contribuem para o enfrentamento
das restrições neurais relacionadas à cognição numérica. Uma ferramenta a favor da
aprendizagem aritmética seria a calculadora eletrônica. Seu uso sustenta-se nos se-
guintes questionamentos: os alunos ainda precisam desperdiçar inúmeras horas re-
citando tabelas de multiplicação, como se faz desde séculos passados, na perspectiva
de que fatos aritméticos sejam “gravados” em suas memórias? Seria mais prudente e
sensato oferecer aos alunos, desde as séries iniciais, calculadoras eletrônicas ou com-
putadores?
Fabio Colins
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 47
professores que não conhecem ou não dominam as tecnologias digitais perdem a opor-
tunidade de ampliar suas possibilidades de aprendizagem.
Selva e Borba (2010) desenvolveram uma pesquisa com alunos do 5º ano do En-
sino Fundamental sobre o uso da calculadora em atividades de Matemática. Dentre as
diversas atividades, discutiram sobre a atividade intitulada: A tecla quebrada: o que fa-
zer? O que refletir? As autoras concluíram que esse tipo de situação é muito comum nos
livros didáticos e que criar problemas matemáticos a partir de uma calculadora com
teclas quebradas é um artifício interessante que pode levar o estudante a refletir sobre
as relações numéricas e sobre os significados das operações fundamentais.
Nessa pesquisa desenvolvida por Selva e Borba (2010), foi perguntado aos pro-
fessores dos anos iniciais do Ensino Fundamental sobre o uso usual da calculadora e
os demais recursos utilizados nas aulas de Matemática. Os resultados apontaram que
somente três professores, entre vinte e cinco, utilizam a calculadora. A maioria utiliza
o ábaco e o material dourado.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
48 VOLUME 1
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
A rede municipal adotou duas coleções. A primeira dela trata-se da coleção inti-
tulada “Vem Voar”, da editora Scipione. O autor e editor responsável é o professor de
matemática Júlio Cesar Augustus de Paula Santos, mestre em Educação Matemática
pela Universidade Paulista “Júlio Mesquita Filho” (Unesp-SP). Esta obra considera o
ensino de Matemática como “um instrumento para a leitura de mundo e atuação em
práticas sociais, que vai além da simples decodificação dos números e a resolução das
quatro operações básicas” (SANTOS, 2018, p. 5). Nesse sentido, a coleção alinha-se à
perspectiva da Educação Matemática compreendida como um processo de múltiplas
relações e determinações entre ensino, aprendizagem e conhecimento matemático em
diversos contextos socioculturais.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
50 VOLUME 1
10 unidades são trocadas por 1 dezena, 10 dezenas são trocadas por 1 centena, 10 cen-
tenas são trocadas por 1 unidade de milhar e assim por diante.
Selva e Borba (2010) destacam, conforme suas pesquisas, que os livros didáticos,
atendendo orientações dos documentos curriculares nacionais para a Educação Básica
e do PNLD, têm propostos atividades com o uso da calculadora e dado ênfase a ne-
cessidade de inserção de recursos tecnológicos como softwares e calculadoras. Nessa
direção, identificou-se na coleção “Vem Voar” uma atividade intitulada “conhecendo
a calculadora”, de acordo Santos (2018, p. 26):
Fabio Colins
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 51
Nesse sentido, ainda na coleção “Vem Voar”, aparece uma proposta de atividade
com o uso da calculadora que explora o cálculo de situações problemas usando essa
ferramenta, segundo Santos (2018, p. 150):
Atividade 3: Silvio resolveu contar quantas tampinhas há em sua coleção. Para isso,
ele organizou as tampinhas em dois grupos: grandes e pequenas. Silvio descobriu
que tem 200 tampinhas.
a) Na calculadora, faça uma operação cujo resultado seja igual ao número de tampi-
nhas que Silvio possui. Depois registre no espaço abaixo a sequência de teclas que
você pressionou.
b) Compare seu registro com o do seu colega. Vocês utilizaram a mesma operação?
Conte aos colegas e ao professor.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
52 VOLUME 1
relações matemáticas implícitas nas atividades. Dehaene (2011, p. 135) destaca que
“ao estudar os resultados de uma operação realizada com a calculadora, as crianças
podem descobrir que a subtração sempre produz um resultado menor que o valor
inicial do número”. Nessa direção, pode-se inferir que isso pode permitir à criança
aprimorar seu senso numérico, pois a observação das regularidades numéricas em
uma calculadora é uma maneira de desenvolver a habilidade de cálculo e ampliar a
memória aritmética.
Atividade 4: Joana digitou na calculadora o número 345. Sem apagar esse número,
que teclas você pode pressionar para que apareça no visor o número 290? E para
aparecer o número 390? Discuta a resolução com seus colegas e compare suas solu-
ções.
Nesta atividade 4, os alunos podem testar diversas hipóteses para encontrar o re-
sultado. Mais uma situação problema que permite diversas possibilidades de solução.
Esse tipo de atividade é importante porque permite o diálogo entre os alunos, o deba-
te e a refutação de ideias. Por isso, diversos pesquisadores (SELVA & BORBA, 2010;
DEHAENE, 2011; SALGADO & SÁ, 2015) defendem o uso da calculadora, ou que no
mínimo seu uso nas aulas de Matemática deve perder seu status de tabu.
Segundo Ponte (1989, p. 1), a “calculadora pode ser utilizada para apoiar o de-
senvolvimento de novos conceitos, para formular conjecturas e explorar relações ma-
temáticas e para resolver problemas, além de proporcionar a exploração de novas es-
tratégias, como tentativa e erro”. Nesse sentido, o uso da calculadora não compromete
as habilidades de calcular, pelo contrário, amplia as possibilidades de compreensão
das regularidades matemáticas e de construção de estratégias. Portanto, as análises
das atividades com o uso da calculadora permitiram perceber que é possível explorar
de maneira significativa diversas habilidades relacionadas à produção numérica e ao
cálculo, mas que isso necessita ser feito de maneira criativa e conhecer também suas
limitações, pois a calculadora não passa de um instrumento de ensino.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa que teve como objetivo analisar as atividades com calculadora pro-
postas em livros didáticos do 3º ano do Ensino Fundamental possibilitou compreender
que a inserção da calculadora nas aulas de Matemática pode fazer com que as crianças
Fabio Colins
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 53
Por fim, a pesquisa não defende o fato de que a calculadora deve substituir o cál-
culo mental, pois seria exagero pensar que o aluno deveria recorrer a uma calculadora
para efetuar a multiplicação “2 x 3”. No entanto, deve-se reconhecer que diariamente
as pessoas não realizam cálculos multidigitais sem recorrer à calculadora. O professor
de matemática, goste ou não, precisa compreender que os algoritmos tradicionais de
divisão e de subtração, por exemplo, estão ameaçados de extinção da vida cotidiana,
exceto na escola, onde ainda se tolera silenciosamente a opressão dos cálculos com
lápis e papel.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
DEHAENE, Stanislas. The Number Sense: how the mind creates mathematics. 2. ed.
Oxford: University Press, 2011.
Capitulo 3
ASPECTOS NEUROCOGNITIVOS DA APRENDIZAGEM ARITMÉTICA E O USO DA CALCULADORA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
54 VOLUME 1
FUSON, Karen. Children’s Counting and Concepts of Number. New York: Spring-
er-Verlag, 1988.
PETERS, Lien. SMEDT, Bert de. Arithmetic in the developing brain: A review of brain im-
aging studies. In: Developmental Cognitive Neuroscience. vol. 1. n. 30. Belgium: Uni-
versity of Leuven, 2018. p. 265-279.
TOLEDO, C. Maria. Buriti Mais Matemática: 3º ano do Ensino Fundamental. São Pau-
lo: Moderna, 2018.
Fabio Colins
CAPÍTULO 4
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.4
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
Capitulo 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA O CONTEXTO DA SALA DE AULA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
58 VOLUME 1
Nesse sentido, a comunicação passa a ser uma ferramenta utilizadas para aguçar
a atenção dos alunos, fazendo com que dialoguem entre si na busca de um novo sig-
nificado perante ao contexto abordado em sala de aula. A autora Meneghelli (2018, p.
105) em suas pesquisas que:
Estudantes expressam suas ideias com base em uma linguagem cotidiana e é impor-
tante, no momento da formalização dos conceitos, que o professor realize a conver-
são para termos matemáticos adequados, enfatizando a compatibilidade entre os
saberes informais e científicos.
Diante disso, a discussão é uma diálogo que ocorrem trocas de opiniões e argu-
mentos que potencializam genuinamente a criticidade dos educandos, pois, mediante
a uma discussão diversos fatores podem ser elencados que contribui para o processo
de ensino e de aprendizagem para os interlocutores envolvidos ou ouvintes que po-
dem ingressar a qualquer momento na discussão em busca de um significado comum.
Capitulo 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA O CONTEXTO DA SALA DE AULA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
60 VOLUME 1
Já na perspectiva de Berbel (2011, p. 29) conclui que “as metodologias ativas ba-
seiam-se em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando experiências
reais ou simuladas, visando às condições de solucionar, com sucesso, desafios advin-
dos das atividades essenciais da prática social, em diferentes contextos”.
A Peer Instruction (PI), tem como seu principal foco as discussões em pares, po-
dendo ser uma discussão em duplas ou até mesmo em pequenos grupos. Os autores
Lasry, Mazur e Watkins (2008, p. 1066, tradução livre) descreve que a “instrução por
pares PI é uma abordagem centrada nos alunos para o ensino”, esses mesmos autores
afirmam ainda que “a classe depende dos resultados do feedback dos alunos em tem-
po real para a ConcepTest – Questões conceituais de multiplicas escolhas”. (2008, p.
1066, tradução livre)
Müller et al (2017) apresenta nove etapas de uma abordagem da PI, que mescla
etapas abordadas por Mazur (2001) e Araujo e Mazur (2003), em que estes, descrevem
as etapas, a saber:
I – Uma apresentação oral sobre os elementos centrais do assunto que será abordado;
II – Perguntas de múltiplas escolhas, denominando teste conceitual;
III – Os alunos refletem sobre as questões apresentadas;
IV – Os estudantes registram suas respostas;
V – O professor analisa as respostas dos alunos, caso as porcentagens dos alunos
ficarem entre 35 e 70%, o professor passa para a etapa seis, ou diretamente para a etapa
nove se a porcentagem for acima de 70%;
VI – Os alunos discutem as questões com seus pares;
VII – os alunos registam suas respostas revisada e mostram ao professor;
VIII – O professor apresenta os resultados;
IX – O professor explica as respostas das questões aos alunos.
Capitulo 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA O CONTEXTO DA SALA DE AULA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
62 VOLUME 1
A primeira etapa colocada pelos autores são questões que o professor deve for-
mular para analisar o conhecimento dos educandos referente ao assunto abordado. A
segunda etapa, os alunos pensam sobre a pergunta, e na terceira etapa, as respondem.
A quarta etapa, os alunos discutem entre seus pares, e na quinta etapa, revisão suas
respostas. Na sexta etapa, o professor analisa o grau de porcentagem acertadas e na
ultima etapa, explica a resposta correta aos alunos.
Desta forma, os alunos seriam instruídos em pares, ou seja, por meio da interação
entre os educandos, a comunicação matemática pode explorar ainda mais a discussão
e com ênfase na aprendizagem ativa por meio do peer instruction, pode-se trazer con-
tribuições para o ensino e aprendizagem de matemática.
3. METODOLOGIA
Durante nossas pesquisas, realizamos recorte de palavras para filtrar artigos rele-
vante para a temática abordada. Para artigos voltadas para a área da comunicação, rea-
lizamos recorte nas palavras de “educação”, matemática” e “comunicação”. Usamos
essas palavras, a saber: a educação, pois nossa temática é voltada para a sala de aula; a
matemática, pois é a disciplina que buscamos aplicar; e a comunicação, é a abordagem
que realizamos.
mos motivos que realizamos esse recorte na abordagem anterior, porém o recorte da
palavra metodologia ativa foi pelo motivo da nossa abordagem metodológica ser essa
temática.
Esses recortes de palavras foram realizados nos três sites de busca já menciona-
dos anteriormente, para tanto, realizamos um limite nas datas, buscamos artigos re-
centes entre os anos de 2010 a 2020. Entretanto, procedemos à leitura de outros teóricos
que julgamos importantes, a saber: Habermas (1989, 1988) e Ponte (2014).
Nesse sentido, analisamos e refletimos sobre esses temas para a sala de aula e
apontar direcionamento para essa abordagem na sala dela. No tópico que se segue,
realizamos uma analise da comunicação e das metodologias ativa mediante a aborda-
gem da Peer Instruction, apresentando também etapas para esse delineamento.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
te, repassa uma tarefa para fixar o conteúdo abordado, na aula invertida o professor
repassa esses conteúdos por meio de plataformas, utilizando recursos de vídeos ou
pdf´s e o aluno já aprende. Chegando na sala de aula o professor o professor atenuará
as dúvidas que ficaram pendentes, e posteriormente, terá mais tempo para explorar as
potencialidades dos alunos por meio de jogos, brincadeiras, atividades investigativas
e entre outros.
A sala de aula invertida é uma modalidade de e-learning na qual o conteúdo e as ins-
truções são estudados on-line antes de o aluno frequentar a sala de aula, que agora
passa a ser o local para trabalhar os conteúdos já estudados, realizando atividades
práticas como resolução de problemas e projetos, discussão em grupo, laboratórios
etc. (VALENTE, 2014, p. 85)
Na segunda etapa, podemos realizar uma exposição, visando realizar uma síntese
geral dos conteúdos abordados nos materiais disponíveis via WhatsApp. A exposição
pode vim tanto por parte do professor, relatando fatos, opiniões ou teorias, ou podem
também advim dos educandos. Para os autores Serrazina e Ribeiro (2012, p. 1371) des-
creve que na exposição, tanto o professor quanto o aluno “expõe uma ideia, descreve
factos ou sistematiza trabalhos e todos podem fazer perguntas para se esclarecerem”.
As perguntas de inquirição, como bem aponta o autor Ponte (2014), buscar in-
querir os alunos, ou seja, os professores realização as perguntas de inquirição com
os objetivos de indagar os alunos, buscando informações genuínas e solicitando que
investiguem soluções de determinado problema.
Queremos enfatizar que o professor esteja sempre ouvindo as respostas dos alu-
nos, buscando entender as estratégias de resoluções de problemas matemáticos, isso
será importante para a etapa seguinte, onde os alunos entraram em discussões por
pares para chegar a um entendimento comum.
Capitulo 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA O CONTEXTO DA SALA DE AULA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
66 VOLUME 1
Nessa quinta etapa, o professor reunirá duplas ou grupos de alunos, para tanto,
nesses grupos ou duplas, deverá ter um aluno que o professor observou que acertou a
questão de múltipla escolha ou foi relevante em sua reflexão.
Na oitava etapa, a discussão que até o momento era interno ao seu grupo ou du-
plas, se torna uma discussão geral e coletiva, onde todos apresentaram suas respostas
revisadas, com novas ideias e argumentos, esta discussão englobará todos os interlo-
cutores afim de buscar soluções e construir ideias.
Por fim, nas últimas etapas (a décima e a décima primeira), o professor realizará
um feedback do assunto e explicará as resoluções corretas das questões de múltiplas
escolhas e bem como analisará a questão de forma reflexiva.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante disso, a sala de aula que visa essas abordagem podem contribuir para o
contexto da sala de aula, pois, independentemente com ou sem a falta de recursos tec-
nológicos, ainda podemos realizar metodologias que potencialize o processo de ensino
e de aprendizagem dos educando, bem como desenvolver as suas criticidades, e estes
educandos podem expor opiniões, desenvolver argumentos, apresentar conjecturas e
entre outros.
REFERENCIAS
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Capitulo 4
A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA PEER INSTRUCTION PARA O CONTEXTO DA SALA DE AULA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
68 VOLUME 1
MÜLLER, M. G.; ARAUJO, I. S.; VEIT, E. A.; SCHELL, J. Uma revisão da literatura
acerca da implementação da metodologia interativa de ensino peer instruction (1991-
2015). Revista Brasileira de ensino de física, v. 39, n. 3, p. e3403, p. 2017.
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.5
RESUMO
ABSTRACT
This article aims to map the use of softwares in mathematics education, so that
we can understand why teachers’ “resistance” to the use of these software. We sear-
ched for information about the training of mathematics teachers in the city of Cor-
rente-PI. We verified the teachers’ understanding of the importance of the use of sof-
tware in their classes and the difficulties faced in the implementation of these tools as
facilitators of teaching. In this work we discuss some of the software that can be used
in teaching mathematics and the teachers’ view on their use, as well as being able to
detect the difficulties encountered in using them.
1. INTRODUÇÃO
Essa preocupação é tão visível que basta fazermos uma pequena pesquisa pela
internet que encontraremos vários trabalhos e discussões tratando dessa temática. Sof-
Gustavo Barbosa Ribeiro
Antunino Silva
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 71
twares são exemplos de recursos tecnológicos educativos utilizados para tentar facili-
tar o processo ensino-aprendizagem de matemática. Ao tempo que esse recurso pode
aproximar o aluno do conteúdo abordado, também pode contribuir durante as aulas,
deixando que as mesmas sejam meramente expositivas, uma vez que esses recursos
também podem ser manipulados pelos alunos. Por essas colocações muitos questio-
nam se os métodos utilizados são viáveis para essa geração de educandos.
Este trabalho tem o objetivo geral de fazer um mapeamento nas escolas de ensino
médio da rede estadual de ensino em Corrente – PI, tendo como objetivos específicos:
1) identificar as dificuldades dos professores para a utilização desses softwares; 2) bus-
car informações sobre a formação desses profissionais no tocante ao uso de softwares
como ferramenta para a melhoria da prática em sala de aula; 3) perceber o entendi-
mento dos professores da rede estadual de ensino da cidade no que os softwares aju-
dam durante as suas práticas em sala de aula e quais as dificuldades enfrentadas para
inserir essas ferramentas.
Será se a formação dos docentes que atuam em Corrente–PI foi preocupada com
essas constantes inovações e esses docentes têm oportunidades de obterem uma for-
mação continuada voltada para esse tipo de aperfeiçoamento?
Portanto para que a utilização desses recursos seja feita, é necessário que os edu-
cadores tenham contato com os mesmos no mínimo durante a sua formação, para que
assim eles possam trabalhar com eles dentro da sala de aula. Acreditamos que com a
utilização de softwares específicos do ensino de matemática alguns conteúdos ficam
mais visíveis para o aluno, algo que às vezes apenas com a exposição na lousa fica di-
fícil. Por isso devemos buscar meios para facilitar o ensino de matemática na educação
básica, e um deles pode ser a utilização de softwares, para que a matemática possa ser
vista com outros olhos pelos alunos e tenhamos êxito durante nosso trabalho como
educador.
Capitulo 5
USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UM MAPEAMENTO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE
ENSINO MÉDIO EM CORRENTE–PI
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
72 VOLUME 1
Softwares são programas de computador, que por sua vez, designam um conjun-
to de instruções ordenadas que são entendidas e executadas pelo computador. Exis-
tem dois tipos principais de softwares: os sistemas operacionais (softwares básicos que
controlam o funcionamento físico e lógico do computador) e os softwares aplicativos
(executam os comandos solicitados pelo usuário, como os processadores de texto e
planilhas eletrônicas). Dois outros tipos de softwares que contém elementos dos softwa-
res básicos e dos softwares aplicativos, mas que são tipos distintos, são: os softwares de
rede, que permitem a comunicação dos computadores entre si, e as linguagens de pro-
gramação, que fornecem aos desenvolvedores de softwares as ferramentas necessárias
para escrever programas.
Para que possamos obter um resultado satisfatório com a utilização dessas me-
todologias e trabalharmos conteúdos importantes, não apenas para a formação aca-
dêmica, mas para a vida cotidiana do educando, como a geometria, são necessários
professores qualificados com a formação necessária para trabalhar com esses softwa-
res educativos. Por isso muitos apostam na implantação da formação digital durante
as graduações e também a formação continuada. Assim poderemos sonhar com uma
educação matemática com um nível mais satisfatório e aplicável.
Nota-se que para que isso seja garantido, não basta apenas que ao aluno seja
ensinado como utilizar, mas a esse é reservado o direito de acesso. Daí a importân-
cia de que a escola possua ferramentas tecnológicas para que os alunos aprendam a
manuseá-las e principalmente que os professores estejam realmente aptos para isso,
contribuindo assim para que o aluno seja alfabetizado quanto ao uso de tecnologias e
acesse-as.
Numa primeira etapa foi feita uma sondagem das escolas que ofertam o ensino
médio para que depois fosse feito o contato com os professores que trabalham com
a disciplina de matemática em tais escolas. A segunda etapa foi a aplicação de um
Capitulo 5
USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UM MAPEAMENTO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE
ENSINO MÉDIO EM CORRENTE–PI
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
74 VOLUME 1
questionário enviados via e-mail a 10 professores das escolas Coronel Justino, Dionísio
Nogueira, João Cavalcante e Joaquim Lustosa situadas em Corrente-PI. Na primeira
parte do questionário os discentes responderam sobre a sua formação de nível supe-
rior como também a formação voltada para a utilização de softwares no ensino de ma-
temática. Posteriormente foram apresentados questionamentos sobre o conhecimento
de softwares, intenção de participar de cursos de aperfeiçoamento voltados para essa
área para que depois os mesmos respondessem sobre quais dificuldades são encontra-
das para a utilização dos mesmos.
Grande parte dos docentes da rede pública que atuam na rede estadual de ensino
em Corrente-PI, enfrentam dificuldades no tocante à utilização dos softwares educati-
vos no ensino de matemática, pois apesar de todos os pesquisados serem licenciados
em matemática, 6 relataram que tiveram na grade da sua graduação alguma disciplina
voltada para as tecnologias da informação e comunicação, enquanto 4 não tiveram.
Percebemos ainda que apenas 02 dos 10 professores pesquisados tiveram alguma dis-
ciplina que tratava especificamente sobre o uso de softwares no ensino de matemática.
Isso é algo preocupante, visto que todos os discentes analisados veêm a utilização des-
sas ferramentas de forma positiva na prática em sala de aula nos dias atuais. Portanto
temos como resultado que apenas metade destes professores utilizam algum software
nas suas aulas. Como exemplos foram citados a utilização do GeoGebra, POLY, Ske-
chUP e Wimplot. Tais resultados deixam claro a necessidade de uma formação voltada
para resolver essa problemática, visto que 50% dos docentes classificam que as suas
práticas provavelmente são adequadas para o perfil de alunos que temos, consideran-
do que os mesmo possuem acesso às ferramentas digitais que possibilitam o acesso a
um grande número de informações em um pequeno intervalo de tempo.
Além disso, as políticas públicas não se atentaram para oferecer uma formação
continuada para esses professores, para que assim possam trabalhar com segurança
com essas tecnologias em sala de aula. Todos os docentes investigados estão dispos-
tos a participar de cursos de aperfeiçoamento voltados para a utilização de softwares
específicos sobre o ensino de matemática, mas infelizmente não são ofertados para o
melhoramento da prática de ensino utilizado pelos mesmos, ou até mesmo não dispõe
de tempo suficiente para isso, pois as aulas consomem grande parte desse tempo.
Mesmo aqueles que possuem alguma habilidade para trabalhar com softwares
educacionais de matemática apresentam dificuldades para utiliza-los nos locais de
Capitulo 5
USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UM MAPEAMENTO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE
ENSINO MÉDIO EM CORRENTE–PI
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
76 VOLUME 1
trabalho. 60% dos pesquisados não realizam as atividades com uso de softwares ma-
temáticos sugeridos pelo livro utilizado por eles. 100% relatam que uma das grandes
dificuldades de realizar as atividades é que a escola não oferece o suporte necessário,
pois faltam computador e projetor de mídia que seria o mínimo para o desenvolvi-
mento do trabalho.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos um desafio nesse contexto de formação humana cercado pela intensa pre-
sença das tecnologias digitais. As TICs proporcionam o acesso à informação, então
cabe ao aprendiz não assumir uma postura de ouvinte passivo e ao professor intervir
e direcionar. Isso, atualmente é um problema, porque é uma necessidade.
REFERÊNCIAS
BORBA, M. C; PENTEADO, M. G., Informática e Educação Matemática. Coleção Ten-
dências em Educação Matemática. 5ª edição: Belo Horizonte, 2012.
SILVA, Ketiuce Ferreira .O processo de ensino aprendizagem apoiado pelas tics: re-
pensando práticas educacionais . Trabalho de Conclusão de curso de Especialização
em Tecnologias Digitais Aplicadas à Educação: Uniminas, 2008.
Capitulo 5
USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UM MAPEAMENTO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE
ENSINO MÉDIO EM CORRENTE–PI
78
CAPÍTULO 6
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.6
1 Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IEMA, UP Bacelar Portela. https://orcid.
org/0000-0002-8774-9633. manolopromat@hotmail.com
2 Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL. https://orcid.org/0000-0001-6892-606X. normallev@gmail.com
3 Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IEMA, UP Bacelar Portela. https://orcid.
org/0000-0003-3232-052X. thiagobrandao08@hotmail.com
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
80 VOLUME 1
RESUMO
ABSTRACT
Current research involving teachers in training has highlighted the need to dis-
cuss new teaching approaches and the role of writing in learning. Thus, this article
aims to analyze records, written in the mother tongue, presented by students of a de-
gree course in Mathematics from a public university, located in the state of Maranhão,
when solving a problem involving proportionality in connection with mathematical
scales. This experience was the basis for the present research, of a qualitative nature
and carried out by participant observation and documentary analysis. The study de-
veloped showed the perception of the students that problem solving allows them to
experience the construction of their knowledge and learn mathematical ideas in depth.
In addition, it was noted the need to explore writing with teachers in training, so that
they also do so with their students in Basic Education in the development of mathe-
matical content.
1 INTRODUZINDO A TEMÁTICA
Pesquisas (PIRES, 2002, CURI, 2005, PIMENTA, 2012) vêm mostrando a neces-
sidade de se investir na formação de professores, especialmente quanto ao uso de no-
vas metodologias de ensino, compatíveis com as demandas atuais da educação e da
sociedade. Essas metodologias devem contemplar ações pedagógicas que promovam
a busca por informação, a investigação, a experimentação e a renovação do interesse
e da motivação dos alunos. Devem permitir a interação entre aluno e professor, tendo
em vista suas concepções sobre a natureza da Matemática, sobre o ato de fazer Mate-
mática e sobre como aprendê-la (MARANHÃO, 2014).
É na formação inicial que os (futuros) professores têm contato explícito com as-
pectos sobre o que é ensinar. Daí a importância de associar teoria e prática, pois é du-
rante a formação inicial que esses (futuros) professores terão a oportunidade de refletir
e discutir sobre teorias, estratégias ou metodologias de ensino, sobre os conteúdos e
sobre o material didático que servirão de suporte em sua prática docente.
É nesse sentido que Curi (2005) chama a atenção para a importância de os cursos
de formação inicial de professores introduzirem novas metodologias em suas práti-
cas de ensino e no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, é fundamental que
essas práticas incorporem algumas estratégias tais como a realização de leituras para
entendimento dos problemas, e a produção da escrita para apresentação das dúvidas,
das angústias e das resoluções dos problemas, que devem ocorrer em trabalhos reali-
zados em grupos, compartilhados e discutidos em sala de aula. Isto vem ao encontro
do pensamento de Bandeira, segundo o qual
Capitulo 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
82 VOLUME 1
Nesse sentido, Connoly (1989 apud SANTOS, 2005, p. 129) nos apresenta alguns
benefícios da utilização da escrita nas aulas de Matemática, destacando que “[...] é na
linguagem natural do discurso falado e escrito que nós conduzimos para outros siste-
mas simbólicos o metadiscurso que nos ajuda a ensinar uns aos outros, o que, em caso
contrário, teria que ser reaprendido pela experiência pessoal”.
Capitulo 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
84 VOLUME 1
Observando a resposta dada por esse licenciando, percebemos que não existe
uma posição clara em relação ao que vem a ser um problema matemático para eles.
Provavelmente, isso tenha ocorrido porque eles já carregam consigo algumas crenças
desde a sua formação na Educação Básica, muitas delas sendo reflexo da forma como
seus professores desenvolveram os conteúdos em sala de aula. O estudante A9 justifi-
cou sua resposta expressando que foi um problema por se tratar de um questionamen-
to que precisa de solução. Ou seja, para ele, uma atividade é um problema matemático
quando apresenta questionamentos.
Capitulo 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
86 VOLUME 1
Outro aspecto a ser destacado é que a maioria desses futuros professores soube
aplicar o conceito de proporcionalidade, mas não soube falar sobre ele. Um dos parti-
cipantes apresentou uma justificativa diferente das demais, conforme podemos obser-
var em sua escrita apresentada no próximo protocolo:
Esse tipo de “confusão” cometido por esse licenciando deve ser considerado,
conforme apontam Pires (2002) e Pimenta (2012), nos cursos de formação de profes-
sores, e problematizada com os futuros professores para promover o desenvolvimen-
to de competências e saberes profissionais. De acordo com as autoras, para que isso
ocorra, é imprescindível que haja coerência entre a formação oferecida e a prática que
será desenvolvida pelos professores, ou seja, a formação desses futuros profissionais
não deve ter como ponto de partida somente um conjunto de disciplinas específicas da
área, mas as demandas de seu ambiente de trabalho.
Capitulo 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
88 VOLUME 1
Dessa forma, podemos dizer que a representação escrita pode ser utilizada tanto
como um instrumento para atribuir significados e permitir a apropriação de conceitos
relativos a um determinado conteúdo – neste caso, sobre a proporcionalidade – quanto
como ferramenta que permite o diálogo com os pares e “com o problema” a ser resol-
vido, além da organização e desenvolvimento do raciocínio.
Conforme destacado por Connoly (1989 apud SANTOS, 2005), esse trânsito do
discurso falado ao escrito e vice-versa ajuda a ensinar “uns aos outros”. Assim, a escrita
nas aulas de Matemática atua como instrumento mediador, integrando as experiências
individuais e coletivas dos estudantes na busca da construção e apropriação de deter-
minados conceitos. Além disso, cria a oportunidade de interação entre os alunos, entre
os alunos e o professor, além de criar um ambiente favorável à aprendizagem em sala
de aula de Matemática, resgatando, assim, a autoestima dos alunos e dos professores.
Ressalte-se que isso vai ao encontro com o que a literatura tem indicado acerca da
formação inicial de professores (ONUCHIC, ALLEVATO, 2009; COSTA, ALLEVATO,
2019), ou seja, que os licenciandos devem vivenciar as práticas que se pretende levar
às suas salas de aula, em suas futuras atividades como docente.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nosso objetivo, neste trabalho, foi apresentar alguns registros realizados por
estudantes de licenciatura em Matemática através da linguagem materna escrita, os
quais foram obtidos na resolução de um problema envolvendo o conteúdo propor-
cionalidade em conexão com as escalas matemáticas, destacando-se a importância da
escrita para a compreensão do problema e para ações de interação e construção do seu
conhecimento.
O trabalho nos revelou que é possível explorar a escrita nas aulas de Matemática
e que, quando fazemos isso com o envolvimento de problemas, o aluno percebe que
Manoel dos Santos Costa
Norma Suely Gomes Allevato
Thiago Brandão Ericeira
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
VOLUME 1 89
é capaz de raciocinar por si mesmo, indo à busca de estratégias para a sua resolução.
Além disso, como estamos acostumados a utilizar somente a linguagem matemática,
os licenciandos tiveram algumas dificuldades de se expressar com relação aos conteú-
dos em estudo, em nossa língua materna escrita; foi o que aconteceu nesta pesquisa,
em que os licenciandos tiveram a oportunidade de se expressar por escrito, por meio
da linguagem materna. As dúvidas e impressões puderam ser aproveitadas como pon-
to de partida para a construção de novas aprendizagens.
REFERÊNCIAS
ALLEVATO, Norma Suely Gomes; FERREIRA, Reginaldo Botelho. Leitura e escrita na
aprendizagem matemática através da resolução de problemas. In: NACARATO, Adair
Mendes; LOPES, Celi Espasandin (Org). Indagações, reflexões e práticas em leituras
e escritas na educação matemática. 1. ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013, p.
107-126.
COSTA, Manoel dos Santos; ALLEVATO, Norma Suely Gomes. A formação inicial de
futuros professores de matemática sob a perspectiva da resolução de problemas. Re-
BECEM, Cascavel, (PR), v.3, n.1, p. 40-65, abr. 2019. Disponível em: http://e-revista.
unioeste.br/index.php/rebecem/article/view/21905/14126. Acesso em: 28 jun. 2020.
CURI, Edda. A matemática e os professores dos anos iniciais. São Paulo: Musa Edi-
tora, 2005.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2017.
Capitulo 6
O PAPEL DA ESCRITA NO ENSINO E NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
90 VOLUME 1
DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.7
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
A proposta é justificada pelo momento atual que vive a sociedade brasileira, prin-
cipalmente, as de cunho educacional. Nosso intuito foi ofertar aos discentes do ensino
médio, aulas de física conforme o currículo previsto na base curricular nacional. Bem
como, oportunizar a estudantes de graduação em física e docentes em geral, a expe-
riencia metodológica do ensino, através de plataforma digitais. No aspecto formativo
adotada nas palestras e minicursos, evidenciou-se aspectos Sócio científico; Utilidade
pública para evitar acidentes e melhorar atividades do cotidiano; Iniciação científica
mediada pelas tecnologias; Conceitos básicos e aprofundados de física.
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
94 VOLUME 1
vulnerabilidade social e/ou física. A terceira lição, “enquanto modelo social, o capi-
talismo não tem futuro”, social e politicamente está fragilizado no contexto das tragé-
dias, não se sustenta financeiramente, muito menos em termos humanitários, em vistas
que ignora os princípios de cidadania e os direitos humanos. A quarta lição reside em
“A extrema-direita e a direita hiper neoliberal ficam definitivamente (espera-se) des-
creditadas”, uma vez que, consubstancia-se no nacionalismo excludente, preconceitos,
o desprezo à investigação científica, a legitimação do discurso do ódio disfarçado de
liberdade de expressão. A quinta lição consiste em, as desigualdades evidenciadas
pelo colonialismo e o patriarcado reforçam-se nos momentos de crise aguda. Nesta
lição o autor expõe que as manifestações só se tomam dimensões consideradas graves
quando atingem populações dos países ricos. A sexta e última lição retrata o regresso
do Estado e da comunidade, a mercantilização de bens coletivos (saúde, educação,
água canalizada, telecomunicações, correios, eletricidade, dentre outros), culminando
na precarização da prestação desses serviços.
No contexto das seis lições proporcionadas pelas pandemias, Santos (2020, p.31)
evidencia a importância de o poder público, em diversas instâncias governamentais,
tomar gestões apropriadas, seja no âmbito social, econômico, ambiental, educacional,
enfim. Na contra mão de ações governamentais ineficazes temos o agravamento de
desastres naturais, perda de biodiversidade, recorrência de efeitos meteorológicos ex-
tremos, culminando em recorrência de epidemias e pandemias cada vez mais letais.
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
96 VOLUME 1
Repensar o ensino da educação básica não é uma tarefa fácil, visto que os mui-
tos discentes não possuem equipamentos necessários para realizar o acompanhamen-
to das aulas remotas. Desta forma, surge a inquietação, por parte dos docentes, em
preencher esta lacuna, indicando a necessidade de maior investimento na pesquisa de
métodos educacionais eficazes para este público, que permita reavaliar conceitos, para
imprimir novas realidades, e a dimensão dos processos formativos, estreitam a relação
do profissional formador com o que se pretende oferecer ao educando. Neste sentido,
segundo Grisa (2020), o ensino remoto poderá ser mediado de múltiplas formas, não
obrigatoriamente online, podendo se utilizar de tecnologias e/ou através de aplicati-
vos de redes sociais e correlatos.
processos que podem ser complementares ou antagônicos, onde o discente toma ati-
tudes como reflexo de alguém e/ou adoção de novas regras sociais, a exemplo do re-
querido por decretos que preveem isolamento social, uso de máscaras, dentre outros.
Desta forma, “as atividades vivenciais levam a agir regularmente com certas ati-
tudes e por meio de um processo reflexivo e de envolvimento pessoal” (ZABALA,
2020, p.16). Nesta direção, se faz necessário, o fortalecimento dos sistemas integrados
de informação e conhecimentos específicos, que atentem para esta nova realidade e
promova a redução das desigualdades oportunizando universalidade ampla e a toda
a sociedade brasileira.
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
98 VOLUME 1
4 METODOLOGIA DA PESQUISA
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
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Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
102 VOLUME 1
Dos percentuais mais altos, o de 53% atesta que o sinal de internet oscila muito,
o que prejudica bastante o acompanhamento e por conseguinte o entendimento dos
conhecimentos abordados, desta forma, aulas gravadas e disponibilizadas via mensa-
gem instantânea poderá ser uma das metodologias mais eficazes a serem adotadas nas
aulas remotas emergenciais.
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
104 VOLUME 1
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BACICH, L. STEAM em Sala de Aula: A aprendizagem Baseada em Projetos Inte-
grando Conhecimentos na Educação Básica. In: Zabala, Antoni. Métodos para ensinar
competências. Porto Alegre: Penso, 2020.
COSTA, M.A.F; COSTA, M.F.B. Projeto de Pesquisa: entenda e faça. 6 ed. Petrópolis,
Rio de Janeiro: Vozes, 2015.
Capitulo 7
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL - VIVÊNCIAS DA I SEMANA DE FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS
DE SANTARÉM
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
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DOI: 10.46898/rfb.9786558890553.8
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
A falta de condutas pertinentes por parte da gestão escolar, de interesse dos alu-
nos em estudar determinadas disciplinas e de interação aluno-professor são alguns
dos motivos que podem levar os estudantes a permanecerem fora da sala de aula.
Enaura Siqueira; Mayrane Nascimento; Kleyfton Silva; Alan Freitas; Johnnatan Freitas; Jonas Sousa
109
para o entendimento dos saberes que são trabalhados em sala. No entanto, pode acon-
tecer de professores e gestores não conhecerem suficientemente o contexto em que
vivem os alunos, bem como suas expectativas em relação aos estudos.
2 A GESTÃO ESCOLAR
Sabe-se que independente do trabalho que é realizado pela gestão das escolas,
muitas apresentam alunos com comportamentos críticos, por exemplo, que não gos-
tam de estar em sala de aula. No entanto, cabe à comunidade escolar estabelecer e fa-
zer cumprir procedimentos que evitem a ausência destes estudantes nas salas de aula.
Capitulo 8
DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR: POR QUE ESTUDANTES FICAM FORA DA SALA DE AULA?
110
Infelizmente, para alguns estudantes, o mundo fora da sala de aula parece mais
produtivo, divertido e realizador. Por exemplo, com o fácil acesso às tecnologias, como
os smartphones, os estudantes estão cada vez mais dispersos e felizes com atividades
mais prazerosas. Modelos de aprendizagem apenas centrados na figura do professor
não fazem mais sentido. Os estudantes precisam ser protagonistas.
A partir de Pozo (2002) podemos identificar e refletir acerca de dois fatores im-
portantes para a questão da desmotivação escolar. Primeiro, o estudante precisa criar
boas expectativas em relação aos estudos, ter consciência da sua importância e decidir
aprender. Segundo, “a possibilidade que um professor tem de mover seus alunos para
a aprendizagem depende em grande parte de como ele mesmo enfrenta sua tarefa de
ensinar” (POZO, 2002, p. 145).
É notório que a sociedade vem exigindo cada vez mais que os alunos estejam
devidamente preparados para prestar vestibular. Essa exigência acarreta justamente
em aulas técnicas, na qual a importância estará voltada ao resultado e não no processo.
No entanto, nem todos os alunos têm a mesma perspectiva de vida, sentindo-se nes-
se meio entediados com momentos que não lhes trazem entendimento significativo e
satisfação. Reforça-nos Young (2007, p. 1291) que “com as escolas sendo controladas
por metas, tarefas e tabelas comparativas de desempenho, não é de se espantar que os
alunos fiquem entediados e os professores sintam-se desgastados”.
4 INTERAÇÃO ALUNO-PROFESSOR
Enaura Siqueira; Mayrane Nascimento; Kleyfton Silva; Alan Freitas; Johnnatan Freitas; Jonas Sousa
111
Dessa forma,
o espaço destinado à construção do conhecimento deve ser um referencial de as-
pectos positivos e motivadores. Cada um dos presentes na sala de aula tem uma
história que será modificada a partir das experimentações que ocorreram ao longo
de sua existência e convivência estudantil. (SILVA, GARBIN, NASCIMENTO, 2011,
p. 12840)
5 CAMINHO METODOLÓGICO
Capitulo 8
DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR: POR QUE ESTUDANTES FICAM FORA DA SALA DE AULA?
112
6 RESULTADOS
gunta é bastante importante, pois é preciso que a gestão tenha participação ativa nesse
controle para que os alunos mudem seus hábitos.
Outra pergunta feita aos alunos e não menos importante foi em relação às disci-
plinas de menor afinidade. 12 responderam português; 06 história; 01 arte; 08 física; 02
filosofia; 04 biologia; 13 química; 01 educação física; 03 geografia; 01 inglês, 01 sociolo-
gia e 11 matemática. Apesar das opiniões terem sido diversificadas, percebeu-se que
as disciplinas das ciências exatas (física, química e matemática) prevalecem como as
disciplinas menos desejadas, totalizando 32 alunos, o que é equivalente a aproximada-
mente 50% dos entrevistados.
Capitulo 8
DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR: POR QUE ESTUDANTES FICAM FORA DA SALA DE AULA?
114
determinada disciplina eles permanecem em sala de aula, embora isso não signifique
que estão aprendendo.
Os 64 alunos afirmaram, ainda, que quando estão fora da sala de aula, não reali-
zam nenhum tipo de atividade, ficam conversando entre si, esperando o tempo passar.
E que as aulas que são perdidas são geralmente das disciplinas Português, História,
Física, Educação Física, Geografia, Química e Biologia. Segundo os alunos, as aulas
dessas disciplinas são perdidas quando são as primeiras aulas do dia. Averiguou-se
que não importa a disciplina, estes alunos perdem as primeiras aulas pelo fato de não
chegarem cedo à escola.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da análise descritiva dos questionários foi possível perceber que na esco-
la existem alguns alunos desinteressados pelo estudo. Percebeu-se que muitos alunos
não têm afinidade com determinadas disciplinas, no entanto, não é apenas por esse
motivo que estes alunos possuem determinados comportamentos, mas também pelo
fato de não terem disposição em chegar cedo na escola.
REFERÊNCIAS
BASSEADAS, E. et al. Intervenção Educativa e Diagnóstico Psicopedagógico. 3ªed.
Porto Alegre. Artes Médicas, 1996.
Enaura Siqueira; Mayrane Nascimento; Kleyfton Silva; Alan Freitas; Johnnatan Freitas; Jonas Sousa
115
Capitulo 8
DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR: POR QUE ESTUDANTES FICAM FORA DA SALA DE AULA?
PESQUISAS EM TEMAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
116 VOLUME 1
ÍNDICE REMISSIVO
A Estratégias 35, 44, 45, 50, 51, 52, 56, 62, 65, 81, 89,
95, 105
Alunos 12, 13, 18, 24, 25, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39,
43, 45, 46, 47, 49, 51, 52, 53, 57, 58, 59, 60, Estudantes 39, 46, 67, 80, 83, 84, 85, 88, 92, 93, 96,
61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 71, 72, 73, 75, 76, 80, 97, 98, 104, 108, 109, 110, 111, 113, 114
81, 82, 83, 84, 87, 88, 89, 92, 98, 105, 108, 109,
110, 111, 112, 113, 114 F
Aprendizagem 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 23, 24,
25, 26, 28, 29, 30, 34, 35, 36, 37, 38, 40, 42, 43, Ferramentas 32, 35, 36, 37, 38, 39, 43, 49, 57, 70,
44, 45, 46, 47, 48, 50, 53, 54, 56, 57, 58, 59, 60, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 94, 96
62, 64, 66, 67, 68, 70, 71, 72, 73, 77, 80, 81, 82, Fins 5
83, 88, 89, 94, 96, 97, 105, 108, 109, 110, 111,
113, 115 Formação 7, 72, 79, 81, 83, 85, 87, 89
Atividades 17, 18, 23, 25, 35, 42, 43, 47, 48, 49, 50,
51, 52, 53, 61, 64, 66, 76, 88, 93, 96, 97, 98, H
102, 103, 104, 110
Habilidades 12, 13, 14, 17, 18, 24, 25, 34, 35, 36,
43, 44, 45, 46, 49, 50, 52, 97
C
Conceitos 32, 33, 34, 38, 52, 58, 64, 71, 82, 88, 89,
94, 96 M
Conhecimento 9, 13, 17, 19, 25, 35, 39, 44, 48, 51, Matemática 4, 9, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40,
57, 62, 64, 65, 71, 72, 74, 80, 81, 83, 87, 88, 96, 41, 42, 43, 47, 48, 49, 50, 52, 53, 54, 62, 67, 68,
97, 98, 109, 111, 112, 113, 115 69, 70, 74, 75, 76, 80, 81, 82, 83, 84, 87, 88, 89,
Conteúdo 5, 14, 34, 37, 39, 47, 48, 49, 63, 64, 65, 90, 94, 98
71, 80, 82, 83, 88, 112, 114 Metodologias 56, 57, 60, 61, 62, 63, 66, 67, 68, 72,
Contexto 13, 14, 18, 19, 32, 35, 43, 45, 47, 48, 49, 81, 82, 94, 95, 96, 103, 104
57, 58, 60, 67, 71, 76, 81, 82, 88, 92, 94, 95, 98,
105, 109 P
Criança 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 23, 24, 25, 28, 45,
52, 53, 83 Problemas 13, 19, 25, 33, 34, 36, 37, 39, 45, 47, 51,
52, 64, 65, 68, 80, 81, 82, 84, 87, 88, 89, 94
Professor 12, 13, 14, 15, 17, 23, 24, 25, 28, 32, 33,
D
34, 35, 36, 37, 38, 39, 43, 44, 47, 48, 49, 51, 53,
Desenvolvimento 9, 12, 14, 16, 18, 23, 24, 25, 29, 57, 58, 59, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 70, 73, 76, 81,
35, 37, 44, 45, 50, 52, 57, 59, 68, 73, 76, 80, 87, 82, 83, 88, 108, 110, 111, 112, 113, 115
88, 96, 97, 98, 109, 111
Dificuldades 7, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29 R
Disciplina 33, 34, 36, 47, 53, 62, 73, 75, 98, 105, Recursos 14, 15, 17, 23, 43, 47, 48, 50, 64, 65, 67,
112, 113, 114 70, 71, 73, 105
E S
Economia 7, 31, 33, 35, 37, 39 Social 9, 12, 13, 14, 16, 18, 24, 25, 35, 37, 60, 61, 76,
93, 94, 95, 97, 105, 109
Ensino 14, 23, 24, 25, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 39, 40,
42, 43, 46, 47, 48, 52, 54, 56, 57, 58, 59, 60, 61,
62, 67, 68, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 80, 81, T
88, 90, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 100, 102, 104,
105, 108, 110, 111 Tecnologias 42, 43, 46, 47, 49, 67, 72, 73, 75, 76, 77,
93, 94, 96, 110
Escrita 14, 16, 17, 22, 23, 30, 80, 81, 82, 83, 84, 86,
87, 88, 89, 93